Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
2. TIPOS DE CONSTELAÇÃO:
Constelação Familiar
o Família de Origem;
o Família atual
Constelações Organizacionais:
o Organizações;
o Grupos;
Constelação Estrutural:
o Tetralema;
o Constelação Problema;
o SCORE;
o Trajetória da vida;
o Níveis Neurológicos;
Constelação Sistêmica.
Corpo – energia:
o Órgãos;
o Meridianos;
o Chacras.
1
Milton Menezes
2
Milton Menezes
4. APLICAÇÕES:
1. FAMÍLIA
2. ESTRUTURAS INTERNAS
3. DIMENSÕES DA VIDA
4. CONFLITOS/DÚVIDAS/IMPASSES
5. ALINHAMENTO
6. GRUPOS
7. ORGANIZAÇÕES
8. NEGÓCIOS
9. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO;
3
Milton Menezes
4
Milton Menezes
5
Milton Menezes
o Ordem: Parece que todo Sistema tem uma Ordem, mais ou menos
oculta, dependendo do tipo de Sistema, que orienta a melhor
movimentação, relacionamento e aproveitamento de cada Elemento.
Dar e Receber;
Pertencimento;
Padrões Assumidos;
Integridade;
Equilíbrio;
Projeções;
6
Milton Menezes
Bibliografia:
i. Pessoas de relação;
c. Informações Antecedentes:
i. Morte (prematura);
7
Milton Menezes
3. Perceber e Perguntar:
4. Trabalho Estrutural:
5. Trabalho de Processo:
b. Reconhecimento, o que é;
8
Milton Menezes
i. Familiar;
i. Perdas;
ii. Crises;
9
Milton Menezes
3. Perceber e Perguntar:
4. Trabalho Estrutural:
5. Trabalho de Processo:
b. Reconhecimento: o que é;
10
Milton Menezes
Entrevista Inicial:
Uma das maiores dificuldades que observamos nos alunos dos Cursos de
Constelação é da mudança de postura que o Facilitador da Constelação deve
assumir em relação a outros tipos de Entrevistas. Como muitos alunos já tem
experiências em outras formas de atendimento e que têm objetivos
específicos, pode-se correr o risco de realizarmos uma Entrevista que não
favoreça o Mapeamento do sistema e dos Fatores para a Constelação que
desejamos.
11
Milton Menezes
12
Milton Menezes
LEMBRE-SE: O SISTEMA FOCADO TEM UMA ALMA, ELE TEM FORMAS DE DIZER O QUE
ESTÁ ACONTECENDO E O QUE ELE PRECISA. É PRECISO ESTAR ABERTO AO NOVO, AO
INUSITADO, AO INESPERADO, AO QUE ESTÁ “FORA DA CAIXA”. É PRECISO SABER
OUVIR O SISTEMA. A ESCOLHA DOS FATORES GARANTE UM MELHOR NÍVEL E
QUALIDADE DE COMUNICAÇÃO COM O SISTEMA. MAS É ELE QUEM FALA... NÓS
OUVIMOS. SÓ DEPOIS ATUAMOS.
13
Milton Menezes
c. Utilize a regra de ouro para definir o número de Fatores que vai utilizar
na Constelação: 7 + ou – 2, ou seja, entre 5 e 9 Fatores é o número
médio, necessário para um trabalho de Constelação Sistêmica;
Para identificar o Problema ou Questão trazida pelo seu cliente, fazendo com
que fique mais potente o trabalho da Constelação você deve observar algumas
regras básicas:
14
Milton Menezes
15
Milton Menezes
16
Milton Menezes
Consiste em:
17
Milton Menezes
18
Milton Menezes
19
Milton Menezes
20
Milton Menezes
21
Milton Menezes
22
Milton Menezes
8. TRABALHO ESTRUTURAL:
c. Se você fosse seguir o impulso do seu corpo, o que parece que ele quer
fazer? Mudar de posição? Se aproximar/ afastar do quê?
2. Mudar a Posição:
Algumas vezes os Fatores ou o próprio Facilitador percebe que é preciso fazer uma
mudança de posição em algum Fator. Existem duas possibilidades para esta
Intervenção: pedir para que todos façam algum movimento que tem vontade de fazer
(ao mesmo tempo) ou pedir para que o mais incomodado faça um primeiro
movimento e acompanhar as reações desencadeadas. Evidentemente, o segundo
método requer mais tempo e é mais detalhado.
Também pode ser apenas uma mudança de: direção do olhar, distância, postura
(sentado, deitado, em pé).
23
Milton Menezes
Papéis;
Responsabilidades;
Expectativas;
Sentimentos;
24
Milton Menezes
iii. “Este segredo fez com que você ficasse sobrecarregado com a
culpa e a responsabilidade de seus pais. Agora você sabe que
existia um segredo”.
a. Quando percebemos que algo precisa ser retirado ou que precisa ser
dispensado da dinâmica, devemos proceder a um certo “ritual” para
que haja uma valorização sincera da participação anterior no sistema do
Fator que será dispensado. Não se trata de acharmos um ponto positivo
na colaboração real (de um funcionário, um ex-companheiro, etc.) mas
o reconhecimento de que havia um valor, mesmo que não precisemos
identifica-lo. Atende ao Princípio de pertencimento.
25
Milton Menezes
Testes:
Uma das formas de contornarmos as situações onde não sabemos ao certo o que
fazer é reconhecer a “Sabedoria” do sistema e realizar Testes para checar as
modificações e suas hipóteses como Facilitador.
Para isso temos que observar e checar se as posições que vamos promovendo ou
“tentando” atendem a alguns requisitos:
26
Milton Menezes
Algumas vezes, a solução de uma Constelação passa por encontrarmos uma estrutura
de posições que garanta um estímulo para que a energia flua de forma alinhada e
progressiva, garantindo o desenvolvimento do sistema.
