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FACULDADE TEOLÓGICA BATISTA DE SÃO PAULO

Psicologia da Religião
Professora: Patrícia Pazinato
Alunos:
Adesilto Silvestre
Yone Rodrigues Junior

EXPERIÊNCIA RELIGIOSA

Apresentação de relatório de observação


participante em dupla como exigência da
disciplina Psicologia da Religião do Curso de
Bacharel em Teologia.

Professora: Patrícia Pazinato

SÃO PAULO
2015
“O culto contem esse agir interior e exterior que tem como finalidade a
reconstrução da unidade [...] o estabelecimento da unidade com o absoluto e com
isso ocorre também uma conversão interior do espírito e da alma” (TERRIN, 2003,
p. 110).

Introdução

Este trabalho tem por objetivo que nós alunos, em dupla, conforme orientação da
professora observasse uma experiência religiosa voltada à oração em uma reunião não
cristã, e outra cristã.

Reunião não cristã do Racionalismo Cristão

O Racionalismo Cristão surgiu a partir de uma dissidência dentro do movimento


espirita no Brasil. Em 1910 quando surgiu denominava-se Espiritismo Racional e
Científico Cristão, vindo mais tarde a assumir a denominação de Racionalismo Cristão.1

Dividiremos o estudo em quatro itens:

1º Expressão de oração.

Há uma observação quanto à postura diretamente, e será apresentada no 4º item.


Também não se intitula oração, mas Limpeza Psíquica ou Vibrações Espirituais, e são
citadas como um mantra, cujo objetivo é a higiene mental e busca pelo equilíbrio e
tranquilidade espiritual.
Uma orientação dada para a prática é que ela ocorra em conjunto com outros que
comungam do mesmo pensamento, caso isso não seja possível, deve ser feito
individualmente e isoladamente, preferencialmente nos horários das 7:00 e às 20:00. A
razão de fazê-la em conjunto está no princípio da irradiação da corrente astral, devendo
durar 5 minutos.

2º Epiclese2.

1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Racionalismo_Crist%C3%A3o em 10/11/2015, às 16:33
Esta invocação ocorre em um momento na Irradiação A, após a exaltação ao
Grande Foco, à Força Criadora, reconhecendo que o Astral Superior é toda a força
vibratória acima do astral inferior. Quando então é dito: “irradiamos pensamentos aos
Espíritos Superiores para que eles nos envolvam na sua luz e fluidos, fortificando-nos
para o cumprimento dos nossos deveres”.

3º A Confissão dos pecados.

Em uma segunda irradiação, chamada Irradiação B, após reconhecer a ação das


Forças Superiores, há uma solicitação para que tal ação permita o reconhecimento da
fraqueza e dos erros: “para que a luz se faça em nosso espírito, e tenhamos consciência
de nossos erros, a fim de evitá-los e nos fortalecer para praticar o bem”.

4º Adoração.
Este momento ocorre quando a reunião tem início, a pessoa de maior
responsabilidade no lar toma acento à cabeceira da mesa, e os demais ficam do seu lado,
sentados ou em pé, com as mãos sobre a mesa. Dirigindo-se ao líder como presidente.
Não devendo ocorrer nenhuma movimentação até o término do trabalho.

A força irá emanar a partir do presidente para os demais presentes. A postura e


comportamento diante dele irão demonstrar a reverência e submissão à Força Criadora.

“Irradiamos pensamentos aos Espíritos Superiores para que eles nos envolvam
na sua luz e fluídos.” Com um objetivo comum pela busca da evolução dos seres, está
irradiação advinda do Astral Superior vem de encontro aos espíritos evoluídos,
proporcionando o desenvolvimento da mediunidade.

Esta também é a razão para que as reuniões ocorram em um mesmo horário, pois
é diante das vibrações, que ocorrem simultaneamente submissas às vibrações aos
Espíritos Superiores, que de igual modo ocorre a comunicação através da luz e fluídos.

