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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DA FAZENDA

PÚBLICA DA COMARCA DE XXXX.

Execução Fiscal n. XXXX

XXXX, já devidamente qualificada nos autos da Ação de


Execução Fiscal, autuada sob o número em epígrafe, que move o ESTADO DE SANTA
CATARINA em face de XXXX, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, por
intermédio de sua advogada in fine subscrita, propor a presente EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE, pelos fatos e fundamentos jurídicos que passa a expor e ao final
requer:

1. SÍNTESE DA DEMANDA

Tramitam por este R. Juízo a Ação de Execução Fiscal n. XXXX,


em que atuam como partes o ESTADO DE SANTA CATARINA (exequente) e XXXX
(executada).

A execução está consubstanciada em suposto crédito


tributário relativo a ICMS, inscrito em dívida ativa em 1998.

Autuada a ação, iniciou-se o processo de cobrança em face da


empresa devedora, a qual, por liberalidade, embora citada, não quitou o débito.
Assim, verificada a inexistência de bens a serem penhorados em nome da empresa,
a Fazenda Estadual passou a indicar os sócios da executada como sujeitos passivos
da cobrança.

Não houve redirecionamento do feito.

A parte excipiente foi citada por edital, sendo indicado


curador para defesa.
2. DA PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE

Antes mesmo de entrar no mérito da questão, pugna a


excipiente pelo reconhecimento da prescrição intercorrente com relação ao
“pedido” de redirecionamento do feito.

No caso dos autos, observa-se que a empresa executada foi


citada em 02 de outubro de 1998 (fl. 10-v) e a citação da sócia excipiente veio a
ocorrer somente em 06 de novembro de 2014!! Ou seja, após transcorrido 16
(dezesseis) anos da citação da empresa.

Como já consolidou a jurisprudência do Pretório catarinense,


a contagem do prazo quinquenal para o redirecionamento do feito em face dos
sócios da empresa começa a fluir a partir da citação válida da empresa,
prescrevendo em cinco anos, de modo a não tornar imprescritível a dívida fiscal.

Para confirmar:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL. ICMS.


DISSOLUÇÃO IRREGULAR DA PESSOA JURÍDICA EXECUTADA.
REDIRECIONAMENTO AOS SÓCIOS-GERENTES. PRESCRIÇÃO DA
PRETENSÃO RECONHECIDA DE OFÍCIO (ART. 219, §5º, DO CPC).
DECURSO DE PRAZO SUPERIOR A CINCO ANOS ENTRE A CITAÇÃO
DA PESSOA JURÍDICA E O PLEITO EM RELAÇÃO AOS SÓCIOS.
RECURSO DESPROVIDO. "Firmou-se na Primeira Seção desta
Corte entendimento no sentido de que, ainda que a citação válida
da pessoa jurídica interrompa a prescrição em relação aos
responsáveis solidários, no caso de redirecionamento da execução
fiscal, há prescrição se decorridos mais de cinco anos entre a
citação da empresa e a citação dos sócios, de modo a não tornar
imprescritível a dívida fiscal" (STJ, AgRg no AREsp 88.249/SP, rel.
Ministro Humberto Martins, Segunda Turma, j. 8-05-2012) (TJSC,
AC n. 2013.052283-6, rel. Des. Jaime Ramos, j. 5-03-2015). (TJSC,
Agravo de Instrumento n. 2014.052430-7, de Jaraguá do Sul, rel.
Des. Edemar Gruber, j. 10-03-2016).

EMBARGOS A EXECUÇÃO FISCAL - ICMS - DISSOLUÇÃO


IRREGULAR DA EMPRESA EXECUTADA - REDIRECIONAMENTO AO
SÓCIO-GERENTE - RESPONSÁVEL TRIBUTÁRIO - PRETENSÃO
EXERCIDA APÓS O DECURSO DO PRAZO DE CINCO ANOS
CONTADOS DA CITAÇÃO DA EXECUTADA PRIMITIVA -
PRESCRIÇÃO RECONHECIDA - DECRETAÇÃO DE OFÍCIO CONTRA
A FAZENDA PÚBLICA - POSSIBILIDADE (ART. 219, § 5º, DO CPC).
"Firmou-se na Primeira Seção desta Corte entendimento no sentido
de que, ainda que a citação válida da pessoa jurídica interrompa a
prescrição em relação aos responsáveis solidários, no caso de
redirecionamento da execução fiscal, há prescrição se decorridos
mais de cinco anos entre a citação da empresa e a citação dos sócios,
de modo a não tornar imprescritível a dívida fiscal." (STJ, AgRg no
AREsp 88.249/SP, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA
TURMA, julgado em 08/05/2012, DJe 15/05/2012). (TJSC,
Apelação Cível n. 2014.070021-3, de Mafra, rel. Des. Jaime Ramos,
j. 28-01-2016).