27
Milton Menezes
É importante identificar se existe alguma posição em que o Fator pode ser colocado
para alcançar objetivos como suporte, confiança, segurança, força, etc. Isto pode ser
conseguido a partir da colocação de um ou mais fatores em uma certa “ordem”.
Posições possíveis:
28
Milton Menezes
29
Milton Menezes
9. TRABALHO DE PROCESSO:
(Bert Hellinger, Insa Sparrer, Varga Von Kebèd, Bern Isert, Milton Menezes)
Estas ações podem ser efetivadas por: diálogos, falas, reverências, Personificações,
Rituais, Pedidos, Entregas, Trocas, etc..
1. PEDIDOS:
Uma das formas de se realizar uma intervenção de Processo é formalizar Pedidos. São
falas que solicitamos a um ou mais Fatores que formalizam um Pedido na relação entre
fatores do Sistema. Esta espécie de ritual promove liberações e alinhamento no fluxo
do Sistema. Exemplos de Pedidos:
i. “Você vai pedir ao seu Pai que reconheça seu irmão como
membro desta família…”
30
Milton Menezes
i. Este é o seu filho abortado... quero que você diga: Meu filho... eu
te reconheço como meu filho e que você tem lugar ao meu lado.
(Exemplo)
ii. (Para o fator Trabalho) Quero que você perceba que existe este
outro fator no sistema que é a Família... sem ela você não
poderia existir... quero que você agradeça à Família pelo fato de
se sacrificar para que você (Trabalho) alcance seus objetivos...
i. Este é o seu filho abortado... quero que você diga: Meu filho... eu
te reconheço como meu filho e que você tem lugar ao meu lado.
(Exemplo)
31
Milton Menezes
i. Eu fico solidário com o que aconteceu com você, mas não na dor
que você sofreu até hoje. Fico solidário e leal à você na
realização de...
32
Milton Menezes
3. RITUAIS:
33
Milton Menezes
iii. Também pode ser feito solicitando ao fator que está identificado
com um outro fator que dê passos “vigorosos” na direção do
outro fator e, quando estiver bem próximo, voltar-se
rapidamente na direção de onde veio e retomar ao ponto inicial.
A ideia da imagem é como se fosse até o outro fator, deixasse o
que é dele com ele e voltasse somente com sua própria
identidade. Os relatos são de um alívio, leveza, mudança de
percepção após esta desidentificação.
34
Milton Menezes
35
Milton Menezes
36
Milton Menezes
ii. Acrescentar o que falta, o que é considerado tabu, o que está fora da
vista: Acrescentar o que falta pode se direcionar para um recurso, um
valor, um rótulo, um preconceito, a inocência, a coragem, etc. Da
mesma forma pode ser algo que está fora da “visão” do sistema mas
que deve ser considerado no sistema.
37
Milton Menezes
38
Milton Menezes
39
Milton Menezes
40
Milton Menezes
Tipo de Sistema;
41
Milton Menezes
Uma das inovações que promovemos no trabalho com constelações Sistêmicas foi o do
Trabalho de Personificação, normalmente utilizado nos processos terapêuticos
regressivos.
Entretanto, algumas vezes, observei que estes relatos tinham estreita relação com o
conteúdo a ser tratado na Constelação ou com algum tipo de caminho de resolução.
Resolvi, experimentar o uso dos recursos do Trabalho Energético com excelentes
resultados para a dinâmica do processo.
42
Milton Menezes
Metodologia:
Usamos este recurso todas as vezes em que o cliente ou representante relata algum
tipo de emoção, sensação, pensamento, impressão, etc. que seja forte, significativa e
conectada com o tema em questão, e que, por algum motivo, permanece no campo
sensorial ou mental da pessoa.
Muitas vezes, destas informações, podemos até promover uma regressão indo
para a origem daquela emoção, sensação, dor, carga, etc.. Outras vezes ao
tomar consciência desta realidade psíquica o cliente ou representante relata
uma modificação desta realidade psíquica atenuando e até mesmo eliminando
a carga e seus efeitos.
43
Milton Menezes
44
Milton Menezes
Nesta alternativa dos Referenciais Físicos, podemos identificar áreas no chão usando
pedaços de papel com alguma identificação (números, letras, símbolos, etc.) para
representar os fatores.
45
Milton Menezes
Também podemos usar cadeiras que “representam” os fatores e o cliente pode sentar-
se em cada uma delas aumentando o “contato” com cada fator e a sua percepção das
sensações que cada fator em separado lhe traz.
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:
Obs. 1: Uma das grandes vantagens do uso dos Referenciais Físicos é que permite uma
movimentação do cliente pelo espaço físico da atividade melhorando a sua
diferenciação das sensações que cada fator apresenta no sistema.
Obs. 2: Para evitar que o cliente, principalmente os mais racionais, interfiram nas suas
percepções com seus pré-conceitos e pré-julgamentos, podemos utilizar um artifício
para bypassar a mente analítica/racional. Podemos, como facilitadores, escolher qual
símbolo representará cada fator sem o conhecimento do cliente. Anotamos este
critério de Correlação para depois, informar ao cliente. O cliente, com isso, passa a
relatar suas sensações e impressões, quando está sobre cada um dos símbolos ou
papéis, sem ter o julgamento racional a influenciá-lo. Além de mais fidedigno, este
processo acaba por oferecer maior impacto e ampliação da percepção por parte do
cliente. Conforme o facilitador for identificando oportuno, vai identificando a
correlação do Fator x Símbolo favorecendo uma reflexão e insights importantes sobre
o sistema e o problema tratado.
