Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
Estudo Dirigido
Sumário
( 1 ) Quem é o oficial de justiça ....................................................................... 2
( 2 ) Atribuições do oficial de justiça................................................................. 2
( 3 ) Classificação dos atos praticados pelo oficial de justiça .......................... 3
( 4 ) Conteúdo do mandado judicial ................................................................. 3
( 5 ) Ato de comunicação: citação .................................................................... 4
( 6 ) Cartas de cooperação .............................................................................. 5
( 7 ) Ato de execução: penhora de bens .......................................................... 6
( 8 ) Avaliação de bens .................................................................................... 7
( 9 ) Bens impenhoráveis ................................................................................. 8
( 10 ) Ato de constatação: prisão domiciliar ....................................................... 9
( 11 ) Atos de coerção........................................................................................ 9
( 12 ) Resistência do jurisdicionado ................................................................... 9
( 13 ) Responsabilização do oficial de justiça .................................................. 10
( 14 ) Oficial de justiça no tribunal do júri ......................................................... 11
( 15 ) A Política judiciária e a defensoria pública ............................................. 11
( 16 ) Sistemas judiciais de cumprimento de mandados no direito comparado 11
( 17 ) O Oficial de justiça na execução fiscal ................................................... 12
O presente estudo dirigido foi elaborado com cuidado todavia, encontrando algo a
melhorar, comunique sua sugestão pelo ícone Tutoria no AVA.
(1) Quem é o oficial de justiça
Na organização judiciária brasileira existem várias carreiras onde os
ocupantes de cargos exercem diferentes funções. Dentre essas carreiras existe
a do oficial de justiça, que atua em todos os âmbitos e instâncias do poder
judiciário.
Ele é um servidor público concursado, auxiliar
* O processo é um conflito
da justiça, que atua em todas as esferas e instâncias
do poder judiciário. Tem como função fundamental de interesses qualificado por
dar cumprimento a ordens judiciais no início e no
uma pretensão resistida.
andamento de processos.
Esse conflito se manifesta
Resumidamente, podemos dizer que a
na prática de atos
atividade principal do oficial de justiça é tornar
concretas no mundo dos fatos as decisões proferidas processuais. Os atos
por juízes e tribunais, razão pela qual ele é conhecido processuais são condutas
como longa manus (a “mão longa”) do juiz.
dos sujeitos do processo
Dessa maneira, muitas vezes o contato das que criam, modificam ou
pessoas com o Poder Judiciário ocorre por meio da
extinguem situações
visita do oficial de justiça, único investido de
autoridade que transpõe as portas do Poder Judiciário processuais. A extinção do
e vai pessoalmente conversar sobre o processo com processo se dá, sempre, por
o cidadão envolvido para lhe comunicar ou lhe impor
meio de sentença.
algo, segundo o mandado de que é portador.
2
(3) Classificação dos atos praticados pelo oficial
de justiça
3
c) orientações (dirigidas ao oficial) quanto ao procedimento.
4
Art. 219. Na contagem de prazo em dias, estabelecido por
lei ou pelo juiz, computar-se-ão somente os dias úteis.
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se somente
aos prazos processuais.
5
(7) Ato de execução: penhora de bens
Dentre os atos de execução existe a penhora, que é um ato que garante
a preferência e satisfação do exequente sobre aqueles bens penhorados ao
mesmo tempo em que restringe a disponibilidade do executado sobre tais bens,
que passam a ser garantia da efetividade da execução.
Existem vários tipos de bens sob os quais a penhora pode recair, com
preferência para a penhora de “dinheiro, em espécie ou em depósito ou
aplicação em instituição financeira” (art. 835, inc I do CPC).
Comumente são penhorados bens móveis ou imóveis, mas a legislação
processual prevê a penhora de diversos outros bens que integram o patrimônio
do executado e podem ser negociados (vendidos) com finalidade lucrativa, por
exemplo, semoventes (bovinos, ovinos, suínos, caprinos, equinos etc.). Neste
caso, se a penhora recair sobre um pequeno lote de animais nomeia-se
depositário. Se recair sobre um rebanho, nomeia-se um administrador (que ficará
responsável pela manutenção do rebanho).
Uma vez penhorados os bens, o executado (aquele que teve seus bens
penhorados) não pode dispor desses bens, nem os alienando (com a venda, por
exemplo) nem os onerando (por hipoteca, por exemplo). Qualquer ato de
disponibilidade de bens afetados por penhora depende de autorização
judicial, sob pena de configurar fraude à execução. A autorização normalmente
é obtida com a substituição da penhora ou com a garantia de que o valor da
venda será usado na quitação (total ou parcial) do débito que motivou a penhora.
No caso de ocorrer a alienação, sem autorização judicial, após a penhora
e o registro da penhora sobre bem imóvel, há consequência processual para o
exequente, assim como haverá consequência para o adquirente se a penhora
foi devidamente registrada no Cartório de Registro de Imóveis: a alienação em
fraude é ineficaz em relação ao exequente. O adquirente terá de provar que
adotou as cautelas necessárias, exibindo as certidões pertinentes, obtidas no
domicílio do vendedor e no local de situação do imóvel. Se ele não tiver tais
provas será considerado adquirente de má-fé.
