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SUMÁRIO
CONCLUSÃO..........................................................................................................108
OBRAS CONSULTADAS........................................................................................109
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INTRODUÇÃO
Não pretendemos que este material seja a palavra final sobre o assunto,
sabemos que ha muitos fatos dos quais não foi possível relatar, devido
principalmente ao tempo que foi dispensado na realização deste trabalho, que foi de
apenas uma semana.
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Esperamos que este material seja benção para a sua vida e ministério,
autorizamos a copia, citações e o uso do mesmo, de forma carinhosa por santos
irmãos em prol do reino de Deus.
CAPÍTULO I
O EVANGELHO IRRESISTÍVEL
Entendemos que o princípio que norteia e amarra a história das missões dentro
dos quatro Evangelhos diz respeito ao princípio Emanuel, ou, Deus Conosco, que
esteve presente dentro de toda a história da Igreja desde o Antigo Testamento.
Muitas coisas poderiam ser ditas neste ponto no que tange ao princípio Emanuel
começando em Gênesis até a organização da nação Israelita, entretanto, de forma
“mais clara” Ele se faz presente na figura do tabernáculo no meio do povo. Este era,
nada mais nada menos do que “a casa de Deus entre o povo”. Mais tarde, com a
chegada do povo e seu estabelecimento na terra prometida e a construção do
templo sagrado sob Salomão, o tabernáculo é substituído pelo templo. Este é,
agora, o referencial para a presença de Deus no meio do povo. Algo que não deve
deixar de ser dito é que estes símbolos passaram a ter no decorrer da história da
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salvação um significado tipológico, pois ambos apontavam para a própria presença
futura de Deus entre os homens. É a doutrina da encarnação do Verbo presente nas
páginas do Antigo Testamento em forma de sombra.
A linha mestra que liga os Evangelhos dentro da história das Missões é nada
mais nada menos do que a própria presença do Emanuel entre os homens, Nele o
“tipo” encontra o seu grande “antítipos”. Ele se faz carne com o objetivo primário de
“redimir para Si um povo de sua propriedade, zeloso de boas obras” ( Tt 2:14). Nos
Evangelhos sinóticos, principalmente em Mateus e Lucas nós encontramos de forma
coordenada a narrativa da Genealogia de Cristo. Depois de descrever toda a
descendência de Cristo, Mateus no capítulo 1 verso 16 nos diz: “E Jacó gerou a
José, marido de Maria, da qual nasceu Jesus, que se chama Cristo”. É
interessante enfatizarmos o verbo “nasceu” que indica sem sombra de dúvidas a
doutrina da encarnação. Esta palavra aparece 18 vezes no texto grego de Mateus 1:
1-17 e é traduzida por “gerou”. No nosso versículo ela aparece traduzida por
“nasceu”. Todo teólogo conservador logo saberá que esta palavra não se refere a
criação de Jesus, pois o mesmo é eterno, mas, refere-se, a uma forma que Cristo
assumiu que não possuía antes, isto é, a sua natureza humana. Esta palavra é
usada de “alguém que traz outros ao seu modo de vida”. E é exatamente isto que
acontece com Cristo, pois Ele toma o nosso modo de vida. O termo “Jesus, que se
chama o Cristo” ratifica ainda mais a nossa tese visto que se refere ao “Deus
tornado homem”. Conclui-se, pois, que este verso assinala-nos a mesma verdade de
João 1:14: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de
verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai”. Pergunta-se:
“Como Ele se faz carne?”. Responde-se: “Deus na sua bendita misericórdia usa
Maria para que através dela o verbo se faça carne e habite entre nós”. Podemos
facilmente correlacionar Lucas 1:35 com a linha mestra que estamos descrevendo,
este verso diz: “Respondeu-lhe o anjo: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e o
poder do Altíssimo te envolverá com a sua sombra; por isso, também o ente
santo que há de nascer será chamado Filho de Deus”. O “Há de Nascer” refere-
se a encarnação, ao Deus conosco o princípio Emanuel. Já no livro de Marcos
encontramos o mesmo princípio sendo estabelecido logo no primeiro versículo deste
Evangelho, pois lemos: “Princípio do evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus”.
Mais uma vez se percebe o título “Jesus Cristo”, ou Salvador Ungido. A nome Jesus
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Cristo poderia ainda significar “Deus tornado ser humano”. Em suma, os Evangelhos
em linhas gerais falam da atividade missionária de Jesus Cristo, o Deus tornado
homem, o tabernáculo em carne e osso, o templo em toda a sua glória. Não é por
acaso que João diz que “vimos a Sua glória, glória como do Unigênito do Pai” (João
1:14).
Esta linha mestra que me referi anteriormente diz respeito a este ato de Deus
de “armar a sua tenda”, tabernacular entre os homens com uma missão missionária
específica, salvar todos aqueles que o Pai lhe deu, Ele disse em João 6:39: “E a
vontade de quem me enviou é esta: que nenhum eu perca de todos os que me
deu; pelo contrário, eu o ressuscitarei no último dia”. A doutrina da encarnação
nos ensina que a atividade missionária á antes de tudo uma atividade de Deus, não
podemos falar de história das missões sem descrever que ela começa e termina em
Deus, Deus é o seu foco. Observem que Apocalipse termina dizendo: “Certamente
venho sem demora. Amém! Vem Senhor Jesus! Não somente os evangelhos, mas
toda a Bíblia é a história da missão de Deus em salvar o seu povo. Primeiro Ele
trabalha com promessas, depois com cumprimentos, e Cristo com toda a sua obra
de salvação que se inicia com a encarnação é, sem dúvida, a consumação do
propósito missionário de Deus. Cristo mesmo proclama: “O tempo está cumprido, e
o reino de Deus está próximo; arrependei-vos e crede no evangelho” (Mc 1:15).
Na cruz Ele diz “está consumado”, ou, em outras palavras, missão cumprida. Agora,
cabe a nós Igreja do Senhor anunciarmos a todo o mundo sobre a missão cumprida
de Cristo, sua vida, morte e ressurreição, o evangelho de Deus. Poderíamos
sumarizar este ponto com a seguinte frase: “Se Deus não tivesse realizado missões
não haveria evangelho e, conseqüentemente, não haveria história das missões”.
Talvez o leitor se pergunte o que este tópico está fazendo aqui visto que no
início do trabalho já abordamos algo sobre a história missionária de Cristo. No
entanto, tal tópico faz-se necessário neste ponto somente para facilitar a melhor
assimilação em termos didáticos, ou seja, anteriormente falamos somente sobre a
encarnação de Cristo e sua obra salvífica destacando-a somente como o fio que une
e serve de base a toda obra missionária posterior. Neste ponto falaremos da obra
missionária de Cristo propriamente dita destacando o desenrolar da mesma dentro
dos evangelhos sinóticos e do evangelho de João, obra esta que só pôde ser
realizada após o ministério de João Batista. Assim, após estes devidos
esclarecimentos fica justificado o “por quê” deste ponto vir somente aqui.
Suas atividades que o revelam para o mundo, mais propriamente dito, dizem
respeito àquilo que conhecemos como ano de popularidade. A prisão de João
Batista e sua eventual saída de cena indicam nos evangelhos sinóticos o início da
missão de Cristo sob o ano de popularidade, possivelmente entre os anos 26-27
d.C. (ver Mt 4:12,13; Mc 1:14,15; Lc 4:14,15). Quando Ele chega à Galiléia depois
da prisão de João Batista esta é a mensagem que estronda dos seus lábios: “O
tempo está cumprido”. Com a chegada do reino de Deus, as pessoas tinham que se
arrepender e crer no Evangelho (Mc 1:14,15). Ele prega nas sinagogas da Galiléia e,
na sua cidade Ele é expulso da sinagoga após aplicar a si mesmo a profecia de Is
61:1,2. A recepção as suas mensagens são mistas. Muitos espalham a sua fama por
toda a Galiléia, louvando-o (Lc 4:14,15, enquanto outros ficavam furiosos porque Ele
estava abrindo o reino a pecadores, coletores de impostos e gentios (Lc 4:24 – 30).
