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ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS NA MANUTENÇÃO DE


EQUIPAMENTOS DO SETOR SUCROALCOOLEIRO
Elivelton Silva Ribeiro1, Henrique César do Carmo1, Janderson Januário
Domingos1,José Avelino Placca1* ,Marco Aurélio dos Santos Diniz1
1 Faculdade Anhanguera de Ribeirão Preto (FRP), Brasil
Email: jose.placca@anhanguera.com

RESUMO
A indústria sucroalcooleira tem reduzido a cada ano o período de parada dos seus
equipamentos para manutenção preventiva em face as exigências cada vez mais
rigorosas do mercado e também para dar suporte mais eficiente as técnicas cada vez
mais avançadas de cultivo e plantio que exigem uma constante interação do parque
industrial com o campo. Deve-se enfatizar que é no período de parada que são feitas
reformas e adequações dos equipamentos com o intuito de aumentar a durabilidade
e confiabilidade dos mesmos nos períodos de operação. O bom funcionamento dos
equipamentos é fundamental para que não ocorram paradas indesejadas bem como
para proporcionar segurança aos colaboradores e funcionários. É nessa fase que se
realizam os ensaios não destrutivos segundo normas e procedimentos adequados.
Os ensaios não destrutivos visam verificar etapas do processo evitando que
componentes e equipamentos entrem em operação com descontinuidades,
ocasionadas por excessive tempo de utilização, por operação incorreta ou por
falha de materiais ou processos de fabricação. O presente trabalho relata
procedimentos de ensaios não destrutivos realizados numa indústria sucroalcooleira
onde experimentos foram realizados em um eixo de moenda inspecionado
conforme normas de ensaio por pessoal qualificado utilizando-se materiais e
métodos adequados aos processos de fabricação e recondicionamento, constatando
que os ensaios não destrutivos, na maioria das vezes, são complementares, o que
lhes confere a confiabilidade desejada nas inspeções preventivas. Deve-se sempre
ressaltar que a utilização de normas e procedimentos qualificados garante a
padronização em qualquer processo produtivo.
Palavras chave: Inspeção; liquido penetrante e partícula magnética

1.Introdução.

Com o incremento do uso da tecnologia nas usinas de açúcar e álcool, as


normas regulamentadoras e os pedidos de compras passaram a exigir a realização
de testes e ensaios que atestem a conformidade e a confiabilidade dos
equipamentos novos e reformados.
Em virtude disso, são utilizados os ensaios não destrutivos por líquidos
penetrantes e por partículas magnéticas, sendo os mesmos aplicados na maioria

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dos processos de fabricação com a vantagem de poderem ser utilizados tanto em


materiais ferromagnéticos quanto em materiais não ferrosos e alguns aços
inoxidáveis não magnéticos. São bem confiáveis para a detecção de
descontinuidades abertas na superfície logo abaixo dela como: poros, trincas e
inclusões, fato que os tornam muito úteis não só em vários processos de fabricação,
como também na reforma de componentes usados; além disso, são facilmente
aplicáveis e não é necessária muita experiência por parte do inspetor.
Nessa perspectiva, justifica-se a necessidade de atender as exigências do
mercado sucroalcooleiro que, devido a técnicas de plantio e cultivo avançadas,
está ano a ano diminuindo o período de parada para manutenção preventiva
em seus componentes e equipamentos.
Dessa maneira será discorrido um breve histórico dos ensaios não destrutivos
como: conceitos fundamentais, tipos, vantagens e desvantagens e especialmente
sobre ensaios: por líquidos penetrantes e partículas magnéticas, detalhando suas
etapas e métodos utilizados para sua execução, bem como as normas, os
procedimentos e as principais aplicações do mesmo em alguns processos de
fabricação e mais detalhadamente em processo de recuperação em eixos de
moendas da indústria sucroalcooleira.
Os ensaios são aplicados sobre os componentes da usina, para poder
evitar que durante as operações não apareçam descontinuidades nos
equipamentos, ocasionadas por tempo de utilização e operações incorretas ou por
falha de materiais.
Os testes foram realizados em uma moenda e inspecionados conforme
procedimentos e normas pertinentes.
O presente trabalho pretende responder a seguinte questão: Como alguns
ensaios não destrutivos podem impactar diretamente na confiabilidade de
equipamentos do setor sucroalcooleiro?
O objetivo principal do presente trabalho é estudar os ensaios não destrutivos
mais utilizados nas inspeções preventivas em alguns equipamentos do setor
sucroalcooleiro que, na maioria das vezes, são complementares, o que permite
a confiabilidade desejada.
Como objetivos secundários podemos citar:

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 Descrever as principais características de alguns equipamentos do setor


extração.
 Abordar os métodos de ensaio por partícula magnética; liquido penetrante; e
os principais processos de beneficiamento dos aços e classificações;
 Estudar os defeitos ocorrido em um eixo por falta de manutenção adequada;
técnicas para a realização dos procedimentos entre outros;
 Realizar ensaios por partícula magnética e liquido penetrante em um
eixo de moenda.

