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EXCELENTISSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA

_____ VARA CÍVEL DA COMARCA DE MINAÇU, ESTADO DE GOIÁS.

IRACI BATISTA AGUIAR NOGUEIRA, brasileira, solteira,


portadora da cédula de identidade de nº 3768454 DGPC/GO e inscrita no
Cadastro de Pessoa Física de nº 893.028.851-00, residente e domiciliada na
Avenida Minas Gerais, Qd. 104, Lt. 04, S/N, Centro, Minaçu/Goiás. CEP.
76.450-000, por meio de seu advogado que esta subscreve, com escritório
profissional mencionado no rodapé desta, onde recebe notificações e
intimações, vem mui respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com o
fulcro no artigo 381, inciso III, § 5º do Código de Processo Civil propor:

AÇÃO DE JUSTIFICAÇÃO JUDICIAL

em face de INSTUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL,


na pessoa de seu representante legal xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, pelos motivos de
fato e de direito a seguir aduzidos.

 DA ASSISTÊNCIA JURÍDICA GRATUITA

Antes de iniciar os fatos e direito, é mister apresentar a


situação econômica da requerente. A mesma dependia economicamente do de
cujus JOSE MANOEL BARBOSA, que faleceu em maio de 2016 e até a
presente data, não conseguiu receber por direito seu benefício previdenciário de
pensão por morte.

A mesma não possui outra fonte de renda e vive por meio


de ajuda, até que haja o deferimento do benefício previdenciário.

A Constituição Federal de 1988, em seu art. 5º, LXXIV


relata sobre a Gratuidade de Justiça, pois esta exige a comprovação da
hipossuficiência para a sua decretação.

AGRAVO DE INSTRUMENTO. PEDIDO DE ASSISTÊNCIA


JUDICIÁRIA. PESSOA FÍSICA. DECLARAÇÃO E COMPROVAÇÃO DA
HIPOSSUFICIÊNCIA ECONÔMICA.

(...)

3- Como se verifica, a inventariante é pensionista cujo valor


do benefício se limita 1 (um) salário mínimo. Já as custas judiciais iniciais
ultrapassam o rendimento da autora naquela época, o que denota,
clarividente, sua hipossuficiência. GRATUIDADE DEFERIDA. AGRAVO
CONHECIDO E PROVIDO.

(...)

(TJGO, AGRAVO DE INSTRUMENTO 370930-


27.2012.8.09.0000, Rel. DES. NORIVAL SANTOME, 6A CAMARA CIVEL,
julgado em 13/10/2015, DJe 1899 de 28/10/2015).

Assim, requer-se a decretação inicial da assistência


judiciária gratuita, haja vista a sua HIPOSSUFICIÊNCIA.

 DOS FATOS
A requerente era amasia do falecido Sr. JOSE MANOEL
BARBOSA, desde meados do ano de 2013, mais de três anos de convivência,
mas sem filhos.

Enquanto o de cujus laborava em seu pequeno comércio


localizado na Avenida Maranhão, esquina com a rua 13, a requerente fazia as
tarefas domésticas.

Após ser vítima de um latrocínio, houve o óbito do


mantenedor da residência na data de 12/05/2016, conforme certidão em anexo.

A dependência financeira era plena. O de cujus era o único


mantenedor da residência.

Mas ambos tiveram sua união com esforços mútuos. Após


a união, houve o compartilhamento da residência que pertence a requerente,
mas que mantinha as despesas ordinárias e extraordinárias era o de cujus.

Junta-se aos autos a cópia do cartão da família, onde


constam os dados do casal.

Necessitando a requerente de demostrar a necessidade da


dependência do de cujus ingressa-se com a referida ação de justificação, sendo
o meio cabível, haja vista já ter seu pleito indeferido pelo INSS.

 DO DIREITO

A justificação judicial encontra-se enquadrada no artigo


381 do Código de Processo Civil, que assim leciona:

Art. 381. A produção antecipada da prova será admitida nos


casos em que:

III - o prévio conhecimento dos fatos possa justificar ou evitar o


ajuizamento de ação.
§ 5o Aplica-se o disposto nesta Seção àquele que pretender
justificar a existência de algum fato ou relação jurídica para simples documento
e sem caráter contencioso, que exporá, em petição circunstanciada, a sua
intenção.

No presente caso, evita-se o ajuizamento de uma ação


muito mais complexa, e com o mesmo efeito de mérito, qual seja a AÇÃO
DECLARATÓRIA PARA RECONHECIMENTO DE UNIÃO ESTAVEL POST
MORTEN.