2
Dic. Michaelis: Invocação que, na missa, vem em seguida à consagração eucarística, implorando para
as oblatas a bênção divina.
Reunião Cristã de uma igreja neopentecostal

Trata-se de um culto evangélico especial em comemoração dos 71 anos da igreja


de Biririca, onde um grupo de mulheres uniformizadas entram na igreja com suas
Bíblias levantadas. Enquanto entravam, um cântico era tocado e elas se posicionavam
em frente do público. Algumas mulheres cantavam, outras oravam em pequenos
intervalos da música.

A letra da música fala de oração e canção como demonstração de confiança em


Deus, o que em vários momentos da música se percebe os olhos fechados e palavras de
conformidade com a letra, o qual se materializa nas expressões e gestos. Mesmo ao
término da música, enquanto as mulheres se preparam para uma próxima apresentação,
ouve-se orações curtas em alta voz, de engrandecimentos à divindade (Deus). As
orações se intensificam e ficam mais altas na medida em que se ouve estas
manifestações.

Desencadeamento de oração - Efeito Onda

Conforme explicado, as pequenas orações feitas em intervalos de ociosidade no culto,


impulsionam as demais pessoas em participar com palavras de adoração e de espera de
bençãos, como por exemplo "- enche este vaso!", que invoca em meio as muitas
palavras dos outros membros a manifestação do divino de forma pessoal e impactante.
Ouve-se também o desejo de ouvir Deus falar, o que ocorre de forma mística em todos
os elementos do culto.

Na medida em que tais desejos são expostos , mais se intensificam as orações


que buscam ser impactadas pelo sagrado, o que em dado momento se ouve palavras
incompreensíveis (glossolália). Estas orações estão presente em todo culto, são como
poderia dizer uma onda, que vai se levantando e ao quebrar-se atinge o climax
espiritual. Neste momento, pouco se percebe o que ocorre na liturgia de fato, pois quem
está lá e quem está sentando agora participam ativamente pela manifestação do Espírito
Santo (Sagrado).

Por vezes, as letras das músicas se tornam orações, repetindo-se a canção como
se fossem expressadas pelo próprio sentimento.

Apesar do aspecto que envolve a massa, pode-se perceber que outras mulheres
se mantém em silêncio, de olhos fechados e estado contemplativo no momento das
músicas. Vez por outra é possível ver os lábios movimentarem de forma mais
silencioso. Obviamente, este estado contemplativo de oração está relacionado ao ritmo
musical, mais tranquilo e reflexivo. Nota-se que mesmo a música lenta que parte para o
estribilho em compasso mais rápido e repetitivo, altera o comportamento das pessoas no
local de culto, retornado ao efeito onda.

Percebe-se ao final do culto, manifestações de idiomas incompreensíveis e


danças (em espécie de transe) circulares e saltos constantes. Neste momento, as
manifestações chegam a exigir que outras pessoas busquem dar espaço ou lentamente
retiram a pessoa para seu assento. Existe a manifestação do Espírito Santo e ao mesmo
tempo a contenção desta manifestação na medida em que ultrapassa o espaço das outras
pessoas.

Teor das orações

Para analisar as orações de forma mais especifica, foi necessário observar


outros cultos da mesma igreja, pois o culto em questão não foi possível observar o teor
das palavras, uma vez que todos falam ao mesmo tempo em línguas, não é possível
escutar uma oração que se possa compactuar de forma racional.

Na oração observou-se:

· Aspecto profético e revelador – Quem ora, pode falar da ação de Deus na


comunidade ou de forma individual, além de do seu caráter de clareamento, ou
melhor, revelação, que desvenda aos olhos de quem ouve um propósito maior da
divindade em sua vida.
· A oração transita do indivíduo ao divino, ao mesmo tempo que fala da
fraqueza humana, fala-se do “querer” da divindade, Deus, em pessoas santas,
fiéis e puras. Quando a oração transita da fala do homem para o divino, várias
palavras na comunidade são expressadas em forma de orações curtas, além da
glossolalia.

· O sentimento penitente geralmente inicia as orações, pedidos de misericórdia


e socorro.

· Na medida em que se busca o socorro das angústias, faz-se menção de


promessas contidas no livro sagrado, a Bíblia, que é a Palavra vida do próprio
Deus. Ao pronunciar palavras bíblicas, desperta-se na comunidade sentimentos
de visitação e da aprovação da divindade.

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