Cafarnaum que é palco de grande parte de seu ministério público Ele escolhe os
seus discípulos e depois os chama de apóstolos. Em síntese, os dias de Jesus eram
cheios de atividades, pois Ele viajava pregando a boa nova, chamando as pessoas
ao arrependimento, curando os doentes, ensinando e expulsando demônios. Esta é
a forma que Mateus resume este período:
Neste período tudo indica que Cristo fez circuitos regulares de pregação e
ensino. Ele fazia longos discursos como os registrados em Mateus (Mt 5 – 7; 10:5 –
11.1; 13:1-53; 18:1 – 19:2; 24:1 – 25:46). Ao que parece em sua missão
evangelística Ele tinha o objetivo de alcançar o maior número possível de pessoas
com os seus sermões, pois estando em plena atividade missionária na Galiléia Ele
ausentava-se e ia pregar na região de Cesaréia de Filipe, nas regiões de Tiro e
Sidom na Fenícia e também prega em Decápolis. Ele também envia missionários (Mt
10:1-42) e, ao que nos parece, com o claro objetivo de alcançar territórios que Ele
não podia alcançar. Quando Cristo não ia as pessoas, as pessoas vinham até Ele.
Entretanto, tudo isto Ele fazia com muita responsabilidade, pois tinha hora para o
descanso (Mc 6:30 – 32). Ele também prega aos líderes religiosos que na sua
grande maioria são hostis para com Ele. Por isso Ele previu que fazer o que era
certo nem sempre traria louvor, por isso falou sobre a perseguição (Mt 5:10 – 12).
Em tudo isso Jesus estava treinando os seus seguidores para o que estava por vir.
Viria o tempo em que Ele não estaria com eles. Eles teriam que continuar sem a sua
presença física. Por isso Ele deu a eles um exemplo, por personificar o que
ensinava. Dessa forma, eles podiam ver o que teriam que fazer. Em segundo lugar,
Ele estabeleceu a organização reunindo os discípulos e indicando doze como
apóstolos acima deles. Ao selecionar doze, Ele estava traçando um paralelo entre a
obra de Deus no Antigo Testamento e sua própria obra no Novo Testamento. Em
terceiro lugar Ele enviou seus apóstolos a uma missão de pregação para que eles
conseguissem a experiência que precisariam quando fosse chegada a hora de faze-
los sozinhos. Em quarto lugar, ele os enviou dotados de seu próprio poder e
autoridade. Nada poderia resistir a eles, pois eles confiavam na força de Cristo.
Finalmente, Ele percorreu grandes distâncias para ensinar-lhes as coisas que eles
precisariam saber para seu ministério futuro. Com sua morte, a história missionária
deveria prosseguir através de seus discípulos, e, prosseguiu, pois nós somos as
provas vivas dessa história de missões.
Por fim, após este longo período na Galiléia Ele ausenta-se definitivamente
desta região e, no outono de 29 d.C sobe a Jerusalém pois estava convicto que
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tinha chegado a hora de cumprir o propósito de sua vida, que era morrer e
ressuscitar pelo do seu povo. Com esta resolução Ele dar início aquilo que
denominamos de o ano da paixão.
Em meio a todo este trabalho Jesus continua a receber forte oposição, porém,
Ele seguia calmamente o seu ministério em direção a Jerusalém, pois se aproximava
a Festa da Páscoa e Ele sabia o que lhe aguardava. Nesta época acontece a
ressurreição de Lázaro narrada em João 11, a notícia deste acontecimento notável
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se espalhou rapidamente até Jerusalém, onde os governantes judeus intensificaram
sua trama para tirar a vida de Jesus (Jo 11:53).
Em Marcos 16:15
Em Lucas 24:45 – 47
“Disse-lhes, pois, Jesus outra vez: Paz seja convosco! Assim como o
Pai me enviou, eu também vos envio”.
Mas, a ordem era avançar, não ficar apenas em Jerusalém. Então Deus, como
estratégia, permitiu que a igreja sofresse grande perseguição, mas experimentando,
também, grande livramento (4:1-31), com o propósito de expansão da igreja. A
história começa a mostrar como a perseguição da igreja em Jerusalém acabou
transformando-se em benefícios para a mesma, pois, os crentes que foram expulsos
de seus lares ou resolveram sair deles pregavam o Evangelho da salvação enquanto
iam de lugar em lugar. (8:4)
Um deles foi Filipe, que deixou Jerusalém, passando pelas regiões da Judéia
seguindo para Samaria onde também pregou o Evangelho com grande êxito, pois, o
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FESTA DE PENTECOSTES - Festa da colheita, onde eram trazidas à Jerusalém, as primícias de toda colheita
para serem ofertadas em adoração ao Senhor.
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povo prestava atenção a ele (8:6), e não a Simão (8:11). Os samaritanos deram
crédito a Filipe à medida que os evangelizava a respeito do reino de Deus e do
nome de Jesus Cristo, dando assim, prosseguimento ao cumprimento da ordem de
Jesus de testemunhar em Jerusalém, na Judéia, Samaria e até os confins da terra.
A Segunda viagem de Paulo, após ter uma visão de um homem que pedia que
passassem a Macedônia e os ajudassem, foi a Filipos. Ali encontrou uma mulher
chamada Lídia que vinha de Tiatira, era vendedora de púrpura, “o Senhor lhe abriu o
coração para atender às coisas que Paulo dizia” (16: 14). Então, ela e toda sua casa
foram batizadas. O Evangelho também alcançou uma escrava e o carcereiro
romano. Pelos anos 51 a 54 d.C., Paulo, já estava preso em Roma, de onde
escreveu a carta aos filipenses.
De Atenas foi para Corinto (Atos 18), que por ser uma cidade de um povo
orgulhoso, gabavam-se de sua riqueza: era também uma cidade com grandes
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práticas imorais, onde tinha um templo erguido em honra a Afrodite, deusa do amor,
que era servida por mil escravas que vagavam pelas ruas, à noite, como prostitutas.
Mas, o Evangelho de Cristo chamou os coríntios ao arrependimento e a santidade.
Paulo escreveu duas cartas aos coríntios.
Na terceira viagem, Paulo vai a Éfeso (Atos 19) entrou na sinagoga e falou
ousadamente por três meses, mas, o povo falava mal do Caminho perante a
multidão. Então, Paulo, estrategicamente usou a escola de Tirano para ensinar
diariamente por um período de dois anos; e como conseqüência desse trabalho
todos os que habitavam na Ásia, tanto judeus como gregos, ouviram o Evangelho da
salvação. (19:10)
Ainda em Éfeso, ouve grande tumulto acerca do Caminho, pois, certo ourives
chamado Demétrio que fazia, em prata, miniaturas do templo de Diana, juntou os
ourives e outras pessoas para protestar contra Paulo, pois, este dizia que não eram
Deuses os que se fazia com as mãos, então, aqueles homens passaram a clamar,
por duas horas pelo menos: “grande é a Diana dos efésios” (19:34). O escrivão da
cidade apaziguou a multidão e orientou para que fossem ao proconsul e fizessem a
acusação.
Após o tumulto ter cessado (Atos 20), Paulo despediu-se dos discípulos e
partiu para Macedônia até a Grécia, depois, chegando a Síria voltou pela Macedônia
até a Ásia visitando outra vez os trabalhos fundados, aonde, ao chegar, participava
com os discípulos em comunhão. Em Trôade o discurso foi até a meia noite; um
rapaz chamado Êutico estava sentado em uma janela do terceiro andar e tomado de
um profundo sono caiu e foi dado como morto. Paulo foi até o moço e abraçando-o o
espírito lhe voltou e Ele continuou a pregar até ao amanhecer, depois partiu. (Atos
20:7)
A caminho pela Costa Ocidental da Ásia Menor, na direção sul, ele despediu-se
dos anciãos de Éfeso que vieram encontrar-se com ele em Mileto. Ao mesmo tempo
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em que prosseguia sua jornada em direção a Jerusalém, repetidas advertências
foram sendo dadas, de que ele seria detido e perseguido ali. Quando Paulo chegou
a Jerusalém, quatro crentes judeus haviam contraído impureza cerimonial durante o
período de um voto temporário do seu nazireado. Foi aconselhado pelos irmãos que
se juntasse com irmãos para que se santificassem, porém, chegaram alguns judeus
vindos da Ásia Menor, que equivocadamente pensaram que Paulo tinha feito entrar
no átrio do templo, onde só judeus poderiam entrar, seu colega gentio, chamado,
Trófimo. Os judeus causaram grande confusão, arrastaram Paulo para fora do
templo, procurando tirar sua vida, sendo necessário a intervenção do comandante
com os centuriões. Vemos nisto a oportunidade para Paulo chegar diante das
autoridades para pregar o Evangelho, estando no sinédrio pregou aos principais
sacerdotes. Devido à conspiração para matá-lo, foi enviado a Cesaréia onde falou
diante do governador Festo, e apelou para César. Falou para o rei Agripa; foi
enviado a Roma; depois de um trajeto muito difícil, chegou a seu destino.