Este trabalho foi desenvolvido através de um estudo de caso, método


preconizado que se fundamenta nas necessidades para realização das inspeções e
testes, com o principal objetivo de manter ou aumentar a vida útil dos equipamentos
e também a segurança dos funcionários.
A metodologia de desenvolvimento deste trabalho é dividida em sete etapas:
Etapa 1: pesquisar equipamentos do setor sucroalcooleiro.
Etapa 2: analisar a literatura de artigos científicos, e normas especializados em
ensaios não destrutivos.
Etapa 3: realizar testes de inspeção preventiva em um eixo de moenda, limpeza e
ensaio visual no equipamento.
Etapa 4: realizar ensaios por partícula magnética e liquido penetrante para detectar
descontinuidades no equipamento; preparação das partículas magnéticas via úmida
colorida. verificação das condições dos ensaios; preparação da superfície do eixo
(limpeza); realização do ensaio por PM; registro das indicações; limpeza; realizações
por ensaio Líquido Penetrante; registro das indicações.
Etapa 5: realizar ações corretivas; avaliação das descontinuidades; recuperar defeitos
por solda, através da soldagem por arco submerso;tratamento térmico, para alivio
de tensões no local; reusinar eixo; realizar ensaios não destrutíveis conforme o
procedimento CON-26 R.0 para detectar descontinuidades na solda.
Etapa 6: registrar as indicações do ensaio.
Etapa 7: conclusão do teste.

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2. Revisão de Literatura

Neste capítulo é abordado a revisão bibliográfica cuja fundamentação


teórica alicerça o presente trabalho. Inicia-se com as informações básicas
sobre equipamentos do setor extração do caldo da cana de açúcar e também
sobre os tipos de aços.

2.1 Terno de moenda.

A moagem é um processo destinado à extração do caldo da cana fazendo a


mesma passar por entre os rolos que são submetidos à determinada pressão e
velocidade de rotação que tem como resultante do processo o bagaço da cana
que é moído e pode ser queimado nas caldeiras fornecendo o vapor que gera
energia elétrica a partir das turbinas a qual pode ser usada na própria usina
ou vendida as concessionárias de energia, na qual “o conjunto de ternos de
moenda conhecido como (tandem) composto de 4 a 7 ternos em sequência com
diferentes regulagens para a extração total da sacarose”. (CENTRO DE
TECNOLOGIA DA COPERSUCAR, 1987, pág. 50).

Figura 01. Terno de moenda.

Fonte: (DEDINI, 2015)

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2.2. Componentes do terno de moenda

Figura 02. Componentes de moenda

Fonte: (DEDINE, 2015)

2.3. Rolos inferiores e superiors

São os rolos que estão localizados na parte superior e inferior do terno,


respectivamente e, Segundo a (COPERSUCAR), são fabricados em ferro fundido
cinzento, nodular ou maleável, neles são montados os eixos, acionados por rodetes
ou redutores planetários, também recebem as caixas de mancais inferiores e
superiores junto aos casquilhos de bronze e a vedação da moenda.

Figura 03. Rolo Superior montado

Fonte: (SIMISA, 2013)

2.4 Castelos

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São os suportes laterais da moenda constituídos em aço-carbono fundido e


montados nas bases de assentamento, neles são montados todos os outros
equipamentos da moenda, inclusive os rolos que são montados sobre os mancais
nas chamadas mesas do castelo, conforme a (COPERSUCAR) "podendo ser do tipo
inclinado ou do tipo reto, revestidos ou não por aço inox minimizando assim a corrosão
do caldo da cana durante todo o processo de moagem".

Figura 04. Castelo de moenda.

Fonte: (CCM, 2015)

2.5 Eixos de moenda

São equipamentos que transmitem o torque do acionamento da moenda aos


rolos inferiores, de pressão e superior, onde são montados: as caixas de mancais
com os casquilhos de bronze e os rodetes de moenda, as luvas ou redutores
planetários para o acionamento, além dos rolos montados à quente com
interferência também conhecidos como camisas de moenda.
Segundo a (COPERSUCAR) "os eixos são fabricados em aço-carbono,
forjado, normalizado e revenido", em aço SAE 1045 ou SAE 8640, com tamanho de
grão variando de 6 a 8".

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Figura 05. Eixo de moenda.

Fonte: (DOURADOS, 2015)


2.6 Rodetes

São fabricados em aço-carbono com tratamento térmico de têmpera


por indução na superfície de seus dentes para o endurecimento dos
mesmos aumentando a sua resistência realizam o acionamento dos rolos
semelhante a engrenagens sendo montados e travados a frio com duas chavetas
inclinadas, distanciadas entre si com ângulos de 90º ou 120º.

Figura 06. Rodetes de moenda.

