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Exame Unificado
das Pós-graduações em Fı́sica
Para o segundo semestre de 2018
Critérios de correção
Parte 1
• Como entender os critérios de correção.
N
y
Fat x
(b) (0,4 pontos) Para o movimento de translação do centro de massa na direção horizontal,
temos
Fat = ma ⇒ µmg = ma ⇒ a = µg, (0,2 pontos)
onde usamos que o módulo da normal é igual ao módulo do peso, pois não há aceleração
vertical. Para o movimento de rotação em torno do centro do disco, temos
1 2µg
Nat = Iα ⇒ µmgR = mR2 α ⇒ α = , (0.2 pontos)
2 R
onde Nat é o torque devido ao atrito.
(c) (0,2 pontos) Usando a aceleração linear do item (b) e notando que ela tem sentido oposto
à velocidade inicial
v(t) = v0 − at = v0 − µgt. (0.1 pontos)
Usando a aceleração angular do item (b) e que ω(0) = 0
2µgt
ω(t) = . (0.1 pontos)
R
(d) (0,3 pontos) No ponto A, temos que v = ωR, pois o disco passa a rolar sem deslizar (0.1
pontos). Utilizando os resultados do item (c), temos que
2µgtA v0
v(tA ) = ω(tA )R ⇒ v0 − µgtA = R ⇒ tA = . (0.2 pontos)
R 3µg
1
Q2. (a) (0,3 pontos) Considerando as coordenadas cilı́ndricas ρ, ϕ e z como coordenadas gene-
ralizadas e o vı́nculo z = ρ, tomaremos apenas as coordenadas ρ e ϕ como independentes. A
energia cinética é
1 1 1
T = mv 2 = m ρ̇2 + ρ2 ϕ̇2 + ż 2 = m 2ρ̇2 + ρ2 ϕ̇2 .
(0,1 pontos)
2 2 2
Como Fg = mg é uma força conservativa, a energia potencial associada é
Z r Z z
U =− Fg · dl = − (−mgẑ) · (ẑdz 0 ) = mgz ⇒ U (ρ) = mgρ. (0,1 pontos)
0 0
Dessa forma, a lagrangiana da partı́cula é dada por
1
L = T − U = m 2ρ̇2 + ρ2 ϕ̇2 − mgρ.
(0,1 pontos)
2
(b) (0,2 pontos) Usando as seguintes derivadas parciais
∂L ∂L
= mρϕ̇2 − mg, = 2mρ̇,
∂ρ ∂ ρ̇
∂L ∂L
= 0, = mρ2 ϕ̇.
∂ϕ ∂ ϕ̇
obtemos equações de Euler-Lagrange
∂L d ∂L
− =0 ⇒ 2mρ̈ − mρϕ̇2 + mg = 0 (0,1 pontos) (1)
∂ρ dt ∂ ρ̇
∂L d ∂L d
mρ2 ϕ̇ = 0 ⇒ mρ2 ϕ̇ = cte
− =0 ⇒ (0,1 pontos) (2)
∂ϕ dt ∂ ϕ̇ dt
Se o candidato obteve corretamente as equações de movimento a partir de lagrangianas incor-
retas, ele recebeu a pontuação neste item.
