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• A classificação de palavras tem razões “econômicas” (eficiência), pois é melhor criar uma
categoria única e abrangente do que várias individuais.
• A classificação de palavras é uma particularização das categorias sintáticas.
• Além do sintático e morfológico, é importante considerar o caráter semântico das palavras.
• No quadro de classes (Mattoso Câmara Jr.), as palavras são agrupadas de acordo com os
três critérios, em: substantivos, adjetivo, pronome, artigo, numeral, verbo, advérbio e
conectivos (preposição e conjunção).
• Apesar de classe e função serem coisas distintas, ambas estabelecem uma correlação.
➔ Como os estudiosos têm considerado o estudo das classes de palavras?
• Barrenechea:
- palavras de uma função: verbos, substantivos, adjetivos, advérbios, coordenantes e
subordinantes.
- palavras de duas funções: relacionantes e verbóides.
• Schneider:
- agrupamento mórfico estrutural.
- vocábulos com derivação: substantivo, adjetivo, numeral, verbo e advérbio.
- vocábulos sem derivação: preposição, conjunção e pronome.
• Basílico:
- foco na dinâmica lexical e na mudança de classe.
• Azeredo:
- primeira divisão: palavras lexicais e gramaticais.
- divisão da função comunicativa: designação, modificação, predicação, indicação,
quantificação e condensação.
- divisão do paradigma morfológico: verbos; substantivos, adjetivos, artigos, numerais
pronomes indefinidos e relativos; pronomes pessoais, demonstrativos e possessivos;
preposição, conjunção, advérbio e interjeição.
- divisão da distribuição sintática: núcleo, adjacente, coordenante, subordinante e
demarcador.
• Neves:
- as classes de palavras precisam de análise isolada para que aja compreensão de sua
função na frase.
• Fernandes:
- divisão: nuclear, periférico e conectivo.
• Dias:
- critica a minimização do papel da gramática nas escolas e defende uma abordagem mais
abrangente da classificação de palavras.
• Travaglia:
- critica o foco classificatório e pouco prático (emprego das palavras).
• A classificação de palavras prioriza a semântica, ainda que o caráter funcional seja mais
eficaz.
• A abordagem menos superficial é a que engloba os três critérios.
• É importante correlacionar classes com a organização e produção textual também.
Morfologia
➔ Palavra segundo o critério sintático: resposta mínima a uma pergunta (elemento mínimo
que pode construir um enunciado ou ocorrer livremente nele).
➔ Morfemas: unidades mínimas que não podem ocorrer sozinhas, mas possuem significado.
Ex.: (cont) – ar.
➔ Identificação de morfemas:
➔ Alomorfes:
• Adição: ocorre quando afixos (prefixos, transfixos, circunfixos, infixos e sufixos) são
adicionados à raiz (base) dotada de significado.
• Reduplicação: particularidade da afixação, onde há repetição dos fonemas da base,
podendo ou não haver modificações. Exemplo: lapun – lapunpun (velho – muito velho, na
língua pidgin da Nova Guiné).
• Alternância: ocorre quando alguns segmentos da raiz são substituídos por outros de modo
não arbitrário. Exmplos: fui/foi; fiz/fez.
• Subtração: eliminação de um segmento para expressar valor gramatical. Exemplo: campeão
– campeã.
➔ Morfema zero:
Ele ocorre quando a presença de um morfema é demarcada pela ausência de um morfe distintivo.
Exemplos: falava (eu ou ele); pires (singular e plural).
Por questões restritivas, a ordem dos morfemas respeita a forma e a linearidade. Exemplo: ama –
ría – mos; mos – ría – ama* é impossível de ocorrer.
➔ Morfologias Lexical e Flexional:
• Morfologia Lexical
Exemplo:
• Morfologia Flexional
Em algumas línguas, os parâmetros verbais seguem a ordem acima e são sufixais; se forem
prefixais, seguem a ordem inversa. OBS.: nem todas as línguas seguem esses universais
morfológicos.