Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
da Produção I
www.esab.edu.br
Administração
da Produção I
Diretor Geral
Nildo Ferreira
Diretora Acadêmica
Ignêz Martins Pimenta
Coordenadora do Núcleo de Educação a Distância
Ignêz Martins Pimenta
Coordenadora do Curso de Administração EAD
Giuliana Bronzoni Liberato
Coordenador do Curso de Pedagogia EAD
Custodio Jovencio
Coordenador do Curso de Sistemas de Informação EAD
David Gomes Barboza
Design Educacional
Bruno Franco
Design Gráfico
Bruno Franco
Diagramação
Bruno Franco
Equipe Acadêmica da ESAB
Coordenadores dos Cursos
Docentes dos Cursos
Copyright © Todos os direitos desta obra são da Escola Superior Aberta do Brasil.
www.esab.edu.br
Av. Santa Leopoldina, nº 840
Coqueiral de Itaparica - Vila Velha, ES
CEP 29102-040
Apresentação
Caro estudante,
Seja bem-vindo à disciplina Administração da Produção e Operações.
Nesta disciplina, você terá uma introdução aos principais aspectos da administração
das atividades produtivas de organizações.
É importante ressaltar que esta apostila resume fundamentos sobre o assunto,
mas não substitui as informações mais aprofundadas disponíveis nos livros texto
e artigos científicos sobre o assunto. Nesse sentido, a apostila serve mais como
coadjuvante no processo de aprendizado. Não deixe de recorrer aos demais recursos
disponíveis a respeito dos assuntos tratados.
Bom estudo!
Equipe Acadêmica da ESAB
Objetivo
Propiciar ao estudante um primeiro contato com aspectos históricos e teóricos da
administração da produção e operações, além de introduzir as principais técnicas e
práticas utilizadas pela disciplina.
Habilidades e competências
• Conhecer as principais características da Administração da Produção e Operações.
• Conhecer os principais modelos, métodos, práticas e técnicas utilizadas na área.
• Utilizar os conhecimentos adquiridos na solução de problemas encontráveis nas
atividades de produção e operações.
• Pensar de forma estratégica ao aplicar os conhecimentos adquiridos.
Ementa
O que é Administração da Produção e Operações. Relações entre custo, volume e
lucro. Introdução à produção por demanda. Modelagem matemática para previsão
de demanda. Desenvolvimento de processos de produção - Arranjo Físico. A
decisão entre manufaturar ou não. Localização de instalações. Planejamento
agregado da produção. Programação e controle da produção. MRP. Planejamento e
controle just in time. Produtividade. Administração da qualidade total. Introdução
à gestão de projetos. Estratégia na produção.
Sumário
1. O que é administração da produção e operações? ...........................................................7
2. Funções gerenciais: planejamento, organização, direção e controle ..............................12
3. Sistemas de produção: definição e influências...............................................................15
4. Tipos de sistema de produção .......................................................................................19
5. Estratégias competitivas de operações ..........................................................................25
6. Projeto do produto: ciclo de vida....................................................................................31
7. Projeto do produto: desenvolvimento............................................................................35
8. Relações entre custo, volume e lucro..............................................................................39
9. Introdução à produção por demanda.............................................................................50
10. Modelagem matemática para previsão de demanda.....................................................54
11. Desenvolvimento de processos de produção – introdução ao planejamento da capacidade......65
12. Desenvolvimento de processos de produção – cálculo do planejamento da capacidade..........68
13. Desenvolvimento de processos de produção - arranjo físico...........................................75
14. A decisão entre manufaturar ou não..............................................................................82
15. Tecnologia de processo: introdução................................................................................88
16. Tecnologia de processo: processamento de materiais....................................................91
17. Tecnologia de processo: processamento de informações................................................95
18. Tecnologia de processo: processamento de consumidores.............................................99
19. Projeto e organização do trabalho...............................................................................103
20. Análise de métodos de trabalho...................................................................................112
21. Localização de instalações................................................................................... 116
22. Planejamento agregado da produção..........................................................................125
23. Programação e controle da produção...........................................................................132
24. MRP ............................................................................................................................143
25. Planejamento e controle just in time (JIT)...................................................................151
26. Produtividade..............................................................................................................157
27. Administração da qualidade total................................................................................165
28. Introdução à gestão de projetos...................................................................................172
29. Estratégia na produção................................................................................................178
30. Teoria da decisão .........................................................................................................184
Glossário.............................................................................................................................190
Referências.........................................................................................................................193
O que é administração da produção
1 e operações?
Objetivo
Apresentar a Administração da Produção e das Operações, os
conceitos, fundamentos e historicidade.
Considere o que você está fazendo neste exato momento: lendo uma
apostila, impressa com variadas tintas em folhas de papel.
www.esab.edu.br 7
qualitativos e quantitativos dos resultados e a manutenção de máquinas e
equipamentos envolvidos nesse processo.
Revolução Industrial
www.esab.edu.br 8
Administração Científica
Pesquisa Operacional
www.esab.edu.br 9
Revolução dos Serviços
Como um sistema
www.esab.edu.br 10
Como uma função organizacional
Saiba mais
Sobre a Administração da Produção e Operações
existe um site chamado Portal Administração.
Visite agora mesmo e leia algumas matérias
atuais sobre o assunto. Acesse o site, clicando em:
http://www.portal-administracao.com/2013/11/
administracao-da-producao-conceitos.html
www.esab.edu.br 11
Funções gerenciais: planejamento,
2 organização, direção e controle
Objetivo
Compreender as funções gerenciais, que são o planejamento, a
organização, a direção e o controle.
A APO acredita que todas essas fases são estritamente necessárias para o
bom andamento da produção de bens e serviços, por exemplo:
www.esab.edu.br 12
• - Na etapa de Controle, executamos uma importante tarefa que é a
de verificar se estamos no rumo certo. Já dizia W. Edwards Deming:
“Não se gerencia o que não se mede, não se mede o que não se
define, não se define o que não se entende, ou seja, não há sucesso
no que não se gerencia”. Deming foi muito feliz em sintetizar na
frase as etapas de Planejamento, Organização, Direção e Controle...
Ele sabia que é necessário medir para gerenciar, isto é, realizar a
avaliação do que está sendo realizado, comparar com o que foi
planejado e organizado e, se for o caso, aplicar medidas corretivas
para colocar tudo na direção certa novamente.
Observe que essas quatro etapas não são lineares, isto é, não começamos
no planejamento e terminamos no controle. Na verdade, não termina,
ok? Podemos compreender mais todo o processo como atividades
cíclicas, ou seja, o final está ligado ao início e continuamente estaremos
planejando, organizando, dirigindo e controlando.
Estratégico
www.esab.edu.br 13
Tático
Operacional
Saiba mais
Assista a sequência de vídeos sobre a Função
Administração desenvolvida pelo Prof. Humberto
Elias Lopes em: https://www.youtube.com/
playlist?list=PLvh7mwYwSnxZ-lsxqL_
Gqg3fw6gcnqOy_
www.esab.edu.br 14
Sistemas de produção: definição e
3 influências
Objetivo
Entender a definição as influências dos sistemas de produção e
compreender sua ligação com a abordagem sistêmica.
www.esab.edu.br 15
Analisando a figura, conseguimos perceber que o sistema de produção é
constituído por quatro subsistemas bem específicos e com funções bem
delimitadas, a saber:
www.esab.edu.br 16
Dica
Leia o livro ou assista ao filme “O Ponto de
Mutação” para compreender as relações e inter-
relações entre todas as coisas, utilizando a Teoria
Geral dos Sistemas.
www.esab.edu.br 17
a produção, conforme o caso. Por exemplo, se o dólar está valorizado e
seu produto é cotado nessa moeda para venda isso pode estimular sua
produção, mas se ao invés disso, você produz utilizando matéria-prima
cotada em dólar e você vende em moeda local, uma eventual alta do
dólar onera o seu processo produtivo, diminuindo as margens de lucro,
caso esse aumento não seja repassado para o consumidor. Em última
instância, o surgimento e a adoção de novas tecnologias podem alterar
drasticamente projetos de produtos e métodos de produção.
www.esab.edu.br 18
4 Tipos de sistema de produção
Objetivo
Conhecer os tipos de sistemas de produção e suas possíveis
classificações.
www.esab.edu.br 19
Conversão / Transformação – Podemos classificar quanto ao tipo de
ação realizada no subsistema conversão/transformação
www.esab.edu.br 20
Lembra da classificação que fizemos quantos aos insumos? Pois é, no
sistema predominantemente processador de material entrou como
exemplo a madeira e saímos com o produto acabado, assim como o papel
de uma apostila. Esse é um bom exemplo de um sistema que transforma
propriedades físicas.
www.esab.edu.br 21
Pois é, e ainda nem falamos da classificação quanto ao ambiente de
produção.
www.esab.edu.br 22
~
Sistemas orientados por encomenda
www.esab.edu.br 23
caracterizando-se assim uma produção intermitente de cada um
dos produtos. O equipamento utilizado é do tipo genérico, ou seja,
equipamentos que permitem adaptações, possibilitando uma grande
facilidade para mudanças de produtos, porém, exige mão de obra
especializada, devido às constantes mudanças em calibragens, ferramentas
e acessórios.
www.esab.edu.br 24
Estratégias competitivas de
5 operações
Objetivo
Apresentar uma breve introdução à Estratégia Competitiva e à
Estratégia de Produção.
[Os aspirantes a oficiais do BOPE estão em uma aula teórica noturna sobre estratégia
e o soldado 05 (André Matias) está dormindo.]
Nascimento: “O conceito de estratégia, em grego strateegia, em latim strategi, em
francês stratégie... Os senhores estão anotando?”
Turno: “Sim, senhor!”
Nascimento: “Vou pedir isso na prova. ...em inglês strategy, Em alemão strategie, em
italiano strategia, em espanhol estrategia...”
Auxiliar: “Senhor coordenador! O senhor 05 está dormindo.”
Nascimento: “Oh, Senhor 05!”
05 (Mathias): “Sim, senhor!”
Nascimento: “Tenha a bondade. [Entrega ao 05 uma granada e puxa o pino] Senhor
05, se o senhor deixar essa granada cair, o senhor vai explodir o turno inteiro. O
senhor vai explodir os seus colegas, o senhor vai explodir os meus auxiliares, o senhor
vai me explodir. O senhor vai dormir, senhor 05?
05: “Não, senhor!”