(c) (0,3 pontos) Expressando o momento angular em coordenadas cilı́ndricas
L = r × p = mr × v
= m (ρρ̂ + zẑ) × (ρ̇ρ̂ + ρϕ̇ϕ̂ + żẑ)
= m −ρϕ̇z ρ̂ + (z ρ̇ − ρż)ϕ̂ + ρ2 ϕ̇ẑ
(0,2 pontos) (3)
Impondo o vı́nculo z = ρ,
L = −mρ2 ϕ̇ρ̂ + mρ2 ϕ̇ẑ (4)
Tanto a Eq. (3) quanto a Eq. (4), foram aceitas como corretas para o último passo. Comparando
a Eq. (4) com os resultados do item (b), concluı́mos que
Lz = mρ2 ϕ̇ẑ = cte. (0,1 pontos)
(d) (0,2 pontos) Para a órbita circular, devemos ter ρ = ρ0 ⇒ ρ̇ = ρ̈ = 0. Substituindo nas
equações de movimento (1) e (2),
ρ0 ϕ̇2 = g, (5)
mρ20 ϕ̇ = Lz . (6)
Essas equações admitem solução para ϕ̇ = ωc = constante, que corresponde a uma órbita
circular uniforme (0,1 pontos). Era necessário analisar as duas equações de movimento acima
para receber a pontuação total do último passo. Usando a equação de movimento (6), obtemos
a frequência angular procurada
r
g
ϕ̇ = . (0,1 pontos)
ρ0
2
Q3. (a) (0,2 pontos) No referencial do centro de massa (Pcm = 0), a Hamiltoniana do sistema é
dada por
(pr )2 L2 1 e2
H= + − ,
2µ 2µr2 4π0 r
onde µ = me /2 é a massa reduzida do sistema, r é a coordenada relativa e pr é o momento
canonicamente conjugado ar. No caso de órbitas circulares, pr = 0 e a distância relativa de
equilı́brio será dada por ∂H
∂r r=R
= 0 ou seja,
L2 1 e2
= . (0,1 pontos)
µR3 4π0 R2
Logo, s
2
µe R me e 2 R
L2 = ⇒L= . (0,1 pontos)
4π0 8π0
Também foi aceito o seguinte raciocı́nio. Usa-se o módulo da posição de cada partı́cula no
referencial do centro de massa: r = R2 e L = Le + Lp = 2me rv = me Rv. Após, iguala-se
2 2 2 2
a força centrı́peta à atração eletrostática: 4πe0 R2 = merv = 2mRe v = m2L
eR
3. Não foi aceito
2 2
“ 4πe0 R2 = mRe v ”.
(b) (0,2 pontos) Aplicando a regra de quantização de Bohr dada no formulário (L = n~)
temos:
me e2 Rn 4π0 ~2
= n2 ~2 ⇒ Rn = 2n2 . (0,1 pontos)
8π0 me e2
4π0 ~2
Em termos do raio de Bohr a0 = me e2
(dado no formulário)
Rn = 2n2 a0 . (0,1 pontos)
Era necessário escrever a resposta em termos do raio de Bohr para para obter a pontuação
completa no último passo. Argumento também aceito: menção explı́cita de que o raio da órbita
circular do elétron em torno do centro de massa é rn = R2n = n2 a0 .
(c) (0,2 pontos) A energia do sistema será dada por
L2 e2 me Rn e2 e2 1 e2
E =T +V = − = − = − . (0,1 pontos)
2µRn2 4π0 Rn 8πme Rn2 4π0 Rn 2 4π0 Rn
Em elétron-volts
me e 4
1 6,8
En = − 2 =− eV. (0,1 pontos)
2n 2~2 (4π0 )2 n2
Era necessário escrever a resposta em elétron-volts para obter a pontuação completa no último
passo. Não pontuou quem apenas fez uso direto de expressões do formulário como “En =
2
− Zn2 13,6eV”.
(d) (0,4 pontos) A energia do fóton emitido será Ef = ∆E = E2 − E1 = −6,8 41 − 1 (0,1
pontos) ⇒ Ef = 3.(6,8)4
= 5,1 eV (0,1 pontos). Por conservação do momento, o momento total
do positrônio será igual ao momento do fóton pf = 5,1 eV/c (0,1 pontos). Como me = 0,511
MeV/c2 , segue que
pf 5,1
P = (2me ).v = pf ⇒ v = = c = 5 × 10−6 c = 1500 m/s. (0,1 pontos)
2me 2.(5,11) × 105
Qualquer procedimento em que se igualou a energia cinética do positrônio com a energia do
fóton (por exemplo, “ 21 (2me )v 2 = ∆E”) está incorreto e não pontuou.
3
Q4. (a) (0,1 pontos) A matriz que representa o hamiltoniano H na base descrita é
Ω 0 Ω
H = 0 Ω ∆ .
