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FACULDADE KURIOS - FAK

DEPARTAMENTO DE GRADUAÇÃO, PESQUISA E EXTENSÃO


CURSO DE PEDAGOGIA

O VALOR PEDAGÓGICO DAS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS NA TURMA DO


1º ANO DOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

FRANCISCA FABIANA BRAGA VIANA FÉLIX

MARANGUAPE-CE
2017
FRANCISCA FABIANA BRAGA VIANA FELIX

O VALOR PEDAGÓGICO DAS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS NA TURMA DO


1º ANO DOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Artigo apresentado Coordenação


do Curso de Graduação em
Pedagogia da Faculdade Kurios –
FAK, como requisito parcial para a
obtenção do titulo de graduada em
Pedagogia.

Orientador (a): Me. Braz, Jenivando


Lira

MARANGUAPE–CE
2017
TERMO DE APROVAÇÃO

FRANCISCA FABIANA BRAGA VIANA FÉLIX

O VALOR PEDAGÓGICO DAS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS NA TURMA DO 1º


ANO DOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Artigo apresentado à Banca Examinadora do Programa de Graduação, Pedagogia


Faculdade Kurios – FAK, como requisito parcial para a obtenção do título de
graduada em Pedagogia.

Artigo aprovado em ____/____/____ Nota:_____

_____________________________________________________
Francisca Fabiana Braga Viana Félix

Banca Examinadora:

_____________________________________________________
Me. Jenivando Lira
Prof. Orientador

_____________________________________________________
Ma. Rosângela Duarte Marques Castro
Coordenadora do curso

MARANGUAPE–CE
2017
O VALOR PEDAGÓGICO DAS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS NA TURMA DO 1º
ANO DOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

FÉLIX, Francisca Fabiana Braga Viana1


BRAZ, Jenivando Lira2

RESUMO

Esta pesquisa busca averiguar o valor das histórias em quadrinhos para a formação
do leitor. Apresenta resultados parciais de uma pesquisa bibliográfica acerca da
utilização do gênero textual Histórias em Quadrinhos (HQs) como material
pedagógico. O propósito geral desta pesquisa consiste em verificar aspectos
didáticos do gênero textual HQs como recurso eficaz para a formação e
aprimoramento de leitores nas práticas pedagógicas em sala de aula. A pesquisa
revelou a compreensão das HQs como um material pedagógico valoroso para a
conquista dos alunos ao processo de ler e desenvolvimento das habilidades leitoras.
Desse modo, pretende-se com esta pesquisa, colaborar com os professores e
profissionais, para que possam incrementar suas aulas, tornando-as lúdicas e
especiais, oferecendo às crianças aulas entusiasmadas, por meio da introdução das
histórias em quadrinhos como uma forma leve de aprendizagem.

Palavras-chave: Histórias em Quadrinhos. Leitura. Aprendizagem.

ABSTRACT

This research seeks to investigate the importance of comics for the formation of the
reader. It presents partial results of a bibliographical research about the use of the
textual genre Comic Books (HQs) as pedagogical material. The general objective of
this research is to verify didactic aspects of the textual genre HQs as an effective
resource for the training and improvement of readers in the pedagogical practices in
the classroom. The research revealed the understanding of comics as a valuable
pedagogical material for the students' achievement in the process of reading and

1
Aluno (a) do Curso de Graduação em Pedagogia, e-mail: "Fabiana Felix" fabianaygor@gmail.com.
2 Orientador do artigo. Prof. Mestre Jenivando Lira, do Curso de Graduação em Pedagogia da
Faculdade Kurios – FAK, e-mail: vando_lira@yahoo.com.br.
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developing reading skills. In this way, it is intended with this research, to collaborate
with teachers and professionals, so that they can increase their classes, making
them playful and special, offering the children enthusiastic classes, through the
introduction of the comics as a light form of learning.

Keywords: Comics. Reading. Learning.

