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PORTUGUÊS

PORTUGUÊS INSTRUMENTAL U N I D A D E 2
LEITURA E PRODUÇÃO
TEXTUAL
A leitura surgiu
da necessidade
humana e muito O seu processo de evolução aconteceu
à medida que as práticas humanas

antes do livro. foram se desenvolvendo


e se modificando.
Sempre muito próxima da escrita
e como tudo o que diz respeito à

história da
humanidade ,
a leitura também tem sua própria história
e evolução ao longo dos tempos.
Da Antiguidade
até a Idade
atividade para uma elite erudita.
Século
Europa - publicação de romances a baixo
custo e jornais contendo folhetins literários.
Século
mulheres ganham acesso
à leitura e à escola.
Século
Cultura de massa.
A compreensão do conceito de leitura supera
a ideia de decodificação de letras e palavras (o
código escrito). A habilidade que a leitura exige
não é somente identificar e reconhecer sílabas
ou palavras (signos linguísticos) isoladamente,
mas atribuir significado àquilo que é lido.
1234
O Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa define leitura como:

ato de decifrar signos ação de tomar maneira de ato de decifrar qualquer


gráficos que traduzem conhecimento do compreender, notação; o resultado
a linguagem oral; conteúdo de um texto de interpretar um desse ato.
arte de ler. escrito, para se distrair texto, uma mensagem,
ou se informar. um acontecimento.
Porém, para que compreendamos o
que é leitura, precisamos ir além do seu
sentido dicionarizado. Por isso, vamos
buscar a definição apresentada por
Lajolo (1982), que afirma:
LER
não é decifrar
como num jogo de adivinhações,
o sentido de um texto.
É a partir do texto, ser capaz de
atribuir-lhe significado, conse-
guir relacioná-lo a todos os ou-
tros textos significativos para
cada um, reconhecer nele o tipo
de leitura que seu autor preten-
dia e, dono da própria vontade,
entregar-se a esta leitura, ou
rebelar-se contra ela, propon-
do outra não prevista.
Assim, segundo a autora, a leitura é

um processo de interlocução
entre leitor/autor
mediado pelo texto.
É uma espécie
de encontro
com o autor,
que está ausente, mas
mediado pela palavra escrita.
Ler
é sempre
construção.
uma
Lemos a partir de
A leitura não está nossa história de vida,
determinada diretamente
das experiências, dos
pelos signos, nem por
seu suporte. conhecimentos que
possuímos etc.

Ela é a forma como se interpreta um


conjunto de informações (presentes
em um livro, uma notícia de jornal, etc.)
ou um determinado acontecimento.
al é m
e que ajudam a
compreender os textos.

s
A atividade leitora,

l i v r o
como conhecemos

d o s
hoje, exige dos leitores
conhecimentos,
muitas vezes, que vão
A leitura suscita
Segundo Bambergur
(2002), a necessidade de
familiarizar-se com
o mundo, enriquecer
as próprias ideias e ter
experiências intelectuais,
e o resultado é a formação
de uma filosofia da vida,
compreensão do mundo
que nos rodeia
Exercício crativo Exercício Constante

Exercício Reflexivo
Gráficos, estatísticas, desenhos geométricos,

Ler o mundo
pinturas, desenhos e outras manifestações
artísticas, as formas de expressão formais
e coloquiais - tudo deve ser lido e tem

significa mais
códigos e símbolos específicos
de decifração.”

do que ser capaz


de ler um texto. (Nova escola, edição 143).

É necessário aprender outras linguagens


além da escrita.
A leitura é uma prática que sofreu e sofre grandes mudanças.
Para Kleiman (2012),
O PRIMEIRO
Desde seus tanto o conhecimento linguístico, quanto
refere-se às palavras, aos sintagmas e às

primórdios até o textual e o de mundo são indispensáveis


para que
estruturas frasais.

a atualidade,
transformou-se
e transformou o leitor O SEGUNDO
está relacionado aos tipos e estruturas textuais,

construa
daí a importância do conhecimento de gêneros
a sociedade. textuais.

