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CENTRO UNIVERSITÁRIO SANTO AGOSTINHO

COORDENAÇÃO DO CURSO DE DIREITO


DISCIPLINA DE DIREITO PROCESSUAL PENAL I

WEYNE AZEVEDO DA SILVA


A AÇÃO PENAL NO DIREITO CRIMINAL

TERESINA/PI
2018
WEYNE AZEVEDO DA SILVA

A AÇÃO PENAL NO DIREITO CRIMINAL

Trabalho da Disciplina de Direito Processual Penal I,


apresentado ao Profº: Me. Juliano de Oliveira Leonel
do Curso de Direito do Centro Universitário Santo
Agostinho como requisito para a obtenção da
terceira nota avaliativa.
Turma: 09N7A

TERESINA/PI
2018
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INTRODUÇÃO

Um dos princípios mais importantes do direito processual, independente da


área, é o principio da inercia jurisdicional. Tal principio preconiza que a atividade
jurisdicional deve ser provocada, de tal maneira que o juiz de ofício não pode dar
inicio ao processo. A legislação vigente veda expressamente que o magistrado dê
inicio à ação penal, mas não que ele dê um incentivo. A Constituição garante
autonomia e titularidade ao Ministério Público, para dar inicio ou não, à ação penal.
Vale lembrar que essa autonomia do Ministério Público não impede que o particular
dê inicio à ação penal, se o assim o quiser.

O direito de ação pode ser executado tanto pelo Ministério Público, como pelo
particular nos casos dos crimes que tem iniciativa privada, que reúna suficientes
elementos de prova e indícios de autoria e materialidade de fato criminoso. De
modo, que é fundamental que o MP provoque a manifestação do Estado (Juiz), para
que ele exerça o Ius Puniendi. O direito de ação, no processo penal, permite que a
parte acusadora provoque o Estado-Juiz para que tome conhecimento e
providencias, sobre um fato criminoso.

CONDIÇÕES DA AÇÃO PENAL

Será necessário, o cumprimento de algumas condições para que o acusador


seja o MP ou o particular, possa exercer o direito de ação no direito processual
penal. Iremos resumi-las, adiante.

a) A possibilidade jurídica do pedido é uma delas. Sempre que inexistir


vedação em relação aos elementos da ação, a demanda será
juridicamente possível. Sendo um dos elementos da ação, como por
exemplo, o pedido, se for juridicamente impossível, será inviável a
continuação do processo, devido à impossibilidade total do juiz, de emitir
um juízo de mérito sobre o pedido do autor. Em relação ao processo
penal, sempre que o fato imputado ao autor for típico, o pedido será
possível, pelo menos em tese. Considerando também, de acordo com o
entendimento de Mirabete (2005), as situações que sempre serão causas
de pedido impossíveis, como penas que não se adequem ao nosso
ordenamento jurídico.

b) O interesse de agir: Nas palavras de Liebman, o interesse de agir é o


nexo causal entre o direito que está sendo afirmado e a tutela jurisdicional
que está sendo pedida. O jurista acredita que o autor tem interesse na
demanda, enquanto esta lhe proporcionar alguma utilidade, que é medida
através da necessidade da jurisdição e da sua adequação. Sendo assim,
quando não há o interesse de agir, será desnecessário o prosseguimento
da ação. A prestação será necessária sempre que não existir outro meio
de satisfação do direito violado, a não ser pelo judiciário.

c) A legitimidade das partes, também constitui umas das


principais condições da ação. Haverá a legitimidade quando o autor afirma
sendo o dono do direito subjetivo tutelado. Atualmente vigora a regra de
que ninguém pode demandar direito pessoal em nome de terceiros, com
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exceção da legitimidade extraordinária. No processo penal haverá


ilegitimidade se o MP propuser ação penal privada ou se a vítima oferecer
uma queixa crime de ação penal pública, com exceção nos casos de
omissão do MP em oferecer a denúncia (ação penal subsidiaria). A
legitimidade do polo passivo é sempre de quem praticou a conduta
criminosa.