1 INTRODUÇÃO

Ler quadrinhos é natural em crianças, que começam a ler através das


imagens, como começar a desenhar imagens antes de escrever. Portanto, antes de
ler as letras, palavras ou frases, deve começar a ler as imagens. A história em
quadrinhos tem o apelo que são geralmente contos, argumentos simples, com fotos
coloridas e textos muito curtos. Eles também são vinhetas sequenciais que seguem
um argumento.
Brincando com livros, quadrinhos e revistas, é possível que a criança se
torne um leitor que tenha prazer em ler.
A palavra “quadrinhos” vem do Inglês Comics e refere-se tanto a uma série
ou sequência de vinhetas de desenvolvimento narrativo, como um livro ou uma
revista contendo estas vinhetas.
Esta pesquisa analisa a importância dos quadrinhos para formação de
leitores e sugere que os professores usem estas ferramentas para auxiliar os
estudantes a criar, armazenar e publicar as suas próprias histórias em quadrinhos, e
melhorar suas habilidades de contar histórias, como também à leitura e a escrita, e
alfabetização visual.
Segundo os dados coletados, os professores encontraram no formato Comic
ou HQs facilidade em entender e usá-los. Porque os quadrinhos apresentam
quadros sequenciais, é dinâmica e fácil para os leitores acompanhar a história. Cada
caixa contém imagem e texto e a sequência destas imagens ajudam os alunos a
refletir sobre a importância de sintetizar e compreender os pontos chaves da história
narrada.
Para cumprir o objetivo, utilizou-se o método bibliográfico, pesquisando
diversos livros. É mencionada a importância das HQs para a formação do leitor,
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discorrendo e aprofundando no tema e no estudo das Histórias em Quadrinhos nos


livros didáticos de Língua Portuguesa das séries iniciais do Ensino Fundamental.
Nesse contexto, as HQs, em suas questões educativas e auxiliadoras no
desenvolvimento da leitura, têm acompanhado a contínua evolução social. Diante
desse quadro tratamos da temática com a presunção teórica de Vergueiro (2010 e
2009), Brasil – PCNs (1998) e Ramos (2009), Amelia Hamze (2008) dentre autores
também de suma relevância.

2. OS QUADRINHOS NO BRASIL

O crédito pelo gênero de histórias em quadrinhos no Brasil é dado ao


cartunista italiano Ângelo Agostini, radicado brasileiro, escreveu no ano de 1869, As
Aventuras de Nhô Quim ou Impressões de uma viagem à corte.

[...] o aparecimento de um novo veículo de disseminação dos quadrinhos,


as publicações periódicas conhecidas como comic books – no Brasil, gibis-,
nos quais logo despontaram os super-heróis, de extrema penetração junto
aos leitores mais jovens, ampliou consideravelmente o consumo dos
quadrinhos, tornando-os cada vez mais populares. A Segunda Guerra
Mundial ajudou a multiplicar essa popularidade [...] As revistas de histórias
em quadrinhos tiveram suas tiragens continuamente ampliadas, atingindo
cifras astronômicas naqueles anos. (VERGUEIRO, 2004, p. 11)

Quinze anos depois, diante da segunda guerra mundial e alegrando os


ânimos, foram criados os primeiros quadrinhos brasileiros de longa duração, as
Aventuras do Zé Caipora.
Nesse período as histórias em quadrinho ajudaram a definir vários tipos de
personagens como meios de escape para tempos conturbados

Há cem anos foi publicado o primeiro número da revista O Tico- Tico pela
Sociedade O Malho, do Rio de Janeiro. Tratava-se de uma publicação
afinada com seu tempo, com uma proposta séria de colaborar para o
entretenimento e formação da criança brasileira. (VERGUEIRO, 2005 p. 18)

Em 1905 surgiram outras histórias em quadrinhos nacionais com o


lançamento da revista O Tico-Tico. Por sua vez emergiu Monteiro Lobato em 1920.
Adolfo Aizen lançou em meados de 1930, o Suplemento Juvenil,
introduzindo no Brasil as histórias americanas. Com o sucesso ele editou mais duas
revistas o “Mirim” e “Lobinho”. Em 1937, O Globo Juvenil, de Roberto Marinho entrou
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no ramo das histórias em quadrinhos e depois de dois anos lança o Gibi, nome que
passaria a ser também sinônimo de revistas em quadrinhos.

Acompanhando a expansão da imagem, começam a aparecer as Páginas


Infantis nos jornais de grande circulação. Em 1950, a revista-em-quadrinhos
Pato Donald é introduzida no Brasil [...] A partir daí abre-se o nosso
mercado às produções de Walt Disney. (COELHO, 1991, p.250).

