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BIOLOGIA 10º ANO

BIOSFERA

Biodiversidade:

Diversidade biológica/biodiversidade – número e variedade de organismos de um determinado ambiente

Interespecífica Intraespecífica
(entre as espécies) (da mesma espécie)

Organização biológica:

Célula  Tecido  Órgão  Sistema de órgãos  Organismo

Os organismos podem ser constituídos apenas por uma célula – seres unicelulares ou por mais do que uma célula – seres multicelulares.

Vários organismos da mesma Espécie População Comunidade

Biosfera Ecossistema

Interações entre os Organismos:

 Produtores – organismos que sintetizam o seu próprio alimento, usando a energia radiante. Ex.: plantas, algas.
 Consumidores Primários – organismos que se alimentam diretamente dos produtores. Ex.: herbívoros.
 Consumidores Secundários – alimentam-se dos consumidores secundários. Ex.: carnívoros.
 Decompositores – quem decompõe toda a matéria existente num ecossistema.
 Fatores Abióticos - água, temperatura, luminosidade e solo.

 Bioma – grandes comunidades de organismos que se distribuíram por vastas regiões cujos limites são, principalmente, de natureza climática.

EXTINÇÃO

 Extinção de fundo – extinção natural, causada por modificações naturais do meio ambiente, em que ocorre o desaparecimento de uma ou mais
espécies por não se encontrarem adaptadas.
 Extinção em massa – refere-se à morte de uma grande número de espécies como resultado de catástrofes naturais cujos impactes podem fazer-
se sentir a nível local ou global.
 Extinções antropogénicas – causadas pelo Homem.

A extinção de muitas espécies pode dever-se aos seguintes fatores:


- Introdução de espécies exóticas;
- Exploração excessiva dos recursos agrícolas, florestais;
- Contaminação ambiental.

Estratégias de conservação e recuperação de espécies em risco:


- Gestão de habitats;
- Controlo de perdas populacionais;
- Criação de áreas protegidas

A CÉLULA

A Teoria Celular defende que:

- A célula é uma unidade estrutural e funcional de todos os organismos


e é da atividade das células que resultam todos os processos que ocorrem no organismo;
- As novas células formam-se a partir de células pré-existentes;
- A célula é a unidade de reprodução e de hereditariedade dos seres
vivos.

Seres Procariotas – são unicelulares (bactérias):

Seres Eucariotas – podem ser multicelulares (animais e plantas) ou unicelulares (protistas):

Funções das estruturas nas células vegetais:

 Cloroplasto – responsável pela fotossíntese e onde se localizam os pigmentos que conferem cor às folhas;
 Parede Celular – confere forma à célula e concede-lhe um suporte estrutural;
 Complexo de Golgi – secreção de proteínas;
 Retículo Endoplasmático – sintetizam as proteínas;
 Núcleo – onde se encontra toda a informação genética;
 Mitocôndrias – responsáveis pela obtenção de energia;
 Membrana plasmática – funciona como um filtro seletivo;
 Vacúolo – armazenamento de água e resíduos tóxicos.

PRINCIPAIS CONSTITUINTES INORGÂNICOS

Água
Os organismos vivos são constituídos por 70-90% de água. No organismo humano, cerca de dois terços de água encontra-se no interior das células.
Funções:
- Solvente ideal;
- Reguladora térmica.

Sais Minerais
Funções:
- Estrutural;
- Reguladora.

PRINCIPAIS MOLÉCULAS ORGÂNICAS

 Macromoléculas – moléculas com elevadas dimensões. Ex.: proteínas.


 Monómero – molécula com baixo peso molecular que pode ser ligada a outros compostos semelhantes.

Proteínas
Funções:
- Estrutural;
- Enzimática;
- Reserva energética;
- Transporte de substâncias;
- Regulação hormonal.

Hidratos de Carbono
Função:
- Energética

Amido (H.C)
Funções:
- Reserva de energia

Glicogénio (H.C)
Funções:
- Armazenamento
Celulose (H.C)
Funções:
- Estruturais

Lípidos
Funções:
- Reservas energéticas;
- Estrutural.

Ácidos Nucleicos

DNA RNA

Suporte de informação
genética
Formação:
 Pentose (açúcar com 5 carbonos)
 1 grupo fosfato
 1 base azotada
OBTENÇÃO DE MATÉRIA

 Autotróficos – são capazes de sintetizar o seu alimento, realizando a fotossíntese ou a quimiossintese;


 Heterotróficos – são incapazes de sintetizar o seu alimento, alimentando-se de matéria orgânica presente no ambiente.

As células possuem uma membrana plasmática permeável, que controla a entrada de substâncias par ao interior da célula e impede que esta perca
compostos essenciais.

Constituição da membrana:
 Proteínas  Fosfolípidos
Evolução dos modelos  Glícidos de estrutura da membrana:

1º - Gorter e Grendel (1925) Atual - Singer e Nicholson (1972)

O modelo de Singer e Nicholson, em 1972, admite a existência da bicamada lipídica, com proteínas associadas, que se podem classificar em:

 Intrínsecas – quando estabelecem interações com as regiões hidrofóbicas da membrana.


 Extrínsecas – localizadas na periferia da membrana, estabelecendo interações com as regiões hidrofílicas.

A membrana plasmática é seletivamente permeável

O transporte de substâncias através das membranas plasmáticas depende essencialmente da:


 Dimensão;
 Carga elétrica do composto;
 Solubilidade do composto.
As moléculas de água movem-se através do local onde a concentração de solutos é mais baixa para o local onde a concentração de soluto é mais
elevada.