Fonte: (SIMISA, 2013)

2.7 Bagaceiras

Tem como função principal conduzir o bagaço do rolo de entrada para o rolo
de saída evitando o acúmulo do mesmo, fixada em outra peça: balança que por sua
vez está acoplada e é regulada pelo suporte da balança e pelos pinos excêntricos
fixados no castelo (CENTRO DE TECNOLOGIA COPERSUCAR, 1987).

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Figura 07. Bagaceira montada.

Fonte: (SIMISA, 2013)

2.8 Cabeçotes hidráulicos

São responsáveis pelo fornecimento de pressão nos rolos superiores evitando


assim que durante a passagem da cana a moenda ocorra abertura da mesma,
garantindo a extração do caldo da cana, variando de acordo com as dimensões do
terno de moenda com aumento gradativo do primeiro até o último terno fabricado em
aço-carbono fundido recebe o apoio dos pistões em seu interior que são acionados
por garrafas hidráulicas de alta pressão.

Figura 08. Conjunto de cabeçotes hidráulicos.

A B
Fonte: (SIMISA, 2013)

2.9 Pentes superiores e pentes inferiores.

Possuem a função de limpar o bagaço acumulado dos frisos dos rolos


inferiores e superior, porém o pente superior também tem a função de drenar o caldo
da cana com o auxílio de um sistema de calhas. O pente inferior é fabricado em ferro
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fundido e aço-carbono fundido (às vezes) enquanto que o superior é fabricado em


aço-carbono fundido e ferro fundido (às vezes) ambos montados na saída do terno.

Figura 09. Pente Inferior.

Fonte: (ZBN, 2014)

2.10 Classificação dos aços.

2.10.1 Aços.

Por definição o ferro puro não é considerado aço, pois por mais simples que
seja uma liga de ferro que contenha carbono em sua composição é considerada um
tipo de aço, desde que o seu teor de carbono não ultrapasse um valor especifico.

[...] O aço é um material bastante utilizado para a fabricação de diversos


equipamentos, peças ou estruturas, a razão para isto é a sua grande
flexibilidade de utilização, pois o seu custo de obtenção é baixo, sua
versatilidade é vasta para diversas aplicações, obtendo-se diversas
propriedades realizando mudanças na sua composição química, realizando
tratamentos térmicos e de diferentes processamentos, a sua elevada
ductilidade e tenacidade também contribuem para este fato (SILVA, 2010).
2.10.2 Aços-liga.

São os aços que contêm alguns elementos específicos, sendo possível alterar
suas propriedades mecânicas melhorando-as para determinadas aplicações. Alguns
elementos de ligas aumentam a resistência metálica e a corrosão das ligas estes
elementos são o cromo, o níquel, o vanádio e o tungstênio.
[...] São utilizados para melhorar a resistência à corrosão eletroquímica das
ligas como: o nióbio, o alumínio, o silício e o fósforo, por exemplo. Enquanto

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que o cromo e molibdênio são utilizados para aumentar a resistência à


corrosão em altas temperaturas (NUNES, 2010).

2.10.3 Aços baixo teor de carbono.

Como vimos são os aços com percentual de carbono menor que 0,25%
com as seguintes propriedades: limite de escoamento em torno de 250 MPA e
limite de resistência à tração em torno de 450 MPA, com ótima ductilidade e
tenacidade além de boas: soldabilidade e usinabilidade, sendo aplicados
basicamente em carcaças de veículos automotivos, perfis de usos gerais, chapas
para tubos pontes e edifícios, vasos e tanques de pressão, arames e pregos,
chapas zincadas, chapas estanhadas para embalagens alimentícias, além de
outras.

2.10.4 Aços médio teor de carbono.

[...] São os aços com percentual de carbono entre 0,25% a 0,80% de


carbono, tendo como propriedades: limite de escoamento em torno de 450
MPA e de resistência a tração em torno de 650 MPA, boa ductilidade e
tenacidade e além da possibilidade da aplicação dos processos de
soldagem com controle de alguns parâmetros, sendo aplicados em: rodas
de trilhos ferroviários, engrenagens, chapas de tubos vasos e tanques,
peças de alta resistência a abrasão, e vergalhões para construção civil,
disponíveis na forma de perfis laminados a quente, também em chapas em
bobinas médias e grossas (COLPAERT, 2008).

2.10.5 Aços alto teor de carbono.

[...] Contêm o elevado teor de carbono variando de 0,80% a 1,4% com


características como: limite de escoamento acima de 450 MPa e limite de
resistência a tração acima de 650 MPa boa resistência ao desgaste e
elevada dureza, porém com baixa ductilidade, sendo aplicados na
fabricação de matrizes, de ferramentas, laminas serras, de molas, peças de
máquinas que necessitam uma alta resistência a abrasão e componentes de
alta resistência, disponíveis em tarugos para fundição e para forjamento
(SILVA,2010).

