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CONFLITOS NO ORIENTE MÉDIO

GEOPOLÍTICA – PROF. DJALMA ROMES


VISÃO – CURSOS E TERCEIROS ANOS

Oriente Médio pode também ser denominado de Ásia Menor, Ásia Ocidental e
ainda de Oriente Próximo. O Oriente Médio está localizado na Ásia, o maior continente
e o mais populoso. Ele é formado pela parte asiática do Egito - país predominantemente
africano, países da península arábica - Israel, Jordânia, Síria, Líbano, Iraque, Irã; Chipre
- país insular, que ocupa grande parte de uma ilha no Mediterrâneo, e pela Turquia –
que embora possuindo uma parte de seu território na Europa, é também considerado um
país asiático.

Legenda : 1 - Tel Aviv, 2 – Beirute, 3 – Damasco, 4 – Amã, 5 – Cairo.

FONTE: IBGE. "Atlas Geográfico Escolar". Rio de Janeiro: IBGE, 2002. p. 55. (Adaptado)

A região pode ser considerada extremamente estratégica, em virtude da sua


localização geográfica, e ainda, pela existência das maiores jazidas de petróleo do
mundo. Esta região é um ponto de convergência das três grandes religiões da atualidade:
cristianismo, judaísmo e islamismo, e, é marcada por conflitos políticos e religiosos que
só podem ser compreendidos à luz da realidade histórica e geográfica.
Localizado na confluência de três continentes, formando um verdadeiro eixo
entre a Europa, Ásia e África. O estreito de Bósforo, o canal de Suez e o estreito de
Ormuz são alguns dos pontos de conflito dessa região.

Estreito de Bósforo

É uma passagem estratégica da Ásia para a Europa e entre o Mar Negro e o Mar
Egeu localizado na Turquia, na cidade de Istambul. O estreito é controlado pela Turquia
desde 1453, por ele passam navios asiáticos em direção a Europa, favorecendo o
comércio na região.

Canal de Suez
O canal Localiza-se no Egito e liga o Mar Vermelho ao Mar Mediterrâneo,
diminuindo a distância entre a Europa e o litoral sul da Ásia. Antes de sua construção,
os navios que faziam a rota entre a Europa e a Ásia, circundavam a África e
contornavam o Cabo da Boa Esperança para atingir o Oceano Índico e o Pacífico.
O canal foi construído no século passado entre os anos 1859-1869 por um
consórcio franco-egípcio e, posteriormente passou ao domínio inglês. Em 1956, foi
nacionalizado pelo Egito, episódio que ficou conhecido como a crise de suez.
Em 1967 foi fechado, por impedir a passagem de navios israelenses,
contrariando determinações mundiais de que Suez deve servir a embarcações de todos
os países sem discriminação, em tempos de guerra ou de paz.
Como reação, Israel invadiu a Península do Sinai, apoiado por tropas francesas e
inglesas. O canal foi reaberto em 1975.
O Canal de Suez é o mais extenso do mundo para navios de grande porte, com
uma extensão de 163 mil metros.

Estreito de Ormuz

Esse estreito é por onde passa a maior quantidade de petróleo que sai do Golfo
Pérsico. Os Emirados Árabes Unidos travam uma disputa territorial com Irã pela posse
do Estreito de Ormuz.

Evolução histórica

A faixa norte do continente africano, geralmente, é considerada como parte do


Oriente Médio por apresentar características comuns, no contexto sócio-cultural e
religioso. Ao todo são 16 países que ocupam um território de cerca de 7 milhões de
quilômetros quadrados, e com uma população relativamente pequena, apenas cerca de
200 milhões de habitantes. Apresenta uma grande diversidade no quadro natural e em
suas populações. A maioria é constituída por povos de origem árabe, mas possui judeus,
turcos, curdos , gregos e palestinos.
Embora o Oriente Médio fosse controlado pelo Império Turco-otomano até o
final da primeira Guerra Mundial, a Inglaterra mantinha um intercâmbio comercial.
Impôs seu domínio sobre toda a faixa litorânea da península Arábica, sem se descuidar
dos pontos críticos da rota terrestre para a Índia, importante colônia inglesa.
Com o fim do Império Otomano, os territórios sob seu domínio foram
fragmentados. A Palestina que foi conquistada em 1516 pelos turcos-otomanos, foi
conquistada em 1917 pela Inglaterra até a formação do Estado de Israel em 1948. A
Siria – nome anteriormente aplicado ao conjunto da área da Siria atual, Israel-Palestina,
Libano, Jordânia, e que foi conquista otomana em 1516, tornou-se ocupação britânica
em 1918, Estado árabe-independente entre 1918-1920 e de ocupação francesa em 1921.
Os países: Barein, Iemem Iraque, Kuweit, Omã,Pérsia Catar e a Transjordânia passaram
para o comando da Inglaterra. Creta foi incorporada à Grécia em 1913 e o Líbano ficou
sob o domínio francês.
A França também tomava posição na região desenvolvendo um comércio no
Egito, Siria e Líbano. Enquanto isso, a Inglaterra se expandia principalmente no Iraque
e na Pérsia – atual Irã. Sua penetração defrontou-se com os interesses do império russo
em expansão. A rivalidade anglo-russa na Pérsia, acirrada com as descobertas de
petróleo em 1901, levou à assinatura de um tratado que estabeleceu zonas de influência
ao norte e ao sul e uma faixa neutra intermediária.
Depois da Primeira Guerra Mundial, embora os britânicos transformassem a
Síria num reino independente, a França conseguiu assegurar seu mandato sobre a região,
dividindo-a em duas partes: Síria propriamente dita, com capital em Damasco, e Líbano,
com capital em Beirute.
A Transjordânia – atual Jordânia e a Siria formavam uma unidade político
territorial, até que a França reclamou seus direitos sobre a Síria, em 1921. O Reino
Unido passou a reivindicar seu mandato sobre a Transjordânia - única via de
escoamento para o Mediterrâneo - do petróleo que explorava no Iraque, além de
conservar ininterrupta a rota terrestre para a Índia. Em 22 de março de 1946, a Inglaterra
reconheceu a independência da Transjordânia, reservando-se o direito de manter forças
militares no país, mantendo na prática, sua condição de protetorado.
A Segunda Guerra Mundial não mudou a situação. Ao contrário, em 1945,
lideranças autonomistas criaram a Liga Árabe, reunindo a Argélia, Egito, Arábia
Saudita, Iraque, Jordânia, Iemem, Síria e Líbia. A ONU – Organização das Nações
Unidas, criuo condições em 1947 para o surgimento do Estado de Israel, gerando o que
ficou conhecido até o final do século, como a Questão Palestina.
Somente após 1940, os ingleses e franceses foram afastados do Oriente Médio, o que
legitimou o surgimento dos novos estados. Assim, com exceção de pequenos países da
península Arábica, independentes após 1971, a maior parte dos países do Oriente Médio
obteve sua independência do Reino Unido e da França após a década de 40.
Os anos seguintes reuniram, dividiram os árabes no enfrentamento às potências
capitalistas. Alguns, como o Iraque, aproximaram-se da URSS. Outros, como o Irã,
foram aliados dos norte-americanos por mais de duas décadas. Uniram-se e dividiram-se
para enfrentarem Israel. Outras vezes, os árabes entraram em conflitos entre si. No
entanto, as reservas petrolíferas, estratégicas para o capitalismo internacional, têm
servido para criar um permanente estado de desconforto e conflitos na região. Dividir
árabes ou estimular conflitos entre eles têm sido a principal arma.

