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Protestante
Aluno : Anísio Renato de Andrade
INTRODUÇÃO
A partir do século XIV é que podemos perceber a desagregação do mundo medieval. Essa
progressiva desagregação é demonstrada nos diferentes níveis da realidade social.
No plano político, ocorre progressivamente uma centralização do poder nas mãos dos reis.
As soberanias feudais locais vão desaparecendo. O rei, aliado aos mercadores, vai
sujeitando à sua autoridade o poder da nobreza feudal e da igreja.
Todas essas transformações que ocorrem na Europa Ocidental, a partir do século XIV, estão
intrinsecamente ligadas entre si e atuando umas sobre as outras.
O RENASCIMENTO, OU RENASCENÇA
Até os fins da Baixa Idade Média, a igreja monopolizava a educação e a cultura na Europa
Ocidental.
Com o surgimento de novas condições de vida em sociedade, uma nova cultura começou a
aparecer. Essa nova cultura tinha um caráter humanista (valorização do homem e suas
obras), leigo e antropocêntrico (colocação do homem como centro do universo).
- O racionalismo - todo conhecimento tem que ser demonstrado pela razão humana.
- A centralização do poder nas mãos dos reis. Na medida em que foram centralizando o
poder em suas mãos, os reis foram submetendo a igreja a sua autoridade. Esta submissão
possibilitou a ascensão dos mercadores e o surgimento de uma cultura renascentista.
É preciso lembrar, no entanto, que a Europa não é um todo monolítico. Enquanto na Itália e
Países Baixos já temos no século XIV um significativo desenvolvimento da produção
capitalista e o domínio político de uma burguesia nascente, em outros países europeus
temos, ao contrário, o fortalecimento das relações feudais, e, conseqüentemente, da nobreza
feudal.
Portanto, o Renascimento Cultural terá certas variações nacionais e seu engendramento
dever-se-á a condições histórica específicas de cada país.
A REFORMA PROTESTANTE
Durante todo o per[iodo feudal, o predomínio cultural pertenceu à Igreja católica, que
monopolizava a educação e a cultura. A igreja era a única instituição centralizada de toda a
Europa feudal e sua força era superior à dos reis.
Nos séculos XIV e XV, a degeneração da igreja atingiu um grau monstruoso. O alto clero
vivia num ambiente de luxo. Moitas pessoas se convenciam então de que a igreja se
afastara da doutrina original de Cristo, sendo necessário fazê-la retornar ao ponto de
partida.
Esse eruditos, tal como Erasmo de Rotterdam, propunham uma reforma no interior da
própria igreja.
O primeiro grande movimento dessa natureza foi o movimento husita (devido ao seu líder
John Hus), que irrompeu na segunda década do século XV no reino de Boêmia. A igreja
viu-se obrigada a fazer sérias concessões aos rebeldes ante a derrota das tropas dos
cruzados e mercenários por ela contratados. A igreja, pela primeira vez em sua história, teve
que tratar publicamente com os hereges, aceitando suas petições.
Outro movimento popular herético foi o movimento liderado por Wycliffe na Inglaterra. Os
camponeses queriam a abolição da servidão e da cobrança dos dízimos pela igreja. Wycliffe
pregou até o confisco dos bens dos mosteiros, tendo sido apoiado nessa reivindicação pela
nobreza inglesa, interessada nas terras da igreja. As suas propostas teológicas eram
revolucionárias, marcadas por um caráter anti-clerical, antifeudal e democrático. Para
Wycliffe, qualquer homem estava tão próximo de Deus quanto os padres, tendo, portanto, o
direito íntimo de juízo em matéria de religião. Os sacramentos tinham pouca importância
em comparação com a pregação e estudo da Bíblia. O homem era mais importante sendo
ativo no mundo do que trancado num mosteiro.
Erasmo, ao nível da crítica intelectual, e John Hus e Wycliffe, ao nível dos movimentos
populares, podem ser considerados os precursores da Reforma.
Na Alemanha, o poder real era fraco. O chamado Santo Império Romano Germânico era
formado por uma multiplicidade de principados, nos quais o poder político era exercido
pela grande nobreza. A dinastia dos Habsburgos (imperadores do Sacro Império),
necessitava do apoio do Papa para manter sua frágil hegemonia sobre os principados. Uma
grande quantidade de terras do Sacro Império pertencia às instituições eclesiásticas. O
maior comércio de indulgências era o da Alemanha.
Era nessa região que a igreja obtinha as suas maiores rendas. Apesar das contradições entre
as várias classes sociais, todas elas tinham um inimigo comum - a igreja.
