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Familiarize-se com o VoIP descobrindo como surgiu este conceito, cenário atual e
seus principais benefícios.
Essa iniciativa trouxe grande perspectiva para a telefonia fixa brasileira, que ganhou
características de mercado competitivo, principalmente com a obrigatoriedade da
presença de empresas-espelho em todas as regiões, evitando a volta de um mercado
monopolista. Chegou a Intelig para competir com a Embratel na longa distância; a
Vésper com a Telefônica, em São Paulo; a GVT com a Brasil Telecom, na região que
compreende o Sul, Centro-Oeste e parte do Norte do País e a Vésper com a Telemar,
em parte das regiões Sudeste, Nordeste e Norte do Brasil.
Até então, era utilizada a comutação por circuitos, que se trata de uma técnica de
alocação do meio onde todos os recursos necessários em todos os subsistemas de
telecomunicação (que conectam origem e destino) são reservados durante o tempo
de duração da conexão. É o tipo de comutação tradicionalmente usado em sistemas
com alto índice de utilização como o de telefonia.
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Para a comunicação de dois dispositivos, a central de comutação dedica um circuito
exclusivo para os mesmos e o libera no final da comunicação. A dedicação exclusiva
de circuitos faz a rede ineficiente, uma vez que dificilmente dois dispositivos trocam
informações durante 100% do tempo em que ficam conectados. Sempre há tempos
ociosos que não podem ser aproveitados por outros. Além disso, é complexa a tarefa
de interligar mais de dois dispositivos.
Devido às limitações do modelo anterior para a troca de dados, foi desenvolvida uma
técnica na qual os dados a serem transferidos são divididos em uma sucessão de
segmentos, os chamados pacotes, que fluem por uma rede na qual os circuitos ou
canais são comuns a todos os dispositivos conectados. Ela é projetada para sistemas
com fator de utilização baixo, em que os recursos são aplicados apenas por
pequenos espaços de tempo. Atualmente é muito empregado para a comunicação
entre computadores, incluindo a transmissão de voz e imagem.
Surgimento do VoIP
O conceito de VoIP nasceu da junção de duas vertentes: uma partiu do mundo das
redes públicas de telecom, com digitalização do tráfego entre centrais telefônicas; a
outra é oriunda do mundo da Internet, para reduzir custos em telefonia de longa
distância. Assim surgiu a normalização de VoIP atual.
VoIP vem do termo em inglês Voice Over Internet Protocol ou, traduzindo, Voz Sobre
o Protocolo da Internet. Esta tecnologia unifica dois mundos – telefonia e dados –
numa só rede convergente. Aqui, o tráfego telefônico é levado para as redes de
dados.
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As companhias telefônicas já transportam boa parte de seu tráfego de voz por VoIP.
A idéia básica é estabelecer uma conexão IP entre dois "terminais", cada um com
seu IP e/ou identificação própria, e trocar pacotes de dados em tempo real com a
informação de áudio, de forma bidirecional.
O resultado final é muito similar a uma ligação telefônica comum. Para que isso seja
possível, são realizados entre os terminais dois tipos de conexão. Um para o tráfego
de voz (normalmente utilizando UDP-IP) e outro para o controle desse processo
(normalmente em TCP-IP). Os protocolos de controle mais utilizados são o SIP, mais
identificado com a Internet, uma tendência mundial; e o H.323, um protocolo com o
perfil de telefonia pública. Podem existir regulamentações específicas para o uso
desses protocolos em cada País. Quem já usou algum daqueles softwares de vídeo
conferência, ou de mensagens instantâneas com áudio, já utilizou algum tipo de
VoIP.
Os principais requisitos para que um sistema de VoIP funcione bem são: o tempo
reduzido de propagação dos dados entre os terminais (se este tempo for maior que
alguns décimos de segundo, temos uma sensação de desconforto pelo atraso da voz
entre os terminais); a estabilidade das redes envolvidas – podem gerar falhas no
áudio ou perda das ligações, a banda disponível na conexão / rede – o áudio da
ligação pode ficar picotado; tipos de terminais envolvidos compatíveis e recursos de
cancelamento de eco.
Como VoIP é muito relacionado com software, os terminais podem assumir formas
diferentes, como por exemplo:
* IP Phone
* SoftPhone
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Cenário atual
A tecnologia VoIP foi desenvolvida ao longo da década de 90. Hoje, devido aos
acessos de banda larga domésticos, não só no Brasil mas também em outros países
do mundo, esse novo meio de comunicação está se expandido entre os usuários
domésticos. O grande forte dessa tecnologia é a redução de custos que pode ser
atingida por uma empresa de telecomunicações ou até mesmo por companhias de
outros ramos de atividade que precisam interligar seus escritórios espalhados
geograficamente.
Mas VoIP não é necessariamente a escolha ideal para todas as empresas. Antes de
adotar a solução, é necessário analisar diversos fatores. Costuma-se recomendar
esse caminho para uma organização que esteja procurando um novo sistema de
comunicações, ou que queira reformar o escritório, ou abrir uma subsidiária. Nesses
casos, o VoIP pode ser realmente uma boa alternativa.
Benefícios do sistema
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A implementação de aplicações de convergência permite também otimizar os
processos de trabalho e obter melhores resultados, graças ao controle das chamadas
dos clientes. Dessa forma, as empresas de call center, por exemplo, podem oferecer
melhor serviço, em razão do atendente ter a possibilidade de integrar toda a
informação crítica na tela do seu computador (mensagens de voz, e-mail e fax).
Outra vantagem proporcionada pela tecnologia VoIP é a integração com as
tecnologias wireless da organização para facilitar a mobilidade dos usuários dentro
de uma instalação empresarial ou para conectar os sistemas de telefonia de vários
edifícios. Além disso, ainda há a escalabilidade dos sistemas ou a fácil integração
com aplicações de terceiros.
Assim que começou a popularizar-se, o VoIP foi entendido como um "inimigo" das
empresas de telefonia tradicionais, principalmente as de longa distância. Essas
operadoras previram a queda de suas receitas em função da tecnologia mais barata.