Concentração baixa – Hipotónica


Concentração elevada – Hipertónica
Contrações iguais – Isotónicas

Osmose

- A água move-se de um meio hipotónico


(baixa concentração) para um meio hipertó-
nico (alta concentração);
- Sem gasto de energia.

O movimento de elevadas quantidades de água da célula para o meio extracelular provoca a plasmólise das células vegetais e confere uma
superfície enrugada às células animais, com diminuição do volume celular.

A entrada de água para a célula aumenta o seu volume e, no caso das células animais pode provocar o seu rebentamento – lise.

Difusão Simples

- A favor do gradiente de concentração;


- De um meio hipertónico para um
meio hipotónico;
- Sem gasto de energia.

Difusão Facilitada

- De um meio hipertónico para um


meio hipotónico;
- Com ajuda de uma proteína (permease).

Transporte Ativo

- Contra o gradiente de concentração;


- De um meio hipotónico para um meio hipertónico;
- Há consumo de energia;
- Com ajuda de uma proteína (ATP).

Transporte de elevadas dimensões

As células necessitam de transportar compostos de elevadas dimensões, num reduzido espaço de tempo, para tal recorrem à:

 Endocitose – transporte de material do meio externo para o meio interno


por formação de invaginações na membrana plasmática.
 Exocitose – fusão de vesículas com a membrana plasmática e libertação
de compostos para o meio externo.
 Fagocitose – processo pelo qual partículas sólidas são englobadas pela
célula, através de invaginações da membrana plasmática, formando uma vesícula que se separa da membrana plasmática.
 Pinocitose – processo pelo qual partículas liquidas são englobadas pela
célula, através de invaginações da membrana plasmática, formando vesículas mais pequenas.
INGESTÃO, DIGESTÃO E ABSORÇÃO

As células recorrem a enzimas para acelerar a digestão – uma enzima digestiva é capaz de quebrar milhares de ligações químicas sem se gastar
nas reações de hidrólise.

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incorporad para o transporta Originam
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Todo o processo digestivo que ocorre dentro das células, designa-se por digestão intracelular – comum nos seres unicelulares.

Na maioria dos seres vivos heterotróficos multicelulares a digestão é extracelular:


Na maioria dos animais, a obtenção de matéria inicia-se pela ingestão do alimento que é encaminhado para órgãos especializados que
compõem o sistema digestivo. Após a digestão extracelular em órgãos especializados, ocorre a absorção, durante a qual os nutrientes são levados
para o sistema sanguíneo.

Alguns animais, como a hidra e a planária, possuem uma cavidade gastrovascular apenas com uma abertura que funciona simultaneamente
como boca e ânus, classificando-se como tubo digestivo incompleto.

Os animais mais complexos possuem um tubo digestivo completo, com duas aberturas. Pela boca ocorre a ingestão do alimento, e pelo ânus a
eliminação do material não digerido.

Ao longo de todo o tubo digestivo ocorre a digestão que inclui os processos:

 Físicos – mastigação pelos dentes


 Químicos – digestão enzimática das macromoléculas, por ação de
enzimas.

Digestão intracorporal – processos digestivos que se processam dentro do organismo, embora ocorram no meio externo.

Digestão extracorporal – nos fungos, a digestão ocorre fora do organismo. O fungo lança para o meio, enzimas digestivas, absorvendo posteriormente
o material digerido.

OBTENÇÃO DE MATÉRIA NAS PLANTAS

Todos os organismos desenvolvem estratégias diversificadas de obtenção de matéria, podendo ser classificados em:

 Heterotróficos – seres vivos incapazes de produzir o seu próprio alimento;


 Autotróficos – seres vivos que produzem o seu próprio alimento.
As plantas são organismos autotróficos, uma vez que usam a luz solar como fonte de energia para sintetizar moléculas orgânicas, através da
fotossíntese.

Luz H2O + CO2

A fotossíntese pode ser esquematicamente representada sob a forma de uma equação química:
6CO2 + 6H2O  C6H12O6 + 6O2

Cloroplastos - são organelos onde se realiza a fotossíntese nas plantas.

São limitados por 2 membranas:

 A membrana interna invagina-se e origina os Tilacoides.

 À superfície da folha existem os Estomas, onde ocorrem as trocas gasosas com a atmosfera.

Ao nível dos Tilacoides, encontram-se o Pigmentos Fotossintéticos, responsáveis pela fotossíntese e pela atribuição das cores às folhas.

A Fotossíntese é um processo complexo dividido em duas grandes fases: a Fase Fotoquímica e a Fase Química.

Fase Fotoquímica (depende da luz)

Esta fase ocorre nos tilacoides existentes nos cloroplastos e corresponde a uma série de etapas nas quais a energia luminosa é transformada em
energia química:

1ª - Absorção de energia (ADP + Pi);


2º - Quebra da molécula de água;

3º - Libertação de O2 para a atmosfera;

4º - Transformação de NADP+  NADPH


transformação de ADP  ATP

Fase Química (Ciclo de Calvin)

Nesta fase, são usados os compostos energéticos formados na fase fotoquímica (ATP e NADPH) para reduzir o CO 2 e formar açucares. Este ciclo é
constituído por 2 grandes etapas:

1º - Fixação do CO2

2º - Redução do ATP  ADP + Pi


e redução do NADPH  NADP+

3º - formação de compostos orgânicos


C O H  C6 H12 O6 (glicose)

QUIMIOSSÍNTESE

Processo através do qual alguns seres vivos (bactérias) conseguem produzir o seu próprio alimento recorrendo à energia que obtêm com a
oxidação de substâncias inorgânicas, utilizando o CO2.
Pode ser dividida em 2 fases
1º - Fase de produção de ATP e NADPH: ADP  ATP e NADP+  NADPH

2º - Ciclos das pentoses – NADPH + ATP + CO2  compostos orgânicos


O TRANSPORTE NAS PLANTAS

 Plantas não Vasculares – plantas sem tecidos especializados no transporte de substâncias.