Começaram a serem publicadas no Brasil na década de 50, pela Editora


Abril, as histórias em quadrinhos da Disney. Com a revista Sesinho, do SESI, surge
figurinhas carimbadas das HQs no país, como Ziraldo, Fortuna e Joselito Matos.
Para enfrentar a concorrência dos heróis americanos, os quadrinhos
nacionais transformaram as aventuras de heróis em novelas juvenis transmitidas ao
público através do rádio, ou seja, radiofônicas, como O Vingador, de P. Amaral e
Fernando Silva e Jerônimo; O herói do Sertão, de Moisés Weltman e Edmundo
Rodrigues. Personagens americanos tiveram suas versões brasileiras, como o
Fantasma.

[...] a literatura-em-quadrinhos, a partir dos anos 50, cresce em importância


como produto dos mais lucrativos na área da imprensa. As editoras
especializadas vão-se organizando cada vez mais com eficiência [...] para
atender ao crescente público em todo o Brasil (ou pelo menos nos centros
urbanos mais importantes). (COELHO, 1991, p. 252)

A década de 60 espelhava o surgimento da tecnologia. A imagem televisiva


gerava um veículo de marketing, influenciando um desvairado consumo.
Aumentaram as publicações e os personagens brasileiros. Destacando o
Pererê, de Ziraldo (mais tarde O Menino Maluquinho), Gabola, de Peroti, Sacarrolha,
de Primaggio e todos os personagens de Maurício de Sousa.
O jornal Pasquim ficou famoso através das tirinhas de quadrinhos,
principalmente os de Jaguar. Daniel Azulay também criou um herói brasileiro, o
Capitão Cipó, representando o melhor momento dos quadrinhos nacionais.
A Editora Abril passou a publicar os heróis da Marvel e da DC Comics no
Brasil, como Capitão América, Batman, Super-Homem, Homem-Aranha e Incrível
Hulk, dentre outros, disponibilizando alguns na TV.
A partir de 80, os grandes jornais brasileiros inseriram trabalhos de autores
nacionais em suas tirinhas. Dentre eles: Miguel Paiva com Radical Chic, Glauco com
Geraldão, Laerte com Piratas do Tietê e Luís Fernando Veríssimo com As Cobras.
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Também a edição brasileira da revista americana Mad passou a publicar trabalhos


com autores brasileiros.
Nos anos 90 o mercado brasileiro cresceu. Novas revistas em quadrinhos
são editadas no Brasil, sobretudo da recém-criada Image Comics.
O Brasil entrou no século XXI com o mercado de quadrinhos em expansão.
A Editora Globo continuou a publicar os gibis da Turma da Mônica; a Editora Abril
seguiu confiante com os quadrinhos de heróis das americanas Marvel. DC e Image;
a revista Heavy Metal americana lançou sua edição brasileira.
Atualmente, elas são requeridas pela Lei de Diretrizes e Bases e os
Parâmetros Curriculares Nacionais. Vergueiro (2010) destaca que, em muitos
países, os órgãos oficiais de educação implantaram também nos currículos
escolares o uso das HQs. O mesmo autor dar ênfase algumas de suas importâncias
no contexto escolar.
Nesse sentido, os autores das HQs acompanham a evolução cultural de
cada povo, fazendo as modificações nas características com o intuito de manter as
preferências e a fidelidade dos leitores que, valorizam essas obras, contribuem para
enriquecê-las e conscientizar o valor no contexto escolar.

3.O GENERO TEXTUAL - HQs

Os gêneros textuais são enunciados escritos ou orais, utilizados no dia a dia


de cada indivíduo, sendo que cada um possui suas características específicas.
Afirma Bakhtin:

A utilização da língua efetua-se em forma de enunciados (orais e escritos)


(...). O enunciado reflete as condições específicas e as finalidades de cada
uma dessas esferas [esferas da atividade humana], não só por seu
conteúdo (temático) e por seu estilo verbal, ou seja, pela seleção operada
nos recursos da língua- recursos lexicais, fraseológicos e gramaticais-, mas
também, e sobretudo, por sua construção composicional [...]. Qualquer
enunciado considerado isoladamente é, claro, individual, mas casa esfera
de utilização da língua elabora seus tipos relativamente estáveis de
enunciados, sendo isso que denominamos gêneros do discurso. (BAKHTIN,
2003, p. 279).