2.10.6 Alterações resultantes da adição de elementos de liga.

Com o objetivo de melhorar a propriedades mecânicas dos aços tais como:


dureza, resistência mecânica, à corrosão, à fluência e ao desgaste é que são
adicionados elementos de liga que contribuem com a formação de soluções sólidas

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ou compostos, aumentando ou diminuindo a temperatura de transformação de fases,


alterando a solubilidade do carbono no ferro gama e no ferro alfa e as velocidades de
transformação da austenita e de solubilização da cementita na austenita durante o
aquecimento do aço, além de diminuir o amolecimento causado pelo revenimento.
Abaixo segue um resumo da influência de cada elemento de liga nos aços:
Cobre: que aumenta a resistência à corrosão atmosférica, à fadiga e alterando
a soldabilidade, a ductilidade e a tenacidade.
Níquel: contribui para o aumento da resistência à corrosão, porém com
diminuição da soldabilidade.
Cromo: aumenta consideravelmente a resistência à corrosão especialmente em
elevadas temperaturas, porém ocorre a redução da soldabilidade, aumentando a
dureza e a resistência a abrasão.
Titânio: aumenta a resistência à abrasão e a resistência à fluência.
Nióbio: tem a função de aumentar a resistência mecânica, melhorar a soldabilidade
e a tenacidade, costuma ser utilizado em aços de alta resistência, pode
também reduzir a ductilidade (NUNES, 2010).

2.10.7 Classificação.

[...] A classificação dos aços obedece a diversos tipos de critérios, podendo


ser elaborada conforme a composição química, tipo de processamento,
microestrutura, propriedades mecânicas e aplicação. Nesta classificação,
podem-se encontrar diversas divisões, ou seja, diversos tipos de
classificação como exemplo: os aços-carbono, os aços-liga, os aços
ferramenta, os aços inoxidáveis (COLPAERT, 2008).

Os tipos de aço utilizados na indústria são classificados pelos sistemas AISI e


pelo sistema SAE, onde são utilizados quatro algarismos na forma ABXX, onde A e
B são os números que identificam os seus teores de liga e seus teores dados em
porcentagem de peso, e o XX identifica a porcentagem do carbono existente
multiplicado por cem. Nos casos dos aços onde o teor de carbono é superior a 1%
pode-se utilizar cinco algarismos. Segue a Tabela 1.1 com as classificações dos
aços:

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Tabela 1.1 Designação dos aços quanto à aplicação.

Designação
Tipo de aço
SAE AISI
10XX C10XX Aços-carbono comuns

11XX C11XX Aços de usinagem (ou corte) fácil, com alto S

13XX 13XX Aço manganês com 1,75% de Mn

23XX 23XX Aços Níquel com 3,5% de Ni

25XX 25XX Aços Níquel com 5,0% de Ni

31XX 31XX Aços Níquel Cromo com 1,25% de Ni e 0,65% de Cr

33XX E33XX Aços Níquel Cromo com 3,5 % de Ni e 1,55 Cr

40XX 40XX Aços Molibdênio com 0,25% de Mo

41XX 41XX Aços Cromo Molibdênio com 0,50% ou 0,90% de Cr e 0,12% ou


0,20% de Mo
43XX 43XX Aços Níquel cromo com molibdênio com 1,80% de Ni e 0,20% ou
0,25% de Mo
46XX 46XX Aços Níquel Molibdênio com 1,55% ou 1,80% de Ni e 0,20% ou
0,25% de Mo
47XX 47XX Aços Níquel Cromo Molibdênio com 1,05%de Ni, 0,45% de Cr e 0,20
de Mo.
48XX 48XX Aços Níquel Molibdênio com 3,5 % de Ni e 0,25% de Mo
50XX 50XX Aços cromo com 0,28% ou 0,65% de Cr

50BXX 50BXX Aços cromo boro com baixo teor de Cr e no mínimo 0,0005% de B

51XX 51XX Aços cromo com 0,80 a 1,05% de Cr

61XX 61XX Aço cromo vanádio com 0,8 ou 0,95% de Cr a 0,1% ou 0,15% de v

86XX 86XX Aços níquel molibdênio com baixos teores de Ni, Cr e Mo

87XX 87XX Idem

92XX 92XX Aço silício manganês com 0,85% de Mn e 2,0% de Si

93XX 93XX Aços silício manganês com 3,25% de Ni, 1,20% de Cr e 0,12% de Mo.

94BXX 94BXX Aço níquel cromo molibdênio com baixos teores de Ni, Mo e no
mínimo 0,0005% de B.
98XX 98XX Aço níquel cromo molibdênio com 1,0% de Ni, 0,80 de Cr e 0,25%
de Mo.
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Fonte: (SILVA, 2010).