 Plantas Vasculares – plantas com tecidos especializados no transporte de substâncias.

Xilema Floema

Translocação – movimento das seivas

O xilema transporta a seiva bruta constituída por água e substâncias inorgânicas, desde a raiz até às folhas;

O Floema transporta a seiva elaborada, constituída por compostos orgânicos resultantes da fotossíntese e água, desde as folhas até todos os
outros órgãos da planta.

Transporte da seiva bruta:

- Absorção de H2O e sais minerais ao nível das raízes;


- Transporte dos sais minerais para o interior do xilema, por D.F ou T.A;
- Os tecidos tornam-se hipertónicos relativamente ao solo;
- Transporte de água ocorre por osmose do solo para o xilema.

Hipótese da Tensão-Coesão-Adesão:

Explica a ascensão da seiva bruta ao longo do xilema até às folhas:

1 - Através das trocas gasosas (CO2  O2), ocorre


perda de moléculas de água para a atmosfera por transpiração;
2 - Esta perda de água para a atmosfera gera
uma pressão negativa, denominada por tensão;
3 - O défice de água provoca a movimentação de
água, por osmose;
4 – As moléculas de água tendem a formar
Pontes de Hidrogénio entre si, conferindo coesão às
moléculas. Assim, quando uma fração de água se
desloca, provoca a ascensão de uma coluna de água
coesa ao longo do xilema;
5 – Por sua vez, o xilema facilita o transporte
da coluna de água, pois constitui um tubo fino e oco
que permite a adesão das moléculas de água.

SISTEMAS DE TRANSPORTE NOS ANIMAIS

Nos animais, existem 2 tipos de sistemas de transporte: sistema circulatório fechado e sistema circulatório aberto.

Insetos e Aracnídeos

Sistema circulatório aberto – ocorre mistura entre o sangue e o liquido intersticial, originando a hemolinfa, que banha todos os tecidos permitindo
as trocas gasosas.
Minhocas

Sistema circulatório fechado – todo o percurso do sangue é feito dentro de vasos, não se misturando com o fluido intersticial. O sangue circula com
maior velocidade e garante uma maior eficácia na distribuição de gases e nutrientes.

Os peixes

Apresentam uma circulação simples - onde o sangue venoso atravessa apenas uma vez o coração, no decurso de cada circulação.

Os anfíbios

Apresentam uma circulação dupla – o sangue é bombeado para duas circulações: a pulmonar e a sistémica.

Os répteis

Apresentam uma circulação dupla incompleta – onde há possibilidade do sangue venoso se misturar com o arterial no ventrículo.

Os mamíferos e as aves

Apresentam uma circulação dupla completa – onde não há mistura de sangue venoso e arterial, conferindo-lhes alta eficácia no suprimento de
oxigénio para todas as células.

Veias – vasos que levam o sangue par ao coração.


Artérias – vasos que levam o sangue para fora do coração.
 Circulação Sistémica – VE  Aorta  Células da Veia Cava  AD
 Circulação Pulmonar – VD  Artéria pulmonar  Pulmões  Veia
pulmonar  AE
FERMENTAÇÃO E RESPIRAÇÃO

Metabolismo – conjunto de processos químicos que ocorrem nas células dos seres vivos. Podem ocorrer 2 tipos de processos metabólicos:

 Catabolismo – reações químicas de degradação de moléculas complexas, originando moléculas mais simples;
 Anabolismo – reações químicas através das quais moléculas simples reagem entre si originando moléculas mais complexas.

Glicose

O “combustível” mais comum para as células é a glicose (C6H12O6). A energia que se encontra nas ligações químicas da glicose não pode ser usada
diretamente pelas células, para tal, necessitam de transferir a energia para outros compostos, como por exemplo, o ATP.

A degradação das moléculas de glicose inclui-se nos processos de catabolismo onde ocorre libertação de energia e a restante é usada para a
síntese do ATP. A síntese de ATP implica a fosforilação da molécula de ADP.

Nos seres vivos, o metabolismo da glicose processa-se em várias etapas, sendo parte da energia transferida para as moléculas de ATP. Estas vias
metabólicas podem ser:

Glicólise:

As moléculas de glicose vão sofrer uma série de reações durante um processo denominado glicólise que é comum à fermentação e à respiração. A
glicólise ocorre no citoplasma das células.
Na glicólise, a glicose é parcialmente oxidada, formando-se por cada molécula:
 2 Acd. Pirúvico
 2 NADH
 2 ATP’s
 Redução do Acd. Pirúvico

Respiração Aeróbia:
É uma via catabólica, com consumo de O2, que permite a degradação da glicose formada por diversas etapas:

 Glicólise – 2Acd. Pirúvido + 2ATP + 2NADH

 Formação do Acetil-CoA – ocorre na mitocôndria, onde o Acd. Pirúvico  Acetil-CoA. Há libertação de uma molécula de CO2 e redução de NAD+
 NADH

 Ciclo de Krebs – ocorre na mitocôndria, onde o Acetil-CoA é oxidado e dá origem a 2CO2 e onde:
o FAD+  FADH2
o ADP  ATP
o NAD+  NADH
Em cada Ciclo de Krebs forma-se: 1ATP, 1FADH2 e 3NADH+.

