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PRINCÍPIOS DE LIDERANÇA

E GESTÃO DE EQUIPES

Professores: Jeisa Benevenuti Sartorelli


Márcia Silva Luciano Carvalho

UNIASSELVI-PÓS
Programa de Pós-Graduação EAD
Editora

CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI


Rodovia BR 470, Km 71, no 1.040, Bairro Benedito
Cx. P. 191 - 89.130-000 – INDAIAL/SC
Fone Fax: (047) 3281-9000/3281-9090

Reitor: Prof. Dr. Malcon Tafner

Diretor UNIASSELVI-PÓS: Prof. Carlos Fabiano Fistarol

Coordenador da Pós-Graduação EAD: Prof. Janes Fidélis Tomelin

Equipe Multidisciplinar da Pós-Graduação EAD: Profa. Elisabeth Penzlien Tafner


Prof. Norberto Siegel

Revisão de Conteúdo: Helder Lima Gusso

Revisão Gramatical: Teresa Pfiffer Franco

Diagramação e Capa: Cristiano Horst Teske

Copyright © Editora ASSELVI 2009

Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri – Grupo UNIASSELVI – Indaial.

303.34
S2512p Sartorelli, Jeisa Benevenuti.
Princípios de Liderança e Gestão de Equipes /
Jeisa Benevenuti Sartorelli [e] Márcia Silva Luciano
Carvalho. Centro Universitário Leonardo da Vinci. –
Indaial : Grupo UNIASSELVI, 2009.x ; 84 p.: il.

Inclui bibliografia.
ISBN 978-85-7830- 206-1

1. Liderança 2. Gestão de Equipes I. Centro


Universitário Leonardo da Vinci. II. Núcleo de Ensino
a Distância III. Título
Jeisa Benevenuti Sartorelli

Possui graduação em Psicologia pela Universidade do Vale do Itajaí


(2000). Estudou Psicologia da Justiça e Reinserção Social na Universidade do
Minho –Braga- Portugal. Possui mestrado em Psicologia pela Universidade
Federal de Santa Catarina (2004) e é doutoranda em Psicologia pela
Universidade Federal de Santa Catarina. Atualmente é professora de
graduação, em instituições do Vale do Itajaí. Tem experiência na área
de Psicologia Organizacional, Gestão por Competências, Avaliação
Psicológica, Relacionamento Interpessoal, Formação Profissional.

Márcia Silva Luciano Carvalho

Possui graduação em Psicologia pela Universidade Federal do Rio


Grande do Sul (1998), Mestrado em Neurociências e Comportamento pela
Universidade Federal de Santa Catarina (2002). Atualmente é professora
de graduação, em instituições do Vale do Itajaí. Neuropsicóloga. Tem
experiência na área de Avaliação Neuropsicológica, Psicopatologia e
Neurociências.
SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO ......................................................................7

CAPÍTULO 1
LIDERANÇA....................................................................................9

CAPÍTULO 2
GRUPOS E EQUIPES DE TRABALHO NAS ORGANIZAÇÕES ......................41

CAPÍTULO 3
EQUIPES DE ALTA PERFORMANCE ....................................................65
APRESENTAÇÃO
Caro(a) pós-graduando(a), bem-vindo à disciplina de Princípios de
Liderança e Gestão de Equipes !

Este é o nosso Caderno de Estudos, material que foi elaborado para servir
de suporte, para que você possa ampliar seus conhecimentos por meio de novas
aprendizagens.

Estudar os princípios que regem o comportamento de um líder e relacionar


isto de forma direta com a equipe em que ele se encontra inserido é o objetivo
principal deste caderno.

Gostaríamos de ressaltar que você sempre deve levar em consideração que


o próprio conceito de liderança é um conceito relacional. Isto significa que um
líder nunca exerce liderança sozinho. Ele é líder em um determinado contexto e
assume esse papel dentro de uma determinada equipe, para atingir objetivos que
gerem benefícios para todos os envolvidos.

Há uma característica fundamental que permeia todas as ideias contempladas


neste caderno: um líder é um indivíduo que possui a habilidade de influenciar
pessoas para o alcance de objetivos. Esta definição enfatiza que a liderança é um
fenômeno relacional, focado em pessoas, e não em atividades de folhear papéis
ou apenas resolver problemas (DAFT, 1994).

Para que estes objetivos sejam alcançados, cabe a você administrar sua
aprendizagem e o tempo para seus estudos.

No início deste trabalho conjunto, gostaríamos de ressaltar a importância dos


temas centrais que iremos estudar. No capítulo 1, trataremos do tema liderança,
enfocando o conceito, as principais teorias que buscam explicar este fenômeno
e suas relações com outro conceito de muita importância que permeia nossas
relações em grupo, que é o poder.

No capítulo 2, trataremos a diferenciação entre grupos e equipes de trabalho,


abordando, principalmente, o estágio de desenvolvimento dos grupos e as
características das equipes de trabalho eficazes.

No capítulo 3, vamos enfatizar as características, uma modalidade de trabalho


de equipe eficaz, como são consideradas as equipes de alta performance.
Lembre-se de que as organizações que adotam um modelo de gestão mais
moderna valorizam o trabalho de equipes de alta performance, em função dos
resultados e do desenvolvimento pessoal que se obtém a partir das experiências
advindas dessa maneira de trabalhar. Neste sentido, os resultados são positivos
e benéficos tanto para a organização como para seus membros.

Não esqueça que sua participação é essencial para o melhor aproveitamento


deste caderno!
Princípios de Liderança e Gestão de Equipes

Esperamos que, a partir da iniciativa de aprofundar seus estudos por meio


do ingresso em um programa de pós-graduação, você possa aperfeiçoar e
atualizar seus conhecimentos que, somados às suas práticas e experiências,
podem fazer a diferença em suas intervenções profissionais.

Desejamos que o tempo que você vai dedicar a este caderno seja
proveitoso e que nossas considerações o auxiliem, de maneira oportuna e
assertiva, no decorrer de sua trajetória profissional.

Um abraço!
Jeisa e Marcia.

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C APÍTULO 1

LIDERANÇA

A partir da perspectiva do saber fazer, neste capítulo você terá os seguintes


objetivos de aprendizagem:

 Conceituar liderança.

 Identificar as principais teorias e abordagens que auxiliam na compreensão do


fenômeno da Liderança.

 Caracterizar os estilos de liderança organizacional e avaliar quais os mais eficazes.

 Avaliar as concepções de poder e sua influência nas organizações.

 Identificar as dimensões da confiança e avaliar a relação com o fenômeno


da liderança.

 Diferenciar poder e autoridade.


Princípios de Liderança e Gestão de Equipes

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Capítulo 1 LIDERANÇA

CONTEXTUALIZAÇÃO
Neste caderno iremos tratar de um assunto com que você provavelmente já
teve contato, a liderança. Imaginamos que você é ou já foi um líder em alguma
empresa, ou você é ou já foi um liderado. Enfim, este tema é extremamente
importante ao discutir o cotidiano das empresas e, por este motivo, é sempre
muito interessante podermos nos lembrar das nossas aprendizagens prévias,
tenham elas sido vivenciadas por nós ou apenas observadas, para que
possamos tirar o máximo de proveito do nosso caderno de estudos.

