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PROTEÇÃO CATÓDICA DE ESTRUTURAS SUBMERSAS

Autores: Luiz Paulo Gomes e Laerce de Paula Nunes – IEC


Engenharia

Palavras Chaves: Proteção catódica, Corrosão, Métodos de


Proteção Anticorrosiva
1.0 INTRODUÇÃO

Com o desenvolvimento moderno necessita-se de uma adequada infraestrutura de


transporte e neste contexto a utilização da modalidade hidroviária tem se tornado a
cada dia mais significativa. Por outro lado as descobertas de petróleo no mar a partir
da segunda metade do século passado aumentaram e tem incrementado de forma
constante as instalações marítimas. Acresce-se ainda a tudo isto a grande utilização
de água doce para consumo doméstico e para uso industrial.

Desta forma existe atualmente um grande número de instalações submersas sujeitas à


corrosão, particularmente aquelas em contato com a água do mar, tais como: dutos
submarinos, píeres, cais, plataformas marítimas fixas, plataformas de perfuração e
produção de petróleo, navios, embarcações. Podendo-se citar ainda as instalações em
contato com água doce como: a parte interna de adutoras, região interna de tanques
de armazenamento de água e equipamentos industriais que trabalham com água.

Devido a esta grande utilização de estruturas metálicas nestas condições resulta


grandes riscos de corrosão e a necessidade de proteger estas estruturas de forma a
garantir a integridade das mesmas. Neste contexto a técnica de proteção catódica se
sobressai como das mais importantes na prevenção da corrosão.

2.0 CORROSÃO DE ESTRUTURAS SUBMERSAS

Quando uma instalação metálica encontra-se submersa, existe sempre um fluxo de


corrente, através do eletrólito, da área anódica para a área catódica, sendo que o
retorno da corrente se processa por intermédio do circuito externo, que no caso dos
materiais metálicos é o próprio material por ser bom condutor de eletricidade.

Na região onde a corrente deixa o anodo ou área anódica e sai para o meio, o metal
passa para a solução sob a forma de íons do metal. A corrente migra através do
eletrólito e entra na área catódica, onde ocorrem reações de redução. A reação de
redução mais importante corresponde a redução do oxigênio. Em meios pouco
aerados ocorre a redução do hidrogênio que está no meio sob a forma de íons H+,
gerando hidrogênio atômico. Em uma etapa posterior o hidrogênio atômico passa a
molecular e consequentemente há o desprendimento de hidrogênio gasoso. Na área
catódica com o consumo dos íons H+, aumenta concentração de hidroxilas e pode
haver a precipitação de compostos tais como hidróxidos e carbonatos.

Assim sendo, nas áreas catódicas as reações não se processam com o material
metálico e, sim, com íons do eletrólito, razão pela qual existe ausência de corrosão. A
formação de hidrogênio e outros compostos sobre a superfície do catodo promovem
“polarização catódica”, fenômeno que tende a reduzir a atividade da pilha de corrosão.
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Entretanto, agentes despolarizantes, como o oxigênio, por exemplo, combinam-se com
o hidrogênio, formando íons hidroxila ou água, o que mantém a atividade destas
pilhas.

3.0 MÉTODOS DE PROTEÇÃO ANTICORROSIVA

Para prevenir a corrosão em estruturas submersas podem ser utilizados vários


métodos, sendo mais frequente o uso combinado de revestimentos e proteção
catódica ou apenas proteção catódica. Quando a estrutura é revestida a proteção
catódica torna-se mais econômica, pois irá ocorrer apenas nas falhas do revestimento.

Na Tabela 01 - veem-se exemplos de estruturas submersas que necessitam de


proteção anticorrosiva e desta forma podem se protegidas catodicamente e
eventualmente também ser revestida.

Tabela 01 – Estruturas submersas que podem ser protegidas catodicamente

TIPO DE ESTRUTURA TÉNICAS DE PROTEÇÃO OBSERVAÇÕES

Revestimentos para A proteção catódica


Tubulações Submersas complementa a proteção
Dutos Submersos
dada pelo revestimento nos
Proteção Catódica trechos submersos

Tanques de
Protege-se o fundo
Armazenamento- Proteção
internamente e
interna em tanques de água Revestimentos por tintas
eventualmente todo o
ou que haja depósito de
Proteção Catódica tanque internamente
água

Navios – Embarcações- Revestimentos por tintas Podem ser usados


Plataformas Semi- sistemas galvânicos ou por
Proteção Catódica corrente impressa
submersíveis e FPSO(Ver
nota)

Proteção Catódica As partes enterradas e


Piers- Cais – Plataformas
Revestimentos por tintas submersas só recebem
fixas de produção
em trechos aéreos proteção catódica.