TROCAS GASOSAS NOS ANIMAIS

O movimento de gases respiratórios ao nível das superfícies respiratórias ou a nível celular ocorre sempre por difusão, pois estas superfícies
encontram-se húmidas. O movimento de gases pode processar-se de duas formas:

 Difusão Direta – quando os gases se difundem diretamente através da superfície respiratória para as células, não havendo por isso, nenhum
fluido circulante envolvido (insetos)
 Difusão Indireta – quando os gases se difundem da superfície respiratória para um fluido circulante e deste para as células – hematose
(vertebrados).

Hematose – trocas gasosas que ocorrem entre as superfícies respiratórias e os fluidos circulantes.
Organismo Superfície respiratória Difusão
Minhocas/Moluscos Superfície corporal Direta
Insetos Traqueias
Peixes Brânquias
Branquial
Anfíbios Tegumento
Pulmões Indireta
Répteis
Aves Pulmões
Mamíferos

O sistema respiratório dos mamíferos é particularmente eficiente:

 Os pulmões são formados por milhões de sacos alveolares que aumentam


a superfície de área respiratória;
 Os alvéolos encontram-se irrigados por uma densa rede de capilares, nos
quais o sangue circula a uma velocidade muito baixa;
 Os capilares e os alvéolos são formados por finas camadas de células que
facilitam a passagem dos gases.
REGULAÇÃO NERVOSA E HORMONAL EM ANIMAIS

Resposta a um estímulo

 Receção – deteção de um estímulo;


 Transmissão – a informação é transportada ao longo da rede de neurónios até ao SNC
 Integração – o cérebro e a espinal-medula integram e interpretam toda a informação, determinando a resposta mais adequada para manter a
homeostasia.
 Resposta – a informação é transportada desde o sistema nervoso central até aos órgãos efectores, sendo estes que permitem concretizar a
resposta ao estímulo inicial.

Constituição de um neurónio

 Corpo Celular – porção mais volumosa do neurónio;


 Dentrites – prolongamentos filamentosos, que permitem captar os estímulos provenientes do meio externo;
 Axónio – prolongamento celular, cuja função é conduzir os impulsos até aos músculos.

Impulso nervoso – modifica o potencial de repouso: a superfície interna da membrana encontrar-se carregada negativamente em relação ao exterior.

Transmissão do impulso

1 – Chegada do potencial de ação;

2 – Abertura dos canais de Na+, despolarizando a membrana terminal do axónio;


3 – Abertura dos canais de cálcio sensíveis à voltagem;

4 – A entrada de cálcio causa a fusão de vesículas contendo neurotransmissores, que são libertados na fenda sináptica;

5 – Os neurotransmissores difundem-se na fenda e ligam-se a recetores da célula pós-sináptica;

6 – A ativação dos recetores provoca a abertura de canais de Na+, originando uma nova despolarização;

7 – Os neurotransmissores são degradados por enzimas em compostos mais simples e transportados para a célula pré-sináptica.

Hormonas do crescimento das plantas

Principais funções das hormonas vegetais


Hormona Função Usos e implicações
comerciais
Ácido Inibe a germinação da planta;  Regular a
abscísico Promove o encerramento dos estomas; germinação das
Estimula a formação de raízes e a abscisão foliar. plantas;
Auxina Promove o alongamento dos caules e o enraizamento;  Tomar decisões
Estimula a diferenciação do tecido vascular relativamente aos
Citocinina Inibe a senescência foliar; processos de
Afeta o crescimento da raiz. controlo e
Promove o amadurecimento do fruto e a abscição desenvolvimento de
Etileno foliar; culturas vegetais;
Inibe o crescimento do caule.  Controlar a
Promove a germinação da semente, o crescimento do frutificação e
Giberelina caule, a floração e o desenvolvimento do fruto; maduração dos
Mobiliza as reservas de nutrientes. frutos.
BIOLOGIA 11º ANO

CRESCIMENTO E RENOVAÇÃO CELULAR

DNA é constituído por:


 Um açúcar (desoxirribose);
 Um grupo fosfato;
 Uma base azotada (adenina, tímina, citosina e guanina)

A molécula de DNA apresenta os seguintes aspetos:


 2 cadeias polinucleotídicas enroladas em hélice;
 Pontes de hidrogénio que ligam as 2 cadeias;
 O emparelhamento das bases azotadas (adenina e timina A-T) e (citosina e guanina C-T);
 Ligações covalentes entre o grupo fosfato e a desoxirribose do nucleotido seguinte.

 Replicação do DNA
Semiconservativa - uma das duas cadeias da molécula de DNA que se forma deriva da molécula original e a outra é sintetizada de novo;
 Conservativa - preserva as duas cadeias da molecula original e gera uma molécula de DNA composta por duas cadeias inteiramente novas;
 Dispersiva - produz duas moléculas com DNA em que ambas as cadeias eram formadas por fragmentos originários da molécula inicial
alternados por fragmentos sintetizados de novo.

Dogma central da biologia molecular (explicar como se processa a expressão da informação genética):

 A informação presente no DNA é transcrita para o RNA;


 O RNA é posteriormente traduzido para formar proteínas.

RNA formado no núcleo por transcrição do DNA, é constituído por:


 Um açúcar (pentose);
 Um grupo fosfato;
 Uma base azotada (adenina-uracilo A-U) e (citosina-guanina C-G).

