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PARA O CULTIVO DE
MELANCIA
EM RORAIMA
INFORMAÇÕES TÉCNICAS
PARA O CULTIVO DE
MELANCIA
EM RORAIMA
Boa Vista, RR
2016
Exemplares data publicação podem ser adquiridos na:
Embrapa Roraima
Rodovia BR 174, km 8 - Distrito Industrial
Cx. Postal 133 - CEP 63301-970
Boa Vista | RR
Fone/Fax: (95) 4009-7100
www.embrapa.br/fale-conosco/sac
Supervisão editorial
Revisão de texto: Luiz Edwilson Frazão
Normalização bibliográfica: Maria Augusta Abtibol Brito
de Sousa
Editoração Eletrônica: Gabriela Beatriz de Lima
1ª edição (2016)
1ª impressão (2016) - 1.000 exemplares
1
Figura 01- Cultivo da melancia em Roraima.
Foto: Roberto Dantas de Medeiros
CLIMA E ÉPOCA DE
PLANTIO
03 04 05
Figura 03 - A Mancha Cercóspora.
Figura 04 - Pulgão.
Figura 05 - Injúria em frutos (broca).
Fotos: Bernardo de Almeida Halfeld Vieira, Alberto Luis Marsaro
Júnior, Francisco Joací Freitas Luz
CULTIVARES
06 07 08
Figura 06 - Cultivar Charleston Gray.
Figura 07 - Cultivar Fairfax.
Figura 08 - Cultivar Crimson Sweet.
Fotos: Roberto Dantas de Medeiros
09 10 11
Figura 09 - Híbridas Jetstrean.
Figura 10 - Híbrida Starbrite.
Figura 11 - Híbrida TopGun.
Fotos: Seminis, Seminis, Roberto Dantas de Medeiros
4
Quais as cultivares que mais se
destacaram em Roraima nos últimos
anos?
Em Roraima houve um avanço na adoção
de cultivares, tendo na fase inicial
(anos 90) prevalência das cultivares
de frutos alongados de casca clara
(Charleston Grey). No entanto, nos
últimos anos, atendendo as exigências
do consumidor, características de
tolerância a pragas, produtividade e
qualidade dos frutos, outras cultivares
se destacaram, dentre estas a Crimson
Sweet, a Top Gun, a Santa Amélia e
a Verena (Figuras 12, 13, 14 e 15).
12 13
Figura 12 - Cultivar Crimson Sweet.
Figura 13 - Cultivar Top Gun.
Fotos: Roberto Dantas de Medeiros
14 15
5
Outras cultivares foram avaliadas,
obtendo-se resultados similares, no entanto
o mercado atacadista orientado pela
sinalização do consumidor determina as
características exigidas. As tabelas 1 e
2 apresentam as cultivares e dados das
principais características e desempenho.
CORREÇÃO DO SOLO
E ADUBAÇÃO
16 17 18
Figura 16 - Fruto com fundo preto.
Figura 17 - Deformação do fruto.
Figura 18 - Podridão avançada.
Fotos: Francisco Joaci de Freitas Luz; Ignácio, L.G.S. Carmo;
Francisco Joaci de Freitas Luz
Sendo:
NC = necessidade de calcário a fim
de corrigir a acidez do solo em t ha-1
Ca, Mg e Al = cálcio, magnésio e
alumínio trocáveis no solo (cmolc dm-3)
f = (100 / PRNT)
PRNT = Poder relativo de
neutralização total do calcário.
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Tabela 3
Fósforo (P) Potássio (K)
Aplicação total de N
P solo Aplicação de P2O5 K no solo Aplicação de K2O
(mg/dm-3) (Kg/h) (g/planta*) (cmolc dm-3) Kg/ha g/planta** Kg/ha g/planta***
<5 160 280 a 320 < 0,08 160 93 a 107 120 101 a 116
11
5 – 10 120 210 a 240 0,08 – 0,15 130 70 a 80 120 101 a 116
10 – 20 80 140 a 160 0,15 – 0,25 90 53 a 60 120 101 a 116
> 20 50 87,5 a 100 > 0,25 60 35 a 40 120 101 a 116
*, **, *** g/planta de superfosfato simples, cloreto de potássio e ureia, respectivamente. Menor dose utilizada para o
espaçamento de 1,0 m x 3,5m e a maior dose utilizada na cultura plantada no espaçamento de 1,0m x 4,0m.