O único objetivo da presente ação é a declaração através


de prova testemunhal que a requerente era convivente em união estável,
configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o
objetivo de constituição de família.

Conforme a jurisprudência pátria demonstra, a


possibilidade e aceitação de ingresso da presente ação de justificação judicial,
vejamos:

ADMINISTRATIVO. CONSTITUCIONAL. PENSÃO POR


MORTE. COMPANHEIRA. JUSTIFICAÇÃO JUDICIAL COMPROVANDO A
UNIÃO ESTÁVEL. DEPENDÊNCIA ECONÔMICA. APLICABILIDADE DO
ART. 226, § 3º DA CF/88. CONVIVÊNCIA MORE UXORIO.

1. Comprovada a união estável entre a companheira e o


servidor através de Justificação Judicial, há de ser deferida a pensão.

2. (...)

3. Com base na prova produzida e na Justificação Judicial


também acostada aos autos, pode-se afirmar que a Autora conviveu com
o seu companheiro por mais de 20 anos, até a data do óbito e que ao
tempo da convivência more uxorio, viveu sob sua dependência
econômica.

4. O entendimento pacífico dos nossos tribunais é que


comprovada a união estável e a dependência econômica, há de ser
deferida a pensão por morte de companheiro, posto que a Constituição
Federal, em seu artigo 226, parágrafo 3º, reconheceu a união estável entre
homem e mulher como entidade familiar.

5. Negado provimento às apelações e à remessa necessária

Processo: AC 338641 1997.51.01.102906-4, Orgão Julgador:


QUINTA TURMA, Publicação: DJU - Data::01/12/2004, Julgamento: 24 de
Novembro de 2004, Relator: Desembargador Federal RALDÊNIO BONIFACIO
COSTA.

CIVIL. APELAÇÃO CÍVEL. PENSÃO POR MORTE. SERVIDOR


TEMPORÁRIO CONTRATADO EM DEFINITIVO. CONTRIBUIÇÃO PARA A
PREVIDÊNCIA. CONFIGURADA. JUSTIFICAÇÃO JUDICIAL
COMPROVANDO UNIÃO ESTÁVEL.

1.Conforme redação original do art. 40 § 5º da Carta Magna, não


era necessário que o servidor fosse efetivo para que seus dependentes
fizessem jus à pensão por morte. Ressalte-se que nem mesmo o Estado do
Piauí fazia tal exigência, conforme se depreende da leitura da Lei nº 4.051/86,
vigente à época do falecimento do de cujus.

2. Há entendimento sumulado do Superior Tribunal de Justiça no


sentido de que “a lei aplicável à concessão de pensão previdenciária por
morte é aquela vigente na data do óbito do segurado”.(Súmula nº 340).

3. O de cujus fora contratado pelo Estado do Piauí, em


18/06/1990, pelo regime celetista, para o cargo de agente de polícia (fls. 19).
Há documento emitido em 31 de janeiro de 1991, pela Secretaria de
Segurança do Estado do Piauí, referente ao reenquadramento do de cujus, em
que consta “foi enquadrado em caráter definitivo, no cargo de agente de
polícia, admitido em 18/06/1990, classe única do quadro de pessoal da
Secretaria de Segurança Pública do Estado do Piauí” (fls. 20). 4.Há
Justificação Judicial (fls. 17) julgada procedente para reconhecer o convívio
marital entre o de cujus e a autora. Ademais, na certidão de óbito (fls. 32),
consta a autora como declarante, fato que corrobora o convívio do casal. 5. A
dependência econômica da companheira é presumida, conforme art. 16, I, §
4º da Lei nº 8213/91.