Mas, em seguida, perceberam que essa tecnologia é, na verdade, um novo produto a
ser explorado. Além das vantagens relativas aos custos, há ainda a questão do
constante aumento de qualidade. Já há casos em que a qualidade sonora do VoIP
supera a de uma ligação telefônica convencional.
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VOIP
Uma tecnologia que permite a transmissão de voz por IP, tornando possível fazer
chamadas telefônicas pela internet? Vá mais fundo.
O mundo VoIP
VoIP ou Voz sobre IP é uma tecnologia que permite a transmissão de voz por IP,
tornando possível a realização de chamadas telefônicas pela Internet. Na prática, o
VoIP faz com que as redes de telefonia se misturem às redes de dados, de tal forma
que se torna possível fazer uma ligação para telefones convencionais por meio de
seu computador, usando um microfone, caixas ou fones de som e um software
apropriado, no caso dos usuários domésticos.
A tecnologia VoIP também tem sido aplicada nos PABX (Private Automatic Branch
Exchange), os conhecidos sistemas de ramais telefônicos. Dessa forma, muitas
empresas estão deixando de gastar com centrais telefônicas por substituírem estas
por sistemas VoIP.
Para que a transmissão de voz seja possível, o VoIP captura a voz, que até então é
transmitida de forma analógica e a transforma em pacotes de dados, que podem ser
enviados por qualquer rede TCP/IP (Transport Control Protocol/Internet Protocol).
Assim, é perfeitamente possível trabalhar com esses pacotes pela Internet. Quando o
destino recebe os pacotes, estes são retransformados em sinais analógicos e
transmitidos a um meio no qual seja possível ouvir o som.
Em seu primeiro estágio, a tecnologia VoIP podia ser entendida como uma
conversação telefônica entre dois usuários de uma rede privada usando conversão de
voz para dados (exclusivamente em redes corporativas). Mais tarde, essa tecnologia
chegou ao seguinte conceito: uma conversação telefônica entre um usuário de
Internet e um usuário da telefonia convencional, sem necessidade de acesso
simultâneo.
Padrões de mercado
Apesar de ganhar destaque recentemente, o VoIP não é uma tecnologia nova. Ela já
era trabalhada antes mesmo da popularização da Internet e chegou a ser
considerada um fracasso pelo fato de a velocidade de transmissão de dados ser
baixa naquela época, impedindo-a de se tornar funcional na maioria das redes. Como
a tecnologia de banda larga avançou, esta deixou de ser uma barreira.
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Apesar dos vários padrões de VoIP, praticamente todas as empresas adotaram o
protocolo RTP (Real Time Protocol), que, basicamente, tenta fazer com que os
pacotes sejam recebidos conforme a ordem de envio. O RTP organiza os dados, de
forma que seja possível sua transmissão em tempo real. Caso algum pacote chegue
atrasado, o RTP causa uma interpolação entre o intervalo deixado pelo pacote e este
não é entregue.
Só como exemplo, imagine que para transmitir a palavra informática seja usado um
pacote por letra. Se o pacote da letra “o” se atrasar, é melhor que o destinatário
receba infrmática do que infrmaticao. O atraso de pacotes pode ocorrer porque estes
podem seguir caminhos diferentes para chegar ao destino. Isso não é um problema
se você estiver transmitindo um arquivo, pois seus pacotes são encaixados no
destinatário. Mas com voz e vídeo, em tempo real, isso não poderia acontecer.
Tal fato deixa claro que o RTP é um recurso muito útil em aplicações que envolvem
som e vídeo. Devido a essa característica, seu funcionamento é atrelado a outro
protocolo, o RTCP (Real Time Control Protocol). Este é responsável pela compressão
dos pacotes dos dados e também atua no monitoramento destes. Por ainda serem
necessárias melhorias, a IETF (Internet Engineering Task Force), entidade
responsável pelo RTP e pelo RTCP, sugeriu a aplicação do protocolo RSVP (Resource
Reservation Protocol), que tem como principal função alocar parte da banda
disponível para a transmissão de voz.
Mais qualidade
Imaginemos uma empresa que deseja interligar sua matriz a uma de suas filiais e
que para isso sejam necessários 30 canais de conversação disponíveis. Assim, cada
canal de conversação utilizaria um padrão específico, o codec G711A, requisitando
uma banda de 64Kbps por canal. Dessa forma, usando ou não as 30 linhas, terão de
ser mantidos disponíveis 2Mbps (esse é o padrão E1 da telefonia convencional para
30 canais) para tal serviço.
Agora, se utilizarmos a tecnologia VoIP, pode ser empregado outro codec, o G.729,
por exemplo, que precisa de, no máximo, 32kbps para transmitir o fluxo de voz e o
cabeçalho IP em cada pacote, dispondo do dobro de canais de conversação e
utilizando a mesma banda de 2Mbps. Outra vantagem é que a rede IP não é uma
rede comutada por circuitos e sim, por pacotes, descartando a necessidade de
manter o meio dedicado para a conversação, permitindo que o tráfego IP possa fluir
livremente, como acontece na Internet.
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Neste último aspecto, o G.711 é considerado excelente. Todos esses codecs são
recomendados pela entidade ITU-T (International Telecommunications Union –
Telecommunications standardization sector) e geralmente trabalham em conjunto
com mais outro protocolo: O CRTP (Compressed Real-Time Protocol), responsável
por melhorar a compressão de pacotes e assim dar mais qualidade ao VoIP.
Para que seja possível a interligação das redes telefônicas convencionais com o VoIP,
geralmente usa-se um equipamento denominado Gateway. Ele é responsável por
fazer a conversão do sinal analógico em digital e vice-versa, além de fazer a
conversão para os sinais das chamadas telefônicas. Existe ainda o Gateway
Controller (ou Call Agent), que é responsável por controlar as chamadas feitas pelo
Gateway. Para as ligações em longa distância, são utilizados equipamentos
conhecidos por Gatekeeper. Eles gerenciam uma série de outros equipamentos e
podem autorizar chamadas, fazer controle da largura de banda utilizada. Enfim, em
linhas gerais, ele pode ser entendido como uma central telefônica para VoIP.
