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Ementa e Acórdão
20/04/2017 PLENÁRIO
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Supremo Tribunal Federal
Ementa e Acórdão
RE 587970 / SP
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Supremo Tribunal Federal
Relatório
20/04/2017 PLENÁRIO
R E LAT Ó R I O
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Supremo Tribunal Federal
Relatório
RE 587970 / SP
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Supremo Tribunal Federal
Relatório
RE 587970 / SP
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Supremo Tribunal Federal
Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
20/04/2017 PLENÁRIO
VOTO
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Supremo Tribunal Federal
Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
RE 587970 / SP
do salário mínimo.
Ao remeter à disciplina legal, surge razoavelmente claro que o
constituinte não buscou dar ao legislador carta branca para densificar o
conteúdo da Lei Fundamental. Pode-se indagar: se pretendia outra coisa,
por que assim o fez? Revela-se natural e desejável que certos conteúdos
constitucionais sejam interpretados à luz da realidade concreta da
sociedade, dos avanços culturais e dos choques que inevitavelmente
ocorrem no exercício dos direitos fundamentais previstos, apenas de
modo abstrato, no Texto Maior. A lei tem papel crucial na definição dos
limites necessários. Essa é atividade essencial à manutenção da
normatividade constitucional, que, para ter efetividade, precisa estar
alicerçada no espírito, na cultura e nas vocações de um povo.
Na sequência, houve o ajuizamento da ação direta de
inconstitucionalidade nº 1.232, relator o ministro Ilmar Galvão, em cujo
exame o Supremo assentou, com efeito vinculante, a compatibilidade do
dispositivo legal com a Carta da República.
A óptica foi revista quando da apreciação do recurso extraordinário
nº 567.985/MT e confirmada por ocasião da análise da reclamação nº
4.374/PE. Declarou-se a inconstitucionalidade parcial do artigo 20, § 3º, da
Lei nº 8.742/1993, sem redução de texto:
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Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
RE 587970 / SP
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Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
RE 587970 / SP
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Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
RE 587970 / SP
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Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
RE 587970 / SP
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Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
RE 587970 / SP
http://www.poetryfoundation.org/bio/john-donne
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Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
RE 587970 / SP
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Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
RE 587970 / SP
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Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
RE 587970 / SP
10
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Aditamento ao Relatório
20/04/2017 PLENÁRIO
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Aditamento ao Voto
20/04/2017 PLENÁRIO
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Voto - MIN. ALEXANDRE DE MORAES
20/04/2017 PLENÁRIO
VOTO
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Voto - MIN. ALEXANDRE DE MORAES
RE 587970 / SP
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Voto - MIN. ALEXANDRE DE MORAES
RE 587970 / SP
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Supremo Tribunal Federal
Voto - MIN. ALEXANDRE DE MORAES
RE 587970 / SP
Brasil há quase sessenta anos, onde viveu e construiu sua vida e família.
Associada a essa característica, também tem incidência no caso o
princípio da universalidade da cobertura e atendimento das políticas
públicas de seguridade social (art. 194, I, CF), pelo qual fica vedada a
adoção de critérios que segreguem da cobertura assistencial grupos de
destinatários também sujeitos aos riscos sociais que se visa cobrir com a
política de assistência social. Assim, a limitação do benefício assistencial
apenas a cidadãos brasileiros conflita diretamente com o texto
constitucional, que expressamente determina uma cobertura mais ampla,
não suscetível de limitação pelo critério da nacionalidade.
Os argumentos bem-lançados pelo INSS não devem assustar a
análise do caso – a questão do impacto migratório -, porque, mais de
perto, durante quase um ano, convivi com isso no Ministério da Justiça.
Dentre o número de estrangeiros existentes no Brasil, residentes
oficialmente, são pouco aqueles que pedem esse benefício. E, mesmo que
nós tenhamos um aumento desse número de estrangeiros, há um filtro do
Poder Público ao conceder a residência permanente no Brasil. Já é um
primeiro filtro. E há – como foi bem salientado pelo Defensor Público-
Geral aqui presente – um segundo filtro, no momento da concessão do
benefício.
Nós não podemos, obviamente, fazer os cálculos em torno de um
milhão de pessoas e, mesmo que assim fosse, o Brasil não pode ser
esquizofrênico em relação ao tratamento de imigrantes. Por que digo isso,
dessa não possibilidade de esquizofrenia? Em setembro do ano passado,
acompanhei o Senhor Presidente da República na abertura da sessão da
ONU e assinamos com os demais países o compromisso internacional do
acolhimento aos refugiados, ou seja, o Brasil se colocou à frente disso. O
Brasil, como foi salientado na ONU, e, também ontem da tribuna, na
América do Sul, é o país que mais acolheu os refugiados.