A nobreza feudal tinha interesse em apoderar-se das terras da igreja; a grande burguesia
queria um clero menos custoso e ao mesmo tempo desejava impedir a fuga de capitais para
Roma; os camponeses e os artesãos viam na igreja o seu grande explorador, com a cobrança
dos dízimos, das rendas feudais, etc.
Um fator primordial foi o ódio voltado por todas as classes sociais à Igreja Católica.
PRINCÍPIOS E CARACTERÍSTICAS
DA REFORMA LUTERANA
A religião luterana tinha um caráter nacional na medida em que rompeu com o papado e
colocou os pastores dessa igreja sob a direção dos príncipes alemães. A igreja luterana
simplificou os rituais religiosos, tendo excluído todos os sacramentos da igreja católica,
exceto dois - o batismo e a eucaristia - segundo Lutero, instituídos pelo próprio Cristo. A
confissão passava a ser feita diretamente com Deus. Todo homem era considerado capaz de
interpretar livremente a Bíblia. A reforma luterana foi uma reforma moderada que
favoreceu a nobreza feudal e a grande burguesia.
A nobreza feudal foi favorecida tanto pelo fato de que os pastores dessa igreja ficavam sob
a direção dos príncipes, como também pelo fato dela haver se apoderado das terras da
igreja.
A grande burguesia foi favorecida, na medida em que se viu liberada das grandes
obrigações financeira para com a igreja católica, permanecendo tais rendas na Alemanha.
A JUSTIFICAÇÃO PELA FÉ
O princípio básico da religião luterana é o da justificação pela fé. Através desse princípio,
Lutero dava maior valor à fé do que às boas obras praticadas pelos fiéis como meio de
ganhar a salvação. O fiel, para ganhar o paraíso, não deveria jejuar e sim submeter-se
totalmente à vontade de Deus.
A falta de união e organização nas forças camponesas facilitou o seu esmagamento pela
grande nobreza, aliada aos cavaleiros, aos burgueses, à igreja luterana e à igreja católica. O
próprio Lutero incentivou o esmagamento dos camponeses. Mais de 100 mil foram mortos
e Münzer foi decapitado.
A Paz Religiosa em Augsburgo: as terras clericais passaram para a mão da grande nobreza.
Mesmo alguns bispos abandonaram a igreja católica e se tornaram senhores dos principados
eclesiásticos.
A igreja católica, vendo-se enfraquecida, permitiu que alguns príncipes católicos ficassem
com as suas terras. Mas, no período compreendido entre 1530-1540, houve um aumento do
número de príncipes protestantes.
Carlos V, imperador do Santo Império, era católico. Temendo perder a coroa para algum
príncipe protestante, pois o imperador era eleito pelos príncipes, Carlos V voltou-se contra
os príncipes protestantes. Os principados, vendo na ação do imperador uma tentativa de
fortalecimento do seu poder, agitaram-se. Alguns príncipes católicos se aliaram aos
príncipes protestantes, que também recebiam ajuda dos reis de França, e derrotaram Carlos
V. Assumiu o poder Fernando I que, em 1555, assinou a paz religiosa de Augsburgo, onde
ficou estabelecido que a religião do príncipe seria a religião do principado (cujus regio ejus
religio). Assim sendo, o norte da Alemanha tornou-se protestante e o sul, católico.
A Reforma Luterana, pelo fato de favorecer a nobreza feudal, expandiu-se pelos países
dominados por essa nobreza, tais como Suécia, Dinamarca e Noruega.
Seria um erro considerar a Reforma como puramente um movimento religioso, pois este
movimento teve implicações econômicas, políticas e sociais na medida em que refletiu as
lutas de classe entre nobreza, burguesia, artesãos e camponeses do início da Idade Moderna.
A REFORMA PROTESTANTE
Motivo imediato – indulgências (p/ basílica).
Diversos grupos viram nela a solução de seus problemas. Interesses políticos, econômicos e
sociais.
SEUS PRECURSORES
John Huss – Boêmia (1420).
Wycliffe – Inglaterra. Suas idéias: Todo homem está perto de Deus. Pregação e estudo da
bíblia é mais importante que sacramentos. Contra mosteiros e propriedades eclesiásticas.
SUAS FRENTES:
Martinho Lutero – Alemanha
Ulrick Zuinglio - Suiça
John Calvino e John Knox – Suiça (depois Ing)– predestinação – os burgueses eram vistos
como os eleitos –
Organização republicana para a igreja. Consistório (presbitério) – hereges eram queimados
–
calvinistas – presbiterianos – puritanos.
Henrique VIII – Reforma doméstica (divórcio) – Igreja anglicana - daí vieram os puritanos,
batistas e metodistas muito tempo depois. (Aviv.séc.XVIII).
Outros
Adventistas, testemunhas de Jeová, universal, inúmeras outras.
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