46
Milton Menezes
As próprias Redes Sociais (como o Twiter, Facebook, etc.) começam a expressar uma
realidade que parece governar uma outra dimensão, um tipo de substrato sutil na qual
todos os sistemas estão inseridos.
47
Milton Menezes
Mais complexas ainda são as relações entre alguns elementos de sistemas que
parecem ter uma relação dialética, ou seja, enquanto influenciam o sistema também
são influenciados por ele, numa dinâmica difícil de se apropriar pela mente racional.
Então como fazer para pensar e compreender o todo pela análise das partes se temos
tantas dificuldades de relacionar as partes e o resultado do todo?
Levando esta questão para o ambiente corporativo: como levar nosso colaborador a
ter uma percepção do todo, enquanto age no seu subsistema mais imediato? Como
fazer para que consiga Agir Localmente e Pensar Globalmente?
48
Milton Menezes
Isto quer dizer que, em cada estado de consciência, temos a percepção de atuar numa
realidade e temos um senso de identidade diferente, ou seja, nossa percepção de
quem somos é modificada em cada nível destes. Uma das conclusões destas pesquisas
é de que a Consciência humana é um continnum, ou seja, não há limites definidos
entre os níveis que atuam simultaneamente, dependendo da nossa percepção e do
deslocamento de nosso sistema de atenção concentração.
49
Milton Menezes
Essa proposta de psiquismo é que nos faz considerar então a Visão Sistêmica como
uma Competência Essencial, disponível e passível de desenvolvimento. Dependendo
do nível de consciência em que o indivíduo se encontra e da aplicação do método
adequado, poderemos ampliar a consciência desta interligação e desta
interdependência.
d) Otimiza sua atuação para alcançar resultados cada vez mais "ecológicos".
Os estudos dos Princípios e Leis que regem os sistemas humanos e não humanos têm
contribuído de forma significativa para o entendimento e desenvolvimento de nossas
metodologias.
Estes estudos propõem que temos duas formas de abordar a perspectiva de sistemas:
pela análise racional das partes ou pela apreensão do funcionamento do sistema
como um todo, fenômeno único, irredutível às partes.
A Análise racional das partes em sistemas mais elaborados não consegue trazer uma
compreensão efetiva e confiável dos sistemas. A análise das partes nem sempre
oferece esta condição. Tomemos como exemplo um carro. A observação pura e
simples da análise das partes e peças do carro não nos dá a noção clara do sistema
"carro".
50
Milton Menezes
Dois dos princípios que regem os sistemas podem nos dar a noção desta
complexidade. Um deles é o Princípio da Contração, ou seja, os sistemas são
compostos de subsistemas interligados. O outro é o Princípio da Expansão. Ele diz que
os sistemas fazem parte de outros sistemas maiores. Também interligados.
Uma Pessoa pode ser representada por um dos seus sistemas: o Corpo. O Órgãos são
subsistemas assim como os tecidos, as funções psicológicas, o sistema endócrino (que
já é um sistema menor composto de vários elementos: glândulas, hormônios, vias de
condução, etc.).
Como podemos ver, se fizermos recortes diferentes, cada elemento poderá ser
considerado um sistema ou um subsistema, pertencendo a vários sistemas
simultaneamente. Isso nos faz concluir que modificações em um elemento de um
sistema pode afetar uma cadeia imprevisível de efeitos. Um provérbio hindu afirma
que quando movemos uma folha de grama estamos mudando o Universo.
Por estes exemplos, concluímos que a mente analítica, a partir de uma avaliação
racional da rede de relacionamentos é incapaz de compreender todas as interligações
e seus efeitos entre os elementos dos sistemas e entre os sistemas.
51
Milton Menezes
Esta apreensão da perspectiva global do sistema acaba nos dando uma sensibilidade
maior para detectar os efeitos de certas variações permitindo aproximações dos
subsistemas de origem, mesmo sem oferecer os detalhes que somente a avaliação
analítica permite.
Por exemplo, podemos avaliar uma série de sintomas no nosso corpo - azia, enjoo,
dores abdominais - que, em conjunto, podem nos levar a uma conclusão de que as
causas podem estar relacionadas a certos subsistemas, por exemplo no Sistema
Digestivo. Da mesma forma, a perda de desempenho de um carro, pode nos levar a
identificar que os problemas podem estar no sistema de alimentação de combustível
ou no motor.
52
Milton Menezes
Podemos partir de uma analogia entre as relações que temos, como pessoas, com os
demais sistemas em que interagimos. Usamos a metáfora da Árvore e da Floresta.
53
Milton Menezes
Cada vez mais, os gestores são chamados a participar com suas opiniões e pareceres
em decisões que não dizem respeito ao seu departamento ou equipe diretamente. Em
função da sobrecarga de trabalho e de reuniões intermináveis, este processo acaba
sendo prejudicado pois a participação destes gestores fica sendo pró-forma, não
agregando realmente sua perspectiva ou experiência àquele outro sistema.
Uma das formas que temos encontrado de favorecer esta apreensão do todo com um
método viável e prático foi com a criação do Método que chamei de CONSTELAÇÃO
TRANSFORME.CE.
Usando a lógica das Constelações Organizacionais, mas de forma mais dinâmica e feita
sob medida para diversas situações diferentes, este Método permite uma perspectiva
do funcionamento dos sistemas que estão sendo considerados, evidenciando relações
e fatores que não estão disponíveis à avaliação racional. Ou se está, o método tende a
enriquecer a avaliação racional trazendo uma percepção mais sutil dos fatores
implícitos que podem estar gerando os problemas ou que sejam fundamentais na
solução e aperfeiçoamento dos sistemas.