Paulo Freire (1989)


defende que “A leitura do mundo precede a
leitura da palavra e a leitura desta implica
o sentido O TERCEIRO

do texto.
está relacionado ao conhecimento adquirido ao
na continuidade da leitura daquela”, ten-
longo da vida, o qual colabora nas inferências
do como objetivo ler o mundo, que signifi- e compreensão de pressupostos, fazendo com
ca compreender a realidade que nos cer- que o leitor perceba as pistas deixadas pelo au-
ca, mediada não apenas pela palavra, mas tor, preenchendo as lacunas e tornando o texto
por objetos, pessoas, gestos e imagens. (pluris)significativo.
adquirir
informar conhecimento
A leitura apresenta vários
objetivos, dentre eles:

entreter
A maneira que lemos o texto depende
diretamente do seu propósito, um texto
informativo, como um artigo científico
ou uma notícia de jornal não é lido da
mesma maneira que uma revista em
quadrinhos ou um poema, por exemplo.
A leitura apresenta tipos e níveis diferentes e obedece a certos procedimentos fundamentais
para a sua compreensão. Vejamos a seguir quais são.
Níveis de Leitura de um Texto
Considerando que não lemos os textos da mesma
maneira, é importante conhecer e identificar os níveis,
as fases e os tipos de leitura.
Os níveis de leitura de um texto, segundo Medeiros
(2004) são:

Elementar: leitura básica ou inicial. Ao leitor cabe


reconhecer cada palavra de uma página. Leitor que
dispõe de treinamento básico e adquiriu rudimentos
da arte de ler;
Inspecional: caracteriza-se pelo tempo estabelecido
para a leitura. Arte de folhear sistematicamente;
Analítico: é minuciosa, completa, a melhor que o leitor
é capaz de fazer. É ativa em grau elevado. Tem em
vista principalmente o entendimento;
Sinóptico: leitura comparativa de quem lê muitos livros,
correlacionando-os entre si. Nível ativo e laborioso de
leitura.
Fases da Leitura
Segundo Andrade (1999), as fases da leitura são:
Leitura de reconhecimento ou pré-leitura: também classificada por ou-
tros autores como leitura prévia ou de contato, tem como finalidade dar
uma visão global do assunto, ao mesmo tempo em que permite ao leitor
verificar a existência ou não de informações úteis para o seu objetivo es-
pecífico; trata-se de uma leitura rápida, “por alto”, apenas para permitir
um primeiro contato com o texto;
Leitura seletiva: o objetivo é a seleção de informações mais importantes
e que interessam à elaboração do trabalho em perspectiva;
Leitura crítica ou reflexiva: leitura de análise e avaliação das informações
e das intenções do autor. A reflexão se dá por meio da análise, compara-
ção e julgamento das ideias contidas no texto;
Leitura interpretativa: é a mais completa, é o estudo aprofundado das
ideias principais, onde se procura saber o que realmente o autor afirma,
quais os dados e informações ele oferece, além de correlacionar as afir-
mações do autor com os problemas em questão
Etapas de Análise
Não podemos ter o mesmo olhar para a compreensão de um
texto. As etapas de análise, de acordo com Severino (2002), são:

Análise textual: esta é a primeira abordagem do texto com vistas


à preparação da leitura. Uma espécie de primeira leitura do texto,
buscando uma visão panorâmica, o que permite ao leitor sentir
o estilo de escrita do autor e a estrutura do texto. Nessa etapa, é
preciso que o leitor busque esclarecimentos para melhor com-
preensão do texto:

a) dados a respeito do autor do texto (busca que fornecerá


elementos úteis para uma elucidação das ideias expostas no
texto);
b) estudo do vocabulário (levantamento dos conceitos e dos
termos fundamentais para a compreensão do texto);
c) esquematização do texto (que permitirá apresentar uma visão
do conjunto da unidade); e
d) resumo do texto com as ideias mais relevantes;
Análise interpretativa: interpretar, em sentido restrito, é tomar uma
posição própria a respeito das ideias enunciadas, é ler nas entre-
linhas. Nessa etapa, que é a mais difícil e delicada, o leitor deve:

a) situar o texto no contexto da vida e da obra do autor, assim


como no contexto da cultura de sua especialidade, tanto do pon-
to de vista histórico, quando do ponto de vista teórico;
b) associar as ideias do autor com outras ideias relacionadas à
mesma temática;
c) exercer uma atitude crítica diante das posições do autor em
termos de validade dos argumentos empregados, originalida-
de do tratamento dado ao problema que está sendo discutido,
profundidade da análise do tema, alcance de suas conclusões e
consequências e apreciação e juízo pessoal das ideias defendi-
das. Essa estratégia é também chamada de leitura crítica;
d) problematização: trata-se da discussão do texto; é o levanta-
mento e debate de questões explícitas ou implícitas no texto;
e) síntese pessoal: é a reelaboração da mensagem com base na
reflexão pessoal.
Análise temática: é a etapa em que se procura ouvir o autor,
apreender, sem intervir ele, o conteúdo da mensagem. É aqui que
fazemos uma série de perguntas ao texto, como: de que fala o
texto? como o texto está problematizado? qual dificuldade deve
ser resolvida? qual problema a ser solucionado? como o autor
responde à dificuldade, ao problema levantado? que ideias para-
lelas (secundárias) são apresentadas ao tema central?
Antes do interesse pela escrita, há
um outro: o interesse pela leitura.
E mal vão as coisas quando só se
pensa no primeiro, se antes não se
consolidou o gosto pelo segundo.
Sem ler ninguém escreve.

José Saramago
Compreenssã
TEXTUAL
3
A capacidade de ler e de compreender
o texto é imprescindível para o envol-
vimento na atividade de leitura. Porém,
os textos nunca dizem tudo, dependem
também do trabalho interpretativo do
leitor; o que não significa dizer que ele
possa atribuir qualquer sentido ao que
lê. Na leitura de alguns textos, basta ler
algumas partes buscando a informação
necessária para encontrá-la; já outros
precisam ser lidos várias vezes.
Não podemos dissociar a leitura da escrita, pois essa é resultado daquela.
Vejamos o que Mattoso Câmara diz sobre o processo da escrita:
A arte
escrever
de

MatToso Câmara
Há, portanto, uma arte de escrever - que é a reda-
ção. Não é uma prerrogativa dos literatos, senão
uma atividade social indispensável, para a qual
falta, não obstante, muitas vezes, uma preparação
preliminar.

A arte de falar, necessária à exposição oral, é mais


fácil na medida em que se beneficia da prática da
fala cotidiana, de cujos elementos parte em prin-
cípio.

O que há de comum, antes de tudo, entre a ex-


posição oral e a escrita é a necessidade da boa
composição, isto é, uma distribuição metódica
e compreensível de ideias.

Impõe-se igualmente a visualização de um obje-


tivo definido. Ninguém é capaz de escrever bem,
se não sabe bem o que vai escrever.

Justamente por causa disso, as condições para


a redação no exercício da vida profissional ou no
intercâmbio amplo dentro da sociedade são muito
diversas das da redação escolar. A convicção do
que vamos dizer, a importância que há em dizê-
-lo, o domínio de um assunto da nossa especia-
lidade tira à redação o caráter negativo de mero
exercício formal, como tem na escola.
Qualquer um de nós senhor de um assunto é, em
princípio, capaz de escrever sobre ele. Não há jei-
to especial para a redação, ao contrário do que
muita gente pensa. Há apenas uma falta de pre-
paração inicial, que o esforço e a prática vencem.

Por outro lado, a arte de escrever, na medida em


que consubstância a nossa capacidade de ex-
pressão do pensar e do sentir, tem de firmar ra-
ízes na nossa própria personalidade e decorre,
em grande parte, de um trabalho nosso para de-
senvolver a personalidade por este ângulo. [...]
A arte de escrever precisa assentar numa ativi-
dade preliminar já radicada, que parte do ensi-
no escolar e de um hábito de leitura inteligen-
temente conduzido, depende muito, portanto, de
nós mesmos, de uma disciplina mental adquirida
pela autocrítica e pela observação cuidadosa do
que outros com bom resultado escreveram.

CÂMARA JR, Joaquim Mattoso.


Manual de expressão oral & escrita. 7 ed. Petrópolis: Vozes, 1983.
Por isso é fundamental conhecer e fazer uso das
estratégias de leitura. Elas dizem respeito às for-
mas utilizadas pelo leitor para facilitar a compre-
ensão do texto. Assim, os procedimentos adota-
dos por cada um se diferenciam, uma vez que nem
todos assimilam conhecimento da mesma forma.
As dificuldades encontradas
por alguns leitores variam do na maioria das vezes, o leitor
cansaço ao tamanho e tipo da
fonte, passando pelo assunto,
ainda não encontrou um meio
horário e suporte, por exemplo. estratégico para promover sua
Isso ocorre porque,
leitura de maneira prática.
No processo de leitura, o leitor desem-
penha um trabalho ativo de construção
do significado do texto a partir de vá-
rios elementos, tais como: o que está
buscando nele, o conhecimento que já
possui a respeito do assunto, o autor e
o que já sabe sobre a língua e caracte-
rísticas do gênero, o portador ou o sis-
tema de escrita, por exemplo.
Se analisarmos a maneira como lemos,
vamos constatar que a