Nascimento: “Estamos todos confiando no senhor. [Retorna à cadeira e guarda o
pino, deixando 05 segurando a granada] Eu vou retomar o raciocínio. O conceito de
estratégia, em grego strateegia, em latim strategi, em francês...”
www.esab.edu.br 25
Não vamos dormir no ponto. Começaremos nosso estudo com
uma simples pergunta. Qual o modelo conceitual para se pensar
estrategicamente no âmbito das decisões relativas ao sistema produtivo de
uma empresa?
www.esab.edu.br 26
Compreender a estratégia competitiva como posicionamento competitivo
permite esforços analíticos para suporte à tomada de decisão quanto à
melhor posição. Veja bem, imagine a seguinte situação: Precisamos nos
posicionar quanto à decisão de aumentar o volume produzido ou ampliar
a variedade de produtos e serviços ofertados. Somos obrigados a analisar:
como os custos se alteram quando o volume produzido aumenta ou
diminui? Digo isso, porque quando aumenta a variedade de produtos
o volume diminui. Outra pergunta. Como se movimentam os custos,
quando se amplia ou reduz a variedade? Precisamos estudar o impacto
desses e de outros impulsionadores de custos nas diversas atividades da
empresa e aí se incluem a pesquisa e desenvolvimento, o marketing, a
produção.
www.esab.edu.br 27
Então, o que precisamos fazer?
www.esab.edu.br 28
necessárias composições específicas de políticas nas diferentes áreas de
decisão de um sistema produtivo. Segundo Caulliraux (1995), essas áreas
podem ser identificadas como:
Ufa! Deu até para cansar.... Você sabia que tanta coisa estava envolvida na
definição da estratégia de produção?
www.esab.edu.br 29
Tenha sempre em mente que a estratégia de produção se compõe das
políticas, que orientam a operação e evolução do sistema produtivo.
Por exemplo, imagine que você definiu que sua estratégia competitiva
é baseada em entrega de produtos em prazos curtos e garantidos.
Então, você deve priorizar como estratégia de produção a velocidade
e a confiabilidade da entrega. Para isso, deve-se levar uma política
de sobrecapacidade instalada, de forma a deixar folgas para cobrir
problemas, sem que o tempo de entrega final se altere; a uma política
de recursos humanos que priorize evitar greves e paralizações; a uma
política de qualidade que assegure o funcionamento do sistema de forma
produtiva; a um planejamento e controle de produção bem realizado,
enfim, a um conjunto de políticas que criem e mantenham uma posição
competitiva. Entendeu?
Então vamos lá, mais uma vez, repitam comigo... do grego strateegia...
www.esab.edu.br 30
6 Projeto do produto: ciclo de vida
Objetivo
Compreender o conceito de projeto de produto e seu ciclo de vida.
Agora que você entendeu um pouco mais sobre estratégia, ficou claro
que a revisão ou introdução de novos produtos é uma das forças
fundamentais na diferenciação.
www.esab.edu.br 31
Brincadeiras à parte, é preciso compreender que a diferenciação que
um produto gera para a empresa não dura para sempre, isto é, existe
um ciclo de vida do produto que compreende desde a fase de introdução
desse produto no mercado, passando pelo crescimento de sua demanda,
a maturação do produto, a saturação e o consequente declínio. Este
modelo é útil para nos ajudar a compreender as implicações das fases de
esforços de marketing e de produção.
www.esab.edu.br 32
Distingue-se no gráfico 5 fases distintas, onde:
Fase 1: Introdução
Fase 2: Crescimento
Fase 3: Maturidade
Fase 4: Saturação
Fase 5: Declínio
www.esab.edu.br 33
Acredito que você percebe a aplicação desse modelo em vários produtos
diferentes, como por exemplo, os disquetes de computador, os aparelhos
televisores em preto e branco, os vídeos games Atari e muitos outros
produtos que foram sendo descontinuados e reinventados de outra forma
ao longo do tempo.
www.esab.edu.br 34
Projeto do produto:
7 desenvolvimento
Objetivo
Compreender o conceito de projeto de produto e seu
desenvolvimento.
www.esab.edu.br 35
geração e filtragem de ideias
• a necessidade do consumidor;
• a tecnologia existente e seus desenvolvimentos.
www.esab.edu.br 36
projeto inicial do produto
análise econômica
www.esab.edu.br 37
testes do protótipo
projeto final
Devemos salientar que, em cada uma das fases acima, poderá ocorrer a
desistência da ideia. A mortalidade de novas ideias sobre produtos pode
ser evidenciada em cada fase do projeto no gráfico abaixo:
Moreira(2008)
www.esab.edu.br 38
Relações entre custo, volume e
8 lucro
Objetivo
Entender as relações entre custo, volume e lucro.
Preço de mercado
Vale a pena relembrar o que você, possivelmente, já estudou sobre as
relações entre custo, volume e lucro. Essas relações fornecem importantes
informações e ferramentas para a gestão da produção. É sempre bom
lembrar que, de acordo com a teoria econômica, o preço de mercado
de um item qualquer é determinado pelo mercado. Para ganhar a
capacidade de controlar seus preços de venda (caso de monopólios),
as empresas são obrigadas a abrir mão de controlar as quantidades
produzidas. Isso não é apenas uma previsão teórica, basta lembrar do
acontecido em vários planos de ajuste tentados pelo Brasil, ao longo das
décadas de 1980 e 1990 (como o plano Cruzado, de 1986): o controle
de preços resultou, objetivamente, em escassez de bens. Numa situação
normal, cabe às empresas administrar seus custos fixos e variáveis
e volumes de produção. Os preços de venda de seus produtos são
determinados pelo mercado.
www.esab.edu.br 39
Custos e receitas operacionais da empresa: principais
componentes e como se relacionam
Via de regra, o lucro operacional das empresas é obtido confrontando-se
seus custos e receitas operacionais. Existem, basicamente, três tipos de
custos operacionais:
Custos variáveis
www.esab.edu.br 40
Custos fixos
Outros custos que por vezes se consideram fixos e outras vezes variáveis
são aqueles ligados à economia por escala. Algumas vezes, quanto maior
a quantidade comprada, menor o custo unitário do item adquirido (as
famosas ofertas “leve 3 e pague 2”, por exemplo). Empresas também
lidam com essa forma de precificação. Trocar frequentemente os modelos
de produção e ajustes de máquinas, para adequá-los a novos volumes
de produção, pode se revelar extremamente oneroso. Por isso, muitas
organizações se mostram dispostas a conceder maiores descontos para
comercialização de maiores lotes de produção.
www.esab.edu.br 41
Insumos indiretos de produção
São aqueles custos entendidos como por vezes fixos e por vezes variáveis
e, frequentemente, se mostram ligados àquela parte da mão de obra
cujos custos mostram esse mesmo comportamento. Alguns exemplos:
energia elétrica e água consumida nos escritórios, materiais de escritório,
refeições e serviços auxiliares da mão de obra indireta ou administração,
etc.
www.esab.edu.br 42
O Custo Fixo (CF) é constante e não varia quando a produção aumenta
ou diminui.
Receitas operacionais
www.esab.edu.br 43
O ponto de intersecção da Receita Total (RT) com o Custo Total
(CT) define uma quantidade produzida Qe, e é chamado de Ponto de
Equilíbrio. Nesse ponto, a receita auferida é igual à soma do custo fixo e
do custo variável da empresa.
Exercício resolvido
Uma empresa produz um bem cujo custo unitário variável é R$ 120,00.
Seu Custo Fixo mensal é R$ 100.000,00 e o preço de venda do produto
é R$ 200,00.
www.esab.edu.br 44
b) Quanto a empresa deve produzir para lucrar mensalmente R$
50.000,00?
Resolvendo:
50.000 = RT – CT
150.000 = 80 x Q
Exercícios propostos
• Com base nos dados iniciais do exercício anterior, proponha novos
problemas, como por exemplo:
L = RT – CT
Resolvendo:
–50.000 = RT – CT
–50.000 = P x Q – (CF + cvu x Q)
–50.000 = 200 x Q – (100.000 + 120 x Q)
–50.000 = 80 x Q – 100.000
50.000 = 80 x Q
Q = 625 peças por mês.
www.esab.edu.br 45
− Qual seria o valor do Custo Fixo para um lucro de R$ 20.000,00
por mês (mantendo P = 200,00 ; cvu = R$ 120,00 ; Q = 1.250 peças )?
−Se em um certo mês foram lavados 150 carros, o lavador teve lucro
ou prejuízo e de quanto?
www.esab.edu.br 46
− Quantos carros devem ser lavados para um lucro de R$ 2.000,00
por mês?
CT = (CF + cvu x Q)
Então, o desejado é L = 0,20 x (CF + cvu x Q)
L = 0,20 x (CF + cvu x Q) ; P = 25 ; cvu = 5 ; CF = 4.200 ; Q = ???
L = P x Q – (CF + cvu x Q)
0,20 x (4.200 + 5 x Q) = 25 x Q – (4.200 + 5 x Q)
840 + 1 x Q = 20 x Q – 4.200
840 + 4.200 = 20 x Q – 1 x Q
5.040 = 19 x Q
Q = 265,26 carros por mês (aproximadamente 266 carros/mês).
www.esab.edu.br 47
Dados Situação Inicial Situação Final
Quantidade mensal produzida 1.000 1.150
Custo Fixo Total mensal R$ 50.000,00 R$ 50.000,00
Preço de Venda Unitário R$ 100,00 R$ 100,00
Custo Variável Unitário R$ 120,00 R$ 120,00
Lucro Operacional mensal R$ 30.000,00 R$ 42.000,00
www.esab.edu.br 48
GAO muito baixo. São empresas que apresentam baixo risco, mas
também pouca possibilidade de oferecer resultados operacionais
surpreendentemente altos.
Fórum
Caro estudante, participe do nosso Fórum de
discussões. Lá você poderá interagir com seus
colegas e com seu tutor de forma a ampliar,
por meio da interação, a construção do seu
conhecimento. Vamos lá!
www.esab.edu.br 49
Introdução à produção por
9 demanda
Objetivo
Apresentar uma breve introdução à produção por demanda e os
fatores e métodos para a previsão de demanda.
Na sua vida pessoal, o quanto você gasta depende muito do que você
ganha. E o que você vislumbra poder gastar no futuro, também depende
do quanto você vislumbra poder ganhar nesse mesmo futuro. Com
empresas não é muito diferente: as perspectivas de quanto elas poderão
gastar ou investir em datas futuras são também dependentes de quanto
vislumbram ganhar por suas vendas no futuro, ou seja, suas receitas
futuras. Essas receitas, por sua vez, dependem de como se comportará
a demanda por seus produtos. Um importante ponto de partida para
a Administração da Produção, portanto, é a previsão das demandas
de curto e médio prazos (no nível operacional) e de longo prazo (no
nível estratégico). Como já dissemos, produzir quantidades superiores
àquelas demandadas pelo mercado resulta em estoques elevados,
cuja manutenção representa custos. Manter algum estoque é muitas
vezes necessário, por diversas razões. Mas, quanto uma empresa deve
produzir, de forma a atender a demanda do mercado, sem gerar estoques
desnecessários e os custos a eles associados? Minimizar estoques, por meio
da produção de quantidades planejadas, programadas e predefinidas
permite melhor controle e qualidade da produção e também minimizar
seus custos.
www.esab.edu.br 50
• Horizonte de previsão: alguns métodos se mostram mais eficientes
para previsões de longo prazo (demandas anuais), enquanto outros
são mais adequados para períodos mais curtos (meses, semanas ou
dias).