54
Milton Menezes
O que é um SISTEMA?
Conceito
55
Milton Menezes
56
Milton Menezes
e) Fronteiras ou limites: é a linha imaginária que serve para marcar o que está
dentro e o que está fora do sistema. Nem sempre a fronteira de um sistema
existe fisicamente. –fronteiras permeáveis- sobreposições e intercâmbios com
os sistemas do ambiente.
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_geral_de_sistemas)
57
Milton Menezes
HISTÓRICO:
“As pessoas que gozam de excepcional saúde psicológica, tendem a viver aquilo
que chamamos de ‘experiências de pico’: experiências de expansão da
identidade e de união com o universo, breves porém extremamente intensas,
cheias de sentido e júbilo, além de benéficas.”(Walsh & Vaughan, 1997, p. 16).
58
Milton Menezes
A DÉCADA DE 60 E OS ALUCINÓGENOS
efeitos observados, nos EUA, nos soldados que retornaram da guerra do Vietnã, o uso
indiscriminado dos alucinógenos possibilitou aos pesquisadores vasto material de
observação de estados incomuns de consciência. Os hospitais e a própria sociedade
passaram a se preocupar com as conseqüências desse uso indiscriminado no
comportamento do indivíduo em sociedade. As drogas ditas psicodélicas — do grego,
“que alteram a mente” — promovem alterações psíquicas nos indivíduos afetando,
59
Milton Menezes
Diversas culturas pelo mundo, utilizaram plantas capazes de provocar alterações nos
estados mentais habituais, buscando experiências transcendentais (místico-religiosas)
e/ou para despertar potencialidades criadoras.
Nas pesquisas com os alucinógenos, temos que destacar dois nomes como dos mais
importantes: Aldous Huxley e Stanislav Grof. Já em 1954, Aldous Huxley era
considerado um dos maiores nomes da fenomenologia psicológica induzida por
alucinógenos.
Como Grof, inúmeros pesquisadores (Ring, 1978; Assagioli, 1982; Lilly, 1983; Wilber,
1996) passaram a dedicar-se ao estudo de uma nova Cartografia da Mente.
60
Milton Menezes
61
Milton Menezes
Não se trata, como pode parecer a princípio, de uma negação da Psicologia ocidental.
A Psicologia Transpessoal caracteriza-se por um ajuste da Psicologia ocidental ao
paradigma emergente, encontrado nas principais escolas filosóficas orientais.
1
O uso do termo Consciência remete a uma diversidade de conceituações. Na Psicologia
62
Milton Menezes
2
Para maiores detalhes sobre essas pesquisas, o leitor poderá recorrer às obras de WALSH &
63
Milton Menezes
GROF:
Doutor em Medicina e Filosofia, Grof realizou, a partir de 1956, mais de duas mil
sessões psicoterápicas sob efeito do uso controlado do LSD, conduzidas por ele próprio
e mais mil e setecentas conduzidas por seus colaboradores espalhados por vários
pontos do mundo. Grof (1987) afirma que o resultado de suas experiências sugerem a
existência de dimensões da mente humana que a pesquisa psicológica não explorou
satisfatoriamente.
64
Milton Menezes
Depois de algum tempo, Grof deixou de utilizar o LSD passando a desenvolver um novo
método conhecido por Respiração Holotrópica que mistura hiperventilação continuada
e uso de música evocativa de EAC’s. Grof observou que esse método gerava EAC’s
semelhantes aos verificados com o LSD, confirmando os resultados de suas pesquisas
sobre os níveis de consciência:
Grof, obviamente, não nega a relação estreita entre certos aspectos da consciência
com a estrutura física cerebral, exemplificada nos efeitos na consciência provenientes
de lesões, infecções, tumores ou derrames nessa área do organismo. Entretanto, para
Grof, isso não representa necessariamente que a consciência é um subproduto do
cérebro. Grof apresenta, para ratificar seu ponto de vista, uma interessante analogia
com um aparelho de televisão (Grof,1987, p.15; Grof, 1994, p.17).
65
Milton Menezes
Na verdade, ao longo de suas pesquisas, Grof observa que o sistema COEX não governa
apenas o material inconsciente do nível biográfico mas pode ser considerado um
princípio geral de funcionamento do psiquismo, com raízes profundas na experiência
do nascimento biológico do indivíduo e também nos domínios mais profundos da
consciência humana.
EXPERIÊNCIAS TRANSPESSOAIS:
Experiências Perinatais;
Unidade Cósmica;
Engolfamento cósmico;
“Sem-saída” ou inferno;
Conflito Morte-renascimento;
Experiência Morte-renascimento;
Experiências Embrionárias e fetais;
Experiências Ancestrais;
Experiências Coletivas ou raciais;
Experiências Filogenéticas (evolucionárias);
Experiências de “encarnações passadas”;
Precognição, clarividência e “viagens no tempo”.
66
Milton Menezes
67
Milton Menezes
68
Milton Menezes
69
Milton Menezes
VIGÍLIA
PRÉ-CONSCIENTE
REGIÕES
ICS PSICODINÂMICO PESSOAIS DA
ICS TRANSINDIVIDUAL
ANCESTRAL
RACIAL/COLETIVO
REGIÕES
VIDAS PASSADAS TRANSPESSOAIS
ARQUETÍPICAS DA
CONSCIÊNCIA
ICS FILOGENÉTICO
ICS EXTRATERRENO
SUPERCONSCIENTE
VÁCUO / MENTE
70
Milton Menezes
a. Cada um olha o grupo como um todo e lhe dará papéis, funções, a partir de
suas necessidades;
b. A necessidade organiza o grupo;
c. O grupo, como um todo, é o espaço vital, é o lócus onde o comportamento
ocorre.