3 As Estratégias de Paulo:
Roberto Sper em seus livros falou das estratégias de Paulo, ele trabalhava nas
grandes cidades e tinha o povo judeu e os helenistas como alvo, e seu ponto de
partida era as sinagogas. Ele apresenta seis características da estratégia de Paulo:
Talvez mais importante que qualquer dos dois fatores que mencionamos atrás,
foi a presença dos judeus, durante muitos anos, em todas as regiões do Império
Romano. É impossível saber quantos foram, mas algumas autoridades calculam que
representassem cerca de sete por cento da população total. Esses judeus formaram
um povo vigoroso, ativo e por vezes turbulento. Apesar da sua falta de amizade e da
sua secura, haviam conseguido exercer uma influência notável nos povos vizinhos,
atraindo muitos deles para a fé judaica. A procura da sabedoria era uma paixão
antiga nos gregos, sempre em busca de novidades; a sinagoga ofereceu-lhes uma
sabedoria profunda e dinâmica, aparentemente mais antiga quer a de Homero. O
monoteísmo andava no ar; o Velho Testamento estabelecera um monoteísmo mais
puro, mais radical e mais pessoal que qualquer outro sistema conhecido do mundo
antigo. Alguns gentios submeteram-se ao rito da circuncisão, passando assim a
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pertencer ao povo dos judeus; a maioria ficava na categoria dos “tementes a Deus”,
espectadores interessados, que encontramos com tanta freqüência nas páginas dos
Atos dos Apóstolos.
Foi neste grupo que a pregação do Evangelho encontrou a sua resposta mais
firme e imediata. Quando se tornou claro aos olhos destes gentios que, sem passar
pelo rito da circuncisão (que tanto os gregos como os romanos consideravam
repulsivos), podiam ganhar não só o que o judaísmo lhes oferecia, mas ainda algo
mais, não lhes foi difícil aceitar a fé de Jesus Cristo. A presença desta elite
diferenciou as missões da era apostólica das de épocas subseqüentes, fazendo com
que a comparação se torne quase impossível. Estes povos, ou os melhores
indivíduos entre eles, haviam sendo bem instruídos pelo Antigo Testamento, de que
aceitaram a moral e as idéias teológicas. Muitos deles trouxeram para a sua fé cristã
a base de compreensão e de caráter disciplinado, que lhes permitia ocuparem
naturalmente posições destacadas na chefia das novas congregações cristãs. E, em
certos casos, tornaram-se pioneiros do desenvolvimento do pensamento da Igreja.
A Ásia Menor que nos tempos de Paulo apontava para um progresso promissor
não se concretizou, visto que não teve tanto sucesso entre os povos mais atrasados
que conversavam em suas línguas nativas e não no grego comum.
O cristianismo no Egito não se limitava aos que falavam grego. A tradução das
Escrituras em vários dialetos da língua que hoje conhecemos pelo nome de copta
começou em meados do século III. Por essa época, ou um pouco mais tarde, os
desertos começaram a encher-se de monges e de eremitas. Os habitantes desertos,
na grande maioria, falavam copta e pouco ou nada sabiam de grego. O fanatismo
que por vezes revelavam não justifica, entretanto, as ásperas observações de
Edward Gibbon acerca do triunfo do barbarismo e da religião. Mas este lado sombrio
deve comparar-se com a simplicidade e devoção manifestadas em quase todas as
páginas das vidas dos Padres do Deserto.
A igreja do norte de África era a igreja de bispos, cada cidade tinha o seu bispo.
Esta igreja como a do Egito, debatia-se com o problema da raça e do idioma. Parece
evidente que fatores lingüísticos e raciais entre outros, também condicionaram o
cisma donatista, que despedaçou a igreja da África do norte, geração após geração
e a enfraqueceu sem qualquer esperança. Na visão geral do fim do século III não
havia nenhuma do Império Romano que não tivesse sido penetrada em maior ou
menor extensão pelo evangelho. Porém, sua influência era desigual. A maior parte
da igreja falava grego e latim e os povos camponeses encontravam-se em uma
vasta extensão, alheios à sua influência.
O que os estóicos queriam, foi criado pelos cristãos, que era uma sociedade
em todos eram bem vindos sem distinção, discriminação. O cristão onde quer que se
encontrasse sabia que pertencia a uma sociedade potencialmente mundial e que
estava obrigado pelos princípios de um único Senhor, e de uma única fé, um único
batismo. O Teísmo (isto é a fé cristã) progrediu especialmente devido os serviços
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prestados a estranhos e aos cuidados com o enterro dos mortos. Devemos
considerar o efeito da perseguição aos cristãos sobre a opinião pública. Até a
perseguição sistemática ordenada pelo imperador Décio em meados do éculo III,
quando a perseguição se iniciou, a mesma deve-se mais às pressões populares do
que ao resultado de uma campanha planejada por parte das autoridades. Todos
cristãos sabiam que mais cedo ou mais tarde teriam de testemunhar de sua fé a
custa de sua própria vida. Quando ocorria uma perseguição, o martírio
experimentava a maior publicidade possível, o publico romano era cruel e duro mas
nem sempre desprovido de compaixão, e não restam duvida de que as atividades
dos mártires e particularmente das mulheres jovens que sofriam juntamente com os
homens provocou uma profunda impressão.
Ufilas parece ter sido filho de pai capadociano e de mãe goda. O maior serviço
por ele prestado consistiu em ter reduzido a linguagem gótica à escrita e em traduzir
a Bíblia para este idioma.
No ano 500, a igreja podia contemplar 500 anos de êxitos miraculosos. Não
conhecia ainda quase nada das antigas e estáveis civilizações da índia e da china,
mas constituíra-se na maior força civilizadora do mundo Ocidental.
CAPÍTULO II
DIFUSÃO DO CRISTIANISMO
Como conseqüências:
Columba:
Após ter assumido o papado cuidou em fazer realizar seu sonho, enviando o
missionário Agostinho com uma companhia de monges que com muitas dificuldades
na viagem chegaram entre os celtas para começarem um trabalho. O resultado do
trabalho foi a conversão do rei Edelberto de Kent e dez mil saxões foram batizados.
Com todos estes esforços realizados por estes desbravadores da idade média
até o final desta época, todas as regiões remotas da Europa, Islândia, Irlanda,
Escócia, Bretanha (atual Inglaterra), Germana e o Mar do Norte, já estavam
evangelizados.
Bonifácio:
Muito mais difícil, perigosa, e desastrosa, foi a luta da igreja na outra frente. Em
622 o profeta Maomé deslocou-se de Meca para Medina, depois de congregar um
numero muito grande de peregrinos com base na sua mensagem monoteísta
avançou nos desertos da Arábia para o resto do mundo. Em 650 conquistou a
Pérsia, Jerusalém em 638, Cesárea em 640, com isto a palestina e a Síria caíram
em domínio mulçumano. E em 642, Alexandria foi capturada, esta milícia conquistou
desde o Egito a todo norte da África, e em 697, conquistou Cartago, em 715 a maior
parte da Espanha encontrava-se em mãos mulçumanas, atravessando o Estreito de
Gibraltar, passando pela Espanha sofreram a sua primeira derrota em 732 contra o
general Carlos Martel em Taurs na França. O Islã nunca conseguiu estabelecer-se
ao norte da Europa, contudo o seu avanço prosseguiu em direção a Roma que foi
atacada e saqueada por esta milícia, mas posteriormente eles conseguiram
enfraquecer o movimento missionário das igrejas principalmente no oriente até a
queda de Constantinopla pelos turcos otomanos em 1453, pondo fim a idade média.