Não se pode assumir um compromisso de solidariedade
internacional para, a partir do momento em que essas pessoas
estrangeiras ingressam e passam a residir no País, seja-lhes conferido um
tratamento diferenciado dos demais residentes, sejam brasileiros natos,
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Voto - MIN. ALEXANDRE DE MORAES
RE 587970 / SP
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Voto - MIN. ALEXANDRE DE MORAES
RE 587970 / SP
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Supremo Tribunal Federal
Voto - MIN. ALEXANDRE DE MORAES
RE 587970 / SP
Mas vai mais além, depois, no artigo 28, item 2, alíneas "b" e "c", que
obriga os Estados-partes - e o Brasil é um deles:
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Voto - MIN. ALEXANDRE DE MORAES
RE 587970 / SP
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Voto - MIN. ALEXANDRE DE MORAES
RE 587970 / SP
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Supremo Tribunal Federal
Antecipação ao Voto
20/04/2017 PLENÁRIO
ANTECIPAÇÃO AO VOTO
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Supremo Tribunal Federal
Antecipação ao Voto
RE 587970 / SP
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Supremo Tribunal Federal
Voto - MIN. EDSON FACHIN
20/04/2017 PLENÁRIO
VOTO
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Supremo Tribunal Federal
Voto - MIN. EDSON FACHIN
RE 587970 / SP
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Supremo Tribunal Federal
Voto - MIN. EDSON FACHIN
RE 587970 / SP
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Voto - MIN. EDSON FACHIN
RE 587970 / SP
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Voto - MIN. ROSA WEBER
20/04/2017 PLENÁRIO
VOTO
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Supremo Tribunal Federal
Voto - MIN. ROSA WEBER
RE 587970 / SP
eles dobram por todos nós. Esse é o sentido, essa é a metáfora poética do
que se discute neste processo.
Eu nego provimento ao recurso, Senhora Presidente, acompanhando
o eminente Relator.
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Voto - MIN. LUIZ FUX
20/04/2017 PLENÁRIO
VOTO
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Supremo Tribunal Federal
Voto - MIN. LUIZ FUX
RE 587970 / SP
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Voto - MIN. LUIZ FUX
RE 587970 / SP
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Voto - MIN. LUIZ FUX
RE 587970 / SP
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Voto - MIN. LUIZ FUX
RE 587970 / SP
assistência social”.
Esses três ramos são governados por objetivos comuns, dispostos no
artigo 194, p.u., da CF, entre os quais se destacam a universalidade da
cobertura, relativamente aos riscos sociais abarcados pela seguridade, e a
universalidade do atendimento, relativamente aos beneficiários
respectivos. Esses dois vetores são contrabalanceados pela seletividade e
pela distributividade na prestação de benefícios, objetivos também
previstos na norma constitucional. Nesse sentido, considerada a escassez
dos recursos financeiros para abarcar todos os riscos sociais em prol de
todos os indivíduos, deve o legislador selecionar as contingências mais
sensíveis e instituir benefícios que contemplem o maior número de
pessoas possíveis, com preferência aos indivíduos mais vulneráveis
econômica e socialmente.
Por sua vez, cada ramo da seguridade social dispõe de um conjunto
de princípios e de regras próprios. Segundo a CF, a assistência social “será
prestada a quem dela necessitar, independente de contribuição à seguridade
social”.
O artigo 203 da Constituição Federal, por seu turno, dispõe que um
dos objetivos da assistência social é “a garantia de um salário mínimo de
benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não
possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua
família, conforme dispuser a lei”. Trata-se do benefício assistencial de
prestação continuada (LOAS), posteriormente regulamentado pela Lei n.
8.742/93.
Perceba-se que o texto constitucional, tanto na exposição dos
objetivos da seguridade social, como na indicação dos princípios
específicos da assistência social, não estabeleceu qualquer diferenciação
entre brasileiros e estrangeiros. Pelo contrário, a seleção vocabular
adotada pelo constituinte é absolutamente genérica e ampla (“a quem
dela necessitar”, “pessoa portadora de deficiência”, “idoso” etc), o que
reforça a hipótese de que não se pretendeu, ao menos nesse ponto,
destinar o acesso dos mecanismos de assistência social apenas aos
cidadãos brasileiros.
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Voto - MIN. LUIZ FUX
RE 587970 / SP
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Supremo Tribunal Federal
Voto - MIN. LUIZ FUX
RE 587970 / SP
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Supremo Tribunal Federal
Voto - MIN. LUIZ FUX
RE 587970 / SP
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Voto - MIN. LUIZ FUX
RE 587970 / SP
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Supremo Tribunal Federal
Voto - MIN. LUIZ FUX
RE 587970 / SP
Texto original:
“First, and most abstractly, it ensures to the extent consistent with orderly
governmental administration that important choices of social policy are made by
Congress, the branch of our Government most responsive to the popular will. See
Arizona v. California,373 U. S. 546373 U. S. 546, 373 U. S. 626373 U. S. 626
(1963) (Harlan, J., dissenting in part); United States v. Robel, 389 U. S.