Os mercados são entes dinâmicos, sujeitos permanentemente a uma
enorme gama de eventos e fatores aleatórios, que nenhuma previsão
consegue captar. Não existem, ao menos por enquanto, métodos capazes
de levar a previsões absolutamente precisas e exatas. Sempre haverá um
componente de incerteza ou erro em qualquer previsão, erro este que
tende a aumentar quanto mais para o futuro deslocamos nossas tentativas
de previsão. Mesmo assim, as previsões de demanda são efetuadas,
desde a fase de projeto para instalação de uma indústria ou empresa
de serviços, até fases posteriores de operação das mesmas, revelando-se
frequentemente úteis. Afinal, é melhor operar com alguma incerteza,
mediante previsões imperfeitas, do que operar sob absoluta e total
incerteza ao não as fazer.
www.esab.edu.br 51
Séries temporais
Modelos causais
www.esab.edu.br 52
• Integração entre processo e ferramentas.
• Integração entre ferramentas.
• Gerenciamento de configuração.
• Gerenciamento de mudanças.
• Gerenciamento de projetos.
• Automação de testes funcionais e de desempenho.
• Documentação consistente.
• E outros.
<Fonte: http://www.funpar.ufpr.br:8080/rup/process/workflow/environm/co_deven.htm>
www.esab.edu.br 53
Modelagem matemática para
10 previsão de demanda
Objetivo
Compreender o conceito de estimar a demanda futura para produtos
a partir do comportamento passado observado por meio da
modelagem matemática.
www.esab.edu.br 54
• Melhoria da qualidade de vida: é natural que em sociedades onde se
perceba melhoria da qualidade de vida da população, um aumento
da demanda seja observado, uma vez que as pessoas passam a ter
maior acesso a bens e serviços.
www.esab.edu.br 55
Método da média móvel aritmética
www.esab.edu.br 56
• Passado o mês de maio, o administrador deverá confrontar a
demanda real ocorrida com as previsões efetuadas (280 e 274,
no caso), verificar qual mais se aproximou da realidade e usar tal
fato como auxiliar no estabelecimento de um critério (usar 2 ou 3
períodos anteriores como base).
• Possíveis fatores de descontinuidade (sazonalidade) que afetem
os períodos estudados devem ser considerados nas previsões. É
possível, por exemplo, que em julho, época de férias escolares,
ocorra um aumento nas vendas de bicicletas. O mesmo pode ocorrer
em outubro (dia das crianças) e dezembro (Natal). É conveniente
verificar o ocorrido no mesmo período, no passado, ao efetuar a
previsão, corrigindo-a se necessário.
Caso utilizemos como base as demandas dos três meses anteriores, teremos:
www.esab.edu.br 57
O uso de uma calculadora científica ou financeira pode facilitar
grandemente os cálculos. E vale a pena lembrar a seguinte propriedade
da radiciação:
Calculemos a previsão para a demanda de maio, com base nos três meses
anteriores. Pela proximidade no tempo, atribuiremos a abril um peso
maior que o de março, ao qual, por sua vez, será atribuído um peso
maior que o de fevereiro. Assim, atribuiremos peso 3 para abril, peso 2
para março e peso 1 para fevereiro. A soma dos pesos será, portanto, 6. E
o resultado será:
www.esab.edu.br 58
Os pesos são usualmente atribuídos segundo a sensibilidade dos gestores,
utilizando critérios que variam de empresa para empresa ou de atividade
para atividade, podendo já estar neles incorporadas correções para
eventuais descontinuidades.
A regressão linear ajusta uma reta (daí o ‘linear’ de seu nome) que passe a
menor distância média dos diversos pontos de dado observados, usando
o prolongamento dessa reta para as previsões. Essa reta é representada
por uma equação da forma y = a + b.x, onde y é a variável dependente
(o que se pretende prever), x é a variável independente, a é o chamado
ponto de intercepção ou intercepto do eixo y, e b é a inclinação da reta
(também chamada de linha de tendência). Chamando de n o número de
observações coletadas, os valores de a e b podem ser calculados utilizando
as fórmulas apresentadas a seguir:
www.esab.edu.br 59
Vejamos um exemplo envolvendo uma série temporal. Na tabela a
seguir, são exibidas as vendas anuais em unidades para o produto de uma
empresa. O interesse é prever, a partir desse comportamento passado,
o volume de vendas para anos subsequentes. Os dados observados
coletados são exibidos em preto, enquanto valores que precisam ser
calculados inicialmente (inclusive a transformação para a variável período
de tempo) são exibidos em vermelho.
Período
Vendas
Ano de Tempo x2 x.y
Anuais (y)
(x)
2001 1.000 1 1 1.000
2002 1.300 2 4 2.600
2003 1.800 3 9 5.400
2004 2.000 4 16 8.000
2005 2.000 5 25 10.000
2006 2.000 6 36 12.000
2007 2.200 7 49 15.400
2008 2.600 8 64 20.800
2009 2.900 9 81 26.100
2010 3.200 10 100 32.000
Totais ∑ y = 21.000 ∑ x = 55 ∑ x2 = 385 ∑ x . y = 133.300
www.esab.edu.br 60
A equação resultante para a reta será, portanto:
Vendas da Contratos
Trimestre Empresa Liberados x2 x.y
(y) (x)
1 8 150 22.500 1.200
2 10 170 28.900 1.700
3 15 190 36.100 2.850
4 9 170 28.900 1.530
5 12 180 32.400 2.160
6 13 190 36.100 2.470
7 12 200 40.000 2.400
8 16 220 48.400 3.520
Totais ∑ y = 95 ∑ x = 1.470 ∑ x2 = 273.300 ∑ x . y = 17.830
www.esab.edu.br 61
Calculemos os coeficientes a e b da reta de tendência (deixando
o trabalho braçal por conta de vocês e apresentando somente os
resultados):
www.esab.edu.br 62
Como se vê, você teria quase de imediato uma representação visual
dos dados e da reta de tendência ajustada, além de obter como bônus a
equação da reta já calculada. É bem verdade que a equação é apresentada
em formato ligeiramente diferente do mais usual (é apresentada como
y = b.x + a ao invés de y = a + b.x), mas essa é uma pequena concessão
frente à economia dos cálculos que seriam necessários. E ainda por cima
você já obteria o valor do R-quadrado, cujo cálculo é também bastante
trabalhoso.
www.esab.edu.br 63
que provavelmente custos e desembolsos de caixa serão maiores, e maior
também será a necessidade de mão de obra e matérias- primas.
Estudo complementar
Os estudos sobre previsão de demanda se
enveredam em técnicas subjetivas ou objetivas e
em abordagens não causais ou causais.
No sentido de aprofundar nossos estudos nessas
abordagens, faça uma leitura atenta do Apêndice
1 de nosso livro texto referência – Slack et al
(2002) e aprofunde os seus conhecimentos sobre
o assunto.
www.esab.edu.br 64
Desenvolvimento de processos
11 de produção – introdução ao
planejamento da capacidade
Objetivo
Apresentar uma introdução ao planejamento da capacidade e o que
afeta a utilização da capacidade produtiva.
www.esab.edu.br 65
Vamos analisar alguns fatores mais importantes e influentes na
capacidade.
www.esab.edu.br 66
• Fatores humanos – é fato conhecido que a habilidade dos
funcionários pode incrementar a capacidade. O recurso humano
pode ser melhorado por meio de treinamento, o que acarreta
aumento de conhecimento, habilidade e experiência, mas esses não
são os únicos fatores a serem levados em consideração, não é mesmo?
A motivação é um forte componente do aumento da produtividade
e a satisfação pode advir de vários fatores, como ambiente de
trabalho, nível salarial, desafios impostos pelas tarefas, horizonte de
crescimento profissional, entre outros.
• Fatores operacionais – estes fatores estão intrinsecamente ligados
à rotina de trabalho dos setores da empresa e podem agir como
facilitadores ou dificultadores no aproveitamento da capacidade,
por exemplo, havendo diferenças importantes na capacidade de
processamento de um equipamento para outro, será observado que
os equipamentos ou setores mais lentos irão determinar a velocidade
dos demais. A isso denominamos recurso gargalo.
• Fatores externos – Alguns fatores que limitam a capacidade podem
vir de fora das fronteiras da própria empresa, como por exemplo, os
padrões de qualidade e desempenho exigidos dos produtos por parte
dos clientes, que podem se transformar em uma barreira no aumento
da capacidade ou até mesmo no uso da capacidade atual. As questões
regulatórias ambientais também podem ser um empecilho ao
aumento da capacidade e, até mesmo ao uso da capacidade atual.
A legislação pode impor sanções grandes relacionadas a emissões
de materiais particulados das chaminés, fazendo inclusive que o
processo produtivo diminua o seu ritmo.
www.esab.edu.br 67
Desenvolvimento de processos
12 de produção – cálculo do
planejamento da capacidade
Objetivo
Entender o cálculo do planejamento da capacidade.
A tabela a seguir, adaptada de Slack et. al. (2002), traz algumas medidas
de capacidade de insumos e produtos para diferentes operações, sendo
que a medida mais comumente usada está mostrada em negrito.
www.esab.edu.br 68
Medida de capacidade Medida de capacidade de
Operação
de insumos volume de produção
Horas de máquinas
Fábrica de ar-condicionado Número de unidades por semana
disponíveis
Número de pacientes tratados por
Hospital Leitos disponíveis
semana
Número de clientes entretidos por
Teatro Número de assentos
semana
Universidade Número de estudantes Estudantes graduados por ano
Loja de venda no varejo Área de venda Número de itens vendidos por dia
Número de assentos Número de passageiros
Companhia aérea
disponíveis por setor transportados por semana
Megawatts-hora de eletricidade
Companhia de eletricidade Tamanho do gerador
gerada
Volume dos tanques de
Cervejaria Litros por semana
fermentação
www.esab.edu.br 69
Exemplo 1
Uma planta industrial apresenta custos fixos de R$ 2 milhões de reais e
custos diretos médios de produção da ordem de R$300,00 por unidade
produzida. O custo médio refere-se a uma linha de produção de produtos
semelhantes, cuja composição deverá permanecer aproximadamente
constante. O preço médio de venda do produto pode ser assumido como
R$380,00 a unidade. Determinar:
Solução
CF = 2.000.000
cvu = 300
P = 380
Q=2.000.000/(380-300)
Q=25.000 unidades
Q=(320.000+2.000.000)/(380-300)
Q=29.000 unidades
www.esab.edu.br 70
Preste atenção e lembre-se de que a capacidade depende do mix de
atividades. No exemplo acima, temos praticamente um único tipo de
produção. Vamos verificar no exemplo abaixo, adaptado de Slack et. al
(2002), o que ocorre quando temos mais de um tipo de produto.
Exemplo 2
Suponha que uma fábrica de aparelho de ar condicionado tenha um
mix de três produtos, a saber: Modelo de luxo, modelo padrão e modelo
econômico, cada um gastando, respectivamente 1,5h, 1,0h e 0,75h para
serem montados. A área de montagem da fábrica tem disponibilidade de
800h semanais para a montagem dos aparelhos.