d. O espaço vital é o universo do psicológico, é o todo da realidade
psicológica, contem a totalidade dos fatos possíveis, capazes de determinar
o comportamento do indivíduo; inclui tudo o que é necessário à
compreensão do comportamento concreto de um ser humano individual
em um dado meio psicológico e em um determinado tempo. O
comportamento é função do espaço vital.
e. Campo é uma noção dinâmica e não estética, daí que é sempre possível
uma permanente comunicação entre os diversos subsistemas (pessoas)
dentro de um campo ou de um espaço vital.
f. Propriedade de Permeabilidade: comunicação interpessoal de inconscientes
ou a reação em cadeia pela qual o grupo entende estranhamento o que
está se passando com cada um de seus membros.
g. O grupo convive o tempo todo com um tríplice processo: o do Indivíduo e
que este percebe como seu próprio, o do Outro membro do Grupo e que o
cliente percebe como não sendo seu, e o que cada um percebe como sendo
um processo do grupo como tal.
h. O terapeuta pode e precisa estar atento a esse tríplice processo como algo
que ocorre no espaço vital grupal, onde tudo pertence a todos. Será sua
capacidade de distinguir, de intuir que o fará perceber a força ou o vetor
presente no campo. Essa força tem: direção, energia e um ponto de
aplicação. Tal fenômeno ocorre dentro do espaço vital.
i. Para Lewin estamos lidando com 3 conceitos básicos: redução de tensão,
satisfação de necessidades e solução de problemas.
71
Milton Menezes
BIBLIOGRAFIA:
Psicologia Transpessoal
GROF, Stanislav & GROF, C. — A Tempestuosa Busca do Ser — São Paulo, Cultrix, 1995.
GROF, Stanislav; BENNETT, Hal Z. - A Mente Holotrópica - Rio de Janeiro, Rocco, 1994
LILLY, John — The Center of the Cyclone — New York, Julian Press, 1983.
F., Caminhos Além do Ego — Uma Visão Transpessoal — São Paulo, Editora Cultrix,
1997.
WALSH, Roger & VAUGHAN, Frances — Caminhos Além do Ego — Uma Visão
72
Milton Menezes
Bibliografia CONSTELAÇÃO:
HELLINGER, Bert - Um Lugar para os Excluídos – Belo Horizonte, Ed. Atman, 2014.
73
Milton Menezes
74
Milton Menezes
Cães que sabem quando seus donos estão chegando em casa, e outros poderes
inexplicáveis de Animais (1999) (Vencedor do Livro do Ano da Rede britânica Scientific
and Medical)
O sentido de estar sendo observado, e outros aspectos da mente estendida (2003)
75
Milton Menezes
“Então, quando me juntei aos filósofos da Epifania, o aspecto cristão não me interessa
muito. Mas eu estava interessada na exploração de novas idéias na teoria quântica,
filosofia da ciência, a parapsicologia, medicina alternativa, e da filosofia holística da
natureza. Estes foram alguns dos temas que estavam discutindo na década de
sessenta.”
“Eu estava começando a explorar a tradição holística na biologia, que é uma tradição
minoritária, mas está sempre lá. Eu comecei a formular a idéia de ressonância mórfica,
a base da memória na natureza, a principal coisa que eu venho trabalhando desde
então. A idéia veio a mim em um momento de introspecção e foi extremamente
emocionante.”
“A razão principal para assumir o cargo em Hyderabad era que eu queria ser na Índia.
Eu já tinha se interessado na filosofia indiana e começou a fazer meditação
transcendental. Eu fui atraído para as tradições hindus. Então eu fui para a Índia, viveu
lá, e trabalhou na pesquisa agrícola. Eu adorava estar na Índia.”
“Quando eu conheci Bede Griffiths, ele fez a ponte entre o cristão e as tradições
orientais muito mais fácil para eu atravessar. Eu fui e livedin seu ashram por um ano e
meio, e então eu escrevi o meu primeiro livro, A Nova Ciência da Vida, que eu a ele
dedicado.”
76
Milton Menezes
Campos Morfogenéticos
Essa história (fictícia) exemplifica uma teoria criada pelo fisiologista inglês Rupert
Sheldrake, denominada teoria dos campos morfogenéticos. Segundo o cientista, os
campos mórfogenéticos são estruturas invisíveis que se estendem no espaço-tempo
e moldam a forma e o comportamento de todos os sistemas do mundo material.
Todo átomo, molécula, célula ou organismo que existe gera um campo organizador
invisível, ainda não detectável por qualquer instrumento, que afeta todas as unidades
desse tipo. Assim, sempre que um membro de uma espécie aprende um
comportamento, e esse comportamento é repetido um número de vezes suficiente, o
tal campo (molde) é modificado e a modificação afeta a espécie por inteiro, mesmo
que não haja formas convencionais de contato entre seus membros. Isso explica
porque, no exemplo, todos os macacos do arquipélago de repente começaram a lavar
suas raízes, sem que houvesse comunicação entre as ilhas.
Mas outros exemplos na natureza - desta vez verdadeiros - ilustram bem uma
organização invisível no comportamento dos animais. Pegue um gato, por exemplo.
Separe-o do convívio com outros gatos poucos dias após o nascimento (algo
77
Milton Menezes
A ciência dá um valor muito alto aos genes. É uma verdadeira panacéia: se não
sabemos explicar algo, simplesmente "culpamos" os genes. Exemplo disso é o processo
de diferenciação e especialização celular que caracteriza o desenvolvimento
embrionário. Como explicar que um aglomerado de células absolutamente iguais,
dotadas do mesmo patrimônio genético, dê origem a um organismo complexo, no qual
órgãos diferentes e especializados se formam, com precisão milimétrica, no lugar certo
e no momento adequado? A biologia reducionista diz que isso se deve à ativação ou
inativação de genes específicos, e que tal fato depende das interações de cada célula
com sua vizinhança (entendendo-se por vizinhança as outras células do aglomerado e
o meio ambiente). Tal formação do embrião acontece com precisão tanto aqui quanto
na China, tanto no frio como no calor, tanto na poluição e radiação de NY, quanto nos
bucólicos campos da Escócia...