VoIP e Telefonia IP
É muito comum o VoIP ser confundido com telefonia IP. Ambos são diferentes: a
Telefonia IP é uma espécie de versão evoluída do VoIP. Na verdade, para um serviço
ser caracterizado como Telefonia IP, é necessário que este tenha, no mínimo,
funcionalidades e qualidade equivalentes à telefonia convencional.
Os PABXs IP estão presentes nas empresas desde o início dos anos 80 com pouca
evolução das funcionalidades e é anterior à rede de dados e ao microcomputador PC.
Depois de tantos anos de estabilidade, entretanto, a maioria dos fabricantes e
vendedores de PABXs está introduzindo uma radical mudança em sua arquitetura,
provocada pela ascensão do VoIP.
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Essa nova tecnologia está redefinindo a arquitetura de um PABX. Muito dos
componentes são distribuídos ao longo da rede IP para transmitir informações de voz
e controle da ligação.
Desvantagens do VoIP
Como a Internet é uma rede sem gerência, os usuários da telefonia IP via Internet
podem ficar sujeitos a algumas eventualidades que podem até mesmo comprometer
toda a conversação. Todavia, se a telefonia IP é usada em uma rede privada
dedicada, a qualidade final da voz, garantindo qualidade a esse serviço, é a mesma
da telefonia convencional.
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• Perda de pacotes: as redes IP não podem assegurar que todos os pacotes
serão entregues, muito menos na ordem correta de envio. Alguns pacotes
podem ser perdidos durantes as transmissões quando a rede estiver
congestionada. A tecnologia VoIP possui maneiras de minimizar esse
problema, porém, perdas de pacote maiores que 10% geralmente não são
toleradas.
É importante dizer que mecanismos existentes na VoIP, por si só, não garantem a
confidencialidade das informações. Alguns usuários possuem a falsa sensação de que
teriam uma comunicação segura pelo simples fato de utilizar um telefone IP. Não é
verdade. Já existem programas disponíveis livremente na Internet que capturam e
remontam chamadas telefônicas realizadas por VoIP, demonstrando apenas a “ponta
do iceberg” em produtos e mecanismos existentes. Esse quadro muda sensivelmente
com a adoção de criptografia. A voz, nesse caso, tratada como um pacote de dados,
pode ser criptografada, utilizando tecnologias de alto nível de segurança.
Muito ainda esta por vir e o cenário mundial está em constante mudança no que diz
respeito a Voz sobre IP. O importante é que enquanto profissionais e usuários de
tecnologia precisamos ficar atentos aos impactos que podem ser causados em nossa
vida profissional e pessoal.
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VOIP
O que está por trás dessa convicção é a certeza de que, para reduzir custos e tornar
as equipes mais produtivas, a rede ideal precisa oferecer comunicações combinadas
de dados e voz sobre uma única plataforma integrada, construída com tecnologia de
pacote (IP). Nesse contexto, ganham destaque Voz sobre IP (VoIP), que consiste em
trafegar voz e dados por meio da rede de pacotes no protocolo IP, e a telefonia IP,
que, apesar de ser confundida com VoIP, não é uma tecnologia de transporte, mas
sim um padrão de transmissão, em que a voz trafega pela rede de dados (intranet
e/ou internet), utilizando recursos de telefonia.
Para se ter uma idéia desse mercado, no terceiro trimestre de 2002, em comparação
com o mesmo período do ano anterior, os lançamentos de PBXs tradicionais caíram
3,5%, enquanto os de PBX IP subiram 40%. Os resultados mostram que os
fabricantes estão conseguindo convencer seus usuários, principalmente nos Estados
Unidos e no Canadá, a migrarem para novos sistemas convergentes. Essas soluções
vão muito além da redução dos custos com ligações internacionais, pois permitem
aos empregados contar com novas aplicações, como de colaboração e mensagens
unificadas, para trabalhar mais e melhor.
Operadoras em cena
A vantagem mais tangível dessa revolução na indústria telefônica global, que vale
US$ 1 trilhão, é a redução radical no custo de um telefonema. Mas existe um limite
no lucro que se pode tirar de telefonemas mais baratos. Por esse motivo, muitos
especialistas esperam que as empresas ofereçam outros serviços pelo VoIP para
aumentar seus lucros.
VoIP e Mobilidade
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Com todas essas funcionalidades, na prática, recados de voz, por exemplo, podem
ser digitalizados e enviados para o e-mail de quem não atendeu a uma determinada
chamada. A partir daí, o recado pode ser lido remotamente pelo destinatário, que
acessa seu ramal por meio de um dispositivo móvel.
De olho no filão
Muitos players entrarão nesse mercado, oferecendo serviços de Voz sobre IP. A
qualidade do serviço e a tarifa praticada serão diferenciais para atrair e conquistar o
cliente. Afinal, ninguém quer pagar, mesmo que poucos centavos, por algo que não
funciona bem quando é preciso.
Existem grandes fabricantes nesse segmento, como Ericsson, Nortel, Alcatel, Philips
Telecom, Cisco e Avaya, principalmente no desenvolvimento de plataformas e
terminais inteligentes, próprios para redes IP. A Cisco, por exemplo, aposta nos
mercados de tecnologias emergentes, entre elas telefonia IP, que devem ser
responsáveis pela nova onda de produtividade.
A 3Com oferece redes fáceis de interagir com aplicativos. E a Avaya quer ir além do
relacionamento com grandes corporações, lançando soluções para pequenas e
médias empresas, como o IP Office, um sistema convergente, e o MultiVantage, um
aplicativo de voz com base em padrões abertos e que roda em diferentes ambientes
operacionais.
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Mercado corporativo x residencial
Esse telefone não usa linha comum, como aquela que vem do poste e costuma usar
quando faz a assinatura de uma operadora convencional. Ele funciona com a conexão
da Internet, igual àquela que é ligada ao computador. E só. Uma vez conectado à
rede mundial de computadores, o aparelho funciona como um telefone comum.
A vantagem é que ele pode ser usado de qualquer lugar do mundo. Por exemplo, se
você tem um telefone desses em São Paulo, pode levá-lo para a Bahia e usá-lo de lá,
como se ainda estivesse em São Paulo. Quem ligar para você, não vai precisar
digitar nenhum código especial, só o seu número. Também não vai pagar
interurbano. E o contrário também acontece. Ou seja, você pode ligar para qualquer
pessoa que estiver na capital paulista, como se não tivesse saído da cidade. E
pagando o mesmo preço de uma ligação local. Para isso, é só ligar o telefone
Internet.
