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E N G E N H A R I A

M E C Â N I C A
MÁQUINAS TÉRMICAS I
D O C 0 6 C I C LO S P OT Ê N C I A A G Á S + G Á S - VA P O R
( A r, O tt o , D i e s e l , B ray t o n , C o m b i n a d o G – V
P r o f. M i c h e l S a d a l l a F i l h o
Çengel, Yunus A.; BOLES, Michael A. Termodinâmica (5ª Edição) McGraw
Hill, 2011 (Texto que serviu de base para os slides) Outras possibilidades:
BORGNAKKE, Claus; SONNTAG, Richard E. – Fundamentos da
Termodinâmica (Série Van Wylen) – tradução da 7ª ed. americana.
Edgard Blücher Ltda, 2010.
MORAN, Michael J.; SHAPIRO, Howard N. Princípios de Termodinâmica
para Engenharia. Editora LTC. 4ª edição, 2002.
MT I DOC 06 Gas Pot (Ar,O-D-B, G-V)
Ver 1.1 09 maio 2016
C
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DA
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0.1 A P R E SE NT A Ç Ã O
Nestas notas de aulas, fazemos uma abordagem inicial de ciclos
de potência a gás, que envolvem uma visão geral sobre os
motores alternativos e os ciclos por ignição por centelha (Ciclo
Otto) e por ignição por compressão (Ciclo Diesel), passando pelos
Ciclos Stirling e Ericsson, com objetivo de tratarmos do ciclo
Brayton – o ciclo ideal para turbinas a gás.
Fechamos a análise termodinâmica para ciclos combinados gás –
vapor, que englobam o ciclo Brayton (turbina a gás) com o ciclo
Rankine (turbinas a vapor), modalidade que permite obter maior
eficiência térmica e que vem sendo adotada nos novos projetos.
As referências teóricas para grande parte destes slides são do
livro Te r m o d i n â m i c a ( Ç e n g e l & B o l e s , 5 ª E d i ç ã o , 2 0 1 1 )
– Capítulo 9 – Ciclos de Potência a Gás, conforme já referen-
ciado na página inicial. Bons estudos!
Michel Sadalla Filho
Campinas, 02 nov. 2014
MÁQUINAS TÉRMICAS I
C I C L O S P O T Ê N C I A G Á S , G á s - Va p o r
M T I D O C 0 6 GAS POT (Ar, O -D-B, G – V)
1. A Termodinâmica e os ciclos de potência
1.1 Ciclos ideais x ciclos reais 1.2 Ciclo de Carnot (breve revisão)
1.3 Ciclos de Potência: Simplificações... Í n d ic e Re su mid o
1.4 Ciclos de Potência – Diagramas P – v; T – s Ver. 1.1 – 09 maio 2016
2. O ciclo de Carnot e sua importância para a engenharia
2.1 Eficiência térmica do ciclo Carnot
3. Hipóteses do Padrão AR A nt iga
4. Uma visão geral dos motores alternativos MT I DOC 07 Gas Pot
5. Ciclo OTTO – o ciclo ideal dos motores por centelha (Ar,O-D-B, G-V)
Ver 1 02 nov. 2014
5.1 Ciclo Otto – Balanço de Energia (1ª Lei)
5.2 O que é Octanagem
6. Ciclo DIESEL – o ciclo ideal dos motores ignição por compressão
6.1 Ciclo Diesel x Ciclo Otto 6.2 Ciclo Diesel : aplicações
6.3 Ciclo Diesel ideal: Diagrama P – v; T – s
6.4 Motores Diesel: injeção de combustível 6.5 Proibição no Brasil
6.6 Ciclo Diesel: Balanço de Energia (1ª Lei)
MÁQUINAS TÉRMICAS I
C I C L O S P O T Ê N C I A G Á S , G á s - Va p o r
M T I D O C 0 6 GAS POT (Ar, O -D-B, G – V)
7. Motores de Combustão Interna – Análise das hipóteses simplificadoras:
CICLO DUAL IDEAL
Í n d ic e Re su mid o
8. Ciclos Stirling & Ericsson
Ver. 1.1 09 maio 2016
8.1 Ciclos Stirling & Ericsson : Regeneração
8.2 Carnot, Stirling, Ericsson – Diagramas P-v; T- s
8.3 Ciclos Stirling : ; 8.4 Ciclos Ericsson : considerações gerais
8.5 Carnot, Stirling, Ericsson: eficiência térmica
8.6 Ciclos Stirling & Ericsson: Dificuldades execução; potencial maior η
9. Ciclo BRAYTON – o ciclo ideal das turbinas a gás
9.1 Ciclo Brayton : Balanço de Energia (1ª Lei)
9.2 Ciclo Brayton – Turbinas a gás: algumas considerações
10. Desenvolvimento das turbinas a gás (breve histórico)
11. Diferenças entre ciclos de turbinas a gás (reais x ideais)
12. O Ciclo Brayton com Regeneração
13. CICLO COMBINADO GÁS – VAPOR
MÁQUINAS TÉRMICAS I
C I C L O S P O T Ê N C I A G Á S , G á s - Va p o r
M T I D O C 0 6 GAS POT (Ar, O -D-B, G – V)

MT I – DOC 06 Gas Pot (Ar, O-D-B, G – V) Versão 1.1 09 maio 2016


Novidades :
i. Nome do arquivo – antigo era MT I – DOC 07 Gas Pot ....
Ver 1 02 nov. 2014
ii. Pequeníssimas correções / alterações de texto nos slides
40, 44, 59, 64, 68, 69. Nada substancial... Este slide de controle

MT I DOC 06 Gas Pot (Ar,O-D-B, G-V)


Ver 1.1 09 maio 2016
1 A TERMODINÂMICA E OS CICLOS DE POTÊNCIA
Duas importantes áreas da T E R M O D I N Â M I C A são a g e r a ç ã o
d e p o t ê n c i a e a r e f r i g e r a ç ã o , geralmente por dispositivos
trabalhando em ciclos:
i. Motores ou Máquinas Térmicas: Ciclos de potência
ii. Refrigeradores, condicionadores de ar, bombas de calor:
Ciclos de refrigeração

CICLOS DE POTÊNCIA TERMODINÂMICOS :


São classificados de acordo com a fase do fluido de trabalho, como:
i. ciclos de potência a VAPOR
O fluido de trabalho existe na fase vapor durante uma parte
do ciclo e na fase líquida durante outra parte do ciclo.
ii. ciclos de potência a GÁS
O fluido de trabalho permanece na fase gasosa durante todo
o ciclo.
1 A TERMODINÂMICA E OS CICLOS DE POTÊNCIA
Os ciclos termodinâmicos também podem ser classificados como:
iii. ciclos fechados
O fluido de trabalho volta ao estado inicial no final do ciclo
e circula novamente (identidade fixa do fluido de trabalho)
iv. ciclos abertos
O fluido de trabalho é renovado ao final de cada ciclo e
circula novamente.

Nos motores dos automóveis ocorre a exaustão e


substituição dos gases de combustão pela mistura de ar fresco e
combustível ao final de cada ciclo. O motor opera segundo um
ciclo termodinâmico mas o fluido de trabalho não realiza um
ciclo termodinâmico completo.
1 A TERMODINÂMICA E OS CICLOS DE POTÊNCIA
MÁQUINAS TÉRMICAS (breve revisão)
Uma máquina térmica é um dispositivo que operando em
ciclos, recebe calor de um reservatório de alta temperatura
( R AT ) , p r o d u z t r a b a l h o ú t i l ( W ) e rejeita calor com
um reservatório de baixa temperatura ( R B T ) , conforme nos
mostra a Fig. 01:
Fig. 01

Fig. 01 Máquina Térmica


reversível - no sentido inverso,
o dispositivo opera segundo
um refrigerador (recebe calor
de RBT e rejeita calor para RAT,
mediante entrada de trabalho).
1 A TERMODINÂMICA E OS CICLOS DE POTÊNCIA
MÁQUINAS TÉRMICAS: dependendo como o ocorre o
fornecimento de calor para o fluido de trabalho, uma máquina
térmica é classificada como:
i. máquinas (motores) de combustão externa
O calor é fornecido ao fluido de trabalho por uma fonte
externa (por exemplo em uma fornalha, caldeira ou reator
nuclear, como em uma usina de potência, ciclos a vapor)
ii. máquinas (motores) de combustão interna
O calor é fornecido internamente, como nos motores dos
automóveis, pela queima do combustível dentro das
fronteiras do sistema.
1.1 CICLOS IDEIAIS x CICLOS REAIS ...

Ciclos de Potência : são difíceis de serem analisados devido


à complexidade de fatores reais como atrito e falta de
tempo suficiente para obtenção das condições de equilíbrio,
e para tornar possível uma análise analítica faz-se algumas
simplificações/idealizações (Fig.02)  ciclo ideal
(Fig.03), mas que não levam a grandes perdas de identidade
do ciclo real. CICLO IDEAL  PROCESSOS
REVERSÍVEIS Fig 02. Modeling is a powerful
engineering tool that provides great
insight and simplicity at the expense of
some loss in accuracy.
( A modelagem é uma ferramenta de
engenharia poderosa que oferece uma
visão ampla e simples às custas de uma
certa perda de precisão. )
1.1 CICLOS IDEIAIS – MODELAGEM ...

Fig. 03 The analysis of many


complex processes can be
reduced to a manageable level
by utilizing some idealizations.

A análise de muitos processos


complexos pode ser simplificada
com o uso de algumas
idealizações.

Fig. 03
1.1 CICLOS IDEIAIS x CICLOS REAIS ...
Modelos idealizados : permitem que os engenheiro s
estudem os efeitos dos principais parâmetros que dominan
o ciclo evitando os detalhes que podem confundir a análise .
As conclusões da análise dos ciclos ideais também se
aplicam aos ciclos reais, mas os valores numéricos obtidos
da análise de um ciclo ideal, podem
variar significativamente em
relação a um ciclo ideal – Fig. 04

Fig. 04 Care should be exercised in


the interpretation of the results
from ideal cycles.
(É preciso tomar cuidado com a
interpretação dos resultados dos Fig. 04
ciclos ideais.)
1.1 CICLOS IDEIAIS x CICLOS REAIS ...
Modelos idealizados x reais: por exemplo, a eficiência
térmica do ciclo Otto (ciclo ideal para motores com ignição
por centelha) aumenta com o aumento com a razão/taxa de
compressão, e o mesmo ocorre com os ciclos reais. No
entanto, o valor da eficiência térmica desses ciclos podem
apresentar diferenças significativas .
Como já visto em Termodinâmica, as máquinas térmicas
foram desenvolvidas para converter energia térmica em
trabalho e o seu desempenho é expresso em termos de
eficiência térmica ( 𝜂 t ):

Ainda, a máxima eficiência térmica é dada pelo ciclo de Carnot :


não existe nenhum ciclo termodinâmico com maior eficiência.
1.1 CICLOS IDEIAIS x CICLOS REAIS ...
Máquina térmica : desempenho == eficiência térmica :
razão entre o trabalho líquido produzido pelo motor e o
calor total fornecido (que a máquina recebe) – Fig. 05

Fig. 05
1 . 2 C I C LO D E C A R N OT ( b re v e re v i s ã o )
O ciclo de Carnot é composto por quatro processos
reversíveis (Fig. 01 mostra ciclo potência a vapor)
1’- 2’: bombeamento adiabático reversível na bomba (processo
isoentrópico)
2’- 3: transferência de calor do RAT para o fluido - processo isotérmico
3 - 4: trabalho adiabático produzido pela turbina (processo isoentrópico)
4 - 1’: transferência de calor do fluido para RBT – processo isotérmico

Fig. 14 – Ciclo Carnot

F ig . 0 6 Diagrama T x s Fig. 01
Ciclo Carnot
1.2 CICLO CARNOT x IDEIAIS x REAIS ...
Ciclo Carnot x ciclo ideal x ciclo real: uma indagação
pertinente :
já que o ciclo de Carnot é o que apresenta a
maior eficiência térmica, por que não
utilizarmos este ciclo para todas as máquinas
térmicas ao invés de nos ocuparmos com os
ciclos ideais?

a maioria dos ciclos que operam na prática


diferem significativamente do ciclo de Carnot,
sendo este portanto inadequado. Por outro
lado, cada ciclo ideal está relacionado a um
dispositivo específico usado para produzir
trabalho, sendo uma versão idealizada do
ciclo real.
1.2 CICLOS CARNOT x IDEIAIS x REAIS
Os ciclos ideais são internamente reversíveis, mas ao
contrário do ciclo de Carnot, eles não são
necessariamente externamente reversíveis, ou seja,
eles podem envolver irreversibilidades externas, como
por exemplo a transferência de calor com uma
diferença finita de temperatura .
1.3 CICLOS POTÊNCIA: Simplificações...
As i d e a l i z a ç õ e s e s i m p l i f i c a ç õ e s normalmente empregadas
na análise dos ciclos de potência podem ser assim resumidas:
i. O ciclo não envolve qualquer atrito. Assim, o fluido
de trabalho não sofre nenhuma queda de pressão ao
escoar em tubos ou dispositivos como trocadores de
calor, turbinas, etc.
ii. Todos os processos de expansão e compressão são
considerados como processos quase-estáticos .
iii. Os tubos que conectam os diversos componentes são
bem isolados e a transferência de calor ao longo
deles é desprezível .
iv. As variações de energia cinética e potencial são
desprezadas (o que é bastante razoável na prática ...)
1.3 CICLOS POTÊNCIA: Simplificações...
Desprezar as variações de energia cinética e potencial é
bastante razoável devido estas formas de energia serem
muito pequenas em relação às outras formas de energia,
principalmente para dispositivos que envolvem trabalho de
eixo (turbinas, bombas, compressores). As velocidades de
escoamento em dispositivos como condensadores, caldeiras
e câmaras de mistura são geralmente baixas e as correntes
de fluxo sofrem pouca variação de velocidade  podemos
desprezar variação da energia cinética sem problemas.

B O C A I S e D I F U S O R E S – são os únicos dispositivos que


sofrem significativas variações de energia cinética, pois são
construídos especificamente para criar grandes variações de
velocidade.
1 . 4 CICLOS POTÊNCIA: DIAGRAMAS P-v e T-s
Os diagramas P-v e T-s ( vistos nas disciplinas de
Termodinâmica I e II) são ferramentas valiosas nas
análises de ciclos termodinâmicos .

Nestes diagramas, a área delimitada pelas cur vas de


processos para um ciclo, representam ao mesmo tempo, o
trabalho líquido e o calor líquido do ciclo.