DECODIFICAÇÃO é apenas um dos procedimentos


que utilizamos para ler.
A leitura fluente sem elas,
envolve uma não é possível
série de outras alcançar rapidez
estratégias, e proficiência.
isto é, de
recursos para
construírem
significados:
OMPREENSÃ EPISÓDICA
História pessoal
Repertório

DECO
Gostos

DIFICA
SEMÂNTICA
Ativação de conhecimentos prévios
Localização e comparação de

ÇÃO
informações
Aquisição de vocabulários
Predição de conteúdos
Inferências locais e globais
Checagem de hipóteses
Generalizações
Uma estratégia é um amplo esquema de obter, avaliar

de leitura e utilizar informações.

Há estratégias de seleção, de antecipação, de


inferência (dedução) e de verificação.
Durante o processo de leitura, utilizamos várias estratégias sem
termos consciência disso. Só nos damos conta do que estamos Por isso é tão importante
fazendo se formos analisar com cuidado nosso processo de leitura,
como estamos fazendo ao longo desse texto. compreendermos que

A LEITURA
não é um ato mecânico
e sim um processo ativo.
A mente filtra as informações recebidas, interpreta essas informações
e seleciona aquelas que são consideradas relevantes. O que se fixa em
nossa mente é o significado geral do texto. E o processo de compreensão
textual considera muitos fatores.
Segundo Mateus (2009),
o domínio da leitura A compreensão mas esse significado não está
no texto e, portanto, não pode
mecânica (reconhecer as
palavras escritas) é um
exige interpretar ser extraído diretamente dele.
É o leitor quem deve construir
meio. O fim ou objetivo da
leitura é compreender: poder
ou atribuir o significado na interação ou

interpretar os conteúdos significado à no diálogo compartilhado com


o autor do texto.
transmitidos através dos
textos. Poder reconhecer e
informação
reproduzir as palavras de
um texto não equivale a
fornecida pelo
compreendê-lo. texto,
estratégias
Vamos agora conhecer algumas

e procedimentos de leitura,
muito comuns no meio acadêmico, que nos
auxiliarão no processo de leitura. Com isso não se
pretende apresentar uma receita para desenvolver
o hábito da leitura, mas mecanismos que facilitem
essa atividade.
MAPA CONCEITUAL 5
É um diagrama que indica as relações
significativas entre os conceitos de um
conteúdo/tema/assunto. Permite orga-
nizar o conhecimento; organizar hierar-
quicamente os conteúdos e identificar a
estrutura do texto.
representar
Segundo Joseph Novak e organizar
o conhecimento
é uma ferramenta para
são delimitam a construção de
proposições requisitos
para
mapas conceituais
representam
perguntas
formam relações entre
são aparecem
representadas em
por
determinam
conceitos caixas

CONCEITO 1 conectam-se
em geral, são
representados por
através de

FRASE DE LIGAÇÃO
CONCEITO 2 verbos frases de ligação substantivos
Anotar os principais termos ou conceitos acerca do tópico;

COMO
Identificar os conceitos mais gerais, os intermédios e os
específicos;

Começar a construir o mapa de conceitos:

ELABORAR os conceitos são contornados com um círculo (oval


ou outra forma);
localizar o conceito mais geral no topo;

UM MAPA
colocar os conceitos intermédios abaixo do geral e os
específicos abaixo dos intermédios.

Traçar as linhas de ligação entre os conceitos;

CONCEITUAL “Etiquetar” as linhas de ligação com as palavras de ligação


para indicar como os conceitos estão relacionados -
proposições;

Fazer a revisão do mapa.


???
Conceitos Exemplos
específicos

CONCEITO
(menos
inclusivos)

Palavras de ligação
???

GERAL Conceitos
específicos
(menos
inclusivos)
Exemplos
???

