Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
UOL HOST (http://click.uol.com.br/?rf=barraparceiro&u=http://clicklogger.rm.uol.com.br/?prd=16&grp=src:210;chn:102;creative:barrauol_parceiros;thm:barrauol-
(http://click.uol.com.br/?
host&msr=Cliques%20de%20Origem:1&oper=11&redir=http://www.uolhost.uol.com.br/?cmpid=barrauol-parceiros)
PAGSEGURO (http://click.uol.com.br/?rf=barraparceiro&u=https://clicklogger.rm.uol.com.br/?
BUSCA (http://click.uol.com.br/?rf=barraparceiro&u=http://busca.uol.com.br/)
CURSOS
rf=barraparceiro&u=http://www.uol.com
Ex: Cena contemporânea
(http://click.uol.com.br/?rf=barraparceiro&u=http://clicklogger.rm.uol.com.br/?prd=78&grp=src:210;chn:102;creative:barrauol_parceiros;thm:barrauol-
BATE-PAPO prd=32&grp=src:210;chn:102;creative:barrauol_parceiros;thm:barrauol-
(http://click.uol.com.br/?rf=barraparceiro&u=http://batepapo.uol.com.br/)
cursos-online&msr=Cliques%20de%20Origem:1&oper=11&redir=https://www.portaleducacao.com.br/cursos?utm_source=uol&utm_medium=header-
Loja pagseguro&msr=Cliques%20de%20Origem:1&oper=11&redir=https://pagseguro.uol.com.br/?cmpid=barrauol-parceiros)
VirtUOL (http://click.uol.com.br/?rf=barraparceiro&u=http://clicklogger.rm.uol.com.br/?prd=16&grp=src:210;chn:102;creative:
EMAIL (http://click.uol.com.br/?rf=barraparceiro&u=http://email.uol.com.br/)
(https://revistacult.uol.com.br/home/)
barrauol_parceiros;thm:barrauol-lojavirtuol&msr=Cliques%20de%20Origem:1&oper=11&redir=https://lojavirtuol.uol.com.br/)
menu&utm_campaign=cursos)
(HTTPS://WWW.INSTAGRAM.COM/CULTREVISTA/)
(HTTPS://PT-BR.FACEBOOK.COM/REVISTACULT) (HTTPS://TWITTER.COM/REVISTACULT)
CULT/EDICOES/ASSINATURA/)
GRUPO CULT E D I Ç Õ E S D A R E V I S TA
( H T T P S : / / R E V I S TA C U L T . U O L . C O M . B R / H O M E / E D I C O E S / )
C O L U N I S TA S
( H T T P S : / / R E V I S TA C U L T . U O L . C O M . B R / H O M E / C O L U N I S TA S / )
S E Ç Õ E S ( H T T P S : / / R E V I S TA C U L T . U O L . C O M . B R / H O M E / N O S S A S -
SECOES/)
ANUNCIE
( H T T P S : / / R E V I S TA C U L T . U O L . C O M . B R / H O M E / A N U N C I E / )
C O N TAT O
( H T T P S : / / R E V I S TA C U L T . U O L . C O M . B R / H O M E / C O N TAT O / )
S O B R E ( H T T P S : / / R E V I S TA C U L T . U O L . C O M . B R / H O M E / S O B R E / )
E/CATEGO
RIA/EDICO
7K
ES/CULT-
Judith Butler, São Paulo, 2015 (Foto Fanca Cortez)
229-
https://revistacult.uol.com.br/home/judith-butler-nao-podemos-esperar-que-so-assembleias-e-protestos-produzam-mudanca/ 1/5
10/11/2017 'Não podemos esperar que só assembleias e protestos produzam mudanças'
movimentos feministas, de gênero e LGBTQI
(https://revistacult.uol.com.br/home/tag/lgbt/). Como você CULT/EDIC
percebe ou interpreta o impacto da sua teoria sobre gênero na
práxis social, em termos de práticas e políticas públicas? O OES/ASSI
que mudou nesses anos todos?