O diagrama T-s é particularmente útil como auxílio


visual na análise dos ciclos de potência ideais, uma
vez que para estes ciclos, a única variação de
e n t r o p i a é n o s p r o c e s s o s d e t r a n s f e r ê n c i a d e c a l o r.
1 . 4 CICLOS POTÊNCIA: DIAGRAMAS P-v e T-s
Diagrama T - s , a l g u m a s c o n s i d e r a ç õ e s : (Fig. 7b)
i. processo de fornecimento de calor acontece na
direção do aumento de entropia,
ii. um processo de rejeição de calor, acontece na direção
da diminuição de entropia .
iii. Processo adiabático e reversível é um processo
isoentrópico, a entropia permanece constante .
iv. a área sobre a cur va de processo, de um diagrama T - s ,
representa a transferência de calor naquele processo .
v. a área delimitada pela diferença entre o fornecimento
de calor e a rejeição de calor é o calor líquido do ciclo
e consequentemente o trabalho líquido do ciclo
1 . 4 CICLOS POTÊNCIA: DIAGRAMAS P-v e T-s

Fig. 07a Fig. 07b

Figs. 7a e 7b On both P-v and Nos diagramas P-v and T-s, a


T-s diagrams, the area área delimitada pela curva do
enclosed by the process curve processo representa o
represents the net work of the trabalho líquido do ciclo.
cycle.
1 . 4 CICLOS POTÊNCIA: DIAGRAMAS P-v e T-s

Fig. 08
1 . 4 CICLOS POTÊNCIA: DIAGRAMAS P-v e T-s
Emb ora o fluido d e trab alho d e um ciclo d e potência ideal
op ere em um circu ito fech ad o, os tip os d e p rocessos
individuais que compreendem o ciclo depende dos
d ispositivos individu ais u tilizados p ara execu tá -lo. No ciclo
d e Rankine, q u e é o ciclo id eal d as usin as d e p otên cia a
vapor, o fluido de trabalho escoa através de uma série de
d ispositivos d e escoam ento em regim e p erm an ente com o
turb in a e o condensador, en qu anto no ciclo Otto, qu e é o
ciclo ideal para o motor d e automóvel d e ign ição por
centelha, o fluido d e trab alho é alter n ad am ente exp and ido
e com primido em um sistem a p istão -cilind ro . A s s i m ,
equações pertinentes a sistemas com escoamento em
RP devem ser usadas na análise do ciclo Rankine e
equações pertinentes a sistemas fechados devem ser
usadas na análise do ciclo Otto.
1 . 4 CICLOS POTÊNCIA: DIAGRAMAS P-v e T-s
Modelagem termodinâmica para ciclos de potência :
C i c l o R a n k i n e : equações pertinentes a sistemas com
escoamento em regime permanente

Ciclo Otto, Diesel...: equações pertinentes a


sistemas fechados

Fig. 09 An automotive engine


with the combustion chamber
exposed.

Um motor automotivo com a


câmara de combustão visível.
Fig. 09
2. O CICLO DE CARNOT E SEU VALOR PARA
A ENGENHARIA
DOIS TEOREMAS SOBRE CICLO DE CARNOT
2. O CICLO DE CARNOT E SEU VALOR PARA
A ENGENHARIA

As F iguras 09 a e 09b , nos mostra os d iagramas P-v e T-s do


ciclo d e Carnot

Fig. 09a Fig. 09b


2 . O CICLO DE CARNOT E SEU VALOR PARA
A ENGENHARIA
2.1 Eficiência térmica do ciclo de Carnot
Já vimos que o ciclo de Carnot não é adequado para o s
dispositivos que produzem potência ... Uma transferência
de calor isotérmica reversível é muito difícil de ser
realizada, porque isso exigiria trocadores de calor muito
grandes e muito tempo (um ciclo de potência em um
motor típico é realizado em uma fração de segundo ...)

Importância real do ciclo de Carnot:

O ciclo de Carnot é um padrão com


relação ao qual os ciclos ideais e
reais podem ser comparados
2 . 1 Eficiência térmica do ciclo de Carnot

A eficiência térmica do ciclo de Carnot é uma função


apenas das temperaturas do sumidouro e da fonte, e a
Equação ( 3 ) transmite uma importante mensagem que se
aplica igualmente aos ciclos ideal e real :
A eficiência térmica aumenta com o aumento da
temperatura média com a qual o calor é fornecido
ao sistema, ou com a diminuição da temperatura
média com o a qual o calor é rejeitado pelo sistema .
2 . 1 Eficiência térmica do ciclo de Carnot

Limites da eficiência térmicos ciclo Carnot:


i. A temperatura mais alta do ciclo se limita à
temperatura máxima que os componentes da máquina
térmica (como as pás das turbina ou pistões) podem
suportar ;
ii. A temperatura mais baixa é limitada pela temperatura
do meio de resfriamento utilizado (lago, rio, ou ar
atmosférico)
Ex.01 GasPot – Eficiência do ciclo de Carnot
Mostre que a eficiência térmica de um ciclo de Carnot que
opera entre os limites de temperatura de T H e T L é
exclusivamente uma função dessas duas temperaturas e é
dada pela Equação 03.
Fig. 10
3 . H I P Ó T E SE S D O P A D R Ã O A R
CICLOS DE POTÊNCIA A GÁS
i. o fluido de trabalho mantém-se como um gás por todo ciclo.
ii. a energia é fornecida pela queima de um combustível dentro
das fronteiras do sistema == motores de combustão interna
iii. a composição do fluido de trabalho muda de ar e combus-
tível para produtos da combustão durante o curso do ciclo.
iv. os motores de combustão interna passam por um ciclo
mecânico completo (o pistão retorna à posição inicial ao
final de cada revolução), mas o fluido de trabalho não passa
por um ciclo termodinâmico completo (ele é expelido em
algum ponto do ciclo como gases exaustão)
v. O funcionamento em um ciclo aberto é característica de
todos os motores de combustão interna.
3. HIPÓTESES DO PADRÃO AR
CICLOS DE POTÊNCIA A GÁS
vi. Exemplos de dispositivos que operam em ciclos a gás:
a) Motores de ignição por centelha
b) Motores a Diesel
c ) Tu r b i n a s a G á s
vii. Os ciclos de potência a gás reais são bastante
complexos, utiliza-se algumas aproximações para
manter-se a complexidade em nível adequado (sem
perda das principais características destes ciclos) .
viii. As aproximações que tornam possível a análise dos
ciclos de potência a gás, são conhecidas como
hipóteses do padrão a ar
3. HIPÓTESES DO PADRÃO AR
Hipóteses do padrão ar
i. O fluido de trabalho é o ar, o qual circula
continuamente em um circuito fechado, sempre se
comportando com um gás ideal .
ii. Todos os processo s que formam o ciclo são
internamente reversíveis
iii. O processo de combustão é substituído por um
processo de fornecimento de calor a partir de uma
fonte externa ( Fig. 11b)
iv. O processo de exaustão é substituído por um
processo de rejeição de calor que restaura o fluido
de trabalho ao seu estado inicial.
3. HIPÓTESES DO PADRÃO AR
Hipóteses do padrão ar frio
v. Frequentemente se utiliza uma outra hipótese para
simplificar ainda mais a análise : o ar tem calores
específicos constantes , cujos valores são determinados
à temperatura ambiente (25 ºC ou 77 ºF).

Quando se utiliza está


simplificação, denomina -se
Hipóteses do
padrão ar frio Fig. 11

Um ciclo ao qual se aplicam


as hipóteses do padrão ar é
denominado de
ciclo padrão a ar
3. HIPÓTESES DO PADRÃO AR
As hipóteses do padrão a ar enunciadas, permitem uma
simplificação considerável da análise sem desviá-la
significativamente dos ciclos reais. Com este modelo
pode-se estudar a influência dos principais parâmetros
sobre o desempenho das máquinas reais.

Fig. 11 The combustion


process is replaced by a heat-
addition process in ideal
Fig. 11 cycles.

O processo de combustão é
substituído por um processo
de fornecimento de calor nos
ciclos ideais.
4 . UMA VISÃO GERAL DOS MOTORES ALTERNATIVOS

O motor alternativo (basicamente sistema pistão-cilindro)


é bastante simples e versátil e tem grande variedade de
aplicações .

Motor alternativo
Fig. 12
(sistema pistão-cilindro)

Automóveis, caminhões,
aviões pequenos, navios,
geradores de EE

Fig. 12 Nomenclature for


reciprocating engines
4 . UMA VISÃO GERAL DOS MOTORES ALTERNATIVOS

Em um motor alternativo o pistão alterna-se entre duas


posições fixas chamadas de ponto morto superior (PMS) e
ponto morto inferior (PMI)

Ponto Morto Superior (PMS) Fig. 12


(posição do pistão quando ele forma
o menor volume no cilindro)
Ponto Morto Inferior (PMI)
(posição do pistão quando ele forma
o maior volume no cilindro)
C u r s o d o M o t o r (é a distância entre
o PMS e o PMI, a maior distância que o
pistão pode percorrer )
4 . UMA VISÃO GERAL DOS MOTORES ALTERNATIVOS

O a r o u a m i s t u ra d e a r e c o m b u s t í v e l é s u ga d a p a ra o
c i l i n d r o a t ra v é s d a v á l v u l a d e a d m i s s ã o
( i n t a ke v a l v e ) e o s p r o d u t o s d a
c o m b u s t ã o s ã o ex p e l i d o s p e l o
cilindro por meio da válvula de
e xa u s t ã o / d e s c a r g a
( ex h a u s t v a l v e ) – F i g . 1 2

Fig. 12
Nomenclatura dos
motores alternativos
4 . UMA VISÃO GERAL DOS MOTORES ALTERNATIVOS
Espaço (volume) morto = volume mínimo formado no
cilindro quando o pistão está no PMS.
Volume deslocado = volume deslocado pelo pistão à medida
que ele se movimenta entre
o PMS e PMI.
Fig. 13
Razão de compressão r =
relação entre o volume
máximo formado no
cilindro e o volume
mínimo (morto)
4 . UMA VISÃO GERAL DOS MOTORES ALTERNATIVOS
Razão de compressão = é uma razão entre volumes e não
uma razão de pressão .
Pressão média efetiva = é uma pressão fictícia que, se
agisse sobre o pistão durante todo o curso (ou tempo)
motor, produziria a mesma quantidade de trabalho líquido
que a produzida durante o ciclo real, ou seja :

A pressão média efetiva pode ser usada como parâmetro para


comparar o desempenho de motores alternativos de igual
tamanho. O motor com maior PME produz mais trabalho
líquido por ciclo, e portanto, tem melhor desempenho.
4 . UMA VISÃO GERAL DOS MOTORES ALTERNATIVOS
Pressão média efetiva

Fig. 14 The net work output of


a cycle is equivalent to the
product of the mean effective
pressure and the displacement
volume
Fig. 14
4 . UMA VISÃO GERAL DOS MOTORES ALTERNATIVOS
Classificação dos Motores Alternativos
Os motores alternativos são classificados, de acordo
como é iniciado o processo de ignição, como:
Motores de ignição por centelha = a combustão da
mistura de ar e combustível é iniciada por uma vela de
ignição .
O c i c l o O t t o (gasolina, álcool) é o ciclo ideal para os
motores alternativos por centelha.

Motores de ignição por compressão = a ignição da


mistura de ar e combustível é resultado da compressão
da mistura acima da temperatura de auto -ignição.
O c i c l o D i e s e l é o ciclo ideal para os moto res
alternativos por compressão .
5 CICLO OTTO: O CICLO
IDEAL DOS MOTORES
IGNIÇÃO POR CENTELHA
O ciclo Otto é o ciclo ideal dos motores alternativos de
ignição por centelha, criado pelo alemão Nikolaus A. Otto
em 1876, usando o ciclo proposto pelo francês Beau de
Rochas em 1862 .

Motor de combustão interna de quatro tempos =


Pistão : executa quatro cursos completos (dois cursos
mecânicos) dentro do cilindro .
Eixo de manivelas : realiza duas revoluções para cada ciclo
termodinâmico . ( vide Anexo _______)
A Fig. 15a mostra uma representação esquemática de cada
tempo de um motor real de quatro tempos ignição por
centelha e o diagrama P-v.
5. CICLO OTTO: O CICLO IDEAL DOS MOTORES
IGNIÇÃO POR CENTELHA
A Fig. 15a mostra uma representação esquemática de cada
tempo de um motor real de quatro tempos ignição por
centelha e o diagrama P-v. Inicialmente, as válvulas de
admissão e de exaustão estão fechadas e o pistão está em
sua posição mais baixa, o PMI .
Fig. 15a
5. CICLO OTTO: O CICLO IDEAL DOS MOTORES
IGNIÇÃO POR CENTELHA
1º Tempo (curso) de compressão : o pistão move-se para
cima comprimindo a mistura de ar e combustível . Logo
depois que o pistão atinge sua posição mais alta (PMS), a
vela solta faíscas e a mistura sofre ignição, aumentando a
pressão e a temperatura do sistema .
Fig. 15a
5. CICLO OTTO: O CICLO IDEAL DOS MOTORES
IGNIÇÃO POR CENTELHA
2º Tempo (curso) de expansão (motor) : os gases à alta
pressão forçam o pistão para baixo, o que, por sua vez,
força o eixo manivelas a girar, produzindo trabalho útil
durante este tempo motor . Ao final deste tempo, o pistão
está no PMI (conclusão do primeiro ciclo mecânico) e o
cilindro está cheio dos produtos de combustão .
Fig. 15a
5. CICLO OTTO: O CICLO IDEAL DOS MOTORES
IGNIÇÃO POR CENTELHA
3º Tempo (curso) de exaustão : o pistão move-se para cima
novamente (PMS), expulsando os gases de exaustão
(produtos da combustão), através da válvula de exaustão .
4º Tempo (curso) de admissão: o pistão desce novamente
ao PMI, sugando a mistura de ar fresco e combustível
através da válvula de admissão .
Fig. 15a
5. CICLO OTTO: O CICLO IDEAL DOS MOTORES
IGNIÇÃO POR CENTELHA
Pressão no cilindro: a pressão no cilindro está
ligeiramente acima do valor atmosférico durante o tempo
de exaustão e ligeiramente a abaixo durante o tempo de
admissão. Abaixo a representação esquemática, diagrama
P-v, de um c i c l o O t t o i d e a l

Fig. 15b
5. CICLO OTTO: O CICLO IDEAL DOS MOTORES
IGNIÇÃO POR CENTELHA
MOTORES DE DOIS TEMPOS: todas as quatro funções dos
motores de quatro tempos,
são executadas em apenas
dois tempos: tempo motor
e o tempo de compressão .
Nesses motores, o cárter é
vedado, e o movimento para
baixo do pistão é utilizado
para pressurizar ligeiramente a
mistura de ar e combustível no
cárter – Fig. 16
Fig. 16 Schematic of a two-stroke
reciprocating engine.
( Representação esquemática de um
Fig. 16
motor alternativo de dois tempos ).
5. CICLO OTTO: O CICLO IDEAL DOS MOTORES
IGNIÇÃO POR CENTELHA
MOTORES DE DOIS TEMPOS: as válvulas de admissão e
descarga são substituídas por abertura
na parte inferior da parede do cilindro .
Durante a última parte do tempo Fig. 16
motor, o pistão descobre primeiro a
janela de exaustão, permitindo que os
gases de exaustão sejam parcialmente
expelidos e, em seguida, a janela de
admissão, permitindo que a mistura
de ar e combustível entre e expulse a
maior parte dos gases de exaustão
restantes do cilindro . Em seguida, esta mistura é
comprimida à medida que o pistão se move para cima
durante o tempo de compressão, e logo em seguida a
ignição é realizada pela vela .
5. CICLO OTTO: O CICLO IDEAL DOS MOTORES
IGNIÇÃO POR CENTELHA
MOTORES DE DOIS TEMPOS: em geral, são menos
eficientes do que os equivalentes de quatro tempos,por
causa da expulsão incompleta dos gases de exaustão e da
expulsão parcial da mistura de ar fresco e combustível com
os gases de exaustão . Algumas características :
- são mais simples e baratos
- apresentam melhor relação
peso-potência e peso-volume .
Fig. 17

Indicados para aplicações que exigem


tamanho pequeno e pouco peso :
motocicletas, motosserras,
cortadores de grama...
5. CICLO OTTO: O CICLO IDEAL DOS MOTORES
IGNIÇÃO POR CENTELHA
ANÁLISE TERMODINÂMICA CICLO OT TO IDEAL (4 TEMPOS):
a análise termodinâmica do ciclo Otto real (Fig 15a) é
bastante complexa e por isso, simplifica -se o estudo com a
adoção das hipóteses do padrão a ar, mantendo -se
características similares de operação  c i c l o O t t o i d e a l .

