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Veja 10 passos para estudar para concursos públicos

Conheça as dificuldades e desafios para quem se prepara para concurso.


Lia Salgado dá dicas de como organizar o tempo e a revisão do conteúdo.

A grande maioria dos concurseiros quer saber: como estudar de forma eficiente tantos
conteúdos diferentes e, muitas vezes, desconhecidos? A partir de perguntas enviadas por
internautas, selecionamos as principais dificuldades e preparamos um passo a passo para
você estudar para um concurso público. As orientações abaixo levam em conta o estudo
antecipado das disciplinas. Caso o candidato esteja estudando para um edital já publicado,
será necessário adequar as sugestões ao tempo disponível até a prova.
Esta coluna foi elaborada a partir de perguntas enviadas pelos internautas Leandro Silva, Luis
Abreu e Karyne Papadimitriou. Mande suas dúvidas sobre concursos no espaço para
comentários, ao final desta coluna.

1º PASSO: Como preparar um plano de estudo


Ter clareza de quais são os horários de estudo – e quais não são – permite uma redução do
nível de cobrança sofrido pelo candidato. Isso pode ser feito a partir da elaboração de um
quadro mensal com as atividades obrigatórias que a pessoa tem a cada dia (trabalho, aulas e
outros afazeres). Importante anotar ali feriados e compromissos eventuais já assumidos, para
que fique evidente qual é o tempo disponível para o estudo.
2º PASSO: Quando aumentar (ou reduzir) o tempo de estudo
Um dos benefícios do quadro de horários é o candidato saber que o tempo de estudo tem hora
de acabar, ou seja, é uma meta finita. Isso facilita o comprometimento.
Mas há situações em que o candidato está motivado e percebe que teria condições de estudar
por mais tempo do que o estabelecido. Se isso acontecer regularmente, talvez seja o momento
de aumentar um pouco o período de estudo no quadro de horários (desde que não
comprometa horário de sono ou outros compromissos).
O inverso também pode acontecer: o candidato estabeleceu determinada duração para o
estudo, mas observa que não consegue render ao final do período. Se isso acontecer
regularmente, talvez seja melhor alterar o quadro de horários, reduzindo o tempo de estudo até
ter reais condições de aumentá-lo novamente. Isso evitará a sensação de frustração por não
cumprir a meta, que pode ter resultados desastrosos no longo prazo.
3º PASSO: Como vencer preguiça, cansaço, inércia e começar a estudar
O desejo de conquistar uma vida melhor já deveria ser o suficiente, mas sabemos que as
coisas nem sempre funcionam assim. Além disso, muitas vezes o concurseiro trabalha o dia
todo e precisa reunir forças para iniciar um segundo turno de atividade (estudar).
Ter uma meta estabelecida para o dia ajuda bastante – como um atleta que já sabe qual será o
treino do dia. Para isso, a planilha de treinos é essencial e, no caso, dos concursos públicos,
estamos falando do quadro de estudos com horários e matérias, que comentamos no “1º
Passo”. É mais simples cumprir algo já definido do que decidir na hora, quando outros fatores
podem interferir desfavoravelmente.
Assim, é preciso dar cada pequeno passo, um de cada vez, e evitar as distrações do caminho:
acordar na hora combinada e fazer apenas o que for preciso para iniciar os estudos
(alimentação, banho, troca de roupa). Para quem ainda não criou o ritmo, ligar computador ou
TV antes do estudo é um risco enorme – o que o candidato imaginava serem apenas alguns
minutos de pesquisa ou relaxamento tende a se prolongar indefinidamente e um período inteiro
de estudo poderá ser perdido. O mesmo acontece para quem estuda à noite, após o trabalho.
Mas a preparação para concurso é similar à preparação de um atleta. O ritmo é construído com
o tempo e com a continuidade. Ainda assim, há períodos em que o candidato está mais
comprometido e outros em que fatores diversos interferem no cumprimento do plano. O
importante é seguir sempre, em maior ou menor ritmo.
4º PASSO: Como manter o interesse durante os estudos
Quase todo candidato tem aquelas matérias preferidas – as que ele mais sabe – e as “odiadas”
– aquelas que considera mais difíceis. O curioso é que, mesmo sabendo que a prova cobrará
todas elas, o candidato termina estudando mais as que mais sabe e deixando para trás as
outras. O plano de estudo ajuda a corrigir essa tendência e até a invertê-la: o ideal é dedicar
mais tempo ao que menos se sabe.
Outro fator é que o cérebro obedece aos comandos recebidos, sem questionar. Então, é mais
produtivo olhar para todas as matérias como passaportes para a vaga, sem carimbá-las com a
marca da rejeição, que será captada pelo cérebro e só tornará tudo mais difícil.
O estudo dinâmico ajuda a superar as distrações e, para isso, a resolução de exercícios – com
consulta – logo após a leitura da teoria faz com que o candidato compreenda melhor os
conteúdos, perceba detalhes e inicie a fixação, tudo de forma natural.
5º PASSO: Como não esquecer o que já foi estudado
Quando o candidato chega ao fim de uma matéria – lembrando que sugerimos o estudo de
todas as disciplinas do grupo, de forma paralela – deve voltar ao início sucessivas vezes, até a
aprovação. Essa repetição levará à memorização definitiva dos conteúdos.
Mas, a cada retorno o procedimento deve ser modificado, a fim de manter o interesse e
aprofundar o conhecimento. Assim, se na primeira vez o candidato apenas leu a teoria e fez