Outro tema que será trabalhado também poderá ser ilustrado com as suas
próprias experiências. Estamos falando da dinâmica dos grupos e equipes.
Desde nosso nascimento já estamos, de alguma forma, inseridos em um
contexto social e isso nos permite ir desenvolvendo, cada vez mais, repertórios
comportamentais, no sentido de tornar eficiente nosso desempenho nesses
grupos e equipes.

Neste primeiro capítulo, discutiremos como o conceito de liderança vem


evoluindo, levando em consideração as alterações no campo da gestão de
pessoas. Em seguida, passaremos a discutir as principais teorias e abordagens
que nos permitirão compreender o fenômeno da liderança. Trataremos,
em seguida, de alguns dos diferentes estilos de liderança organizacional,
buscando avaliar quais os estilos de liderança que se têm mostrado mais
eficazes nas organizações atualmente.

Na segunda metade deste capítulo, trataremos das diferentes concepções


de poder que influenciam as tomadas de decisões dos gestores. Ao final
do capítulo, trabalharemos com o objetivo de identificar as dimensões da
confiança e suas inter-relações com o fenômeno liderança. Nesse momento,
teremos como objetivo avaliar a influência que este fenômeno tem sobre o
desempenho do líder. Você deverá refletir conosco e avaliar como esses
fenômenos influenciam cada vez mais as rotinas organizacionais, e a vida de
todos os sujeitos na organização.

Temos como premissa básica que, para aprender, é preciso que o aluno
seja ativo no processo de construção; por isso, você deverá conversar com
pessoas, realizar pesquisas em empresas, buscar artigos e livros em acervos
bibliográficos ou internet, considerar as suas experiências prévias como líder
ou como subordinado, para que, no final deste capítulo, você tenha uma ideia
bem clara e crítica a respeito de como a liderança influencia as relações nas
organizações.

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Princípios de Liderança e Gestão de Equipes

CONCEITO DE LIDERANÇA

Atividade de Estudo:

Para dar início à nossa reflexão, é importante que você defina o que, na sua
visão, significa liderança. Sua concepção inicial é de suma importância para
iniciarmos os estudos, pois este é um conceito chave deste caderno de estudo.
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Há uma enorme ______________________________________________________________
diversidade de
abordagens a respeito Há uma enorme diversidade de abordagens a respeito da liderança, o
da liderança, o que nos que nos antecipa a ideia de que o assunto é complexo e continua evoluindo,
antecipa a ideia de que indicando que temos muito conhecimento acumulado sobre o fenômeno, bem
o assunto é complexo como muito a produzir e a conhecer ainda. Observemos, a seguir, organizadas
e continua evoluindo, de forma cronológica, algumas conceituações de liderança:
indicando que temos
muito conhecimento
acumulado sobre o • Pode ser considerada como um processo (ato) de influenciar as atividades
fenômeno, bem como de um grupo organizado em seus esforços no estabelecimento e execução
muito a produzir e a de metas (STOGDILL, 1974).
conhecer ainda.
• É uma função das atividades existentes em uma determinada situação e
consiste em uma relação entre um indivíduo e um grupo. O conceito é
então funcional, existindo quando um líder é percebido por um grupo como
possuidor ou controlador dos meios para satisfazer suas necessidades
(KNICKERBACKER, 1977).

• É uma tentativa, no âmbito da esfera interpessoal, dirigida por um


processo de comunicação, para a consecução de alguma meta ou de
algumas metas (FLEISHMAN, 1973).

• É o processo de dirigir o comportamento das pessoas rumo ao alcance


de alguns objetivos. Dirigir, nesse caso, significa levar as pessoas a agir de
certa maneira ou a seguir um curso de ação em particular (CERTO, 1994).

• É a habilidade de influenciar pessoas para o alcance de objetivos. Esta


definição enfatiza que o líder está envolvido com outras pessoas para
alcançar objetivos, sendo então a liderança recíproca. Liderança é um

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Capítulo 1 LIDERANÇA

fenômeno focado em pessoas e não em atividades de folhear papéis ou


apenas resolver problemas. Envolve poder. (DAFT, 1994).

• É uma influência interpessoal, exercida em uma dada situação e dirigida


por meio do processo de comunicação humana, para a consecução de um
ou mais objetivos específicos. Os elementos que caracterizam a liderança Envolve a capacidade
são, portanto, quatro: a influência, a situação, o processo de comunicação de influenciar
e os objetivos a alcançar (CHIAVENATO, 2000). atitudes, crenças,
comportamentos
• Envolve a capacidade de influenciar atitudes, crenças, comportamentos e sentimentos de
e sentimentos de outras pessoas. Mesmo quem não é líder pode outras pessoas.
influenciar outras pessoas, mas os líderes exercem uma influência Mesmo quem não é
desproporcional; ou seja, o líder tem mais influência do que aquele que líder pode influenciar
não é líder (SPECTOR, 2002). outras pessoas, mas
os líderes exercem
Seria importante agora observarmos as palavras que se encontram em uma influência
negrito em cada definição, pois elas são as palavras-chave, nas quais podemos desproporcional; ou
perceber a evolução da conceituação da liderança. Podemos visualizar as seja, o líder tem mais
influência do que
palavras influenciar, relação com a função, tentativa, direção, dirigir, influenciar
aquele que não é líder
as atitudes, crenças, comportamentos e sentimentos. Isso nos demonstra que
(SPECTOR, 2002).
há uma tentativa conceitual de tornar a definição mais completa e, ao mesmo
tempo, mais específica, ligando o fenômeno a comportamentos específicos.

Agora que você já elaborou um conceito inicial com os seus conhecimentos


a respeito da liderança e acaba de ter contato com algumas conceituações
deste fenômeno e com suas palavras mestras, seria importante comparar a
sua conceituação com as apresentadas anteriormente, para poder listar ideias
coincidentes e divergentes a respeito do que você pensa sobre liderança.

Ideias coincidentes Ideias divergentes

1. 1.
2. 2.
3. 3.

Podemos observar que conceituar um fenômeno com tantas variáveis e


inter-relações não é realmente algo fácil. Desde o início do século passado
alguns autores têm se dedicado a definir este conceito e derivar dele algumas
práticas e implicações.

Vamos iniciar nossa discussão a respeito de uma das mais antigas


formulações teóricas sobre liderança: a teoria dos traços de personalidade.
Mas, antes disso, seria importante você observar os conceitos que o mascote
Leo esclarece.

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Princípios de Liderança e Gestão de Equipes

Personalidade é o conjunto integrado de características individuais,


incluindo todos os fatores físicos, biológicos, psíquicos e socioculturais de sua
formação, conjugando tendências inatas e experiências adquiridas no curso
da existência da vida de um indivíduo. (BASTOS, 1997).

Allport considerava que os traços de personalidade eram as predisposições


a responder igualmente ou de modo semelhante a tipos diferentes de
estímulos. Em outras palavras, os traços são formas constantes e duradouras
de reagir ao nosso ambiente. (SCHULTZ, D.; SCHULTZ,S., 2002).

Acima apresentamos uma conceituação de Allport. Você conhece o


Allport? Gordon Willard Allport (1897-1967) foi um psicólogo reconhecido por
formular uma teoria da personalidade que enfatiza o individual, ao mesmo
tempo em que utiliza a abordagem do traço para possibilitar uma ciência
quantitativa da personalidade. Allport tornou o estudo da personalidade uma
parte academicamente respeitável dentro da psicologia, ao publicar, em 1937,
Personality: a Psychological Interpretation (A Personalidade: uma interpretação
psicológica).