NATURA/)
Judith Butler – Não acompanho o impacto do meu trabalho,
então talvez eu seja a pessoa menos indicada para falar desse
fenômeno. Não acredito que um único livro atue na política COM
social. Os livros surgem a partir de um movimento social e de
um conjunto de investigações acadêmicas. Ambos convergem PRE
na vida da pessoa e então o texto surge, junto a muitos outros
textos, filmes, peças, poemas e imagens, como parte de um
(HTTPS://
momento ou de um movimento cultural – algo que foi
chamado de “queer
WWW.CUL
(https://revistacult.uol.com.br/home/tag/queer/)” só depois
da publicação de Problemas de gênero. Acho que talvez a teoria
da construção social tenha sido importante por colocar em TLOJA.CO
questão a ideia de que as leis naturais determinam nosso sexo
e nosso destino. Acredito que talvez a crítica queer ao M.BR/PRO
feminismo seja importante por expor o viés heterossexual que
está no núcleo de muitas teorias sobre a diferença sexual. Mas
DUTO/CUL
talvez seja ainda mais relevante a ideia de “agência” ou ação
que permite às pessoas retirarem de situações muito ruins os
recursos para intervir e modificar os termos da realidade. T-229-
https://revistacult.uol.com.br/home/judith-butler-nao-podemos-esperar-que-so-assembleias-e-protestos-produzam-mudanca/ 2/5
10/11/2017 'Não podemos esperar que só assembleias e protestos produzam mudanças'
fato de o Papa ter se referido ao gênero como “uma ideologia
diabólica” não ajuda em nada. Por um lado, parece que as
pessoas não querem que o casamento heterossexual e sua
forma familiar resultante sejam contestados, mas muitos
casamentos são arruinados internamente, e muitas pessoas
vivem em famílias ou em laços associativos íntimos que não
podem ser conceituados nos termos da família tradicional.
Desse modo, a mesma instituição que é protegida já
demonstrou toda sua fragilidade e abriu espaço para ideias (http://celp.fflch.usp.br/claricelisp
mais complexas e mutáveis de parentesco e interdependência. ectorosmisteriosdaestrela)
Por outro lado, esses debates em torno de gênero e casamento
sugerem que formas de identidades nacionais dependam
fundamentalmente da regulamentação da sexualidade através
do casamento, isto é, a regulamentação da reprodução sexual
e a restrição da sexualidade à forma heterossexual normativa.
Com muita frequência, portanto, o “gênero” é compreendido
como um elemento de fora, uma exportação cultural da (https://revistacult.uol.com.br/ho
América, e às vezes é rechaçado em nome de culturas me/onde-vende-revista-cult/)
nacionais que buscam preservar um distanciamento em
relação à influência dos Estados Unidos. Tenho afinidade com
o segundo caso, mas não quando se torna numa nova forma
de nacionalismo.
https://revistacult.uol.com.br/home/judith-butler-nao-podemos-esperar-que-so-assembleias-e-protestos-produzam-mudanca/ 3/5
10/11/2017 'Não podemos esperar que só assembleias e protestos produzam mudanças'
Em Caminhos divergentes, você analisa a questão de um
conflito histórico – grosso modo, entre judeus representados
pelo governo de Israel e palestinos – e busca uma solução
baseada nos direitos comuns e no Estado igualitário sem
soberania religiosa – uma coabitação, em suma. Por sua vez,
em Notes Towards Performative Theory of Assembly (inédito
no Brasil), você diz que é importante manter aberta a questão
“Quem é o povo?”, e que “Quando as pessoas superam a
violência legal, concordando em se tornar ‘criminosas’ na
luta pela democracia, é que começa a se articular algo que
chamamos de ‘povo’”. Você acha que uma estratégia política
eficaz depende do questionamento contínuo sobre “quem é o
povo”? Se o neoliberalismo destrói as instituições básicas da
democracia, a solidariedade e a compaixão dos movimentos
de resistência seriam uma alternativa real para um novo
corpo político?
https://revistacult.uol.com.br/home/judith-butler-nao-podemos-esperar-que-so-assembleias-e-protestos-produzam-mudanca/ 4/5
10/11/2017 'Não podemos esperar que só assembleias e protestos produzam mudanças'
pode ser muito central”. Como você encara essa questão?
Você acredita que o movimento feminista e o LGBTQI são
marginais nesse sentido?
Curtir 6,2 mil pessoas curtiram isso. Cadastre-se para ver do que seus amigos
gostam.
https://revistacult.uol.com.br/home/judith-butler-nao-podemos-esperar-que-so-assembleias-e-protestos-produzam-mudanca/ 5/5