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INTERPRETAÇÃO DO DESENHO INFANTIL (resumo)

Pilar Tetilla Manzano Borba (*)

O desenho infantil revela o desenvolvimento e a justaposição das funções constitucionais e


estruturais no corpo, do nascimento aos sete anos de idade.
“Garatujas são cartas que as crianças escrevem para si mesmas, são entendimentos consigo
mesmos...” Goethe

Garatujas: Movimentos caóticos feitos por todas as crianças do mundo. Circulares e pendulares
representam aspectos fisiológicos como a circulação e a respiração levando alimento para a formação
do corpo físico da criança.
Círculo fechado: coincide com a consolidação da última sutura craniana.
Circulo fechado com um ponto ou uma cruz desenhada dentro: chegada do eu terreno, primeiro
lampejo de consciência na criança. A criança agora se auto denomina dizendo EU para si mesma. As
forças formativas que trabalharam na formação da cabeça agora se dirigem para a formação do tórax
fazendo surgir o quadrado no desenho.
Quadrado: forças terrenas atuando na criança. As garatujas pendulares se transformam em retas
verticais e horizontais.
Na medida em que a criança vai tomando ‘consciência’ de seu tronco (sistema rítmico) surge no
desenho escadinhas como vértebras e costelas sendo formadas.
Triangulo: forças da alma. A ‘consciência’ (imagem corporal), chegou aos pés e a criança faz o
triângulo. Na troca dos dentes aparecem no desenho muitos pássaros, muitas bandeirinhas, muitas
torres.
No círculo aparecem os ártrocéfalos, isto é, muitos braços saindo do círculo como se fosse um sol
com dois olhos enormes dentro dele demonstrando que os órgãos dos sentidos (olhos, ouvidos, boca,
tato e olfato) estão captando o mundo ao redor como antenas poderosíssimas.
Aparecem também os cefalópodes: círculo com dois traços compridos denotando as pernas. As
crianças desenham em volta dessas figuras arredondadas uma cúpula parecendo um casulo. Ela ainda
necessita da nossa proteção; do nosso cuidado com aquilo que está percebendo, vivenciando,
interiorizando e incorporando do ambiente.
A casinha desenhada com um quadrado embaixo e em cima um triângulo representa a integração das
forças do eu terreno com as forças da alma (pensamento, sentimento e movimento).
As janelas são órgãos dos sentidos abertos ao mundo.
Cruzes na janela: eu ainda estou fechada construindo minha casinha, meu corpo.
Desenho do céu e mais tarde do chão: representa a integração da linha média horizontal: em cima e
embaixo.
Cortinas nas janelas: as forças formativas acabaram de formar o corpo vital e agora estão liberadas
para a formação de imagens e uso da memória para a aprendizagem escolar.
Fechadura na porta: agora minha casinha está pronta e eu posso entrar e sair dela.
Estrelas: cruzamentos: integração dos dois lados do corpo (linha média vertical).
Arco íris no céu: seu aparecimento coincide com a integração da terceira barreira média (sagital); é
quando a criança passa a perceber a perspectiva de frente/atrás e perto/longe. Ela desenha a casa mais
longe e o caminho em frente da casa.
A figura humana demonstra como o corpo físico está sendo impresso no corpo etérico ou vital; como
a criança se sente em seu corpo (esquema corporal). A princípio a figura humana começa com o
círculo, depois aparecem duas linhas verticais sinalizando o tronco. São colocados os braços com
muitos “dedos” representando os órgãos dos sentidos. Quando ainda o tronco não é percebido esses

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braços saem da cabeça. Ela desenha o homem-tronco. Mais tarde surgem os pés como grandes
plataformas. Quando a geografia corporal se completa aparecem o pescoço, a cintura, as mãos e pés,
em proporções exatas. Primeiro a criança desenha a figura humana de frente para mais tarde desenhá-
la de perfil.
Árvore: representando o pulmão (respiração) e o sistema nervoso (ramificação). As ramificações são
impressões sensoriais penetrando os corpos físico e vital e a organização do corpo astral e do Eu.
Respirar e Sentir nos conecta com o mundo que nos rodeia.
Buraco na árvore pode sinalizar algum resfriado ou problemas respiratórios como asma; ou ainda que
o organismo sofreu um trauma, um choque.
No desenho da criança o sol caminha da esquerda para a direita da folha refletindo o amadurecimento
dos hemisférios cerebrais onde o hemisfério direito (espacial) prevalece na infância sobre o hemisfério
esquerdo (temporal). Quando o sol, à direita da folha, deixar de ser radiado denota que a criança está
madura no seu sistema nervoso central para ir para o ensino fundamental.
Chaminé no telhado da casinha: a princípio ela é deitada e mais tarde ela fica em pé. Saindo fumaça
denota que as forças formativas que antes plasmavam a cabeça (sistema neurosensorial), tórax
(sistema rítmico) e membros (sistema metabólico motor) agora se libertam para a formação de
imagens e memória, necessárias para a aprendizagem escolar.
Simetria: desenhos espelhados, muita simetria, borboletas, corações, demonstram a passagem do
amadurecimento do hemisfério direito para o esquerdo. Nessa fase a criança pode espelhar as letras.
Isso é normal até os nove anos.

(*) Pilar Tetilla Manzano Borba


Graduada em Terapia Ocupacional pela Faculdade de Medicina da USP
Especializada em Tratamento Neuroevolutivo-Conceito Bobath e Terapia de
Integração Sensorial.
Formada em Pedagogia Waldorf e Problemas de Aprendizagem-Extra-Lesson
Pós-graduada em Antroposofia na Saúde pela UNISO
Ministra palestras e cursos para pais e professores de educação infantil.
Professora nos cursos de fundamentação e treinamento em pedagogia Waldorf.
Consultora em educação infantil de escolas Waldorf, escolas municipais e particulares.
Contato: pilarborba@gmail.com

Bibliografia:

A Linguagem Gráfica da Criança - Michaela Straus, tradução Sandra Beck e Simone de Fáveri,
Florianópolis
Interpretando los Dibujos de los Niños - Audrey E. McAllen, Editorial Antroposófica, Argentina
Criança Querida- o dia-a-dia das creches e jardim-de-infância - Renate Keller Ignácio, Editora
Antroposófica
O Desenho da Criança - Florence de Meredieu, Editora Cultrix, SP
A Criança e sua Arte - Viktor Lowenfeld, Editora Mestre Jou
Os Primeiros Sete Anos – Fisiologia da Infância, Edmond Schoorel, FEWB & Editora Antroposófica
Uma Nova Compreensão da Arte Infantil –Arno Stern ,Livros Horizonte, Lisboa – Portugal
Uma Gramática da Arte Infantil – Arno Stern, Livros Horizonte, Lisboa, Portugal
A Interpretação do Desenho Infantil - Di Leo, Ed. Artes Médicas, Porto Alegre
Desenho da Criança – Maureen Cox – Desenho da Criança, Ed.Martins Fontes
A Descoberta de seu Filho pelo Desenho – Roseline Davido, Ed. Arte Nova

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