Conseqüências:
Por incrível que pareça a conquista da Ásia menor pelo islã trouxe um grande
benefício para igreja do ocidente, benefício este que somente interessava ao papado
de Roma, quanto que na verdade o avanço do islã trouxe grandes perdas para o
cristianismo em geral. Sempre houve diferenças entre os bispos de Roma e de
Constantinopla, briga por maiores influencia. A Igreja Nestoriana do oriente já
enfraquecida pelas confusões doutrinárias que vinham a muito minando as suas
bases agora sofre um abalo ainda maior com as conquistas do islã, e com o papa de
Roma tornando-se o mais importante chefe do cristianismo do mundo. Estes
acontecimentos fecharam o mediterrâneo desde a Península Ibérica até o Japão,
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voltando para o ocidente pela costa sul do mediterrâneo até Marrocos, deixando
como conseqüência àquilo que nos chamamos nos tempos atuais de janela 10/40
que se constituiu na região do planeta terra considerada a mais resistente a
pregação do evangelho.
Séculos VIII-X:
No ano de 741, foi chamado a executar uma grande reforma na Igreja Franca.
Ele não conseguiu realizar todas as reformas que desejava impor. A medida que ia
envelhecendo, retirava-se cada vez mais do campo da administração. Por fim, o
espírito do missionário prevaleceu e mergulhou de novo em terras onde Cristo não
era conhecido. No ano de 753, em Zuiderze, começara uma obra onde os frísios
eram ainda pagãos. Notáveis resultados foram alcançados, provocando violenta
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reação pagã. Em 5 de julho de 754 ou 755, ele e seus companheiros, aguardavam
perto de Dokkum a chegada de vários cristãos recém-convertidos, foram atacados
por pagãos furiosos, ele ergueu um livro dos evangelhos para tentar proteger a
cabeça mais nada conseguiu, o idoso missionário e os seus cinqüenta
companheiros foram mortos.
Carlos Magno:
É sem duvida uma das maiores figuras da história, tanto da igreja, como do
mundo, no ano de 771 até a sua morte em 914, foi o único rei dos francos. Quando
no dia de natal do ano 800, o Papa Leão III o coroou imperador em Roma, Carlos
Magno era um governador sábio e poderosamente eficaz, interessava-se bastante
pela teologia e desejava conhecê-la, reunindo em sua volta, eruditos, como Alcuino
de York (735-804). Iniciou o Renascimento Carlovíngio, que foi um dos marcos mais
luminosos da longa noite deste período.
Mas tarde Anskar pode construir uma igreja em Slesvig e em Ribe, na costa
ocidental. Sendo ele uma figura profética admirável, paciente, e por sua dedicação
em atravessar uma porta difícil de abrir. O primeiro bispo que trabalhou fora dos
centros cristão, bem estabelecido em regiões ainda pagão.
“O ano 1000 foi caracterizado por enorme terror e ansiedade ao longo de todo
mundo cristão”
Segundo os cálculos de Dionísio Exíguo este período seria o ultimo da
existência da igreja, porém nada disto aconteceu, porém este ano é considerado
“como uma espécie de marco divisório”.
A partir deste momento vemos à Europa tendo como primeiro objetivo a difusão
do cristianismo até aos seus próprios limites.
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Nota dos autores.
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Da região da Escandinava a Dinamarca possuía maior contato com a
Alemanha, e, portanto com o mundo cristão, facilitando assim a entrada com êxito
do cristianismo.
Foi à Dinamarca, o primeiro país em que este choque entre os... Eclesiásticos
e nacionais se resolveu, e isto a favor da coroa.
Com a sua morte no ano 1000 a sua obra foi continuada por outro Olof: Olof
Haraldsson (995-1030), ele foi conhecido como Santo Olof, sua canonização é
devido a notáveis serviços prestados a causa cristã, este como seu antecessor
dedicou-se a fazer com que os evangelhos penetrassem profundamente e
permanente no seu povo.
A Suécia foi ainda mais lenta que os outros países escandinavos para aceitar o
cristianismo. No começo do século XI parece ter tido o primeiro rei cristão que se
chamava Olof Skotkonung, este conseguiu que um bispo fosse consagrado em
Hamburgo e colocado em Skara, ele encontrou uma resistência obstinada em suas
tentativas de tornar cristã o povo sueco. Ocorreu na Suécia algumas tentativas sem
sucesso, objetivando a derrubada do famoso templo de Upsália, onde eram
efetuados sacrifícios pelos pagãos. Após mais de um século já no reinado de
Sverker (1130-1155), ocorreu a imposição da cristandade. Neste momento foi
estabelecida em Upsália, que era a alma e o centro do paganismo sueco a sede
arcebispal, então se verificou que “é mais fácil destruir templos que arrancar pelas
raízes, modos de pensamentos antigos e fortes”.
Quanto à Finlândia verifica-se que sua população não se via pertinência o uma
raça inteiramente diferente da Escandinava, principalmente por sua linguagem.
Na obra foi combinada por outro Olaf Hoholdsson (995–1030) foi conhecido
como Santo Olaf sua canonização é divido os notáveis serviços prestados a causa
crista, este como seu antecessor dedicou-se a fazer com que os evangelhos
penetrassem profundos e permanentemente no povo.
CAPÍTULO III
O GRANDE PERÍODO 1295 – 1825
ABUNDÂNCIA MISSIONÁRIA
Uma grande parte da população era cristã e os Mongóis ainda não haviam
decidido abraçar a fé islâmica.Como na Rússia, grupos de viajantes ocidentais
tinham penetrado gradualmente na Ásia Menor, através da Armênia e da Pérsia,
onde o seu centro principal era Tabriz. Em 1318 o papa decidiu criar uma nova
missão, em parte para cuidar dos cristãos ocidentais da região, mais principalmente
para conseguir o regresso dos cristãos orientais ao redil romano. As conversões
entre os muçulmanos foram poucas, mas conseguiram produzir na Armênia,
desencadeou-se uma violenta reação nacionalista e depois de 1380 pouco ou nada
subsiste em relação a este movimento de unidade cristã.
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Da Pérsia a Índia, não era muita a distancia, porém anotávamos a curta estadia
na Índia de missionários cristãos, a caminho da China. A partir do século XIV temos
conhecimento de uma tentativa de introduzir o cristianismo latino na Índia numa
base mais permanente.Um grupo de três frades franciscanos e de um irmão laico
chegara a Índia, e encontrava-se em Tana. Surgiu uma disputa, o irmão Tomé de
Tolentino, sendo diretamente desafiado para definir o pensamento de Maomet falou:
“Maomet é o filho da perdição e tem o seu lugar no inferno, junto do diabo seu pai, e
não apenas ele, mas, todos os que seguem e observam a sua lei, falsa, pestilenta e
maldita, hostil a Deus e a salvação das almas”. Naturalmente três dos visitantes
foram aprisionados e assassinados, o sobrevivente Jordão de Severac, reuniu os
seus restos e enterrou-os, tomando a decisão de dar a sua vida para evangelização
da Índia. No norte registrou poucos êxitos, e uma porta maior se lhe abriu no sul e
fixou-se em Columbo, Travancore entre os cristãos nestorianos, que sofriam de há
muito com o seu isolamento e em 1329 o papa o nomeou bispo de Columbo. Foi
encontrado algum traço de sua obra no forte trabalho missionário em ação e a obra
sem descanso prosseguida durante toda a Idade Média. Numa tentativa de abrir
caminho ao Evangelho as mais diversas regiões do mundo.
Nos anos cerca de 1241 e a ampla aniquilação das missões de que foram
responsáveis, mal os missionários haviam tido tempo de voltar a consolar as suas
posições, a última e a pior de todas as calamidades medievais desabou sobre eles
como um flagelo. Tamerlão, soberano civilizado com amplo conhecimento do mundo,
foi o mais cruel e destruidor de todos os invasores medievais. Suas conquistas
iniciaram em 1358 e doze anos mais tarde, o seu exército caminhava para o rio
Volga e o norte da Índia, China e quase até o Mediterrâneo, em 1405 a obra estava
47
terminada.Toda a presença de civilização ocidental e cristã havia sido varrida. O
oriente e o ocidente encontrava-se mais separados do que nunca.