Possivelmente, a mais antiga concepção teórica de liderança é aquela


que procurava identificar os traços de personalidade que diferenciariam o líder
Possivelmente, a mais
do restante dos sujeitos que conviviam com ele; esta abordagem foi chamada
antiga concepção
teoria dos traços.
teórica de liderança é
aquela que procurava
identificar os traços Segundo esta primeira tentativa de sistematização das características
de personalidade inerentes aos líderes, – a teoria dos traços – o que os torna diferentes são
que diferenciariam traços individuais relacionados à inteligência, à assertividade, à coragem, à
o líder do restante inovação e à astúcia.
dos sujeitos que
conviviam com ele;
esta abordagem foi Vamos pesquisar? Sugerimos uma pesquisa bibliográfica, cujo objetivo é´
chamada teoria dos responder à seguinte pergunta: Quais as qualidades que esperamos encontrar
traços. em um bom líder?

Você poderá pesquisar nos livros sugeridos abaixo, que lhe darão
subsídios para a realização da atividade:

CROSBY, Philip B. Liderança: a arte de tornar-se um executivo. São Paulo:


Makron Books, 1991.

GRUPO ABRIL. O Grupo Abril: uma história de liderança. São Paulo, 1992.
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Capítulo 1 LIDERANÇA

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Após alguns estudos e teorizações, a teoria dos traços foi considerada


limitada em alguns aspectos. Alguns deles seriam:

• A tentativa de explicar o fenômeno liderança a partir de categorias


genéricas e que acabaram se mostrando de pouca serventia.

• Não há um traço universal com a capacidade de prever a capacidade de


liderar.

• Evidências pouco claras quanto à separação de causa e efeito. Os líderes


seriam mais autoconfiantes ou o sucesso da liderança é que provocaria
autoconfiança?

• Os traços preveem o surgimento da liderança, mas não conseguem


distinguir líderes com desempenho bom ou ruim.

• Dificuldade de mensuração dos traços.

• Têm implícita a ideia de que o líder nasce com os traços que caracterizariam
sua capacidade, já que trata de identificar e não de desenvolver liderança.

Em função de suas limitações, tanto o conceito de traços, como a teoria


dos traços de personalidade encontram-se superados. Outras teorias surgiram
para tentar definir liderança e suas implicações de forma mais consistente.
Nossa próxima seção de estudo é dedicada a outras importantes teorias
acerca da liderança.

Não podemos esquecer que, embora a teoria dos traços esteja superada,
ela foi uma importante contribuição na época em que surgiu e se estabeleceu.
Atualmente, essas ideias ainda são passíveis de serem observadas com
frequência no cotidiano das pessoas (senso comum). Elas também são
base para algumas teorias da administração que não acompanharam o
desenvolvimento histórico da psicologia.

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Princípios de Liderança e Gestão de Equipes

Podemos refletir
a respeito de Podemos refletir a respeito de algumas pessoas que se tornaram
algumas pessoas reconhecidamente bons líderes em sua época. Vejamos alguns exemplos:
que se tornaram Jesus Cristo; Átila, o Huno; Napoleão; Getúlio Vargas; entre outros. Mas, afinal,
reconhecidamente por que estas pessoas se tornaram líderes em sua época e ainda hoje são
bons líderes em sua conhecidas pela maioria de nós? São reconhecidos devido às qualidades
época. Vejamos alguns
pessoais que os tornaram diferentes de qualquer outra pessoa em sua
exemplos: Jesus
época.
Cristo; Átila, o Huno;
Napoleão; Getúlio
Vargas; entre outros. Na figura, a seguir, observe de forma resumida algumas características
Mas, afinal, por que que são passíveis de serem reconhecidas atualmente nos bons líderes.
estas pessoas se Lembremos que o comportamento de um líder é construído por uma série
tornaram líderes em de atitudes. O bom líder tem facilidade de comunicação e de relacionamento
sua época e ainda hoje com colegas de todos os níveis, sabe identificar e reconhecer as conquistas
são conhecidas pela alheias e é capaz de aprender com os erros e sempre pauta sua conduta pela
maioria de nós? São colaboração e não pela competição.
reconhecidos devido
às qualidades pessoais
que os tornaram
diferentes de qualquer
outra pessoa em sua
época.

Reconhecimento
das conquistas
e não do status

Figura 1 - Condutas apresentadas pelos bons líderes


Fonte: Adaptado de Chiavenato (2004, p. 340-341)

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Capítulo 1 LIDERANÇA

TEORIAS DA LIDERANÇA
No tópico anterior, trabalhamos com os diversos conceitos do termo
liderança, e concluimos que sua significação foi se alterando historicamente
e que há várias formas de conceituar o termo. Estas conclusões nos remetem
à importância do presente tópico. Nesta seção, vamos continuar refletindo a
respeito das diferentes teorias que buscam explicar o fenômeno da liderança;
porém de forma mais abrangente do que era possível apenas por meio da
teoria dos traços de personalidade, apresentada na seção anterior.

Para darmos continuidade ao nosso estudo, passaremos agora a


enfocar outras teorias que buscaram compreender o fenômeno da liderança.
Obviamente, não esgotaremos aqui a diversidade de abordagens teóricas
que buscam explicar este fenômeno. Nosso objetivo será examinar apenas
algumas das principais teorias.
A Teoria da
Contingência de
a) Teoria da Contingência de Fiedler Fiedler leva este nome
já que Fred Fiedler
Para conhecer esta teoria, contamos com o auxílio de Chiavenato (2004). elaborou um modelo
A Teoria da Contingência de Fiedler leva este nome já que Fred Fiedler elaborou para contingência, no
um modelo para contingência, no qual ele afirma que o estilo de liderança vai qual ele afirma que o
ser determinado pela situação na qual o líder está trabalhando. Ele acredita estilo de liderança vai
que os líderes utilizarão basicamente um dos dois estilos ao liderar: estarão ser determinado pela
motivados pela tarefa ou motivados pelo relacionamento. situação na qual o líder
está trabalhando. Ele
Fiedler utilizou um interessante instrumento para medir o estilo do líder – acredita que os líderes
a escala do colega menos preferido. O modo como o líder descreve o colega utilizarão basicamente
um dos dois estilos
menos preferido é a fonte para descobrir se ele é motivado principalmente pela
ao liderar: estarão
tarefa ou pelo relacionamento. Esta escala tem como lógica que, quando as
motivados pela tarefa
pessoas descrevem seu colega menos preferido, usarão termos positivos se
ou motivados pelo
forem voltadas para o relacionamento e, se descreverem o colega com termos relacionamento.
negativos, é que estão voltadas para a tarefa.

As medidas do controle situacional são baseadas em três fatores:

• Relações líder - membro > apoio e aceitação que os membros do grupo


têm para com seu líder.

• Estrutura da tarefa > percepção que o líder tem daquilo que ele deve
fazer com detalhes e precisão.

• Posição de poder > forma com que a organização provê ao líder


autoridade e meios para punir e recompensar os membros do grupo.

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Princípios de Liderança e Gestão de Equipes

Atividades de Estudo:

1 Procure agora listar quais seriam as características pessoais que você espera
encontrar num líder motivado pelo relacionamento e num líder motivado pela
tarefa.