258389 U. S. 258, 389 U. S. 276389 U. S. 276 (1967) (BRENNAN, J.,
concurring in result). Second, the doctrine guarantees that, to the extent
Congress finds it necessary to delegate authority, it provides the recipient of that
authority with an "intelligible principle" to guide the exercise of the delegated
discretion. See J. W. Hampton & Co. v. United States, 276 U.S. at 276 U. S.
409276 U. S. 409; Panama Refining Co. v. Ryan, 293 U.S. at 293 U. S. 430293
U. S. 430. Third, and derivative of the second, the doctrine ensures that courts
charged with reviewing the exercise of delegated legislative discretion will be able
to test that exercise against ascertainable standards. See Arizona v. California,
supra at 373 U. S. 626373 U. S. 626 (Harlan, J., dissenting in part)”.
10
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Voto - MIN. LUIZ FUX
RE 587970 / SP
11
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Voto - MIN. LUIZ FUX
RE 587970 / SP
12
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Voto - MIN. LUIZ FUX
RE 587970 / SP
13
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Supremo Tribunal Federal
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
20/04/2017 PLENÁRIO
VOTO
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Supremo Tribunal Federal
Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
20/04/2017 PLENÁRIO
VOTO
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Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
RE 587970 / SP
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Supremo Tribunal Federal
Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
RE 587970 / SP
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Supremo Tribunal Federal
Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
RE 587970 / SP
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Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
20/04/2017 PLENÁRIO
VOTO
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (PRESIDENTE) -
Também faço as mesmas homenagens tàs sustentações orais que foram
apresentadas pelos Senhores Advogados.
E não tenho nenhuma dúvida, acho que todos nós, quando falamos e
nos contrapomos, claro, ao decidir argumentos que são apresentados,
sabemos da dificuldade tanto maior dos representantes da tese
defendida, que realmente era de enorme dificuldade, tendo em vista que
neste caso se patenteia a agressão ao princípio da dignidade humana, até
porque, primeiro, como foi lembrado em vários votos aqui, mais do que
nunca, estamos vivendo o que não achei que viveria, ver os novos
degredados filhos de Eva pelo mundo, sem ter onde parar e sem ter um
acolhimento mínimo. Então, nós, um povo sempre aberto a todos, muito
mais em condições como essas, não poderíamos nos negar a ter um olhar
muito especial em relação a essa situação, claro, sempre dentro do
Direito.
Em segundo lugar, porque este é um caso em que um ponto da
Constituição, ao falar da dignidade da pessoa humana, e relevada no
artigo 203, é enfatizado: a cada um segundo a sua necessidade. Isto é
justiça. Aqui não é a cada um o que é devido juridicamente no sentido só
de regra, mas de dar concretude ao Princípio da Dignidade Humana de
respeitá-lo em sua inteireza. Neste ponto, a ideia de justiça, densificada e
tornada concreta por normas constitucionais que põem exatamente o que
uma determinada sociedade, no marco civilizatório de dignificação da
pessoa humana, expõe-se como uma de suas vertentes.
O Ministro Marco Aurélio lembrou John Donne, enfatizado pela
Ministra Rosa Weber, neste caso também, enaltecida ontem pelo
Procurador-geral em sua sustentação oral, a questão da igualdade, que,
neste caso, mostra-se porqie haveria uma desigualação sem fundamento
constitucional. E lembraria a Ministra Rosa um outro autor tão caro, que
nos deixou há pouco tempo, Ferreira Gullar, que dizia que somos todos
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Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
RE 587970 / SP
iguais, não por causa do sangue que no corpo tomamos, o que é o mesmo
é o modo como derramamos. E isso é o que nos faz iguais, muito mais no
momento de vulnerabilidade, como esses previstos no artigo 203 da
Constituição, que faz com essa igualação nos dignifique a todos em
situações absolutamente iguais.
Também acho que é constitucionalmente de justiça, e nos termos do
Direito brasileiro isto está posto, a necessidade de se respeitarem as
regras constitucionais postas e que, neste caso, estariam sendo
desrespeitadas, se fosse acolhida a pretensão e a argumentação do INSS,
pelo que estou acompanhando o voto do Ministro-Relator, negando
provimento ao recurso.
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Supremo Tribunal Federal
Observação
20/04/2017 PLENÁRIO
OBSERVAÇÃO
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Observação
RE 587970 / SP
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Extrato de Ata - 20/04/2017
PLENÁRIO
EXTRATO DE ATA
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