Movimento Sionista

Desde que foram forçados pelos romanos a deixar a Palestina, a partir do ano 70
d.C., os judeus se dispersaram pela Europa, África e Rússia. Em muitos locais onde se
estabeleceram, eles foram alvo de preconceitos e maus tratos e reagiram de diferentes
maneiras a esse anti-semitismo.
Parte deles procurou adotar os costumes, as roupas e a língua do lugar em que se
encontravam. Outros tentaram ser aceitos como judeus que eram, com direito iguais aos
dos outros cidadãos do país que os acolhera.
Já os judeus que viviam na Rússia preservaram sua identidade, ficando à
margem da sociedade russa e seguindo rigorosamente o estilo de vida judaico:
mantiveram sua religião (o judaísmo), seus hábitos alimentares (a cozinha kosher), sua
língua (o iídiche), sua tradição e cultura.
Esse isolamento os tornou um povo completamente estranho aos russos. A
estranheza se transformou em aberta hostilidade após o assassinato do czar Alexandre,
em 1881: um dos participantes do crime era judeu. Como resultado, muitos judeus
foram mortos em uma série de ataques sangrentos, que ficaram conhecidos como
pogroms.

Primeiros Sionistas
Temendo os pogroms, muitos judeus começaram a abandonar a Rússia. Só nessa
década de 1880 desembarcaram cerca de 135 mil judeus russos nos Estados Unidos.
Os que permaneceram na Rússia fundaram um movimento conhecido como "Os
amantes de Sion", cujo objetivo era estabelecer grupos de judeus em Sion, antigo nome
judaico de Jerusalém: estavam lançadas assim as sementes do sionismo.
Essa idéias ganhou a simpatia do magnata e nobre francês barão Rothschild, que
patrocinou os sionistas para criarem mais colônias na Palestina. Em 1900, cerca de vinte
delas já haviam sido instaladas.
Nesse período, os sionistas eram liderados por um judeu húngaro, Theodor Herzl, que
publicara em 1896 o livro O Estado judeu, onde defendia a tese de que os judeus
deveria ter seu próprio país a fim de se proteger do anti-semitismo.
Em 1897 Theodor Herzl organizou o Primeiro Congresso Sionista em Basiléia,
na Suíça, no qual foi aprovado a formação de um Estado judeu. Nesse encontro,
sionistas de diversos países decidiram que o Estado judaico seria a Palestina, tida como
a terra original dos judeus. Em 1901 foi criado um Fundo Nacional Judaico visando
adquirir terras palestinas para estabelecer as colônias judaicas.Colonos judeus da
Europa Oriental – onde o anti-semitismo era mais intenso, começaram a se instalar na
região, de população majoritariamente árabe. Em 1909, foi fundado na Palestina o
primeiro Kibutz, fazenda coletiva onde os colonos judeus aplicavam princípios
socialistas. Em 1914 já havia mais de q u a r e n t a delas em solo palestino.

