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08/04/2013

EMERJ – CPII – A

Bruna de Lucena Nobre

Processo Civil

Casos Concretos – Tema 09

1ª questão - Quanto a apresentação da réplica, não agiu corretamente o juiz


porque simples negativa da existência do fato constitutivo do direito do autor
(defesa direta), não dá direito a este apresentar réplica, na forma disposta no
artigo 326 do CPC. Quanto a especificação das provas, impõem-se a
observância do artigo 324 do CPC, pois tal especificação só se verificará no
caso de revelia. Assim, o juiz não deveria ter determinado que as partes
especificassem as provas que pretenderiam produzir, pois seria suficiente que
mencionassem, de forma ampla, as que seriam produzidas na audiência.

2ª questão - É admissível a demanda incidente, pois há pluralidade de réus.


Embora João tenha permanecido revel, Maria contestou, tornando-se presente
o requisito da controvérsia sobre a prejudicial e tornando-se possível a
demanda de declaração incidente.

3ª questão – a) A natureza jurídica do provimento que rejeita liminarmente a


declaratória incidente é de decisão interlocutória. O recurso cabível desta
decisão é o agravo de instrumento.

b) A natureza jurídica do provimento que julga a declaratória incidente em


conjunto com a demanda principal é de sentença. O recurso cabível desta
decisão é a apelação.

c) Ainda subsiste na Teoria Geral dos Recursos o Princípio da Fungibilidade


podendo ser recebido um recurso como se outro fosse, desde que respeite o
prazo recursal deste último.
08/04/2013

EMERJ – CPII – A

Bruna de Lucena Nobre

Processo Civil

Casos Concretos – Tema 10

1ª questão – O juiz agiu corretamente. O artigo 330, II do CPC admite que o


juiz julgue antecipadamente a lide em caso de revelia. É válido ressaltar que,
para que isso ocorra, deve haver presunção de veracidade dos fatos alegados
pelo autor e, além disso, o juiz deve ter já o seu convencimento formado. Não
se admite que a parte que não pugnou pela produção específica de provas
venha se opor ao julgamento imediato do mérito, conforme entendimento do
Superior Tribunal de Justiça.

2ª questão – Atualmente, o entendimento pacífico é que a audiência


preliminar é facultativa. A Lei 10.444/02 substituiu a expressão “direitos
disponíveis” por “direitos que admitem transação” no caput do artigo 331 do
CPC. Desta forma, a doutrina se divide quanto a sua obrigatoriedade da
seguinte forma: uma 1ª corrente, segundo Sérgio Bermudes, entende que a
audiência preliminar deveria ser realizada sempre que a causa versasse sobre
direitos que admitam transação, ainda que indisponíveis, como ocorre, pro
exemplo, com o direito aos alimentos. Uma 2ª corrente entende ser necessária
a realização da audiência preliminar em qualquer caso, versasse a causa sobre
direitos disponíveis ou indisponíveis, pouco importando se eles admitem ou não
conciliação, sob os seguintes fundamentos, dentre tantos: a artigo 331 foi
importado do modelo do CPC da América Latina que não traz a restrição da
admissão da conciliação para que a audiência preliminar ocorra; em se admitir
que em função da possibilidade da conciliação do direito a audiência preliminar
iria ocorrer ou não, estaria se admitindo a existência de dois procedimentos
ordinários. O juiz que a preside não fica vinculado, pois não colhe provas.
Nesta audiência, o juiz apenas organiza a instrução, deferindo as provas que
serão produzidas e que, em princípio, lhe pareçam necessárias. Assim, só fica
vinculado o juiz que efetivamente colhe as provas.
09/04/2013

EMERJ – CPII – A

Bruna de Lucena Nobre

Processo Civil

Casos Concretos – Tema 11

1ª questão - Não deve o Tribunal dar provimento a apelação, pois não tendo
sido deferida a prova pericial na decisão de saneamento do processo, ocorre
preclusão temporal se a parte não interpõe o competente agravo.

2ª questão – É vedada a comprovação do cumprimento de um contrato de


valor superior a dez salários mínimos vigentes no país exclusivamente por
prova testemunhal. Tal vedação está prevista no artigo 401 do CPC. Ela será
aceita em qualquer que seja o valor do contrato, caso houver começo de prova
por escrito ou o credor não pode moral ou materialmente obter a prova escrita
da obrigação, em casos como de parentesco, depósito necessário ou
hospedagem em hotel, conforme disposto no artigo 402 do CPC.
09/04/2013

EMERJ – CPII – A

Bruna de Lucena Nobre

Processo Civil

Casos Concretos – Tema 12

1ª questão – a) O deferimento de assistência judiciária gratuita, a princípio,


não é incompatível com a inversão do ônus da prova. Pode-se perfeitamente
dar-se a concessão de gratuidade de justiça e não inverter-se o ônus da prova
e vice-versa. Se não se conseguir produzir uma prova porque não se consegue
pagar a prova, não se inverte o ônus da prova, mas se dá a gratuidade de
justiça.

b) Agiu corretamente o magistrado, pois o deferimento da inversão do ônus da


prova e da assistência judiciária, pelo Princípio da Ponderação, impõe que seja
beneficiado o consumidor com a obrigação da parte ré de custear as despesas
com a perícia.