O RNA é constituído por uma cadeia polinucleotídica simplesmente que os nucleotidos estão ligados covalentemente.
Existem diversos tipos de RNA:
 RNA mensageiro (mRNA);
 RNA transferencia (tRNA);
 RNA ribossomal (rRNA);
A transcrição corresponde à transferência da informação presente no DNA para uma molécula de RNA. O RNA que leva a informação genética
do DNA é o RNA mensageiro (mRNA). Para além deste, os outros dois tipos de RNA são sintetizados.
Informação Ribossoma
Transcrição: DNA --> mRNA --> tradução

O uso de outras combinações de nucleóticos permitiu verificar que a cada códão de mRNA corresponde um aminoácido especifico.

CICLO CELULAR

Conjunto de processos que ocorrem ao nível celular, incluindo a divisão do material genético.
As células apresentam um ciclo celular que tem inicio quando a célula se forma a partir de uma célula-mãe e que se prolonga até que se divide,
originando 2 células-filhas.

Quando uma célula se divide, o material genético tem de ser previamente replicado. Este processo permite que o material genético de cada célula
duplique de 2Q para 4Q. Durante todo este processo o número de cromossomas mantém-se igual.

Todos estes fenómenos ocorrem ao longo do ciclo celular, que está organizado em duas fases: a interface e a fase mitótica.

Interfase

Esta fase inclui 3 fases principais: G1, S e G2. A divisão mitótica ocorre entre a fase G2 e a G1.

G1 Tem inicio com a formação da célula e termina quando o DNA se começa a


replicar. Nesta etapa os cromossomas apenas apresentam um cromatídio. Fase mitótica
Ocorre replicação semiconservativa do DNA, formando uma cópia de cada
A fase mitótica é constituída pela mitose e pela
S molécula de DNA. No final desta fase, os cromossomas encontram-se
citocinese, onde ocorrem divisões nucleares e
constituídos por dois cromatídios iguais unidos pelo centrómero.
citoplasmáticas, respetivamente, dando origem a duas
Intervalo de tempo compreendido entre a etapa S e o inicio da fase mitótica,
células-filhas iguais à célula-mãe.
G2 durante a qual a célula se prepara para a divisão. Nesta fase, os cromossomas
A mitose processa-se ao longo de quatro fases:
ainda possuem os dois cromatídios unidos pelo centrómero.
prófase, metáfase, anáfase e telófase, durante as quais
ocorre condensação e separação do material genético por dois núcleos.

Prófase
 É a etapa mais longa da mitose;
 Os centríolos começam a movimentar-se no sentido dos pólos da célula, com inicio da formação do fuso mitótico;
 No final desta fase, o nucleolo desaparece, a membrana nuclear desintegra-se e os cromatídios ligam-se ao fuso acromático.

Metáfase
 Os centríolos encontram-se nos pólos da célula;
 Os cromossomas deslocam-se para o centro da célula, formando uma placa equatorial.

Anáfase
 Ocorre a rutura do centrómero, os cromatídios de cada cromossoma separam-se, originando cromossomas com apenas 1 cromatídio;
 Cada cromossoma inicia a ascensão polar.

Telófase
 O fuso acromático degenera;
 O invólucro nuclear volta a formar-se à volta da cromatina existente dm cada polo, individualizando os núcleos;
 No final desta etapa, a célula apresenta 2 núcleos idênticos entre si e ao núcleo que os originou.

Para além da divisão do núcleo, ocorre a divisão do citoplasma e dos organitos para as células que se formam. A divisão do citoplasma da célula
que permite a individualização das células filhas denomina-se citocinese.
Nas células animais a citocinese ocorre por estrangulamento citoplasmático, enquanto que nas células vegetais se forma uma placa equatorial com
produtos transportados pelas vesículas derivadas do Complexo de Golgi.

REPRODUÇÃO ASSEXUADA

Os descendentes são originados a partir de um único progenitor. Na maioria das situações, os descendentes são clones do progenitor, uma vez que
são geneticamente iguais a ele, pois tem por base o processo de mitose.
As estratégias de reprodução mais comum são: bipartição, fragmentação, partenogénese, divisão múltipla e gemulação.

Bipartição
 Estratégia reprodutora característica de organismos unicelulares;
 Consiste na divisão do organismo progenitor em dois organismos-filhos geneticamente iguais entre si e ao progenitor;
 Os organismos formados crescem até atingirem o tamanho característico da espécie. O organismo progenitor deixa de existir.

Fragmentação
 Consiste na divisão do organismo progenitor em diversos fragmentos;
 Independentemente da sua constituição interna, cada um dos fragmentos consegue regenerar todos os tecidos e órgãos em falta, de modo a
constituir um organismo.

Partenogénese
 Os descendentes formam-se a partir de óvulos não fecundados;
 Os organismos que recorrem a estas estratégias estão, no geral, associados a ambientes isolados (ilhas) e é una estratégia alternativa quando
na população não existem machos.
Ex.: abelhas

Divisão múltipla
 Ocorre uma divisão múltipla do núcleo do progenitor originando-se vários núcleos. Posteriormente, cada um deles é envolvido por um
citoplasma e individualizado por uma membrana celular;
 Quando a membrana celular do progenitor se rompe os descendentes libertam-se.

Gemulação
 O progenitor emite uma gema (ou grumo), contendo material genético, que carece até atingir o tamanho característico da espécie.

Multiplicação vegetativa
 Através da multiplicação vegetativa as plantas conseguem produzir descendentes em elevado número. O homem, na tentativa de potenciar a
multiplicação vegetativa, introduziu algumas técnicas, tais comuna estacaria, a mergulharia, a alporquia e a enxertia.