Raízes do Conflito

O conflito entre árabes e judeus na disputa pela Palestina tem suas raízes na
Antigüidade. A presença judaica na Palestina remonta ao segundo milênio antes de
Cristo. A partir da Diáspora judaica no ano 70 e da expansão islâmica na Palestina em
635, a região foi ocupada pelos árabes.
No início da Idade Média, a Palestina pertencia ao Império Romano e era
habitada, em sua maioria, por cristãos. Somente no século VII, a região foi conquistada
pelos muçulmanos, durante os séculos seguintes, o controle da Palestina oscilou entre
diferentes grupos até a incorporação da região pelo Império Otomano. Este último
começou a se formar no século XII e chegou a ocupar terras na Síria, Egito, Argélia,
Bulgária, Sérvia, partes da Grécia, da Hungria, do Irã e da Arábia, além da Turquia.
No século XIX, a maioria dos judeus concentrava-se no Leste Europeu e
dedicava-se ao comércio e ao empréstimo de dinheiro a juros. Com o desenvolvimento
das burguesias nacionais e da Revolução Industrial, os judeus foram confinados em
guetos e sofreram várias perseguições que resultaram na emigração para a Europa
Ocidental.
Esta situação levou o jornalista judeu Theodor Herzl, em 1896, a criar o
movimento sionista, cujo objetivo era estabelecer um lar judeu na Palestina. Este povo
começou a colonizar o país e, em 1897, fundou a Organização Sionista Mundial.
Depois da 1ª Guerra Mundial, os países europeus, de olho no petróleo e na
posição estratégica da região, passaram a dominar a área. Em 1918, a Inglaterra ficou
responsável pela Palestina. Um ano antes, o ministro das Relações Exteriores da Grã-
Bretanha, Lord Balfour, apoiou a fundação de uma pátria nacional judaica na Palestina.
Isto aconteceu ao mesmo tempo em que os ingleses haviam prometido aos árabes a
independência em troca de apoio para ajudar a expulsar os turcos da região.
Acreditando nas promessas de Balfour, milhares de judeus foram para a
Palestina, compraram terras e se estabeleceram em núcleos cada vez maiores. Neste
período, começaram os choques entre judeus e árabes, que assistiam os judeus
conquistarem boa parte das terras boas para o cultivo.
Os judeus criaram um exército clandestino (Haganah) para proteger suas terras
e, à medida que crescia a emigração judaica para a Palestina, aumentavam os conflitos.
Durante a 2ª Guerra Mundial - em função da perseguição alemã -, a emigração judaica
para a região aumentou vertiginosamente e a tensão chegou a níveis insuportáveis: os
britânicos, na época, tomaram partido dos Aliados e os árabes, do Eixo.
Em 1936, quando os judeus já constituíam 34% da população na Palestina,
estourou a primeira revolta árabe. Bases e instalações inglesas foram atacadas e judeus
foram assassinados. A Inglaterra esmagou a rebelião e armou 14 mil colonos judeus
para que pudessem defender suas colônias.
Pouco tempo depois, a Grã-Bretanha tentou controlar a emigração judaica para a
área e, desta vez, os judeus atacaram os ingleses. Em 1946, o quartel-general dos
britânicos foi dinamitado e 91 pessoas morreram.
Apesar destes ataques, os judeus conseguiram apoio internacional devido ao
Holocausto, que exterminou mais de 6 milhões de judeus. Desde então, os Estados
Unidos passaram a pressionar a Inglaterra para liberar a imigração judaica para a
Palestina.
Em 1948, os ingleses deixaram a administração da região para a Organização
das Nações Unidas que, sob o comando do presidente norte-americano Harry Truman,
determinou a divisão da Palestina em duas metades. Os palestinos, que somavam
1.300.00 habitantes, ficaram com 11.500 km2 e os judeus, que eram 700.000, ficaram
com um território maior (14.500 km2), apesar de serem em número menor.
Os judeus transformaram suas terras áridas em produtivas, já que era uma
sociedade moderna e ligada ao Ocidente, aumentando ainda mais as diferenças
econômicas entre judeus e árabes.
Neste mesmo ano, o líder sionista David Bem Gurion proclamou a criação do
Estado de Israel. Os palestinos reagiram atacando Jerusalém que, segundo a ONU,
deveria ser uma área livre.
Desde então, o Oriente Médio se tornou palco de conflitos entre israelenses e
palestinos. O motivo da guerra está muito além das diferenças religiosas, passa pelo
controle de fronteiras, de terras e pelo domínio de regiões petrolíferas.

Israel

Em 1948, a ONU decretou a criação do Estado de Israel. A mesma resolução


criou também um Estado palestino. Jerusalém seria uma cidade internacional. Os países
árabes e os palestinos não aceitaram as medidas da ONU e iniciaram uma guerra que
durou até janeiro de 1949. Com o conflito, o Estado de Israel ampliou a área de seu
território. O Estado palestino não saiu do papel. Milhares de palestinos foram expulsos
de suas terras e passaram a viver em campos de refugiados em países árabes, em
condições precárias ou então sob a dominação do Estado de Israel. Em poucos anos, a
continuidade das migrações tornou o número de judeus superior ao de palestinos.
Fonte: Ministério das Relações Exteriores (http://www.mre.gov.br/)

Em 1959 palestinos organizaram o grupo guerrilheiro AI Fatah ("reconquista")


dirigido por Iasser Arafat. Junto de outras organizações guerrilheiras, o AI Fatah
desenvolvia ações terroristas contra o Estado de Israel.
Em 1964 foi criada a Organização para a libertação da Palestina (OLP), braço
político dos palestinos. Três anos depois, novo confronto armado, denominado Guerra
dos Seis Dias, opôs árabes e israelenses. Tropas do Egito, Síria e Jordânia organizavam
um ataque a Israel. Com o apoio dos EUA, os israelenses saíram novamente vitoriosos,
incorporando novas áreas ao seu território: a península do Sinai e a faixa de Gaza (do
Egito), a Cisjordânia (da Jordânia) e as colinas de Golã (da Síria). Em 1969, Arafat
tornou-se o líder máximo da OLP.
Em 1973, Egito e Síria desencadearam a Guerra do Yom Kipur, iniciada numa
festa religiosa judaica, o Dia do Perdão. Novamente com auxílio dos EUA, os
israelenses impuseram uma derrota aos países árabes. Uma tímida política de
pacificação da região começou a se desenhar em 1982, com a devolução da península
do Sinai ao Egito.
Em 1993, após anos de sangrentos conflitos entre palestinos e israelenses, um
primeiro acordo de paz foi firmado em Washington pelo primeiro-ministro israelense
Yitzhak Rabin e pelo líder da OLP, Iasser Arafat. Em troca do reconhecimento do
Estado de Israel, os palestinos receberam a Cisjordânia e a faixa de Gaza, onde exercem
soberania política e lançaram as bases para a edificação de seu Estado.
Mais difícil que a edificação do templo de Jerusalém ou dos Estados israelense e
palestino é a construção da paz. Quase um século de conflitos acabou por gerar
preconceitos e rancores de parte a parte. Judeus radicais estabelecidos nas áreas
controladas pela Autoridade Nacional Palestina resistem à pacificação. Em novembro
de 1995, Ytzhak Rabin foi assassinado por um estudante israelense de 25 anos. Grupos
palestinos também radicais, como o Hamas e o Jihad, questionam os acordos com Israel
e promovem ataques terroristas.

Guerra dos Seis Dias - 1967

O conflito armado ente Israel e a frente árabe, formada por Egito, Jordânia, e
Síria, e apoiado pelo Iraque, Kuwait, Arábia Saudita, Argélia e Sudão. Israel, fortemente
armado pelos EUA, com o pretexto de coibir a ação terrorista palestina, ocupa os
territórios do Egito, da Síria e da Jordânia.

Adaptado de www.mw.pro.br/mw/mw.php

O domínio sobre as Colinas de Golan, pertencentes à Síria e sobre a Cisjordânia,


pertencente à Jordânia, pode ser considerado estratégico, uma vez que a disponibilidade
de água nessas regiões, possibilitou os assentamentos agrícolas tornando as fronteiras
israelenses defensáveis.
Outro aspecto importante foi a ocupação de Jerusalém por Israel, cidade sagrada
para judeus, muçulmanos e cristãos, a qual foi proclamada por Israel sua capital,
gerando grande reação no mundo árabe, sendo até hoje um dos pontos mais polêmicos
para se estabelecer a paz na região.