Tal legitimação, porém, decorre da previsão legal em face de cada um dos


tipos penal e não de uma legitimação subjetiva no plano do direito material. Também
aqui, portanto, desnecessário o transporte do conceito processual civil.

AÇÃO PENAL POR INICIATIVA PÚBLICA

Neste tipo de ação o interesse social é representando pelo órgão publico. De


acordo com a Constituição Federal, nos casos em que infração penal se sujeita à
ação penal publica, esta poderá ser proposta apenas pelo Ministério Público, sendo
ela condicionada ou não.

A diferença entre as duas é que a ação penal pública condicionada depende


da representação do ofendido, através de representante legal ou de requisição do
ministro da justiça que manifestarão o interesse de propor a ação penal.

Ação Penal Pública Incondicionada

Encontra-se no art. 100, caput, do Código Penal e assim como também no


art. 24 do CPP. Como ela é regra em nosso ordenamento jurídico, não há previsão
legal expressa. De acordo com a doutrina, por uma questão de racionalidade e
economia, sempre que CP se refere à ação penal pública ele expõe de forma
expressa, fato que não acontece quando se trata de ação penal pública
incondicionada.

As ações públicas de forma incondicionada são regidas através de alguns


princípios penais, como por exemplo, o principio da oficialidade: que garante ao MP
legitimidade ativa para propor a ação penal, que deve ser proposta somente pelo
órgão publico.

O principio da obrigatoriedade ou legalidade: demonstra que o ministério publico tem


o dever de oferecer a denúncia quando houver indícios suficientes de autoria e
materialidade de fato criminosos. Norma que está prevista no art. 24 do CPP.
Sendo assim, Nas hipóteses em que houver a necessidade atuação do Ministério
Público, não pode este órgão se recusar a iniciar a ação penal, nem adotar critérios
de oportunidade e conveniência.

De acordo com o principio da indisponibilidade disposto no art. 42 do CPP


preleciona que uma vez dado inicio a ação penal, o órgão competente para propô-la
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não poderá mais desistir. Em nosso ordenamento jurídico há varias situações que
presumem a mitigação desse principio.

Uma das exceções é a suspensão do processo de forma condicional, quando


se refere aos crimes de menor potencial ofensivo. O ministério publico pode propor
ao acusado, mesmo depois de oferecida a denuncia, a suspensão condicional do
processo que obviamente é um ato de disposição do processo, após o total
cumprimento da suspenção será extinta a punibilidade.

De acordo com o lecionado pelo principio da divisibilidade e a contrassenso


do pensamento de alguns doutrinadores, como por exemplo, Capez (2006) que
defendem a indivisibilidade do processo pena, a ação penal, deve abranger todos
aqueles que praticaram o fato criminoso, de acordo com estes, o Ministério Publico
não pode propor a processar somente um dos acusados.
Por outro lado, seguindo entendimento de Bonfim (2005) a jurisprudência já
pacificou a legitimidade do MP em deixar de oferecer a denuncia contra aqueles
acusados os quais não houver indícios suficientes de autoria e materialidade,
optando assim o órgão por não agir contra todos os agentes.

Ação Penal Pública Condicionada:

A ação penal publica condicionada estão elencadas no artigo 100, §1º do


Código Penal e se regulam basicamente através dos mesmos princípios das ações
penais públicas incondicionadas, acrescentando-se somente o principio da
oportunidade já que depende do ofendido esse tipo de ação.
Na representação a titularidade da ação continua sendo do MP. Entretanto, a
atuação do órgão dependera de autorização da vitima, depois de dada, se torna
incondicionada. Em se tratando de retratação, leciona Aury Lopes Junior (2017):

“A representação não é obrigatória e poderá haver retratação


do ofendido. Como prevê o art. 25, a representação será irretratável
depois de oferecida a denuncia, logo, perfeitamente retratável até o
oferecimento da denuncia. Retratar-se aqui é retirar a autorização
dada, voltar atrás na representação. [...] Não é recebimento pelo juiz,
mas o mero oferecimento pelo Ministerio Publico.”