Ciclo Otto ideal ≡ quatro processos internos reversíveis :


1 – 2 ≡ Compressão isoentrópica
2 – 3 ≡ Fornecimento de calor a volume constante
3 – 4 ≡ Expansão isoentrópica
4 – 1 ≡ Rejeição de calor a volume constante
O diagrama P-v para o ciclo Otto ideal foi visto na Fig. 15b;
a Fig. 18 apresenta o diagrama T- s para este ciclo .
5. CICLO OTTO: O CICLO IDEAL DOS MOTORES
IGNIÇÃO POR CENTELHA
1 – 2 ≡ Compressão isoentrópica
2 – 3 ≡ Fornecimento de calor a volume constante
3 – 4 ≡ Expansão isoentrópica
4 – 1 ≡ Rejeição de calor a volume constante

Fig. 15b Fig. 18


5.1 CICLO OTTO: BALANÇO DE ENERGIA (1ª LEI)
O ciclo Otto é executado em um s i s t e m a f e c h a d o .
1 ª L e i d a Te r m o d i n â m i c a p a r a u m s i s t e m a f e c h a d o :

A energia total do sistema E é dada pela soma das


energias interna, cinética e potencial :
5.1 CICLO OTTO: BALANÇO DE ENERGIA (1ª LEI)
Em sistemas térmicos, como o ciclos de potência, as
parcelas de energia cinética e potencial, são em geral
muito pequenas em relação à energia térmica, e dessa
forma a 1ª Lei da Termodinâmica é apresentada nas
seguintes formas (para um processo 1 – 2 ) :

== calor entrando
no sistema
== trabalho saindo
do sistema

A 1ª Lei para o ciclo Otto que estamos analisando :

Os índices e e s = = entrada e saída respectivamente


5.1 CICLO OTTO: BALANÇO DE ENERGIA (1ª LEI)

A eficiência térmica do ciclo Otto ideal é calculada como:


5.1 CICLO OTTO: BALANÇO DE ENERGIA (1ª LEI)
Já definimos a razão de compressão r e sabemo s
(sabemos?) que k é a relação entre os calores específicos
a pressão e volume constante (MT II – Doc 03 A n e x o 1 ) .
Assim,

Desta forma, temos: ( M T I – DOC 05 Gas I Cp, Cv, T-Ds


5.1 CICLO OTTO: BALANÇO DE ENERGIA (1ª LEI)

Desta forma, temos: (Vide MT II – Doc 03 Anexo 01)

Resultando ...
5.1 CICLO OTTO: BALANÇO DE ENERGIA (1ª LEI)
A Equação ( 21 ) mostra que a sob a hipótese do padrão ar
frio, a eficiência térmica de um ciclo Otto ideal depende :

i. da razão de compressão do motor ;


ii. da razão dos calores específicos do fluido de trabalho

Isso também é válido para os motores funcionando com


motores de combustão interna por ignição por centelha
reais.
A Fig. 19 mostra a eficiência térmica do ciclo Otto ideal
em função da razão de compressão (para k = 1,4)
5.1 CICLO OTTO: BALANÇO DE ENERGIA (1ª LEI)
A Fig. 19 mostra a eficiência térmica do ciclo Otto ideal
em função da razão de compressão (para k = 1,4)

Fig. 19
Thermal efficiency of
the ideal Otto cycle as a
function of compression
ratio ( k = 1.4)
5.1 CICLO OTTO: BALANÇO DE ENERGIA (1ª LEI)
A Fig. 19 mostra que a cur va de eficiência térmica é
bastante inclinada para razões de compressões baixas, se
achatando para razões de compressão próximas de 8,
assim, não se tem grandes ganhos de eficiência para r > 8.
Por outro lado, razões de compressões altas, a tempera -
tura da mistura ar-combustível
pode subir acima da tempera-
tura de auto-ignição do
combustível, durante o processo
de combustão, causando uma
queima precoce e rápida do
combustível em algum ponto Fig. 19
(ou pontos) à frente da chama,
seguida por inflamação quase
espontânea do gás.
5.1 CICLO OTTO: BALANÇO DE ENERGIA (1ª LEI)
T e m p e r a t u r a d e a u t o - i g n i ç ã o == a temperatura na
qual o combustível entra em ignição (prematura) sem o
auxílio de uma centelha .

A auto-ignição deve ser evitada, pois:


 produz um ruído audível denominado batida do motor
(“batida de pino“ )
 prejudica o desempenho/eficiência térmica do motor
 pode danificar o motor

Para evitar a auto-ignição, os projetistas tem


limitado o desenvolvimento de projetos com
altas taxas de compressão (e com isso, limita-se
a eficiência térmica).
5.1 CICLO OTTO: BALANÇO DE ENERGIA (1ª LEI)
Na década de 1920, o aditivo c h u m b o t e t r a - e t í l i c o
começou a ser adicionado na gasolina para aumentar a
resistência à auto-ignição, obtendo -se r ≈ 1 2
M a s o c h u m b o t e t r a - e t í l i c o é nocivo ao meio
ambiente, e à saúde humana  começou a ser banido da
mistura com a gasolina na segunda metade dos anos
1970...
No Brasil, o álcool (etanol) cumpre o papel de aumentar a
resistência da gasolina à auto-ignição (aumentar a sua
octanagem ) e com isso, trabalha -se hoje com taxas de
compressão entre 10 a 12. Uma outra possibilidade de se
aumentar as taxas de compressão é a utilização de
gasolinas com maior octanagem, as chamadas gasolinas de
alta performance .
5.1 CICLO OTTO: BALANÇO DE ENERGIA (1ª LEI)
Além da taxa de compressão, a eficiência térmica do motor
de ignição por centelha depende da razão dos calores
específicos k . . F ig . 2 0

Fig. 20 A eficiência
térmica do ciclo
Otto ideal aumenta
com a razão dos
calores específicos
k do fluido de
trabalho .
5.1 CICLO OTTO: BALANÇO DE ENERGIA (1ª LEI)
Para determinada razão de compressão, um ciclo Otto ideal
que usa um gás monoatômico (como hélio, argônio – k =
1,667) como fluido de trabalho, terá alta eficiência térmica .
A razão dos calores
específicos k e, portanto, a Fig. 20
eficiência térmica do ciclo
Otto ideal diminui à
medida que as moléculas
do fluido de trabalho ficam
maiores .
À temperatura ambiente :
k = 1,4 (ar); k = 1,3 (CO 2 ) e
k = 1,2 (etanol)
Razão de compressão, r
5.1 CICLO OTTO: BALANÇO DE ENERGIA (1ª LEI)
Os motores reais contém moléculas maiores como o
dióxido de carbono, e k diminui com a temperatura – isso é
um dos motivos pelos quais os ciclos reais têm eficiências
térmicas mais baixas que o
ciclo Otto ideal Fig. 20
Eficiências térmicas dos
ciclos reais variam de cerca
de 25 a 30%.

Razão de compressão, r
5.1 CICLO OTTO: BALANÇO DE ENERGIA (1ª LEI)
Outros fatores que influenciam na performance de um
automóvel...
 projeto aerodinâmico do automóvel ;
 calibragem adequada dos pneus (máximo do valor
recomendado pelo fabricante) ;
 evitar carregar pesos desnecessários ;
 dirigir com velocidades moderadas (90 km/h) – o arrasto
aerodinâmico aumenta 10% a 100 km/h e 20% a 110 km/h;
 evitar acelerações / desacelerações bruscas
 usar ar condicionado com critério ;
 evitar deixar o carro ligado em marcha -lenta
 usar marchas mais altas nas rodovias (menores rotações
do motor)
As eficiências térmicas dos motores reais de ignição por
centelha variam entre 25 a 30%.
5.1 CICLO OTTO: BALANÇO DE ENERGIA (1ª LEI)

Na prática, para uma determinada razão de compressão, a


eficiência térmica de um motor por ignição por centelha
real, é menor do que o motor operando pelo ciclo Otto
ideal, pois os processos são irreversíve is, além de outros
fatores como combustão incompleta, atrito, etc.
5.2 O que é octanagem?
É a capacidade que o combustível tem, em mistura com o ar, de
resistir a altas temperaturas na câmara de combustão, sem sofrer
detonação. A detonação também é conhecida como batida de pino
e pode destruir o motor. Quanto maior a octanagem, maior será a
resistência à detonação.
O manual de cada veículo especifica o tipo de gasolina que possui
a octanagem mínima necessária ao bom funcionamento
(desempenho) do mesmo, sem a ocorrência danosa da detonação.
Qualquer gasolina que possua octanagem maior que a mínima
especificada poderá ser utilizada sem problemas.
No Brasil, a octanagem é expressa em IAD = Índice Antidetonante.
A gasolina comum é especificada também pelo Método MON -
(Motor Octane Number) ou método Motor - ASTM D2700 - avalia a
resistência da gasolina à detonação, na situação em que o motor
está em plena carga e em alta rotação
http://www.br.com.br/wps/portal/portalconteudo/produtos/automotivos/
gasolina (Tire suas dúvidas sobre a gasolina) Acesso 20 julho 2014
L i s t a 0 7 E x . 7 . 1 G a s P o t – Ciclo Otto ideal (Ex.9.2 Ç&B)
Ex. 7.1 Um ciclo Otto ideal tem uma razão de compressão
igual a 8. No início do processo de compressão, o ar está a
100 kPa e 17 o C, e 800 kJ/kg de calor são transferidos para
o ar durante o processo de fornecimento de calor a volume
constante . Considerando a variação dos calores específicos
do ar com a temperatura, determine :
a) a temperatura e a pressão
máximas que ocorrem Fig. 20
durante o ciclo ;
b) O trabalho líquido produzido ;
c) A eficiência térmica ;
d) A pressão média efetiva
do ciclo .
Lista 07 – Ciclo Otto ideal
Ex. 7.2 Quais os quatro processos que formam o ciclo Otto ideal?
(Pr. 9.24C Ç & B)

Ex. 7.3 Por que altas razões de compressão não são usadas em
motores de ignição por centelha. (Pr. 9.29C Ç & B)

Ex. 7.4 Como varia a eficiência térmica de um ciclo Otto ideal com
a razão de compressão do motor e a razão dos calores
específicos do fluido de trabalho? (Pr. 9.28C Ç & B)
Lista 07 – Ex. 7.5 e Ex. 7.6 C i c l o O t t o i d e a l
Ex. 7.5 Um ciclo Otto ideal tem uma razão de compressão
igual a 8. No início do processo de compressão, o ar está a
95 kPa e 27º C, e são transferidos para o ar 750 kJ/kg de
calor durante o processo de fornecimento de calor a volume
constante . Considerando a variação dos calores específicos
com a temperatura, determine :
a) a temperatura e a pressão no final do processo de adição
de calor ; (Pr. 9.32 Ç & B)
b) o trabalho líquido produzido,
c) a eficiência térmica do ciclo, a pressão média efetiva do
ciclo

Ex. 7.6 Repita o Ex.7.5 usando calores específicos


constantes à temperatura ambiente.
Lista 07 – Ex. 7.7 C i c l o O t t o i d e a l
Ex. 7.7 A razão de compressão de um ciclo Otto padrão a ar é 9,5.
Antes do processo isoentrópico de compressão, o ar está a 100
kPa, 35 ºC e 600 cm 3 . A temperatura final do processo de
expansão isoentrópica é de 800 K. Usando calores específicos à
temperatura ambiente, determine: (Pr. 9.35 Çengel & Boles)
a) a temperatura e a pressão mais altas do ciclo,
b) a quantidade de calor transferido, em kJ,
c) a eficiência térmica do ciclo,
d) a pressão média efetiva.

Ex. 7.8 Repita o Ex. 7.7, mas substitua o processo de expansão


isoentrópica por um processo de expansão politrópica como
expoente politrópico n = 1,35. Determine a pressão máxima no
ciclo. (Pr. 9.36 Ç & B)
Lista 07 – Ex. 7.9 Ciclo Otto ideal
Ex. 7.9 Um motor à gasolina de 2,2 l e quatro tempos, com quatro
cilindros, funciona no ciclo Otto com uma razão de compressão de
10. O ar está a 100 kPa e 60 ºC no início do processo de
compressão, e a pressão máxima do ciclo é de 8 MPa. Os processos
de compressão e expansão podem ser modelados como
politrópicos com uma constante politrópica de 1,3. Usando calores
específicos constantes a 850 K, determine: (Pr.9.36 Ç&B)
a) a temperatura no final do processo de expansão,
b) o trabalho líquido, c) a eficiência térmica do ciclo,
d) a pressão média efetiva,
e) a velocidade do motor para uma produção de potência
líquida de 70 kW,
f) o consumo específico de combustível, em g/kWh (*)
(*) a razão entre a massa de combustível consumido e o trabalho lí-
quido produzido. A razão ar-combustível, definida como a quantidade
de ar dividida pela quantidade de combustível admitido, é de 16.
6. CICLO DIESEL: O CICLO IDEAL DOS MOTORES
IGNIÇÃO POR COMPRESSÃO

O ciclo Diesel é o ciclo ideal para motores alternativos por


ignição por compressão – motor proposto por Rudolph
Diesel nos anos 1890, sendo muito semelhante ao motor
por ignição por centelha (diferenciação no processo de
início da combustão) – comparação próximos slides.
Os motores diesel tem uma extensa gama de aplicações,
apresentam melhor eficiência térmica, sendo utilizado em
diversos países não apenas em aplicações que necessitam
de grande potência e torque, como também em
automóveis . No Brasil, são utilizados apenas para
transportes de cargas e utilitários esportivos (capacidade
de carga acima de 1.000 Kg) e passageiros (como ônibus...)
6.1 C I C L O D I E S E L x C I C L O O T T O . . .
A principal diferença entre os motores por ignição
por centelha (motores à gasolina) e os motores por
ignição por compressão (motores à diesel) está no
método de início da combustão:

Motores ignição por centelha : processo de combustão é


iniciado pela centelha de uma vela de ignição - Fig.21a.
Motores ignição por compressão : o ar é comprimido até
uma temperatura acima da temperatura de auto-ignição
do combustível, e a combustão é iniciada pelo contato à
medida que o combustível é injetado nesse ar quente
(a vela é substituída por um injetor de combustível) -
Fig.21b.
6.1 C I C L O D I E S E L x C I C L O O T T O . . .
vela de
Fig. 21
ignição
In diesel engines, the
spark plug is replaced by a
fuel injector, and only air
is compressed during the
compression process.