2.10.8 Sistema de classificação AISI /SAE.

1XXX - aço sem liga


1045 - aço sem liga com 0,45C
1145 - aço de corte fácil com 0,45C (com Mn S)
1345 - aço de elevada resistência com 0,45C e 1,75Mn
2XXX - aço ao Ni
2345 - aço com 0,45C e 3,5Ni
2545 - aço com 0,45C e 5,0Ni
3XX - aço austenítico resistente à corrosão ou refractário
3XXX - aço ao Cr Ni
3145 - aço com 0,45C 1,25Ni e 0,60Cr
3245 - aço com 0,45C 1,75Ni e 1,0Cr
3345 - aço com 0,45C 3,50Ni e 1,55Cr
4XX - aço ferrítico ou martensítico resistente à corrosão ou refractário
4XXX - aço ao Mo
4045 - aço com 0,45C e 0,25Mo
4145 - aço com 0,45C 0,50 ou 0,95Cr e 0,25Mo
4345 - aço com 0,45C 1,80Ni 0,50 ou 0,80Cr e 0,25Mo
4645 - aço com 0,45C 1,80Ni e 0,25Mo
4845 - aço com 0,45C 3,5Ni e 0,25Mo
5XXXX - aço ao Cr
50100 - aço com 1C e 0,50Cr
51100 - aço com 1C e 1,00Cr
52100 - aço com 1 C e 1,45Cr
6XXX - aço ao Cr V

2.10.9 Sistema de abreviatura DIN C45 - aço sem liga com 0,45C

Ck 45 - semelhante ao anterior, mas de qualidade superior, dito aço especial.


45 Cr Mo 4 - aço fracamente ligado com 0,45 C1 Cr e Mo não quantificado
X200Cr12 - aço fortemente ligado com 2C 12 Cr.

2.11 Ensaios por partícula magnética e liquido penetrante.

2.11.1 Ensaios por partícula magnética.

O ensaio por partículas magnéticas tem sido cada vez mais utilizado pela
indústria metalúrgica, tanto na fabricação de equipamentos novos quanto para a
inspeção preventiva para a recuperação de equipamentos usados garantindo a
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segurança e o funcionamento dos mesmos, além de ser relativamente de baixo


custo em relação a outros tipos de ensaios não destrutivos, também é bem confiável
na detecção de descontinuidades abertas a superfície e subsuperficiais.
[...] O ensaio por partículas magnéticas consiste em submeter uma peça ou
equipamento, novo ou reformado, à aplicação de partículas ferromagnéticas
e com um campo magnético, visando a detecção de descontinuidades
abertas à superfície ou subsuperficiais, ocorrendo um desvio das linhas de
fluxo do campo magnético e acúmulo de pó magnético em possíveis
descontinuidades somente em materiais ferromagnéticos durante a
fabricação, após a usinagem da peça ou mesmo após recondicionamentos
por soldagem (SANTOS, 2011).

[...]. Nele a peça ou uma região específica da mesma é submetida a um


campo magnético, que ao passar por uma descontinuidade, se distorce
formando dois polos magnéticos nas extremidades da descontinuidade,
ao se aplicar as partículas ferromagnéticas às mesmas serão atraídas por
esses polos para dentro da descontinuidade se aglomerando e indicando
a extensão, o formato e a localização da mesma (ANDREUCCI, 2007).

2.11.2 Vantagens do ensaio por PM.

Redução do tempo de inspeção em componentes seriados; Economia de


partículas magnéticas;
Possibilidade de erros é minimizada, uma vez que se observam
descontinuidades em várias direções;
Agilidade e rapidez na execução do ensaio com grande produtividade,
com ajuste conseguido através da realização do ensaio em peças ou corpos de
prova contendo defeitos conhecidos, ressaltando que a magnetização simultânea é
mais confiável na detecção de descontinuidades em diferentes direções, porém é
acrescida mais uma etapa ao ensaio caracterizando assim uma desvantagem.

2.11.3 Métodos de ensaio.

As partículas magnéticas podem ser na forma de pó, em pasta ou em líquido.


São constituídas de pó ferromagnético de dimensões, formas, densidades de cores
adequadas conforme as condições do material a ser ensaiado.

2.11.4 Procedimentos para ensaio.

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Os requisitos mínimos para um procedimento escrito para a aplicação do


ensaio por partículas magnéticas conforme o (Código ASME Sec. V Art.7) são
descritos abaixo:
Técnica de magnetização;
Tipo ou amperagem de corrente elétrica para a magnetização; Preparação da
superfície;
Tipos de partículas utilizadas; Método de aplicação das partículas;
Método de remoção do excesso das partículas magnéticas na superfície; Intensidade
mínima de iluminação;
Espessura de revestimento, se não removidos; Demonstração do procedimento, se
aplicável; Temperatura da superfície;
Forma de tamanho das peças inspecionadas; Equipamentos;
Técnica de desmagnetização; Limpeza após o ensaio;
Requisitos de qualificação de pessoal.