Enquadra-se neste caso:


parte interna de tubulações,
Proteção Catódica permutadores de calor e
Equipamentos Industriais
Revestimentos por tintas. outros equipamentos que
tenham água no seu
interior.

Árvore de Natal Molhada e Revestimentos por tintas Podem ser usados


outros Equipamentos no sistemas galvânicos ou por

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TIPO DE ESTRUTURA TÉNICAS DE PROTEÇÃO OBSERVAÇÕES

Fundo do Mar Proteção Catódica corrente impressa,


normalmente predominam
os sistemas galvânicos.

Nota: FPSO – São unidades flutuantes de Produção, Estocagem e Carregamento de


Petróleo (Foating Production, Storage Offloading).

4.0 PRINCÍPIOS BÁSICOS DA PROTEÇÃO CATÓDICA

Em função das considerações mencionadas no item 3.0, pode-se concluir que,


fazendo-se com que toda a superfície de uma instalação metálica submersa, adquira
comportamento catódico, a estrutura não sofrerá ataque corrosivo, ficando
completamente protegida pela ação da “proteção catódica”.

Isso pode ser conseguido provendo-se na estrutura de um fluxo de corrente de


proteção, proveniente de uma fonte externa, com uma intensidade tal que seja capaz
de anular as correntes de corrosão das diversas pilhas existentes na superfície
metálica. Quando a estrutura ficar totalmente polarizada, ou seja, totalmente catódica
a corrosão cessará. Na realidade, as reações de oxidação não são eliminadas, mas,
sim, transferidas para uma área anódica artificial adequadamente projetada para essa
finalidade.

Para melhor entender o fenômeno da proteção catódica, examinemos a equação


fundamental da corrosão, mostrada abaixo:

Ea – Ec
I
R Onde:

I=corrente de corrosão, que flui do anodo para o catodo (A); Ea – Ec = diferença de


potencial entre o anodo e o catodo (V); R=soma da resistência de saída da corrente do
anodo para o eletrólito, com a resistência de entrada da corrente do eletrólito para o
catodo (Ohm). Pela equação, verificamos que quando existe a diferença de potencial
“Ea – Ec” sobre a superfície de uma estrutura enterrada e quando a resistência “R”
possui um valor finito, a corrente de corrosão “I” flui, com o aparecimento do processo
corrosivo, na área anódica. Portanto, proteger catodicamente a estrutura significa
evitar que a corrente continue fluindo, fazendo com que a diferença de potencial entre
as áreas anódica e catódica seja nula.

Outra maneira de anular-se a corrente de corrosão, como é fácil concluir, consiste em


aumentar infinitamente o valor da resistência “R”. O que teoricamente que poderia ser
conseguido mediante a aplicação de um revestimento “perfeito” sobre a superfície da
estrutura. Esta solução, no entanto, é inviável na prática, uma vez que um
revestimento perfeito é de custo extremamente elevado e praticamente utópico.
Podemos, portanto, afirmar que não existe revestimento “perfeito” e que a proteção
catódica será sempre necessária.

Para a proteção com a máxima economia são usados, com muita frequência, os
sistemas mistos de proteção anticorrosiva, utilizando-se um revestimento de custo

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vantajoso, com boas qualidades isolantes, complementado com a instalação de um
sistema de proteção catódica de custo bastante baixo. Um bom exemplo desta
utilização são os cascos de embarcações e os tanques de lastro de navios.

5.0 MÉTODOS DE APLICAÇÃO DA PROTEÇÃO CATÓDICA

Existem dois métodos para a aplicação de um sistema de proteção catódica para


estruturas submersas: o método galvânico, ou por anodos de sacrifício, e o método
por corrente impressa. Em qualquer dos dois existe um suprimento de corrente
contínua em quantidade tal que, seja suficiente para eliminar as pilhas de corrosão
normalmente existentes.

