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PORTUGUÊS INSTRUMENTAL U N I D A D E 2
LEITURA E PRODUÇÃO
TEXTUAL
A leitura surgiu
da necessidade
humana e muito O seu processo de evolução aconteceu
à medida que as práticas humanas
história da
humanidade ,
a leitura também tem sua própria história
e evolução ao longo dos tempos.
Da Antiguidade
até a Idade
atividade para uma elite erudita.
Século
Europa - publicação de romances a baixo
custo e jornais contendo folhetins literários.
Século
mulheres ganham acesso
à leitura e à escola.
Século
Cultura de massa.
A compreensão do conceito de leitura supera
a ideia de decodificação de letras e palavras (o
código escrito). A habilidade que a leitura exige
não é somente identificar e reconhecer sílabas
ou palavras (signos linguísticos) isoladamente,
mas atribuir significado àquilo que é lido.
1234
O Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa define leitura como:
um processo de interlocução
entre leitor/autor
mediado pelo texto.
É uma espécie
de encontro
com o autor,
que está ausente, mas
mediado pela palavra escrita.
Ler
é sempre
construção.
uma
Lemos a partir de
A leitura não está nossa história de vida,
determinada diretamente
das experiências, dos
pelos signos, nem por
seu suporte. conhecimentos que
possuímos etc.
s
A atividade leitora,
l i v r o
como conhecemos
d o s
hoje, exige dos leitores
conhecimentos,
muitas vezes, que vão
A leitura suscita
Segundo Bambergur
(2002), a necessidade de
familiarizar-se com
o mundo, enriquecer
as próprias ideias e ter
experiências intelectuais,
e o resultado é a formação
de uma filosofia da vida,
compreensão do mundo
que nos rodeia
Exercício crativo Exercício Constante
Exercício Reflexivo
Gráficos, estatísticas, desenhos geométricos,
Ler o mundo
pinturas, desenhos e outras manifestações
artísticas, as formas de expressão formais
e coloquiais - tudo deve ser lido e tem
significa mais
códigos e símbolos específicos
de decifração.”
a atualidade,
transformou-se
e transformou o leitor O SEGUNDO
está relacionado aos tipos e estruturas textuais,
construa
daí a importância do conhecimento de gêneros
a sociedade. textuais.
do texto.
está relacionado ao conhecimento adquirido ao
na continuidade da leitura daquela”, ten-
longo da vida, o qual colabora nas inferências
do como objetivo ler o mundo, que signifi- e compreensão de pressupostos, fazendo com
ca compreender a realidade que nos cer- que o leitor perceba as pistas deixadas pelo au-
ca, mediada não apenas pela palavra, mas tor, preenchendo as lacunas e tornando o texto
por objetos, pessoas, gestos e imagens. (pluris)significativo.
adquirir
informar conhecimento
A leitura apresenta vários
objetivos, dentre eles:
entreter
A maneira que lemos o texto depende
diretamente do seu propósito, um texto
informativo, como um artigo científico
ou uma notícia de jornal não é lido da
mesma maneira que uma revista em
quadrinhos ou um poema, por exemplo.
A leitura apresenta tipos e níveis diferentes e obedece a certos procedimentos fundamentais
para a sua compreensão. Vejamos a seguir quais são.
Níveis de Leitura de um Texto
Considerando que não lemos os textos da mesma
maneira, é importante conhecer e identificar os níveis,
as fases e os tipos de leitura.
Os níveis de leitura de um texto, segundo Medeiros
(2004) são:
José Saramago
Compreenssã
TEXTUAL
3
A capacidade de ler e de compreender
o texto é imprescindível para o envol-
vimento na atividade de leitura. Porém,
os textos nunca dizem tudo, dependem
também do trabalho interpretativo do
leitor; o que não significa dizer que ele
possa atribuir qualquer sentido ao que
lê. Na leitura de alguns textos, basta ler
algumas partes buscando a informação
necessária para encontrá-la; já outros
precisam ser lidos várias vezes.