Motivado pelo relacionamento Motivado pela tarefa


1. 1.
2. 2.
3. 3.
4. 4.

2 Agora observe, no quadro a seguir, o resumo das características pessoais


abordadas na teoria da contingência de Fiedler e compare com as
descrições que você enumerou nos quadros anteriores.

Motivado pelo relacionamento Motivado pela tarefa


1. Menos diretivos. 1. Incentivam o sucesso do grupo.

2. Mais sociais. 2. Mais autoritários.

3. Sente-se mais satisfeito quando 3. Mais diretivos.


as relações do grupo são
harmoniosas. 4. Sentem-se mais satisfeitos na
realização da tarefa do que na
4. Incentivam o estabelecimento de forma de relacionamento no
um clima emocionalmente positivo grupo.
no grupo.

Vamos revisar alguns conceitos importantes que vão esclarecer mais um


pouco as ideias pertinentes a esta teoria? Observe as indicações do Mascote.

Intensidade do controle situacional: relaciona-se ao grau de controle


que o líder tem do ambiente de trabalho no qual está inserido.

Vamos exemplificar: um diretor de uma empresa, que necessite realizar a


fusão de dois departamentos em função de uma necessidade de redução de
custos, deverá ter um alto controle situacional, para que as mudanças sejam
implementadas da forma mais tranquila possível. Levando em consideração
que as mudanças são, na maioria das vezes, geradoras de estresse nas
organizações, se o líder não for detentor de um alto grau de controle, a chance
de desmotivação dos subordinados poderá ser grande.

18
Capítulo 1 LIDERANÇA

Agora que você já esclareceu mais algumas conceituações, observe o


quadro a seguir, no qual resumimos as descobertas da teoria da contingência
de Fiedler:

Quadro 1 - Intensidade do controle situacional


Fonte: Adaptado de Chiavenato (2004, p. 351-352)

No sentido de dar um fechamento às ideias discutidas até agora, procure


responder as questões a seguir. Sugerimos que você subsidie suas respostas
utilizando suas experiências pessoais e os seguintes sites de pesquisa:

http://casesdesucesso.wordpress.com/tag/lideranca

http://www.neuding.com.br/cases/index.shtml

http://alideranca2009.blogspot.com/2009/09/case-siemens.html

Em uma organização, em que situações um líder se orienta mais pela tarefa


ou mais pelas relações?

1 Em um mundo cada vez mais competitivo e rápido, estão os líderes dando a


devida atenção para as relações?
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Princípios de Liderança e Gestão de Equipes

2 Será que necessariamente há uma oposição entre se orientar para a tarefa


e se orientar pelo relacionamento? Não será possível cuidar dessas duas
dimensões?
Abordagem ______________________________________________________________
estruturada por ______________________________________________________________
Robert House. Nesta ______________________________________________________________
sistematização, ele ______________________________________________________________
procura demonstrar ______________________________________________________________
como o líder influencia ______________________________________________________________
a percepção das
metas de trabalho dos b)Teoria da liderança de House
seus subordinados,
suas metas de
Agora, trabalharemos com a abordagem estruturada por Robert House.
autodesenvolvimento e
Nesta sistematização, ele procura demonstrar como o líder influencia a
os caminhos seguidos
percepção das metas de trabalho dos seus subordinados, suas metas de
para atingir tais metas.
autodesenvolvimento e os caminhos seguidos para atingir tais metas.

A responsabilidade do líder é aumentar a motivação dos subordinados


para alcançar objetivos individuais e organizacionais.

Levando em consideração sua experiência prévia como líder e/ou como


subordinado, procure listar quais seriam os passos ou caminhos que o líder
deveria percorrer para atingir o objetivo destacado anteriormente. Neste
exercício, solicitamos apenas 3 passos:

O papel do líder, segundo esta abordagem, está centrado na tarefa de


mostrar ao subordinado o tipo de comportamento que tem uma probabilidade
maior de levar à consecução da meta estabelecida. A figura a seguir demonstra
de forma resumida o papel do líder:

20
Capítulo 1 LIDERANÇA

Figura 2 - Liderança segundo House e Dessler


Fonte: Adaptado de Chiavenato (2004, p. 356-357)

House e Dessler (1974 apud CHIAVENATO, 2004) propõem quatro tipos


específicos de liderança: Liderança diretiva: o
líder explica o que e
como os subordinados
• Liderança diretiva: o líder explica o que e como os subordinados devem devem fazer para
fazer para executar suas tarefas. executar suas tarefas.
Exemplificando: neste
Exemplificando: neste caso, o líder daria todos os comandos e explicações a caso, o líder daria
respeito de que forma ocorreria a fusão de dois departamentos da empresa. todos os comandos
e explicações a
respeito de que forma
Relate suas experiências de trabalho com um líder diretivo (se você já as teve):
ocorreria a fusão de
______________________________________________________________
dois departamentos da
______________________________________________________________ empresa.
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________

• Liderança apoiadora: líder focaliza as necessidades dos subordinados e


seu bem-estar e promove um clima de trabalho amigável.
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________

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Princípios de Liderança e Gestão de Equipes

Exemplificando: o líder promoveria um ambiente de bem-estar, tendo como


foco suas necessidades e, dentro deste contexto, implementaria a fusão de
dois departamentos da empresa.
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Relate suas experiências trabalhando com um líder apoiador (se você já as


teve):
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• Liderança orientada para resultados: o líder enfatiza a definição de


objetivos claros e desafiadores.

Exemplificando: o líder busca em primeiro lugar a execução da tarefa, sendo


que todas as suas ações têm como objetivo a fusão de dois departamentos.

Relate suas experiências trabalhando com um líder orientado para resultados


(se você já as teve):
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• Liderança participativa: líder focaliza a consulta aos subordinados, pede


sugestões e as leva em consideração antes de tomar decisões.

Exemplificando: o líder buscaria nos subordinados a melhor forma de fundir


dois departamentos e só depois implementaria as ações de fusão, levando em
consideração suas sugestões.

Relate suas experiências trabalhando com um líder participativo (se você já


as teve):
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Capítulo 1 LIDERANÇA

c) Teoria Comportamental – Grade de liderança Grade de Liderança:


modelo baseado
A grade de liderança foi desenvolvida por Blake e Mouton para medir em cinco estilos de
a preocupação que o líder tem com as pessoas e com a produção. Os liderança colocados
resultados foram organizados numa grade de nove posições. Trata-se de um em uma grade
modelo baseado em cinco estilos de liderança colocados em uma grade com com eixos vertical
(preocupação com as
eixos vertical (preocupação com as pessoas) e horizontal (preocupação com
pessoas) e horizontal
a produção). Cada eixo tem uma escala de nove pontos, onde 1 corresponde
(preocupação com a
a uma baixa preocupação e 9 corresponde a uma elevada preocupação.
produção). Cada eixo
(DUBRIN, 2003). Confira o modelo a seguir: tem uma escala de
nove pontos, onde 1
corresponde a uma
baixa preocupação e
9 corresponde a uma
elevada preocupação.
(DUBRIN, 2003).