Os sistemas galvânicos são aqueles que utilizam um material mais reativo, geralmente
zinco, alumínio (para água salgada) ou magnésio (para água doce), para se desgastar
e suprir a corrente de proteção e por isso são chamados de sistemas galvânicos ou
por anodo de sacrifício. Nos sistemas por corrente impressa utiliza-se de uma fonte
externa de corrente contínua e anodos inertes para suprir a corrente de proteção.

A escolha, na prática, do método a ser utilizado, depende da análise de várias


considerações técnicas e econômicas, sendo que cada qual tem suas vantagens e
desvantagens.

6.0 ALGUMAS APLICAÇÕES TÍPICAS DE PROTEÇÃO CATÓDICA PARA


ESTRUTURAS SUBMERSAS

6.1 Dutos Submarinos

Os dutos submarinos são, de modo geral, protegidos catodicamente por sistemas


galvânicos. Os sistemas são projetados para uma vida superior a trinta anos. A figura
01 mostra anodos típicos para proteção galvânica de dutos submarinos.

Fig. 01 – Anodos galvânicos com formato de braceletes para dutos submarinos.

6.2 Proteção Catódica para Emissários Submarinos e Tubulações de Pequena


Extensão no Mar

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Os emissários submarinos construídos em aço, normalmente revestidos e dotados de
encamisamento de concreto para flutuação negativa, estão sujeitos a ataque corrosivo
severo pela água do mar. A proteção catódica, também nesses casos, é requisito
indispensável para eliminar totalmente o ataque corrosivo externo a que ficam
submetidos os tubos de aço.

As tubulações submersas de pequena extensão no mar muito utilizadas para


interligação de píeres e plataformas a bases terrestres em extensões, em geral,
inferiores a 20 km são construídas em aço e da mesma forma estão sujeitas a ataque
corrosivo externo e somente com um sistema de proteção catódica adequado pode-se
assegurar imunidade ao ataque corrosivo.

6.3 Proteção Catódica de Navios, Embarcações e Plataformas Semi-


submersíveis e FPSO

A proteção catódica das embarcações pequenas, com casco de aço, de modo geral
usa-se sistemas galvânicos. Para embarcações de maior porte e plataformas, os
sistemas por corrente impressa podem se tornar economicamente interessantes. A
figura 02 mostra anodos no interior de um tanque de carga de uma FPSO.

Fig. 02 – Anodos galvânicos em um tanque de Carga de FPSO

6.4 Proteção Catódica de Instalações Portuárias (Pires, Cais e Plataformas)

A proteção destas estruturas é preferencialmente por sistema por corrente impressa,


incluindo as partes submersas e enterradas sem qualquer revestimento. As regiões de
variação de maré e as partes aéreas precisam ser revestidas. A figura 03 mostra certa
região de um píer com suas estacas metálicas tubulares e o cabo de um anodo fixado
à estaca.

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Fig. 03 – Estacas de píer com proteção por corrente impressa

6.5 Plataformas Marítima Fixas para Produção de Petróleo

As jaquetas das plataformas marítimas destinadas à produção de petróleo são


estruturas extremamente diferentes das instalações portuárias, são mais complexas e
por esta razão predomina os sistemas galvânicos.

6.6 Proteção Interna de Tanques

Os tanques de petróleo e derivados são protegidos internamente com sistemas


galvânico, enquanto que tanques exclusivamente de água podem ser protegidos
também por corrente impressa, particularmente os de água doce.

7.0 CONCLUSÃO

A proteção catódica é muito aplicada e exaustivamente utilizada para estruturas


submersas e é o único método de proteção anticorrosiva que assegura plena
integridade, tornando o material imune à corrosão.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Gomes, Luiz P. – Proteção Catódica – Instalações e Engenharia de Corrosão Ltda, Rio


de Janeiro.

Nunes, Laerce P. – Fundamentos de Resistência à Corrosão – Editora Interciência,


Rio de Janeiro, 2007.

Dutra, Aldo C.; Nunes, Laerce, P. – Proteção Catódica- Técnica de Combate à


Corrosão Editora Interciência, Rio de Janeiro, 2006.

Gentil, Vicente – Corrosão, 6ªed. LTC- Livros Técnicos e Científicos Editora, 2012.

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