Os gêneros textuais sendo tomado como objeto de ensino possibilita o


desenvolvimento de habilidades necessárias ao educando para a aquisição da
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proficiência na leitura. Essa possibilidade se deve a grande variedade de gêneros


textuais podendo atender às necessidades de cada habilidade.
Os gêneros textuais cumprem uma importante função social especifica e
estão sempre a serviço da linguagem e da comunicação. Embora seja muitos,
apresentam suas originalidades que nos permitem identifica-los.
As HQs tem suas características inconfundíveis, sempre de acordo com o
gosto e a criatividade dos autores. As linhas que contornam cada quadro expressam
informações importantes para o leitor, sendo assim impossível não reconhece-las
em meio aos outros gêneros textuais. Essa característica lúdica ajuda que o
educando tenha interesse por esse tipo de gênero.
Partindo para uma tentativa de definir o que significa um gênero textual,
serão enfocadas aqui, basicamente, as ideias de Marcuschi e Bakhtin. Inicialmente
vale frisar que, de um modo geral, os gêneros textuais dizem respeito a todas as
formas de texto, quer sejam eles escritos ou orais, que são resultantes do processo
interativo existente na sociedade, o qual registra e amplia a comunicação ao longo
da história.
Para Marcuschi (apud DIONISIO, MACHADO, BEZERRA, 2003, p.19):

(...) os gêneros textuais são fenômenos históricos, profundamente


vinculados à vida cultural e social. Fruto de trabalho coletivo, os gêneros
contribuem para ordenar e estabilizar as atividades comunicativas do dia-a-
dia (...). Surgem emparelhados a necessidades e atividades socioculturais,
bem como na relação com inovações tecnológicas (...)

Desse modo, entende-se que os gêneros, sob esta ótica são fenômenos
sócio-histórico-culturais, ou práticas sociais comunicativas, que emergem em cada
cultura num dado momento da sua história.
As HQs realizam-se no meio escrito, mas buscam reproduzir a fala (no geral
de uma conversa informal) nos balões, com a presença constante de interjeições,
reduções vocabulares, etc. Sua concepção é de base escrita, pois os chamados
“guiões” – narrativas verbais que orientam o trabalho do desenhista precedem a
quadrinização, assemelhando-se aos roteiros de cinema.
O gênero textual HQs é classificado como texto narrativo, uma vez que
predominando no discurso sequências narrativas, mesmo que se interrompam,
algumas vezes, pelas sequências descritivas.
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Considerando-se a visão bakhtiniana, os gêneros discursivos referem-se a


"(...) todas as formas de enunciado (...) que variam de acordo com as esferas de
comunicação (...)"Dionísio e Bezerra (2002, p.39). Destaca-se o fato de que esta
concepção proposta por Bakhtin é retomada também pelos PCNs de Língua
Portuguesa, é importante que o educando tenha contato com os variados tipos de
textos e gêneros, e que saibam que estes podem ser organizados de diferentes
formas, quando afirmam que "(...) os vários gêneros existentes (...) constituem
formas relativamente estáveis de enunciados, disponíveis na cultura, caracterizados
por três elementos: conteúdo temático, estilo e construção composicional (...)"
(BRASIL, 1998, p.26). Nesse sentido é que os PCNs defendem o uso do texto como
unidade de ensino, mas frisando a ideia de que qualquer texto se estabelece no
interior de um dado gênero.
Sendo entendido que o aluno tem que ter o contato com vários tipos de
gênero, saindo assim do tradicional e entrando no dinamismo, ajudando alunos com
problemas a aquisição da leitura e até mesmo aquele que já aprenderam a ler mas
tem dificuldades de desenvolve-la. As histórias em quadrinhos por sua vez estão
cumprindo esse papel como um tipo de gênero textual dinâmico, trazendo o aluno
para mais perto do prazer pela leitura.