2.11.5 Avaliações dos registros dos resultados

É necessário que o ensaio seja realizado baseado em normas para se


garantir os resultados obtidos na peça nas mesmas condições, para isso deve ser
seguido um procedimento diferente para cada tipo de inspeção, implementando
correlação entre o mapeamento e os registros de resultados / relatórios emitidos
com a localização na peça e o equipamento de ensaio, elaborando um relatório
detalhado posterior com as seguintes características:
Peça a ser ensaiada (desenho, posição, etc.); Área de interesse para a inspeção;
Norma de aceitação;
Aparelho de magnetização utilizada; Tipo e intensidade da corrente;
Pó magnético utilizado;
Veículo (no caso do ensaio por via úmida);
Concentração das partículas (no caso do ensaio por via úmida); Croquis da peça e
indicações detectadas;
Assinatura e identificação do inspetor.

2.12 Ensaios não destrutivos por líquido penetrante

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2.12.1 Ensaios não destrutivos por líquido penetrante.

O ensaio por líquido penetrante é um método desenvolvido especialmente


para a detecção de descontinuidades essencialmente superficiais, e ainda que
estejam abertas na superfície do material. Este método teve início antes da Primeira
Guerra Mundial, sendo utilizado principalmente na indústria ferroviária para a
inspeção de eixos e rodas de vagões e locomotivas, no qual as peças ou
componentes eram mergulhados em um tanque de óleo lubrificante pesado,
misturado com querosene que após certo tempo de penetração, que podia
variar de horas até mesmo um dia, posteriormente retirada do banho limpa e seca
com estopas que então eram pintadas com uma mistura de giz e álcool e em seguida
submetidas à vibração por um meio mecânico auxiliando o óleo que ficava retido nas
aberturas ou descontinuidades a sair e formar uma indicação na cobertura de giz,
mas com este método os resultados obtidos deixavam muito a desejar e acabou
sendo substituído pelo ensaio por partículas magnéticas.

2.12.2 Finalidades do ensaio

O ensaio por líquido penetrante presta-se a detectar descontinuidades


superficiais e que sejam abertas na superfície, tais como trincas, poros e dobras
podendo ser aplicado em todos os materiais sólidos e não porosos ou com superfície
muito grosseira.
[...] Através de um líquido especialmente formulado com a capacidade de
penetrar em pequenas aberturas, independente da gravidade, sendo muito
utilizado em materiais não magnéticos, como: alumínio, magnésio, aços
inoxidáveis austeníticos, ligas de titânio, e zircônio, além dos materiais
magnéticos. É também aplicado em cerâmica vitrificada, vidro e plásticos
(ANDREUCCI, 2001).

2.12.3 Princípios básicos.

O método consiste em aplicar o líquido, fazendo-o penetrar na abertura da


descontinuidade, aguardar certo tempo, realizar a remoção do excesso de líquido
da superfície, sem que se faça sair da descontinuidade o líquido, em seguida aplicar
um revelador, que formará uma camada porosa que absorverá o líquido retido na

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descontinuidade, caso exista, formando assim uma imagem da descontinuidade


desenhada sobre a superfície porosa do revelador.
Pode-se descrever o método em seis etapas principais no ensaio mais
detalhadamente conforme abaixo:
Preparação da superfície e limpeza inicial; Aplicação do penetrante; Remoção do
excesso de penetrante; Revelação; Avaliação e Inspeção.
A inspeção deve ser realizada sob boas condições de luminosidade, se o
penetrante é do tipo visível (cor contrastante com o revelador) ou sob luz negra, em
área escurecida, caso o penetrante seja fluorescente.
Limpeza após o ensaio: a última etapa, obrigatória, é a limpeza de todos os resíduos
de produtos, que podem prejudicar uma etapa posterior de trabalho da peça
(ANDREUCCI, 2001).

2.13 Plano de manutenção preventiva.

A manutenção preventiva quando bem realizada é altamente eficaz. Qualquer


instalação industrial deve possuir um plano de manutenção preventiva, mas cada
instalação exige seu próprio documento, pois é feita com base nos equipamentos e
componentes, portanto não deve ser aproveitado de outro plano.
2.3.1 Fraturas de eixos de moendas
Eixos de moenda são equipamentos importantes das usinas de açúcar e
álcool, pois sua eventual falha acarreta prejuízos, como com custos decorrentes
dotempo de parada para sua substituição, além de perdas de extração .
(WELDING, 2015)

Figura 10. Eixo de moenda fraturado por fadiga.

Fonte: (WELDING, 2015)

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Figura 11. Superfície de fratura

Fonte: (WELDING, 2015)


Caso não haja adversidades operacionais extremas e as manutenções
preventiva e corretiva sejam realizadas de maneira adequada, a vida útil dos eixos
de moenda tenderia a ser extremamente longa, já que este componente é
superdimensionado e seu limite de fadiga está muito acima dos esforços a que
estará submetido em operação normal. (WELDING, 2015)
A (WELDING) defende o conceito de que se alguns parâmetros técnicos
forem obedecidos, dificilmente um eixo de moenda virá a fraturar em condições
normais de operação, portanto as inspeções preventivas através de ensaios não
destrutíveis.