Solução
800/7,5=746,7 unidades
www.esab.edu.br 71
Capacidade de projeto é a capacidade teórica de uma operação, é quanto
os projetistas técnicos tinham em mente quando pensaram a operação
– nem sempre isso pode ser atingido na prática. A linha de produção,
na grande maioria das vezes, não funciona em sua capacidade máxima
por uma série de motivos, por exemplo, na troca de produtos, gasta-
se tempo de preparação de máquinas (setup), existem também, tempos
de manutenção corretiva e preventiva, enfim, o real (efetivo) difere do
nominal (calculado), por isso, geralmente relacionamos as duas coisas e
criamos duas medidas que chamamos a isto de taxa de utilização e taxa
de eficiência da planta, dadas por:
www.esab.edu.br 72
Imagina que você precise fabricar um produto e que para fabricá-lo são
necessárias várias operações distintas, por exemplo: corte, dobra, furação
e pintura... cada produto a ser fabricado passará por todas as operações
acima, certo? Pegaremos uma operação qualquer, a etapa de corte, por
exemplo. Ela é repetida N vezes ao dia durante o tempo disponível h
de horas de trabalho da máquina, tempo esse que depende diretamente
do número de turnos de trabalho. Estando o tempo t de cada operação
expresso em minutos, o número m de máquinas necessárias para
acomodar todas as operações será:
Exemplo:
Uma peça deve passar por três diferentes operações O1, O2, e O3, a serem
processadas em três máquinas M1, M2 e M3, com os seguintes tempos
www.esab.edu.br 73
Solução
e = eficiência = 0,90
nº de máquinas M1
nº de máquinas M2
nº de máquinas M3
www.esab.edu.br 74
Desenvolvimento de processos de
13 produção - arranjo físico
Objetivo
Compreender o conceito de arranjo físico no desenvolvimento de
processos de produção.
www.esab.edu.br 75
Um equívoco, no arranjo físico adotado, leva a fluxos de trabalho mais
longos ou confusos, grande estoque de materiais em processo, filas
de espera, tempos de processamento mais longos, inflexibilidade de
operações e, como consequência, custos mais altos de produção. O custo
de um erro ao adotar determinado processo de produção pode se mostrar
decisivo e afetar a perenidade de uma empresa.
www.esab.edu.br 76
Note que, em todos os exemplos citados, o termo construção se ajusta
bem ao que efetivamente é produzido. Os homens, com máquinas,
ferramentas e materiais, deslocam-se ao longo dos pontos onde se
trabalha, no decorrer de todo o processo produtivo.
www.esab.edu.br 77
Arranjo físico linear ou por produto
www.esab.edu.br 78
Arranjo físico celular
www.esab.edu.br 79
Note, no exemplo, que a entrada de matéria-prima e demais recursos
acontecem em um só ponto. Depois de checada, a matéria-prima é
encaminhada para a célula de produção correta. Podem existir células
dentro de outras células. Se tivermos dois modelos de carteiras escolares,
um com apoio do caderno fixo e outro móvel, poderíamos ter dentro da
célula principal duas micro-células, uma para cada produto.
www.esab.edu.br 80
Por fim, para produção acima da quantidade Q2, o arranjo por Produto
mostra-se como o de menor custo total.
www.esab.edu.br 81
A decisão entre manufaturar ou
14 não
Objetivo
Explanar sobre a decisão das empresas entre manufaturar ou não.
Terceirização
Há alguns anos, surgiu, no mundo dos negócios, a terceirização, que
consiste, basicamente, em repassar para outros fornecedores atividades
consideradas como não fazendo parte do foco principal dos negócios
de uma empresa. Inicialmente, atividades como segurança, refeições de
funcionários, transporte, seleção e contratação de novos colaboradores,
dentre outras, foram sendo repassadas para outras empresas, os terceiros.
www.esab.edu.br 82
vezes até o transporte e a assistência pós-venda. Hoje em dia é mais
raro encontrar empresas que busquem tamanha autossuficiência em
sua produção, mas aspectos dessa verticalização são perceptíveis na
Tupperware (produtora de artigos plásticos de utilidade doméstica).
www.esab.edu.br 83
terceira (máquina 3) é feita a ponta. Cada uma dessas máquinas, durante
sua operação, pode tanto produzir peças defeituosas (D), quanto peças
impecáveis (I). Digamos que a máquina 1 apresente uma probabilidade
pD = 0,05 (5%) de produzir uma peça defeituosa. Como só é possível
produzir ou peças defeituosas ou peças impecáveis, a probabilidade da
máquina 1 produzir peças impecáveis será de pI = 1 – 0,05 = 0,95 (95%).
Digamos ,agora, que para a máquina 2 estas probabilidades sejam de
pD = 0,03 (3%) e pI = 0,97 (97%). E para a máquina 3 sejam de
pD = 0,02 (2%) e pI = 0,98 (98%). Qual a probabilidade de obtermos
parafusos defeituosos, cujos defeitos tenham sido ocasionados nas 3
máquinas, em 2 máquinas ou em apenas 1 máquina? Essa é uma situação
representativa de um chamado processo de Bernoulli, passível de ser
representada em uma árvore de decisão binomial. Montemos a árvore e
vejamos como é calculada a probabilidade de cada situação solicitada.
www.esab.edu.br 84
A probabilidade relativa aos eventos de cada ramo é obtida
multiplicando-se as probabilidades referentes a cada máquina naquele
determinado ramo. Assim, para o primeiro ramo, que representa a
situação de peças defeituosas para todas as máquinas, esta probabilidade
será de (0,05 x 0,03 x 0,02) = 0,00003 = 0,003%. E assim por diante,
para os demais ramos.
www.esab.edu.br 85
dos 90.307 parafusos aproveitáveis, o que gera um lucro operacional,
descontado o custo total, de R$ 45.063,12. Caso a fábrica terceirize
a produção, pagando os mesmos R$ 1,66 por parafuso a um outro
fabricante, terá um custo de R$ 166.000,00 ao comprar 100.000
parafusos. Mas esses 100.000 parafusos serão parafusos sem defeitos,
todos vendáveis, já que o risco da produção defeituosa foi passado para
o terceirizado. Com isso, a fábrica (que já não será exatamente uma
“fábrica”) poderá vender 100.000 parafusos por R$ 2,16 cada, gerando
uma receita de R$ 216.000 que, por sua vez, resultará em um lucro
operacional de R$ 216.000 – R$ 166.000 = R$ 50.000. Maior, portanto,
que o auferido ao produzir internamente.
www.esab.edu.br 86
A decisão de terceirizar pode ser tomada por empresas sujeitas a fortes
oscilações de volumes demandados. No Brasil, produtos como biquínis,
chocolate, roupas de inverno e brinquedos têm demanda muito variada.
Uma solução seria definir um nível constante de produção (nível
ótimo de capacidade), calculado com base nas previsões de demanda,
e terceirizar o volume que ultrapassar tal nível de produção. Caso o
mercado registre uma queda na demanda real, o fabricante pode ainda
cancelar a produção terceirizada, garantindo a colocação dos produtos
fabricados por ele.
Verticalização
Verticalizar significa estender o alcance de suas atividades nos segmentos
anterior e posterior da cadeia de produção. Algumas atividades são tão
dependentes do fornecimento de suas matérias-primas, que se obrigam a
verticalizar pelo menos parte de seus insumos.
Objetivo
Apresentar uma introdução as tecnologias de processo.
www.esab.edu.br 88
Estão, de forma bem resumida, discutiremos nesta unidade as máquinas
e/ou dispositivos que fornecem bens ou serviços utilizando como matéria
prima: materiais, informações e consumidores.
www.esab.edu.br 89
• pensar em como a tecnologia pode melhorar a eficácia da operação;
• estar imersivamente envolvido na escolha da tecnologia em si;
• gerenciar todo o processo de instalação e adoção da tecnologia de
maneira que não haja impacto significativo com as atividades de
produção em andamento;
• integrar essa nova tecnologia com o restante de seu processo
produtivo;
• monitorar continuamente seu desempenho;
• atualizar e até mesmo substituir a tecnologia, quando necessário
As tecnologias de processo podem auxiliar no processamento de
materiais, informações ou consumidores.
Se você ficou curioso sobre alguns exemplos de cada área que compõe as
tecnologias de processo, a tabela abaixo ilustra alguns para que você possa
se situar em nosso conteúdo.
Até lá!
www.esab.edu.br 90
Tecnologia de processo:
16 processamento de materiais
Objetivo
Entender o processamento de materiais dentro do contexto da
tecnologia de processo.
www.esab.edu.br 91
Como exemplos podemos citar: uma indústria química que produz
celulose ou papel, uma indústria siderúrgica que produz aço, uma
montadora de automóveis, ou seja, qualquer indústria onde os volumes
de demanda sejam altos, os projetos de produtos sejam estáveis e o
ciclo de vida dos produtos sejam longos. Essas características acabam
compensando as duas grandes desvantagens da automação fixa: o grande
investimento inicial e a sua relativa inflexibilidade.
www.esab.edu.br 92
• Robôs de manuseio. Geralmente a peça de trabalho é manuseada
pelo robô, para carga e descarga em centro de trabalho (veja vídeo
do Saiba Mais);
www.esab.edu.br 93
• Robôs de montagem. Os robôs são utilizados para montagem de
componentes ou peças e até mesmo produtos completos.
Saiba Mais
Olhe no Youtube como funcionam os sistemas flexíveis de
manufatura utilizando vários tipos de robôs... https://www.
youtube.com/watch?v=H9t_Yxqq1uI
Também aproveite para verificar como a Amazon ordena a entrega
de suas encomendas utilizando os sistemas de AGV da Kiva
https://www.youtube.com/watch?v=tMpsMt7ETi8
www.esab.edu.br 94
Tecnologia de processo:
17 processamento de informações
Objetivo
Entender o processamento de informações dentro do contexto da
tecnologia de processo.
www.esab.edu.br 95
As grandes vantagens deste arranjo computacional são:
• Videoconferências;
• Homebanking (acesso eletrônico para movimentação bancária, como
pagamento de contas e transferências);
• Redes de vídeo games como a utilizada pelo Xbox;
• Bases de dados multimídia (como o YouTube ou o Netflix);
• O acesso a correio eletrônico (e-mail);
• O teletrabalho também conhecido como trabalho a distância (home
office);
• Plataformas de ensino e aprendizagem a distância (e-learning). Como
esta que estamos utilizando durante o nosso curso
www.esab.edu.br 96
Além da conhecida Web acessada por todos nós, através das páginas
WWW, uma série de outros serviços se utilizam da infraestrutura da
Internet para funcionar. Podemos citar alguns exemplos importantes que
escolhemos e que detalharemos mais à frente, como: extranets, VPN´s e
os serviços de E-business.
Extranet
A extranet conecta organizações por meio de uma rede de negócios
segura, chamada de Rede Privada Virtual (VPN – Virtual Private
Network), que utiliza tecnologia de Internet. A grosso modo, seria como
se conseguíssemos criar um túnel de uso privado, interligando empresas
por dentro da internet que é uma rede pública.
www.esab.edu.br 97
Os SSD´s ainda são caros para instalar e podem induzir o gestor a uma
“sobrecarga de análise”, além de que seu processamento de informações
é extremamente dependente da qualidade dos dados e da qualidade
dos modelos à qual estes dados são submetidos, mas já é um caminho
interessante no suporte à tomada de decisão.