1 2 3 4 5 6 7 8 9
BAIXA ------------------------------- Preocupação com a Produção --------------------------ALTA
Figura 3 - Grade de Liderança
Fonte: Adaptado de Chiavenato (2004, p. 349)

Para você entender a figura 3: à esquerda, percebemos pouca


preocupação com as pessoas; já no lado direito, a preocupação aumenta
progressivamente.

Vejamos agora com maior detalhamento cada uma das classificações


adotadas na figura 3 e de que forma elas são observadas no comportamento
dos líderes.

23
Princípios de Liderança e Gestão de Equipes

Clube de Campo
O líder dá atenção às necessidades das pessoas para
alcançar relações que assegurem uma atmosfera
confortável e amigável.

Figura 4 – Clube de campo.


Fonte: Disponível em: <http://office.microsoft.com/pt-br/clipart/results.aspx?
qu=meio+do+caminho&sc=20>. Acesso em: 16 set. 2009.

Gestão pobre
O líder apresenta exercício de um mínimo de esforço
para fazer o trabalho e manter-se como membro da
organização.

Figura 5 – Gestão Pobre.


Fonte: Disponível em: <http://office.microsoft.com/pt-br/clipart/results.
aspx?qu=meio+do+caminho&sc=20 >. Acesso em: 16 set. 2009.

Autoridade submissão
A eficiência nas operações depende das condições
do trabalho, de maneira que as pessoas interfiram
pouco.

Figura 6 – Autoridade submissão.


Fonte: Disponível em: <http://office.microsoft.com/pt-br/clipart/results.
aspx?qu=meio+do+caminho&sc=20 >. Acesso em: 16 set. 2009.

Gestão de equipes
O cumprimento do trabalho decorre de pessoas
comprometidas - interdependência por meio de um
senso dos propósitos organizacionais que levam a
relações de confiança e respeito.

Figura 7 – Gestão de equipes.


Fonte: Disponível em: <http://office.microsoft.com/pt-br/clipart/results.
aspx?qu=meio+do+caminho&sc=20 >. Acesso em: 16 set. 2009.

Até agora estudamos a respeito dos diversos conceitos de liderança, bem


como as diferentes teorias que buscam explicar como os lideres se comportam.
Para aprofundarmos um pouco mais nossos estudos, gostaríamos que você
realizasse a tarefa a seguir. Com certeza você irá aprender muito!

24
Capítulo 1 LIDERANÇA

Atividades de Estudo:

Sua tarefa será realizar uma pesquisa, seja ela bibliográfica ou de campo, na
qual você deverá relacionar os principais comportamentos apresentados por
estes principais tipos de gestor:
Gestor com
Gestor de Clube Gestor com Gestor de gestão
de Campo gestão pobre equipes autoridade-
submissão

1. 1. 1. 1.

2. 2. 2. 2.

3. 3. 3. 3.

ESTILOS DE LIDERANÇA
Afinal, o que são estilos comportamentais de liderança? Bergamini (1982)
esclarece que o “estilo” de cada líder diz respeito às marcas individuais
que caracterizam a sua identidade. Sendo que essas características não
estão presentes apenas em determinado momento, mas apresentam uma
continuidade através dos tempos e ao longo da vida do indivíduo. O estilo
caracteriza o tipo de decisão que cada um toma, suas formas particulares
de enfrentar problemas do dia a dia ou enfoques dos quais se serve para
manutenção de relações interpessoais.
Um líder de equipe sempre
tende a se tornar um
Um líder de equipe sempre tende a se tornar um modelo, a pessoa que modelo, a pessoa que “dá
"dá o tom" ao grupo. Procure a todo tempo ser um exemplo para os demais, o tom“ ao grupo. Procure
ensinando e estimulando condutas positivas. Cabe ao líder criar um ambiente a todo tempo ser um
adequado para que a equipe alcance o sucesso. Pesquisas revelam que há exemplo para os demais,
dez qualidades que são as mais admiradas nos líderes. Elas se relacionam ensinando e estimulando
menos com a correção das decisões e mais com a integridade e determinação condutas positivas. Cabe
de comportamento. São elas: ao líder criar um ambiente
adequado para que a
equipe alcance o sucesso.
Pesquisas revelam que há
dez qualidades que são
as mais admiradas nos
líderes. Elas se relacionam
menos com a correção das
decisões e mais com a
integridade e determinação
de comportamento.

25
Princípios de Liderança e Gestão de Equipes

Figura 8 - O líder de equipe


Fonte: Elaborado pelas autoras (2009)

Após observarmos quais são as qualidades mais admiradas nos líderes,


passaremos agora à apresentação de alguns estilos de liderança, que
compõem o conjunto de comportamentos dos líderes.

Carisma é, segundo House (1971, p.189-207):

• Faculdade excepcional de uma pessoa e que a diferencia das demais. O


carisma decorre de certas características individuais marcantes e um certo
magnetismo pessoal que influenciam fortemente as pessoas.

• Habilidade em lidar com os outros baseada no charme, magnetismo,


inspiração e emoção.

Atividade de Estudo:

Você já havia estudado a respeito dos traços de personalidade e agora detém


conhecimento sobre estilos de liderança. Sua tarefa é, então, estabelecer
uma relação entre a concepção dos estilos de liderança e dos traços de
personalidade.
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Capítulo 1 LIDERANÇA

a) Líder carismático

A liderança carismática está relacionada com a força das habilidades


pessoais que permitem um profundo e extraordinário efeito sobre os
seguidores. Líderes carismáticos mudaram a face do mundo, como Moisés,
Jesus Cristo, Gandhi, Napoleão, Getúlio Vargas, John Kennedy, entre outros.

Mas como se comportam os seguidores dos líderes carismáticos? Os


seus seguidores se identificam com o líder e com sua missão, exibem extrema
lealdade e confiança em seu líder, imitam seus valores e seu comportamento
e têm uma enorme estima por ele. Podemos citar, mais recentemente, alguns
líderes do ramo dos negócios que se tornaram novos líderes carismáticos,
entre eles: Bill Gates e Jack Welch.

Se você quiser conhecer um pouco mais sobre as principais características


da liderança de Jack Welch, presidente da GM, consulte a obra Jack Welch –
Os Segredos da liderança. Veja a referência completa desta obra: SLATER,
Robert. Jack Welch – Os Segredos da liderança. São Paulo: Campus, 2004.

Com o objetivo de tornar mais claros os conceitos apresentados a respeito


da liderança carismática, sugerimos que você leia o artigo: O papel do líder
carismático em um contexto político-religioso. O texto está disponível no
material de apoio e no endereço a seguir: http://www.csonline.ufjf.br/artigos/
arquivos/edicao2/artigos/cso2_edson.pdf

Boa leitura e aproveite o relato do caso !

b) Líder transacional e transformacional


O líder transformacional
O líder transformacional é aquele que auxilia as organizações e as pessoas exerce um nível de
a fazerem mudanças positivas no modo como conduzem suas atividades. A influência mais alto do
liderança transformacional está intimamente ligada à liderança estratégica, que um líder transacional,
que provê direção e inspiração aos membros da organização. A ênfase dada porque motiva as pessoas
à liderança transformacional está no impulso, nas mudanças positivas. Um a fazerem mais do que
é esperado. Esse estilo
dos principais fatores que contribuem para reforçar este estilo de liderança é o
de liderança é hoje
carisma.
considerado a chave
para revitalizar grandes
O líder transformacional exerce um nível de influência mais alto do que organizações. Podemos
um líder transacional, porque motiva as pessoas a fazerem mais do que é elencar seis transformações
esperado. Esse estilo de liderança é hoje considerado a chave para revitalizar comuns de se observar
grandes organizações. Podemos elencar seis transformações comuns de neste estilo de liderança.