Não podemos dissociar a leitura da escrita, pois essa é resultado daquela.
Vejamos o que Mattoso Câmara diz sobre o processo da escrita:
A arte
escrever
de
MatToso Câmara
Há, portanto, uma arte de escrever - que é a reda-
ção. Não é uma prerrogativa dos literatos, senão
uma atividade social indispensável, para a qual
falta, não obstante, muitas vezes, uma preparação
preliminar.
DECO
Gostos
DIFICA
SEMÂNTICA
Ativação de conhecimentos prévios
Localização e comparação de
ÇÃO
informações
Aquisição de vocabulários
Predição de conteúdos
Inferências locais e globais
Checagem de hipóteses
Generalizações
Uma estratégia é um amplo esquema de obter, avaliar
A LEITURA
não é um ato mecânico
e sim um processo ativo.
A mente filtra as informações recebidas, interpreta essas informações
e seleciona aquelas que são consideradas relevantes. O que se fixa em
nossa mente é o significado geral do texto. E o processo de compreensão
textual considera muitos fatores.
Segundo Mateus (2009),
o domínio da leitura A compreensão mas esse significado não está
no texto e, portanto, não pode
mecânica (reconhecer as
palavras escritas) é um
exige interpretar ser extraído diretamente dele.
É o leitor quem deve construir
meio. O fim ou objetivo da
leitura é compreender: poder
ou atribuir o significado na interação ou
e procedimentos de leitura,
muito comuns no meio acadêmico, que nos
auxiliarão no processo de leitura. Com isso não se
pretende apresentar uma receita para desenvolver
o hábito da leitura, mas mecanismos que facilitem
essa atividade.
MAPA CONCEITUAL 5
É um diagrama que indica as relações
significativas entre os conceitos de um
conteúdo/tema/assunto. Permite orga-
nizar o conhecimento; organizar hierar-
quicamente os conteúdos e identificar a
estrutura do texto.
representar
Segundo Joseph Novak e organizar
o conhecimento
é uma ferramenta para
são delimitam a construção de
proposições requisitos
para
mapas conceituais
representam
perguntas
formam relações entre
são aparecem
representadas em
por
determinam
conceitos caixas
CONCEITO 1 conectam-se
em geral, são
representados por
através de
FRASE DE LIGAÇÃO
CONCEITO 2 verbos frases de ligação substantivos
Anotar os principais termos ou conceitos acerca do tópico;
COMO
Identificar os conceitos mais gerais, os intermédios e os
específicos;
UM MAPA
colocar os conceitos intermédios abaixo do geral e os
específicos abaixo dos intermédios.
CONCEITO
(menos
inclusivos)
Palavras de ligação
???
GERAL Conceitos
específicos
(menos
inclusivos)
Exemplos
???
???
Uma vez concluído, um mapa de concei-
tos é uma representação visual gráfica
de como o seu autor pensa acerca de
qualquer assunto ou tópico os mapas
de conceitos constituem um excelente
recurso para explorar e valorizar o que
os alunos já sabem.
Sublinhar
é uma técnica que consiste em
ressaltar as ideias principais de um
texto, sendo base para a elaboração
de esquemas e resumos. Para que
se processe a técnica de sublinhar,
alguns procedimentos devem ser
adotados.
Costuma-se sublinhar uma pa-
lavra ou expressão quando se
quer chamar a atenção do leitor
para aquele trecho ou para enfa-
tizar um termo ou frase. Usa-se,
também, para se referir a algum
termo que está sendo usado de
maneira inadequada ou pouco
adequada etc.
unidade
de pensamento.
Por isso, sublinhar com traços verticais às
margens, usar cores e marcas diversas para
cada parte importante analisada contribui
para uma boa leitura.