2ª questão – O ônus da prova não deverá ser invertido em ambas as


situações. Quando se funda sua pretensão na existência de fato extintivo ou
impeditivo do direito do réu, como no caso do autor que afirma já ter pago sua
dívida, a ele caberá a incumbência de provar os fatos alegados. Por outro lado,
se o autor se limitar a negar a existência do fato constitutivo, como no caso do
autor que alega que a obrigação jamais existiu, haverá, aí sim, uma inversão
do ônus, cabendo ao réu demonstrar a existência do fato constitutivo de seu
direito.
10/04/2013

EMERJ – CPII – A

Bruna de Lucena Nobre

Processo Civil

Casos Concretos – Tema 13

1ª questão – É inadimissível o uso da interceptação de comunicação telefônica


fora das hipóteses constitucionalmente permitidas, quais sejam, investigação
criminal e instrução processual penal, sob pena de violação à Constituição
Federal e à vários de seus princípios. Admitir a utilização desta prova, que
poderíamos chamar “indiretamente ilícita”, seria compactuar com uma ilicitude.

2ª questão – a) O sistema brasileiro admite a prova emprestada desde que


haja identidade de partes, identidade de objeto da lide, observância do
contraditório na colheita da prova e licitude da prova produzida.

b) Nas hipóteses concretas descritas, como o contraditório das partes não foi
garantido na produção da prova, será necessário examinar se é possível
cumprir tal garantia no processo para o qual se pretende exportar a prova.
Sempre que for possível garantir o contraditório com a mesma eficácia que se
teria caso o contraditório houvesse sido observado no processo primitivo, o
empréstimo da prova será admissível. Caso contrário, em princípio, a prova
emprestada será inviável.
10/04/2013

EMERJ – CPII – A

Bruna de Lucena Nobre

Processo Civil

Casos Concretos – Tema 14

1ª questão - Confissão qualificada é aquela em que a parte reconhece o fato


alegado pelo adversário, mas acrescenta, concomitantemente, que esse fato
se reveste de natureza jurídica diversa da por este alegada. Exemplo: O
declarante alega ter recebido o dinheiro, porém não a título de empréstimo da
forma alegada.

Confissão complexa é aquela em que a parte, reconhecendo o fato alegado


pelo adversário, afirma, no entanto, um fato novo, distinto daquele, que impede
ou destrói os efeitos do fato reconhecido. Exemplo: o réu reconhece que pegou
dinheiro emprestado do autor, mas acrescenta que já pagou. Esta espécie de
confissão admite a sua divisibilidade, vez que é apresentado fato novo.

2ª questão – 1) No inciso I do artigo 340 do CPC temos uma previsão


específica com relação à parte, que depois é detalhada nos arts. 342 e 347.
Quando a testemunha intimada deixa de comparecer, ela será conduzida
coercitivamente. No entanto, sempre que a produção da prova depender da
parte, a solução será a geração de presunção. A parte não pode ser compelida,
forçada a produzir uma prova que seja contra ela mesma. Logo, a parte que,
intimada pessoalmente para prestar depoimento pessoal, não comparece à AIJ
não poderia ter sido conduzida coercitivamente.

2) O artigo 396 do CPC trata do momento processual em que a documentação


necessária à comprovação das alegações será apensada aos autos, devendo
ser apresentada em conjunto com a petição inicial ou acompanhada com a
resposta. O artigo 397 inclui uma exceção ao texto anterior, ampliando a
possibilidade de juntada de prova documental caso essa se preste a comprovar
fatos ocorridos posteriormente à exordial ou à resposta ou, ainda, para
contraditar documentação produzida nos autos. O artigo 283 presta pela
obrigatoriedade da apresentação de documentos indispensáveis à propositura
da ação, ou seja, tão somente aqueles destinados a comprovar a existência
das condições da ação. Sendo assim, a redação do artigo 283 corrobora a
oportunidade da juntada posterior de documentos aos autos, pois o que é
vedado é a juntada de documentos destinados a comprovar as condições da
ação, não havendo qualquer restrição à apresentação de nova documentação
para confirmar alegações de fato ou de direito. O STJ possui entendimento de
que a interpretação do artigo 397 do CPC não deve ser feita restritivamente.
Dessa forma, à exceção dos documentos indispensáveis à propositura da
ação, a mencionada regra deve ser flexibilizada. Desde que observado o
princípio do contraditório, a juntada posterior de documentos não implica em
cerceamento de defesa, tendo a outra parte oportunidade de ofertar
manifestação conforme preceitua o artigo 398, cabendo ao magistrado deferir
maior prazo caso a documentação seja demasiado extensa ou complexa.