27
Princípios de Liderança e Gestão de Equipes

se observar neste estilo de liderança. O líder transformacional age, segundo


Spector (2002, p.346-347), dentro dos seguintes preceitos:

Com o objetivo de tornar mais claros os conceitos apresentados a respeito


da liderança transformacional, sugerimos que você leia o trabalho: Liderança
transformacional: uma análise do cargo de coordenador em uma instituição
de ensino superior. Boa leitura e aproveite o relato!! O texto está disponível no
material de apoio e no endereço a seguir:

http://www.cefint.com.br/publicacoes/artigos/artigo2.pdf

Uma preocupação a respeito da liderança transformacional é que às vezes


ela não é necessária. O líder transformacional poderia tentar fazer grandes
mudanças em um sistema que precisa apenas de pequenas modificações.

28
Capítulo 1 LIDERANÇA

A liderança transacional envolve apenas uma relação de intercâmbio entre


líderes e seguidores.

A seguir, você poderá observar as características principais que distinguem


um líder transacional e um líder transformacional, conforme Chiavenato (2004,
p.361).

Atividades de Estudo:

Com o objetivo de aprofundar nosso estudo a respeito dos estilos de liderança,


vamos propor agora que você faça uma atividade, primeiro de pesquisa
bibliográfica, a partir do que estudamos neste caderno, e, em seguida, de
campo. Saia de sua casa e vá a uma empresa (você poderá fazer a pesquisa
na empresa na qual você trabalha; caso não trabalhe, agende a visita em
uma organização) e busque identificar os estilos de liderança utilizados pelos
gestores. Seja ousado no sentido de se aprofundar nas formas de agir do líder
para, em seguida, ter clareza a respeito de que forma (com que estilo) ele
lidera seus subordinados.
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Princípios de Liderança e Gestão de Equipes

LIDERANÇA E PODER NAS ORGANIZAÇÕES


São muitas as concepções sobre o poder encontradas na literatura. O
nosso desafio será conhecer como esse fenômeno interfere nas Organizações
e de que forma, enquanto profissionais, poderemos utilizar o poder como um
fenômeno mobilizador das instituições. Sem dúvida, esse é um fenômeno com
muitas possibilidades de caracterização e definição, que foi estudado a partir
de diferentes perspectivas. Autores da sociologia, psicologia, ciência política,
antropologia, filosofia, dentre outras áreas de conhecimento, contribuíram e
mostraram a importância desse fenômeno em nossas vidas. Além disso, é
importante lembrar, desde já, outro conceito já estudado nesse caderno, que
é o conceito de liderança sob diferentes perspectivas. Fique atento para o fato
Paz, Martins e de que liderar sempre implica uma relação de poder.
Neiva (2004) enfatizam
que o fenômeno Paz, Martins e Neiva (2004) enfatizam que o fenômeno poder possui
poder possui diversas diversas caracterizações e perspectivas que dificultam sua observação, sua
caracterizações discussão, investigação e até mesmo seu ensino. É importante reconhecer
e perspectivas que são várias as concepções que contemplam a dimensão negativa do
que dificultam poder. Há estudos, por exemplo, vindos de uma perspectiva comportamental,
sua observação, que descrevem a imposição da vontade de uns perante a vontade de outros
sua discussão, indivíduos, mesmo que esses outros sejam contrariados.
investigação e até
mesmo seu ensino.
Ainda existem os estudos que ressaltam o desejo de poder como próprio
da natureza humana. De acordo com Paz, Martins e Neiva(2004), a visão
negativa do poder aplicada às relações de produção, como dominação de uma
classe social sobre a outra, torna possível o desenvolvimento de apropriação
de forças produtivas. Sendo assim, é possível perceber que o poder assim
compreendido é visto como forma de manutenção e reprodução das relações
econômicas, que constituem relações desiguais de exploração do trabalho
pelo capital.

Estes autores destacam que, nas organizações, os indivíduos sempre


têm algum poder, alguma capacidade de influenciar. Destacam ainda que a
quantidade de poder que qualquer pessoa possui pode influenciar de diferentes
maneiras, à medida que o ambiente no qual é exercido esse poder muda seus
membros. Avaliar o fenômeno do poder como positivo ou negativo é considerar
que essas qualidades denotam os fins para os quais o poder pode ser utilizado
dentro das organizações.

Com o auxílio de Chiavenato (2004) podemos compreender os principais


marcos teóricos em relação ao fenômeno do poder:

30
Capítulo 1 LIDERANÇA

Hobbes, Locke, Hume, Marx, Dahl, Bachrach, Baratz

Concebem o poder como fenômeno causal, um fenômeno em que um ganha


e o outro perde. As fontes de recursos se constituem em espaços de luta
pelo poder. Há a inclinação do ser humano por mais poder, que só cessa
com a morte. O poder é entendido como algo empregado para obter uma
aparente vantagem futura. O estado natural é o estado de guerra de todos
contra todos.

Foucault

Analisa o fenômeno de um ponto de vista mais positivo. Esse autor destaca


que o que faz o poder ser aceito e mantido é o fato de ele não pesar como
uma força que diz não, mas o poder permeia relações, produz coisas, induz
ao prazer, forma saber e produz discurso. O poder é considerado uma rede
produtiva que afeta todo o corpo social muito mais do que uma instância
negativa que tem como função reprimir. O poder constrói práticas sociais.
Há sempre uma possibilidade de resistência a uma relação de poder. O poder
só existe em ação e não é tão somente manutenção nem reprodução das
relações econômicas.

Weber, Russel

Relacionam o conceito de poder à noção de intencionalidade. São conside-


rados os teóricos mais genéricos do poder. No âmbito das organizações do
trabalho, mostram análises em que as organizações se prestam à descrição
do exercício da dominação social que ocorre nas instituições, que compõem
os meios de produção, geradoras de capital, onde os trabalhadores vendem
sua força de trabalho, ou são consideradas para investigar o discurso do poder,
que legitima práticas sociais como as que ocorrem nos presídios e instituições
psiquiátricas. As organizações são vistas como ambientes permeados por
relações de poder entre indivíduos e grupos.

Atividades de Estudo:

Agora, a partir das concepções sobre poder estudadas até aqui, você deve
escolher uma delas e descrever, nas linhas a seguir, que outras descobertas
você consegue realizar a partir de pesquisas em outras fontes. Dessa forma,
você poderá aprofundar o estudo de aspectos do poder que influenciam nossa
realidade social.

31
Princípios de Liderança e Gestão de Equipes

Para ajudá-lo na atividade, selecionamos alguns sites que podem ser úteis:
http://www.webartigos.com/articles/6107/1/conceitos-de-poder/pagina1.html
e http://oquestamosafazer.blogspot.com/2007/12/ainda-o-conceito-de-poder-
em-arendt.html.