Nas plantas:

Estacaria
 Nesta técnica são retirados ao indivíduo porções de caule e/ou ramos que são enterrados no solo, onde vão enraizar e originar uma nova planta.
Mergulharia
 Consiste em selecionar um ramo da planta, retirar todas as folhas e encurvá-lo, de modo a enterrar parte do ramo no solo. Passado algum tempo,
o ramo ganhará raízes, onde se poderá cortar a ligação com a planta progenitora, formando-se um indivíduo autónomo.

Alporquia
 Remove-se um anel de um dos ramos da planta, colocando-se num solo húmido. Depois de formadas as raízes corta-se a ligação com a planta-
mãe e transfere-se para o solo, onde completará o seu crescimento.

Enxertaria
 Consiste em colocar em contacto duas plantas diferentes, podendo ser ou não da mesma espécie. Faz-se uma incisão na planta recetora, onde
será colocado em contacto o fragmento da planta que se pretende enxertar.
REPRODUÇÃO SEXUADA

No caso do Homem todos os indivíduos deverão apresentar 46 cromossomas, idênticos dois a dois, cada par apresentando uma forma, estrutura e
sequência de genes semelhantes, denominando-se por cromossomas homólogos.
Todas as células que apresentam cromossomas homólogos são designadas por diploides, sendo a sua constituição cromossomas representada por
2n.
Nos organismos diplontes, as células que originam os gâmetas sofrem divisão nuclear, de modo a que haja redução para metade do número de
cromossomas. Os gâmetas como não apresentam cromossomas homólogos, denominam-se haploides e a sua constituição cromossómica é
representada por n.

O ciclo de vida dos organismos que se reproduzem sexuadamente é marcado por dois processos: a meiose e a fecundação, que em conjunto
permitem a manutenção do número de cromossomas característico de cada espécie.

MEIOSE

A meiose é um mecanismos constituído por duas divisões nucleares - divisão I e divisão II - durante o qual há redução do número de
cromossomas para metade.

A divisão I da meiose é constituída pelas seguintes etapas:


 Prófase I
 Metáfase I
 Anáfase I
 Telófase I
Nesta divisão há redução para metade do número de cromossomas (uma vez que uma célula diplonte, com 2n cromossomas, por divisão, origina
duas células-filhas haploides, com n cromossomas).
Por haver redução de 2n para n cromossomas, a divisão I da meiose é denominada por divisão reducional.
À divisão I da meiose, segue-se a citocinese, que permite a individualização de cada uma das células-filhas.
Entre a divisão I e a divisão II da meiose não vai ocorrer replicação do DNA, porque cada cromossoma já é constituído por dois cromatídios.

A partir de cada uma das células haploides formadas na divisão I, vão-se formar duas células-filhas na divisão II da meiose, constituída pelas
seguintes fases:

 Prófase II
 Metáfase II
 Anáfase II
 Telófase II

Como não há redução no número de cromossomas mas apenas a separação dos cromatídios de um mesmo cromossoma, a divisão II da meiose é
denominada de divisão equacional.

Interfase I
 Replicação do DNA (durante a fase S), donde resultam cromossomas constituídos por dois cromatídios iguais.

Prófase I
 É a etapa mais longa da meiose, em que ocorre a maior condensação dos cromossomas, que ficam mais curtos e enrolados;
 Inicio da formação do fuso acromático, desagregação do invólucro nuclear e do nucléolo;
 União dos cromossomas homólogos;
 Trocas de segmentos entre cromossomas homólogos (crossing-over).

Metáfase I
 Os cromossomas unem-se através dos centrómeros ao fuso acromático;
 Alinhamento dos cromossomas homólogos na zona equatorial.
Anáfase I
 Separação aleatória dos cromossomas homólogos;
 Após a separação, um cromossoma de cada par de homólogos migra para um dos polos da célula.

Telófase I e Citocinese
 Descondensação dos cromossomas;
 Desaparecimento do fuso acromático e formação de um invólucro nuclear à volta de cada um dos núcleos.

Prófase II
 Condensação dos cromossomas;
 Inicio da formação do fuso acromático;
 Desaparecimento do invólucro nuclear.

Metáfase II
 Alinhamento dos cromossomas, cada um constituído por dois cromatídios, na zona equatorial.

Anáfase II
 Separação dos cromatídios constituintes de cada cromossoma e migração para polos opostos.

Telófase II
 Desaparecimento do fuso acromático;
 Formação de um invólucro nuclear;
 Constrição na zona equatorial do citoplasma e individualização das células-filhas.

Na etapa de prófase I, os cromossomas homólogos estão próximos, unidos por pontos de quiasma, podendo ocorrer nestas zonas trocas de material
genético.
A troca de material genético entre cromossomas homólogos denomina-se por crossing-over. Este fenómeno é essencial para criar novas
combinações de informação genética.
Após os gâmetas se terem formado pode ocorrer a fecundação, que consiste na fusão de um gâmeta feminino com um masculino e na reposição da
diploidia.

CICLOS DE VIDA

Nos seres que se reproduzem sexuadamente o ciclo de vida é marcado por dois acontecimentos: a meiose e a fecundação. Estes dois fenómenos
promovem a alternância de fases nucleares:

 Haplófase – tem inicio da meiose, para formação das células reprodutoras, com n cromossomas. Termina imediatamente antes da fecundação.
 Diplófase – inicia-se com a fecundação formando células diploides, com 2n cromossomas, e termina com a meiose.