Guerra de Yom Kippur - 1973

Egito e Síria, tentando surpreender Israel, atacaram as tropas israelenses no dia


do feriado judaico do Yom Kippur (dia do perdão), na tentativa de recuperar as áreas
perdidas na Guerra dos Seis Dias. Novamente foram derrotados e, desses territórios,
apenas a península do Sinai foi devolvida ao Egito, em função dos acordos de Camp
David, assinados em 1979 entre o Egito e Israel, com o aval dos USA.

A guerra do Líbano - 1975

O Líbano foi colônia francesa no Oriente Médio e viveu uma grande tensão
durante a guerra fria, tendo uma população de maioria muçulmana e uma minoria cristã,
o país foi invadido nos anos 70 por um grande número de palestinos expulsos da
Jordânia, que se estabeleceram no sul do Líbano. Os palestinos foram apoiados pela
maioria muçulmana e ostilizados pela minoria cristã, gerando confrontos.
Os conflitos Tiveram início em 1975 e ainda não teve fim, caracterizado pela
atuação de grupos fundamentalistas como o Hezbollah, as causas são religião e política.
Na região foi fundada a base da OLP – Organização para Libertação da Palestina, que
acusada de promover atentados terroristas, favoreceu a interferência de Israel no
Líbano, através de ações militares e invasão do território libanês em 1982.
Com a intenção de garantir suas fronteiras destruir bases palestinas instaladas
no sul do Líbano, Israel invade o território libanês provocando sérios problemas do
ponto de vista político e econômico que duram até hoje.

Guerra Irâ x Iraque - 1980/1988

O conflito tem origem na ascensão do aiatolá Khomeini, através da deposição do


Xá Reza Pahlevi, que governou o Irã de 1941 a 1979. O governo de Khomeini instaurou
o fundamentalismo islâmico no Irã como regime, o qual caracteriza-se pelo domínio das
autoridades religiosas sobre o Estado e pela tentativa de impor rigidamente a toda
sociedade os preceitos do islamismo xiita. A revolução islâmica ganhou força e
ultrapassou fronteiras, dando início ao conflito com o Iraque.
A guerra teve início em 1980 e terminou em 1989, com os dois territórios
perdendo do ponto de vista econômico, o objetivo era a expansão da revolução islâmica
para o Iraque liderada pelo líder religioso Aiatolá Ruholah Khomeini, tendo como pano
de fundo a disputa pelo canal de Chat-el-Arab, utilizado para o escoamento petrolífero
da região. O confronto chegou ao fim após a morte de cerca de 300 mil iraquianos e 400
mil iranianos, através de negociações promovidas pela ONU.
A expansão do fundamentalismo islâmico apresenta dois pontos preocupantes
para os interesses dos ocidente no oriente, o primeiro é o apoio de grande parte da
população muçulmana do mundo ao processo revolucionário e o segundo é a oposição
radical dos fundamentalistas à influência econômica e cultural do Ocidente.

Intifada ou “Revolta das Pedras” - 1987

Rebelião palestina nos territórios ocupados por Israel. Jovens munidos de paus e
pedras erguem barricadas de pneus, impedindo a entrada de patrulhas israelenses. Israel
reprime severamente e passa a ser repudiada pela ONU e pela comunidade
internacional.

Guerra do Golfo – 1990/1991

Após o conflito com o Irã, o Iraque exigia a revisão de suas fronteiras e invadiu
o território do Kuwait, dando início ao conflito dos anos 90. Sadam Hussein, que
invadiu o país em função das suas riquezas em jazidas de petróleo, que durou menos de
um mês devido a interferência das forças aliadas que socorreram o Kuwait, colocando
fim ao conflito em fevereiro de 91. Apesar da derrota Hussein se mantém no poder,
gerando uma situação de confronto permanente com o ocidente.
A invasão do Kuwait pelo Iraque levou o CS - Conselho de Segurança da ONU a
exigir a retirada das tropas iraquianas do Kuwait. Automaticamente, o Iraque passou a
conclamar a união do povo árabe contra Israel, já que o Conselho de Segurança havia
determinado em 1967 a retirada de Israel dos territórios ocupados, fato que não ocorreu.
Ao contrário do que ocorreu em 1967, o Conselho de Segurança da ONU
autorizou o uso da força para combater a presença do Iraque no Kuwait, que por sua
vez, respondeu bombardeando Israel com mísseis Scud. Os combates duraram de
fevereiro a março de 1991.
Logo após a Guerra do Golfo, começa a ser alinhavado, sob o comando dos
EUA , um acordo de paz entre Israel e os países árabes. Em outubro de 1991, em Madri,
foi instalada uma conferência de paz para o Oriente Médio, da qual pela primeira vez
participavam representantes de Israel e da Palestina.
Em meio às negociações, em junho de 1992, Ytzhak Rabin vence as eleições em
Israel com base no seguinte princípio: “terra em troca de paz”. Em setembro de 1993,
Israel e a OLP assinaram um acordo de paz em Washington. Tal acordo, além de marcar
o reconhecimento mútuo entre a OLP e Israel, também proporcionou o direito de
autonomia à cidade de Jericó, na Cisjordânia, e à faixa de Gaza.

Invasão do Afeganistão – 1979 e 2002

A ocupação do Afeganistão - em 27/12/1979 - URSS com o objetivo de manter


o regime comunista ali implantado, lutando contra os guerrilheiros do mujadim
(combatentes sagrados). A ocupação terminou em 1989, com uma baixa de 30.000
soldados
A invasão ocasionou um boicote ocidental as olimpiadas e o financiamento de
grupos radicais armados islâmicos pelos EUA. Os Mujahaidin eventualmente
conseguiram forçar a retirada dos soviéticos, no que constitui a mais humilhante derrota
militar soviética e um fator considerável na dissolução do comunismo soviético.
Mais recentemente, no iníco do século XXI, após o 11 de setembro, a invasão foi
realizada pelos EUA, o que representou uma tentativa de capturar o terrorista Osama
Bin Laden. Apesar dos EUA não terem capturado bin Laden, conseguiram destituir o
governo islamista radical dos Taliban. Os líderes Taliban sobrevivem escondidos, e,
com outras facções, mantêm a situação instável no Afeganistão desde 2002, com
ataques terroristas esporádicos e tomada de reféns.