O desenvolvimento da técnica de sublinhar passa por algumas etapas,
então algumas noções básicas de sublinhar são essenciais, conforme mostramos à seguir:
A primeira leitura serve para a compreensão do assunto e
como forma de esclarecimento das dúvidas que surgiram
na leitura, nesta fase é preferível não sublinhar, no entanto
se ideias importantes foram encontradas, coloque à
margem um sinal convencional: “x”, “*”, “(.)”, “I” etc.
Reler o texto e identificar a ideia principal, os detalhes
importantes, os termos técnicos, as definições, as
classificações, as provas;
O leitor deve habituar-se a sublinhar depois que releu
um ou dois parágrafos, para saber exatamente o que
irá sublinhar. Usar como ajuda, os sinais colocados
à margem, para escolher o que sublinhar com mais
segurança;
Sublinhar as ideias centrais, utilizando dois traços para as
palavras-chaves e um para os detalhes mais importantes;
Nos tópicos mais importantes deve-se assinalar,
à margem do texto, com uma linha vertical. E nos
argumentos discutíveis deve-se assinalar um ponto de
interrogação, também a beira do texto;
Cada palavra não compreendida deve-se consultar o
dicionário e, se necessário anotar o significado para
melhor entendimento do texto;
Ler o que foi sublinhado, para verificar se há sentido.
Assim cada parágrafo deve ser reescrito a partir das
palavras destacadas;
E por fim, deve-se reconstruir o texto, em forma de
esquema ou resumo, baseando-se nas palavras
sublinhadas.
sublinhar
Técnicas para
TRAÇO
VERTICAL
para trechos importantes e dois traços
verticais para os importantíssimos.
comparando-se
E para analisar se a técnica teve
uma leitura
texto
eficiência desejada, é recomendado
NO FINAL DO o
trabalho
original
FAZER com o que foi sublinhado
7 ESQUEMATIZAR
O esquema é a apresentação da linha dire-
triz seguida pelo autor para apresentar suas
ideias. Ele delimita um tema e mostra a traje-
tória usada para a exposição do conjunto de
argumentos, hierarquizando as partes e pro-
porcionando uma visão globalizada do texto.
Para Rauen,
esquema é um tipo de
produção textual que explicita
a linha diretriz do autor de um
documento de base.
Assim, esquema é a
apresentação do texto, Sua finalidade
colocando em destaque
os elementos de maior é difundir mais
importância.
amplamente as
informações Utiliza-se o esquema
como meio facilitador
facilitando para para a memorização e a
explicação do texto, usam-
o leitor sua se muito pra tal feito linhas,
setas, círculos colchetes,
compreensão. entre símbolos diversos.
Características
do esquema
Na elaboração de
esquemas, para que não
fujam de seu projeto
principal que é simplificar
ao leitor a compreensão
do texto, algumas
características devem ser
ressaltadas e observadas.
Segundo Salomon:
Fidelidade ao Estrutura Adequação Utilidade de Cunho pessoal:
texto original: lógica do ao assunto seu emprego: cada pessoa
deve conter assunto: partir estudado e o esquema tem seu próprio
as ideias do sempre da funcionalidade: deve facilitar jeito de fazer
autor, sem ideia principal, o esquema deve a pesquisa esquemas,
modificação depois ser flexível, assim como portanto, um
ou pontos para seus adaptado sua revisão, esquema feito
de vistas respectivos ao tipo de deixando em por alguma
pessoais; detalhes; matéria a ser evidencias seus pessoa
estudada. Os pontos chaves; raramente ira
assuntos mais servir á outra.
profundos com
mais detalhes
e os mais
fáceis apenas
com palavras
chaves;
a) Captar a estrutura da exposição do
Elaboração de esquema autor quer se trate de um livro, de uma
para indicar: “produz”, “de-
seção, de um capítulo. Pode-se obter o
corre”, “por conseguinte”,
Existem várias maneiras para ela- esboço inicial a partir dos títulos, subtí-
“conduz a”, “resulta” etc.