3. Materiais e Métodos

3.1 Materiais de fabricação do eixo.

O eixo inspecionado foi fabricado em aço forjado SAE 1045, os tratamentos


térmicos utilizados foram à normalização realizada em forno na temperatura de 900ºC
durante 15 horas e seu resfriamento foi realizado por meio de ar soprado e
revenimento.
Os testes dos corpos de prova do material de fabricação obtiveram os
seguintes resultados: Dureza detectada de 179 HB, tamanho de grão encontrado de
6/7 ASTM, com um limite de resistência de 73kgf/mm², limite de escoamento
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de 0,2%, estricção de 32,5% e alongamento de 21,2%.


Conforme certificado de qualidade cedido pelo fornecedor da material
base, observa-se na tabela 2.1 a composição química deste.

Tabela 2.1 Análise Química do aço SAE 1045 (%).


C Si Mn P S Cr Mo Ni V Cu Al N

0,48 0,23 0,82 0,010 0,007 0,23 0,04 0,06 0,01 0,04 0,03 0,0041

Fonte: (DEDINI, 2013).

Os critérios para compra do AÇO SAE 1045 são os seguintes:


Tratamento Térmico: Normalizado.
Dureza Superficial: 170 a 210 HB.
Resistência a Tração: 59 a 723 Kgf/mm².
Tamanho de Grão: ASTM 6 a 8

3.2 Inspeções preventivas em um eixo de moenda.

Para a realização deste trabalho foi utilizado um eixo de moenda 1250 mm


x 2300 mm, fabricado em aço forjado SAE 1045.
Foi realizada uma limpeza no eixo com desengraxante, thinner e querosene
para a remoção de graxas e dos óleos e com escovas rotativas abrasivas e de aço
para a remoção dos óxidos e das corrosões.
Posteriormente foram realizados os ensaios dimensional, visual e por
partículas magnéticas, após a realização dos ensaios foram anotados os resultados
em um croqui manual que posteriormente foi utilizado para a elaboração de um
relatório de inspeção preventiva, que descrevia todas as ações corretivas
necessárias para a recuperação do eixo, que garantam a sua utilização durante a
safra.

Figura 12. A e B Arrastes acentuados no assento do planetário

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A B
Fonte: (SIMISA, 2013).

3.2.1 Ações corretivas.

Foi realizado serviço de usinagem para o rebaixamento do assento do redutor


planetário no lado do acionamento, eliminando os arrastes de materiais acentuados
e preparando a superfície para a posterior recuperação por soldagem.

Figura 13. A e B Assento rebaixado

A B
Fonte: (SIMISA, 2013).

3.3 Ensaios por partícula magnética.

Para a realização do ensaio por partículas magnéticas via úmida colorida foi
utilizado o procedimento CON-26 R.0 seguindo as etapas previstas no mesmo.

3.3.1 Preparações das partículas magnéticas via úmida colorida

Nesta etapa foram misturadas as partículas ferromagnéticas, o distensor e


água, foram utilizadas partículas magnéticas via úmida colorida, na cor vermelha 9C-
RED, a quantidade das partículas ferromagnéticas utilizadas foi de 12 ml por
litro com o distensor e a quantidade utilizada foi de 50 ml por litro de água.
Após a mistura dos componentes da solução, foi depositada uma quantidade de 100
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ml em um tubo decantador tipo pera, e após 30 minutos foi verificado volume


decantado que estava em 1,5 ml para um exigido de 1,2 a 2,4ml.

Figura 14. A e B Solução colocada em decantação e após 30 minutos.

A B
Fonte: (SIMISA, 2013).

Figura 15. Volume decantado em 1,5mL.

Fonte: (SIMISA, 2013).

Figura 16. Partículas via úmida colorida e distensor.

A B

Fonte: (Welding, 2015).

3.3.2 Verificações das condições de ensaio

Nesta etapa, foram realizadas as verificações de eficiência do ensaio, foram


analisadas as condições de iluminamento, a temperatura, verificada a capacidade de
levantamento de massa do Yoke realizada com um bloco padrão e pôr fim a
verificação de eficiência do ensaio realizada com um padrão circular marca
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Metalcheck de acordo com a norma N-1598, código: M-2419-I, onde todos os


equipamentos e instrumentos estavam calibrados e dentro do prazo de validade da
calibração.

Figura 17. A e B Padrão de levantamento de massa e Yoke.

A B
Fonte: (SIMISA, 2013).

Figura 18. A e B Verificação da luminosidade e da temperatura.

A B
Fonte: (SIMISA, 2013).

Figura 19. A e B Verificação de eficiência e do levantamento de massa.

A B
Fonte: (SIMISA, 2013).

3.3.3 Preparações da superfície de ensaio.

Nesta etapa, foram utilizados desengraxante, thinner, querosene e panos


para a eliminação de poeiras, óleos e graxas e outras sujeiras que poderiam
atrapalhar o ensaio.

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Figura 20. Limpeza da superfície.