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO FISCAL - ICMS -


DISSOLUÇÃO IRREGULAR DA EMPRESA EXECUTADA -
REDIRECIONAMENTO AO SÓCIO-GERENTE - RESPONSÁVEL
TRIBUTÁRIO - PRETENSÃO EXERCIDA APÓS O DECURSO DO
PRAZO DE CINCO ANOS CONTADOS DA CITAÇÃO DA EXECUTADA
PRIMITIVA - PRESCRIÇÃO RECONHECIDA - DECRETAÇÃO DE
OFÍCIO CONTRA A FAZENDA PÚBLICA - POSSIBILIDADE (ART. 219,
§ 5º, DO CPC). "Firmou-se na Primeira Seção desta Corte
entendimento no sentido de que, ainda que a citação válida da
pessoa jurídica interrompa a prescrição em relação aos
responsáveis solidários, no caso de redirecionamento da execução
fiscal, há prescrição se decorridos mais de cinco anos entre a
citação da empresa e a citação dos sócios, de modo a não tornar
imprescritível a dívida fiscal." (STJ, AgRg no AREsp 88.249/SP, Rel.
Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em
08/05/2012, DJe 15/05/2012). (TJSC, Agravo de Instrumento n.
2015.013128-4, de Guaramirim, rel. Des. Jaime Ramos, j. 26-01-
2016).

Assim, pelo interregno entre a citação do real devedor e até a


citação da excipiente, deve ser decretada a prescrição intercorrente, com a extinção
da demanda em relação à excipiente.

3. DA NULIDADE DA CDA

Prescreve o inciso II do art. 202 do Código Tributário


Nacional:

Art. 202. O termo de inscrição da dívida ativa, autenticado pela


autoridade competente, indicará obrigatoriamente:
[...]
II - a quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora
acrescidos;
O inciso II do §5º do art. 2º da Lei n. 6.830/1980 reproduz os
termos do Código Tributário Nacional:

§ 5º - O Termo de Inscrição de Dívida Ativa deverá conter:


II - o valor originário da dívida, bem como o termo inicial e a forma
de calcular os juros de mora e demais encargos previstos em lei ou
contrato;

Em atenta análise dos autos, é possível identificar que a CDA


(fl. 3) que instrui a presente execução não possui a capitulação dos juros que foram
acrescidos do valor real da dívida.

Assim, sendo certo que a execução está firmada em título


ilíquido, incerto e inexigível, não há dúvidas acerca da nulidade da inscrição, bem
como da nulidade da execução, na forma do art. 203 do Código Tributário Nacional,
in verbis:

Art. 203. A omissão de quaisquer dos requisitos previstos no artigo


anterior, ou o erro a eles relativo, são causas de nulidade da
inscrição e do processo de cobrança dela decorrente, mas a
nulidade poderá ser sanada até a decisão de primeira instância,
mediante substituição da certidão nula, devolvido ao sujeito
passivo, acusado ou interessado o prazo para defesa, que somente
poderá versar sobre a parte modificada.

Destarte, tendo a Fazenda Estadual tolhido o direito de ampla


defesa do executado, necessário é o reconhecimento da nulidade da CDA e, portanto
da execução firmada em título que não possui as formalidades básicas para se tornar
exigível.

4. DA IMPOSSIBILIDADE DO REDIRECIONAMENTO

Não se desconhece que o art. 135 do Código Tributário


Nacional estabelece que os sócios podem ser responsabilizados pelos créditos
tributários da empresa. Contudo, o mesmo dispositivo também estabelece que os
co-responsáveis pelos débitos fiscais só serão pessoalmente responsabilizados
quando estes débitos forem resultantes de atos praticados com excesso de poderes
ou infração de lei, contrato social ou estatutos.
No caso em questão, sequer houve pedido de redirecionamento do
feito e, ainda que houvesse pleito neste sentido, a sujeição da excipiente ao pagamento do
crédito não seria legítima, uma vez que nada nos autos foi comprovado acerca da atuação
da excipiente enquanto sócia da empresa.