Já na requisição do ministro da justiça, o mesmo tem legitimidade para


representar um rol de autoridades brasileiras e contra crimes cometidos por
brasileiros no estrangeiro.

AÇÃO PENAL DE INICIATIVA PRIVADA

Trata-se de toda ação promovida por iniciativa da vitima ou, se for menor ou
incapaz, por seu representante legal. De acordo com o art. 100, § 2º, do Código
Penal:

Art. 100, § 2º do CP - A ação de iniciativa privada é promovida


mediante queixa do ofendido ou de quem tenha qualidade para
representá-lo.
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O artigo 30 do CPP expõe que: “Ao ofendido ou a quem tenha qualidade para
representá-lo caberá intentar a ação privada.”.

Vale relembrar que o autor não pode esquecer-se que o ius puniendi é do
Estado e nunca do particular. Neste caso o interesse do ofendido é o de poder de
decidir acionar ou não o órgão publico. Enquanto o MP possui legitimidade ativa na
ação penal pública, na ação privada o ofendido é quem a possui.

A ação penal privada se divide em algumas espécies, como exclusiva,


personalíssima e subsidiaria da pública.

De acordo com a doutrina de Aury Lopes Junior (2016), a ação penal


exclusiva é aquela exercida diretamente pela vítima, muitas vezes chamada de ação
penal privada propriamente dita. De acordo com o autor se chegar a haver a morte
da vítima, os parentes ou até mesmo o cônjuge sobrevivente podem demandar a
ação penal privada, é que está previsto no artigo 31 do CPP.

Já a ação penal privada personalíssima distingue das outras, porque esta


somente poderá ser proposta pela vitima. Neste caso, não há possibilidade de
representação legal nem mesmo o rol de legitimados do art. 31 do CPP. De acordo
com a doutrina, neste tipo de ação penal, se o ofendido vier a óbito, a ação se
extingue. Um exemplo clássico da doutrina de Aury Lopes Junior (2016) sobre um
caso de Ação Privada Personalíssima, esta prevista no art. 236 do Código Penal:

Art. 236 - Contrair casamento, induzindo em erro essencial o


outro contraente, ou ocultando-lhe impedimento que não seja
casamento anterior:

Pena - detenção, de seis meses a dois anos.

Parágrafo único - A ação penal depende de queixa do


contraente enganado e não pode ser intentada senão depois de
transitar em julgado a sentença que, por motivo de erro ou
impedimento, anule o casamento.

Finalmente, a Ação Penal Privada que é Subsidiária da Pública surge sempre


que houver inercia do Ministério Público em propor a ação, deixando passar os
prazos processuais, enfim não promovendo nenhum dos atos legais esperados,
como propor a ação, pedir o arquivamento ou solicitar novas diligencias. Desta
forma o ofendido apresenta queixa e o Ministério Público para que saia da sua
posição de inercia e intervenha no processo. Mesmo nessa ação o MP continua
sendo o legitimado para propor.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Finalmente, percebe-se que a Ação penal, é condição sine qua non, para a
satisfação do ofendido. Tratamos dos tipos de ação penal, condições da ações,
possibilidade de renuncia e outros detalhes que compõem o gigantesco instituto
doutrinário sobre o assunto. Através da ação penal o individuo busca a satisfação do
dano sofrido e o Estado acusa através do MP e o Estado-Juiz aplica o ius puniendi
no individuo infrator.
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REFERENCIAS

BONFIM, Edílson Mougenot. Curso de Processo Penal. São Paulo: Saraiva, 2006

BRASIL. Código de Processo Penal. < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-


lei/Del3689Compilado.htm > Acesso em: 28/05/2018.

CAPEZ, Fernando. Curso de Processo Penal. 12 ed. São Paulo: Saraiva, 2005.

LOPES Junior, Aury. Direito Processual Penal. 14. Ed. São Paulo: Saraiva, 2017.

MIRABETE, Julio Fabrinni. Processo Penal. São Paulo: Atlas, 2005.

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