Fórum
Caro estudante, participe do nosso Fórum de
discussões. Lá você poderá interagir com seus
colegas e com seu tutor de forma a ampliar,
por meio da interação, a construção do seu
conhecimento. Vamos lá!
www.esab.edu.br 98
Tecnologia de processo:
18 processamento de consumidores
Objetivo
Entender o processamento de consumidores dentro do contexto da
tecnologia de processo.
Para exemplificar: você sabe o que é necessário para que uma pessoa
embarque em um avião em São Paulo e pouse no Rio de Janeiro? Temos
um complexo sistema de vendas e reservas de passagens – na maioria
dos casos -, disponível até mesmo como uma ferramenta online, temos
a tecnologia de embarque que realiza o seu checkin e o despacho de
suas bagagens para o local certo e, por fim, temos a própria aeronave
que não poderia voar sem o piloto e o copiloto, além de uma equipe
de comissários de bordo para coordenarem as atividades de embarque
e desembarque e até mesmo para aquela refeiçãozinha servida a bordo.
Você percebe que temos muito contato humano no processamento de
consumidores, não é mesmo? Mas isso não precisa ser necessariamente
assim em todos os casos.
www.esab.edu.br 99
Vejamos, podemos dividir o processamento de consumidores em duas
grandes categorias:
www.esab.edu.br 100
em parques temáticos. Nesses exemplos, a tecnologia “direciona” o
consumidor e não o contrário. Observe que, os consumidores continuam
interagindo com a tecnologia, porém, agora ela é quem os “processa”
e os controla ao restringir suas ações. Conforme ilustra a figura abaixo
adaptada de Slack et al(2002).
www.esab.edu.br 101
O diagrama abaixo ilustra o uso da tecnologia intermediada
www.esab.edu.br 102
19 Projeto e organização do trabalho
Objetivo
Compreender como o projeto e a organização do trabalho definem
o relacionamento entre as pessoas, a tecnologia que elas usam e os
métodos de trabalho empregados.
Quais tarefas?
Envolve as questões relacionadas à divisão do trabalho. Por exemplo, uma
empresa pode escolher que cada operário seu realize apenas uma única
operação processo, de modo que a simplicidade e a repetitividade da
operação produza eficiência, ou optar por variedades de tarefas de modo
que se reduza a monotonia no trabalho;
www.esab.edu.br 103
Quem mais?
Pode ocorrer no projeto do trabalho que ao invés de alocarmos uma
tarefa para apenas uma pessoa, aloquemos uma ou mais tarefas para um
grupo de pessoas e o grupo tenha autonomia para escolher um padrão
de trabalho de compartilhamento flexível de tarefas ou, até mesmo, um
padrão de rotatividade delas;
Qual sequência?
Muitas vezes, a sequência das tarefas do trabalho é prescrita a partir do
projeto do produto ou serviço; outras vezes ela é parte do projeto do
trabalho. Padronizar uma sequência ajuda a minimizar erros no processo;
Onde localizar?
Nesta parte, pensamos em como o trabalho será alocado dentro da
operação. Um exemplo bem claro disso é o operário de manutenção,
que pode ficar alocado junto com outros funcionários da equipe de
manutenção ou responsável apenas por um setor da fábrica e lá estar
alocado;
www.esab.edu.br 104
Como o projeto do trabalho se relaciona com as
instalações?
A interação do trabalhador com máquinas, ferramentas e instalações
deve ser harmônica com o projeto do trabalho, isto é, tanto o arranjo
produtivo deve minimizar as questões de risco ao trabalhador, tais como
riscos ambientais, ergonômicos e de segurança industrial, bem como
proporcionar um projeto eficaz e que promova a saúde, o bem-estar físico
e psicológico.
Quais habilidades?
Cada um dos itens anteriores vai definir as necessidades de treinamento
e capacitação para o desenvolvimento de habilidades, que serão
necessárias para a execução do trabalho. O projeto do trabalho deverá
levantar as necessidades de treinamento e capacitação, inclusive para o
desenvolvimento das atividades que necessitam de certificação legal, por
exemplo: trabalhos em altura, trabalhos em locais confinados, ou em
proximidade ao risco elétrico (conforme Normas Regulamentadoras do
MTE – Ministério do Trabalho e Emprego).
Quanta autonomia?
Uma das premissas importantes do projeto do trabalho é a definição
de quanta autonomia o trabalhador terá para executar as suas tarefas.
Um trabalho pobre em autonomia tende a ter reflexos ruins sobre o
mundo do trabalhador, pois há perda de significado do trabalho. Deve-
se prescrever quanta autonomia o trabalhador terá dentro dos limites de
suas tarefas.
Existem várias bases que podem ser estudadas para empreender o projeto
do trabalho. A mais antiga remonta a 1746 e diz respeito à divisão do
trabalho, abordagem realizada pelo economista Adam Smith, em sua
obra Riqueza das Nações. A divisão parcelar (em parcelas) do trabalho
proporciona um aprendizado mais rápido, facilita a automação futura
das tarefas e reduz o trabalho não produtivo. Mas possui dimensões
www.esab.edu.br 105
ruins entre as quais podemos destacar: monotonia que pode causar o
absenteísmo (falta ao trabalho), a crescente probabilidade de erro, a
fadiga (e até mesmo doenças por esforço repetitivo) e a baixa flexibilidade
do trabalhador em assumir outras funções.
• Ergonômica;
• Comportamentais;
• Empowerment;
• Trabalho em equipe
• Trabalho flexível
www.esab.edu.br 106
Estudo complementar
As realizações e experiências de Taylor ecoam até
os dias de hoje. Leia a resenha a seguir sobre o
Estudo de Caso da aplicação de seus princípios
aplicados por ele mesmo, na Bethlehem Steel
Company:
A primeira investigação dirigida por Taylor nessa área se deu na Bethlehem Steel
Company, quando aplicou o princípio da tarefa no carregamento de barras de ferro.
No começo da guerra entre EUA e Espanha havia uma pilha de cerca de 80.000
toneladas de barras de ferro num campo da Companhia, com o aumento do preço
esse ferro passou a ser vendido. A companhia possuía um grupo de cerca de 75
homens que trabalhavam de forma rápida e razoável para o tempo. Taylor verificou
que o carregamento médio era de 12 toneladas e meia por dia e por homem, após
estudar o trabalho ele concluiu que os melhores carregadores podiam transportar
de 47 a 48 toneladas diárias. Para implementar tal tarefa a primeira providência for
proceder a uma seleção científica dos trabalhadores, com o intuito de
aumentar individualmente a eficiência e dar a cada um a maior prosperidade.
Passos da seleção:
www.esab.edu.br 107
Resultado da seleção: Um homem apenas foi considerado capaz para realizar
a tarefa proposta. Pg.59. Através de um diálogo com o escolhido, Taylor propôs um
aumento de salário diário, $ 1,15 dólar par $1,85 dólar, se o trabalhador realizasse
sua tarefa de carregamento exatamente da forma como lhe fosse determinada pelo
supervisor, durante todo o dia, sem reclameções: “Agora levante o lingote e ande.
Agora ande, agora sente-se e descanse”. No primeiro dia de trabalho, às 5:30 da
tarde já havia colocado 47 toneladas e meia no vagão do trem. Trabalhando nesse
ritmo nos três anos seguintes, o trabalhador aumentou o seu rendimento mensal em
aproximadamente 60%. Com esse resultado outros homens passaram a ser treinados.
• o fato de não ser ele filho de operários causava maior credibilidade aos donos da
fábrica, no sentido de que ele tomaria o interesse da empresa em primeiro lugar,
assim foi depositado nele mais confiança que nos mecânicos subordinados.
• se Taylor tivesse sido trabalhador e vivesse com os trabalhadores, a pressão social
que sobre ele exerceriam tornar-lhe-ia impossível resistir à oposição deles.
Foram selecionados dois trabalhadores aos quais foi pago o dobro do salário durante
as experiências. Esses trabalhadores deveriam usar toda a sua capacidade e tempo
evitando a cera.
www.esab.edu.br 108
realmente obter durante anos seguidos sem prejudicar-se) do operário de primeira
ordem. Qual a fração de cavalo-de-força um homem podia desenvolver diariamente?
A lei: mostra que para cada um desses movimentos, o trabalhador só pode ficar sob
o peso durante certa parte do dia. Exemplo – no carregamento de barras de ferro (45
Kg cada uma) um trabalhador de primeira ordem deve carregar o peso durante 43%
do dia e ficar livre da carga os 57% restantes. A medida em que a carga se torna mais
leve aumenta a proporção de tempo que o carregador pode conduzi-la.
www.esab.edu.br 109
Assim, Taylor tenta demonstrar que quando um trabalhador for selecionado
cuidadosamente, quando da ciência de fazer o trabalho for convenientemente
desenvolvida e quando o homem selecionado tiver sido treinado para o
trabalho, de acordo com essa ciência, os resultados obtidos devem ser
consideravelmente maiores do que os alcançados no sistema por
iniciativa e incentivo onde cabe ao trabalhador determinar o melhor método
de realizar o seu próprio trabalho.
A tarefa diária era determinada a cada trabalhador através de duas fichas, retiradas
pelo próprio trabalhador de uma caixa especial, ao chegar no trabalho. Numa
constava a os instrumentos os quais o trabalhador deveria buscar no depósito e o
lugar em que deveria começar a trabalhar e a outra continha um resumo de sua
produção no dia anterior: ficha amarela significava que ele não havia conseguido
cumprir sua tarefa de maneira satisfatória, advertência para que o mesmo procurasse
ganhar salário completo no dia que se iniciava; ficha branca significava que estava
tudo ok.
www.esab.edu.br 110
Tal sistema requer:
Salário perfeito:
Taylor realizou estudos e proclamou que um rendimento superior a 60% tenderia a
fazer com que os homens trabalhassem irregularmente tornando-se negligentes,
extravagantes e dissipados: para a maioria dos homens, não convinha enriquecer
depressa.
www.esab.edu.br 111
20 Análise de métodos de trabalho
Objetivo
Apresentar os conceitos, fundamentos e técnicas de análise de
métodos de trabalho.
Talvez seja a praticidade das técnicas a serem vistas ,aqui ,que faça com
que elas ainda sejam atuais, mesmo um século do seu surgimento. O
emprego correto permite um raio-X de reexaminação crítico do projeto
do trabalho.
fluxograma do processo
É uma forma de realizarmos a representação gráfica do que ocorre com
o material, durante uma sequência bem definida de fases do processo
produtivo. Algumas literaturas também chamam de “fluxograma do
material em processo”.
www.esab.edu.br 112
Cada símbolo é utilizado para descrever um estado pelo que passa o
processamento de material.
www.esab.edu.br 113
A partir da construção do fluxograma de processos poderemos partir
para uma ação direcionada pelas perguntas ao Estudo de Tempos e
Movimentos.
Estudo de Movimentos
O estudo de movimentos foi introduzido por Frank Gilbreth, que
observou os movimentos do corpo humano durante uma operação e os
racionalizou, buscando minimizar desperdícios ao eliminar movimentos
desnecessários e a determinar a melhor sequência de movimentos, de
maneira a se atingir maior produtividade.
www.esab.edu.br 114
Análise de operações utilizando therbligs
O nome therbligs é uma variação do nome de seu criador Gilbreth. Os
therbligs são, segundo Moreira (2008) “movimentos elementares, muito
pequenos e breves, também chamados de micro movimentos”.