Guerra do Iraque

A invasão do Iraque iniciou-se em Março de 2003, por meio de uma aliança


entre EUA e Reino Unido e outras nações, aliança que ficou conhecida como Coalizão.
Os ataques ocorreram pelo ar inicialmente e, posteriormente foi iniciada a ofenciva por
terra, utilizando o território do Kuwait para iniciar a ofensiva terrestre.
Apesar de alguma resistência por parte dos iraquianos, as forças terrestres da
coligação norte-americana e britânica avançaram bastante até terem um abrandamento
da resistência por falta de provisões. Posteriormente, foi iniciada a ofensiva pelo norte,
área controlada pelos curdos, com a chegada de forças aerotransportadas.
Encontrando menor resistência do que a inicialmente previsto, as tropas norte-
americanas, ocuparam o país e depuseram Saddam Hussein. As forças da Coligação
capturaram Saddam Hussein em dezembro de 2004, dando início ao processo de
transição de poderes à população iraquiana.
O pretexto da ocupação, inicialmente, foi achar as ADM – Armas de Destruição
em Massa, supostamente, o governo iraquiano teria em estoque e que, segundo Bush,
representavam um risco ao seu país, que fora abalado pelos atentados de 11 de setembro
de 2001. O presidente Bush tomou a decisão de invadir o Iraque sem a aprovação do CS
– Conselho de Segurança, mas com o apoio dos chefes de Estado da Espanha, Itália e
Reino Unido.
Depois de 1 ano de ocupação, entretanto, o presidente Bush muda o discurso ao
dizer que a ocupação faz parte da libertação de países e a promoção da Democracia e da
Paz mundial. Em 2004, Saddam foi capturado e mantido preso num local não revelado.
Seus filhos foram mortos numa emboscada na capital iraquiana. Às 6 da manhã, horário
de Bagdad, do dia 30 de dezembro de 2006, foi executado Saddam Husseim, gerando
posições contrárias de várias instituições internacionais, como a Amnistia Internacional,
União Europeia e diversos outros países.
China, França, Alemanha e Rússia opuseram-se à Guerra de 2003, grande parte
da infra-estrutura foi destruída na Guerra de 2003, foram contabilizados cerca de
140000 mortos iraquianos, militares e civis. Em junho de 2004, ocupação terminou
oficialmente e o poder foi transferido para um novo governo liderado pelo primeiro-
ministro Iyad Allawi, embora ainda existam tropas da coalizão ocupando o território
iraquiano.

Islamismo

Nasceu dos ensinamentos do profeta Maomé, entre 570 e 632. A população pré-
islâmica era composta por beduínos que viviam no deserto ou nos dois grandes centros
urbanos Iatreb e de Meca. Ambos situam-se numa rota estratégica de comércio, e Meca
era considerada a cidade sagrada dos beduínos, onde encontrava-se o templo da Caaba,
a qual continha a “Pedra Negra” adorada pelos Árabes. A sociedade beduína era tribal,
onde os conflitos eram freqüentes.
Foi em Meca que Maomé deu início à sua pregação em 620, cujo combate ao politeísmo
era o centro de sua pregação, onde o islamismo sintetiza o monoteísmo absoluto. As
resistências, em Meca, acabaram determinando a sua expulsão da cidade, indo se
refugiar em 622 na cidade de Iatreb, que passou a se chamar Medina (Cidade do
Profeta). Esse ano marca o início do calendário muçulmano (Hégira).
O profeta conseguiu mobilizar os beduínos do deserto, unificando as tribos em
nome de Alá. No ano de 630, Maomé retornou a Meca, com um poderoso exército, e
destruiu os ídolos da Caaba, tornando-se o principal líder político e religioso da Arábia.
A morte do profeta , em 632, acabou determinando a divisão do islamismo em duas
correntes : o Xiismo e o Sunismo. Essa ruptura ocorreu devido a sucessão de Maomé,
visto que o mesmo não deixou claro quem seria seu sucessor. O Xiismo acredita que o
direito de sucessão é hereditário, já o Sunismo defende a instauração de lideranças que
seguem conjunto de normas do direito islâmico, segundo exemplo do profeta,
independente de laços familiares.
O islamismo é a única religião no mundo que alia preceitos políticos,
econômicos e religiosos, o que faz surgir o chamado fundamentalismo islâmico, o
seguidor que coloca a religião acima de qualquer coisa, o fanatismo religioso impera em
grupos fundamentalistas, como: Hamas – palestino, Hezbollah – libanês, Frente
islâmica de salvação – argelina, Irmandade muçulmana – egípcia.

EXERCÍCIOS

01 - (UFPA)
Em relação aos conflitos étnico-nacionais entre árabes e judeus e os impactos sócio-
espaciais decorrentes desses conflitos, é INCORRETO afirmar:

a) O conflito entre árabes e judeus ficou mais evidente a partir da divisão


estabelecida pela ONU em 1947, pois os árabes não aceitaram a partilha do
território e formaram uma coalizão, entrando em confronto com o Estado judeu
por várias vezes. A Guerra dos Seis Dias foi o conflito mais importante, porque
trouxe uma reconfiguração espacial com a ampliação do território israelense e
uma grande limpeza étnica com a expulsão de milhares de palestinos em direção
aos países vizinhos.
b) A superioridade do Estado judeu está relacionada a uma maior coesão político-
cultural das colônias judaicas espalhadas pelo mundo e ao apoio das potências
ocidentais, principalmente os EUA, que, além de prestarem ajuda financeira a
Israel, ainda vetaram no Conselho de Segurança da ONU a aprovação de
resoluções condenando esse Estado.
c) A criação do Estado palestino esbarra na descontinuidade territorial, pois, apesar
da devolução da Faixa de Gaza à autoridade nacional palestina, grande parte da
Cisjordânia continua nas mãos de Israel e a construção do muro que separa as
cidades palestinas das colônias judaicas deverá dificultar a devolução integral
desse território aos árabe-palestinos.
d) A disputa entre árabes e judeus envolve o controle de recursos naturais
importantes, como as reservas hídricas do rio Jordão, na medida em que este
curso d’água nasce nas colinas de Golã e corre em direção à Cisjordânia, dois
territórios que continuam nas mãos de Israel desde a Guerra dos Seis Dias, em
1967.
e) O apoio das grandes potências a Israel gerou um sentimento anti-ocidental no
mundo árabe, o que tem legitimado a expansão do terrorismo em escala global,
por meio de grupos fundamentalistas islâmicos, como o Hezbolah e o Hamas,
que recebem, ambos, o apoio formal de várias potências ocidentais.