Nesse modelo, é possível ter mais de uma linha dentro do mesmo telefone. Dá para
contratar uma linha no Rio de Janeiro, para ligar para quem mora lá, e uma outra
linha em Nova York, para conversar com os contatos de trabalho. Ele funcionará
como os cartões pré-pagos dos celulares. Você compra créditos que vão sendo
debitados na medida em que telefona. O telefone poderá ser comprado ou alugado,
dependendo do interesse do cliente.
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De pequeno para pequeno
A tecnologia oferece hoje varias opções para o mercado. Uma delas é o Soft-Phone,
programa que simula um telefone em seu computador, como também faz o Skype.
Esse tipo de serviço, embora bastante flexível, exige um computador para ser
utilizado. É, portanto, mais focado no mercado doméstico e em executivos que se
deslocam muito.
O IP-Phone, por sua vez, é mais prático. É um aparelho telefônico já com todos os
programas instalados internamente. Basta configurá-los uma única vez e ligar o
aparelho a uma rede com acesso Internet. Embora mais prático do que o Soft-Phone
ou o Skype, ainda não é uma solução voltada ao mercado corporativo. Os
equipamentos mais adequados ao ambiente de trabalho são os gateways, capazes de
serem conectados diretamente ao PABX, com total transparência ao usuário final –
onde ele mesmo pode gerenciar o serviço.
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VOIP
A idéia de ter uma única conexão para receber telefonia, Internet, televisão, rádio e
tudo o mais que sair da imaginação dos fornecedores está cada vez mais próxima.
Futuramente, no lugar de contratar os serviços de uma TV a cabo com um pacote
pronto, será possível assinar a BBC diretamente da Inglaterra ou a TV local
jamaicana, tudo via Internet, sem precisar contratar uma operadora específica de TV
a cabo.
Para isso, basta ter uma conexão Internet. A partir daí, todos os seus equipamentos
– TV, telefone e, quem sabe, até o microondas, estarão conectados nesse único fluxo
de dados. É o fim das barreiras para a contratação de serviços.
Várias empresas com filiais espalhadas por cidades distantes e que têm necessidade
de se comunicar com freqüência já utilizam canais de VoIP para suas conexões
internas, reduzindo muito seus custos operacionais.
A onda mundial de hot-spots Wi-Fi para conexões sem fio à Internet também
impulsiona muito esse mercado, pois telefones celulares já têm previsão de sair das
fábricas com suporte a essas redes sem fio.
Mas isso tudo tem um longo caminho a ser trilhado. As operadoras já começam a
enxergar seus lucros caindo no futuro e se estão mobilizando para não sofrer o
mesmo que as distribuidoras e gravadoras de música com a venda direta de músicas
via Internet e a pirataria. Dessa forma, o esforço dá-se no sentido de impor
limitações de quantidade de KBytes transferidos, limitando os serviços que podem
ser utilizados nessas conexões de banda larga, já visando uma maneira de
compensar suas perdas com essa convergência.
Assim como não existe diferença entre um e-mail local e um internacional, o sistema
de telefonia tradicional passa por uma transformação que objetiva o rompimento das
fronteiras (local, DDD e DDI). Alguns fabricantes já estão produzindo equipamentos,
chamados de aparelhos multiplataforma, capazes de funcionar em Wi-Fi, Wi-Max e
GSM. Trata-se de uma via só de ida – não há como retroceder.
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Imagine um aparelho que, conectado a um cabo telefônico comum, atua como um
telefone fixo. Quando você sair de casa e fizer uma ligação, ele tentará achar um
hotspot, uma rede Wi-Fi de grande potência para se conectar à Internet e falar VoIP.
Se não conseguir a rede Wi-Fi, de forma rápida e transparente para o usuário, uma
rede GSM pode completar a ligação.
Ao chegar ao seu escritório você poderá ligá-lo à Internet para usá-lo com VoIP ou
até mesmo como um handset. O VoIP traz a expectativa de iniciar uma nova era em
que dados, som e imagem serão acessíveis todo o tempo.
As siglas Wi-Fi, Wi-Max, 802.11, Bluetooh e 3G são algumas das principais na área
de redes sem fio que têm tornado real o sonho de oferecer um acesso público
universal, tanto em lugares de grande população como em áreas remotas,
integrando serviços e baixando custos.
Nesse cenário, não deve demorar a surgir o telefone via Wi-Fi, utilizando o protocolo
de Voz sobre IP (VoIP). Empresas de telefonia estão começando a se preocupar com
essa possibilidade, em que usuários, ligados a redes sem fio, poderão conversar
livremente com pessoas por aparelhos telefônicos Wi-Fi. Tudo isso, sem a
necessidade de pagar por minuto de conversação ou utilizar uma operadora
telefônica para realizar suas chamadas nacionais ou internacionais.
Isso também será possível pela tecnologia Wi-Max, uma rede de conexão sem fio
com alta performance, capaz de cobrir uma área muito grande com uma qualidade
excelente e alta velocidade. Conhecido como um padrão Wireless 802.16, Wi-Max é
uma extensão das redes Wi-Fi (redes sem fio), que permite cobrir áreas de até 50
quilômetros de distância com acesso à Internet sem fio, em velocidade de até 74
Mbps. É própria para áreas metropolitanas, pela performance e disponibilidade.
Outras vantagens são a flexibilidade e a velocidade de instalação.
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O padrão 802.16 (Wi-Max) tem qualidade de serviço para a transmissão de voz e
vídeo, os quais requerem redes de baixa latência. Garantia de banda e criptografia
estão previstas no padrão 802.16, o que permite transmissões seguras e
procedimentos de autenticação, tudo o que o VoIP precisa para ser 100% funcional.
Como Funciona?