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O fenômeno do
Novamente, ao realizar essa atividade, você deve ter encontrado novas
poder é de difícil
concepções sobre o poder. Perceba que o poder gera transformações na vida
conceituação [...]
diversos estudiosos das pessoas e, em especial, nas organizações. Mas, afinal, o que significa
compreendem poder? Nós já estudamos que o fenômeno do poder é de difícil conceituação e
esse constructo a que diversos estudiosos compreendem esse constructo a partir de diferentes
partir de diferentes perspectivas. Araújo (2009) avalia que a resposta a essa pergunta é complexa,
perspectivas. levando em consideração tanto o número de conceitos clássicos quanto o
número de atualizações desses conceitos. O autor destaca que os conceitos
são extremamente vastos, dificultando uma compreensão única e adequada a
respeito do assunto.

Perissinotto (2004 apud ARAÚJO, 2009) relata que algumas definições


de poder são rigorosas do ponto de vista metodológico, o que viabiliza
a mensuração desse fenômeno. No entanto, o autor destaca que essas
definições são artificiais. Outras, ao contrário, sugerem uma definição mais
abrangente, mas, são maiores as dificuldades para operacionalizá-las.

32
Capítulo 1 LIDERANÇA

Novamente, isso nos mostra a diversidade de opiniões e pontos de Morgan (1996)


vista sobre o assunto que estamos estudando, o que permite, inclusive, mostra que a sua
interpretações divergentes. compreensão em
relação ao poder
Drummond (2003 apud ARAÚJO, 2009) apresenta duas formas de revela uma verdadeira
compreender o poder: uma se refere ao poder sobre, que tem a mesma linha demonstração de
status.
de raciocínio de Maquiavel (1996), ou seja, enfatizando interesses próprios e
ações enérgicas. A outra forma consiste em ter poder para fazer algo, ou seja,
capacidade que as pessoas possuem para fazerem algo diferenciado. Araújo
(2009) aponta que é importante entender que alguns estudiosos definem o
poder segundo a capacidade de influenciar alguém, focando mais os aspectos
de relação pessoal, enquanto que outros autores dão maior ênfase ao poder
para fazer, que faz referência ao status quo, tão valorizado e alimentado pela
sociedade.

Morgan (1996) mostra que a sua compreensão em relação ao poder revela


uma verdadeira demonstração de status. Esse autor acredita que o poder é o
meio pelo qual os indivíduos resolvem seus conflitos de interesses.

Não podemos ainda deixar de destacar a forte influência e relação


existente entre liderança e poder. Para alguns estudiosos, inclusive, liderança
é poder. Araújo (2009) chama a atenção para o fato de que o inverso não é
verdade, ou seja, poder não é sinônimo de liderança, já que o indivíduo não
escolhe ser líder, ele é escolhido. Sendo assim, esse tipo de poder surge
informalmente.

O autor oferece um exemplo que podemos utilizar para refletir: sabemos


que nem todo chefe é um líder, mas todo líder tem certo poder. Araújo (2009)
sugere uma visão mais ampla do conceito de poder, focando os aspectos de
relações pessoais ou mesmo a dimensão estrutural do status quo. O ideal,
para Araújo (2009, p.324):

[...] é perceber que uma pessoa tem poder segundo o


seu status, baseando-se na estrutura hierárquica e nas
relações entre os diferentes níveis (poder legítimo),
sendo este poder inerente à autoridade e legitimado
por meio de regras, ao mesmo tempo em que influencia
pessoas, independentemente de seu lugar na estrutura da
organização.

Galbraith (1999 apud ARAÚJO, 2009) delimita algumas razões pelas


quais as pessoas querem o poder:

• Para autopromoção: a pessoa quer o poder para se autopromover; este


ideal é totalmente contrário à democracia.

33
Princípios de Liderança e Gestão de Equipes

• Para disseminar seus valores: pessoais, religiosos e sociais. Envolve o


poder de persuasão ou a imposição de valores por parte de quem visa o
poder.

• Para obter apoio à sua visão de mundo: neste caso, o poder não
necessita ser conquistado e mantido a qualquer custo; ao contrário, a
pessoa busca o poder para conseguir disseminar o seu modo de enxergar
o mundo.

Atividades de Estudo:

Depois de termos conhecido algumas concepções sobre o fenômeno do poder,


vamos tentar identificar outras situações que delimitam ou mostram motivos
que levam as pessoas a quererem mais poder. Você é capaz de pensar e
registrar nas linhas abaixo outros motivos?
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Existem várias formas de entender as fontes de influência e poder. French


e Raven (1959 apud SPECTOR, 2002) descreveram que a influência ou o
poder que uma pessoa tem sobre a outra está baseado em cinco fatores que
envolvem características individuais e condições organizacionais e fazem
referência ao relacionamento entre líderes e liderados. Nesse sentido, o poder
surge como interação.

São cinco as bases de influência e poder interpessoais descritas por esses


autores e que podem ser utilizadas da seguinte maneira:

• Experiência: utilizada para fornecer informações.

• Referência: fazer com que os subordinados gostem de você.

• Legitimidade: obter um alto cargo ou escalão.

• Recompensa: dar recompensas pela conformidade.

• Coerção: punir a não conformidade.

34
Capítulo 1 LIDERANÇA

Em todo processo de
liderar há relações
Depois de realizar essas descobertas sobre as noções de poder e de de poder envolvidas.
liderança, é possível refletirmos o quanto esses conceitos estão próximos e Algumas vezes, a
formam, inclusive, uma unidade relacional. Em todo processo de liderar há própria condição de
relações de poder envolvidas. Algumas vezes, a própria condição de ser líder ser líder em alguma
em alguma área, quando não é bem administrada pelo indivíduo, permite que área, quando não é
ele faça uso inadequado do poder e acabe confundindo esse conceito com o bem administrada
de autoridade. pelo indivíduo, permite
que ele faça uso
Outro aspecto a considerar é a noção de que ser líder está relacionado inadequado do poder
a um papel que o indivíduo vai desempenhar dentro de um determinado e acabe confundindo
contexto e situação, e em relação a um grupo determinado. Portanto, em esse conceito com o
de autoridade.
diferentes contextos e situações esse papel pode ser modificado e o seu poder
consequentemente diminuído.

Alguns livros como: “A arte da guerra” de Sun Tzu, “48 leis do poder”, de
Joost Elffers e Robert Greene, e “O Príncipe”, de Maquiavel, são exemplos de
literaturas que vão ajudá-lo a identificar os usos e abusos do poder.

Vamos, agora, iniciar o estudo da confiança, intimamente relacionada à


liderança

LIDERANÇA E CONFIANÇA
No decorrer deste caderno, já estudamos e pudemos aprender que os
líderes são pessoas que estão em evidência em diferentes contextos: em
algum setor de uma organização, supervisionando o trabalho de alguns
colaboradores; em salas de aula, como professores; administrando as
condições de aprendizagem; ou em outros locais onde se faz necessária a Uma delas é o
presença de um líder. Nós, agora, já sabemos também que essas pessoas fato de terem que
administrar e encontrar
compartilham algumas responsabilidades em comum.
um equilíbrio entre
as exigências que
Uma delas é o fato de terem que administrar e encontrar um equilíbrio
precisam fazer
entre as exigências que precisam fazer aos liderados e, em contrapartida, o aos liderados e,
“modelo” de comportamento que precisam oferecer para ganhar credibilidade em contrapartida,
e confiança dos seus liderados. Sendo assim, parece ser fundamental que os o “modelo” de
líderes sejam pessoas de confiança e apresentem alguns comportamentos comportamento que
compatíveis com essas exigências. precisam oferecer para
ganhar credibilidade
Sabemos que a satisfação pessoal dos colaboradores de uma organização, e confiança dos seus
por exemplo, está diretamente relacionada à capacidade de influenciar do líder. liderados.
Alguns comportamentos então parecem ser essenciais para que uma pessoa
possa ser considerada um líder.