Ciclo de vida haplonte:


 Organismos haploides (protistas e fungos);
 O organismo adulto é haploide;
 O zigoto, que é a única célula diploide, sofre meiose (Pós-Zigótica) para produzir células haploides – os esporos.

Ciclo de vida haplodiplonte:


 Organismos haplodiplontes (muitas plantas);
 Alternância de fases nucleares – haplófase e diplófase – e de gerações – esporófita e gametófita;
 Meiose pré-espórica formando-se esporos haploides;
 Da germinação do esporo e da sua divisão por mitoses resulta o gametófito, a partir do qual se formam os gametângios que, por sua vez,
originarão os gametas;
 O organismo adulto é diploide.

Ciclo de vida diplonte:


 Organismos diplontes (animais e algumas plantas);
 Meiose pré-gamética;
 Os gâmetas são as únicas células haploides;
 A formação do organismo envolve mitoses sucessivas do zigoto.

UNICELULARIDADE E MULTICELULARIDADE

Os organismos eucariontes formam-se a partir dos procariontes:

A célula é a unidade básica estrutural e funcional de todos os organismos, podendo ser classificada em procariótica e eucariótica.
Por interpretação de registos fósseis e observação dos organismos procariontes, foi permitido inferir que as células procarióticas são as mais
primitivas e por evolução terão originado as eucarióticas.
Existem dois modelos explicativos para a origem das células eucarióticas: modelo autogénico e endossimbiótico.

O Modelo Autogénico explica que a membrana celular por invaginações formou um invólucro nuclear (que individualizaria o núcleo) e um
conjunto de sistemas endomembranares.
Alguns fragmentos de DNA poderiam ter abandonado o núcleo e alojar-se nos sistemas membranares, originando organitos como as mitocôndrias
e os cloroplastos. Segundo este modelo todo o DNA da célula tem uma origem comum.

Para o Modelo Endossimbiótico, o invólucro nuclear e os sistemas endomembranares também se originaram a partir de invaginações da
membrana celular. No entanto, considera que as mitocôndrias e os cloroplastos resultaram da incorporação de células procarióticas por outras células.
Este modelo é apoiado pelos seguintes argumentos:
 Os cloroplastos e as mitocôndrias possuem dimensões semelhantes aos procariontes atuais;
 Aqueles organitos possuem o seu próprio material genético;
 As mitocôndrias e os cloroplastos são capazes de sintetizar parte das proteínas;
 Existem muitos genes de origem bacteriana encontrados nos organismos eucariontes.

MECANISMOS DE EVOLUÇÃO
Fixismo vs Evolucionismo

As teorias explicativas da origem e diversidade dos organismos dividem-se em dois grandes grupos:

 Fixistas – defendem que os organismos não sofreram evolução após a sua formação.
 Evolucionistas – têm por base a evolução dos seres vivos ao longo da história da Terra.

Seleção natural, artificial e variabilidade como mecanismos de evolução

Lamarck e Darwin foram dois famosos evolucionistas que explicaram de forma diferente o mecanismo através do qual os organismos evoluíram ao
longo do tempo.

O mecanismo de evolução de Lamarck baseou-se nas seguintes leis:


 Lei do uso e do desuso – o uso de um dado órgão leva ao seu desenvolvimento e o desuso pode conduzir ao seu atrofiamento e ao seu eventual
desaparecimento;
 Lei da herança dos carateres adquiridos – todas as alterações resultantes do uso e do desuso dos órgãos são transmitidas à descendência.

Segundo Lamarck é pela ação do ambiente que as espécies evoluem e adquirem as características essenciais para se adaptarem ao meio ambiente.

Os fundamentos em que Darwin se baseou para a construção da sua teoria sobre a origem e evolução das espécies são:

 Biogeográficos – o mesmo animal é diferente de local para local, distiguindo-se pelos aspetos morfológicos e hábitos alimentares.
 Geológicos – apresentou a Lei do Uniformitarismo – onde os fenómenos geológicos atuaram ao longo da história da Terra de forma lenta e
gradual.
 Económicos e sociais – seleção natural: a população humana tende a crescer exponencialmente enquanto os recursos, neste caso alimentos,
crescem aritmeticamente. Isto leva a uma excedente populacional e a escassez de alimento. A seleção promoveria a eliminação dos indivíduos com
menos recursos.
 Seleção artificial – seleção efetuada pelo Homem, que tem por base interesses económicos ou práticos.
 Seleção natural – apenas os mais aptos sobreviverão em determinado ambiente e sobre determinadas condições.
Argumentos a favor do Evolucionismo:

Existem diversos argumentos a favor do evolucionismo, que se completam e por isso devem ser estudados de uma forma global:

 Paleontologia – a existência de fósseis de organismos que não habitam atualmente o nosso planeta.
 Biogeografia – espécies que vivem próximas e no mesmo ambiente apresentam características muito semelhantes, pelo contrário, organismos
que vivem em locais distantes apresentam características diferentes.
 Embriologia – o estudo dos embriões de várias espécies permitiu detetar semelhanças, principalmente nas primeiras fases de desenvolvimento
embrionário, assim como observar a existência de estruturas comuns em embriões de diferentes espécies.
 Bioquímica – existe uma unidade ao nível molecular nos organismos vivos, que são constituídos pelas mesmas macromoléculas.
 Anatomia comparada – estudos de anatomia revelaram que animais muito diferentes têm sistemas anatómicos morfologicamente idênticos,
o que apoia a evolução dos organismos a partir de um ancestral comum:

Órgãos homólogos – órgãos com estruturas semelhantes, a mesma sequencia e origem embrionária semelhantes;
Órgãos análogos – órgãos com funções idênticas (asas) mas que são anatomicamente diferentes e com origem embrionária muito díspar.
Fenómenos de divergência – a adaptação a diferentes ambientes implicou uma diversidade funcional. Assim, as estruturas foram sendo adaptadas
para diferentes funções.
Fenómenos de convergência – os órgãos desempenham uma função idêntica em ambientes semelhantes.

