As Profissões ou Ocupações que mais Absorvem a Mão de Obra
Feminina
Em seu livro A sujeição das mulheres, Mill (2006), defende os
direitos a igualdade de gênero e os direitos das mulheres. É possível comparar o dever que as mulheres têm de serem mães e esposas com uma espécie de recrutamento forçado. E com esse papel de “rainha do lar”, a mulher não teria como conciliar qualquer outra função.
Mas, dirão, o domínio dos homens sobre as mulheres difere de todos
esses outros na medida em que não é feito pela força, mas aceito voluntariamente, já que as mulheres não protestam, e aceitam sua sujeição. Em primeiro lugar, um grande número de mulheres não a aceita. Desde que surgiram mulheres capazes de tornar em seus sentimentos conhecidos através de seus escritos (a única forma de publicidade que a sociedade lhes permite), um número cada vez maior delas tem registrado protestos contra sua condição social [...]. (MILL, p.191. 2006).
Mill (2006) faz uma reflexão em relação ao casamento e a sujeição
legal dessas mulheres ao seu marido. O autor defende o direito ao divórcio, que a mulher tenha direito de poder administrar os bens de família e que possa exercer as suas faculdades fora do lar.
O trabalho feminino é bem expressivo na atualidade. No Brasil as
mulheres são a maioria, têm uma media de vida maior do que os homens e cada vez mais estão assumindo o comando de suas famílias. O IBGE (2002) publicou em comemoração ao dia Internacional da Mulher, dados coletados no Censo de 2000.
O lançamento da pesquisa, por ocasião do Dia Internacional da
Mulher, 8 de março, é ao mesmo tempo uma homenagem e um estímulo à discussão da sua situação no Brasil. O trabalho destaca os dados mais significativos sobre as 11.160.635 mulheres — ou 12,9% das 86.223.155 brasileiras — que têm sob sua responsabilidade 24,9% dos domicílios do país. Em 1991, apenas 18,1% dos domicílios estavam nesta situação. (IBGE, 2002).
Os dados são do Censo realizado no ano de 2000, e faz uma breve
comparação com um realizado em 1991. No período de 09 anos a independência e autonomia feminina para representar e sustentar a casa apresentou um aumento de 6,8%. Hoje se escuta falar muito na dupla jornada de trabalho, que seria a atual situação que as mulheres se encontram nos dias atuais. O fato de que muitas mulheres que trabalham fora de seu lar, além de executar sua jornada de trabalho diária, ao se chegarem casa, devem realizar uma segunda jornada, aquela destinada a desenvolver as tarefas domésticas além do cuidado de filhos e familiares.