Fonte: (SIMISA, 2013).

3.3.4 Realizações do ensaio por partícula magnética.

Nesta etapa, foi realizada a inspeção por partículas magnéticas aplicando-se a


suspensão sobre a superfície do assento do redutor planetário do eixo,
obedecendo à sobreposição prevista no procedimento com o derramamento da
suspensão sobre a área como Yoke ligado.
Para a verificação das indicações detectadas foi utilizado um pendente com
uma lâmpada incandescente de 50watts de potência, e para o derramamento
da suspensão foi utilizado uma bomba pulverizadora.

Figura 21 Realizando o ensaio por partícula magnética.

Fonte: (SIMISA, 2013).

3.3.5 Registros das indicações

Após a realização do ensaio por partículas magnéticas, não foram detectadas


descontinuidades na superfície do assento do redutor planetário.

Figura 22. Ensaio realizado.

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Fonte: (SIMISA, 2013).

3.3.6 Limpeza final

Após a realização de todas as etapas de inspeção juntamente com o laudo


das indicações possíveis, foi realizada a limpeza final da peça e todos os vestígios
das partículas foram removidos.

Figura 23. Limpeza do eixo.

Fonte: (SIMISA, 2013).

3.4 Ensaios por liquido penetrante.

Para a realização do ensaio por líquidos penetrantes foi utilizado o


procedimento CON-27 R.0 seguindo as etapas previstas no mesmo.

3.4.1 Preparações da superfície.

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Nesta etapa, foi realizada a limpeza da superfície da área a ser inspecionada


com removedor solvente da marca Metal-Chek no lote 11671 e panos, retirando as
sujeiras como óleos, graxas e poeiras.

Figura 24. Solvente utilizado.

Fonte: (SIMISA, 2013).

3.4.2 Realizações do ensaio.

Nesta etapa, foram aplicados em toda a extensão do assento do redutor


planetário limpo e livre de poeiras, os líquidos penetrantes cobrindo uniformemente o
assento e aguardados em torno de 15 minutos para então ser removido o excesso
de penetrantes com uma bomba pulverizadora abastecida água e o auxílio de panos
secos para a secagem da superfície.

Figura 25. A e B Aplicação e tempo de penetração dos líquidos penetrantes.

A B
Fonte: (SIMISA, 2013).

Figura 26. A e B Penetrante, revelador e remoção do excesso.

A B
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Fonte: (SIMISA, 2013).

3.4.3 Aplicações do revelador e avaliação das indicações

Nesta etapa, após a remoção do penetrante, aguardou-se o tempo de


secagem e então aplicado o revelador em toda a extensão do assento de forma
uniforme evitando escorrimento na região de interesse e após alguns segundos até
a total secagem imediatamente após a aplicação foi realizada a inspeção inicial
definindo as possíveis indicações e diferenciando-as quanto à forma circulares ou
lineares e detectada a existência de uma descontinuidade arredondada ou poro com
um diâmetro de 8 mm aproximadamente após a avaliação final com 20 minutos de
revelação, na superfície do assento o qual se encontra reprovado conforme o critério
de aceitação aplicável a esta inspeção.

Figura 27. Aplicação do revelador.

Fonte: (SIMISA, 2013).


3.4.4 Registros das indicações

Após a realização do ensaio por líquidos penetrantes, foi detectada uma


descontinuidade arredondada na superfície do assento do redutor planetário.
Figura 28. Descontinuidade detectada.

Fonte: (SIMISA, 2013).

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3.4.5 Limpeza final

Após a realização de todas as etapas de inspeção juntamente com o laudo


das indicações possíveis, foi realizada a limpeza final da peça e todos os vestígios
das partículas e da tinta de contraste foram removidos.

Figura 29. Limpeza final.

Fonte: (SIMISA, 2013).

4. Conclusões

As etapas previstas no processo de reforma em componentes do setor


sucroalcooleiro, no caso deste trabalho, em um eixo de moenda, foram totalmente
cumpridas conforme previstos nos procedimentos, normas e códigos utilizados,
desde o recebimento, identificação, preparação dos componentes para a inspeção,
realização dos ensaios e inspeção final, depois identificadas as não conformidades e
realizadas as recuperações necessárias com procedimentos e pessoal qualif icados
para soldagem e tratamento térmico para alívio de tensões e finalmente
reinspecionados por ensaios não destrutivos conforme procedimentos e inspetores
também qualificados, fato que aumenta a segurança e credibilidade nos resultados
obtidos.
Após a realização do ensaio por partículas magnéticas, não foram detectadas
nenhum tipo de descontinuidade; sendo assim, o trabalho de recuperação do eixo foi
aprovado por este ensaio, porém no ensaio por líquidos penetrantes, a detecção de
uma indicação arredondada com diâmetro de aproximadamente 8mm levou a sua
reprovação por sua não conformidade com o critério de aceitação adotado para o
equipamento inspecionado já descrito anteriormente.

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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