exercícios didáticos de cada ponto, na segunda vez poderá repetir o procedimento anterior
(teoria + exercícios) acrescentando a elaboração de fichas-resumo.
Essa é a etapa mais trabalhosa do estudo, mas é essencial, porque além de permitir a
organização das informações já conhecidas, produz material valioso para revisões futuras.
6º PASSO: Como preparar o material para revisões
Depois que o candidato já tem alguma noção do conteúdo da disciplina, é possível sublinhar as
informações mais importantes e, a partir daí, preparar fichas-resumo. A ideia é criar quadros,
esquemas e itens que permitam ao candidato lembrar com facilidade a teoria estudada.
Exceções e casos especiais devem ser ressaltados, bem como detalhes importantes, que
ajudem na solução das questões de prova.
Todas as fichas devem ter o título da matéria e ser numeradas. Cada ficha deve ter o subtítulo
do assunto. As informações devem ser colocadas de forma organizada, privilegiando o aspecto
visual. O uso de cores diferentes é interessante, para ressaltar informações similares, mas é
importante não poluir demais. Por exemplo: conteúdo básico em azul, exceções em vermelho,
detalhes complementares a lápis. É prudente deixar espaço para inclusões futuras de novas
informações, como veremos no “7º Passo”.
7º PASSO: Como saber se é preciso aprofundar mais nos estudos
Muitas vezes o candidato acha que sabe bem toda a teoria, mas sofre uma decepção quando
vai fazer a prova do seu concurso. Isso porque não verificou o nível de profundidade exigido e
não se preparou adequadamente.
A melhor forma de aferir se a abrangência e profundidade do estudo está suficiente é conhecer
provas de concursos já realizados, para o mesmo nível de escolaridade e, se possível, para a
mesma área de concurso.
De nada adianta utilizar provas muito antigas, porque é notória a diferença entre concursos
muito antigos e os atuais em relação ao nível de complexidade das questões. Assim, o melhor
é trabalhar questões de concursos realizados há até dois anos ou, no máximo, três.
Importante também estar atento a gabaritos que possam estar desatualizados, em razão de
alterações nas disciplinas. Informática e legislação, por exemplo, sofrem constantes
modificações, e há outras matérias que passaram por modificações pontuais, como auditoria e
contabilidade. O candidato já pode iniciar a resolução de algumas provas anteriores na
segunda etapa de estudo, mas a prioridade naquele momento é a preparação das fichas.
8º PASSO: O que fazer para não esquecer o conteúdo que já você estudou
A partir do momento em que uma disciplina estiver totalmente fichada, vai passar para a fase
de manutenção – que continua até a aprovação -, para que o conhecimento adquirido não seja
perdido.
Independentemente de como estejam outras matérias, no período de estudo da matéria já
fichada o candidato deve, uma vez por mês, revisar todas as fichas. A partir daí, em todos os
períodos seguintes destinados àquela disciplina, vai resolver provas anteriores e, desta vez,
sem consulta. Após a conferência do gabarito, retornará às fichas para reler o assunto de cada
questão. Caso as informações da ficha estejam incompletas, será necessário buscar mais uma
vez a teoria no material de apoio (livros e anotações de aula) e incluir na ficha. Assim se
garante que tudo o que já foi visto sobre aquela disciplina estará anotado e organizado num
mesmo lugar.
Além disso, todo o conteúdo da matéria passa por revisões mensais completas e revisões
pontuais a partir das provas. Dessa forma, os assuntos que costumam ser mais cobrados
serão, naturalmente, mais revisados.
9º PASSO: Como incluir novas matérias no plano de estudos
Sabemos que a preparação para concursos públicos envolve um número razoável de matérias.
Iniciar o estudo pelo grupo de disciplinas básicas permite que o candidato dedique mais tempo
a poucas matérias e aumente rapidamente o seu conhecimento em relação àquele grupo.
Posteriormente, poderá reduzir um pouco o tempo dedicado ao grupo inicial a fim de liberar
horas de estudo para, gradativamente, incluir outras disciplinas, sem abandonar as primeiras.
Esse procedimento é sucessivo, de modo que o candidato vai passando algumas disciplinas
para a fase de manutenção e acrescentando novas, até ter condições de estudar todo o
conjunto necessário, que pode chegar a até 20 matérias, simultaneamente.
10º PASSO: Observe os pontos fracos e corrija a estratégia
Qualquer projeto de médio/longo prazo exige ajustes de estratégia durante o percurso e não
seria diferente na preparação para concurso público. Tal providência deve ser adotada durante
todo o tempo. A cada mês o candidato deve traçar novas metas, e preparar novo quadro de
horários, com base na observação de seu desempenho no mês anterior.
Nesse aspecto, reprovações – tão comuns no caminho dos concurseiros – não devem ser
vistas como fracassos, mas também devem funcionar como uma oportunidade para o
candidato rever suas estratégias e ajustar a preparação. Afinal, depois de conquistada a vaga,
ninguém mais se lembrará de quantas batalhas foram travadas; apenas da vitória final!
*Lia Salgado, colunista do G1, é fiscal de rendas do município do Rio de Janeiro, consultora em
concursos públicos e autora do livro “Como vencer a maratona dos concursos públicos”

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