4. HQS COMO MATERIAL PEDAGÓGICO

A alfabetização é uma fase importante da vida escolar de uma pessoa, nela


se desenvolve habilidades primordiais para os demais períodos escolares com a
leitura e a escrita. Entende-se por alfabetização a aprendizagem do uso da
linguagem na leitura e na escrita com a adequação do dialeto, possibilitando a
comunicação.
Dentre os diversos gêneros textuais, as Histórias em Quadrinhos no
contexto escolar desempenham um papel de mediadoras do conhecimento,
estimulam a leitura e desenvolvem o cognitivo; Elas vêm ganhando espaço nos
contexto escolar é uma forma diferenciada de trabalho. É uma forma de somar a
diversidade cultural e o conhecimento. As histórias em quadrinhos é o tipo de Leitura
que traz interesse, Leva o aluno a pensar, refletir, querer entender, raciocinar. Elas
ajudam na construção do saber e acima de tudo sempre estão tratando de temas
atuais, provocando interesse e curiosidade.
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Sendo assim professores compreendem o uso das Histórias em Quadrinhos


como material pedagógico. E justificam que é possível o trabalho com diferentes
assuntos e conteúdo; Fazem parte do material escolar e são veículos de informação
e entretenimento; Interesse pela leitura, análise visual e oral. Facilita a produção
textual; É uma forma de apropriação literária e cultural. Gênero de fácil leitura.
Podem ser exploradas como gênero e uso da linguagem; Elaboração de atividades;
Fala, pontuação, recursos visuais, onomatopeias, intenções do autor; Não é apenas
uma leitura divertida; Tem uma relação direta com o ensino-aprendizagem;
Estimulam a leitura, criatividade e entretenimento. Elas são literatura (VERGUEIRO,
2004).
Seguindo a recomendação dos PCNs de Língua Portuguesa do Ensino
Fundamental para o uso dos gêneros do discurso no contexto da sala de aula,
particularmente para desenvolver e aprimorar a leitura, como também oferecer o
contato dos alunos a diversidade textual da nossa literatura, em destaque o gênero
discursivo Histórias em Quadrinhos.
O autor das HQs expressam diferentes modos de viver em suas histórias,
ofertando leituras significativas com o uso de símbolos variados que vão ao encontro
do gosto e das necessidades atuais, às aspirações humanas expressas desde
tempos mais antigos.
Desta forma as HQs em geral abrange a narrativa popular, próxima ao
cotidiano, por esse motivo é uma excelente ferramenta estimuladora da leitura,
tornando a leitura significativa e lúdica. Os autores das HQs expressam diferentes
modos de viver em suas histórias, ofertando leituras significativas com o uso de
signos variados que vão ao encontro do gosto e das necessidades atuais, atrelados
às aspirações humanas expressas desde tempos mais antigos, “[...] aguçando sua
curiosidade e desafiando seu senso crítico” (VERGUEIRO, 2010, p. 21). Amélia
Hamze (2008) afirma que:

As histórias em quadrinhos possuem potencialidade pedagógica especial e


podem dar suporte a novas modalidades educativas, podendo ser
aproveitadas nas aulas de Língua Portuguesa, História, Geografia,
Matemática, Ciências, Arte, de maneira interdisciplinar, fazendo com que o
aprendizado se torne ao mesmo tempo, mais reflexivo e prazeroso em
nossas salas de aula. (HAMZE, 2008, p. 122).
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Nesse contexto, Custódio (2007, p. 65) salienta que por meio das HQs “[...]
pode-se tratar de qualquer assunto, em qualquer disciplina ou grau de ensino. A
contribuição para a Língua Portuguesa, Redação, leitura e Educação Artística
dispensa comentários”. Vê-se a possibilidade multidisciplinar e interdisciplinar dessa
ferramenta fabulosa, que explorada de forma correta possibilita a mediação do
conhecimento em todas as áreas de conhecimento.
É visto que esse tipo de gênero textual é tão importante quanto os demais e
acima de tudo divertida e incentivadora, por ser uma forma agradável e lúdica de
leitura aos olhos de quem ler. Fugindo do tradicional o professor que souber ter as
HQs como um aliado em suas mãos terá bastante sucesso com seus alunos, com
aulas dinâmicas e prazerosas trazendo estes para o mundo da leitura com prazer, e
o que é mais importante, com a vontade de ler cada vez mais buscando leitura de
todos os tipos de gênero.
Ramos (2010) destaca que se há tempos mais remotos as HQs foram
desprestigiadas e desvalorizadas pela comunidade escolar, pelos pais e estava em
grande expansão e nos dias atuais, elas têm sido inseridas nas escolas por meio de
incentivos governamentais. Prova disso são os PCNs, provas de vestibular, (ENEM)
Exame Nacional do Ensino Médio, dentre outras avaliações como também no livro
didático, principalmente nos anos iniciais por ser uma forma agradável e lúdica de
leitura.
As crianças podem desenvolver habilidades de escrita e leitura, quando lhes
é dada a oportunidade de criar as suas próprias histórias em quadrinhos através de
projetos desenvolvidos na escola.
O conhecido escritor de quadrinhos e editor Stan Lee, que criou, entre
outros, Homem-Aranha, o Incrível Hulk e os X-Men, fundou a Fundação Lee Stan
em 2010. Quando perguntado se ele estava surpreso com o uso dos quadrinhos na
educação, Lee respondeu que já em 1960 tinha começado a receber cartas de
professores que anunciam os efeitos positivos das histórias em quadrinhos sobre
seus alunos. Estes professores indicaram que viu melhora na gramática e
composição em crianças que leem histórias em quadrinhos.
Nos dias atuais está mais que provado a importância da inserção da HQs
nas aulas de ensino e incentivo a leitura para a contribuição positiva no rendimento
do aluno, por ser um tipo de gênero textual que chama bastante atenção, ela tem
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contribuído para o processo de ensino aprendizagem. Sua ludicidade faz com que
os alunos tenham interesse cada vez mais pela leitura.
Os PCN’s - Parâmetros Curriculares Nacionais da Língua Portuguesa,
referente ao uso dos quadrinhos pelos professores, permitem a reflexão e a
compreensão do uso desse gênero na aquisição e aprimoramento da leitura em sala
de aula.
Importante lembrar que a aquisição da leitura é o ponto crucial na vida do
discente, ela precisa ocorrer de forma que o principiante sinta prazer em receber
esse aprendizado e adquira conhecimento, as histórias em quadrinhos pode ser
essa chave que abrirá portas para a curiosidade e o deleito desse aprendizado a
leitura, por ter ludicidade em suas características.
Segundo Vergueiro e Ramos (2009), as HQs já foram consideradas
prejudiciais para os alunos, vistas somente como entretenimento e que distanciava
os alunos de leituras adequadas para a formação do leitor. As HQs de acordo com
autores passaram a ser compreendidas como leitura não somente pelo público
infantil, mas pelas diversas faixas etárias diante do valor desse gênero, e além de
entreterem no decorrer da leitura, edificavam o conhecimento.
Há um enorme valor educativo nas histórias em quadrinhos. Quando usado
para complementar o currículo, esse gênero recebe de forma confortável alunos na
alfabetização e permite que eles se tornem leitores autônomos e motivados ao longo
da vida.
Nos PCN’s de Língua Portuguesa do Ensino Fundamental, há uma
classificação dos gêneros propostos para o contexto escolar. E nesta seleção
existem alguns gêneros que foram considerados importantes para a aprendizagem
da escuta e da leitura de textos, sendo apropriados para desenvolver a linguagem
oral e com a linguagem escrita.
Nesse sentido, os PCNs ressaltam a importância e a necessidade de se
apresentar, identificar e compreender as várias linguagens e os diversos gêneros
textuais existentes no universo cultural.
Histórias em quadrinhos são baseadas na ideia de processos de
pensamento sequenciais que são espelhados em áreas de Ciências e Matemática.
Há comics que são feitos especificamente para esses temas em sala de aula.
Os quadrinhos podem promover a aquisição do conhecimento em todas as
áreas de conteúdos, podendo atingir os estudantes com dificuldades. Não somente
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permite aos alunos expressar seu conhecimento e compreensão através de um meio