???
Uma vez concluído, um mapa de concei-
tos é uma representação visual gráfica
de como o seu autor pensa acerca de
qualquer assunto ou tópico os mapas
de conceitos constituem um excelente
recurso para explorar e valorizar o que
os alunos já sabem.
Sublinhar
é uma técnica que consiste em
ressaltar as ideias principais de um
texto, sendo base para a elaboração
de esquemas e resumos. Para que
se processe a técnica de sublinhar,
alguns procedimentos devem ser
adotados.
Costuma-se sublinhar uma pa-
lavra ou expressão quando se
quer chamar a atenção do leitor
para aquele trecho ou para enfa-
tizar um termo ou frase. Usa-se,
também, para se referir a algum
termo que está sendo usado de
maneira inadequada ou pouco
adequada etc.

Portanto, use o sublinhamento


com moderação, uma vez que,
se esse meio de marcar o texto
for muito utilizado, acaba esgo-
tando sua função. A leitura in-
formativa ou leitura de estudo,
através da técnica de sublinhar,
auxilia a aprender os conteúdos
e significados do texto.
O alicerce de toda aprendizagem é a ideia
fundamental contida em cada texto, capítulo,
subdivisão ou parágrafo. É necessário separar
os fatores textuais menos essenciais,
para não perder a

unidade
de pensamento.
Por isso, sublinhar com traços verticais às
margens, usar cores e marcas diversas para
cada parte importante analisada contribui
para uma boa leitura.
O desenvolvimento da técnica de sublinhar passa por algumas etapas,
então algumas noções básicas de sublinhar são essenciais, conforme mostramos à seguir:
A primeira leitura serve para a compreensão do assunto e
como forma de esclarecimento das dúvidas que surgiram
na leitura, nesta fase é preferível não sublinhar, no entanto
se ideias importantes foram encontradas, coloque à
margem um sinal convencional: “x”, “*”, “(.)”, “I” etc.
Reler o texto e identificar a ideia principal, os detalhes
importantes, os termos técnicos, as definições, as
classificações, as provas;
O leitor deve habituar-se a sublinhar depois que releu
um ou dois parágrafos, para saber exatamente o que
irá sublinhar. Usar como ajuda, os sinais colocados
à margem, para escolher o que sublinhar com mais
segurança;
Sublinhar as ideias centrais, utilizando dois traços para as
palavras-chaves e um para os detalhes mais importantes;
Nos tópicos mais importantes deve-se assinalar,
à margem do texto, com uma linha vertical. E nos
argumentos discutíveis deve-se assinalar um ponto de
interrogação, também a beira do texto;
Cada palavra não compreendida deve-se consultar o
dicionário e, se necessário anotar o significado para
melhor entendimento do texto;
Ler o que foi sublinhado, para verificar se há sentido.
Assim cada parágrafo deve ser reescrito a partir das
palavras destacadas;
E por fim, deve-se reconstruir o texto, em forma de
esquema ou resumo, baseando-se nas palavras
sublinhadas.
sublinhar
Técnicas para

Sublinhar é uma técnica


indispensável tanto para elaboração
de esquemas e resumos quanto
para destacar as ideias importantes
de um texto.
Para que se possam identificar estas ideias
importantes deve-se ter como requisito fun-
damental a compreensão do assunto, mas
para que a técnica de sublinhar seja real-
mente eficiente algumas normas devem ser
respeitadas. Para que a técnica tenha maior
utilidade e praticidade, há sugestões que po-
dem ser seguidas:
SUBLINHAR
com lápis preto macio (grafite),
para não danificar o texto;
SUBLINHAR
com dois traços as ideias principais e com
um traço as secundárias;
Dependendo do gosto pessoal, usa-se canetas, em várias cores,
podendo-se estabelecer um código particular:
IDEIAS PRINCIPAIS
DETALHES MAIS
IMPORTANTES
As anotações à margem do texto podem
ser feitas com um