De mais a mais, não há na CDA indicação do sócio administrador da


empresa, mas apenas da sociedade empresária, tornando certa a necessidade de
comprovação de que a excipiente tenha atuado de forma ilídima ou que ocupava o posto de
sócio-gerente à época dos fatos geradores do tributo.

Nesse sentido:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL. PRETENSÃO DE


REDIRECIONAMENTO DO FEITO AOS SÓCIOS-GERENTES.
AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO, A PARTIR DE ELEMENTOS A
SEREM EVIDENCIADOS PELO FISCO, DE QUE AS PESSOAS CONTRA
QUEM SE PRETENDE REDIRECIONAR A LIDE OCUPASSEM O
POSTO DE SÓCIOS-GERENTES À ÉPOCA DOS FATOS GERADORES
DO TRIBUTO INADIMPLIDO E DE QUE O TENHA MANTIDO ATÉ A
ÉPOCA EM QUE TERIA OCORRIDO A DISSOLUÇÃO IRREGULAR.
INEXISTÊNCIA DE ACERVO FÁTICO-PROBATÓRIO SUFICIENTE
PARA ENSEJAR O REDIRECIONAMENTO DA EXECUÇÃO FISCAL.
MANUTENÇÃO DO DECISUM. RECURSO CONHECIDO E
DESPROVIDO. "'O pedido de redirecionamento da execução fiscal,
quando fundado na dissolução irregular da sociedade executada,
pressupõe a permanência de determinado sócio na administração
da empresa no momento da ocorrência dessa dissolução, que é,
afinal, o fato que desencadeia a responsabilidade pessoal do
administrador. Ainda, embora seja necessário demonstrar quem
ocupava o posto de gerente no momento da dissolução, é
necessário, antes, que aquele responsável pela dissolução tenha
sido também, simultaneamente, o detentor da gerência na
oportunidade do vencimento do tributo. É que só se dirá
responsável o sócio que, tendo poderes para tanto, não pagou o
tributo (daí exigir-se seja demonstrada a detenção de gerência no
momento do vencimento do débito) e que, ademais,
conscientemente, optou pela irregular dissolução da sociedade
(por isso, também exigível a prova da permanência no momento da
dissolução irregular)' (EDcl nos EDcl no AgRg no REsp
1009997/SC, rela. Mina. Denise Arruda, j. 4-5-2009)" (AgRg no
REsp 1418854/SP, rel. Min. Humberto Martins, j. em 05/02/2014).
Se a certidão de dívida ativa que embasa a execucional não traz em
seu bojo o nome do sócio-administrador, mas apenas da sociedade
empresária, a pretensão de responsabilização pessoal imprescinde
da comprovação, a partir de elementos a serem evidenciados pelo
Fisco, de que a pessoa contra quem se pretende redirecionar a lide
ocupava o posto de sócio-gerente à época dos fatos geradores do
tributo, e de que o tenha mantido até a época da dissolução
irregular,o que não restou observado na hipótese vertente. (TJSC,
Agravo de Instrumento n. 2015.067086-5, de Jaraguá do Sul, rel.
Des. Carlos Adilson Silva, j. 01-03-2016).

Como se viu, é obrigação da parte excepta comprovar as supostas


irregularidades na conduta da antiga sócia da empresa, a fim de que a demanda executiva
se volte contra esta. Contudo, como no caso nada foi comprovado, a exclusão desta do pólo
passivo da presente execução é medida de justiça!

5. DOS PEDIDOS

Diante do exposto, requer:

5.1 Seja recebida a presente Exceção de Pré-executividade, a


ser distribuída por dependência nos autos da execução fiscal de n. XXXX;

5.2 Seja intimada a parte excepta para, querendo, apresentar


resposta;

53. A procedência da presente Exceção de pré-executividade


para:

a) Reconhecer a prescrição intercorrente, extinguindo-se o


feito com relação à excipiente;

b) Reconhecer a nulidade da CDA, declarando a extinção da


execução;

c) Reconhecer a impossibilidade do redirecionamento do


feito, extinguindo-se a demanda em relação à excipiente.

5.4 Requer a devida condenação do excepto ao pagamento


dos ônus sucumbenciais e honorários advocatícios.

5.5 Requer a fixação de URH à curadora nomeada.


Termos em que, pede e espera deferimento.

Data.

____________________________
advogado

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