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Seminários - Fisiologia Animal: Movimento, Nutrição e Osmorregulação (BIF-216)

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Título: Trato gastrointestinal e imunogenicidade: doença de Crohn
Autores: Bruna Santos Camila Bezerra
Nina Prado Pedro Victor S. Ladeira

Resumo (4000 caracteres com espaços):


A doença de Crohn (DC) é uma doença inflamatória crônica do trato gastrointestinal, com efeitos secundários
extra-intestinais e distúrbios imunológicos associados, descrita inicialmente por Penner e Crohn. É caracterizada por
uma série de sintomas que podem incluir dor abdominal, diarreia com sangue e/ou muco, obstrução intestinal, perda
de peso e sintomas inflamatórios, como febre. Sua manifestação ocorre em surtos, com períodos de remissão
assintomáticos alternados com sintomas agudos, e afeta igualmente homens e mulheres de todas as idades, embora
seu diagnóstico seja mais comum entre a 20ª e a 40ª década de vida. Permeabilidade intestinal aumentada, retenção
inadequada de leucócitos, alterações imunológicas e na microbiota intestinal, e uma menor densidade mineral óssea
também são observadas em pacientes com a doença - apesar de não se saber com clareza quais desses fatores são
causas, consequências ou derivações indiretas da DC. Em média, há um intervalo de 35 meses entre o
aparecimento dos sintomas e a identificação da doença, indicando dificuldades em seu diagnóstico. Ainda não foi
determinada uma causa única para a DC e ela provavelmente é resultado de uma combinação de fatores. Há
evidências de fatores genéticos no desenvolvimento da doença, sendo que parentes próximos de pacientes com DC
possuem até 40% de chance de também manifestá-la. Já foram identificados diversos locci gênicos relacionados à
DC, alguns dos quais se sobrepõem a locci associados com outras doenças inflamatórias extraintestinais e com
doenças autoimunes. Apesar disso, não é possível prever o aparecimento da doença apenas com base em dados
genéticos. Muitos fatores ambientais já foram correlacionados à DC, particularmente os que compõem o modo de
vida moderno, como a dieta ocidental, exposição à poluição do ar, sedentarismo, estresse elevado e menores
períodos de amamentação, além de alguns procedimentos médicos, como apendicectomia; a associação mais bem
estabelecida é com o tabagismo. Muitas evidências levam a crer que existe um componente patogênico-imunológico
na DC: há uma flora mucosal distinta relacionada à doença, com associações inconclusivas observadas com alguns
patógenos específicos, como micobactérias e o vírus do sarampo; pacientes apresentam uma taxa elevada de
anticorpos contra diversos tipos de microorganismo (bactérias, fungos e vírus); as regiões mais afetadas do trato
gastrointestinal (TGT) correspondem àquelas com alta concentração de bactérias, como o íleo e o cólon; e existe
uma relação da doença com melhores níveis de higiene e maior consumo de antibióticos na infância, sugerindo que
o baixo contato com patógenos durante o desenvolvimento possui um papel no aparecimento da DC. Essa conjunto
de fatores leva a crer que a DC possa ser uma reação exagerada do sistema imunológico a pequenas infecções ou à
própria microbiota intestinal simbionte, possivelmente influenciada por predisposição genética e pouca exposição a
patógenos na infância. A permeabilidade excessiva da mucosa intestinal pode ter um papel nessa reação autoimune,
por permitir maior contato entre as bactérias intestinais e as células do sistema imunológico encontradas na corrente
sanguínea que irriga o TGT. Ainda não há cura definitiva para a doença. Os tratamentos atuais buscam conter a
infecção, diminuir a resposta auto imune e melhorar a composição da microbiota. Assim, a drenagem da sepse
(infecção generalizada) é sempre a primeira linha de terapia antes de iniciar o tratamento imunossupressivo,
realizado com antibióticos ou imunossupressores como as tiopurinas. Atualmente, substâncias inibidoras de fatores
de necrose tumoral, estes produzidos em processos inflamatórios, são os padrões de excelência. Em relação a
procedimentos cirúrgicos, somente na ausência de infecção no lúmen é considerada a possibilidade de cirurgia
definitiva de reparação, e o transplante de microbiota fecal também é uma opção, como forma de reparar a flora
intestinal desajustada.

Questões (250 caracteres com espaços):


1) Que hipótese poderia explicar por que condições melhores de higiene durante a infância
estão correlacionadas com o aparecimento da doença de Crohn?

2) Como a permeabilidade alterada da mucosa intestinal pode estar relacionada com a


doença de Crohn?

3) Alguns dos tratamentos usados para a doença de Crohn são a aplicação de


imunossupressores e o transplante de microbiota fecal. Por que esses tratamentos
amenizariam os sintomas da doença?

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