Na tecnologia de redes sem fio, todos os dados trafegam por ondas de rádio em
freqüências consideradas não licenciadas, ou seja, não há regulamentação para seu
uso, o que dispensa a necessidade de licenças para operar nessas faixas de
freqüência. As freqüências utilizadas hoje pelos equipamentos Wi-Fi são as de banda
2,4GHz e 5GHz, sendo a primeira uma banda já utilizada por muitos dispositivos
móveis, como telefones sem fio e microondas, tornando-a, assim, sujeita a uma
série de interferências.
Qual é a vantagem de criar redes com fio hoje? Alguns dos pontos a serem
considerados :
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Proteção aos dados
Segurança é um ponto bastante sensível das redes sem fio. Imagine as ondas de
rádio do hub wireless de sua empresa navegando para fora de seu escritório,
podendo ser capturadas por qualquer um que tenha uma placa de acesso sem fio.
Essa pessoa poderia entrar na sua rede facilmente e roubar todas as suas
informações, já que, ao contrário das redes com fio, não é mais necessário estar
conectado à rede física (cabos) para ter acesso e não é possível conter os sinais de
rádio para que não saiam da sua sala.
Nesse ponto, a rede sem fio evoluiu bastante. Em todos os sistemas é possível
utilizar um protocolo criptografado (WEP), o que torna os dados ilegíveis para
pessoas que não estiverem devidamente autorizadas a entrar em sua rede. Porém,
não há 100% de confiança. Assim como a rede de dados baseada em cabeamento, a
segurança não provém da estrutura de cabos, e sim da organização de sua rede
interna – servidores, firewalls e máquinas de usuários.
No entanto, é essencial que uma análise cuidadosa seja feita em sua empresa para
que se possa avaliar a real necessidade de uma rede sem fio. Os custos podem ser
baixos, mas, dependendo da estrutura física do seu escritório, pode ser bem mais
trabalhoso do que parece e necessitar de mais equipamentos do que um simples
hub. Pode ser necessário colocar repetidores em determinados pontos ou até mais
hubs para conseguir cobrir toda a área da empresa.
Uma das maiores vantagens das redes sem fio provavelmente é a redução quase que
total da manutenção de sua rede. Após montada e configurada, a necessidade de
manutenção é quase nula. Não é preciso refazer pontos, cabos ou conectores –
apenas reposicionar, quando imprescindível, uma antena.
TV e Voz sobre IP
O que se conhece hoje como serviço de voz é apenas uma pequena parte do que
será colocado à disposição do assinante em facilidades. A identificação de quem está
chamando poderá ser vista na tela da TV enquanto o usuário assiste ao futebol ou na
tela do PC, se ele estiver navegando na Internet e desviadas automaticamente para
qualquer ponto da casa ou do planeta para ser atendida, com o mesmo custo de uma
chamada local. E tudo isso poderá ser feito com o uso de um telefone mais
inteligente, ou da combinação com o computador, ou mesmo da continuidade do
velho aparelho telefônico.
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Mas foi somente com o avanço da Internet banda larga no nível residencial é que foi
possível a estruturação de novos negócios baseados em voz sobre Internet. Como os
serviços residenciais de banda larga contemplam acessos com velocidade iguais ou
superiores a 128 kbps, aquela capacidade antes restrita às redes corporativas, agora
chega ao usuário doméstico.
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VOIP
Modulo 5 - Regulamentação
Os serviços de telecomunicações brasileiros são regidos pela LGT - Lei Geral das
Telecomunicações – criada em 1998, quando o sistema foi privatizado. Veja
detalhes.
Cenário Atual
Os serviços de telecomunicações brasileiros são regidos pela LGT – Lei Geral das
Telecomunicações –, criada em 1998, quando o sistema foi privatizado. As
características predominantes do setor de telecomunicações, até a década de 90,
eram baseadas em monopólios, forte integração vertical e uso de tecnologias
proprietárias. Com o surgimento de tecnologias abertas concorrentes, evolução dos
microprocessadores e desregulamentação, as estratégias de negócios até então
adotadas foram diminuindo para dar espaço a um mercado em que o privilegiado
deve ser o usuário final.
Nos países onde a tecnologia de Voz sobre IP já chegou em larga escala, a tendência
ainda caminha pela não-regulamentação. O grande receio dos reguladores é
interferir no desenvolvimento de uma tecnologia potencialmente vantajosa para os
usuários e para o mercado, ao impor regras cuja necessidade não se mostra clara e
cujos benefícios são incertos.
Algumas das razões que costumam ser apontadas para a regulamentação dizem
respeito à padronização de serviços ao usuário e à proteção ao consumidor, que
deseja ter acesso a um serviço similar ao telefone tradicional. Os usuários devem ser
alertados de que a VoIP necessita de energia elétrica para funcionar e os provedores
da solução devem oferecer telefones de emergência.
Há, ainda, a questão do impacto nas tarifas e nas receitas das operadoras
tradicionais que a introdução de serviços VoIP pode ter – mesmo se considerarmos
que as próprias operadoras, pela sua posição privilegiada no fornecimento de acesso
banda larga, devem manter uma posição confortável no processo.
Não podemos esquecer de que uma boa parte da formação do preço praticado pelas
operadoras é fruto da própria regulação, que estabelece tarifas de interconexão com
subsídios implícitos e impõe tributos com vistas a promover a universalização. Ao
que parece, mais do que as operadoras tradicionais, o próprio modelo regulatório
existente precisa ser adaptado à disseminação de serviços baseados em VoIP.
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Evidentemente, o regulador não pode ignorar as inúmeras vantagens que a
tecnologia IP traz aos usuários de telefone (portabilidade, convergência, custo, entre
outras). Mas também é função do regulador proteger o modelo estabelecido pela
legislação, fazendo com que novas tecnologias trabalhem sempre em benefício de
todos.
Como sempre, o regulador deve buscar o equilíbrio. Talvez quando a VoIP estiver
comprovadamente desequilibrando os agentes integrados ao modelo em vigor, o
regulador deva agir para redistribuir o ônus que a legislação impôs aos que prestam
serviço telefônico, de modo a não criar nenhuma desvantagem competitiva. A
atuação (ou omissão) desbalanceada do regulador, em prejuízo de agentes regulados
relevantes, pode resultar em um elevado grau de resistência de tais agentes,
podendo, até mesmo, causar um atraso indesejado na implementação da nova
tecnologia.