Nos motores a diesel, a


vela é substituída por um
injetor de combustível e
apenas o ar é comprimido
durante o processo de
compressão. Fig. 21a Fig. 21b
6.1 C I C L O D I E S E L x C I C L O O T T O . . .
Motores ignição por centelha (à gasolina) : mistura de ar e
combustível é comprimida durante o tempo de
compressão, e as t a x a s d e c o m p r e s s ã o s ã o l i m i t a d a s
p e l o i n í c i o d a a u t o - i g n i ç ã o (ou batida do motor) .
Motores ignição por compressão (à diesel) : apenas o ar é
comprimido durante o tempo de compressão, e l i m i n a n d o
a possibilidade de auto-ignição.

Os motores a diesel podem ser desenvolvidos para


operarem a uma taxa de compressão muito maior : 12 a 24
enquanto os motores a gasolina trabalham com taxa de
compressão entre 8 a 12.
As Figs. 22a e 22b, mostram os Diagramas P-v e T-s para o
ciclo Diesel ideal.
6.1 C I C L O D I E S E L x C I C L O O T T O . . .
Enquanto o motor a gasolina funciona com a taxa de com-
pressão que varia de 8:1 a 12:1, no motor diesel esta varia
de 15:1 a 25:1. Daí a robustez de um relativamente a outro.
Enquanto o motor a gasolina admite (admissão - 1º tempo)
a mistura ar/combustível para o cilindro, o motor Diese l
aspira (aspiração 1º tempo) apenas ar.
A ignição dos motores a gasolina dá- se a partir de uma
faísca elétrica fornecida pela vela de ignição antes da má-
xima compressão na câmara de explosão (> a 400 ºC). Já no
motor Diesel a combustão ocorre quando o combustível é
injetado e imediatamente inflamado pelas elevadas tempe-
raturas (> a 600 °C) devido ao ar fortemente comprimido na
câmara de combustão . O Engenheiro Rudolf Diesel, chegou
a esse método quando aperfeiçoava máquinas a vapor.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Motor_a_diesel - acesso 24 julho 2014
6.2 Motores Diesel – aplicações
Industrialmente, estes motores são divididos segundo a sua
velocidade de rotação (rpm), em três tipos:
Altas velocidades (acima de 1000rpm): (automóveis, caminhões,
barcos, compressores, bombas , entre outros...). Geralmente
motores a quatro tempos com a combustão a dar-se rapidamente.
Médias velocidades (variam entre as 500 e 1000rpm) - Na
indústria, estes motores são utilizados em aplicações de "grande
porte", tais como locomotivas, grandes compressores e
bombas, grupos geradores diesel -elétricos e alguns navios .
Baixas velocidades (variam entre 60 e 200rpm) - Em grandes
navios , os maiores motores (em dimensão) quando comparados
com os outros dois, estes motores diferenciam-se não só pela
potência que são capazes de desenvolver (cerca de 85 MW), como
pelas propriedades do combustível e a velocidade de explosão.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Motor_a_diesel - acesso 24 julho 2014
6.3 CICLO DIESEL IDEAL: DIAGRAMAS P-v e T-s
1 – 2 ≡ processo compressão isoentrópica ;
2 – 3 ≡ processo injeção de combustível a pressão constante .
3 – 4 ≡ processo expansão isoentrópica
4 – 1 ≡ processo rejeição de calor a volume constante
Fig. 22a Fig. 22b
6.3 CICLOS OTTO e DIESEL IDEAL: DIAGRAMA P-v
A análise das Fig.15(a,b) e Fig.22(a,b) nos mostra que à
exceção do processo 2 – 3, os demais processos, são
idênticos para os ciclo Otto e ciclo Diesel ideais.

Fig. 15 Fig. 22a


ciclo Otto ideal ciclo Diesel ideal

Fig. 15 e 22(a): Diagrama P-v para ciclos Otto e Diesel ideais


6.3 CICLOS OTTO e DIESEL IDEAL: DIAGRAMA T-s
A análise das Fig.15(a,b) e Fig.22(a,b) nos mostra que à
exceção do processo 2 – 3, os demais processos, são
idênticos para os ciclo Otto e ciclo Diesel ideais .
Fig. 18 Fig. 22b
Ciclo Otto ideal Ciclo Diesel ideal

Fig. 18 e 22(b): Diagrama T-s para ciclos Otto e Diesel ideais


6 . 4 MOTORES DIESEL: INJEÇÃO DE COMBUSTÍVEL
O processo de injeção de combustível dos motores a diese l
começa quando o pistão se aproxima do PMS e continua
durante a primeira parte do tempo de expansão ( 2 – 3 ),
ocorrendo a combustão em um inter valo maior de tempo.
Assim, o processo de combustão do ciclo Diesel ideal é
aproximado como um processo de fornecimento de calor à
pressão constante .
Ciclo Diesel ideal

Fig. 22a Fig. 22b


6 . 5 MOTORES DIESEL NO BRASIL: Restrições...

No site, com link abaixo, mostra uma interessante matéria


a respeito da proibição da utilização de automóveis
movidos a diesel .
http://w ww.noticiasautomotivas .com .br/por-que-nao-
temos-automoveis -movidos -a-diesel -no-brasil/
Acesso 24 julho 2014
6.6 CICLO DIESEL: BALANÇO DE ENERGIA (1ª LEI)
Assim como no ciclo Otto, o ciclo Diesel é executado em um
sistema fechado.
1 ª L e i d a Te r m o d i n â m i c a p a r a u m s i s t e m a f e c h a d o :

A energia total do sistema E é dada pela soma das


energias interna, cinética e potencial :
6.4 CICLO DIESEL: BALANÇO DE ENERGIA (1ª LEI)
Novamente, podemos desprezar as parcelas de energia
cinética e potencial, e dessa forma a 1ª Lei da
Termodinâmica para o ciclo Diesel fica :

Da Termodinâmica I,
sabem os ( ? ) :
6.4 CICLO DIESEL: BALANÇO DE ENERGIA (1ª LEI)

Fig. 22b
Fig. 22a
6.6 CICLO DIESEL: BALANÇO DE ENERGIA (1ª LEI)
A eficiência térmica do ciclo Diesel ideal é calculada :

Definindo um novo termo – razão de corte


6.6 CICLO DIESEL: BALANÇO DE ENERGIA (1ª LEI)
Pode-se demonstrar que a eficiência térmica do ciclo
Diesel ideal é dada pela expressão :

Onde:

Dentro da hipótese do padrão ar a frio, a eficiência


térmica para o ciclo Diesel (Eq. 27) difere da eficiência
térmica do ciclo Otto ideal (Eq. 21) pelo termo entre
colchetes – como este termo é sempre maior que 1,
quando ambos os ciclos operam na mesma razão de
compressão :
6.6 CICLO DIESEL: BALANÇO DE ENERGIA (1ª LEI)
A eficiência térmica do ciclo Diesel aumenta à medida que
a razão de corte diminui – Fig. 23 – no caso limite de
r c = 1, as eficiências térmicas do ciclo Otto e Diese l
tornam -se idênticas .

Fig. 23

Fig. 23 Thermal efficiency


of the ideal Diesel cycle as
a function of compression
and cutoff ratios ( k = 1.4)
6.6 CICLO DIESEL: BALANÇO DE ENERGIA (1ª LEI)
Sabemos, no entanto, que as razões de compressão são
bem maiores para os motores Diesel do que nos motores
Otto, dessa maneira, em geral, a eficiência térmica dos
primeiros são maiores .

Ainda, dois outros fatores contribuem para que a


eficiência térmica dos motores Diesel seja maior do que
dos motores Otto:
i. eles operam a uma frequência (rotação) menor
ii. a relação ar/combustível dos motores diesel é muito
mais alta do que os motores a gasolina .
Os motores diesel queimam
melhor o combustível
As eficiências térmicas dos motores a diesel
grandes variam entre 35% até 40%.
6.6 CICLO DIESEL: BALANÇO DE ENERGIA (1ª LEI)
Maiores eficiências térmicas e custo do combustível
menor (que o da gasolina), tornam os motores a diese l
mais interessantes para aplicações que demandam grande
potência, como :
i. motores de locomotivas ;
ii. unidades de emergência para geração de potência ;
iii. grandes navios;
iv. caminhões pesados

Exemplo da magnitude um motor a diesel:


A Fiat da Itália construiu em 1964
um motor 12 cilindros a diesel, com
potência de 25.200 HP (18,8 MW) a
122 rpm, com diâmetro do cilindro de
90 cm e curso dos pistões de 91 cm.
Lista 08 – Ex. 8.1 C i c l o D i e s e l i d e a l
Ex. 8.1 Um ciclo Diesel padrão a ar tem uma razão de
compressão de 16 e uma razão de corte 2. No início do
processo de compressão, o ar está a 95 kPa e 27 ºC.
Considerando a variação dos calores espe cíficos com a
temperatura, determine : (Pr. 9.43 Çengel & Boles)
a) a temperatura ao final do processo de fornecimento
de calor;
b) a eficiência térmica do ciclo;
c) a pressão média efetiva do ciclo.
Lista 08 – Ex. 8.2 a Ex. 8.6 C i c l o D i e s e l i d e a l
Ex. 8.2 Para uma determinada razão de compressão, o que é
mais eficiente: o motor a diesel ou o motor a gasolina?
(Pr. 9.40C Ç & B)

Ex. 8.3 Quais motores (a diesel ou a gasolina) funcionam com


razão de compressão mais alta? Por quê?. (Pr. 9.41C Ç & B)

Ex. 8.4 Em que um motor a diesel difere de um motor a


gasolina? (Pr. 9.38C Ç & B)

Ex. 8.5 Em que o ciclo Diesel ideal difere do ciclo Otto ideal?
(Pr. 9.39C Ç & B)

Ex. 8.6 O que é razão de corte? Como ela afeta a eficiência


térmica de um ciclo Diesel? (Pr. 9.42C Ç & B)
L i s t a 0 8 – Ex. 8.7 e Ex. 8.8 C i c l o D i e s e l i d e a l
Ex. 8.7 Repita o Ex. 8.1 usando calores específicos
constantes à temperatura ambiente . (Pr. 9.44 Ç & B )
a) a temperatura ao final do processo de fornecimento
de calor;
b) a eficiência térmica do ciclo;
c) a pressão média efetiva do ciclo.

Ex. 8.8 Um motor diesel ideal tem uma razão de compressão


de 20 e usa ar como fluido de trabalho. O estado do ar no
início do processo de compressão é de 95 kPa e 20 ºC. Se a
temperatura máxima do ciclo não puder exceder 2.200 K,
considerando calores específicos constantes para a
temperatura ambiente determine: (Pr. 9.45 Ç&B)
a) a eficiência térmica do ciclo ;
b) a pressão média efetiva ;
Lista 08 – Ex. 8.9 e Ex. 8.10 C i c l o D i e s e l i d e a l
Ex. 8.9 Re pita o Ex. 8.8, mas substitua o processo de
expansão isoentrópica por um processo de expansão
politrópica com o expoente politrópico n = 1,35. (Pr. 9.46
Ç&B)
a) a eficiência térmica do ciclo;
b) a pressão média efetiva ;

Ex. 8.10 Um motor diesel de 2,4 l e dois tempos, com


quatro cilindros, funciona segundo um ciclo Diesel ideal,
tem uma razão de compressão de 17e uma razão de corte
de 2,2. O ar está a 55 ºC e 97 kPa no início do processo de
compressão . Usando as hipóteses de padrão ar a frio,
determine : (Pr. 9.48 Ç & B)
a) A potência que o motor produz a 1.500 rpm .
Lista 08 – Ex. 8.11 C i c l o D i e s e l i d e a l
Ex. 8.11 A razão de compressão de ciclo dual ideal é de 14.
O ar está a 100 kPa e 300 K no início do processo de
compressão e a 2.200 K no final do processo de
fornecimento de calor. A transferência de calor para o ar
acontece parcialmente a volume constante e parcialmente a
pressão constante e totaliza 1.520,4 kJ/kg. Considerando
calores específicos variáveis para o ar, determine :
a) a fração do calor transferida a volume constante ;
b) a eficiência térmica do ciclo. (Pr. 9.50 Ç&B)
7. M O T O R E S D E C O M B U S T Ã O I N T E R N A –
Análise de hipóteses simplificadoras
A hipótese de considerar o processo de combustão interna
como um processo de fornecimento de calor à pressão
constante (motores a diesel) ou a volume constante
(motores a gasolina ) é consideravelmente simplista e
pouco realista .
Uma alternativa melhor seria considerar o processo de
combustão como uma combinação de dois processos de
transferência de calor: um a volume constante e outro a
pressão constante . – Fig.24.
Este ciclo ideal baseado neste conceito é denominado de
c i c l o d u a l – Fig.24. As quantidades relativas de calor
transferido durante cada processo podem ser ajustadas
para melhor aproximar do ciclo real.
7. MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA –
Ciclo Dual Ideal
Tanto os ciclos Otto como o Diesel podem ser obtidos
como casos especiais do ciclo dual.
Fig. 24

Fig. 24
P-v diagram of an
ideal dual cycle .

Diagrama P-v de um
ciclo dual ideal.
8. CICLOS STIRLING E ERICSSON

Os ciclos Otto e Diesel ideais não são totalmente


reversíveis pois envolvem t r a n s f e r ê n c i a d e c a l o r c o m
diferenças f i n i t a s d e t e m p e r a t u r a (no fornecimento e
na rejeição de calor) e estes processos são irreversíveis .

A eficiência térmica de um motor Otto


ou Diesel será menor do que a de uma
máquina Carnot que opera entre os
mesmos limites de temperatura .
O que seria t r a n s f e r ê n c i a d e c a l o r c o m
diferenças finitas de temperatura ? ? ? ou
O que seria uma transferência de calor
reversível ? ? ?
8. CICLOS STIRLING E ERICSSON

Como já vimos, processos reversíveis são idealizados e


não ocorrem na prática : processos reais são irreversíveis .