Neodarwinismo ou teoria da sintética da evolução

Consiste na reformulação do Darwinismo tendo por base os conhecimentos de biologia molecular, de modo a combinar as causas da variabilidade
com a seleção natural.
As populações são consideradas unidades evolutivas e existem diversos fatores responsáveis pela variabilidade.

 Seleção natural – nas populações apenas alguns organismos sobrevivem e reproduzem-se num determinado ambiente. Este processo de
seleção natural e reprodução diferencial causa alterações no fundo genético das populações e, consequentemente, evolução.
 Mutações – a ocorrência de mutações nos seres pode alterar o genoma do organismo e introduzir novas combinações de genes no fundo
genético das populações.
 Deriva genética - os fenómenos naturais podem ser responsáveis pela diminuição do tamanho de uma população. Neste caso, o fundo genético
da população fica muito reduzido e restrito aos indivíduos sobreviventes.
 Seleção artificial – o homem promove a seleção artificial com fins económicos ou recreativos, com impactes no ambiente, pois pode selecionar
características que não são as mais aptas para um determinado ambiente e alterar o fundo genético das populações.

SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO

 Práticos – os organismos são agrupados de acordo com o seu interesse e utilidade para o Homem;
 Racionais – tendo por base características morfológicas, anatómicas e fisiológicas inerentes aos organismos;
 Horizontais – não têm em conta a evolução dos organismos nem o fator tempo e podem ser:

Artificais Naturais
(baixo numero de características) (elevando numero de características)

 Verticais – baseiam-se no agrupamento dos organismos de acordo com as suas relações evolutivas. Estas classificações verticais também podem
ser denominadas por filogenéticas ou evolutivas.

As árvores filogenéticas ilustram uma perspetiva filogenética de evolução a partir de um ancestral comum.
Atualmente, existem duas escolas principais de classificação: a fenética (horizontal) e a filética (vertical).
Sistema de classificação fenético – os crocodilos são agrupados com as cobras, lagartos e tartarugas, sendo as aves colocadas em separado. Esta
classificação baseia-se no facto dos crocodilos apresentarem mais características fenotípicas semelhantes às cobras e lagartos do que às aves.

Sistema de classificação filético – os estudos de paleontologia e de anatomia evidenciam que aves e crocodilos partilham um ancestral comum.

Critérios na classificação dos seres vivos

 Morfologia – fatores como a presença de órgãos análogos e fases de desenvolvimento com características
muito diferentes;
 Estratégia nutritiva – organismos heterotróficos ou autotróficos;
 Simetria corporal – ausência ou presença de planos de simetria corporal;
 Bioquímica – análise comparativa da composição química dos organismos (ex.: ácidos nucleicos e proteínas)
 Cariologia – número e estrutura dos cromossomas;
 Citologia – organização estrutural das células constituintes dos organismos (unicelular/multicelular; eucarióticas/procarióticas);
 Embriologia – semelhanças durante o desenvolvimento embrionário;
 Estratégia reprodutiva – assexuada ou sexuada.

Taxonomia e nomenclatura

Lineu, no seu sistema de classificação, organizou os organismos em grupos hierárquicos – taxa:

Orde Famili Géner Espéci


Reino Filo Classe
m a o e
Regras básicas da nomenclatura científica

Cada espécie apresenta nomenclatura binominal, ou seja, é designada por dois termos em latim:
Canis lupos
Espécie

Género Restritivo Específico

SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO DE WHITTAKER

Em 1969, Whittaker propôs a divisão dos seres vivos em cindo reinos. O sistema de classificação de Whittaker tem subjacente três critérios:
 Nível de organização celular – diferencia as células procarióticas das eucarióticas e a unicelularidade da multicelularidade.
 Modo de nutrição – baseia-se no modo como o organismo obtém o alimento.
 Interações nos ecossistemas – diz respeito às relações alimentares que o organismo estabelece com os restantes organismos no ecossistema.
Deste modo, os organismos podem ser classificados como: produtores, macroconsumidores ou microconsumidores.

Características dos Reinos


Reinos Monera Protista Fungi Animalia Plantae
Tipo Eucariótica, Eucatiótica e Eucariótica com
de Procariótica Eucariótica com parede ausência de parede celular
célula celular parede celular
Organizaçã Unicelulares Unicelulares Multicelular Multicelulares Multicelulares
o celular ou
multicelulare
s
Autotróficos Autotróficos
Modo (fotossíntese e (fotossíntese
quimiossíntes ) ou Heterotróficos Heterotróficos Autotróficos
de e) ou heterotrófico (absorção) (ingestão) (fotossíntese)
nutrição heterotróficos s (absorção
(absorção) ou ingestão)
Produtores ou Produtores,
Interações Microconsumi microconsu Microconsumi Macroconsum
nos dores midores ou dores idores Produtores
ecossistem macroconsu
as midores
Algas Bolores Água Musgo
Exemplo Bactérias Cogumelos Cão Fetos
Paramécias Leveduras Tubarão Plantas com flor

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