Antes de avaliar como a voz sobre IP poderia evoluir no País, é importante destacar
que ela vem sendo vista na Anatel como uma simples tecnologia. Não há nenhum
regulamento ou proposta que trate de VoIP. Tudo o que a Anatel já produziu sobre o
assunto é a definição contida no glossário da Agência, a qual confirma o seu
tratamento como a tecnologia que possibilita o uso de redes IP como meio de
transmissão de voz.
Logicamente, o fornecimento do serviço de voz, pelo uso de redes IP, ora sob o
manto da concessão/autorização de STFC, ora sob o da autorização do SCM, deve
observar as obrigações regulatórias de cada serviço, além das restrições a eles
impostas.
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Das duas licenças disponíveis, a primeira (STFC), de tão regulada e, portanto,
onerosa, não teria agradado muitos interessados em explorá-la. Já a segunda (SCM),
de tão restritiva e carente de regulamentação básica (numeração, remuneração etc),
da mesma forma, não pôde servir de alternativa eficaz aos interessados. A Lei Geral
de Telecomunicações determina, em muitas oportunidades, o dever da Anatel de
fomentar a competição, criando, inclusive, os mecanismos para que ela seja
alcançada. Portanto, se tal incumbência vier a ser levada em consideração pelo
órgão regulador, uma solução haverá de ser proposta para o pleno desenvolvimento
da VoIP no Brasil.
Tudo o que não é especificado em lei não está proibido. Valendo-se dessa afirmação,
os provedores de Internet, carriers e operadoras SLE estão oferecendo serviços de
Voz sobre IP (VoIP), localizados em uma seara que não pertence a ninguém e ao
mesmo tempo pertence a todos, uma vez que não é regulamentado pela Anatel – o
ponto central é a falta de fiscalização da qualidade dos serviços e da competência
para oferecê-los.
A Anatel alega que não regulamenta tecnologia, mas vem regulamentando serviços
de telecomunicações, entre eles, o mais recentemente Serviço de Comunicação
Multimídia (SCM), no qual pode ser usado o IP nas condições dispostas no
regulamento do serviço. Uma dessas condições é a que o SCM se deve distinguir do
Serviço Telefônico Fixo Comutado. A agência conclui que há ainda muito a ser
estudado e desenvolvido em relação ao IP, especialmente quanto a padronizações e
interfuncionamento de redes.
Como a VoIP é considerada também um serviço de valor agregado, então pode ser
embutida como um serviço adicional ao de conexão dos provedores de Internet, sem
a caracterização principal dos serviços de voz. Essa caracterização abre uma brecha
na lei e no mercado para que os provedores de acesso à Internet ofereçam essas
soluções de VoIP, embora não sejam operadoras qualificadas no STFC. E nenhuma
lei as impede de prover esse serviço, desde que não seja definido como de voz e
nem utilize a rede pública.
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O problema da Anatel está na fiscalização dos serviços, pois ela pode punir tanto a
má qualidade de recursos, quanto empresas sem licença para oferecer serviços de
telecomunicações, desde que haja pessoal para essa finalidade.
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As características da banda de 3,5 GHz no Brasil são as seguintes:
Possibilidades de utilização
• PC a PC
• PC a telefone
• Telefone a telefone
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O que diz a Lei
É claro que estamos aqui discorrendo sobre VoIP em estado puro, vale dizer, o
estabelecimento de conexão entre dois computadores conectados à Internet, com
ausência de uma operadora nesse processo. Os modelos telefone a telefone e PC a
telefone podem, em determinadas condições, serem passíveis de taxação pelas
operadoras, de acordo com a configuração do Intercarrier e as condições de
contratação de suas redes. Porém, o prestador de serviços VoIP, nesses casos,
recebe o tratamento de usuário de serviços de telecomunicações.
Resta esclarecer, portanto, que serviços VoIP têm sua natureza direcionada pelo teor
do artigo 61 da LGT. Deve ainda ser ressaltado o parágrafo primeiro do referido
artigo, que indica categoricamente não se confundir com serviços de
telecomunicações aqueles enquadrados como de valor adicionado.
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VOIP
Modulo + - Mercado
O mercado de Voz sobre IP tem se mostrado uma importante fonte de receitas para
os fabricantes de equipamentos de telecomunicações. De acordo com dados do
instituto Synergy Research Group, o mercado de VoIP voltado a corporações,
incluindo telefones, hardware e software, cresceu 78% em 2004 e pode representar
até US$ 11 bilhões em vendas nos EUA até 2009.
No mundo, já existem 5 milhões de pessoas que fazem suas ligações com esse
recurso e mais de mil companhias especializadas nesse serviço de telecomunicações.
A maior delas, a americana Vonage, da poderosa AT&T, tem 200 mil clientes. Só em
2004 a empresa contratou 44 mil novas assinaturas. A marca de maior visibilidade
desse novo mundo é a Skype, que já se tornou um dos ícones da telefonia VoIP no
mundo da Internet. Possui mais de 13 milhões de usuários registrados e 295 mil já
assinaram seu serviço SkypeOut – o serviço pago do Skype. Ele tem o objetivo de
converter 5% da sua base de serviço grátis para o SkypeOut.
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A alternativa é oferecida em oito capitais, sendo que 60% dos clientes estão na
Região Sul. A estimativa é que 150 mil linhas sejam instaladas até o final de 2006,
representando 20% de toda a receita da empresa.
Entretanto, ainda não se sabe quanto espaço vai restar conforme agressivos e novos
competidores ganham mercado. As vendas de equipamentos VoIP da Cisco, por
exemplo, estão se aproximando da marca de US$ 1 bilhão.
Impacto no mercado
As aplicações de voz deixaram de ser uma curiosidade com qualidade sofrível para se
transformarem em uma grande oportunidade de novos negócios. Se por um lado a
tecnologia possibilita a entrada de novas empresas nos negócios da telefonia,
também ameaça os lucros de empresas antigas e que até hoje vendem o serviço
telefônico, cobrado pelos fatores tempo de uso e distância.