Transferência de calor reversível seria aquela em que


ocorresse com u m a d i f e r e n ç a d e t e m p e r a t u r a
infinitesimal dT entre o fluido de trabalho e a
f o n t e ( o u s u m i d o u r o ).
ambos os processos de troca de calor (adição ou
rejeição de calor) durante o ciclo devem ocorrer
de forma isotérmica, a uma temperatura T Q ( T H ) e
a temperatura T F ( T L )...
... É i s s o q u e “ a c o n t e c e ” n o c i c l o d e C a r n o t
8. CICLOS STIRLING E ERICSSON
O ciclo S t i r l i n g e o ciclo E r i c s s o n também envolvem
processos isotérmicos de fornecimento de calor à
temperatura T Q ( T H ) e rejeição de calor à temperatura T F ( T L ).

Diferença entre os ciclos Stirling e Ericsson com Carnot :

 dois processos isotérmicos


Ciclo Carnot
 dois processos isoentrópicos
( Fig.26a,b )
 dois processos isotérmicos
Ciclo Stirling  dois processos de regeneração
( Fig.27a,b ) a volume constante

 dois processos isotérmicos


Ciclo Ericsson  dois processos de regeneração
( Fig.28a,b ) a pressão constante .
8.1 CICLOS STIRLING E ERICSSON - REGENERAÇÃO
R E G E N E R A Ç Ã O : processo durante o qual o calor é
transferido para um dispositivo que armazena energia
térmica (chamado de r e g e n e r a d o r ) durante uma parte do
ciclo, e é transferido de volta (devolvido) para o fluido de
trabalho durante a outra parte do ciclo – Fig. 25

O B S . Em Te r m o d i n â m i c a I I ,
estudamos o ciclo R a n k i n e
com regeneração ...

Fig. 25 A regenerator is a device


that borrows energy from the
working fluid during one part of
the cycle and pays it back (without
interest) during another part.
8.2 CARNOT, STIRLING,ERICSSON: Diagramas P-v e T-s
ciclo Carnot ciclo Stirling ciclo Ericsson
Fig.26a Fig.27a Fig.28a

Fig.28b
Fig.27b

Fig.26b
8.3 CICLO STIRLING: Diagramas P-v e T-s, considerações
1 – 2 ≡ expansão a T = constante (fornecimento de calor da
fonte externa) ;
2 – 3 ≡ regeneração a V = constante (transferência de calor
interna do fluido para o regenerador) ;
3 – 4 ≡ compressão a T = constante (rejeição de calor para o
sumidouro externo)
4 – 1 ≡ regeneração a V = constante (transf. de calor interna
do regenerador de volta para o fluido de trabalho)
Fig.27a Fig.27b
8.3 CICLO STIRLING: Considerações gerais
As Figura 29 oferece um hipotético motor para explicar o
funcionamento de um ciclo Stirling , que é complexo,
requer equipamentos inovadores – o motor construído e
patenteado por R o b e r t S t i r l i n g
é pesado e complicado de ser
executado .
O sistema consiste de um
cilindro com dois pistões (um Fig.29
em cada lado) e um
regenerador no meio.
O regenerador é utilizado para
armazenar energia térmica –
pode ser uma esponja
metálica ou uma malha
cerâmica com massa térmica
alta (massa vezes calor específico).
8.3 CICLO STIRLING: Considerações gerais
Considera -se desprezível a massa do fluido de trabalho
dentro do regenerador, em qualquer instante do ciclo.
Processo 1 – 2:
Inicialmente, todo o gás está
contido na câmara da esquerda .
Transfere -se calor para o gás a
T Q de uma fonte T Q – o gás se Fig.29
expande isotermicamente , o
pistão da esquerda move-se
para fora , realizando trabalho .

A pressão do gás diminui neste


processo .
8.3 CICLO STIRLING: Considerações gerais
Processo 2 – 3: Durante este processo, ambos os cilindro s
deslocam -se para a direita na mesma velocidade
(mantendo volume constante) até que todo o gás seja
forçado para a câmara da direita.
À medida que o gás passa através
do regenerador, transfere -se calor
do gás para o regenerador e a
temperatura do gás cai de T Q para Fig.29
T F . Para que o processo
seja reversível, a diferença de
temperatura entre o gás e o
regenerador não pode exceder o
valor diferencial dT – ao final
(estado 3) a temperatura no rege-
nerador será T Q na extremidade
esquerda e T F na extremidade direita.
8.3 CICLO STIRLING: Considerações gerais
Processo 3 – 4: Durante este processo, o pistão da direita
movimenta -se para a esquerda comprimindo o gás. Calor é
transferido do gás para um
sumidouro à temperatura T F , para
que a temperatura do gás perma -
neça constante a T F , enquanto a
pressão aumenta.
Processo 4 – 1: ambos pistões Fig.29
movem-se para direita, mesma ve-
locidade (manter volume constante)
forçando o gás para a câmara da es-
querda. A temperatura do gás se
eleva de T F para T Q quando ele
passa através do regenerador e
recolhe a energia térmica nele
durante o processo 2 – 3 – concluindo o ciclo.
8.3 CICLO STIRLING: Considerações gerais
Duas obser vações sobre os processos do ciclo Stirling :
i) O segundo processo a volume
constante ( 4 – 1 ) ocorre a
um volume menor do que o
primeiro ( 2  3 )
ii) a transferência líquida de
calor para o regenerador Fig.29
durante o processo 2 – 3 é
igual à quantidade recolhida
pelo gás durante o processo
4 – 1.
(ou seja, o regenerador,
absorveu uma parte de calor e
devolveu a mesma quantidade
ao final do ciclo)
8.4 CICLO ERICSON: Diagrama P-v, T-s, considerações
As Figs. 28a e 28b, mostram o diagrama T-s para o ciclo
Ericsson .
O ciclo Ericsson é muito parecido com o ciclo Stirling ,
exceto pelos dois processos a volume constante (ciclo
Stirling ) que são substituídos por dois processos a pressão
constante (ciclo Ericsson) .
Fig.28a Fig.28b
8.4 CICLO ERICSON: Diagrama P-v, T-s, considerações
A Fig. 30 mostra um sistema de escoamento a regime
permanente que opera em um ciclo Ericsson ; os processos :
Expansão isotérmica == executado em uma turbina
Compressão isotérmica == executado em um compressor
Trocador de calor em contracorrente ser ve com regenerador.

Fig. 30
A steady-flow Ericsson
engine.
(Uma máquina Ericsson
operando em regime
permanente).

Fig.30
8.4 CICLO ERICSON: Diagrama P-v, T-s, considerações
As correntes de fluido quente e frio entram no trocador de
calor por lados opostos, ocorrendo transferência de calor
entre elas.
No caso ideal, a diferença de temperatura das correntes não
excede uma quantidade diferencial em nenhum ponto, e a
corrente de fluido fria deixa o trocador de calor à
temperatura de entrada do fluido quente .
Pode-se provar que os
ciclos Ericsson e Stirling
(que são totalmente
reversíveis) apresentam
a mesma eficiência do
ciclo de Carnot
operando nos mesmos
limites de temperatura .
Fig.30
8.5 CARNOT, STIRLING, ERICSSON: Eficiência Térmica
Já vimos que o ciclo de Carnot, em que todos os processos
são reversíveis, é o que apresenta a maior eficiência
térmica dentre os ciclos operando nos mesmos limites d e
temperatura – o Ex. 01 demonstrou isso .
Os ciclos Stirling e Ericsson, assim como o ciclo de Carnot,
são totalmente reversíveis e portanto apresentam a mesma
eficiência, dentro dos mesmos limites de temperatura :

O Ex. 02 faz a demonstração para o ciclo Ericsson.


Ex. 02 Eficiência térmica do Ciclo Ericsson
Usando um gás ideal como fluido de trabalho, mostre que
a eficiência térmica de um ciclo Ericsson é idêntica à de
um ciclo de Carnot que opera entre os mesmos limites de
temperatura . Ex. 9.3 Çengel & Boles
8.6 CICLOS STIRLING & ERICSSON: Dificuldades
para execução... potencial de maior eficiência
Os ciclos Stirling e Ericsson apresentam as seguintes
dificuldades para serem executados na prática :
i. Envolvem transferência de calor com uma diferença
de temperatura infinitesimal – isso requer superfícies
de transferência de calor infinitas e tempos longos
para a realização do processo
 isso não ocorre na prática
 o regenerador não opera com 100% de eficiência
(não devolve toda energia térmica recebida e
armazenada)
Por essas dificuldades, durante muito tempo os ciclos
Stirling e Ericsson tinham apenas interesse teórico.
Mas estes ciclos apresentam p o t e n c i a l d e m a i o r
eficiência térmica e melhor controle de emissões.
8.6 CICLOS STIRLING & ERICSSON: Dificuldades
para execução... potencial de maior eficiência
Companhias como as americanas F o r d e G e n e r a l M o t o r s
e a holandesa P h i l l i p s têm desenvolvido com sucesso
motores Stirling para caminhões, ônibus e até
automóveis ...
Apesar das limitações físicas e dificuldades associadas a
elas, tanto o ciclo Stirling como o Ericsson, transmitem
uma mensagem importante para os engenheiros :
a regeneração pode
aumentar a eficiência ....
conforme já visto nos ciclos R a n k i n e a v a p o r c o m
r e g e n e r a ç ã o ( TD II) e nas usinas térmicas com turbinas
a gás (c i c l o s B r a y t o n c o m r e g e n e r a ç ã o – a ser visto a
seguir....)
9. CICLO BRAYTON: O CICLO IDEAL DAS
TURBINAS A GÁS

O ciclo Bray ton foi proposto por George Bray ton para ser
utilizado no motor alternativo desenvolvido por ele em
1870, sendo utilizado em turbinas a gás (maquinário
rotativo) operando em um ciclos aberto – Fig. 29.

Fig. 29
An open-cycle gas-turbine
engine.
(Um motor à turbina a
gás de ciclo aberto).
9. CICLO BRAYTON: O CICLO IDEAL DAS
TURBINAS A GÁS
Funcionamento do ciclo Brayton:
Ar fresco em condições ambientes é admitido no
compressor, onde a pressão e a temperatura são elevadas .
O combustível é queimado na câmara de combustão num
processo a pressão constante juntamente com o ar.
Os gases resultantes da combustão entram na turbina, se
expandindo até a pressão
pressão atmosférica e
Fig. 29
produzindo potência.
Os gases de exaustam são
jogados para fora (não
recirculam) assim, o ciclo
é aberto
9. CICLO BRAYTON: O CICLO IDEAL DAS
TURBINAS A GÁS
O ciclo Brayton modelado como ciclo fechado:
A Fig. 30 mostra um ciclo Brayton modelado como um c i c l o
f e c h a d o , utilizando -se as hipóteses do padrão a ar.
O ciclo ideal pelo qual passa o
fluido de trabalho nesse
circuito fechado é denominado
c i c l o B r a y t o n , formado por
quatro processos inter -
namente reversíveis.

Fig. 30
9. CICLO BRAYTON: O CICLO IDEAL DAS
TURBINAS A GÁS
O ciclo Brayton modelado como ciclo fechado:
Os processos de compressão e expansão permanecem os
mesmos. M A S os processos de combustão e exaustão são
diferentes : o processo de
combustão é substituído por
um processo de fornecimento
de calor a pressão constante
por uma fonte externa .
O processo de exaustão
é substituído por um
processo de rejeição de
calor à pressão constante
para o ambiente. Fig. 30
9. CICLO BRAYTON: O CICLO IDEAL DAS
TURBINAS A GÁS
Processos reversíveis do ciclo Brayton:
1 – 2 compressão isoentrópica (em um compressor)
2 – 3 fornecimento de calor à pressão constante
3 – 4 expansão isoentrópica
(em uma turbina)
4 – 1 rejeição de calor à
pressão constante

Fig. 30
9. CICLO BRAYTON: O CICLO IDEAL DAS
TURBINAS A GÁS
As Fig. 31a e 31b nos mostram os Diagramas T-s e
P - v d e u m c i c l o B r a y t o n i d e a l – os quatros processos
são realizados com escoamento em regime permanente.

Fig. 31a Fig. 31b


9.1 CICLO BRAYTON: Balanço de Energia (1ª LEI)
Assim como já realizado no balanço energético para o s
ciclos Otto e Diesel, podemos desprezar as parcelas de
energia cinética e potencial, e dessa forma a 1ª Lei da
Termodinâmica para o ciclo Bray ton fica :

D a Te rmo d in â mica I ,
sab emos ( ? ) :
9.1 CICLO BRAYTON: Balanço de Energia (1ª LEI)
Analogamente, para o processo 4 – 1, temos um
processo a pressão constante, e o balanço de energia
fica:
9.1 CICLO BRAYTON: Balanço de Energia (1ª LEI)
A eficiência térmica do ciclo Brayton ideal
(hipóteses padrão a ar):
9.1 CICLO BRAYTON: Balanço de Energia (1ª LEI)
A eficiência térmica do ciclo Brayton ideal

A Eq. (30) mostra que a eficiência térmica do ciclo Bray ton


ideal depende da razão de pressão da turbina a gás e da
razão entre os calores específicos do fluido de trabalho . A
eficiência térmica aumenta com estes parâmetros, o que
também é válido para um ciclo real – O gráfico da Fig. 32
apresenta a eficiência térmica em função de r p para o
ar ( k = 1,4)
9.1 CICLO BRAYTON: Balanço de Energia (1ª LEI)

Fig. 32

Fig. 32
Thermal efficiency of the
ideal Brayton cycle as a
function of the pressure ratio.
(Eficiência térmica do ciclo
Brayton ideal em função da
razão de pressão).
9.2 CICLO BRAYTON – Turbinas a gás:
algumas considerações
1. A temperatura mais alta do ciclo ocorre ao final do
processo de combustão (estado 3) e é limitada pela
temperatura máxima que as pás da turbina podem
suportar, e isso também limita as razões de pressão
utilizadas no ciclo ;
2. Para um valor fixo de T 3 , o trabalho líquido aumenta
com a razão de pressão até um valor máximo e depois
começa a diminuir – Fig. 33  necessidade de haver
um compromisso entre a razão de pressão (e, portanto a
eficiência térmica) e o trabalho líquido produzido .
sistema maior é
menor trabalho maior fluxo necessário para
líquido por ciclo de massa manter a mesma
potência .
9.2 CICLO BRAYTON – Turbinas a gás:
algumas considerações
Para valores fixos de T min e T max , o trabalho líquido do
ciclo Brayton primeiro aumenta com a razão de pressão,
atinge um máximo para r p = ( T max /T min ) k[2(k-1)] , e
finalmente diminui – Fig. 33.
Na maioria dos projetos, a ra- Fig. 33
zão de pressão das turbinas
a gás varia entre 11 e 16.