Por detrás dos muçulmanos e evitando o controle que estes exerciam sobre as
vias terrestres e marítimas que ligavam o Ocidente à Ásia. Levar a luz do Evangelho
a nações até então desconhecida, que haviam vivido na escuridão construir uma
grande aliança mundial da fé, por meio da qual o poder dos muçulmanos acabaria
por ser derrubado.
Nos meados do século XV este papel foi tomado por Portugal de que a
Espanha viria a ser um poderoso rival. O papa havia já reconhecido os
descobrimentos dos portugueses em África. Em maio de 1493, o papa Alexandre VI
promulgou três bulas: A trazer a fé cristã aos povos que habitam nestas ilhas e no
continente, o papa traçou uma linha no mapa, desde o Pólo Norte ao Pólo Sul, a
Oeste dos Açores.
Por um acordo de 1494 a linha foi deslocada de 370 léguas para oeste e assim
o Brasil, que havia sido descoberta no ano de 1500, ficou incluída na zona
portuguesa com todos os seus privilégios, Cabral desembarcara num pequeno porto
de Granganore e encontrara um certo número destes cristãos, ficara encantado com
a dignidade simples destes cristãos (nestorianos) com pouco conhecimento de
teologia e acreditavam lealmente manter a fé tal como fora explicado por Thomé.
Estes se alegraram em poder contar com eles contra a agressão muçulmana. Os
sírios nunca ouviram falar do papa, os portugueses achavam impossível que
existissem cristãos independentes do bispo de Roma, que tinham como único vigário
de Cristo na terra, e lutaram para que eles se juntassem aos portugueses.
O francês Claude Maêtre resumiu este trabalho como se este povo orgulhoso,
inteligente, lógico, apaixonado pelo discurso, podia vir a ser conquistado para a fé,
porém seria necessário enviar-lhe missionários com as mais elevadas qualidades,
para adaptar-se aos costumes do país, até ao limite que lhe fosse permitido pela fé,
forte de caráter para modelarem o seu comportamento de acordo com as rígidas
exigências da fé.
Em 1601 havia cerca de 250 dojuku sem serem ordenado sacerdote pela
simples razão de não haver bispo no Japão. Em 22 de setembro de 1601 o bispo
sufragâneo Luiz de Cerqueira realizou as primeiras ordenações de sacerdotes
japoneses. Um era secular, dois eram jesuítas, destes, um morreu como marte a 10
de Setembro de 1622, efetuando uma transformação completa na política do Japão
e na situação da Igreja Cristã que no fim do século reuniu 300.000 crentes
batizados.
Para que o Cristianismo fosse aceito pelos chineses havia que torna-lo menos
estrangeiro possível. Na China, toda a sociedade se baseia na coesão da família,
em que é simbólica a reverência prestada aos antepassados.È esta de caráter
pagão ou apresenta apenas o respeito cívico e familiar? No tempo da morte de
Ricci, a 1610, a Igreja tinha cerca de 2000 membros. Contudo, a presença dos
52
missionários e as vidas dos convertidos dependiam dos ventos sempre mutáveis do
favor imperial, como vimos quando das perseguições, em 1616 e de novo em 1622.
Como habitualmente, uma das acusações referia que os missionários eram
sediciosos. Mas parece que não houve a lamentar perdas de vidas e não tardou
muito que os Missionários regressassem à sua obra.
Os primeiros anos do século XVII foram assinalados por uma das mais
heróicas e aventurosas jornadas missionárias de todos os tempos. A 29 de outubro
de 1602, Bento de Góis, irmão leigo da Sociedade de Jesus que nascera nos
Açores, em 1562, partiu de Agra, disfarçada, para determinar finalmente as questões
de identidade do Catai e a existência do grande reino cristão de Prestes João. A
travessia da Ásia Central, Agora nas mãos dos muçulmanos, foi perigosa e lenta.
Nem tudo ocorreu sempre bem para os missionários cristãos. Havia freqüentes
insurreições índias, que eram quase sempre acompanhadas pelo massacre de um
certo número de missionários, por exemplo, os do Estado do Novo México, dois
franciscanos em 1540 tentaram estabelecer-se nesta zona e foram assassinados
pelos nativos. As opiniões dos espanhóis do século XVI sobre os índios foram
violentamente e grosseiramente expressado pelo historiador Gonzalo de Oviedo y
Valdés.
54
Em 1544, já com setenta anos de idade, Lãs Casas aceitou a diocese de
Chiapa (Guatemala). Manteve-se neste lugar pouco mais de três anos e regressou
então a Espanha, para prosseguir a sua grande campanha escrita e oral, durante
quase vinte anos, até à morte em 1566. Se compararmos a situação cristã de 1600
com a de 1500, observamos imediatamente uma grande diferença. A Europa acelera
as suas etapas. Os seus poderes militar, político e econômico preparam para impor-
se a todo o mundo habitado. Os europeus começam a pensar que a sua civilização
é a única no mundo digna desse nome, e desenvolvem o estranho complexo do
povo superior. Com a expansão da Europa, e muitas vezes precedendo-a, verifica-
se a expansão da Igreja. Mas agora, como nunca, a Igreja tem de enfrentar o
desafio dos grandes sistemas religioso, no extremo Oriente, na Índia e no mundo
muçulmano. Tem de decidir se as suas relações com estes povos se basearão na
destruição ou na conservação de tudo o que caia sob a influencia de Cristo. Agora já
não se pode recuar. O estudo das missões cristãs fora da Europa, até 1500, tem
pouco mais que um interesse arqueológico.
No século XVII, como no século XVI foi para o mundo católico um período de
grandes e notáveis feitos, principalmente na radical transformação da organização
das missões e nas suas relações com o centro da Europa. Estes séculos
pertenceram aos reis de Espanha e de Portugal como ordens religiosas, talvez os
jesuítas como principal papel dirigente com os Franciscanos e os Dominicanos não
muito longe se tornou frutuoso.
3
Nota dos autores
57
grande número de Selvagens, a fim de mostrarmos que a salvação apenas dependia
da cruz”. Mas estes começos encorajadores não tiveram seguimento.
A missão na China a partir do século XVIII era um passo para uma missão
diplomática Russa o envio de sacerdotes russos.
A missão aos Kalmuks – o primeiro a tentar e iniciar este trabalho foi Nicodin
Lenkeevich procurou dar aos Kalmuks cristão uma religião fixa.
Em 1734 o seu filho Paulo regressou da Dinamarca e isto foi para ele um
revigorar das forças. Paulo foi ordenado ajudante de missões, cresceu com os
gronelandeses e falava a sua língua como seu pai nunca fizera. Traduziu os quatro
Evangelhos em 1744 para o dialeto esquimó falado na Groelândia, e em 1760 uma
gramática e o N.T em 1766.
Em junho de 1793, Wiliam Carey partia para Índia com a família, como primeiro
missionário da sociedade Batista, e chegou a Hooghly, em 11 de Novembro de 1793.
61
Começara a era das Missões do ultramar, para os povos de língua inglesa. Carey e
o seu grupo viram-se de fato na situação de imigrantes ilegais, esta situação
revelou-se com o desaparecimento da família Carey no interior do país. Carey teve a
oportunidade de lançar seu incomparável conhecimento da língua Bengali. Traduziu
o N.T para esta língua. A gramática sânscrita de Carey, obra de cem páginas foi uma
contribuição notável. Ele foi fundador da literatura em prosa Bengali; insistia em
formar companheiro indiano, competente e bem instruído. Carey morreu em 9 de
Junho de 1834.
Henry Martyn, o mais notável dos “capelões piedosos” que chegou a Calcutá
em 1806 e morreu na Pérsia, entregou-se imediatamente com entusiasmo ao projeto
de seus amigos sobre a tradução da Bíblia. Foi o primeiro classificado em
matemática, em Camdribge, e aproveitou os melhores conhecimentos filológicos da
época. Traduziu i N.T em urdu, depois, mergulhou na revisão do árabe. Sua morte
foi uma perda enorme para a causa do cristianismo na Índia.