78
Milton Menezes
Tal organismo parece estar associado a uma matriz invisível, que lhe permite regenerar
sua forma original mesmo que partes importantes sejam removidas.
Sheldrake já realizou várias pesquisas para provar que o corpo possui um campo
mórfico e, quando se perde uma parte desse corpo, o campo permanece. Um exemplo
é uma das experiências que fez: Uma pessoa que não tem parte do braço age como se
estivesse empurrando o membro fantasma através de uma tela fina. Do outro lado da
tela, uma outra pessoa tenta tocar o braço fantasma. De acordo com Sheldrake, as
duas pessoas envolvidas na experiência são capazes de sentir o toque. É uma prova
(subjetiva) de que alguma coisa do braço ainda existe concretamente, e não apenas no
cérebro da pessoa que o perdeu.
79
Milton Menezes
O campo morfogenético seria uma região de influência que atua dentro e em torno
de todo organismo vivo. Algo parecido com o campo eletromagnético que existe em
volta dos imãs. Para o cientista, cada grupo de animais, plantas, pássaros etc., está
cercado por uma espécie de campo invisível que contém uma memória, e que cada
animal usa a memória de todos os outros animais da sua espécie. Esses campos são o
meio pelo qual os hábitos de cada espécie se formam, se mantém e se repetem. No
exemplo dos macacos, o conhecimento adquirido por um conjunto de indivíduos
agrega-se ao patrimônio coletivo, provocando um acréscimo de consciência que passa
a ser compartilhado por toda a espécie.
Os seres humanos também têm uma memória comum. É o que Jung chamou de
inconsciente coletivo. A respeito disso, Sheldrake lança uma luz sobre a questão da
existência de vidas passadas: Ele diz que, às vezes, as pessoas podem entrar em
sintonia com as memórias de uma outra pessoa que existiu no passado. Isso não
significa que elas foram realmente aquela pessoa, mas que se teve acesso à memória
dela.
Então, o campo morfogenético é algo que está dentro de nós, e fora de nós. Nos
envolve e nos define, está presente em nossos pensamentos, e nossas atitudes. Pode
estar por trás do Id; Pode ser a Força. O inconsciente coletivo; O Shaktipat; Em
essência, o Tao; Ou mesmo Brahma! O Reino dos céus!
80
Milton Menezes
Parece telepatia. Mas não é. Porque, tal como a conhecemos, a telepatia é uma
atividade mental superior, focalizada e intencional que relaciona dois ou mais
indivíduos da espécie humana. A ressonância mórfica, ao contrário, é um processo
básico, difuso e não-intencional que articula coletividades de qualquer tipo.
81
Milton Menezes
ressonância mórfica gerada pelos primeiros cristais faz com que a ocorrência do
mesmo padrão de cristalização se torne mais provável em qualquer laboratório do
mundo. E quanto mais vezes ele se efetivar, maior será a probabilidade de que
aconteça novamente em experimentos futuros."
Com afirmações como essa, não espanta que a hipótese de Sheldrake tenha causado
tanta polêmica. Em 1981, quando ele publicou seu primeiro livro, A New Science of
Life (Uma nova ciência da vida), a obra foi recebida de maneira diametralmente oposta
pelas duas principais revistas científicas da Inglaterra. Enquanto a New Scientist
elogiava o trabalho como "uma importante pesquisa científica", a Nature o
considerava "o melhor candidato à fogueira em muitos anos".
A hipótese dos campos morfogenéticos é bem anterior a Sheldrake, tendo surgido nos
trabalhos de vários biólogos durante a década de 20. O que Sheldrake fez foi
generalizar essa ideia, elaborando o conceito mais amplo de campos mórficos,
aplicável a todos os sistemas naturais e não apenas aos entes biológicos. Propôs
também a existência do processo de ressonância mórfica, como princípio capaz de
explicar o surgimento e a transformação dos campos mórficos. Não é difícil perceber
os impactos que tal processo teria na vida humana. "Experimentos em psicologia
mostram que é mais fácil aprender o que outras pessoas já aprenderam", informa
Sheldrake.
Ele mesmo vem fazendo interessantes experimentos nessa área. Um deles mostrou
que uma figura oculta numa ilustração em alto contraste torna-se mais fácil de
perceber depois de ter sido percebida por várias pessoas. Isso foi verificado numa
pesquisa realizada entre populações da Europa, das Américas e da África em 1983.
Numa universidade inglesa, alguns pesquisadores conseguiram provar que as palavras
cruzadas dos jornais são muito mais fáceis de resolver quando feitas no dia seguinte à
publicação original.
Esse fenômeno é muito comum entre os químicos. Quando um deles tenta cristalizar
um novo composto leva muito tempo para conseguir um bom resultado. Mas a partir
desse momento em outros lugares do mundo muitos outros químicos conseguem
cristalizar o mesmo composto num tempo muito mais curto.
82
Milton Menezes
Isso explicaria o porquê da geração dos anos 80 ter tido facilidade de programar o
videocassete, e a geração de 90 dominar o computador e o celular?
"A ressonância mórfica tende a reforçar qualquer padrão repetitivo, seja ele bom ou
mal", afirmou Sheldrake, "Por isso, cada um de nós é mais responsável do que imagina,
pois nossas ações podem influenciar os outros e serem repetidas".