TRAÇO
VERTICAL
para trechos importantes e dois traços
verticais para os importantíssimos.
comparando-se
E para analisar se a técnica teve

uma leitura
texto
eficiência desejada, é recomendado

NO FINAL DO o
trabalho
original
FAZER com o que foi sublinhado
7 ESQUEMATIZAR
O esquema é a apresentação da linha dire-
triz seguida pelo autor para apresentar suas
ideias. Ele delimita um tema e mostra a traje-
tória usada para a exposição do conjunto de
argumentos, hierarquizando as partes e pro-
porcionando uma visão globalizada do texto.
Para Rauen,

esquema é um tipo de
produção textual que explicita
a linha diretriz do autor de um
documento de base.
Assim, esquema é a
apresentação do texto, Sua finalidade
colocando em destaque
os elementos de maior é difundir mais
importância.
amplamente as
informações Utiliza-se o esquema
como meio facilitador
facilitando para para a memorização e a
explicação do texto, usam-
o leitor sua se muito pra tal feito linhas,
setas, círculos colchetes,
compreensão. entre símbolos diversos.
Características
do esquema
Na elaboração de
esquemas, para que não
fujam de seu projeto
principal que é simplificar
ao leitor a compreensão
do texto, algumas
características devem ser
ressaltadas e observadas.
Segundo Salomon:
Fidelidade ao Estrutura Adequação Utilidade de Cunho pessoal:
texto original: lógica do ao assunto seu emprego: cada pessoa
deve conter assunto: partir estudado e o esquema tem seu próprio
as ideias do sempre da funcionalidade: deve facilitar jeito de fazer
autor, sem ideia principal, o esquema deve a pesquisa esquemas,
modificação depois ser flexível, assim como portanto, um
ou pontos para seus adaptado sua revisão, esquema feito
de vistas respectivos ao tipo de deixando em por alguma
pessoais; detalhes; matéria a ser evidencias seus pessoa
estudada. Os pontos chaves; raramente ira
assuntos mais servir á outra.
profundos com
mais detalhes
e os mais
fáceis apenas
com palavras
chaves;
a) Captar a estrutura da exposição do
Elaboração de esquema autor quer se trate de um livro, de uma
para indicar: “produz”, “de-
seção, de um capítulo. Pode-se obter o
corre”, “por conseguinte”,
Existem várias maneiras para ela- esboço inicial a partir dos títulos, subtí-
“conduz a”, “resulta” etc.
boração de um esquema. Porém, tulos e das epigrafes. Estas funcionam
é necessário que o esquema ex- como guias e indicadores. Ex.: grupo minoritário
presse palavras que contém a ideia marginalização;
b) Colocar os títulos mais gerais numa
principal.
margem e os subtítulos e divisões nas
colunas subsequentes e assim suces-
Um esquema deve estar de acordo
sivamente, caminhando da esquerda para indicar sexo masculi-
com a realidade. Deve-se sinteti-
para a direita. no – homem, macho, meni-
zar o tema e não modificá-lo, de-
no, moço;
senvolvendo o esquema de acordo c) Utilizar o sistema de numeração
com o tema. progressiva (1, 1,1, 1,2, 1.2.1, 2 etc.) ou
convencionar o uso de algarismos ro-
Enfim, para elaboração de um es- manos, letras maiúsculas, minúsculas, para indicar sexo feminino
quema, são necessárias várias lei- números, etc., para indicar as divisões – mulher, fêmea, menina,
turas do tema. Destas leituras pre- e subdivisões sucessivas. moça;
cisa-se marcar um ponto de partida,
destacar a ideia principal e seguir d) Usar alguns símbolos convencionais
uma linha de fatos ligados entre si. e convencionar abreviaturas para pou-
Estes fatos devem conter as ex- par tempo e facilitar a captação rápida para indicar sujeito – indi-
pressões principais. das ideias. Por exemplo: víduo, sujeito, pessoa etc.
Exemplo de

Es que ma
“O planejamento é a primeira função administrativa, exata-
mente, porque sem planejamento não se pratica adminis-
tração. Portanto, o planejamento é a base que norteia todo
o processo administrativo. É uma técnica que visa tomar
decisões antecipadas de ocorrências futuras e traçar um
programa de ação. Quem planeja tem maior probabilidade
de alcançar os objetivos, porque define a melhor estraté-
gia de ação. Quem não planeja, evidentemente, tem menor
probabilidade de atingir sua finalidade, ou seja, estará pla-
nejando o fracasso. Planejamento é “o modelo teórico para
a ação futura. Visa dar condições racionais para que se or-
ganize e dirija o sistema a partir de certas hipóteses acer-
ca da realidade atual e futura” (CHIAVENATO, 2006). É um
processo em que, interpretando-se os fatos, determina-se
com segurança uma linha de ação futura com a indicação
de objetivos a serem alcançados, inclusive, a previsão das
diversas etapas de execução”.
Planejar é:
Levantamento da situação A fim de se obter:
atual; Maior eficiência;
Estabelecer o que se deseja Maior exatidão e determinação;
mudar;
Maiores e melhores resultados;
Organizar a ação futura.
Maximização dos esforços e redução dos gastos
8
O resumo compreende uma condensação do tex-
to e apresenta, de maneira sucinta, os principais
elementos do conteúdo. O resumo é diferente
do esquema porque compreende parágrafos de
sentido completo. A leitura do resumo dispensa
a do texto original pois não é um indicativo de
tópicos mas uma síntese do todo.
Para elaborar um resumo, podemos seguir as seguintes regras:
ResumIR
só após ler e compreender todo o texto.
breve
SER
E OBJETIVO
após
Só fazer o resumo