Estudo complementar
Mario Vargas Llosa é um escritor, jornalista, ensaísta e político
peruano, laureado com o Nobel de Literatura de 2010.
Ele escreveu em 2007 um curioso livro de literatura – que
posteriormente virou filme – que aborda o estudo de tempos e
movimentos, chamado “Pantaleão e as Visitadoras”. Leia o livro
ou veja o filme e entenda a aplicação da análise dos métodos de
trabalho aplicados pelo capitão Pantaleão Pantoja
www.esab.edu.br 115
21 Localização de instalações
Objetivo
Apresentar um arcabouço básico sobre a localização de instalações,
ou seja, sobre como localizar estrategicamente uma empresa.
www.esab.edu.br 116
Certas empresas precisam ficar próximas de seus clientes (supermercados,
farmácias e padarias, por exemplo). Outras são atraídas pela proximidade
das matérias-primas (indústria cerâmica, fábricas de cimento, etc.).
Algumas necessitam de mão de obra especializada e se limitam a regiões
que possam oferecê-la.
www.esab.edu.br 117
Bens de conveniência
Bens de comparação
www.esab.edu.br 118
Fatores de avaliação quantitativa
Macro fatores
• Fatores ecológicos.
• Necessidade da criação de núcleos sociais, cooperativas, vila operária,
etc.
• Definição de meio rural, urbano ou grandes centros.
• O processo de fabricação e suas necessidades de energia, matéria-
prima, mão de obra e sua integração com outras empresas locais.
• Análise de previsão futura das demandas e dos recursos disponíveis.
www.esab.edu.br 119
Micro fatores
www.esab.edu.br 120
Avaliação de alternativas de localização
Existem dois modelos principais de avaliação de localização.
Ponderação qualitativa
• Passos da montagem.
• Definir os fatores mais determinantes e seus pesos, conforme sua
importância relativa para as operações.
• Atribuir nota a cada cidade quanto à competência em atender a
cada um dos fatores considerados necessários.
• Multiplicar os pesos de cada fator pela nota atribuída a cada
cidade para esse fator, pontuando o total obtido por cada uma das
cidades.
• Somar todos os pontos totais obtidos por cada cidade e concluir
qual apresenta melhores condições de atender os recursos
necessários ao funcionamento da empresa.
www.esab.edu.br 121
Comparação entre custos fixos e variáveis
Outra forma de avaliar a localização, calculando os custos fixos e variáveis
para cada localização. A fábrica de refrigerantes e cerveja do exemplo
calculou os custos de fabricação para as duas cidades, “A” e “B”, e chegou
aos seguintes valores:
Graficamente:
Exercícios propostos
• Uma empresa estuda montar uma nova unidade e tem, como
opções, duas cidades, com seus custos fixos e variáveis, como segue.
Cidade Serra Branca Serra Preta
Custo Fixo mensal R$ 50.000,00 R$ 60.000,00
Custo Variável para 1 m3 de bebida R$ 10,00 R$ 8,00
Solução
CTA = CTB
Q = 5.000 m3 (QE)
www.esab.edu.br 123
• Escolha uma empresa fictícia de algum segmento de negócios.
Simule uma situação com duas opções de cidades para instalar
uma unidade produtiva dessa empresa. Defina os recursos mais
importantes para a empresa. Estabeleça graus de importância
(pesos) para cada recurso. Atribua, para cada cidade, uma nota da
capacidade de oferecer cada um dos recursos e decida por uma delas.
Sugestões de empresas: refinaria de petróleo; um estaleiro; fábrica de
aviões; uma fábrica de móveis; churrascaria; um posto de gasolina;
fábrica de biquínis; uma confecção de roupas de inverno; uma
vinícola; uma fábrica de geleia de frutas; etc.
www.esab.edu.br 124
Planejamento agregado da
22 produção
Objetivo
Explanar sobre o planejamento agregado da produção.
www.esab.edu.br 125
Bimestre JAN/FEV MAR/ABR MAI/JUN JUL/AGO SET/OUT NOV/DEZ TOTAL
Vendas
previstas 24.000 26.000 30.000 36.000 42.000 34.000 192.000
(un)
www.esab.edu.br 127
• Item 5 - Demissões: funcionários a serem demitidos e que não
trabalharão no período.
• Item 6 - Quantidade total de funcionários: funcionários que
iniciaram trabalhando, mais as contratações e menos as demissões
(Item 3 + Item 4 – Item 5).
• Item 7 - Produção regular: é o produto da quantidade total de
funcionáriosx vezes as 2.000 unidades produzidas por cada um (Item
6 x 2.000).
• Item 8 - Produção com horas extra: unidades a serem produzidas
com o uso de horas extra.
• Item 9 - Subcontratação: unidades produzidas mediante contratação
externa de terceiros, quando houver.
• Item 10 - Produção Total: é a quantidade total de unidades
produzidas, resultado da soma da produção regular, produção com
horas extras e produção mediante subcontratação (Item 7 + Item 8 +
Item 9).
• Item 11 - Produção – previsão de demanda: total de unidades
produzidas menos a previsão de demanda, é o estoque acumulado
no período (Item 10 – Item 1).
• Item 12 - Estoque final: estoque acumulado no período mais o
estoque inicial (Item 11 + Item 2).
Primeira estratégia
A primeira estratégia que examinaremos é também a mais simples para
implementação e é chamada de Manutenção da Força de Trabalho. Como
no início do período (três primeiros bimestres), a produção é maior
que a demanda, produzimos a mais e estocamos a produção excedente,
de modo a compensar o período em que essa situação se inverter. Esta
situação está representada na tabela abaixo.
www.esab.edu.br 128
A previsão de demanda anual de 192.000 unidades (tijolos) equivale
a 32.000 unidades a cada período bimestral. Adotando essa estratégia
não são necessárias horas extras, nem demissões, nem contratações. O
inconveniente dessa estratégia é acarretar a necessidade de carregar custos
de estoque, que serão calculados da seguinte forma:
Segunda estratégia
A segunda estratégia que examinaremos é caracterizada pela ação
de contratar e demitir, sempre que necessário. É necessário que o
pressuposto de que a produção seja diretamente proporcional à
quantidade de funcionários seja atendido. É importante conhecê-la, pois
em períodos de recessão sua adoção pode se mostrar inevitável. Empresas
que desativam linhas de produção, ou encerram atividades em uma
unidade, podem utilizar essa estratégia para avaliar seus custos.
www.esab.edu.br 129
Conforme se vê na tabela, seriam necessárias, considerando todos os
bimestres, um total de 9 contratações e 8 demissões para que o estoque
final de cada período seja zero. Como informado anteriormente, o custo
de cada demissão é de R$ 3.000,00 e o de cada contratação é de R$
1.000,00. Com isso, os custos com a implementação desta estratégia
seriam:
Terceira estratégia
Chamada de estratégia de nivelamento por horas extras, esta estratégia
propõe a manutenção da força de trabalho, sem, portanto, recorrer a
demissões ou contratações, produzindo apenas o necessário para atender
a demanda prevista, mesmo que à custa de uma produção abaixo da
capacidade regular e ociosidade dos funcionários em certos períodos.
Nos períodos em que a demanda prevista excede a capacidade regular,
recorre-se a um aumento da produção mediante o uso de horas extras da
força de trabalho. A tabela a seguir mostra as movimentações necessárias
à implementação dessa estratégia.
Observações importantes
A questão financeira não foi abordada nos exemplos dados. O custo de
capital relativo a desembolsos antecipados não foi considerado. Uma
análise mais rigorosa deve considerar o valor presente de todos esses
desembolsos. A ideia de zerar os estoques também deveria ser mais bem
analisada. Um estoque de segurança para cobrir eventuais aumentos
de demanda ou imprevistos na produção é sempre oportuno. E é bom
ressaltar que os custos informados são arbitrários.
www.esab.edu.br 131
Programação e controle da
23 produção
Objetivo
Apresentar os fundamentos da programação e do controle da
produção.
Programar a produção é:
www.esab.edu.br 132
Empresas, cujo processo produtivo consiste na montagem de
relativamente poucos componentes em várias combinações, dão
geralmente preferência a arrolar no PMP os componentes, em lugar
dos conjuntos de produtos acabados. Em uma fábrica de cadeiras
para escritório, por exemplo, seriam arrolados no PMP os diversos
componentes (como assentos, encostos pequenos, encostos grandes,
armações com porta-cadernos, armações simples, etc.) que devem ser
produzidos para posterior montagem nos diferentes modelos de cadeiras.
Toda vez que uma empresa troca o produto a ser fabricado ou troca de
tarefa em sua linha de produção, incorre no chamado custo de setup ou
de preparação. Cada troca é chamada de rodada ou batch. Muitas trocas
representam custo mais alto de setup mas, em contrapartida, “rodar”
muito tempo com a produção de um mesmo produto gera a necessidade
de estocá-lo - o que também representa custo. É para resolver esse tipo de
impasse que o Lote Econômico de Produção (LEP) é calculado.
Onde:
LEP = lote econômico de produção, em unidades do produto.
Cprep = custo de preparação das máquinas ou custo de setup. Envolve
os custos com o tempo de parada dos equipamentos, mais os custos de
dispositivos envolvidos na troca de rodada.
D = demanda em unidades do produto.
Cm = custo unitário de manutenção de estoque, que será detalhado a
seguir, onde definiremos Cm = CC + CA.
www.esab.edu.br 133
Custo de capital (CC)
CC=c×i
Onde:
CC = custo de capital.
c = custo do item.
i = taxa para captação (ou aplicação) de recursos no mercado.
CA=c×a
Onde:
CA = custo de armazenagem.
c = custo do item.
i = taxa “cobrada” pela armazenagem do item.
www.esab.edu.br 134
Uma aplicação prática
Uma empresa fabricante de mesas para cozinha quer calcular o número
de rodadas anuais de sua linha de produção. O custo de preparação de
máquinas é R$ 20,00, pois existe pouca diferença entre um produto
e outro. O custo unitário médio de fabricação é R$ 40,00 e sobre ele
incide uma taxa anual de 20% referente à captação de recursos e uma
taxa de 30% ao ano como taxa de armazenagem. A demanda anual
prevista é de 5.000 mesas. Determine:
Solução
O intervalo entre rodadas será de 250 dias ÷50 rodadas = 5 dias úteis.
www.esab.edu.br 135
custos de preparação (setup). Ao contrário, mudanças na fabricação de
bens completamente diferentes geram custos mais altos de preparação.
Para definirmos a sequência, precisamos estabelecer uma medida que
informe sobre a urgência com que um produto precisa ser fabricado.
Essa medida é dada pelo Tempo de Esgotamento (TE). Um exemplo: se
tivermos em estoque 4.000 peças de um produto e sua taxa de consumo
for de 800 peças por semana, teremos TE = 4.000 ÷ 800 = 5 semanas.