For fixed values of Tmin and


Tmax, the net work of the
Brayton cycle first increases
with the pressure ratio, then
reaches a maximum at r p =
(T max /T min ) k[2(k-1)] ,and finally
decreases.
9.2 CICLO BRAYTON – Turbinas a gás:
algumas considerações
3. O ar das turbinas realiza duas importantes funções :
i. fornece o oxidante necessário para a combustão ;
ii. ser ve como fluido refrigerante para manter a
temperatura dos diversos componentes dentro de
limites seguros  para isso, admite-se mais ar do
que é necessário para a combustão completa do
combustível ~ em turbinas tem-se relações de até 50
vezes ar / combustível .
4. Em uma turbina a gás tratar os gases como ar não
incorre -se em erros consideráveis .
5. A vazão em massa na turbina é maior do que a do
compressor (naquela, acresce -se a vazão de
combustível), mas pode-se tratar como vazão constante
durante o ciclo .
9.2 CICLO BRAYTON – Turbinas a gás:
algumas considerações
6. As duas principais áreas de aplicação dos motores a
turbina a gás são:
i . a p r o p u l s ã o d e a v i õ e s – a turbina produz a
potência para mover o compressor e ainda alimentar
um sistema auxiliar, e os gases de exaustão à alta
velocidade são responsáveis pela produção do
empuxo necessário para movimentar a aeronave .
ii. a geração de energia elétrica – em unidades
independentes ou ainda associadas a usinas a vapor
(os gases de exaustão da turbina a gás ser vem como
fonte de valor para produzir vapor) .
7. As turbinas a gás também são utilizadas em frotas
navais para p r o p u l s ã o e g e r a ç ã o d e e n e r g i a e l é t r i c a .
M uitos sistemas utilizam associação de sistemas de
potência a gás e ciclo diesel .
9.2 CICLO BRAYTON – Turbinas a gás:
algumas considerações
8. Nas turbinas a gás, a razão entre o trabalho consumido
no compressor e o produzido na turbina é muito alta,
sendo definida como r a z ã o d e c o n s u m o d e t r a b a l h o –
Fig.34

Fig. 34
The fraction of the turbine
work used to drive the
compressor is called the back
work ratio.
9.2 CICLO BRAYTON – Turbinas a gás:
algumas considerações
9. Em geral, mais da metade do trabalho da turbina é
utilizado para acionar o compressor!

> 50%

....a situação fica ainda


menos favorável, quando as
eficiências isoentrópicas do
compressor e da turbina
Fig. 34
> 50% forem baixas ....

1 0 . T u r b i n a s a v a p o r : ao contrário, o trabalho
consumido na bomba é muito pequeno em relação ao
trabalho produzido na turbina (portanto, razão de
consumo baixa) . Q u a l a e x p l i c a ç ã o p a r a e s t e f a t o ?
9.2 CICLO BRAYTON – Turbinas a gás:
algumas considerações
1 0 . T u r b i n a s a v a p o r : ao contrário, o trabalho
consumido bomba é muito pequeno em relação ao
trabalho produzido na turbina (portanto, razão de
consumo baixa) . Q u a l a e x p l i c a ç ã o p a r a e s t e f a t o ?

1 1 . Usinas de potência com alta razão de consumo de


trabalho exigem uma turbina maior para fornecer a
energia requerida ...

para produção de uma mesma potência


líquida, as turbinas utilizadas num ciclo
de potência a gás são maiores do que as
u t i l i z a d a s n u m c i c l o a v a p o r.
10. DESENVOLVIMENTO DAS TURBINAS A GÁS
( breve histórico)
1 . T u r b i n a s a g á s . . . anos 1930 início desenvolvimento
Anos 1940, 1950 – fabricação primeiras turbinas a gás
.... eficiência (baixa) na faixa de 17%:
 baixa eficiência do compressor e da turbina
 baixa temperatura de entrada na turbina (limitações
metalúrgicas da época)

no início, as turbinas a gás tiveram


aplicação bastante limitada, apesar de
sua versatilidade e capacidade de
queimar diversos combustíveis...
10. DESENVOLVIMENTO DAS TURBINAS A GÁS
( breve histórico)

2 . P r i m e i ra t u r b i n a a gá s e m u m a t e r m e l é t r i c a :
1 9 4 9 , O k l a h o m a ( E UA ) – G e n e ra l E l e t r i c , 3 , 5 M W
3 . Até m e t a d e a n o s 1 9 7 0 . . . . c o n f i a b i l i d a d e e e f i c i ê n c i a
d a s t u r b i n a s a gá s e ra r u i m
a produção de energia elétrica para
manutenção da carga básica era
dominada por grandes usinas nucleares
e carvão (turbinas a vapor)

4 . A p ó s m e t a d e a n o s 1 9 7 0 . . . . t u r b i n a s a gá s n a t u ra l
p a s s a m a s e r e m u t i l i za d a s p a ra g e ra ç ã o d e E E . . .
10. DESENVOLVIMENTO DAS TURBINAS A GÁS
( breve histórico)
4 . A p ó s m e t a d e a n o s 1 9 7 0 . . . . t u r b i n a s a gá s n a t u ra l
p a s s a m a s e r u t i l i za d a s p a ra g e ra ç ã o d e E E :
i. aumento da eficiência térmica
ii. menores custos de capital para construção
iii. menores tempos de instalação
iv. melhores características de emissões
v. abundância no fornecimento de gás natural
vi. os custos de construção de usinas de
potência a gás, representam cerca da
metade das usinas a vapor com combustível
fóssil convencional....
10. DESENVOLVIMENTO DAS TURBINAS A GÁS
( breve histórico)
5 . D e s d e o s a n o s 1 9 9 0 . . . . t u r b i n a s a gá s n a t u ra l
passam a ocupar mais da metade de todas as usinas
d e g e ra çã o d e E E – u s a n d o a t e c n o l o g i a co m b i n a d a
c o m a u t i l i za ç ã o d e va p o r :
ciclo combinado de turbina a gás e vapor: gases
de exaustão da turbina a gás são utilizados para
produção de vapor (turbinas a vapor)....

6. Exemplo evolução turbinas a gás (General Eletric):


i. início anos 1990: razão de compressão de 13,5;
gerava 135,5 MW de potência líquida e eficiência
térmica de 33% operação em ciclo simples
ii. ínício anos 2000: produz até 283 MW e eficiência
térmica de 39% (temperatura entrada gases 1425 o C)
10. DESENVOLVIMENTO DAS TURBINAS A GÁS
( breve histórico)
7 . U m a t u r b i n a a gá s c o m 1 , 3 t o n e l a d a s fa b r i c a d a p e l a
e m p r e s a h o l a n d e s a O p ra O p t i m a l R a d i a l Tu r b i n e ,
( ra z ã o d e p r e s s ã o 6 , 5 , e f i c i ê n c i a d e 2 6 % e m c i c l o
s i m p l e s – p o d e s e r a u m e n t a d a p a ra 3 7 % f u n c i o n a n d o
c o m u m r e g e n e r a d o r ) p o d e f u n c i o n a r a gá s o u
combustível líquido e pode substituir um motor a
diesel de 16 toneladas.
8. Esforços para a u m e n t a r a e f i c i ê n c i a t é r m i c a d e
u m c i c l o a g á s foram em três direções :
i. Aumento das temperaturas de entrada na turbina
ii. Aumento das eficiências dos componentes das
turbomáquinas
iii. Incorporação de modificações ao ciclo básico .
10. DESENVOLVIMENTO DAS TURBINAS A GÁS
( breve histórico)
9 . A u m e n to d a s te m p e ra t u ra s d e e n t ra d a n a t u r b i n a :
Principal medida para melhorar a eficiência térmica da
turbina a gás... aumentaram de para
desenvolvimento de novos
a n o s 1 9 4 0 : 540 o C (1000 o F) materiais e inovadoras
a n o s 2 0 0 0 : 1425 o C (2600 o F) técnicas de resfriamento
dos componentes críticos
novos materiais : revestimento das pás das turbinas com
camadas cerâmicas e resfriamento delas com ar da
descarga do compressor
necessidade da temperatura de combustão ser mais
alta para compensar o efeito do ar de resfriamento .
10. DESENVOLVIMENTO DAS TURBINAS A GÁS
( breve histórico)
9 . A u m e n to d a s te m p e ra t u ra s d e e n t ra d a n a t u r b i n a :
novos materiais : revestimento das pás das turbinas com
camadas cerâmicas e resfriamento delas com ar da
descarga do compressor necessidade da temperatura
de combustão ser mais alta para compensar o efeito do ar
de resfriamento . M A S
temperaturas mais altas de combustão formação de
mais óxidos de nitrogênio ( N O x ) == formação de o z ô n i o
no nível do solo e s m o g ...
S O L U C Ã O : uso do vapor d´água como refrigerante ,
permitiu um aumento das temperaturas de entrada da
turbina em até 100 o C sem aumento da temperatura de
combustão ( vapor d´água é um meio de transferência de
calor muito maior do que o ar....)
10. DESENVOLVIMENTO DAS TURBINAS A GÁS
( breve histórico)
10. Aumento das eficiências dos componentes das
turbomáquinas :
O advento de computadores e as técnicas avançadas de
projeto auxiliado por computador (CAD) :

melhoria no projeto aerodinâmico das turbinas e


compressores, aumentando suas eficiências e
com isso, aumento significativo da
eficiência do ciclo de potência a gás.
10. DESENVOLVIMENTO DAS TURBINAS A GÁS
( breve histórico)
1 1 . I n c o r p o ra ç ã o d e m o d i f i c a ç õ e s a o c i c l o b á s i c o :
A eficiência térmica dos ciclos de potência das
primeiras turbinas a gás praticamente dobraram com a
incorporação de três medidas :
MAS melhorias
i. resfriamento intermediário implicam no aumento
de custos ... ASSIM
ii. regeneração (recuperação)
necessidade de análise
iii. reaquecimento . de custo-benefício ...
Contexto econômico e tecnológico: preços
relativamente baixos dos combustíveis durante longo
tempo, necessidade redução de custos e aumento da
eficiência térmica do ciclo simples para cerca de 40% ...
pouco espaço para o desejo de
optar por estas modificações ....
Lista 09 Ex. 9.1 Ciclo Brayton simples ideal
Uma usina a turbina a gás que opera em ciclo Brayton
ideal tem razão de pressão de 8. A temperatura do gás é
de 300 K no compressor e 1300 K na entrada da turbina .
Utilizando as hipóteses do padrão a ar, determine :
a) a temperatura do gás nas saídas do compressor e da
turbina Ex. 9.4 Ç & B
b) a razão de consumo de trabalho
c) a eficiência térmica da turbina.

Fig. 35
T-s diagram for the Brayton
cycle discussed in Ex. xx.
Lista 09 Ex. 9.2 e Ex.93 Ciclo Brayton simples ideal

Ex. 9.2 Um ciclo Brayton simples que use ar como fluido


de trabalho tem uma razão de pressão igual a 8. As
temperaturas mínima e máxima do ciclo são 310 K e 1160
K. Considerando uma eficiência isoentrópica de 75% para
o compressor e de 82% para a turbina, determine :
a) a temperatura do ar na saída da turbina ;
b) o trabalho líquido produzido ; (Pr. 9.65 Ç & B)
c) a eficiência térmica do ciclo.

Ex. 9.3 Repita o Ex.9.2 usando calores específicos


constantes à temperatura ambiente . (Pr. 9.66 Ç & B)
Lista 09 Ex. 9.4 Ciclo Brayton simples ideal

Ex. 9.4 Ar é usado como fluido de trabalho em um ciclo


Brayton simples ideal que tem uma razão de pressão de
12, uma temperatura de entrada no compressor de 300 K
e uma temperatura de entrada na turbina de 1.000 K.
Considerando calores específicos constantes à
temperatura ambiente, determine a vazão mássica de ar
necessária para produzir uma potência líquida de 70 MW,
considerando que tanto o compressor quanto a turbina
tenham eficiência isoentrópica de: (Pr. 9.67 Ç & B)
a) 100% ;
b) 85%
Lista 09 Ex. 9.5 Ciclo Brayton simples ideal

Ex. 9.5 Uma usina de potência a turbina a gás opera em


um ciclo Brayton simples ideal com ar como fluido de
trabalho . Ar entra no compressor a 95 kPa e 290 K e na
turbina a 760 kPa e 1.100 K. Calor é transferido para o ar
a uma taxa de 35.000 kJ/s. Determine a potência
produzida por essa turbina, considerando : (Pr. 9.38 Ç & B)
a) Calores específicos constantes á temperatura
ambiente
b) Calores específicos variáveis para o ar
Lista 09 Ex. 9.6 e Ex.97 Ciclo Brayton simples ideal
Ex. 9.6 Ar entra no compressor de um motor de turbina a
gás a 300 K e 100 kPa, onde é comprimido até 700 kPa e
580 K. Calor é transferido para o ar na quantidade de
950kJ/s antes de entrar na turbina . Para uma eficiência da
turbina de 86%, e considerando calores específicos
variáveis para o ar, determine : (Pr. 9.69 Ç & B)
a) A fração do trabalho da turbina usada para acionar o
compressor ;
b) A eficiência térmica do ciclo.

Ex. 9.7 Repita o Ex. 9.6 usando calores específicos


constantes à temperatura ambiente . (Pr. 9.70 Ç & B)
Lista 09 Ex. 9.8 e Ex.9.9 Ciclo Brayton simples ideal

Ex. 9.8 Uma usina de potência com turbina a gás opera em


um ciclo Brayton simples usando ar como fluido de
trabalho e fornece 32 MW de potência . As temperaturas
mínima e máxima do ciclo são 310 K e 900 K e a pressão do
ar na saída do compressor é 8 vezes o valor na entrada do
compressor. Considerando uma eficiência isoentrópica de
80% para o compressor e de 86% para a turbina e
considerando a variação dos calores específicos com a
temperatura, determine : (Pr. 9.71 Ç & B)
a) a vazão mássica de ar no ciclo .