Como e quando aplicar o adubo na
cultura da melancia?
A adubação deverá ser efetuada,
aplicando-se parte do adubo no plantio
e outra em cobertura. No plantio, deve-
se aplicar, de uma única vez, nas covas
ou nos sulcos de plantio, todo fertilizante
à base de fósforo (superfosfato simples,
superfosfato triplo, MAP), juntamente com
esterco e FTE, independente do tipo de
solo, bem como parte dos fertilizantes
potássicos e nitrogenados, dependendo
da textura do solo. No caso da área
não ter sido calcariada, recomenda-se
aplicar também cerca de 300 grama de
calcário dolomítico por cova (espaçamento
2,0m x 3,5m) ou 150 gramas/metro
de sulco (1,0m x 3,5m); no plantio.
Para os solos de textura argilosa ou
média, aplicar 30% do potássio e 30%
do nitrogênio incorporado nas covas
ou nos sulcos de plantio, juntamente
com os demais fertilizantes, antes do
plantio. O restante deve ser aplicado
em cobertura: 20% do nitrogênio e do
potássio aos 15 dias após a emergência
das plântulas (DAE), logo após o desbaste
das plantas; a outra parte (50% de N e
50% de K2O), deve-se aplicar aos 25
dias antes do florescimento da cultura.
12
No caso de solos arenosos, a aplicação
de N e K deve ser parcelada em
quatro vezes: 15 % aplicado no
plantio, juntamente com os demais
fertilizantes, e o restante em coberturas
parceladas em três aplicações:
1a) 25 % aos 12 dias após a emergência
(DAE), logo após o desbaste das plantas;
2a) 40 % aos 25 dias, antes da floração;
3a) 20% aos 45 a 50 dias (7 dias após
a floração) com a maioria dos frutos
apresentando em torno de 10 cm de
diâmetro, para evitar queda de frutos.
13
O que é fertirrigação?
Fertirrigação é a prática que possibilita a
aplicação de fertilizantes juntamente com a
água de irrigação. É utilizada, principalmente
nas culturas irrigadas por gotejamento.
15
Tabela 4
DAE Ureia (Kg) KCL (Kg) DAE Ureia (Kg) KCL (Kg) DAE Ureia (Kg) KCL (Kg)
2 2,7 1,1 20 13,4 5,8 38 19,0 12,9
4 2,7 1,1 22 13,4 5,8 40 17,0 14,9
6 2,7 1,1 24 13,4 5,8 42 17,0 14,9
8 2,7 1,1 26 14,4 7,1 44 8,8 16,8
16
10 2,7 1,1 28 14,4 7,1 46 8,8 16,8
12 2,7 1,1 30 17,4 8,8 48 8,8 16,8
14 6,4 3,7 32 17,4 8,8 50 4,5 13,4
16 6,4 3,7 34 17,4 8,8 52 4,5 10,4
18 6,4 3,7 36 19,0 12,9 54 4,5 10,4
DAE – dias após a emergência; KCL – cloreto de potássio. Fonte: Andrade Junior et. al., 2004, adaptada por Medeiros et. al, 2016.
IRRIGAÇÃO
20 21
Figura 20 - Irrigação por gotejamento.
Figura 21 - Irrigação por sulco.
Fotos: Admar Bezerra Alves
19
PREPARO DA ÁREA
20
Figura 23 - Gradagem leve.
Foto: Roberto Dantas de Medeiros
21
Figura 25 - Abertura de sulco.
Foto: Neivan Lima de Carvalho
PLANTIO E SEMEADURA
23
TRATOS CULTURAIS
PRAGAS E DOENÇAS
29 30
Figura 29 - Sintoma de ataque por tripes.
Figura 30 - Folha atacada por pulgão.
Fotos: Marcos Antonio Barbosa Moreira, Alberto Luis Marsaro Júnior
31 32
Figura 31 - Ataque de broca.
Figura 32 - Folha atacada por mosca minadora.
Fotos: Francisco Joaci de Freitas Luz, Bernardo de Almeida Halfeld
Vieira
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Figura 33 - Adulto da
mosca branca.