3ª questão - Caso tenha constado do mandado intimatório que se presumirão


confessados os fatos contra Andréia alegados, deve-se aplicar a ela a pena de
confissão, conforme disposto no artigo 343 do CPC. Caso contrário, a mesma
não poderá ser aplicada.
11/04/2013

EMERJ – CPII – A

Bruna de Lucena Nobre

Processo Civil

Casos Concretos – Tema 15

1ª questão – Segundo a jurisprudência atual do STJ, há a possibilidade de o


demandado praticar aqueles atos processuais. O entendimento é de que o
prazo estabelecido no artigo 421, § 1º do CPC não é preclusivo e que a parte
adversa pode indicar assistente técnico, formulando quesitos, a qualquer
tempo, desde que, como única ressalva, não se tenham iniciado os trabalhos
da prova pericial.

2ª questão – A) Se a parte intimada na pessoa do seu advogado que não


possuía poderes para transigir não comparece à AIJ, ela deve seguir sem
acordo, já que a parte não foi e o advogado não tem poderes para tanto. A
presença da parte não é obrigatória e o seu não comparecimento frusta a
conciliação. Dinamarco, minoritariamente, entende que a parte deve ser
intimada pessoalmente para comparecer à audiência.

B) A norma foi tacitamente revogada. O artigo 451 do CPC prevê que, "ao
iniciar a instrução, o juiz, ouvidas as partes, fixará os pontos controvertidos
sobre que incidirá a prova". Possui ela, obviamente, incidência somente com
relação às provas orais, não dizendo respeito à instrução como um todo, dado
fazer parte do quanto se passa na audiência. De outro lado, ela é disposição
originária do CPC, tendo perdido o sentido e a razão de ser com a criação do
§2º do artigo 331, que disciplinou a prova por inteiro. Tanto é assim que já se
sustentou sua revogação exatamente pelo § 2º do art. 331. A fixação dos
pontos controvertidos hoje imposta pelo §2º do artigo 331, por ser mais
completa, definirá a totalidade da controvérsia, inclusive para fins da prova que,
futuramente, irá ser realizada em audiência.

C) Pode-se antecipar a oitiva das testemunhas do réu antes das do autor,


desde que isso não gere prejuízo para o processo. Há quem entenda que a
mudança da ordem gera nulidade.

D) O artigo 453, §3º do CPC traz essa opção de, quando a causa apresentar
questões complexas de fato ou de direito, o debate oral ser substituído por
memoriais. Não se pode fixar uma única data certa para que ambas as partes
entreguem os seus memoriais. O réu tem o direito de apresentar as suas
alegações depois de ter conhecimento das alegações do autor. Primeiro fala o
autor e depois fala o réu.

3ª questão – O juiz deve aplicar a pena de confissão do artigo 343, §2º do


CPC, não devendo colher o depoimento pessoal do autor na pessoa de seu
procurador, ainda que ele tenha poderes específicos para confessar, isso não é
possível, por se tratar de ato personalíssimo.

4ª questão – O réu que só tinha arrolado uma testemunha não pode após a
interrupção da AIJ requerer a oitiva de uma nova testemunha. De acordo com o
princípio da unidade, a audiência é una e contínua, o fato de o juiz ter
determinado a suspensão não significa que se terá outra audiência.
11/04/2013

EMERJ – CPII – A

Bruna de Lucena Nobre

Processo Civil

Casos Concretos – Tema 16

1ª questão – a) A sentença proferida pelo magistrado não é válida, pois a


pretexto de certificar, o juiz afirma existente o que ele mesmo diz que ainda não
existe (a sentença foi incerta), tanto que relega a fase de liquidação a apuração
da própria existência dos danos.

b) Nosso ordenamento admite sentença condicional, sujeitando a existência de


uma obrigação a condição ou a termo.

c) Nosso ordenamento admite sentença que reconhece a existência de uma


obrigação sujeita a condição a termo. Desta forma, se o magistrado, ao proferir
a sentença, criasse uma condição de eficácia do seu pronunciamento, como
por exemplo, estabelecendo uma prestação do autor para que pudesse
executar a sentença, a sua decisão seria válida.

2ª questão - Se fosse um acordo feito em execução a execução ficaria


suspensa até o cumprimento na forma do artigo 792, parágrafo único do CPC.
Quando o acordo é feito em conhecimento existe a divergência quanto o
dispositivo do artigo 265, II do CPC. Se no acordo foi ajustado que se deve
esperar até o cumprimento da obrigação, isso vincularia também o juiz.

