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Mecanismos de Defesa – As Defesas do Ego

Por Luiz Ricardo Friano

Um dos aspectos comentados por Freud na psicanálise são os mecanismos de defesa. Do que
se tratam esses mecanismos?

Os mecanismos de defesa tratam-se de ações psicológicas que têm o objetivo de proteger a


integridade do ego. Mas por que o ego faz uso deles e do quê exatamente ele deseja se
proteger?

Segundo Freud, nem tudo que nos ocorre é agradável ao nosso consciente e o nosso ego pode
considerar uma série de ocorrências como ameaçadoras à sua integridade, ao seu bem-estar.
Nesse sentido diante das exigências das outras instâncias psíquicas – Id, que é nosso lado mais
instintivo e do superego, que representa nossos valores morais e regras internalizadas – o ego
deseja proteger-se para garantir o bem estar psicológico do sujeito frente a esses conteúdos
indesejados.

Ainda segundo o pai da psicanálise, os mecanismos de defesa são universais, ou seja, todas as
pessoas fazem uso deles, em menor ou maior grau. E eles são importantes para um ego sadio
e integrado. Porém, o seu uso exacerbado pode ocasionar um funcionamento psicológico que
não é considerado sadio para o sujeito.

Qual o fator essencial que faz o sujeito fazer uso de algum mecanismo de defesa? Segundo a
psicanálise, a ocorrência da angústia (angst, conforme o próprio Freud utilizou o próprio termo
no original em alemão) ocasionada pelos conflitos, é a condição sine qua non – é a condição
indispensável – para que o sujeito ative algum mecanismo de defesa para proteger a
integridade de seu ego.

Quais são os mecanismos de defesa existentes? Segundo Freud, existem pelo menos 15
mecanismos de defesa a disposição do ego. Alguns deles são:

Compensação: é uma forma de o indivíduo garantir um equilíbrio entre as suas características


em termos de qualidades e deficiências.
Exemplo: o sujeito não se considera bom em gramática, mas tira excelentes notas em
matemática.

Negação: o sujeito nega a existência da dor, ansiedade e outros sentimentos que representem
o desprazer ao indivíduo.

Exemplo: diante do término de um namoro, o sujeito pode dizer “Está tudo bem. Eu nunca
gostei dele (a) mesmo. Estou ótimo (a)!”

Regressão: é um mecanismo onde o sujeito retorna a um estágio anterior à situação que causa
desconforto/desprazer ao sujeito. Nessa fase anterior, geralmente o prazer era mais imediato
e não havia a existência das circunstâncias atuais que causam desprazer. Pode ser benéfico
pois nos permite ter uma outra perspectiva da situação, pois a angústia é temporariamente
afastada; porém, se for usado demais, pode levar o sujeito à fantasia e fuga da realidade.

Exemplo: diante do falecimento de um ente querido, o sujeito decide, por exemplo, ficar
brincando somente com seus brinquedos, pois isso o trás de volta ao período infantil.

Identificação: ocorre quando o sujeito assimila as características dos outros (geralmente de


pessoas que são modelos para esse sujeito). O sujeito deseja ter as mesmas características
para si mesmo.

Exemplo: crianças que possuem os mesmos comportamentos dos pais.

Sublimação: é um mecanismo bastante útil ao lidar com as demandas e conflitos criados pelo
Id e superego. Quando o ego não consegue satisfazer uma necessidade imediata, ele gratifica
o Id de outra forma, de uma forma que seja mais aceitável pelo superego. É a partir da
sublimação, segundo a psicanálise, que podemos nos tornar sujeitos civilizados.

Exemplo: alguém que não pode ter filhos apega-se aos bichinhos de estimação.

Racionalização: é quando o sujeito procura respostas lógicas para afastar o sofrimento.


Exemplo: diante de uma situação que cause sofrimento, a pessoa costuma fazer a si mesma
tantos questionamentos – e questionamentos dentro dos questionamentos – que acaba
deixando o sofrimento de lado. É comum o sujeito criar muitas teorias, e teorias sobre teorias,
a fim de tentar explicar e justificar para si mesmo uma determinada situação.

Formação reativa: ocorre uma inversão do desejo real. A pessoa tenta de forma lógica explicar
os acontecimentos, mas tudo isso é uma forma de disfarçar os verdadeiros desejos, que estão
ocultos.

Exemplo: o sujeito possui uma postura e atitude extremamente rígidas com relação à
sexualidade, pode estar ocultando seu lado sexual mais libertino e o que a sociedade
consideraria imoral.

Como disse Freud, todos nós fazemos uso desses mecanismos, pois as demandas da
sociedade, com suas regras e valores morais (realizadas em nossa psique pelo superego), e a
constante demanda de nosso lado instintivo (realizada pelo Id) pode deixar com frequência
nosso ego frágil e incapaz de satisfazer esses dois lados, que muitas vezes trabalham de forma
antagônica. Fazer uso desses mecanismos é saudável, e esperado, do ponto de vista
psicanalítico. Contudo, quando o sujeito faz uso de muitos mecanismos de defesa e com uma
frequência muito grande, pode ser um sinal de que as coisas não vão bem, e que é preciso
procurar ajuda profissional.

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