EXPERIMENTO DO CACHORRO
Deixe-me dar um exemplo do tipo de histórias que temos em nosso banco de dados,
sobre um cachorro que sabe quando seu dono está chegando em casa. Essa é de uma
pessoa no Havaí:
"Meu cachorro Debby sempre fica esperando na porta uma meia hora antes de meu
pai chegar em casa do trabalho. Como meu pai estava no exército, ele tinha um
horário de trabalho muito irregular. Não fazia diferença se meu pai ligava antes, e uma
época eu achei que o cachorro reagia à chamada telefónica, mas isso obviamente não
era o caso, porque às vezes meu pai dizia que estava vindo para casa mais cedo, mas
tinha que ficar até mais tarde. Às vezes ele nem telefonava. O cachorro nunca se
enganava, portanto eu eliminei a teoria do telefone. Minha mãe foi a primeira pessoa
83
Milton Menezes
que notou esse comportamento. Ela estava sempre preparando o jantar quando o
cachorro ia para a porta. Se o cachorro não fosse até a porta, nós sabíamos que papai
ia chegar mais tarde. Se ele chegasse tarde, o cachorro mesmo assim o esperava, mas
só quando ele já estivesse no caminho de casa".
Temos agora em nosso banco de dados cerca de 580 relatos de cachorros que fazem
isso, e cerca de 300 relatos de gatos que fazem isso, com esse tipo de qualidades. O
cético de carteirinha irá dizer "bem, é apenas uma rotina", mas na maioria dos casos
não é uma rotina (se fosse as pessoas nem notariam). O próximo argumento do cético
de carteirinha é "bom, o que deve acontecer é que as pessoas da casa sabem quando o
dono está vindo e com isso seu estado emocional muda, e o animal capta essa
mudança através de deixas sutis". Bem, é claro que isso é possível se as pessoas
realmente prevêem que alguém está vindo para casa, seu estado emocional pode
mudar, elas podem ficar excitadas ou talvez deprimidas e o animal pode captar essa
mudança emocional e reagir a ela. Mas, em muitos dos casos, as pessoas na casa não
sabem quando a outra está vindo para casa, é o animal que lhes diz, e não elas que
dizem ao animal.
Quando eu estava discutindo esse assunto com Nicholas Humphrey, meu amigo cético
disse: "bem, tudo isso ainda não elimina a possibilidade de que eles ouvem o barulho
do motor do carro, um motor de carro familiar a 30, 40 quilômetros de distância", e eu
disse: "isso é obviamente impossível". E ele: "pelo contrário, apenas demonstra como
a audição dos cachorros é aguçada". Foi essa discussão que levou à ideia de fazer um
experimento. Eu disse: "OK, e se eles vierem para casa de táxi, ou no carro de um
amigo, ou de trem, ou de bicicleta da estação em uma bicicleta emprestada, para que
não haja sons familiares?" E ele disse: "nesse caso, o cachorro não reagiria", e desde a
publicação deste livro eu já descobri muitos cachorros, gatos e outros animais que
fazem isso.
84
Milton Menezes
Nos primeiros experimentos que foram feitos, pedíamos às pessoas que anotassem em
um caderno o comportamento do cachorro, mas os céticos disseram: "bem, assim
você tem uma tendência subjetiva". Portanto, agora nós fazemos uma fita de vídeo de
todos os experimentos. Temos uma câmera de vídeo em tripé, apontando para o lugar
onde o cachorro ou o gato esperam pela pessoa que vem para casa. Há um controle de
tempo na câmera e ela fica funcionando por horas. Então, temos horas de filme que
irão mostrar se o cachorro ou o gato vão até a janela, e por quanto tempo ficam lá, um
registro objetivo e perfeito. O que vou lhes mostrar é um vídeo de um desses
experimentos que foi feito com um cachorro com que trabalhei principalmente na
Inglaterra. O cachorro chama-se JT e o nome de sua dona é Pam. Quando Pam sai, ela
deixa JT com seus pais, que vivem no apartamento ao lado do dela. Eles observaram há
muitos anos que JT sempre ia para a janela quando Pam estava a caminho de casa, ou
quase sempre. Esse experimento foi filmado profissionalmente pela televisão estatal
austríaca, e foi filmado com duas câmeras, para que pudéssemos ver o cachorro e a
pessoa que estava na rua ao mesmo tempo. E foi combinado que eles escolhessem as
horas de sua vinda para casa de maneira aleatória, que nem ela mesma soubesse
previamente, que ninguém soubesse previamente; e ela viria para casa de táxi, para
eliminar a possibilidade de sons de carros familiares. Esse, portanto, é um experimento
que foi realizado dentro dessas condições.