02 - (UFPR)
As fontes de petróleo, que constituem a mola-mestra do modelo de desenvolvimento
mundial, estão concentradas em algumas regiões da Terra, conforme mostra a figura
abaixo.
(Adaptado de SBPC/Labjor. Petróleo. Disponível
em http:// www.comciencia.br>).

Sobre o tema, considere as seguintes afirmativas:

1. As multinacionais, marcadamente as megaempresas ligadas ao setor energético,


além da atuação econômica, desempenham uma função geopolítica que se
reflete nas relações entre os Estados nacionais.
2. O agravamento das crises entre países da OPEP e as discussões sobre o efeito
estufa, relacionado ao uso de combustíveis fósseis, estão provocando o
abandono da prospecção e produção de petróleo, dando lugar ao caminho mais
limpo dos biocombustíveis.
3. A guerra entre o Irã e o Iraque (na década de 80 do século XX) teve como uma
de suas causas o domínio de áreas petrolíferas.
4. Os países que bordejam o Mar Cáspio são considerados como áreas promissoras
de exploração do petróleo, o que explica, em parte, eventos recentes, como a
invasão da Ossétia do Sul pela Geórgia, e da Geórgia pela Rússia, apesar de
terem sido apresentadas justificativas de natureza étnica.
Assinale a alternativa correta.

a) Somente as afirmativas 1 e 4 são verdadeiras.


b) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras.
e) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.

03 - (UFRN)
Observe o mapa a seguir, que representa uma área do Oriente Médio, onde ocorrem
grandes tensões geopolíticas.

MAGNOLI, Demétrio; ARAÚJO, Regina.


Projeto de Ensino de Geografia:
natureza, tecnologias e sociedade. São
Paulo: Moderna, 2000. p. 277. [Adaptado]

As áreas destacadas no mapa correspondem à

a) Cisjordânia e à Península do Sinai, territórios devolvidos aos palestinos após a


Guerra do Canal de Suez, em 1956.
b) Faixa de Gaza e às Colinas de Golã, territórios anexados ao Estado de Israel
após a Guerra da Partilha, em 1948.
c) Cisjordânia e à Faixa de Gaza, territórios anexados ao Estado de Israel após a
Guerra dos Seis Dias, em 1967.
d) Península do Sinai e às Colinas de Golã, territórios devolvidos aos palestinos
após a Guerra do Yom Kippur, em 1973.

04 - (FGV)
Diversos conflitos que ocorrem no Oriente Médio envolvem povos que se
distinguem, ora pela religião, ora por nacionalidades ou por aspectos culturais.
Ainda que os povos se mobilizem pelos territórios, é possível identificar algumas
áreas core, ou seja, em que se concentram. Observe o mapa abaixo e assinale a
alternativa que expresse corretamente a relação entre povo e seu território core.

a) 1-Palestinos e Judeus, 2-Curdos, 3-Xiitas, 4-Turcos, 5-Sunitas


b) 1-Palestinos e Judeus, 2-Xiitas, 3-Curdos, 4-Sunitas, 5-Turcos
c) 1-Judeus, 2-Palestinos, 3-Xiitas, 4-Curdos e Turcos, 5-Sunitas
d) 1-Maronitas e Judeus, 2-Xiitas, 3-Curdos, 4-Sunitas, 5-Turcos
e) 1-Palestinos e Judeus, 2-Sunitas, 3-Xiitas, 4- Curdos, 5-Turcos

05 - (FGV)
A religião muçulmana e a civilização islâmica surgiram na península Arábica no
século VII e propagaram-se rapidamente pelo Oriente Médio e norte da África. A
esse respeito é correto afirmar que:

a) a divisão entre xiitas e sunitas ocorreu ainda no século VII, devido à suspeita do
envolvimento do califa Ali no assassinato de seu antecessor Otmã, o que
representou o primeiro grande conflito interno muçulmano.
b) apesar das influências judaicas e cristãs, a religião muçulmana diferenciou-se
pelo seu monoteísmo flexível, que permitiu o culto animista e a aceitação
de entidades míticas.
c) apesar de assentado na religião, o Islão estabeleceu, desde o século VII, a
separação entre os poderes religiosos e laicos, permitindo o seu acentuado
desenvolvimento científico e cultural.
d) o Corão, o livro sagrado da religião muçulmana, é a compilação das revelações
divinas feitas a diversos profetas e dos relatos da vida de Maomé escritos por
seus seguidores.
e) em virtude do seu acirrado dogmatismo religioso, a cultura islâmica manteve-se
completamente imune a influências culturais em seu processo de expansão, nos
séculos VII e VIII.

06 - (UFCG PB)
Observe e analise as figuras abaixo:

As figuras são ilustrativas do conflito pelo controle de um dos mais importantes


recursos naturais para a economia mundial.
Trata-se do (da):

a) Conflito entre os curdos e os muçulmanos xiitas pelo controle das águas dos rios
Tigre e Eufrates no Iraque.
b) Invasão do Iraque pelos EUA e aliados, cujo objetivo é assegurar ao “Tio San” o
controle sobre uma das mais importantes jazidas petrolíferas do Oriente Médio.
c) Guerra civil entre os muçulmanos xiitas e sunitas pelo controle das jazidas de
petróleo no Iraque.
d) Conflito entre os EUA (e aliados) e o Iraque pelo controle das águas dos rios
Tigre e Eufrates.
e) Guerra civil entre os muçulmanos xiitas e sunitas pelo controle das terras férteis
e úmidas dos vales dos rios Tigre e Eufrates no Iraque.

07 - (UFCG PB)
A reestruturação do capitalismo associado à revolução da tecnologia e da
informação vem desenraizando e desterritorializando a(s) sociedade(s) pelas
tendências conflitantes da globalização. Esse fenômeno surge devido às novas
formas de organização sócio-espacial e é identificado pelo avanço de expressões
poderosas de identidades coletivas, que ora manifestam movimentos de tendência
ativa, voltados a transformações das relações humanas em seu nível mais básico,
como o feminismo e o ambientalismo, ora incluem, também, ampla gama de
movimentos reativos que cavam trincheiras de resistência em defesa de Deus, da
nação, da etnia, da família, da região, enfim, das categorias fundamentais da
existência humana milenar, que no momento se encontra ameaçada pelo ataque
combinado e contraditório das forças tecnoeconômicas e movimentos sociais
transformadores.
(Adaptado de CASTELLS, M. O poder da identidade.
São Paulo: Editora Paz e Terra, 2006).