3ª questão - A função do juiz é compor a lide, tal qual foi posta em juízo. Deve
proclamar a vontade concreta da lei apenas nos limites do pedido do autor e da
resposta do réu. São defesos, assim, os julgamentos extra petita (matéria
estranha à litis contestatio); ultra petita (mais do que pedido) e citra petita
(julgamento sem apreciar todo o pedido), conforme disposto no artigo 460 do
CPC. A proibição de mudar o pedido e aquela que impede o juiz de julgar ultra
ou extra petita não excluem a possibilidade de levar em conta, o juiz, fato
superveniente à propositura da ação, conforme entendimento do artigo 462 do
CPC. Não se pode, contudo, em hipótese alguma, admitir fato novo que
importe mudança de causa petendi.
A sentença extra petita incide em nulidade porque soluciona causa diversa da
que foi proposta através do pedido. E há julgamento fora do pedido tanto
quando o juiz defere uma prestação diferente da que lhe foi postulada, como
quando defere a prestação pedida mas com base em fundamento jurídico não
invocado como causa do pedido na propositura da ação. Não é lícito ao
julgador alterar o pedido, nem tampouco a causa de pedir. É, ainda, extra
petita, em face do artigo 128, a sentença que acolhe, contra o pedido, exceção
não constante da defesa do demandado, salvo se a matéria for daquelas cujo
conhecimento de ofício pelo juiz seja autorizado por lei.

O defeito da sentença ultra petita, por seu turno, não é totalmente igual ao da
extra petita. Aqui, a nulidade é parcial, não indo além do excesso praticado, de
sorte que, ao julgar, o recurso da parte prejudicada, o tribunal não anulará todo
o decisório, mas apenas aquilo que ultrapassou o pedido. Desde que consiga,
ao se retirar o excesso, preservar a sentença.
12/04/2013

EMERJ – CPII – A

Bruna de Lucena Nobre

Processo Civil

Casos Concretos – Tema 17

1ª questão - Não é correto afirmar que o magistrado esgota sua função


jurisdicional ao proferir sentença de mérito, pois, mesmo após o transito em
julgado da sentença, pode o juiz, de ofício ou a requerimento da parte, corrigi-la
dos erros materiais e de cálculo que padece.

A assertiva de que os efeitos da sentença são fixados por imputação


representa que eles encontram-se previstos em lei.

Não é possível permitir a instauração de uma execução forçada a uma


sentença meramente declaratória.

As sentenças com base no seu conteúdo classificam-se em: meramente


declaratória; constitutivas; condenatórias. O efeito da sentença não se
confunde com o conteúdo do ato jurídico, uma vez que este se localiza dentro
do ato, enquanto aquele é sempre extrínseco.

As sentenças executivas lato senso são as que se caracterizam por apreciar e


decidir sobre a relação existente entre o demandado e os bens que serão
objeto da futura atividade executória, de modo a definir, antes da sentença
existente, o vínculo jurídico entre o réu e o objeto material da demanda.

A tutela antecipada pode ser concedida no corpo da sentença, pois se trata de


ato formalmente único, mas materialmente complexo. O juiz quando fixa a
tutela antecipada na sentença quer tirar um efeito suspensivo de um recurso
eventual.

Os juros quando se trata de ilícito absoluto fluem conforme disposto no art. 397
do CC. No ilícito relativo fluem conforme disposto no art. 398 do CC. A
objetividade da responsabilidade é irrelevante.
12/04/2013

EMERJ – CPII – A

Bruna de Lucena Nobre

Processo Civil

Casos Concretos – Tema 18

1ª questão - Caio não tem razão, pois a alegação de prescrição, por ser causa
de pedir, e não pedido, da ação cautelar, não faz coisa julgada.

2ª questão – a) O processo inicial poderia seguir contra Mévio, mesmo depois


da venda do imóvel a Caio, uma vez que Caio pode não acordar com a
sucessão processual, na forma disposta no artigo 42, §1º, do CPC.

b) Admitindo que Caio foi intimado para saber se desejava ingressar no


processo e não consentiu, não tem razão Caio ao interpor embargos de
terceiro. Ele até poderia utilizar os embargos mais iria perder porque foi
atingido pela coisa julgada material.

3ª questão - Cabe razão ao réu visto que o princípio da intangibilidade da


coisa julgada material, que não é absoluto, não impede que a questão
pertinente à incompetência absoluta do juízo que proferiu a sentença de mérito,
transitado em julgado, seja reagitada, em sede própria, que é a ação rescisória,
na forma descrita no artigo 485, II, do CPC. Frise-se que se o referido pedido
fosse realizado após dois anos do trânsito em julgado, com base o efeito
sanatório da coisa julgada, a referida incompetência absoluta teria sido
saneada.

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