Com a introdução da tecnologia VoIP, o usuário pode escolher como código DDD
aquele que mais lhe convier, independentemente do local onde reside. Ao conectar
seu aparelho em um acesso de banda larga em qualquer lugar do mundo receberá
suas chamadas locais sem pagar interurbanos nacionais ou internacionais. Além
disso, poderá gerenciar sua conta, ouvir as mensagens de sua secretária eletrônica e
programar a aceitação e desvios de chamada, tudo via web.
Oportunidades crescentes
As empresas que oferecem serviço de banda larga para o mercado doméstico, mas
estão fora do negócio de voz, identificam uma oportunidade de abocanhar uma fatia
considerável de clientes das telefônicas tradicionais. E muitos clientes que hoje são
assediados por essas empresas mudam de provedor pela sedução dos novos serviços
e também por não agüentarem mais a arrogância do monopólio.
Afinal, quem quer pagar quase R$ 40 por mês somente para ter uma linha de
telefone em casa? A tendência é a migração maciça da telefonia convencional para a
VoIP. É só cancelar a linha de telefone e por alguns reais adquirir um kit VoIP,
assinando um serviço de Internet e outro de VoIP. O custo das ligações cai
assustadoramente, o usuário liga para o mundo inteiro sem custos adicionais e ainda
tem Internet rápida.
O único custo ficará mesmo nos telefones celulares. Pelo menos até a onda dos PDAs
(Palms, Pocket PCs, SmartPhones e semelhantes) pegar de vez e o WiMax tornar-se
uma realidade.
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Entendendo as transformações
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A disponibilidade de conteúdos digitais e a transmissão rápida para os usuários são
os dois fatores mais característicos do modelo de negócios de serviços de
telecomunicações no ambiente atual. Eles transformam a visão e apresentam novos
requisitos para o planejamento estratégico das empresas.
Esses fatores estão coerentes com uma reação lógica das empresas, no sentido de
compensar as turbulências percebidas no ambiente. Não se sabe ainda se essas
estratégias estão sendo colocadas em prática de forma competitiva, mas existe o
risco de que essas ações em curso possam consumir recursos excessivos, sem que
adicionem valor às empresas.
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VOIP
Modulo 7 - Aplicação
As três principais aplicações do VoIP podem ser feitas de telefone para telefone, de
PC para telefone e de telefone para PC. Para que a comunicação seja viável, é
preciso implementar os gateways de VoIP, que possuem placas de processamento de
voz e têm como função estabelecer a transição entre a Internet e a rede normal de
telefonia comutada por circuitos (PSTN).
O início de uma sessão acontece da seguinte forma: suponha que o cliente A quer se
comunicar com o cliente remoto B que, como é muito distante pertence a um outro
PSTN geralmente. O cliente A conecta-se ao gateway de VoIP interno e este a sua
própria rede local PSTN. Para que sejam operados, de fato, os gateways são vistos
pela PSTN como um número de telefone simples.
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Dessa maneira, a probabilidade de encontrar um gateway de VoIP no interior da
PSTN remota, aumenta consideravelmente.
Qualidade em telefonia IP
O problema fundamental da troca de voz por uma rede como a Internet é que o
gerenciamento dos pacotes de protocolo IP envolve restaurar, ao final do caminho, a
ordem em que foram enviados. Se ocorrerem erros como várias transmissões
simultâneas ou atrasos, esse processo de reorganização dos pacotes pode tornar-se
bem lento. Para aplicações clássicas, como, por exemplo, e-mail, esse atraso não
significa um problema, mas para aplicações telefônicas, onde a interação em tempo
real entre os usuários é fundamental, isto pode provocar uma significativa
degradação na qualidade da conversação.
Para garantir a qualidade de serviços para os usuários de VoIP, existe ainda uma
dependência da velocidade de acesso à Internet nos dois lados da comunicação,
além do tráfego total na rede. Existem duas características principais que
determinam a qualidade de um telefone ligado à Internet:
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Tecnologia em evolução
Quase que a totalidade das companhias atuais fez suas redes com grande largura de
banda. Essas conexões de banda larga são capazes de garantir qualidade suficiente
para que seja oferecido o VoIP para longas distâncias.
Tempo real de envio é o ponto-chave para VoIP em redes IP onde trafegam pacote
de dados que necessitam de uma rede estável de baixa latência com mínimos
atrasos (delay). Por isso, a importância de QoS na rede – sigla em inglês de Quality
of Service, ou Qualidade de Serviço. A prioridade para os dados e a garantia de envio
são os responsáveis pela qualidade.
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Por meio do QoS, fluxos de dados das aplicações são categorizados em classes de
serviço e recebem tratamento diferenciado, de acordo com a importância do pacote.
Esse tratamento acontece por mecanismos de controle e priorização de fluxo.
Mas precisamos realmente de QOS na rede? Sim. Imagine uma rede IP onde
trafegam vários pacotes de diferentes serviços, como FTP, http, DNS, MP3, RDP e
SMTP, em um link de 256Kbps. Um computador conectado à Internet consome em
média de 8 Kbps a 10Kbps (se não estiver fazendo download). Já uma ligação VoIP
consome em média 8Kbps de codificação, utilizando codec (G.729) mais 16Kbps para
o IP+RTP+UDP+Payload. Somando tudo, encontramos 24Kbps em média por uma
ligação VoIP.
Agora imagine nessa mesma rede 12 máquinas conectadas à Internet, com quatro
ligações VoIP simultâneas e um computador fazendo FTP. Teríamos o link saturado
com toda a banda praticamente consumida e as ligações VoIP seriam com certeza
prejudicadas, porque não haveria prioridade para os pacotes de VoIP na rede.
Ou seja, os pacotes de VoIP precisam sair da rede em tempo real sem atraso (ou
com o mínimo de atraso possível), mas se a rede não possuir prioridade,
simplesmente os pacotes que chegarem primeiro terão preferência. Os de VoIP
esperariam outros pacotes que estivessem na sua frente, disputando a banda
disponível e teriam sua saída atrasada.
Na prática, a idéia é colocar tudo que é sinalização ou pacote VoIP (no caso H323,
SIP, RTP) na frente de todos os outros pacotes saída/entrada de throughput, ou
disponibilizar uma quantidade específica de banda para os pacotes que possuírem
preferência na rede.