Com base no texto acima relacione as colunas:

1. Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia - FARCS


2. Fundamentalismo cristão norteamericano
3. Zapatistas
4. Al Qaeda
5. Fundamentalismo Islâmico

( ) Movimento reacionário à ameaça da globalização e à crise do patriarcalismo.


Obedece a regras religiosas seculares e tem como fundamentos civilizatórios a
sublimação sexual, a ética religiosa no trabalho e na produtividade econômica,
assim como, repudia a ameaça de feministas e de homossexuais.
( ) Movimento que impõe o terrorismo internacional. Tem ramificações mundiais
com muitos recursos financeiros e destacada atuação na Tchetchênia, Birmânia,
Eritréia, Uzbequistão, Argélia e Bósnia. Seu núcleo é formado por ex–
mujahedines, os combatentes que lutaram na "guerra santa" contra a ocupação
soviética no Afeganistão de 1979 até 1989, o grupo egípcio Al-Jihad e outros
grupos islâmicos.
( ) Movimento político-religioso expansivo de reconstrução de suas identidades em
múltiplos territórios, contextos sociais e institucionais distintos, do qual são
exemplos Irã, Egito, Argélia, Tunísia, Sudão, Bangladesh, Indonésia, Arábia
Saudita.
( ) Movimento que nasceu contra o regime autocrático de Porfirio Díaz e que
encadeou a Revolução Mexicana em 1910. Ficou mais visível ao mundo a partir
de 1 de janeiro de 1994 quando se mostraram para além das montanhas de
Chiapas com capuzes pretos e armas nas mãos dizendo Ya Basta! (Já Basta!)
contra o NAFTA (acordo de livre comércio entre México, Estados Unidos e
Canadá) criado na mesma data.
( ) Movimento de inspiração comunista, autoproclamado guerrilha revolucionária
marxista-leninista, que opera mediante uso de métodos terroristas e de táticas de
guerrilha. Lutam pela implantação do socialismo na Colômbia. A organização
manteve seis anos sob seqüestro a ex-candidata presidencial do país Ingrid
Betancourt.

A seqüência correta é:

a) 4, 5, 2, 1 e 3.
b) 4, 2, 1, 3 e 5.
c) 2, 4, 5, 3 e 1.
d) 5, 4, 2, 3 e 1.
e) 2, 5, 4, 1 e 3.

08 - (UFPel RS)
Observe a figura a seguir.

Refugiados palestinos no RS.

Zero Hora, 21 out, 2007.

Nem as mais de 35 horas de viagem, nem o céu nebuloso de Porto Alegre. Nada
tirou o sorriso de satisfação do rosto dos 10 refugiados palestinos que chegaram
ontem à tarde ao Rio Grande do Sul.
Zero Hora, 22 set 2007.

Com relação ao problema dos refugiados palestinos, leia as afirmativas a seguir.


I. Muitos dos refugiados palestinos são fugitivos do conflito no Oriente Médio,
que já haviam sido recebidos no Iraque nos anos 80, durante o governo de
Sadam Hussein.
II. Como resultado da divisão da Palestina pela ONU e da criação de Israel, em
1948, milhares de palestinos foram retirados de suas casas e propriedades e se
tornaram refugiados principalmente em Gaza, Cisjordânia e países árabes.
III. Com a queda do regime de Sadam Hussein, após o ataque americano em 2003,
os palestinos que viviam no Iraque passaram a ser alvo das milícias xiitas, que
os consideravam próximos do governo deposto.
IV. O estado palestino, criado pelo Acordo de Oslo, em 1993, tem sua implantação
fiscalizada pela ANP (Autoridade Nacional Palestina), com a ajuda financeira
dos Estados Unidos da América, da União Européia e dos principais grupos
palestinos: o Fatah e o Hamas.

Estão corretas apenas


a) I e II.
b) II e IV.
c) I, III e IV.
d) I, II e III.
e) III e IV.
f) I.R.

09 - (UECE)
Localizado no sudoeste do continente asiático, o Oriente Médio é um território
limitado pelos mares Negro, Mediterrâneo e Vermelho, pelo Golfo Pérsico e pelo
Mar Arábico, no Oceano Índico. Em termos geopolíticos é considerado como um
barril de pólvora devido ao complexo e explosivo clima político, fundamentado por
princípios religiosos que orientam permanentes conflitos.
Sobre o território em questão, assinale o INCORRETO.
a) Nele se concentra a maior riqueza do continente asiático. Localizados no Golfo
Pérsico, os seus lençóis petrolíferos são considerados os maiores do globo
terrestre.
b) A Faixa de Gaza e a Cisjordânia constituem as principais áreas de conflitos entre
árabes e judeus, palcos de sangrentas manifestações travadas entre radicais
islâmicos, bem como, de radicas israelitas que não desejam a formação de um
estado palestino.
c) O fundamentalismo islâmico, cujo ideário é a revogação dos costumes modernos
e a aplicação da lei corânica à vida cotidiana, bem como, uma rejeição completa
ao mundo moderno, galgou o cenário político do Oriente Médio, a partir da
Revolução Xiita iraniana, em 1979.
d) Com exceção do Líbano, onde a maioria da população segue o judaísmo, os
demais países do Oriente Médio professam o islamismo como religião.

10 - (UEG GO)
O Oriente Médio é, atualmente, a região de maior instabilidade política no mundo.
São fatores que historicamente explicam esta turbulência, EXCETO:
a) A criação do Estado de Israel, em 1948.
b) O interesse internacional pelas reservas de petróleo da região.
c) A Revolução Islâmica, no Irã, em 1978.
d) A ausência do Estado laico nos países islâmicos.

11 - (UFLA MG)
Leia o texto abaixo para responder à questão.