6
Por fim, então, temos entendido que a penhora é um ato de expropriação
que restringe a disponibilidade patrimonial do executado. Ocorre após a sua
citação no processo de execução quando não ocorreu o pagamento ou
parcelamento do débito. Quando o oficial de justiça não encontra bens
penhoráveis na esfera patrimonial do executado, deverá abordar o executado a
fim de penhorar seus bens. Se o oficial não encontrar bens na esfera patrimonial
do executado, deve devolver o mandado com certidão negativa de penhora.
7
(9) Bens impenhoráveis
Existem bens que a lei protege da penhora para garantir a dignidade
humana. A essa proteção se dá o nome de impenhorabilidade. Por força do art.
833 do CPC, são impenhoráveis:
8
( 10 ) Ato de constatação: prisão domiciliar
A fiscalização de prisão domiciliar é uma modalidade de ato de
constatação cuja finalidade é verificar o real cumprimento de prisão em domicílio
pelo réu nas condições determinadas pelo juiz.
Conforme o art. 117 da Lei de Execuções Penais, essa modalidade de
prisão é admissível para:
a) o condenado maior de setenta anos;
b) o condenado acometido de doença grave;
c) o condenado com filho menor ou deficiente físico ou mental;
d) a condenada gestante.
( 11 ) Atos de coerção
O oficial de justiça exerce ainda atos de coerção: induzem, pressionam
ou compelem alguém a fazer algo pela força, intimidação ou ameaça. Em
processos judiciais a coerção é exercida pela força do comando legal contido na
decisão judicial, acompanhado da previsão de uma sanção.
Por exemplo, a lei prevê a condução coercitiva da testemunha quando,
uma vez intimada, não comparece à audiência marcada e não justifica sua
ausência.
Ainda, ao oficial de justiça cabe fazer pessoalmente as prisões, havendo
a possibilidade de ser acompanhado de força policial.
O ato de força ou coerção não pode ser praticado
deliberadamente pelo oficial de justiça, uma vez que esses atos são
específicos e dependem de previsão legal e determinação judicial expressas no
mandado. Sua prática necessita de um comando imperativo acompanhado da
previsão de uma sanção para o caso de desobediência.
( 12 ) Resistência do jurisdicionado
No cotidiano do oficial de justiça, é possível ocorrer as mais variadas
formas de reação dos jurisdicionados. Algumas dessas reações constituem-se
em figuras típicas do direito penal. É o caso do desacato, da desobediência e da
resistência.
O desacato, a resistência e mesmo a desobediência podem ser levados
a conhecimento do juiz por meio de certidão ou auto onde o oficial irá narrar os
9
fatos. Posteriormente, se for o caso, o juiz irá encaminhar tal documento à
autoridade policial para que esta dê início ao inquérito policial.
A resistência, para ser configurada criminalmente, exige que a parte
profira ameaça ou proceda de forma violenta; a pessoa precisa se opor a ato
legal mediante violência ou ameaça ao servidor (art. 329 do CP). Se a parte, por
exemplo, meramente fecha a porta para o oficial de justiça, trata-se de ato atípico
(não tipificado como crime) e não caracteriza a resistência para efeitos penais,
pois ausentes a violência e a ameaça. Resta ao oficial levar a atitude a
conhecimento do juiz de forma objetiva e solicitar ao juiz ordem de
arrombamento. O magistrado, de posse dos elementos narrados na certidão, irá
determinar ou não a medida de arrombamento.
10
0
( 14 ) Oficial de justiça no tribunal do júri
No tribunal do júri, órgão que julga os crimes dolosos contra a vida, o
oficial de justiça deve assegurar a incomunicabilidade dos jurados que compõem
o conselho de sentença, para que não haja influência entre eles. Essa atuação
ocorre da seguinte maneira: o conselho de sentença se reúne após os debates
do júri, a votação é feita em sala separada, mediante a formulação de quesitos
e o oficial recolhe as cédulas de votação e deve certificar essa
incomunicabilidade nos autos do processo.
11
1
b) Sistema extrajudicial: o executante das ordens é um profissional
liberal vinculado ao Estado, que pratica atos desencadeados fora
do âmbito do Judiciário, em que o juiz intervém apenas em
questões incidentais de natureza declaratória.
c) Sistema misto: os processos tramitam no poder judiciário sob a
supervisão do juiz; a prática de atos cabe a um funcionário público
do judiciário com poder decisório e competência para executar as
respectivas decisões com autonomia.
d) Sistema administrativo: um funcionário público fora do âmbito
judiciário, vinculado a uma entidade administrativa com função
executória, é quem executa os mandados.
12
2
III – os diretores, gerentes ou representantes de pessoas
jurídicas de direito privado.
Daniele Assad
Tutora do Curso Superior de Gestão de Serviços Jurídicos e Notariais
13
3