Métodos QoS
Assim, caso uma pessoa tente fazer um download ao mesmo tempo em que uma
outra estiver realizando uma ligação VoIP na mesma rede, o QOS dará preferência
para a ligação VoIP. Se estiver definida no QOS uma parte da banda para as outras
aplicações, o download acontecerá de forma lenta, pois utilizará uma parte menor da
banda e sem prioridade, enquanto a aplicação VoIP ganha a maior parte do link com
prioridade de saída.
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Mecanismos básicos que formam a arquitetura QoS:
Enfileiramento: filas são criadas para cada classe e a banda do enlace pode ser
dividida para cada fila.
Claro que devemos levar em consideração o tipo de acesso à conexão IP que temos
– se o link para a Internet é uma conexão ADSL, frame relay, Wi-Fi (wireless), pois
existem diferenças bem grandes para cada uma, principalmente em qualidade.
Outro projeto que deve mostrar resultados é o da Schincariol. A cervejaria, com sede
em Itu, no interior de São Paulo, conseguiu, desde 1989, dobrar o número de
fábricas e montar uma estrutura de 20 centros de distribuição. Para apoiar todo esse
crescimento, a cervejaria gerencia um ambicioso projeto de integração das
comunicações entre todas suas unidades e distribuidoras.
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A revisão estrutural passa não só por mudanças de hardware e software, mas
também de comunicações, fundadas em um projeto de telefonia IP. Duas unidades,
uma em Goiás e outra no Maranhão, além da distribuidora de Recife, contam com
telefonia IP. Nessas duas unidades, já é possível perceber ganhos, como a
mobilidade trazida pela tecnologia.
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VOIP
Modulo 8 - Benefícios
Panorama atual
O serviço de voz sobre IP pode trazer vários benefícios para o Brasil. Entre eles, a
otimização dos custos, com a convergência de voz e dados em uma só rede e a
extensão da discagem DDD e DDI para qualquer ramal virtual ou físico do PBX. Além
da economia, a integração real de voz e dados permite que as instituições possam
investir em novas soluções internas, buscando o uso intensivo de telefones IP,
virtuais e integração de VoIP com ambientes Web, como SAC via Internet.
Outras vantagens
Um engano sobre a telefonia IP é pensar que seu maior benefício é para chamadas
de longa distância de baixo custo. Apesar de as ligações de longa distância realmente
promoverem o uso da telefonia IP, as razões pelas quais as companhias são atraídas
são a facilidade de criação de serviços e a consolidação de suas redes.
Dessa forma, serviços como fax, Internet e outros podem ser acessados por
telefones comuns. Será possível também a unificação das três redes hoje existentes
para manutenção do sistema telefônico: a de transporte de voz, a de sinalização e a
de gerência. Essas redes possuem hoje infra-estruturas independentes e muitas
vezes sobre redes físicas diferentes. Com o uso da telefonia IP, unificam-se todas
essas redes sobre a mesma infra-estrutura, sempre com o mesmo protocolo de rede:
o IP.
Segundo a IDC, apesar de 52% das companhias utilizarem VoIP, principalmente para
comunicação interna, hoje 37% já realizam ligações externas pelo sistema. De
acordo com uma pesquisa realizada com companhias da América Latina, 40% delas
ainda têm como prioridade a economia, mas 25% colocaram a flexibilidade em
primeiro lugar, 22% a ordem corporativa e 11% a acessibilidade da ferramenta.
Hoje, 60% das companhias ainda usam sistemas tradicionais de telefonia, contudo
mais de 20% adotaram a VoIP, com cerca de 12% optando pela telefonia IP pura e
não soluções híbridas.
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A previsão é que o mercado chegue a US$ 450 milhões em três anos, mas a
telefonia IP vai representar uma porcentagem muito maior, com perspectivas de
crescimento ano-a-ano de 22% até 2008. Outro destaque atual é que, de todo o
tráfego das operadoras, 120 bilhões de minutos são tradicionais e 50 bilhões de
dados empacotados, sendo que o ponto de inflexão, quando a tradicional será
ultrapassada, deve ocorrer entre 2006 e 2007 no resto do mundo e em 2010 no
Brasil.
Se pensarmos que a voz vai passar a utilizar a rede de dados e que essas redes são
tradicionalmente menos seguras que as de voz, podemos antever algumas
desvantagens de curto prazo que o tempo e a evolução tecnológica tenderão a
resolver.
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A caminho da massificação
Apesar de ter deixado de ser uma solução futurista e alcançado o patamar de uma
alternativa tecnologicamente viável às soluções tradicionais de voz, no segmento
empresarial, os clientes distinguem hoje as diversas abordagens VoIP do mercado.
Sabem que existem soluções de voz sobre Internet que exigem apenas acesso de
banda larga, e que geralmente não oferecem qualquer garantia de qualidade de
serviço, mas não as confundem com as soluções empresariais que, por serem
aplicações de missão crítica, devem assegurar disponibilidade e qualidade de serviço.
Conclusão
O uso da Internet como meio de transporte de voz tem alguns casos de sucesso,
principalmente nas chamadas de longa distância. Hoje, o usuário que faz uma
chamada desse tipo não consegue identificar a tecnologia que está sendo usada, e
nem mesmo qual o caminho que a sua conversa está seguindo.
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Entretanto, nem todas as aplicações têm o mesmo resultado. O mercado corporativo,
e mesmo o residencial, ainda tem dificuldades para usar de forma generalizada esse
tipo de tecnologia. Na medida em que o mercado for demandando novos serviços por
meio da Internet, a estrutura de precificação desses serviços poderá ser
aperfeiçoada de forma a definir o custo do acesso de acordo com a aplicação do
usuário.
Nesse novo contexto, tanto provedores quanto usuários terão oportunidade de usar a
Internet para as aplicações de telefonia IP (e para outras mídias) com custos um
pouco superiores aos atuais, porém com a qualidade de serviço adequada. E, para
isso, é preciso vencer os diversos desafios que a tecnologia VoIP enfrenta para
passar do estágio atual de adoção para uma escala de mercado maior, como a
confiabilidade das soluções convergentes, segurança, custos compatíveis, suporte
técnico dos fabricantes e dos canais de comercialização e QoS na rede.
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