rever o que
sublinhou e anotou
sobre o texto.
ASPAS
USAR

em citações textuais, caso as utilize,


fazendo referências à fonte.
Reunir,
AO FINAL
as ideias principais e as referências.
Segundo a ABNT, os resumos se classificam em:
Resumo indicativo
ou descritivo
Este tipo de resumo apenas indica os pon-
tos principais de um texto, sem detalhar
aspectos como exemplos, dados qualita-
tivos ou quantitativos etc.
Utiliza-se frases curtas, cada uma corres-
pondendo a um elemento importante da
obra.
Descreve a natureza, forma e propósito do
texto.
Não dispensa a leitura do texto completo.
Resumo informativo
ou analítico
O resumo informativo é também conheci-
do como analítico.
Permite dispensar a leitura do texto; por-
tanto é mais amplo do que o indicativo.
Deve salientar objetivo da obra, métodos
e técnicas empregadas, resultados e con-
clusões.
Evitem-se comentários pessoais e juízos
de valor.
Não se usa citações de outros autores e
parágrafos.
Resumo Crítico
ou Resenha
O resumo crítico, também denominado resenha, é re-
digido por especialistas e compreende análise e inter-
pretação de um texto.
A resenha ou resenha crítica, como trabalho acadêmi-
co, provoca o desencadeamento do processo da au-
têntica investigação no estudante de graduação.
É até considerado por alguns metodólogos, como sen-
do um tipo de trabalho muito complexo para ser co-
brado na graduação.
Quando um resumo crítico é escrito para ser publica-
do em revistas especializadas, é chamado de rese-
nha. Ocorre que, por costume, os professores tendem
a chamar de resenha o resumo crítico elaborado pelos
estudantes como exercício didático.
Para Lakatos e Marconi (1996),

a resenha crítica consiste


na leitura, no resumo, na
crítica e na formulação de
um conceito de valor do livro
feitos pelo resenhista.
Define-se resenha como um tipo de resu-
mo crítico, com conteúdo mais abrangente,
pois permite comentários, opiniões, inclui
julgamentos de valor, comparações com
outras obras da mesma área e avaliação
de relevância da obra.
A elaboração de uma resenha crítica exige alguns requisitos básicos como:

conhecimento independência
completo da capacidade de juízo
obra competência de juízo
na matéria de valor correção
e urbanidade
fidelidade ao pensamento do autor.
Expor o conteúdo da obra para posteriormente
desenvolver uma apreciação crítica do conte-
údo, da disposição das partes, formulando um
conceito do livro. A apreciação crítica consiste
na capacidade de relacionar os elementos do
texto lido com outros textos, autores e ideias
sobre o tema em questão.
A introdução: apresentar o assunto demonstrando a
importância da abordagem e os autores que serão
utilizados como apoio nas análises;

B desenvolvimento/corpo principal do texto;

C considerações com apreciação crítica;

D Referências: devem aparecer todas as obras


consultadas para a produção da resenha crítica,
segundo a ABNT.
Considerando os procedimentos recomendados
para a produção de um bom texto, quais sejam:
A manter uma atitude permanentemente crítica e
reflexiva com relação ao que está lendo;

D Havendo necessidade, podem-se fazer citações


diretas;

B manter a fidelidade ao texto original;

E Recomenda-se não seguir as subdivisões do texto


original;

C ao redigir, usar frases breves, diretas e objetivas;

F As ideias principais podem ser apresentadas num


único bloco, encadeadas em uma sequência lógica.

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