alternativo, mas também faz os alunos se sentirem mais confortáveis com a
alfabetização como um todo.
Muitas pessoas provavelmente não associam os gibis com a aprendizagem,
mas estas publicações pode ser uma ótima maneira de obter nas crianças interesse
pela leitura. Organizações sem fins lucrativos, fundações e programas têm utilizado
os quadrinhos para promover a leitura, combater o analfabetismo e incentivar a
criatividade e como propagador de ideias e veículo de propaganda. Os quadrinhos
estão sendo usados como diversão e ferramentas educacionais influentes.
A utilização das HQs para a aquisição da leitura pode ser realizada de
diversas maneiras. Neste trabalho, serão apresentadas algumas propostas visando
o desenvolvimento da leitura compreensiva oral e escrita.
Com o Texto a partir da imagem Essa estratégia resulta na produção do
texto verbal; Desenvolve a capacidade de decodificação a partir das imagens;
Estimula o Comportamento escritor do aluno; Desenvolve a competência escrita.
Imagem a partir do texto Essa técnica resulta na elaboração do texto visual a
partir do texto verbal; Desenvolve a competência leitor compreensiva do texto;
Estimula o Comportamento leitor do educando; Desenvolve a capacidade criativa.
Desenvolvendo a habilidade de Leitura, compreensão e discussão da HQ -
Desenvolve a competência leitora compreensiva do texto; instiga o Comportamento
leitor; Desenvolve a competência oral; Desenvolve o senso crítico; Possibilita o
desenvolvimento da competência argumentativa.
Com a produção de HQs a partir de um tema discutido em sala, desenvolve-
se a competência da escrita, a capacidade criativa, e a produção do gênero textual
HQ.
Estudos mostram que os quadrinhos podem ajudar os jovens e os leitores a
começarem a entender melhor os conceitos de narrativa, estrutura da história e
desenvolvimento do caráter (MARTINS, 2004).

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho tenta modestamente explicitar informações no âmbito da


utilização dos quadrinhos como recurso didático em sala de aula. Ao longo deste
trabalho pode ser visto que o objetivo fundamental descrito neste artigo com o
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respaldo do referencial teórico, como também da minha experiência em sala de aula


foi sensibilizar os demais profissionais da educação em fazê-los acreditar que o uso
deste recurso aumenta a motivação e o desenvolvimento do aluno no processo da
leitura e aprendizagem. E isso ocorre não só na disciplina de língua portuguesa mas
em, matemática, geografia, histórias e em todas as disciplinas trabalhadas em sala
de aula.
Em suma, visa promover e reivindicar ler quadrinhos e usar como uma
ferramenta complementar de ensino no âmbito escolar. Além disso, enfatizamos que
é um recurso que os professores têm e que devem saber combinar com muitos
outros, a fim de alcançar a motivação dos alunos de forma satisfatória.
É uma ferramenta pedagógica lúdica e prazerosa, excelente para um
processo de ensino-aprendizagem de sucesso. Fomenta atitudes que favoreçam a
assertividade, reflexão, flexibilidade, dinamismo, comprometimento, empatia e
compreensão.

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

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BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares


Nacionais: ensino fundamental 3º e 4º ciclos: Língua Portuguesa. Brasília:
MEC/SEF, 1998.

COELHO, Nelly Novaes. Panorama Histórico da Literatura Infantil/Juvenil. 4. ed. São


Paulo: Ática, 1991.

CUSTÓDIO, José de Arimathéia Cordeiro. O superpoder da leitura. In: REZENDE,


Lucinea Aparecida de. Leitura e Visão de Mundo: Peças de um Quebra-cabeça.
Londrina: Eduel, 2007.

HAMZE, Amelia. Artigo - História em quadrinhos e os Parâmetros Curriculares


Nacionais. São Paulo. Disponível em: <http://pedagogia.brasilescola.com/trabalho-
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MARCUSCHI, Luiz Antônio. Gêneros Textuais: definição e funcionalidade. In.:


DIONÍSIO, Angela Paiva; MACHADO, Anna Rachel; BEZERRA, Maria Auxiliadora.
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RAMOS, Paulo. A leitura dos quadrinhos. São Paulo: Contexto, 2010.


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VERGUEIRO, Waldomiro. A linguagem dos quadrinhos: uma “alfabetização”


necessária. In: RAMA, Ângela; VERGUEIRO, Waldomiro. (Orgs.). Como usar as
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____________________; RAMOS, Paulo (Orgs). Os quadrinhos (oficialmente) na


escola: dos PCN ao PNBE. In: VERGUEIRO, Waldomiro; RAMOS, Paulo.
Quadrinhos na educação. São Paulo: Contexto, 2009.

____________________ Uso das HQ no ensino In:_____(Org), Como usar as


histórias em quadrinhos na sala de aula. São Paulo: Contexto, 2004.

MARTINS, Silvane Aparecida de Freitas. Histórias em Quadrinhos: Um convite para


a iniciação do leitor. In: I SIMPÓSIO CIENTÍFICO-CULTURAL, 2004. Anais.
Paranaíba: UEMS, 2004

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