Ω ∆ Ω
(b) (0,2 pontos) A matriz do operador D é diagonal com todos os elementos da diagonal
iguais a δ, ou seja, é proporcional à matriz unidade (0,1 pontos). Portanto, ela comuta com a
matriz de H. Segue que D e a energia podem ser medidos simultaneamente (0,1 pontos).
(c) (0,6 pontos) Para acharmos os auto-valores, precisamos resolver a equação secular
Ω − λ 0 Ω
∆ = 0 ⇒ (Ω − λ)3 − (Ω − λ) Ω2 + ∆2 = 0.
0
Ω−λ
Ω ∆ Ω − λ
Os auto-valores são
λ1 = Ω, (0,1 pontos)
√
2 2
λ2 = Ω + Ω + ∆ , (0,1 pontos)
√
λ3 = Ω − Ω2 + ∆2 . (0,1 pontos)
(d) (0,1 pontos) O estado inicial |ψ(t = 0)i é exatamente o auto-estado de energia |λ1 i.
Portanto, para t > 0, o sistema permanecerá nesse estado, a menos de uma fase
e−iΩt/~
|ψ(t)i = e−iΩt/~ |λ1 i = √ (∆|1i − Ω|2i) .
Ω2 + ∆2
Também pontuou neste item quem atuou no estado inicial com o operador evolução temporal.
4
Q5. (a) (0,2 pontos) Como o processo é isotérmico Pi Vi = Pf Vf (0,1 pontos) . Como V = AL,
onde A é a área transversal do tubo,
Vi Li 5,0
Pf = Pi = Pi = 1,0 × 105 (0,1 pontos) = 1,1 × 105 N/m2 .
Vf Lf 4,5
Esse é o trabalho realizado pelo gás. O trabalho realizado sobre o gás é 1,1 J.
(c) (0,2 pontos) Como o processo é isotérmico, ∆U = Q − W = 0 (0,1 pontos). Portanto,
O sinal negativo indica que 1,1 J de calor é transferido do gás para o ambiente. Os itens (b) e
(c) envolvem trabalhar consistentemente com as convenções sobre o sinal do trabalho realizado
e a direção da transferência de calor, do contrário, o candidato não pontuou.
(d) (0,4 pontos) A pressão é a mesma a uma mesma altura nos dois lados do tubo (0,1
pontos). Do lado esquerdo, a pressão no ar comprimido Pf relaciona-se com a pressão na
altura final do êmbolo Pemb por
Do lado direito, a pressão na parte superior do lı́quido X, Pi , relaciona-se com a mesma Pemb
(0,1 pontos) por
Pemb = Pi + ρX gH.
Eliminado Pemb ,
1 Pf − Pi
ρX = + 2ρH2 O (Li − Lf ) (0,1 pontos) = 2,4 × 104 kg/m3 . (0,1 pontos)
H g
Escolhas diferentes do nı́vel de água em que as pressões foram igualadas, desde que usadas
consistentemente, foram também aceitas como corretas. Também pontuou quem indicou que
o acréscimo de pressão à direita devido ao peso do lı́quido X deve ser igual ao aumento de
pressão no ar comprimido.
Nesta questão, erros em unidades foram penalizados em 0,1 pontos por erro.
5
EUF
Exame Unificado
das Pós-graduações em Fı́sica
Para o segundo semestre de 2018
Critérios de correção
Parte 2
• Como entender os critérios de correção.
V = R2 I2 + R1 I1 , (7)
I2 = I1 + IC , (8)
q
R1 I1 = , (9)
C1
onde IC = q̇ é a corrente pelo capacitor. Derivando a Eq. (9) em relação ao tempo e levando-a
juntamente com a Eq. (8) na Eq. (7), temos
V = R2 I1 + R1 C1 I1 + R1 I1 ⇒ V = RI1 + R1 R2 C1 I˙1 ,
˙
(c) (0,4 pontos) A diferencial de potencial em Ri é Vi (t) e no capacitor é VC (t), como esboçado
na figura abaixo
V2(t)
V
V1(t),VC(t)
R1V/(R1+R2)
R2V/(R1+R2)
t 0 t
O gráfico de V2 (t) valia (0,2 pontos), o gráfico de V1 (t) valia (0,1 pontos) e o gráfico de VC (t)
valia (0,1 pontos).