Podemos, portanto, definir que:
O produto crítico nesta situação inicial é o “E”, pois apresenta a menor Taxa de Esgotamento. Sua produção será
efetuada, na quantidade de 2.800 peças indicada pela LEP.
www.esab.edu.br 136
A rodada para produção do produto “E” tem duração de 1 semana. Por
isso a próxima tabela a ser examinada mostrará a situação da semana 1 (0
+ a duração da rodada do produto fabricado). Para a próxima tabela, o
estoque do produto “E” será:
O produto crítico agora é o “C”, pois apresenta a menor Taxa de Esgotamento. Sua produção será efetuada, na
quantidade de 5.000 peças indicada pela LEP.
www.esab.edu.br 137
O produto crítico agora é o “B”, pois apresenta a menor Taxa de Esgotamento. Sua produção será efetuada, na
quantidade de 2.300 peças indicada pela LEP.
www.esab.edu.br 138
Digamos que uma determinada empresa receba um trabalho (job) para
realizar. Foi prometida a entrega do trabalho com 8 dias (dd = 8). O
trabalho demora 7 dias em processamento para ser terminado (tp = 7).
Ocorre que, por problemas internos da fábrica, o trabalho somente
será iniciado após 3 dias (te = 3). O gráfico mostrado a seguir ilustra o
desenvolvimento deste trabalho:
www.esab.edu.br 139
Obedecendo a ordem de chegada original para orientar a sequência
de trabalhos, podemos calcular o tempo de espera (te), o tempo de
término(tt) e o eventual atraso (at) de cada trabalho, conforme exibidos
na tabela abaixo.
www.esab.edu.br 140
Com essa nova sequência, temos os seguintes resultados: agora, os
trabalhos C, D e A são terminados antes da data devida, o trabalho E
é terminado no prazo, somente o trabalho B fica atrasado e a média
de atraso cai para 2,2 dias. Uma melhora, então, em relação à situação
anterior.
Exercícios propostos
www.esab.edu.br 141
• No exemplo de sequenciamento de tarefas, calcule quantos atrasos e
a média desses atrasos para a seguinte sequência de trabalhos: E, D,
C, B e A.
www.esab.edu.br 142
24 MRP
Objetivo
Apresentar o Material Requirements Planning (o Planejamento
das Necessidades de Materiais ou Planejamento dos Recursos de
Manufatura) e suas características.
www.esab.edu.br 143
As telhas e o madeiramento do telhado deverão estar disponibilizados
na obra 90 dias depois de ser iniciada. Da mesma forma, os pisos e
revestimentos devem estar disponibilizados na data correspondente a 110
dias. Qualquer adiantamento desses materiais significa gastos antecipados
e, consequente, descapitalização da empresa. Qualquer demora desses
materiais significa atraso na entrega final da obra.
www.esab.edu.br 144
A Gestão da Demanda é feita em conjunto com a carteira de pedidos e
com a previsão de vendas. Pode englobar atividades como a distribuição
física, os serviços aos clientes, cadastramento de pedidos, entregas a serem
efetuadas, etc.
www.esab.edu.br 145
tempo real. O PMP gerencia várias entradas de dados, como mostra a
figura abaixo.
www.esab.edu.br 146
A planilha abaixo acompanha dados de produção para um PMP em que
a opção estratégica foi por minimizar estoques.
www.esab.edu.br 147
Características importantes do MRP
• Todos os produtos devem ser subdivididos em todos os seus itens
componentes (lembre-se do exemplo da cadeira).
• Quantidades múltiplas de alguns itens serão necessárias, isto é, o
MRP deve conhecer a quantidade necessária de todos itens para
multiplicar pelas quantidades produzidas.
• Um mesmo item pode ser utilizado em diferentes partes do produto
final. Todas as instâncias de uso devem ser consideradas.
A estruturação das informações muda, quando chega nos itens que não
são fabricados pela empresa. Aqui, começam a ser geradas as ordens de
compra.
Cada produto tem sua lista de material, por vezes muito extensa.
Pode-se utilizar, para planejamento de médio e curto prazo, listas que
representem um produto médio. Por exemplo, uma fábrica de mesas
pode produzi-las com 4 ou 6 cadeiras. Para efeito de planejamento,
a empresa pode simular conjuntos com 5 cadeiras ou efetuar uma
ponderação pelo número de mesas vendidas com cada tipo de conjunto.
www.esab.edu.br 148
Esta evolução ganhou o acrônimo MRP II como identificação (e seu
nome “por extenso”, em inglês, passou a ser Manufacturing Resources
Planning, planejamento de recursos para manufatura). O MRP II
depende fortemente da tecnologia da informação para realizar tal
integração, que manipula dados recebidos de vários setores da empresa
- o que também sugere uma necessidade enorme de fidelidade desses
dados. O processo de tomada de decisões feito com base nesses dados
e nos cálculos do MRP II, contudo, ainda depende dos gestores da
empresa.
Exercício proposto
• Complete as planilhas abaixo, nas linhas cinza, segundo os seguintes
critérios:
• Nivelando a produção no período.
www.esab.edu.br 149
• Trabalhando de forma que o estoque seja zero na última semana
(podendo também ser zero antes disso).
www.esab.edu.br 150
Planejamento e controle just in
25 time (jit)
Objetivo
Conceituar o planejamento e controle just in time (jit) e suas
implicações.
www.esab.edu.br 151
A principal diferença entre esses dois processos é que, no tradicional,
um problema que interrompe a produção no estágio A tem seu efeito
amortecido pelo estoque a sua frente.
www.esab.edu.br 153
• Envolvimento de todos. Visto como um “sistema total”, a filosofia
JIT define diretrizes que envolvem todos os funcionários e processos
da organização. Esses funcionários assumem responsabilidades
importantes dentro do processo, desde o projeto até o produto
final. Desenvolve-se uma cultura organizacional voltada para a
“Qualidade Total”. Os funcionários devem ser treinados, capacitados
e motivados a assumir total responsabilidade sobre todos os aspectos
de seu trabalho. Devem participar da seleção de novos funcionários,
na negociação com os fornecedores e clientes, na avaliação do
desempenho das equipes e melhorias, no planejamento e revisão dos
trabalhos e na elaboração do orçamento das melhorias.
• Visibilidade. Os funcionários devem ser informados, explicitamente,
dos projetos de melhoria da qualidade, novos processos, produtos e
operações. As medidas de visibilidade poderão envolver:
• Painéis, exibindo as melhorias de desempenho nos locais de
trabalho.
• Sinais luminosos e sonoros de alerta.
• Gráficos de desempenho.
• Locais onde sejam expostos produtos dos concorrentes e produtos
próprios, com seus defeitos, quando existirem.
www.esab.edu.br 154
• Manutenção produtiva total (TPM). Eliminação da variabilidade
em processos, causada por falhas ou quebras. Proporcionar o
envolvimento de todos os funcionários no zelo e manutenção dos
equipamentos, máquinas e ferramentas utilizadas no processo de
produção.
• Foco na operação. A simplicidade, a repetição e a experiência trazem a
competência. Os processos devem ser práticos e descomplicados.
• Arranjo físico e fluxos. Posicionar os postos de trabalhos próximos
uns aos outros e na sequência das operações. Racionalidade das
operações de movimentação e bom senso.
• Redução dos tempos de setup. A troca dos itens a serem fabricados deve
ser a mais barata possível, em termos de tempo e de alterações nos
equipamentos envolvidos (compare o tempo que levamos para trocar
um pneu de carro, com o que leva uma equipe Fórmula 1; o projeto
dos dispositivos envolvidos na troca na Fórmula 1 foi desenvolvido
com foco na operação).
www.esab.edu.br 155
O sistema JIT trabalha, também, em perfeita sintonia com o MRP.
Manutenção
Existem três tipos principais de manutenção:
www.esab.edu.br 156
26 Produtividade
Objetivo
Apresentar o conceito de produtividade e em que ele difere do
conceito de produção.
www.esab.edu.br 157
O PIB per capita (renda per capita), por outro lado, é medida da
produtividade de um país. Ele estabelece a relação entre tudo o que foi
produzido por um país em um determinado período (o PIB) e o número
de habitantes desse país, nesse período. Ou seja, quanto em média cada
habitante de um país produziu, em um certo período.
www.esab.edu.br 158
Seja uma empresa que produz 20 mesas por dia com 2 m3 de madeira. O
seu índice de produtividade, para o item madeira, é:
www.esab.edu.br 159
Fatores externos à organização que contribuem para o aumento
da produtividade
www.esab.edu.br 160
Fatores internos à organização que contribuem para o aumento
da produtividade
• Ambiente psicológico
• Bom relacionamento entre empregados e empregador.
• Justiça Social e equidade.
• Participação dos trabalhadores nos resultados do aumento da
produtividade.
• Metodologias operacionais motivadoras.
• Histórico da empresa
• Metodologia da organização.
• Empresa familiar e fatores tradicionais.
• Organização da empresa em bases científicas e profissionais
• Divisão equânime do trabalho.
• Definições claras de autoridade, responsabilidade e disciplina.
• Unidades de comando e direção.
• Subordinação do interesse particular ao interesse geral.
• Remuneração e benefícios justos.
• Precisão e exatidão na descrição das tarefas.
• Controles qualitativos e quantitativos de gastos.
• Velocidade de resposta à dinâmica do mercado (tecnologia, moda,
processos, etc.).
• Previsibilidade e intuição.
• Planejamento e direção.
• Métodos contínuos destinados a economizar
• Simplificação, especialização.
• Estudo do trabalho
• Simplificação e padronização racional dos produtos.
• Estudos de métodos de produção (O&M).
• Medição dos trabalhos (cronoanálise).
• Máquinas, equipamentos e ferramental da empresa
• Utilização adequada de máquinas e equipamentos.
• Conservação e manutenção das máquinas.
• Adequação dos locais de trabalho para boa circulação e boas
condições de trabalho (iluminação, ventilação, ergonomia, etc.).
• Mão de obra
• Bons sistemas de comunicação.
• Formação profissional e treinamento adequado.
• Condições de trabalho (higiene, segurança, etc.).
• Alimentação, transporte e benefícios gerais.
www.esab.edu.br 161
As medidas de produtividade utilizam números, índices ou porcentagens
para expressar, de forma comparativa, relações de produtividade
entre duas ou mais situações, duas ou mais empresas, ou variações de
resultados ao longo do tempo. Um exemplo claro é a comparação do
PIB entre dois países, ou de um mesmo país de um ano para outro. Nas
empresas, essa análise não é diferente.
www.esab.edu.br 162
Vê-se de imediato que a produtividade de Alfa é menor que a de Beta
(0,60 é menor que 0,62). O quanto a produtividade de Alfa é menor em
relação a Beta pode ser calculado assim:
Vejamos agora quanto à mão de obra. Como Alfa gasta 5,0 horas para
produzir uma peça, gastará (5,0 x 12.000) = 60.000 horas para produzir
suas 12.000 peças. Beta, por sua vez, precisa de 5,3 horas para produzir
uma peça, ou seja, gastará (5,3 x 23.560) = 124.868 horas para produzir
suas 23.560 peças. Então, calculando:
www.esab.edu.br 163
Normalmente, as empresas não trabalham comparando mais de um
recurso em um único índice, isto é, esses índices não se somam aritmética
ou geometricamente.