boração de um esquema. Porém, tulos e das epigrafes. Estas funcionam
é necessário que o esquema ex- como guias e indicadores. Ex.: grupo minoritário
presse palavras que contém a ideia marginalização;
b) Colocar os títulos mais gerais numa
principal.
margem e os subtítulos e divisões nas
colunas subsequentes e assim suces-
Um esquema deve estar de acordo
sivamente, caminhando da esquerda para indicar sexo masculi-
com a realidade. Deve-se sinteti-
para a direita. no – homem, macho, meni-
zar o tema e não modificá-lo, de-
no, moço;
senvolvendo o esquema de acordo c) Utilizar o sistema de numeração
com o tema. progressiva (1, 1,1, 1,2, 1.2.1, 2 etc.) ou
convencionar o uso de algarismos ro-
Enfim, para elaboração de um es- manos, letras maiúsculas, minúsculas, para indicar sexo feminino
quema, são necessárias várias lei- números, etc., para indicar as divisões – mulher, fêmea, menina,
turas do tema. Destas leituras pre- e subdivisões sucessivas. moça;
cisa-se marcar um ponto de partida,
destacar a ideia principal e seguir d) Usar alguns símbolos convencionais
uma linha de fatos ligados entre si. e convencionar abreviaturas para pou-
Estes fatos devem conter as ex- par tempo e facilitar a captação rápida para indicar sujeito – indi-
pressões principais. das ideias. Por exemplo: víduo, sujeito, pessoa etc.
Exemplo de
Es que ma
“O planejamento é a primeira função administrativa, exata-
mente, porque sem planejamento não se pratica adminis-
tração. Portanto, o planejamento é a base que norteia todo
o processo administrativo. É uma técnica que visa tomar
decisões antecipadas de ocorrências futuras e traçar um
programa de ação. Quem planeja tem maior probabilidade
de alcançar os objetivos, porque define a melhor estraté-
gia de ação. Quem não planeja, evidentemente, tem menor
probabilidade de atingir sua finalidade, ou seja, estará pla-
nejando o fracasso. Planejamento é “o modelo teórico para
a ação futura. Visa dar condições racionais para que se or-
ganize e dirija o sistema a partir de certas hipóteses acer-
ca da realidade atual e futura” (CHIAVENATO, 2006). É um
processo em que, interpretando-se os fatos, determina-se
com segurança uma linha de ação futura com a indicação
de objetivos a serem alcançados, inclusive, a previsão das
diversas etapas de execução”.
Planejar é:
Levantamento da situação A fim de se obter:
atual; Maior eficiência;
Estabelecer o que se deseja Maior exatidão e determinação;
mudar;
Maiores e melhores resultados;
Organizar a ação futura.
Maximização dos esforços e redução dos gastos
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O resumo compreende uma condensação do tex-
to e apresenta, de maneira sucinta, os principais
elementos do conteúdo. O resumo é diferente
do esquema porque compreende parágrafos de
sentido completo. A leitura do resumo dispensa
a do texto original pois não é um indicativo de
tópicos mas uma síntese do todo.
Para elaborar um resumo, podemos seguir as seguintes regras:
ResumIR
só após ler e compreender todo o texto.
breve
SER
E OBJETIVO
após
Só fazer o resumo
rever o que
sublinhou e anotou
sobre o texto.
ASPAS
USAR
conhecimento independência
completo da capacidade de juízo
obra competência de juízo
na matéria de valor correção
e urbanidade
fidelidade ao pensamento do autor.
Expor o conteúdo da obra para posteriormente
desenvolver uma apreciação crítica do conte-
údo, da disposição das partes, formulando um
conceito do livro. A apreciação crítica consiste
na capacidade de relacionar os elementos do
texto lido com outros textos, autores e ideias
sobre o tema em questão.
A introdução: apresentar o assunto demonstrando a
importância da abordagem e os autores que serão
utilizados como apoio nas análises;