1
(d) (0,2 pontos) Quando a chave S1 é desligada, temos apenas um circuito RC formado por
R1 e C1 , cuja dinâmica é regida por
∆t = R1 C1 ,
do fechamento da chave S1 .
2
Q7. (a) (0,5 pontos) Considere um cabo longo de comprimento h e despreze efeitos de borda.
Por simetria, o campo elétrico no dielétrico aponta na direção ρ̂, considerando coordenadas
cilı́ndricas com eixo z ao longo do eixo do cabo. Tomando uma superfı́cie gaussiana cilı́ndrica
com eixo ao longo de z, comprimento h e raio ρ ∈ (a,b) e aplicando a lei de Gauss
Z Z Z
q q
E · ρ̂ dA = (0,1 pontos) ⇒ E · ρ̂ dA = EdA = E2πρh =
S S S
q
⇒E = . (0,1 pontos)
2πρh
A diferença de potencial entre os condutores interno e externo é
Z b Z b Z b
q dρ q b
∆V = E · ρ̂dρ = E dρ = = ln . (0,1 pontos)
a a 2πh a ρ 2πh a
A capacitância C do cabo coaxial é dada por
1 2πh 2πh
C=q =q = . (0,1 pontos)
∆V q ln (b/a) ln (b/a)
A capacitância por unidade de comprimento é, portanto,
C 2π
= . (0,1 pontos)
h ln (b/a)
Se o item (a) foi resolvido de forma integral sem a devida diferenciação entre escalares e vetores,
houve o desconto de (0,1 pontos) na nota total do item. O mesmo critério foi adotado no
item (b). Se as equações obtidas no item (a) foram escritas em termos do campo D, mas a
relação deste campo com E não foi indicada, houve o desconto de (0,1 pontos) na nota total
do item. Se em alguma equação apresentada no item (a) havia algum dos parâmetros µ, ,
a ou b fora de lugar, houve o desconto de (0,1 pontos) na nota total do item. O mesmo
critério foi adotado no item (b). Se em alguma equação apresentada no item (a) havia algum
sinal trocado, houve o desconto de (0,1 pontos) na nota total do item. O mesmo critério
foi adotado no item (b). Se na resposta final do item (a) apareceram todos os termos que de
fato deveriam aparecer, porém acompanhados de termos extras incorretos, houve o desconto de
(0,1 pontos) para cada termo espúrio presente. O mesmo critério foi adotado no item (b). Se
na resposta final do item (a) não apareceram todos os termos que de fato deveriam aparecer,
houve o desconto de (0,1 pontos) para cada termo ausente. O mesmo critério foi adotado no
item (b). Se as equações obtidas no item (a) foram escritas em termos dos parâmetros 0 e µ0
no lugar de e µ, respectivamente, houve o desconto de (0,1 pontos) na nota total do item.
O mesmo critério foi adotado no item (b).