Os Sírios não gostavam dos jesuítas e dos portugueses. Eles atentavam contra
os privilégios e isenções que lhe s haviam sido concedido pelo sínodo. E juraram
expulsar os jesuítas e não aceitar nenhuma autoridade eclesiástica a não ser do seu
próprio arquidiácono.
CAPÍTULO IV
MISSÕES Ontem E HOJE
A MISSÃO CONTINUA
63
A partir de então a Igreja de Cristo esteve presente neste continente por todos
os séculos posteriores, sempre obedecendo ao IDE de nosso Senhor e Salvador
Jesus Cristo, ou seja, sempre esteve realizando missões.
Esperamos que tudo isto venha contribuir para um maior prepara e melhor
qualidade para todos os da Igreja de Cristo e principalmente para aqueles que estão
servindo ao Senhor da igreja nos campos missionários de toda a terra.
4.2 Os Movimentos:
Este grupo criou muitas obras literárias de alto nível, contribuindo com o vigor
literário e “espiritual” da época. Suas pesquisas geraram sentimentos de que o
cristianismo não deveria temer nem retroceder diante das novas idéias, pelo
contrário, deveria ser aberto ao novo em todas as ares da teologia e religião, pois o
próprio evangelho só é uma verdade quando alguém crê nele, tornando-o uma
verdade.
Neste pensamento, tanto Buda, Allah e Jesus Cristo são meios viáveis em que
Deus se manifestou, sendo assim ninguém pode dizer está com a verdade, mas
caminhando nela. Isto leva a uma aceitação de todas as religiões e
conseqüentemente da aceitação teológica pluralista.
Neste aspecto pensam que Deus amoroso que jamais excluiria algum povo da
salvação, então não é necessária a forma antiga de evangelização, sendo que
segundo estas heresias a salvação passa a depender da forma em que Deus se
manifestou a este ou aquele povo e Jesus é a revelação de Deus, mas não a única,,
sendo assim não se deve levar ninguém a conversão de outra religião pois todos
estão servindo a Deus, e isto é uma agressividade, então se pergunta o que é
verdade? E Michel Foucault. Responde assim A "verdade" dá suporte aos sistemas
de repressão por identificar os padrões aos quais as pessoas podem ser forçadas a
se conformar.
Esta crença tem como base a idéia de tantos, entre eles está McGrath: “Todo o
sistema de crença devem ser considerados como igualmente plausíveis. Alguma
coisa é verdadeira se ela é verdadeira para mim. O cristianismo tem se tornado
aceitável porque é crido ser verdadeiro por alguns, não porque ele é verdadeiro”. Ele
faz algumas observações cruciais: Como podem as reivindicações de verdade do
cristianismo ser tomadas seriamente, quando há muitas alternativas rivais e quando
a "verdade" em si mesma tem se tornado uma noção esvaziada? Esta ausência da
verdade absoluta leva o homem para distante das escrituras. O homem diante de tal
crise tende a pender para as experiências, a exemplo disto as idéias do filósofo
estadunidense, William Ernest Hocking (1873–1966), discutem a revelação e a
crença mística. Ele trabalhou no CMI, escreveu na área de filosofia, tem frases
famosas como estas, que encontramos em sites espíritas “[...] o místico prático
continua a existir somente porque os homens, em número considerável, chegaram à
crença de que há um modo de experiência que pode ser chamado com propriedade
“experiência de Deus” [...] O místico neste ponto entra em conflito com todos os
pendores modernos para o modernismo [...]. Historicamente falando, os místicos [...]
se tem inclinado a converter a afirmativa “Achei um caminho” por esta outra: “Só eu
achei um caminho e este é o único caminho”, insistindo no uso exclusivo dele, sob o
fundamento dessa iluminação, descoberta ou revelação”. Alem de criticar o
exclusivismo, ou a verdade absoluta, ele da ênfase a experiências.
Seus principais liderem foram John Keble e John Newman, que era vigário da
Capela de Oxford, Edward Pusey, professor de hebraico e um dos mais influentes
dentro de toda a Oxford. Motivados pelo medo do povo de passarem a ver a igreja
como uma instituição meramente humana, e por isso abandoná-la, facilitando assim
a mudança tanto política quanto teológica, no seio da igreja Inglesa ou Anglicana. O
grupo desenvolveu a idéia de convencer o povo de que a igreja era uma instituição
puramente divina (como na verdade é), esta verdade deveria ser divulgada no meio
do povo para leva-lo a defender a igreja com suas próprias vivas se necessário
fosse.
Sem dúvida alguma, ainda teríamos muito que relatar a respeito das igrejas
livres, como por exemplo: a revolta contra o patrocínio leigo (a indicação do ministro
por um poderoso Landlord); conflito entre igreja e estado, a Cisão, entretanto o
tempo de que dispomos não nos permite assim realizar. Considerando que o nosso
71
objeto é apresentar um relato da história das missões, passaremos a observar o
movimento missionário no Continente Europeu como segue.
A Escócia foi outro país que também se entregou de forma integral ao trabalho
missionário neste período da história. A exemplo da Escócia, a Alemanha
experimentou este trabalho em 1822 com a criação da criação da sociedade da
Basiléia e depois da metade do século XIX, surgiram várias outras agências
missionárias naquele país. A Holanda também participou diretamente desta obra, em
1817, a Holanda, passou a enviar seus missionários a vários campos de trabalho e
vários lugares do mundo, motivando o surgimento de várias organizações voltadas
ao trabalho missionário. A França, a Suíça e a Escandinava também participaram
este movimento missionário, de forma que na metade do século XIX, o
protestantismo havia despertado parta o grandioso trabalho missionário em todas as
partes do mundo.
Todavia é importante frisar que este despertamento missionário não foi apenas
no seis da igreja protestante, mas também na igreja romana e nas seitas, co mo
pode ser observado no adventismo, por exemplo. A exemplo das igrejas protestantes
as outras organizações, também aproveitaram o momento missionário e
estabeleceram trabalhos em várias partes do mundo.
72
4.3.1 Os Pioneiros:
Certo dia, depois de longa e dura jornada, abriu sua maleta de viagem e tirou
de dentro dela sua agenda com base de metal, juntamente com o tinteiro e uma
pena, em seguida sentou-se e suspirou: “muitas dificuldades se antepõem em meu
caminho” escreve, “estou duvidando que Deus esteja comigo...” coloca sua agenda
na perna e pega sua Bíblia gasta pelo uso: “Toda autoridade me foi dada no céu e
na terra. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações... E eis que estou
convosco todos os dias até a consumação do século”. Mc 3:15 Mt, assim sendo,
motivado e encorajado pelo dono da obra missionária, Livingstone prosseguiu sua
árdua tarefa. A igreja nessa época vivia dias difíceis, apáticos, devido ao liberalismo
que propagava pela Europa, esta era uma forte razão para que um homem em terra
tão distante senti-se triste e sozinho, pois não contava com o apoio da igreja
76
A partir de 1862, os missionários tiveram mais apoio, quando chegaram a
Lagos. O Governo britânico resolveu apoiar todos os tipos de serviço missionário e
ajudar no serviço Cristão, encorajou os Católicos e os protestantes. Talvez a maior
missão católica na África ocidental seja a de Camarões. Esta área era coberta pelo
Governo alemão, e, por conseguinte eles foram os primeiros empreendedores. No
entanto, grande parte do país havia sido evangelizada pelos Presbiterianos
americanos.
Muitos homens passaram pela África, mas, somente alguns marcaram aquele
país com tantas boas recordações. Eles não observaram suas próprias vidas, se não
em agradar somente àquele que os arregimentou. Homens como David Livingstone,
Henry M. Stanley, que se considerava tanto um explorador como um missionário.
Segundo Ruth A. Tucker, sua maior contribuição na área missionária foi uma carta
emocional (publicada no “Daily Telegraf”), “Oh, que algum missionário piedoso e
prático pudesse vir para cá... Que campo e colheita prontos para a ceifa da
civilização...É o instrutor pratico que pode ensinar as pessoas a se tornarem
pessoas cristãs, curar suas doenças, construir habitações...Não é necessário temer
gastos financeiros em tal missão...4
George Grenfell que teve como maior opositor o governo Belga, pois este
considerava o Congo como se fosse sua propriedade particular.Os oficiais do
governo exigiam os mapas particulares de Grenfell e suas observações escritas para
uso em suas ambições imperialistas.