Ex. 9.9 Repita o Ex. 9.8 usando calores específicos


constantes à temperatura ambiente . (Pr. 9.72 Ç & B)
Lista 09 Ex. 9.10 Ciclo Brayton simples ideal

Ex. 9.10 Uma usina de potência com turbina a gás funciona


segundo um ciclo Bray ton simples entre os limites de
pressão 100 e 1.200 kPa. O fluido de trabalho é o ar, que
entra no compressora 30º C a uma vazão de 150 m3/min e
deixa a turbina a 500º C. Usando calores específicos
variáveis para o ar e considerando uma eficiência
isoentrópica do compressor de 82% e uma eficiência
isoentrópica da turbina de 88%, determine :
(Pr. 9.73 Ç & B)
a) a produção líquida de potência ;
b) a razão de consumo de trabalho ;
c) a eficiência térmica do ciclo
Lista 09 Ex. 9.11 Ciclo Brayton simples ideal

Ex. 9.11 A razão de compressão de ciclo dual ideal é de


14. O ar está a 100 kPa e 300 K no início do processo de
compressão e a 2.200 K no final do processo de
fornecimento de calor. A transferência de calor para o ar
acontece parcialmente a volume constante e parcialmente
a pressão constante e totaliza 1.520,4 kJ/kg. Considerando
calores específicos variáveis para o ar, determine :
a) a fração do calor transferida a volume constante,
b) a eficiência térmica do ciclo . (Pr. 9.50 Ç & B)
11. DIFERENÇAS ENTRE CICLOS DE TURBINAS A
GÁS REAIS E IDEALIZADOS

Diferenças entre os ciclos Brayton ideal x real:


i. queda de pressão durante os processos de adição e
rejeição de calor
ii. o trabalho de compressão real é maior do que o
trabalho de compressão reversível (irreversibilidades)
iii. o trabalho realizado pela turbina real é menor do que
o trabalho reversível (irreversibilidades)
As diferenças entre o comportamento ideal (adiabático,
reversível == isoentrópico) e o comportamento real dos
compressores e turbinas ( processos irreversíveis) é
tratada por meio das eficiências isoetrópicas destes
equipamentos - 𝜂C e 𝜂 T, através das equações a seguir :
11. DIFERENÇAS ENTRE CICLOS DE TURBINAS A
GÁS REAIS E IDEALIZADOS
Efic iênc ias isoentrópicas compressores e turbinas :

s = processo isoentrópico
a = processo real
2a e 4a = estados reais de
saída do compressor e da
turbina.
2s e 4s = estados corres-
pondentes para processo
isoentrópico .
11. DIFERENÇAS ENTRE CICLOS DE TURBINAS A
GÁS REAIS E IDEALIZADOS

A Fig. 36 mostra um diagrama T-s para um ciclo


Brayton não ideal Fig. 36

Fig. 36
The deviation of na actual
gas-turbine cycle from the
ideal Brayton cycle as a
result of irreversibilities
(A diferença entre um
ciclo à turbina a gás real
e o ciclo Brayton ideal
como resultado das
irreversibilidades).
Lista 10 Ex. 10.1 Um ciclo de turbina a gás real
Ex. 10.1 Uma usina a turbina a gás que opera em ciclo
Bray ton ideal tem razão de pressão de 8. A temperatura do
gás é de 300 K no compressor e 1300 K na entrada da
turbina. Utilizando as hipóteses do padrão a ar, e
considerando a eficiência do compressor de 80% e uma
eficiência para a turbina de 8 5%, determine: (Ex. 9.5 Ç & B)
Fig. 37
a) a razão de consumo de
trabalho
b) a eficiência térmica do
ciclo
c) A temperatura de saída
na turbina do ciclo.
(Obs. Ex. 10.1 = =
Ex.9.1 modificado)
Lista 10 Ex. 10.2 Um ciclo de turbina a gás real

Ex. 10.2 Determine a eficiência térmica da turbina a gás


descrita no Ex.10.1 se um regenerador com efetividade de
80% for instalado . (Ex . 9.6 Ç & B)

Fig. 37
Lista 10 Ex. 10.3 Um ciclo de turbina a gás real
Ex. 10.3 A turbina a gás 7FA produzida pela General
Eletric apresenta uma eficiência de 35,9% quando em
operação em ciclo simples e uma produção de potência
líquida de 159 MW. A razão de pressão é 14,7 e a
temperatura na entrada da turbina é de 1.288 ºC. A vazão
mássica na turbina é de 1.536.000 kg /h. Considerando as
condições ambientais de 20º C e 100 kPa , determine :
a) A eficiência isoentrópica da turbina ;
b) A eficiência isoentrópica do compressor ;
c) A eficiência térmica dessa turbina se for acionado um
regenerador com eficiência de 80%

(Pr. 9.79 Ç & B)


Lista 10 Ex. 10.4 e Ex. 10.5 Ciclo Brayton com Regen.
Ex. 10.4 Um ciclo Brayton ideal com regeneração tem uma
razão de pressão de 10. Ar entra no compressor a 300 K e
na turbina a 1.200 K. Se a eficiência do regenerador é de
100%, e considerando a variação dos calores específicos
com a temperatura determine : (Pr. 9.81 Ç & B)
a) O trabalho líquido produzido ;
b) A eficiência térmica do ciclo .

Ex. 10.5 Repita o Ex.10.4 usando calores específicos


constantes . (Pr.9.83 Ç & B)
Lista 10 Ex. 10.6 Ciclo Brayton com Regeneração
Ex. 10.6 Um ciclo Brayton com regeneração que usa ar
como fluido de trabalho tem uma razão de pressão de 7.
As temperaturas mínima e máxima do ciclo são de 310 K e
1.150 K. Considerando uma eficiência isoentrópica de 75%
para o compressor e de 82% para a turbina e uma
efetividade de 65% para o regenerador, determine :
a) A temperatura do ar na saída da turbina ;
b) O trabalho líquido produzido ;
c) A eficiência térmica do ciclo.
(Pr. 9.84 Ç & B)
Lista 10 Ex. 10.7 Ciclo Brayton com Regeneração
Ex. 10.7 Uma usina de potência com turbina a gás opera
em um ciclo Brayton ideal com regeneração (€ = 100%)
com ar como fluido de trabalho . O ar entra no compressor
a 95 kPa e 290 K e na turbina a 760 kPa e 1.100 K. Calor é
transferido para o ar por meio de uma fonte externa a uma
taxa de 75.000 kJ/s. Determine a potência produzida por
esta turbina : (Pr. 9.85 Ç & B)
a) Considerando calores específicos constantes à
temperatura ambiente ;
b) Considerando a variação dos calores específicos
com a temperatura .
Lista 10 Ex. 10.8, 10.9, 10.10 Brayton com Regeneração

Ex. 10.8 Ar entra no compressor de um motor de turbina a


gás com regeneração a 300 K e 100 kPa, onde é comprimid o
até 800 kPa e 580 K. O regenerador tem uma efetividade de
72% e o ar entra na turbina a 1.200 K. Para uma eficiência
da turbina de 86%, e considerando calores específicos
variáveis para o ar, determine : (Pr. 9.86 Ç & B)
a) a quantidade de calor transferida no regenerador ;
b) a eficiência térmica do ciclo.

Ex. 10.9 Repita o Ex. 10.8 usando calores específicos


constantes à temperatura ambiente . (Pr. 9.87 Ç & B)

Ex. 10.10 Repita o Ex. 10.9 para uma efetividade do


regenerador de 70%. (Pr.9.87 Ç&B)
12. O CICLO BRAYTON COM REGENERAÇÃO

Em uma turbina a gás, os gases de exaustão que saem da


turbina tem temperatura consideravelmente maior do que
o ar que sai do compressor. Assim, pode-se utilizar a
energia térmica dos gases de exaustão para aumentar a
temperatura do ar utilizando -se um trocador de calor
contra-corrente (correntes opostas), conhecido como
r e g e n e r a d o r ou r e c u p e r a d o r .

A Fig. 37 apresenta um esquema do motor a turbina a gás


com regenerador, e a Fig. 38 o diagrama T – s do ciclo .
12. O CICLO BRAYTON COM REGENERAÇÃO

Fig. 37 A gas-turbine engine with regenerator


Um motor à turbina a gás com regenerador
Fig. 37
12. O CICLO BRAYTON COM REGENERAÇÃO

Fig. 38
Fig. 38 T-s diagram of
a Brayton cycle with
regenerator.

Diagrama T- s de um
ciclo Brayton com
regeneração
12. O CICLO BRAYTON COM REGENERAÇÃO
A eficiência térmica do ciclo Brayton e a Regeneração :

A u m e n t a , pois há o aproveitamento da energia térmica


dos gases de exaustão da turbina, que é reaproveitada para
pré-aquecer o ar que sai do compressor e entra na câmara
de combustão gasta-se menos energia para
produzir o mesmo trabalho líquido.

Pré-requisito para utilização da regeneração : quando a


temperatura dos gases de exaustão for maior do que a
temperatura do ar que sai do compressor... Em
compressores que operam com razões de compressão
muito altas, a regeneração não é vantajosa ....
12. O CICLO BRAYTON COM REGENERAÇÃO
A análise da Fig. 38 mostra que:
T 4 == temperatura mais alta dentro do regenerador – a
temperatura dos gases de exaustão que saem da
turbina e entram no regenerador.
Sob nenhuma condição, a Fig. 38
o ar pode ser pré-aquecido
no regenerador à uma
temperatura maior do que
T 4 . No limite (ideal), o ar
deixa o regenerador à T 4
mas geralmente deixa à
uma temperatura menor
( T 5 ).
12. O CICLO BRAYTON COM REGENERAÇÃO
Desprezando as variações de energia cinética e
potencial e supondo o regenerador bem isolado, temos:

Fig. 38

que são, respectivamente, as


transferências de calor real e
máxima dos gases de exaustão
para o ar.
12. O CICLO BRAYTON COM REGENERAÇÃO
de um REGENERADOR

É a medida de quanto um regenerador se aproxima do ideal,


ou seja, a fração de calor que ele aproveita em relação ao
máximo calor que ele poderia aproveitar :

Quando as hipóteses do padrão a ar frio são utilizadas :


12. O CICLO BRAYTON COM REGENERAÇÃO
de um REGENERADOR

maior economia
de combustível
regenerador maior 
MAS mais caro e causa maior
queda de pressão

a u m e nta r d e m a s i a d a m e nte a efe t i v i d a d e d o


re ge n e ra d o r pode não ser v i áve l
e co n o m i ca m e nte : a n á l i s e c u sto / b e n ef í c i o s . . .
12. O CICLO BRAYTON COM REGENERAÇÃO
de um REGENERADOR
Em geral, a efetividade dos regeneradores
utilizados na prática, situa -se abaixo de 85%.
Considerando as hipóteses do padrão ar a frio, a
eficiência térmica de um ciclo Brayton ideal com
regeneração é:
12. O CICLO BRAYTON COM REGENERAÇÃO

com REGENERADOR
Fig. 39

Fig. 39 Thermal efficiency of


the ideal Brayton cycle with
and without regenerator.
Fig. 39
Eficiência térmica do
ciclo Brayton ideal, com e
sem regeneração .
12. O CICLO BRAYTON COM REGENERAÇÃO

com REGENERADOR
A Fig. 39 nos mostra que
a regeneração é mais
efetiva a razões de
pressão mais baixas e a
baixas razões entre as
temperaturas mínima e
máximas .
Fig. 39
1 3 . C I C L O C O M B I NA D O G Á S – V A P O R

Com as variações do preço da energia fóssil (petróleo, gás


natural, car vão), oscilando, mas com tendências de alta nos
preços, a busca por melhores eficiências térmicas resultou
em diversas melhorias nas usinas de potência (p.ex.,
reaquecimento, regeneração) e uma alteração que tem
mostrado um ganho significativo de eficiência é a
combinação do ciclo de potencia a gás, com o ciclo de
potência a vapor – denominada por c i c l o c o m b i n a d o g á s
– v a p o r , ou simplesmente c i c l o c o m b i n a d o .
O ciclo combinado de maior interesse é o ciclo de turbina a
gás (Bray ton) no topo com o ciclo de turbina a vapor
(Rankine), Fig. 40, que combinados, apresenta eficiência
térmica maior do que qualquer um dos dois operando
separadamente .
1 3 . C I C L O C O M B I NA D O G Á S – V A P O R
Fig. 40a

Fig. 40b
1 3 . C I C LO C O M B I N A D O G Á S – V A P O R
No ciclo combinado gás –
vapor, o ciclo a vapor opera
com um ciclo de
b o t t o m i n g do ciclo de
potência a gás, resultando
em alto rendimento do ciclo
globalmente – Fig. 41. O
resfriamento dos gases de
exaustão da turbina a gás é
a fonte de energia para os
processos de transferência
de calor para produção de
vapor (mudança de fase e
superaquecimento do ciclo
Rankine ). Fig. 41
1 3 . C I C LO C O M B I N A D O G Á S – V A P O R
Segundo Van Wylen , o projeto das instalações deve evitar o
estado denominado de ponto de pinça (p i n c h p o i n t ), que é
evitar que a temperatura dos
gases atinja a temperatura
de mudança de fase do vapor
sem que se tenha transferido
a quantidade de energia
necessária para que o
processo de evaporação
esteja completo . Caso isso
ocorresse, cessaria a
transferência de calor sem
que se produzisse vapor
necessário para o ciclo
Fig. 41
Rankine .
1 3 . C I C L O C O M B I NA D O G Á S – V A P O R

Como já vimos, os ciclos de turbina a gás operam com


temperaturas consideravelmente maiores (~ 1425 o C –
devido desenvolvimentos nas áreas de resfriamento e
revestimento com materiais cerâmicos ...) do que os cicl o s
de turbina a vapor d´água (620 o C para as mais modernas) .
Dos princípios termodinâmicos, a eficiência térmica
aumenta com o aumento da temperatura média do ciclo, o
que faz com que os ciclos a gás terem um maior potencial
de eficiência . No entanto, os gases de exaustão da turbina a
gás estão, em geral, acima de 500 o C, jogando fora
possibilidades de ganhos em eficiência! (pode -se melhorar
um pouco, usando a tecnologia de regeneração, mas os
ganhos são limitados)
1 3 . C I C L O C O M B I NA D O G Á S – V A P O R

No ciclo combinado, a energia é recuperada dos gases


quentes de exaustão da turbina a gás e, por meio de um
trocador de calor, transferida para a água transformando -a
em vapor. O ciclo de potência, pode também, envolver
regeneração, assim como reaquecimento . A energia para o
processo de reaquecimento pode ser fornecida pela queima
adicional de algum combustível nos gases de exaustão que
são ricos em oxigênio .
Com novas tecnologias de turbinas a gás, pode-se trabalhar
com o ciclo combinado, aumentando a eficiência térmica,
sem acrescentar muito o custo, tornando o processo
atrativo economicamente, o que tem aumentado bastante o
uso dos ciclos combinados, não apenas para projetos novos,
como também adaptação de processos antigos .
13. CICLO COMBINADO GÁS – VAPOR
Em geral, necessita -se de mais de uma turbina a gás para
obter calor suficiente para a produção de vapor.
Como exemplo de usinas operando ciclo combinado gás –
vapor, na cidade de Ambarli , Turquia, uma usina de 1.350
MW construída em 1988 pela Siemens (Alemanha) foi a
primeira a operar comercialmente com eficiência de 52,4% ,
com seis turbinas a gás de 150 MW e três turbinas a vapor
de 173 MW. Algumas usinas recentes de ciclo combinado
atingem a eficiência de 60%.
O exemplo a seguir exemplifica os conceitos discutidos a
cerca do ciclo combinado gás – vapor.
O balanço de energia para o ciclo combinado é o
mesmo já desenvolvido para ciclos de potência a gás
(Brayton) e o ciclos de potência a vapor (Rankine).
LISTA 11 – Ciclo combinado gás – vapor
Ex. 11.1 G-V Considere o ciclo combinado gás – vapor
mostrado na Fig. 41 . O ciclo do topo é um ciclo de turbina
a gás que tem uma razão de pressão igual a 8. O ar entra no
compressor a 300 K e na turbina a 1.300 K. A eficiência
isoentrópica do compressor é de 80 % e da turbina a gás é
de 85% O ciclo de baixo é um ciclo de Rankine simples ideal
que opera entre os limites de pressão 7 MPa e 5 kPa. O
vapor é aquecido em um trocador de calor pelos gases de
exaustão a uma temperatura de 500 ºC. Os gases de
exaustão deixam o trocador de calor a 450 K. Determine:
(Ex. 10.9 Ç & B)
a) a razão entre os fluxos de massa de vapor e de gases de
combustão ;
b) a eficiência térmica do ciclo combinado .
Ex. 11.1 G-V Ciclo combinado gás – vapor
Ex. 11.1 G-V Considere o ciclo combinado gás – vapor
mostrado na Fig. 42

Fig. 42
Diagrama T-s do ciclo
combinado gás – vapor
Ex. 11.1 G-V
Ex. 11.2 G-V O ciclo de turbina a gás de uma usina de
potência com ciclo combinado gás – vapor tem uma razão
de pressão de 6. O ar entra no compressor a 300 K à vazão
de 14 kg /s e é aquecido a 1.500 K na câmara de combustão .
Os gases de combustão que saem da turbina a gás são
usados para aquecer o vapor até 400 ºC a 10 MPa em um
trocador de calor. Os gases de combustão saem do trocador
de calor a 420 K. O vapor que deixa a turbina é condensado
a 15 kPa. Considerando que todos os processos de
compressão e expansão sejam isoentrópicos , e os calores
específicos para o ar constantes à temperatura ambiente,
determine : (Pr. 9.69 Ç & B)
a) O fluxo de massa de vapor;
b) A potência líquida;
c) A eficiência térmica do ciclo combinado.
Ex. 11.2 G-V O ciclo de turbina a gás de uma usina de
potência com ciclo combinado gás – vapor tem uma razão ...
a) O fluxo de massa de vapor; (Pr. 9.69 Ç & B)
b) A potência líquida;
c) A eficiência térmica do
ciclo combinado.