Na vida real, Pam não vem para casa em horas escolhidas aleatoriamente, e que ela
própria desconheça previamente. Quando está no trabalho, ou quando sai para fazer
compras ou visitar amigos, ela vem para casa em vários momentos diferentes, e nós
monitoramos regularmente as horas em que ela volta, mais de 200 experimentos
foram monitorados, temos dezenas deles em vídeo. O cachorro nem sempre reage,
cerca de 85% das vezes JT realmente espera por ela quando ela está vindo para casa,
cerca de 15% ele não o faz. Analisamos as ocasiões em que ele não faz, a maioria das
vezes ocorreu quando a cadela do apartamento vizinho estava no cio. Isso mostra que
JT pode se distrair. Isso também ocorreu algumas vezes quando havia visitas na casa
ou outro cachorro, e algumas vezes sem nenhum motivo. De qualquer forma, JT
normalmente reage quando Pam decide que vai para casa. No filme vê-se que ele não
começa a reagir quando ela entra no táxi, e sim quando ela estava pronta para ir para
casa. Na vida real ele não reage quando ela entra no carro para ir para casa, e sim
quando ela começa a se despedir dos amigos e pensando "bem, vou-me embora". Ele
parece captar essa intenção dela. É bem verdade que JT vai até a janela
ocasionalmente quando Pam não está a caminho de casa, normalmente porque vai
latir para um gato que passa na rua ou está olhando alguma coisa que está
85
Milton Menezes
acontecendo do lado de fora. Nesses gráficos incluímos todos esses casos, embora
fique claro no vídeo que ele não está esperando, mas como os céticos dizem que, se
você usar evidência seletiva isso demonstra que você inventou a coisa toda, não
fizemos nenhuma seleção aqui. Às vezes há uns trechos barulhentos, quando ele vai
até a janela de qualquer maneira, mas podemos ver que isso é a média de 12 ocasiões
diferentes quando ela estava fora por mais de 3 horas. O tempo que ele está
esperando na janela é maior quando ela está no caminho de casa do que quando ela
não está. Vemos um pequeno aumento antes de ela ir para casa que, a meu ver, tem
relação com esse efeito antecipatório.
JT está obviamente esperando por ela principalmente quando ela está no caminho de
casa. O que é claro nesses gráficos é que JT não vai para a janela com mais frequência
quanto mais tempo ela estiver fora. Ele obviamente está muito mais na janela aqui,
quando ela está no caminho de volta, do que nos períodos correspondentes aqui.
Esses efeitos têm uma enorme significância estatística. Vários tipos de análise
mostram significâncias que vão mais além da escala de meu computador. Esses efeitos
são do tipo p é menor que .00001.
Wiseman é um mágico, e ele é um desses céticos que está sempre afirmando que tudo
pode ser feito por trapaça ou ilusionismo. Bem, ele mesmo esteve lá, e eles estavam se
86
Milton Menezes
protegendo de tudo, e ele realizou três experimentos com Pam na casa de seus pais, e
esses foram os resultados dos três experimentos que ele fez, usando todos seus
controles rigorosíssimos, seu próprio procedimento aleatório, e outras coisas mais (os
resultados são exatamente iguais aos outros; o público ri). Portanto, esses resultados
são sólidos, mesmo com um cético, que ao fazer o experimento na verdade não quer
que ele dê certo. Atualmente realizo uma série de experimentos em Santa Cruz,
Califórnia, com um tipo de periquito italiano que mostra o mesmo tipo de reação: eles
guincham quando o dono está vindo para casa, e obtemos quase o mesmo tipo de
gráficos, mostrando que os guinchos vão aumentando de intensidade quando o dono
está a caminho de casa em horas aleatórias.
Um cão e um ser humano, quando formam uma união entre eles, são parte de um
grupo social. Os cães são animais intensamente sociais, eles descendem dos lobos que
têm uma vida social intensa. Portanto, eu acho que o que ocorre quando uma pessoa
sai de casa, é que ela ainda continua conectada pelo campo mórfico da família, do qual
o cão é parte. O campo mórfico se estica, por assim dizer, mas eles ainda estão ligados
por esse campo mórfico, e é devido a essa conexão contínua invisível que a informação
pode viajar, as intenções da pessoa podem afetar o cachorro em casa.
MEMÓRIA COLETIVA
Acho que esses campos têm uma espécie de memória, essa é minha ideia de
ressonância mórfica, o que significa que cada tipo de campo mórfico tem uma
memória de sistemas passados semelhantes, por meio de um processo de ressonância
através do espaço e do tempo. Os campos são locais, estão dentro e ao redor do
87
Milton Menezes
sistema que eles organizam, mas sistemas semelhantes têm uma influência não-local
através do espaço e do tempo, oriunda da ressonância mórfica, que dá uma memória
coletiva para cada espécie. Não tenho tempo de explicar os detalhes da teoria da
ressonância mórfica, a não ser para dizer que cada espécie neste planeta teria uma
memória coletiva. Todos os ratos extrairiam memórias da memória coletiva de ratos
anteriores. Se ratos aprenderem um novo truque no laboratório, outros ratos em
outros locais deveriam ser capazes de aprender o mesmo truque mais rapidamente.
Haja evidência, que eu discuti em meus livros, de que isso realmente ocorre.
88
Milton Menezes
esperar com a ressonância mórfica. Não é porque as pessoas estão realmente ficando
mais inteligentes, mas o que está acontecendo é que elas simplesmente estão mais
eficientes quando fazem os testes de QI, e eu acho que isso ocorre porque milhões de
pessoas já fizeram os mesmos testes.
CAMPOS MÓRFICOS:
“O sentido deste termo é mais geral do que o de campo morfogenético e inclui outros
tipos de campos organizadores; (...) os campos organizadores do comportamento
animal e humano, dos sistemas sociais e culturais e da atividade mental, podem ser
considerados como campos mórficos com uma memória inerente.” (A Presença do
Passado, p. 163)
89
Milton Menezes
4º. Experimento: Mente Contraída e mente Expandida (EQM, Projeção, “Olho Grande”,
Sensação de ser Observado, etc.).
90
Milton Menezes
“Arthur Koestler propôs o termo holon para indicar estes organismos, que são todos
constituídos pos partes, assim como partes de todos superiores: ‘Cada holon possui
uma tendência dual para preservar e afirmar a sua individualidade enquanto todo
quase autônomo e para funcionar como uma parte integrada de um todo maior
(existente, ou em evolução). Esta polaridade entre tendências para a auto-afirmação e
para a integração é inerente ao conceito de ordem hierárquica’. Batizou de holoarquia
esta hierarquia encaixada de holons.
(...)
91