Alexandre Makay que ao chagar à África em 1876, um ano após Grenfell ter
chegado. Makay aproveitou a oportunidade de relacionamento como rei Mtesa, ao
chegar ao lago Vitória, construí um barco e foi desenvolver o trabalho, apesar de ser
o escolhido do rei Mtesa, enfrentou varias dificuldades, como o os católicos romanos
e os mulçumanos. Além disso, o próprio rei era uma pessoa de pouca confiança,
pois executava seus súditos diariamente por causas banal, e dizia-se que ele tinha
um número muito grande de esposas, maior que qualquer outro. Este
relacionamento foi aproveitado de forma rápida, pois tão logo teve as primeiras
oportunidades, Makay já estava pregando o evangelho para o povo de Baganda,
4
Até os confins da terra, Uma História Biográfica das Missões Cristãs; TUCKE, Ruth A. pág. 163
77
este povo mostrou-se muito amigável e disposto a aprender. Sempre cercado de
crianças, pessoas de todas as idades pediam para serem ensinadas a ler, foi ai que
começou a traduzir as Escrituras. Passava longas horas sobre sua máquina de
impressão, o que lhe trouxe recompensas futuras. Em fins de 1879, após um ano de
sua chegada, ele escreveu: “Centenas de pessoas comparecem todos os dias para
aprender, especialmente a leitura”. 1882 ocorreram os primeiros batismos e dois
anos depois a igreja local apresentava 86 membros africanos.
Mary Slessor, esta foi a primeira mulher a ter um contato direto com o povo
africano 1876 foi quando chegou de navio a Calabar (que ficava onde hoje se acha a
Nigéria) este local era muito conhecido pelo tráfico de escravos e ambiente mortal.
Devido sua vida estar acostumada a de operários sentiu-se estranha em um
ambiente requintado e confortável onde viviam várias famílias missionárias
estabelecidas na cidade de Duke.
A estratégia usada por David Livingstone, talvez não nos mostre claramente
como alcançar o povo africano, se não que atravessando a selva tentando encontrar
o inicio do rio Nilo, devido a isso, ele pode desenvolver um trabalho que teve como
base missionária fundada por Robert Muffat. Nas suas andanças pela selva africana,
com sua equipe montada, não perdia a oportunidade de mostrar os slides com
gravuras bíblicas.
O Senhor Jesus, quando esteve aqui, escolheu doze (Mt 10: 1-4) pessoas para
realizar o Seu trabalho, sua equipe teve o privilégio de compartilhar muitas coisas e
aprender diretamente com o mesmo face a face.
ESTRATÉGIAS DE PAULO:
O apóstolo Paulo usava a seguinte estratégia. Ele foi destinado a pregar para
os gentios, reis e judeus. Quando ele chega juntamente com Barnabé em sua
primeira viagem a cidade de Salamina procurou as Sinagogas dos judeus, depois
em Antioquia da Pisídia, também foram à sinagoga (At 13: 5,14) assim, podemos
observar que sempre Paulo procurava um ponto central, onde os Judeus já estavam
se reunindo, pois ele sabia que era o local mais propicio para entrar em contato com
o povo local.
Paulo treinou sua equipe, pessoas nativas do local, que conheciam melhor
que ninguém cada região, e a vida funcional da cidade. Podemos citar como
exemplo Sóstenes (1Co1:1); Timóteo (2Co1:1); Silvano (1Ts 1:1); esta equipe era o
suporte de Paulo para a propagação do Evangelho.
O CONTINENTE AMERICANO:
E dito que Orlando Costa, citado por Gonzáles: “A única presença realmente
efetiva que pode ser citada a respeito dos protestantes durante este período do 16°
até o princípio do 17° século é a dos moráveis em Tomé e Suriname, os metodistas
no Caribe e inglês e os anglicanos (e mais tarde os moráveis) na costa atlântica da
América Central (especialmente Honduras e Nicarágua)”.
83
A colônia Moravia foi estabelecida nas Guianas e 1735. Cerca do ano 1900
esta colônia foi registrada como tendo 9000 membros.
Um pastor batista foi para a Argentina em 1818 com o objetivo de fundar ali
escolas usando o método pedagógico de Lancaster. Em sua essência, este método
possuía dois pontos positivos que o adequavam perfeitamente ao trabalho
missionário. Primeiro fazia uso dos melhores alunos para ensinar os principiantes.
Segundo utilizava-se das passagens das Escrituras como textos para ensinar
gramática e alfabetizar. Não era difícil mediante o uso deste ensino bíblico transmitir
aos alunos o conteúdo da Revelação.
Thomson tem sido acusado de usar seu cargo de educador para encobrir seus
verdadeiros propósitos: proselitismo. Mas este não era aparentemente o seu plano;
pelo contrário, estava convicto de que a simples leitura do Texto Sagrado promoveria
a conversão e a auto-reforma.
PRECURSORES:
85
FORAM ELES:
O resultado foi à proibição feita a Kalley não só de atrair prosélitos como também
de praticar a medicina. Mas o imperador D. Pedro II interferiu a Favor de Kalley.
Um grande colaborador por vários anos foi o Rev. Alexander Latimer Blackford,
casado com a irmã de Simonton, Elizabeth (Lille). Após uma longa e perigosa
viagem de navio, o casal Blackford chegou ao Rio de Janeiro em julho de 1860,
menos de um ano após a chegada do pioneiro. Apesar de algumas divergências
88
quanto ao melhor local para a sede da missão – Blackford preferia São Paulo;
Simonton, o Rio –, este teve em Blackford um grande ajudador, que, entre outras
coisas, o substituiu na Igreja do Rio durante uma prolongada viagem de Simonton
aos Estados Unidos (março de 1862 a julho de 1863). Em outubro de 1863,
Blackford e Lille mudaram-se para São Paulo a fim de fundar o trabalho
presbiteriano naquela cidade (a igreja foi organizada em 5 de março de 1865).
Blackford haveria de dedicar quarenta anos de sua vida à obra missionária no Brasil,
tendo falecido em 1890.
William Buck Bagby e sua esposa Anne passaram por Santa Bárbara em 1881,
mas resolveram radificar-se em Salvador (Bahia), a capital eclesiástica do Brasil. Ali
91
com os Zachariah C. Taylors e Antônio Teixeira de Albuquerque fundaram a primeira
igreja batista “brasileira” em outubro de 1882 (tem havido controvérsia quanto a
datar a obra batista a partir de 1882 em Salvador ou da colônia de Santa Bárbara
em época anterior).
Num prazo de três meses Penzontti conseguiu fazer reuniões nas tardes de
domingos a portas fechadas, com cerca de 50 pessoas. A sua metodologia consistia
em ir de casa em casa distribuindo as Escrituras.
- C.I. Scofield e a Missão para América Central: Não foi o primeiro cristão
evangélico a interessar-se pela Americanas quando essa área do mundo Chamou
sua Atenção em fins de 1880. Os missionários americanos, enquanto se
aventuravam por quase metades do mundo, tinha praticamente esquecido seus
vizinhos do lado. Baseando sua estratégia no que considerava como um princípio
missionário em Atos 1.8, Scofield decidiu corrigir este erro: “Tanto em Jerusalém,
como em toda a Judéia a Samaria – a América Central é o campo não-ocupado mais
próximo de qualquer cristão nos Estados Unidos ou Canadá! Nós nos esquecemos
da nossa Samaria!”.
Notando esta situação foi que novas missões concentraram-se seus esforços,
fundadas com o objetivo de alcançar esses povos primitivos, as tais foram:
Apesar de sua busca pela justiça, Wesley ainda sentia faltar-lhe algo, até que
em 1738, ao ouvir a leitura do prefácio do comentário de Lutero da Carta aos
Romanos, John passou pela seguinte experiência, narrada em seu diário: “Cerca
das nove, menos um quarto, enquanto ouvia a descrição que Lutero fazia sobre a
mudança que Deus opera no coração através da fé em Cristo, senti que meu
coração ardia de maneira estranha. Senti que, em verdade, eu confiava somente em
Cristo para a salvação e que uma certeza me foi dada de que Ele havia tirado meus
pecados, em verdade meus, e que me havia salvado da lei do pecado e da morte.