“O Estado de Israel, que abriga ao menos 6 milhões de pessoas, é um dos países


mais desenvolvidos do Oriente Médio, a começar pela sua economia: o país é líder
de exportação de diamantes, equipamentos de alta tecnologia, e alimentos, como
frutas e vegetais.
Entretanto, depende da importação de petróleo, alimentos (grãos) e equipamento
militar. Apesar dos recursos naturais limitados, como a falta de água, Israel tem
uma indústria e uma agricultura bastante desenvolvidas.”
Almanaque Abril – Folha On Line – 12/08/2005

As idéias abaixo estão apresentadas no texto, EXCETO:


a) Os recursos naturais de Israel são limitados.
b) A indústria baseia-se fortemente na tecnologia.
c) O elemento “tecnologia” pode ter contribuído significativamente no sentido de
se compensar a falta de recursos naturais.
d) Um dos aspectos que contribui para o desenvolvimento da economia israelense
repousa no forte apoio financeiro norte-americano.

12 - (UEPG PR)
A respeito de fronteiras entre países, formais ou informais, assinale o que for
correto.
01. Normalmente acidentes geográficos como montanhas, lagos e rios, ou, ainda,
linhas como paralelos e meridianos, são usados como fronteiras entre países. A
fronteira mais extensa, não contínua, do mundo se faz entre a Rússia e a China,
que sofre interrupção pela fronteira China-Mongólia.
02. A mais extensa fronteira contínua do mundo se faz entre Estados Unidos e
México, estendendo-se do Atlântico ao Pacífico. Essa grande extensão é que
dificulta o controle de entrada de imigrantes clandestinos de um país para o
outro.
04. Entre os membros da União Européia, as formalidades de fronteiras, como a
apresentação de passaportes, foram totalmente abolidas.
08. Nas fronteiras entre países podem ser criadas barreiras artificiais como zonas
neutras em áreas de conflito, para proteger a população, reduzir tensões ou evitar
a emigração. Dois exemplos de barreiras artificiais são o Muro de Berlim,
derrubado em 1989, e a Barreira de Separação, em construção pelo governo
israelense com o objetivo de impedir militantes palestinos de entrar em Israel.
16. Uma zona desmilitarizada é uma faixa neutra demarcada entre dois países em
guerra, a exemplo da existente entre China e Coréia do Norte.

13 - (UFOP MG)
Sobre as características das atividades produtivas na contemporaneidade, assinale a
alternativa incorreta:
a) O desenvolvimento de novos meios de produção está intrinsecamente ligado ao
avanço do conhecimento científico.
b) As inovações técnicas no processo de produção obrigam os trabalhadores a
buscarem novas capacitações.
c) O aproveitamento dos recursos naturais e de matérias primas é uma ação que
independe do avanço tecnológico.
d) O avanço tecnológico depende da produção de conhecimento e das condições
políticas existentes em cada nação.

14 - (FEI SP)
Em 2005 efetuou-se a retirada dos colonos israelenses da Faixa de Gaza.
Sobre o assunto, é correto afirmar:
a) a devolução do território aos palestinos faz parte dos Planos de Paz, que
prevêem também a retirada dos israelenses de Jerusalém.
b) a Faixa de Gaza originalmente pertencia a Israel, mas o governo deste país
aceitou efetuar a retirada dos israelenses do território em troca da manutenção de
Jerusalém e da retirada dos palestinos da cidade.
c) os religiosos mais radicais foram a favor da retirada, porque acreditam que
aquele território não pertence a Israel.
d) para os israelenses, a retirada foi um passo dado com o objetivo de diminuir os
ataques terroristas palestinos a seu território.
e) palestinos e israelenses conviveram de maneira pacífica na Faixa de Gaza até os
ataques de 11 de setembro, só a partir daí a idéia da retirada foi levantada.

15 - (ESPM SP)
Leia a matéria:
Os confrontos, que já duram vários dias, são o mais recente episódio de violência
em um país marcado por diferenças religiosas e étnicas e por uma história de
conflitos sangrentos. Outro episódio recente foi o conflito militar entre Israel e o
grupo militante Hezbollah, em julho de 2006, que uniu a população durante os mais
de trinta dias de bombardeio contra o país, mas parece ter agravado muito as
tensões internas ...
(www.bbc.com.uk - acesso: 25/08/07)

Indique o país e a justificativa correta em relação ao texto:


a) Iraque, país que concentra hoje vários grupos terroristas.
b) Síria, país que dá suporte logístico ao Hezbollah e que combateu Israel durante a
invasão ao sul do país em 2006.
c) Afeganistão, que após ter destituído o regime Taleban, resistiu aos ataques do
Hezbollah em 2006.
d) Irã, dividido internamente entre xiitas e sunitas e inimigo histórico de Israel.
e) Líbano, país que apresenta uma constituição confessional devido ao emaranhado
religioso.

16 - (UNIFESP SP)
Segundo dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, os
refugiados chegaram a 9,9 milhões em meados de 2007. O país assinalado no mapa
está entre os que mais recebem refugiados no mundo.

(ACNUR, 2007. Adaptado.)

Trata-se
a) da Síria, que abriga refugiados da Palestina e do Líbano.
b) do Paquistão, que abriga refugiados da Índia e da China.
c) do Irã, que abriga refugiados do Iraque e do Afeganistão.
d) do Iraque, que abriga refugiados da Síria e do Afeganistão.
e) da Turquia, que abriga refugiados do Iraque e do Irã.

17 - (UNIOESTE PR)
Como desdobramento do atentado de 11 de Setembro de 2001 contra o World Trade
Center, em Nova Iorque, os EUA invadiram em 2002 o Iraque, sob a justificativa da
necessidade de localizar e destruir armas de destruição em massa. Sobre essa
invasão, é correto afirmar que:
a) A justificativa implícita da invasão é o controle das reservas de petróleo
iraquianas.
b) A motivação única foi o estabelecimento de um Estado democrático no Oriente
Médio, que servisse de exemplo para outros países da região.
c) A invasão foi um sucesso, pois destituiu Saddam Hussein e pacificou as disputas
entre xiitas, sunitas e curdos.
d) Como desdobramento da invasão sobre o Iraque, outros países rivais dos EUA
abandonaram seus projetos militares de armamentos, como a Coréia do Norte e
o Irã.
e) Com a democratização do Iraque, restam apenas duas ditaduras no Oriente
Médio: Irã e Síria.

GABARITO:

1) Gab: E

2) Gab: D

3) Gab: C

4) Gab: E

5) Gab: A

6) Gab: B

7) Gab: C

8) Gab: D

9) Gab: D

10) Gab: D

11) Gab: D

12) Gab: 13

13) Gab: C
14) Gab: D

15) Gab: E

16) Gab: C

17) Gab: A

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