(b) (0,5 pontos) Por simetria, o campo magnético B tem a direção de ϕ̂. Aplicando a lei de
Ampère a um circuito circular com eixo de simetria ao longo de z e raio ρ ∈ (a,b)
I
B · ϕ̂dl = µI (0,1 pontos)
IC I
µI
⇒ B · ϕ̂dl = Bdl = B2πρ = µI ⇒ B = , (0,1 pontos)
C C 2πρ
onde I é a corrente total que passa pelo condutor interno. A energia armazenada no cabo é
µI 2 h b 2πρ µI 2 h
Z Z
1 2
U= B dV = dρ = ln (b/a) . (0,1 pontos)
2µ 8π 2 a ρ2 4π
3
Igualando o resultado a LI 2 /2, obtemos
µh
L= ln (b/a) , (0,1 pontos)
2π
e a auto-indutância por unidade de comprimento é
L µ b
= ln . (0,1 pontos)
h 2π a
Caminho alternativo para os últimos três passos que também foi aceito: o fluxo de campo
magnético no dielétrico será
Z Z b
µI dρ µI b
Φ= B · ϕ̂ dA = h = h ln . (0,1 pontos)
S 2π a ρ 2π a
Usando que
dΦ
L= , (0,1 pontos)
dI
obtemos
µh b
L= ln . (0,1 pontos)
2π a
4
Q8. (a) (0,2 pontos) Da lei de deslocamento de Wien λmax T = W (0,1 pontos) onde W =
2,898 × 10−3 m-K obtemos, para T = 2,9 K, λmax = W/T ≈ 10−3 m ou 1 mm. (0,1 pontos)
(b) (0,2 pontos) Para um fóton de comprimento de onda λmax = 10−3 m, a frequência é
ν = c/λmax = 3 × 108 /10−3 = 3 × 1011 Hz (0,1 pontos) e a energia é E = hν = 4,14 × 10−15 ×
3 × 1011 = 1,2 × 10−4 eV. (0,1 pontos)
(c) (0,3 pontos) Se Eef é a energia do elétron após a colisão, a conservação de energia e
momento relativı́sticos nos dá
Ei + Eei = Eef + Ef ⇒ Eef = Eei − (Ef − Ei ),
pi − pie = pfe − pf ⇒ pfe .c = pi .c + pf .c − pie .c. (0,1 pontos)
2 2 2
Elevando as duas equações ao quadrado e substituindo pfe c = Eef − (me c2 ) , pi .c = Ei e
pf .c = Ef na segunda equação, temos
2
Eei + (Ef )2 + (Ei )2 − 2Ei Ef − 2Eei Ef + 2Eei Ei =
2 2
(Ef )2 + (Ei )2 + pie c + me c2 − 2Ei pie c + 2Ei Ef − 2Ef pie c .
Eei + pie c
Ef = Ei . (0,1 pontos)
2Ei + Eei − pie c
p
Substituindo Eei = γme c2 e pie c = γ 2 − 1 me c2 , temos o resultado final
p
γ+ γ2 − 1
Ef = Ei p . (0,1 pontos)
2Ei
m e c2
+ γ − γ2 − 1
i 2
q Ee = 250 MeV e me c ≈ 0,5 MeV, temos γ = 500. (0,1 pontos)
(d) (0,3 pontos) Como
p
Usando γ 2 − 1 = γ 1 − γ12 ≈ γ − 2γ
1
, (0,1 pontos) temos
1
2γ − 2γ
Ef ≈ Ei 2Ei 1
.
m e c2
+ 2γ
Substituindo
Ef = 4.(500)2 .(1,24 × 10−3 ) = 1,2 keV. (0,1 pontos)
Foram descontados (0,1 pontos) em passos nos quais: a) não foram escritas as unidades em
que as respostas eram dadas e/ou b) houve erro em manipulação de notação cientı́fica e/ou
c) expressões aritméticas simples foram deixadas indicadas, sem a resposta ser dada com um
valor numérico (quando aplicável).
5
Q9. (a) (0,2 pontos) A equação de Schrödinger independente do tempo (ESIT) para x < 0 e x > a
é da forma
~2 ∂ 2 ψ(x)
− + V0 ψ(x) = Eψ(x),
2m ∂x2
enquanto que para 0 < x < a ela é
~2 ∂ 2 ψ(x)
− = Eψ(x). (0,1 pontos)
2m ∂x2
A forma geral das soluções ψ1 (x) (região 1: x < 0), ψ2 (x) (região 2: 0 < x < a) e ψ3 (x) (região
3: x > a) para E < V0 é
p
ψ1 (x) = A ekI x , kI = 2m(V0 − E)/~,
√
ψ2 (x) = C eikx + D e−ikx , k = 2mE/~,
ψ3 (x) = B e−kI x , (0,1 pontos)
onde A, B, C, e D são constantes complexas a serem determinadas.