Comecei a orar com todo meu poder por aqueles que, de uma maneira especial, me
haviam perseguido e insultado. Então testifiquei diante de todos os presentes o que,
pela primeira vez, sentia em meu coração”. Seu irmão Charles havia passado por
experiência semelhante apenas poucos dias antes.
A intensidade desse fogo que incendiava o coração de John pode talvez ser
avaliada pelos resultados: Wesley viajava cerca de 5.000 milhas (8.000 Km) por ano,
pregando quatro ou cinco vezes por dia (freqüentemente ao ar livre), fundando
novas sociedades, e traduzindo do grego, latim e hebraico. Auxiliou endividado,
supria roupas e alimentos aos pobres, proveu empregos aos desempregados,
implantou centros de serviços médicos e opôs-se à escravidão. Quanto a Charles
Wesley, compôs cerca de 6.500 hinos, muitos dos quais cantados até hoje. John
Wesley pregou seu último sermão na quarta-feira, 23 de fevereiro de 1791.
95
Isso porém não o impedia de sentir-se cada vez mais distante de Deus até sua
conversão, em 1735. Nas suas próprias palavras, foi como se um “fardo pesado”
tivesse sido removido. Fez seu primeiro sermão na igreja em que havia sido
batizado. Seu fervor era evidente; alguns zombavam, mas outros ficavam
impressionados - houve a queixa de que quinze de seus ouvintes “enlouqueceram”
(se converteram)! Após isso pregou a mensagem do novo nascimento e da
justificação pela fé para grandes multidões em Londres, mas outros começaram a
recusar-lhe o púlpito, e a se lhe opor fortemente.
Aos 17 anos Moody saiu de casa para trabalhar na loja de sapatos do seu tio,
em Boston. Em 1856, época em que os congregacionais da região estavam em meio
a um reavivamento, recebeu certa manhã uma visita especial: durante o expediente
97
na loja, foi visitado pelo seu professor da Escola Dominical, que acreditava que tinha
de falar-lhe de Cristo. Em poucas palavras, falou do amor que Jesus tinha por ele e
do amor que esperava em retorno; colocou a mão sobre seu ombro e convidou-o a
vir para Cristo. Lá, nos fundos da loja, Moody recebeu a Cristo.
Moody tinha um forte desejo de ficar rico. Foi para Chicago, onde seu negócio
de sapatos e botas prosperou rapidamente. Imediatamente após sua conversão,
começou a agir como um novo homem. O costume da época era alugarem-se os
assentos nas igrejas. Moody pagou um banco e o enchia com homens que ele tirava
das ruas. Depois pagou outro, um terceiro e um quarto banco, que enchia com
homens e meninos. Buscando alcançar as crianças, Moody tornou-se também
professor da Escola Dominical. Em sua primeira manhã, reuniu 18 meninos de rua.
Logo o número destes chegou aos 600. Certo dia em que Moody resolveu fazer
algumas visitas evangelísticas, pecadores converteram-se a Cristo. Isso lhe marcou
tanto que Moody desligou-se do lucrativo negócio e passou a dedicar-se
exclusivamente à evangelização.
Ainda em 1849, filiou-se a uma igreja batista. Com 16 anos pregou seu primeiro
sermão numa casa de campo, e passou a pregar regularmente para uma
congregação batista aos 17. Aos 18 foi separado para o ministério, mas rejeitou o
título de “reverendo” por questão de princípios, e recusou-se a ser ordenado. Aceitou
o convite de tornar-se o pregador da pequena igreja de New Park Street, em
Londres, onde havia um grupo de intercessores que rogava incessantemente por um
avivamento. Com essa igreja continuou durante trinta e oito anos. Durante muitos
anos não havia órgão. Para muitos, as orações eram a parte mais sublime dos
cultos; para outros, o ponto alto era o sermão de Spurgeon. O templo teve de ser
ampliado algumas vezes, e mesmo assim não comportava as multidões que
desejavam ouvir o jovem pregador. Foi necessário alugar o Auditório Musical de
Surrey Gardens, o maior prédio de Londres, com capacidade para 12.000 pessoas.
No culto inaugural o prédio estava superlotado e havia 10.000 pessoas do lado de
fora, sem poder entrar.
Uma das suas contribuições para o movimento evangélico atual foi sua crítica
ao secularismo/mundanismo, isto é, a tendência da Igreja de tornar-se semelhante
ao mundo. Assim como os israelitas (que deveriam ser luz para os gentios)
precisavam ser diferentes dos gentios em sua maneira de vestir, enfeitar-se, comer,
praticar sua religião e outros aspectos culturais, a Igreja não deve vestir o manto do
mundanismo nem mesmo a pretexto de atrair novos crentes: "Nosso Senhor atraía
os pecadores porque Ele era diferente. Aproximavam-se d’Ele porque sentiam haver
nEle algo diferente... E o mundo sempre espera que sejamos diferentes. Essa idéia
de que poderemos ganhar pessoas para a fé cristã, se lhes mostrarmos que, afinal
de contas, somos notavelmente parecidos com elas é um erro profundo, do ponto de
vista teológico e psicológico".
Dedicou grande parte do final dos seus dias à publicação de livros e a visitar
pequenas igrejas, encorajando-as. A maioria dos seus títulos traduzidos para o
português foram publicados pela editora PES (Publicações Evangélicas
Selecionadas).
LUIS PALAU:
"Às vezes parece que estive pregando toda minha vida", comenta Palau.
Embora tenha começado a pregar na Argentina ainda na adolescência, só após
completar trinta anos conseguiu desligar-se de seu emprego e unir-se a SEPAL para
dedicar-se de tempo integral à evangelização das massas. Na adolescência, apesar
de pregar em praça pública, e seu esforço evangelístico, muito pouco acontecia.
Não conseguia resultados e havia problemas em sua vida pessoal. Noites em
oração, e nada acontecia. Finalmente, Palau entendeu que ele era apenas um
veículo para a ação de Deus que, na sua soberania, faria a obra por meio do Seu
Espírito. Essa foi sua maior batalha espiritual: deixar Deus ser Deus, e Luis Palau
ser dependente dele.
INFORMAÇÕES HODIERNAS:
Oremos pelo pastor e Sergio e por tantos outros missionários que estão
servindo ali, oremos pelos irmãos que foram alcançados pela graça do Senhor,
oremos para que o Senhor continue a usar missionários estrangeiros e nacionais,
oremos para que cada crente compreenda que o missionário só é missionário
porque é servo de Cristo, logo, todo crente é servo e sendo servo tem a missão de
seu Senhor, portanto servo de Cristo – missionário de Deus. Oremos para que não
somente a Europa, mas até aos confins da terra seja pregado o evangelho de Jesus
Cristo nosso Senhor, para honra e glória de Seu santo nome.
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A CRISE DETECTADA:
A Crise da missão permanece, ainda que não damos conta de sua existência a
verdade é que quando menos se espera a crise aparece e se insta-la. A crise de
vocação sempre existiu e continuará a existir entre o povo de Deus, pois depende da
compreensão exata do povo de Deus e seu compromisso missionário no mundo.
Não queremos dizer com isto que não haja base teológica na missão da igreja,
pois há. O problema e na hora de aplicar a teologia, temos dificuldade com a
contextualização; histórica, cultural e social. Jamais podemos transferir o conceito
missionário de um lugar para outro, ainda que devemos aprender com os conceitos.
O que temos de fazer é sempre voltar à palavra de Deus, como nossa ÚNICA
REGRA DE FÉ E PRATICA, examinar as bases de sua identidade e vocação
missionária, a fim de realizar dentro de um contexto especifico e atual.
CONCLUSÃO
OBRAS CONSULTADAS
HURLBUT, Jesse Lyman. História da Igreja Cristã. São Paulo. Editora Vida, 1979.
NICHOLS, Robert Hastings. História da Igreja Cristã. Cambuci – SP: Casa Editora
Presbiteriana, 1988.