Fig. 43
Ex. 11.2 G – V
Ex. 11.3 G – V
Ex. 11.3 G-V Conside re uma usina de potência com ciclo
combinado gás – vapor (Fig. 43) que produz uma potência
líquida de 450 MW. A razão de pressão do ciclo da turbina a
gás é 14 . O ar entra no compressor a 300 K e na turbina a
gás a 1.400 K. Os gases de combustão que saem da turbina a
gás são usados para aquecer o vapor a 8 MPa até 400º C em
um trocador de calor. Os gases de combustão saem do
trocador de calor a 460 K. Um aquecedor de água de
alimentação aberto incorporado ao ciclo de vapor opera a
uma pressão de 0,6 MPa . A pressão no condensador é de 20
kPa . Considerando que todos os processos de compressão e
expansão sejam isoentrópicos , determine : (Pr. 9.70 Ç & B)
a) A razão entre os fluxo de massa de ar e de vapor;
b) A taxa de fornecimento de calor necessária na câmara de combustão;
c) A eficiência térmica do ciclo combinado.
Ex. 11.4 G-V Considere um ciclo combinado gás – vapor. O
ciclo superior é um ciclo Brayton simples com razão de
pressão igual a 7. Ar entra no compressor a 15 ºC e à vazão
de 10 kg /s e na turbina a gás a 950 ºC. O ciclo inferior é um
ciclo de Rankine com reaquecimento entre os limites de
pressão de 6 MPa e 10 kPa. O vapor é aquecido em um
trocador de calor a uma vazão de 1 ,15 kg /s pelos gases de
exaustão que deixam a turbina a gás, e os gases de exaustão
saem do trocador de calor a 200 ºC. O vapor sai da turbina
de alta pressão a 1,0 MPa e é reaquecido a 400 ºC no
trocador de calor antes dele se expandir na turbina de baixa
pressão . Supondo eficiência isoentrópica de 80% para as
bombas e para as turbinas, determine : (Pr. 10.74 Ç & B)
a) A umidade na saída da turbina de baixa pressão;
b) A temp. do vapor na entrada da turbina de alta pressão;
c) A potência líquida produzida;
d) A eficiência térmica da usina combinada
Ex. 11.4 G-V Considere um ciclo combinado gás – vapor. O
ciclo superior é um ciclo Brayton simples com razão de
pressão igual a 7. (Pr. 10.74 Ç & B)
a) A umidade na saída da turbina de baixa pressão;
b) A temp. do vapor na entrada da turbina de alta pressão;
c) A potência líquida
produzida;
d) A eficiência térmica
da usina combinada

Fig. 44
Ex. 11.4 G – V
Ex. 11.5 G-V A Fig. 41 mostra o esquema de uma central de
potência que utiliza um ciclo combinado utilizando uma
turbina a gás e uma turbina a vapor. Os seguintes dados são
conhecidos para o ciclo da turbina a gás: ar entra no
compressor a 100 kPa e 25 ºC, a relação de compressão é
14, a taxa de fornecimento de calor é de 60 MW; a
temperatura de entrada na turbina é 1.250 ºC, a pressão de
exaustão é 100 kPa e a temperatura de exaustão do ciclo, do
trocador de calor, é 200 ºC. Os seguintes dados são
conhecidos para o ciclo da turbina a vapor : o estado de
entrada na bomba é líquido saturado a 10 kPa a pressão d e
saída da bomba é 12,5 MPa e a temperatura de entrada na
turbina é 500 ºC. Considere que todos os processos se jam
reversíveis . Determine : (Pr. 12.114 Van Wylen )
a) As vazões mássicas em ambos os ciclos;
b) O rendimento térmico desse ciclo combinado.
Ex. 11.5 G-V A Fig. 41 mostra o esquema de uma central de
potência que utiliza um ciclo combinado utilizando uma
turbina... (Pr. 12.114 Van Wylen )
Determine :
a) As vazões mássicas
em ambos os ciclos;
b) O rendimento térmico
desse ciclo combinado .

Fig. 41
Ex. 11.5 G – V
13. CICLO COMBINADO GÁS – VAPOR
Fig. 40a

Fig. 45
13. CICLO COMBINADO GÁS – VAPOR
Fig. 40a
Fig. 46

Fig. 40b
ANEXOS

ANEXO 1
http://pt.wikipedia.org/wiki/Nicolaus_Otto
A c e sso 2 5 j u lh o 2 0 1 4

ANEXO 2
Quer saber mais http://pt.wikipedia.org/wiki/Rudolf_Diesel
sobre Motor Stirling ? Acesso 25 julho 2014
ANEXO 3 Acessos 16 agosto 2014

3.1 wikipedia http://pt.wikipedia.org/wiki/Motor_Stirling

Publicado em
3.2 23/05/2014 por
Ricardo Neves
http://www.razaoautomovel.com/2014/05/toyota-
apresenta-ideia-inovadora-para-extensao-de-autonomia
ANEXO 1
Ni col aus Augu st Otto ( H o l z h a u s e n a n d e r H a i d e , 1 0 d e J u n h o d e
1 8 3 2 — C o l ô n i a , 2 6 d e J a n e i ro d e 1 8 9 1 ) fo i o i nv e n to r d o m o to r d e
c o m b u st ã o i n te r n a d o c i c l o d e O tto ( m o t o r a ga s o l i n a ) . C a s a d o c o m
A n n a G o s s i , t i v e ra m s e te f i l h o s , d e n t re e l e s G u s tav O tt o, c o n st r u t o r
d e av i õ e s .
I n i c i a n d o a s u a c a r re i ra co m o v e n d e d o r d e a l i m e n t o s e m C o l ô n i a ,
O tt o s e t o r n o u o b c e c a d o c o m o s u rg i m e nt o d a te c n o l o g i a n a q u e l e s
d i a s – gá s e v a p o r.
A g ra n d e n o t í c i a d a é p o c a e ra a i nv e n çã o p o r Ét i e n n e L e n o i r d e u m
m o t o r q u e q u e i m av a gá s n a t u ra l . E l e e ra a n exa d o a o c a r ro m a s ,
a p e s a r d e s e m ov e r c o m s u a p ró p r i a fo rç a , o m o t o r e ra i n e f i c i e n te
e barulhento.
O tt o a c re d i tav a p o d e r m e l h o ra r a s c o i s a s c o m u m c o m b u s t í v e l
l í q u i d o, e c o m e ç o u a ex p e r i m e n ta r. C o n s t r u i u s e u p r i m e i ro m o to r a
gá s e m 1 8 6 1 e fo r m o u u m a s o c i e d a d e c o m o i n d u s t r i a l a l e m ã o
E u g e n L a n g e n . O r i g i n a l m e n te c o n h e c i d o c o m o N . A . O tt o & C i a , a
e m p re s a a i n d a o p e ra , c o m o n o m e c o m e rc i a l D e u t z A G .
...
Po r u m fe l i z a c i d e n te , O tt o d e s c o b r i u o v a l o r d a c o m p re s s ã o d a
m i st u ra d o c o m b u s t í v e l e a r a n te s d e q u e i m a r. N a s c e u a s s i m a
i d é i a d o c i c l o d e O tt o, o u c i c l o d e q u a t ro te m p o s .
D e p o i s d e c i n c o a n o s d e s e nv o l v e n d o o p ro j e t o, O tt o f i n a l m e n te
ga n h o u u m a m e d a l h a d e o u ro p o r s e u ‘ m o t o r d e gá s a t m o s fé r i c o ’
n a E x p o s i ç ã o d e Pa r i s d e 1 8 6 7 .
E m 1 9 9 6 fo i i n c l u í d o n o A u t o m o t i ve H a l l o f Fa m e .

Fig. 47 Nicolaus Otto, em ??


ANEXO 2
Rudolf Christian Karl Diesel (Paris, 18 de março de 1858 —
Canal da Mancha, 30 de setembro de 1913) foi um engenheiro
mecânico alemão, inventor do motor a diesel. Era o segundo
de três filhos de Theodor e Elise Diesel, imigrantes alemães
(bávaros) na França. Diesel idealizou um dos mais
importantes sistemas mecânicos da história da humanidade.
Rudolf Diesel elaborou um motor a combustão interna a
pistões que explorava os efeitos de uma reação química, um
fenômeno natural, que acontece quando o óleo é injetado
num recipiente com oxigênio, causando uma explosão ao
misturar-se.
Para conseguir controlar tal reação e movimentar uma
máquina foi necessária uma infinidade de outros inventos,
como a bomba injetora, elaborar sistemas de múltiplas
engrenagens e outros acessórios controladores para que
pressão de liberação atuasse precisamente na passagem do
êmbolo do pistão no ângulo de máxima compressão.
...
Rudolf Diesel registrou a patente de seu motor-reator em 23
de fevereiro de 1897, desenvolvido para trabalhar com óleo
de origem vegetal. Entretanto, em sua homenagem, foi dado
ao produto oleoso mais abundante obtido na primeira fase de
refino do petróleo bruto o nome de diesel. Isso não quer
dizer que todos os motores a injeção sejam obrigados a
funcionar com óleo diesel, desde que regulem a pressão no
sistema de injeção, um motor pode passar a funcionar com
qualquer tipo de óleo, tanto pode ser de origem vegetal
(como óleo de amendoim) ou animal (como é o caso da
gordura de porco).
Face a sua simplicidade e a enorme aplicação, o motor de
pistões movidos a reação óleo-oxigênio rapidamente
penetrou nos lugares mais longínquos do planeta,
revolucionando o mundo industrial e substituindo os
dispendiosos sistemas mecânicos a vapor que até então
movimentavam as locomotivas e os transportes marítimos por
unidades geradoras diesel-elétrica.
...
A p ó s n e g o c i a r o s e u i nv e n t o, d u ra n te u m a t rav e s s i a d o C a n a l d a
M a n c h a , o i nv e n to r m o r re e m c i rc u n s tâ n c i a s q u e j a m a i s fo ra m
e s c l a re c i d a s . Vá r i o s b o a t o s s o b re s e u d e s a p a re c i m e n t o e m o r te
c i rc u l a ra m , e a i m p re n s a d e u g ra n d e c o b e r t u ra a o fat o . M u i ta s
s u s p e i ta s fo ra m l e v a n ta d a s ( a c i d e n te , s u i c í d i o, h o m i c í d i o ) .
N a n o i te d e 2 9 d e s e te m b ro d e 1 9 1 3 , e m b a rco u n u m b a rc o a va p o r
e m A n t u é r p i a ( B é l g i ca ) , r u m o a L o n d re s , ( Re i n o U n i d o ) . J a m a i s
c h e ga r i a a o s e u d e s t i n o . D u a s s e m a n a s d e p o i s , u m b a rc o e n co n t ro u
u m c a d áv e r p róx i m o d a c o s ta b e l ga . Ro u p a s e o b j e t o s fo ra m
re c o l h i d o s e o c o r p o fo i n o va m e n te l a n ç a d o a o m a r, p ro c e d i m e n t o
n o r m a l d a é p o c a . A 1 3 d e o u t u b ro, E u g e n D i e s e l re c o n h e c e u ta i s
p e r te n c e s c o m o s e n d o d e s e u p a i . Em 1 9 7 8 fo i in c lu ído n o
A u to m otive Hal l o f Fam e .

Fig. 48 Rudolf Diesel, em 1883


DESENVOLVIMENTO DA TERMODINÂMICA
1660 Robert Boyle Primeira tentativa de formular a lei para os gases
1687 Isaac Newton Lei de Newton, gravitação, lei do movimento
1712 Thomas Newcomen & Primeira máquina a vapor usando pistão – cilindro
Thomas Savery V W 7 ª Ed .
1714 Gabriel Fahrenheit Primeiro termômetro de mercúrio 2010
1738 Daniel Bernoulli Forças hidráulicas, equação de Bernoulli (Cap. 9)
1742 Anders Celsius Propõe a Escala Celsius
1765 James Watt Máquina a vapor com condensador separado (Cap.11)
1787 Jacques A. Charles Relação entre V e T para o gás ideal
1824 Sadi Carnot Conceito de máquina térmica, que sugere a 2ª Lei
1827 George Ohm Lei de Ohm é formulada
1839 William Grove Primeira célula a combustível (Cap. 15)
1842 Julius Robert Mayer Conservação de energia
1843 James P. Joule A relação entre calor e trabalho é medida
1848 William Thompson Lord Kelvin propõe a escala absoluta de temperatura
baseado no trabalho realizado por Carnot e Charles
1850 Rudolf Clausius e Primeira Lei de Conservação de Energia. A termodinâmica
depois William Rankine é uma nova ciência
1865 Rudolf Clausius Em um sistema fechado, a entropia sempre aumenta (2ª Lei)
1877 Nicolas Otto Desenvolve motor de Ciclo Otto (Cap. 12)
1878 J. Willard Gibbs Equilíbrio heterogêneo, regra de fases
1882 Joseph Fourier Teoria matemática de transferência de calor
1882 Planta de geração de eletricidade em Nova York (Cap.11)
1893 Rudolf Diesel Desenvolve o motor de ignição por compressão (Cap.12)
1896 Henry Ford Primeiro Ford (quadriciclo) montado em Michigan
1927 General Elétric Co. Primeiro refrigerador é comercializado (Cap. 11)
9. CICLO BRAYTON: O CICLO IDEAL DAS
TURBINAS A GÁS
Processos reversíveis do ciclo Brayton:
1 – 2 compressão isoentrópica (em um compressor)
2 – 3 fornecimento de calor à pressão constante
3 – 4 expansão isoentrópica (em uma turbina)
4 – 1 rejeição de calor à pressão constante

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