35
Princípios de Liderança e Gestão de Equipes

Atividades de Estudo:

A seguir, vamos discutir um pouco as características da personalidade dos


líderes. Realize uma pesquisa bibliográfica e anote algumas descobertas feitas
em relação à personalidade dos líderes.

Para fazer esta atividade, sugerimos algumas referências:

- Você pode visitar o site: http://www.efagundes.com/artigos/A_Personalidade_


do_Lider.htm.

- O livro “O Líder 360º graus” de Maxwell, John C e Thomas Nelson Brasil,


também pode auxiliá-lo a realizar novas descobertas.
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Depois de realizar essa atividade, procure ter em mente o que você acaba
de descobrir e estabeleça relações com as características descritas no texto
a seguir. Lembre que estas características podem ser sempre melhoradas e
aperfeiçoadas, assim como qualquer outro comportamento de uma pessoa.

Seria oportuno que os líderes, de uma maneira geral, apresentassem


alguns comportamentos indicados por Mirshawka (2006):

a) Os líderes têm estima pelas pessoas: sabem valorizar as pessoas não


apenas pelo que elas são, mas principalmente pelo que são capazes de
fazer.

b) Os líderes procuram ter uma brilhante comunicação interpessoal: eles


conseguem convencer com confiança. Acreditam e sabem comunicar com
clareza e precisão o que estão dizendo.

36
Capítulo 1 LIDERANÇA

c) São mestres no gerenciamento do tempo: sabem estabelecer


prioridades, não usam da autoridade para impor algo aos demais. Usam
bem o seu tempo, sem desperdícios de situações. Mirshawka (2006)
destaca que os líderes sabem muito bem como proceder diante de algumas
situações: “fazer isso é vital agora”; “estamos diante de uma condição
crítica”; “precisamos terminar tudo isso hoje”; “isso é nossa prioridade
máxima”; “é urgente providenciarmos tudo agora” e outras situações que
exigem tomadas de decisão. Esse mesmo autor destaca que os líderes
procuram executar coisas que possam alterar de forma positiva o futuro.

d) Os líderes buscam executar suas ações com perfeição: buscam


aperfeiçoar sua performance por meio de treinamentos, estudos constantes,
que mudem seus comportamentos de maneira a obterem maior satisfação
pessoal e resultados.

e) Os líderes apoiam o surgimento de “novos campeões”: valorizam sua


equipe de trabalho e querem indivíduos autônomos, hábeis, que fortaleçam
seu trabalho.

f) Os líderes sabem ditar o ritmo: para impor os limites necessários, os


líderes fazem uso dos 3Ds: determinação, disciplina e desejo. O líder deve
apresentar também carisma, que é uma qualidade que atrai as pessoas e
facilita o relacionamento interpessoal.

g) Incutem a integridade e a habilidade de aprender entre todos os


membros de uma organização: são qualidades essenciais que permitem
o contínuo desenvolvimento dos indivíduos de um grupo. A integridade
é aquela qualidade que dá confiança ao líder de que seus auxiliares
provavelmente irão cumprir objetivos e metas determinadas.

h) Determinação: um líder assume a responsabilidade pelas suas ações e


não coloca dúvidas ao decidir sobre uma situação ou problema.

i) Conhecimento: sabe utilizar seu capital intelectual para transformar seu


conhecimento em capacidade de atuar. Promove ações eficazes e não tem
problemas em buscar ajuda quando necessário.

j) Conhecer o rumo: consegue estabelecer metas e objetivos estratégicos


para as pessoas e para a organização.

l) Clareza: comunica-se com muita objetividade e clareza, a tal ponto que as


coisas ditas permanecem lembradas por todos.

n) Carisma: ser compreensivo e apresentar uma postura amigável diante do


grupo. Mostra, por meio de ações ao grupo, que é uma pessoa agradável e
digna de estima.

37
Princípios de Liderança e Gestão de Equipes

Esperamos que, com a descrição de todas essas características, você


tenha conseguido visualizar melhor quais são os comportamentos que devem
ser apresentados e que facilitam a aprendizagem de se tornar um líder. É
a integração de todos esses comportamentos que constitui um conjunto
equilibrado de ações que podem fazer a diferença para um líder.

Atividades de Estudo:

Agora que você já estudou os diferentes conceitos da liderança, as diversas


abordagens teóricas, as relações entre liderança, poder e confiança,
gostaríamos que você fizesse uma síntese, considerando todas as
aprendizagens que você desenvolveu até aqui por meio do estudo deste
caderno, da literatura consultada, das atividades realizadas e outros. Não se
esqueça de considerar que você já é um profissional, que possui experiências.
Sendo assim, utilize-as para melhor desempenhar sua tarefa.
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ALGUMAS CONSIDERAÇÕES

Caro aluno, nesta primeira etapa do nosso caderno de estudos,


conceituamos liderança e poder e percebemos juntos que não há uma forma
única de compreender este fenômeno que permeia as relações humanas e
que está tão presente dentro das organizações.

Avançamos mais um pouco e identificamos as principais abordagens


teóricas que buscam compreender estes fenômenos. Concluímos juntos,
mais uma vez, que já houve e há diversas tentativas de buscar uma
compreensão mais completa da liderança e suas relações com o poder.
Seguimos aprofundando nossas reflexões e ações e finalmente nos

38
Capítulo 1 LIDERANÇA

envolvemos em caracterizar e avaliar os estilos de liderança organizacional


mais utilizados atualmente, e que se têm mostrado mais eficazes para os
líderes desenvolverem melhor suas competências no ambiente de trabalho.
Esperamos terem sido proveitosas as descobertas realizadas. Continuaremos
investigando e descobrindo novos conhecimentos acerca de grupos e equipes
de trabalho nas organizações, no próximo capítulo.

REFERÊNCIAS
ARAÚJO, L.C. G. de. Gestão de pessoas: estratégias e integração
organizacional. 2.ed. São Paulo: Atlas, 2009.

BASTOS, A. V. B. Comprometimento no trabalho: os caminhos da pesquisa


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J.E.; CODO, W. (Org.). Trabalho, organizações e cultura. São Paulo:
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BERGAMINI, C. W. Psicologia aplicada à administração de empresas. São


Paulo: Atlas, 1982.

CERTO, C. S. Modern management: diversity, quality, ethics and the global


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CHIAVENATO, I. Comportamento organizacional. São Paulo: Pioneira


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______. Administração nos novos tempos. Rio de Janeiro: Campus, 2000.

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FLEISHMAN, E. A; HUNT, J. G. Current developments in the study of
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HOUSE, R.J.A path-gool theory of leader effectiveness. Administrative


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39
Princípios de Liderança e Gestão de Equipes

KNICKERBACKER, I. Liderança: um conceito e algumas implicações. In:


BALCÃO, Y. F.; CORDEIRO, L. L. O comportamento humano na empresa:
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SPECTOR, P. E. Psicologia nas organizações. São Paulo: Saraiva, 2002.

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