Foto: Bernardo de Almeida
Halfeld Vieira
28
e) Uso de armadilhas luminosas para
captura dos adultos das brocas;
f) Utilizar sementes ou mudas sadias;
g) Utilizar barreiras vegetais ou com
lona plástica de cor amarela,
impregnadas com óleo, nas laterais na
área de plantio.
29
Tabela 5 Continuação.
120g/ha ou
Trigard
Ciromazina 15g/100L 7 IV
750 PM4
água
Evidence
Imidacloprido 200 g/ha 40 IV
700 WG1,2
50 a
Pirate2 Clorfenapir 100 mL/ 14 III
100L água
Lebaycid 100 mL/
Fentiona 21 II
5003 100L água
250 a 300
Mospilan 1, 5 Acetamiprido 3 III
g/ha
Polo 500
Diafentiurom 0,8 kg/ha 7 I
WP5
Cipermetrina 100 mL/
Polytrin 1, 3 4 III
+ profenofós 100 L água
100 g/
Dipel 3 Bacilus turgigiencis IV
100L água
30 mL/
Decis 25 CE 3 Deltametrina 2 III
100L água
Thiobel Cloridrato 1,0 a 1,5
3 III
500 4 de cartap kg/ha
250 a 300
Saurus1, 5 Acetamiprido 3 III
g/ha
c.t. - Classe toxicológica. c.t. I – Extremamente tóxico, c.t. II – Altamente
tóxico, c.t. III – Moderadamente tóxico, c.t. IV – Pouco tóxico. 1 Controle
de pulgão; 2 Controle de tripés; 3 Controle da broca; 4 Controle mosca
minadora; 5 Controle da mosca branca.
* Utilizar de 800 a 1000 litros de calda/ha.
Fonte: MAPA (2010)
34 35
Figura 34 - Virose no ponteiro da folha.
Figura 35 - Ataque da mancha de cercospora.
Fotos: Bernardo de Almeida Halfeld Vieira
36 37
4
crestamento gomoso; 5 podridão de esclerotinia.
SISTEMAS DE CULTIVOS
DA MELANCIA
Quais os sistemas de cultivos
envolvendo a melancia?
A cultura da melancia pode ser
explorada em monocultivo (somente
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melancia) numa mesma área;
consorciada com mandioca (figuras 38 e
39), bem como, em rotação com outras
culturas, como por exemplo, o milho
(Figura 40).
34
Figura 40 - Cultivo de milho em rotação com a cultura de
melancia.
Foto: Roberto Dantas de Medeiros
35
Tabela 7
Epoca de plantio Arranjo espacial Melancia Macaxeira
da macaxeira da macaxeira Kg/ha Kg/ha
Na linha de plantio
entre as plantas 38.615 19.270
de melancia.
Simultaneamente No lado oposto
no mesmo dia as lihas de plantio 38.900 16.640
da semeadura da melancia.
da melancia
Nos dois lados em
35.750 21.830
fileira dupla.
Sem concorcio 38170 20.630
Média 37895 19.545
Na linha de plantio
entre as plantas 40.390 15.880
de melancia
36
Tabela 7 Continuação.
Nos dois lados em
36.715 9.955
fileira dupla
Sem concorcio 42.585 9.055
37
Assim, recomenda-se que a mandioca
seja plantada simultaneamente, (no
mesmo dia) da semeadura da melancia,
nas linhas de plantio entre as plantas de
melancia, colocadas sobre camalhões
ou em covas (Figura 39). Pois assim,
a mandioca, aproveita o residuo da
adubação efetuada para a cultura da
melancia, não interfere nos tratos culturais
da cultura nem afeta a produtividade
de frutos de melancia, favorece a
produtividade de raízes de macaxeira
e reduz os riscos da atividade.
COEFICIENTES TÉCNICOS
DA MELANCIA
Capina H/d 20
Aplicação de defensivos H/d 6
Aplicação fertilizantes cobertura H/d 6
Irrigação H/d 35
Colheita e comercialização H/d 15
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Rodovia BR 174, km 8 - Distrito Industrial
Cx. Postal 133 - CEP 63301-970
Boa Vista | RR
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