Exercício proposto
• O exemplo das empresas Alfa e Beta previa o cálculo da
produtividade de Alfa em relação a Beta. Calcule a produtividade de
Beta em relação à Alfa, compare os resultados numéricos e veja o que
acontece com os sinais (positivo e negativo) dos índices.
www.esab.edu.br 164
27 Administração da qualidade total
Objetivo
Apresentar a administração da Qualidade Total (TQM – Total Quality
Management).
www.esab.edu.br 165
Hoje temos a TQM, que pode ser vista como um programa que atua
sobre a qualidade, com as seguintes características:
Nas últimas sete décadas, tivemos pelo menos seis grandes nomes que
inovaram no estudo da qualidade, e são conhecidos como os “gurus”
da qualidade. O primeiro é Armand Feigenbaum, doutor pelo MIT
(Massachusetts Institute of Technology, EUA), que definia TQM como um
sistema capaz de integrar esforços de desenvolvimento, manutenção e
melhoria da qualidade de todos os grupos da organização, permitindo
levar a produção e o serviço aos níveis mais econômicos de operação,
atendendo plenamente à satisfação do consumidor. Esse conceito,
lançado nos Estados Unidos, foi aplicado em larga escala pela primeira
vez, na prática, no Japão, onde se popularizou.
www.esab.edu.br 166
do design do produto. Estimulou reuniões interativas de operários e
gerentes, visando a sugestões nos projetos dos produtos.
www.esab.edu.br 167
5. Melhore, constantemente, o sistema de produção e de prestação de
serviços, de forma a melhorar a qualidade e produtividade e também
reduzir, de forma sistemática, os custos.
6. Institua treinamento no local de trabalho.
7. Institua a liderança. Os líderes devem ter a função de ajudar as
pessoas, máquinas e dispositivos a executarem melhor um trabalho.
Revise, também, sua chefia administrativa.
8. Elimine o medo, de forma que todos trabalhem com eficácia para a
empresa.
9. Elimine as barreiras entre os departamentos. As pessoas engajadas
com vendas, pesquisa, projetos e produção devem trabalhar em
equipe, de modo a preverem problemas de produção e de uso do
produto e serviço.
10. Elimine lemas, exortação e metas para a mão de obra que
exijam nível zero de falhas. Essa meta é utópica. Estabeleça novos
níveis de produtividade. O grosso das causas da baixa qualidade e
produtividade encontra-se no sistema, estando, portanto, fora do
alcance dos trabalhadores.
11. Elimine padrões de trabalho (quotas) na linha de produção.
Substitua-os pela liderança. Elimine, também, o processo
de administração por objetivos, por cifras. Substitua-os pela
administração por processos por meio de exemplos de líderes.
12. Os operários devem se orgulhar de seu desempenho. Os chefes
devem ser cobrados pela qualidade e não por números absolutos.
13. Institua um forte programa de educação e auto aprimoramento.
14. Engaje todos da empresa (sem exceção) no processo de realizar a
transformação.
www.esab.edu.br 168
3. Avaliação de desempenho, do mérito ou revisão anual. Essas
avaliações estimulam o desempenho de curto prazo, porém
desestimulam o risco, promovem o medo e criam “estrelas” que
trabalham mais para si do que para a empresa.
4. Rotatividade de direção. No mundo ocidental, os administradores
trabalham poucos anos em uma mesma empresa, sempre em busca
de resultados rápidos. Dessa forma, não se comprometem com
profundas e longas mudanças.
5. Dirigir a empresa apenas com base em números visíveis. Alguns
resultados são muito difíceis de ser medidos, mas não devem ser
desprezados.
www.esab.edu.br 169
Alguns autores listam os fatores abaixo como importantes ferramentas
de sucesso dos programas de melhoria do desempenho e qualidade.
Consideram importante estabelecer uma estratégia de longo prazo, com
um programa de TQM que inclua:
www.esab.edu.br 170
Programas de qualidade bem-sucedidos foram determinantes para
a consolidação de muitas empresas no mercado. Empresas como
EuroDisney, BMW e McDonalds, dentre outras, experimentaram com
sucesso esse programa e se tornaram divulgadores mundiais de seus
benefícios.
Estudo complementar
Seria interessante que você pudesse compreender
e traçar as diferenças e semelhanças entre o TQM e
o Six Sigma. Ambos os métodos são utilizados para
monitorar a qualidade de seus produtos, processos e
serviços, mas quais são as suas reais similaridades e
diferenças?
www.esab.edu.br 171
28 Introdução à gestão de projetos
Objetivo
Introduzir o conceito à gestão de projetos e seus pontos mais
relevantes
www.esab.edu.br 172
O quadro a seguir ilustra o impacto do projeto de um produto ou serviço
nos objetivos de desempenho de cinco fatores.
www.esab.edu.br 173
Criado o produto, ele é posto no mercado e sua aceitação é avaliada,
gerando novas informações que podem resultar em rever ou não o
produto.
www.esab.edu.br 174
Um projeto é iniciado com a geração do conceito. A ideia para
conceitos de novos produtos pode vir de fontes externas à organização
(consumidores, concorrentes, pesquisa de mercado, etc.) ou de fontes
de dentro da organização (funcionários, marketing, pessoal de vendas,
departamento de P&D, etc.).
www.esab.edu.br 175
Com base na análise no projeto preliminar, será feita uma avaliação
do produto e de todas as melhorias sugeridas, antes de o produto ser
prototipado. Nessa análise, são utilizadas técnicas visando:
www.esab.edu.br 176
À medida que o projeto do produto vai sendo montado em suas várias
fases, o projeto do processo de fabricação vai sendo definido, passando
pelas mesmas seis fases discutidas acima. A Engenharia Simultânea
tem como pontos chave a rapidez de resposta ao mercado, com menor
tempo de lançamento de produtos, a resolução rápida de conflitos e
o ordenamento, fase a fase, das etapas dos projetos do produto e do
processo.
Saiba Mais
Vá ao site do PMI Brasil e saiba mais sobre o que
é gerenciamento de projetos, sob a ótica desta
organização… http:// http://brasil.pmi.org/
www.esab.edu.br 177
29 Estratégia na produção
Objetivo
Examinar a estratégia de produção e os principais objetivos de
desempenho da produção, objetivos estes que devem orientar as
atividades voltadas ao atendimento das expectativas dos clientes.
Vantagem da qualidade
Vantagem da rapidez
Vantagem da confiabilidade
Vantagem da flexibilidade
www.esab.edu.br 179
• Flexibilidade de produto ou serviço: troca de produto ou serviço.
• Flexibilidade de mix: mudança ampla na composição dos tipos de
produtos ou serviços oferecidos.
• Flexibilidade de volume: mudança nas quantidades de produtos ou
serviços.
• Flexibilidade de entrega: mudança nos tempos de entrega.
Vantagem do custo
Decisões estratégicas
www.esab.edu.br 180
Decisões estratégicas podem ser entendidas como:
www.esab.edu.br 181
Esse conteúdo deve ter três prioridades:
www.esab.edu.br 182
Todos os esforços da gestão da produção, quer na montagem da
estratégia da produção, quer nas atividades diárias, confrontar-se-ão
com os cinco objetivos de desempenho citados: qualidade, rapidez,
flexibilidade, confiabilidade e custo. A dosagem de esforço a ser aplicado
em cada um desses objetivos faz parte da estratégia corporativa da
organização, que deverá ser acompanhada pela estratégia funcional da
produção.
www.esab.edu.br 183
30 Teoria da decisão
Objetivo
Introduzir os conceitos da teoria da decisão para criar critérios formais
à tomada de decisão.
www.esab.edu.br 184
Então, dentro das estratégias alternativas, temos que construir uma lista,
tão completa quanto o possível, de todas as possibilidades que possam
levar ao desaparecimento do problema.
www.esab.edu.br 185
A matriz de decisão permite juntar os três elementos comuns estudados
em uma estrutura matricial geralmente constituída de:
Nos deteremos mais detalhadamente sobre os dois últimos, haja vista que
a decisão tomada sob certeza não nos dá margem a interpretações.
www.esab.edu.br 186
Observe que a matriz traz a probabilidade das expectativas de cada estado
de natureza, respectivamente 0,2; 0,3 e 0,5.
www.esab.edu.br 187
O critério Minimax
O critério Maximax
www.esab.edu.br 188
Assim, utilizando esse critério, teremos de optar por construir novas
instalações, pois no caso de um futuro extremamente favorável, teremos
um lucro de 400 mil reais anuais.
Fórum
Caro estudante, participe do nosso Fórum de
discussões. Lá você poderá interagir com seus
colegas e com seu tutor de forma a ampliar,
por meio da interação, a construção do seu
conhecimento. Vamos lá!
www.esab.edu.br 189
Glossário
aleatório
que depende das circunstâncias, do acaso; casual, fortuito, contingente.
R
Behaviorismo
teoria e método de investigação psicológica que procura examinar do
modo mais objetivo o comportamento humano e dos animais, com
ênfase nos fatos objetivos (estímulos e reações), sem fazer recurso à
introspecção. R
binomial
que tem dois nomes ou dois termos; binômino. R
checkin
verificação de entrada é o primeiro passo a ser efetuado pelo passageiro
de transporte aéreo ao chegar no aeroporto para o embarque. R
efluentes
são os resíduos provenientes das indústrias, dos esgotos e das redes
pluviais, que são lançados no meio ambiente, na forma de líquidos ou de
gases. R
equidade
virtude de quem ou do que (atitude, comportamento, fato etc.)
manifesta senso de justiça, imparcialidade, respeito à igualdade de
direitos. R
www.esab.edu.br 190
ergonomia
estudo científico das relações entre homem e máquina, visando a uma
segurança e eficiência ideais no modo como um e outra interagem. R
êxodo
emigração de todo um povo ou saída de pessoas em massa. R
feedback
informação que o emissor obtém da reação do receptor à sua mensagem,
e que serve para avaliar os resultados da transmissão. R
insumos
despender, empregar, fazer uso de alguma coisa, agregar. Insumo é uma
palavra muito utilizada nas áreas econômicas e industriais, referindo aos
elementos essenciais para a produção de um determinado produto ou
serviço. R
know how
habilidade adquirida pela experiência; saber prático. R
lead time
prazo de execução R
marketing
estratégia empresarial de otimização de lucros por meio da adequação
da produção e oferta de mercadorias ou serviços às necessidades e
preferências dos consumidores, recorrendo a pesquisas de mercado,
design, campanhas publicitárias, atendimentos pós-venda etc. R
maturação
processo de crescimento; evolução. R
www.esab.edu.br 191
metodologia
corpo de regras e diligências estabelecidas para realizar uma pesquisa;
método. R
protótipo
algo feito pela primeira vez e, muitas vezes, copiado ou imitado; modelo,
padrão, cânone. R
trade off
uma expressão que define uma situação em que há conflito de escolha.
Ele se caracteriza em uma ação econômica que visa à resolução de
problema mas acarreta outro, obrigando uma escolha. Ocorre quando se
abre mão de algum bem ou serviço , para se obter outro bem ou serviço
distinto. R
www.esab.edu.br 192
Referências
www.esab.edu.br 193