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A função da lei no século passado, como especial a lei penal, não andava junto com o
modelo de relações raciais da época. E o nosso padrão religioso não ajudava muito, que era
maciçamente explorado pelos senhores de engenho. O autor chama a atenção sobre uma questão
em que a lei se omitiria sobre essas descriminações sofridas pelos negros, alegando que o
modelo de escravismo estava tão bem estruturado que a lei teria se tornado perfeitamente
dispensável para o seu bom funcionamento.
No Brasil republicano, colônia e o império não se tem um único período histórico no qual a
lei, em especial a lei penal, permaneceu inerte aos modelos de relação raciais. Nossa
constituição Política do Império do Brasil de 25 de Março de 1824, com a edição do código
criminal do Império do Brasil, de 1830. Nos estivemos sob as leis das chamadas Ordenações do
Reino.
Houveram algumas mudanças que foram introduzidas neste cenário pela constituição
política do Império. Entre elas de 25 de Março de 1824, e pelo Código Criminal, editado seis
anos depois. A constituição determinava a organização de um Código Civil e um Código
Criminal no Art 179 XVIII. Levou-se quase Cem anos para que fosse promulgado o Código
Civil (1916), sendo que 25 anos depois da promulgação da Constituição entrava em vigor o
Código Comercial (1850). Um ponto interessante para destacar é o fato que juridicamente o
escravo como somente, uma coisa.
Então podemos dizer que o escravo sendo réu era pessoa, sendo vítima, coisa. Os senhores
de Engenho, contavam com leis municipais que asseguravam com um aparato de força
necessária para subjugar e explorar o negro escravizado. Mais do que escravizar e explorar o
africano era necessário impor-lhe uma religião, devassar a sua identidade cultural,
convencendo-o do poder de vida e de morte de que dispunham seus algozes.