Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
________________
1. Graduanda em Medicina Veterinária, Monitora de Anatomia, Departamento de Morfologia e Fisiologia Animal (DMFA), Universidade Federal Rural
de Pernambuco (UFRPE). R. Dom Manuel de Medeiros, s/n, Dois Irmãos, Recife, PE, CEP 52171900. E-mail: marcelamaamorim@gmail.com
2. Graduanda em Medicina Veterinária, Monitora de Anatomia, DMFA - UFRPE.
3. Graduanda em Medicina Veterinária, UFRPE.
4. Professora Dra. Associada I do DMFA – UFRPE.
X JORNADA DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO – JEPEX 2010 – UFRPE: Recife, 18 a 22 de outubro.
o período de gestação considerado. Assim, por Diferente do ocorrido nos outros carnívoros, a
exemplo, na égua e carnívoros observamos no período placenta felina mostra uma placenta zonária
inicial da gestação uma placentação vitelínica devido incompleta devido a presença da fissura placentária.
ao maior desenvolvimento do saco vitelino e ao seu Pesquisa realizada mostra que de 32 casos, em 20, ou
contato com o endométrio. Com o evoluir da gestação seja, 62,5% havia presença de fissura placentária do
há um maior desenvolvimento da alantóide e a lado esquerdo da placenta em região distal ao funículo
placenta torna-se do tipo corioalantóide [9]. umbilical. Em dois casos sobre 20, ou seja, 10%, a
Todas as placentas dos mamíferos aumentam a área fissura placentária formava um anel incompleto do
de contato entre as superfícies materna e fetal através tecido anular zonário placentário, sendo suas bordas
da forma mais ou menos intensa das terdigitações dos interligadas através da vascularização dos ramos
tecidos. Quando esta distribuição se prolonga na maior arteriais e venosos placentários, sendo neste caso
parte da superfície coriônica [1] , ou seja, quando as verificado ausência de tecido trofoblástico sobre o
vilosidades distribuem-se regularmente pelo córion, útero [15].
temos a placenta difusa (suíno e equino). A placenta discoidal é encontrada na maioria
A placenta do equino é classificada como difusa tal dos roedores e no homem. Neste tipo de placenta há
qual a dos suínos. O arranjo das membranas fetais é do um grande desenvolvimento das vilosidades
tipo córion-alantóide, o córion apóia-se no endométrio coriônicas, mas agrupadas na região basal do
uterino com exceção de uma pequena área concepto. Tem a forma de um disco ou torta e está
denominada estrela cervical. Os microcotilédones relacionada com uma maior intimidade entre os
formam-se em toda a área de interação com o tecidos maternos e fetais. Na coelha a placenta é
endométrio caracterizando uma placentação difusa constituída por um disco e situada dorsalmente ao feto,
[10]. comum em outros roedores. Neste tipo de placenta
A placenta dos equinos apresentam estruturas única também encontra-se cotilédones que formam pequenas
como os cálices endometriais e cinta coriônica, à lobulações. Estes são formados pela penetração das
produção da Gonadotrofina Coriônica eqüina (eCG) e vilosidades do endométrio, com destruição deste pelo
às seis camadas de tecido entre os capilares materno e sinciciotrofoblasto [16].
fetal [11] . Na placenta bidiscoidal, o tecido de troca
No entanto, na maioria dos mamíferos, as concentra-se em dois discos placentários (macaco
interdigitações estão concentradas em áreas Rhesus, marmota e alguns roedores).
específicas, tendo, assim, a placenta cotiledonária, Mediante as camadas de tecido inter-hemal , sendo
típica nos ruminantes [1]. As vilosidades coriônicas teoricamente seis camadas teciduais que separam as
apresentam-se agrupadas em determinadas regiões e circulações materna e fetal (endotélio materno, tecido
denominam-se cotilédones. A cada cotilédone conjuntivo, epitélio maternal, trofoblasto, que é o
corresponde a uma região modificada do endométrio epitelio coriônico, tecido conjuntivo fetal e endotélio
uterino, denominada carúncula, que são projeções da fetal), as placentas classificam-se em: epiteliocorial,
mucosa uterina. O conjunto formado por um quando o epitélio coriônico e o endotélio estão
cotilédone e uma carúncula, recebe o nome de preservados, consequente a uma implantação
placentoma. Entre os placentomas o corión dos superficial (suíno e equino); sinoepiteliocorial,
ruminantes (com exceção da girafa ) não apresenta verificada nos ruminantes, é semelhante à placenta
vilosidades . Estas carúnculas são convexas na vaca e epiteliocorial, no entanto, algumas células
côncava na ovelha e cabra [12]. trofoblásticas (também chamadas binucleadas ou
A placenta definitiva dos bovinos é do tipo células gigantes) se fundem com as células epiteliais
corioalantoideana, na qual a membrana coriônica é uterinas; a sindesmocorial é um estágio transitório
conectada a circulação fetal pelos vasos alantoideanos inicial, anterior à hibridização (mistura) do epitélio
[1]. uterino e trofoblasto; a endoteliocorial, verificada em
Na placenta zonária a zona de contato das carnívoros e alguns morcegos, as células trofoblásticas
interdigitações formam um cinto ao redor do saco se insinuam profundamente até o endotélio materno
coriônico [1], ou seja, as vilosidades estão dispostas [1]; e na hemocorial, o epitélio do córion fica em
em forma de anel ou cinturão que envolve o feto no contato com o sangue materno, verificada nos
sentido transversal, determinando, assim, uma zona primatas e roedores [17].
placentária restrita. As vilosidades assemelham-se a Nos animais, principlamente nos mamíferos, a
um labirinto, fato que relaciona mais intimamente os placenta é um dos órgãos estruturalmente mais
tecidos maternos fetais. Nas bordas da placenta complexos. Essa complexidade é promovida, em parte,
zonária observa-se um hematoma que resulta de pela interação dos tecidos de origem materna e fetal,
hemorragia materna quando da invasão do trofoblasto além da presença de uma variedade de camadas
no endométrio uterino [13]. Estes hematomas intermediárias que se interpõem entre os leitos
desempenham papel importante na nutrição do feto, vasculares materno e fetal [18].
pois o sangue materno é decomposto propiciando uma
fonte importante de ferro [14]. Este tipo de placenta é
encontrado nos carnívoros.
X JORNADA DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO – JEPEX 2010 – UFRPE: Recife, 18 a 22 de outubro.