(b) (0,2 pontos) A ESIT é uma equação diferencial linear de segunda ordem. Logo, para
um potencial contı́nuo por partes não infinito, a função de onda e sua primeira derivada são
sempre contı́nuas. Nas descontinuidades do potencial em x = 0 e x = a isso nos dá
ψ(0− ) = ψ(0+ ), ψ(a− ) = ψ(a+ ), (0,1 pontos)
∂ψ ∂ψ ∂ψ ∂ψ
= , = , (0,1 pontos)
∂x 0− ∂x 0+ ∂x a− ∂x a+
onde x± = lim→0+ (x ± ).
(c) (0,2 pontos) A probabilidade de encontrar a partı́cula no intervalo é
Z b
Pab = |ψ3 (x)|2 dx,
a
que é não nula, já que ψ3 (x) é não nula no intervalo. Justificativas em que apenas se mencionava
“tunelamento”, sem mais elaboração foram penalizadas em (0,1 pontos). Respostas “secas”,
sem justificativas, não pontuaram.
(d) (0,2 pontos) Não. Como se trata de um estado ligado no poço (E < V0 ), os valores
permitidos para a energia E são quantizados/discretos. Numa medida de energia total apenas
um dos valores permitidos pode ser obtido. Alternativamente, temos 5 incógnitas (A, B, C,
D e a energia E) e 5 equações a serem satisfeitas: as 4 condições de contorno do item (b) e a
normalização da função de onda Z ∞
|ψ(x)|2 dx = 1.
−∞
Apenas valores discretos/quantizados de E poderão ser obtidos desse sistema e o resto segue
como acima. Respostas “secas”, sem justificativas, não pontuaram, assim como respostas com
justificativas incorretas.
(e) (0,2 pontos) No caso do poço infinito, apenas as condições de contorno sobre a função de
onda (e não aquelas sobre sua derivada) devem ser impostas. Além disso, ψ1 (x) = ψ3 (x) = 0
para todo x < 0 e x > a, respectivamente. Logo
ψ2 (0) = 0 ⇒ C = −D,
ψ2 (a) = 0 ⇒ C eikx − e−ikx = 2iC sin(ka) = 0 ⇒ ka = nπ (n = 1,2,3, . . .),
n2 h2
donde pode-se usar a relação entre k e E do item (a) para obter En = 8ma
.
6
Q10. (a) (0,3 pontos) A função de partiçao do sistema por particula é Z = ζ N , onde
ζ = 1 + 2e−2βε + e−3βε . (0,2 pontos)
∂ ∂
U =− ln Z = −N ln(1 + 2e−2βε + e−3βε ). (0,1 pontos)
∂β ∂β
A energia interna por partı́cula é obtida tomando a derivada
4e−2βε + 3e−3βε
U
u= = ε (0,1 pontos)
N 1 + 2e−2βε. + e−3βε
U −F
S =
T
4e−2βε + 3e−3βε
= kB N βε + kB N ln(1 + 2e−2βε + e−3βε ).
1 + 2e−2βε + e−3βε
Se o candidato errou o cálculo ou usou uma expressão incorreta para Z mas fez o cálculo
correto da entropia ele foi penalizado em (0,1 pontos).
(d) (0,3 pontos) No primeiro caso βε → ∞ e, como exponenciais decaem mais rapidamente
que qualquer polinômio,
S
s= = kB ln 1 = 0. (0,1 pontos)
N
Por outro lado, quando T → ∞, βε → 0, logo
S
s= = kB ln(1 + 2 + 1) = kB ln 4. (0,1 pontos)
N
O primeiro resultado é o que dita o postulado de Nernst ou terceira lei da termodinâmica, que
diz que a entropia deve se anular quando T → 0. Por outro lado, o segundo resultado nos
diz que a entropia (em unidades de kB ) tende ao logaritmo do número de estados quânticos
possı́veis, pois todos os estados são igualmente prováveis quando T → ∞. De fato, nesse limite,
S = kB ln 4N . (0,1 pontos)