CIVIL. APELAÇÃO CÍVEL. PENSÃO POR MORTE. SERVIDOR


TEMPORÁRIO CONTRATADO EM DEFINITIVO. CONTRIBUIÇÃO PARA A
PREVIDÊNCIA. CONFIGURADA. JUSTIFICAÇÃO JUDICIAL
COMPROVANDO UNIÃO ESTÁVEL. 1.Conforme redação original do art. 40 §
5º da Carta Magna, não era necessário que o servidor fosse efetivo para que
seus dependentes fizessem jus à pensão por morte. Ressalte-se que nem
mesmo o Estado do Piauí fazia tal exigência, conforme se depreende da leitura
da Lei nº 4.051/86, vigente à época do falecimento do de cujus. 2. Há
entendimento sumulado do Superior Tribunal de Justiça no sentido de que “a
lei aplicável à concessão de pensão previdenciária por morte é aquela vigente
na data do óbito do segurado”.(Súmula nº 340). 3. O de cujus fora contratado
pelo Estado do Piauí, em 18/06/1990, pelo regime celetista, para o cargo de
agente de polícia (fls. 19). Há documento emitido em 31 de janeiro de 1991,
pela Secretaria de Segurança do Estado do Piauí, referente ao
reenquadramento do de cujus, em que consta “foi enquadrado em caráter
definitivo, no cargo de agente de polícia, admitido em 18/06/1990, classe única
do quadro de pessoal da Secretaria de Segurança Pública do Estado do
Piauí” (fls. 20). 4.Há Justificação Judicial (fls. 17) julgada procedente para
reconhecer o convívio marital entre o de cujus e a autora. Ademais, na certidão
de óbito (fls. 32), consta a autora como declarante, fato que corrobora o
convívio do casal. 5. A dependência econômica da companheira é presumida,
conforme art. 16, I, § 4º da Lei nº 8213/91.
(TJPI | Apelação / Reexame Necessário Nº 2016.0001.000243-0
| Relator: Des. Oton Mário José Lustosa Torres | 4ª Câmara Especializada
Cível | Data de Julgamento: 29/11/2016)

Assim, tendo em vista a comprovação que será realizada


por meio de quatro testemunhas, REQUER-SE o reconhecimento da união
estável entre a requerente e o de cujus JOSÉ MANOEL BARBOSA, para fins
de concessão de pensão por morte.

 DOS PEDIDOS

Assim, requer, nos termos do artigo 381, § 5º e seguintes


do Código de Processo Civil, JUSTIFICAR PERANTE VOSSA EXCELÊNCIA,
COM DOCUMENTOS E TESTEMUNHAS, o seguinte:

a) De forma preliminar, requer-se a concessão dos


benefícios da assistência judiciária gratuita, haja vista sua comprovação feita por
meio dos documentos em anexo, bem como a declaração de isenção de seu
imposto de renda, por não ter condições financeiras para declarara o imposto
retido na fonte;

b) Que seja declarado que a requerente conviveu em


regime de união estável, com o de cujus JOSÉ MANOEL BARBOSA,
configurando todos os seus requisitos, sendo devida a pensão por morte, ante
a comprovação da dependência econômica;
c) Diante do exposto, requer de Vossa Excelência,
designar dia e hora para realização de audiência de justificação, efetuando-se a
inquirição das testemunhas abaixo arroladas e, justificado o alegado, de julgar
por sentença, para que produza os devidos e legais efeitos da presente
justificação.
d) Achando Vossa Excelência pertinente, que haja a
citação do INSS (Instituto nacional de serviço social), localizado na Rua 22 Nº
29, Setor Central – Minaçu/Goiás. CEP: 76450000, para que envie seu
procurador para participar da oitiva das testemunhas, requerendo ainda os
benefícios do art. 246, inciso I do Código de Processo Civil.

Dá-se à causa o valor de R$ 9370,00 (novecentos e trinta


e sete reais).

Nesses Termos,

Pede Deferimento.

Minaçu, 03 de janeiro de 2017.

Wilmar Pereira Alvim


OAB/GO 12.026

Eduardo Henrique Ribeiro Silva


OABO/GO 44.228
ROL DE TESTEMUNHAS:

MARIA DE LOURDES FONSECA DOS SANTOS,


brasileira, portadora da cédula de identidade de nº 3248282-3134040 SSP/GO e
inscrita no Cadastro de Pessoa Física de nº 619.008.931-34, residente e
domiciliada na Avenida Minas Gerais, nº 920, Qd. 105, Centro, Minaçu/Goiás.
CEP. 76.450-000;

DEBORA CILENE LOPES PESSOA COELHO, brasileira,


portadora da cédula de identidade de nº 5316839 SPTC/GO e inscrita no
Cadastro de Pessoa Física de nº 976.423.121-72, residente e domiciliada na
Avenida Minas Gerais, nº 843, Qd. 118, Minaçu/Goiás, Centro. CEP. 76.450-000;

ZILDA ELIAS CHARLES MOREIRA, brasileira, portadora


da cédula de identidade de nº 2114197 – 2ª Via DGPC/GO e inscrita no Cadastro
de Pessoa Física de nº 347.781.441-04, residente e domiciliada na Rua 10, nº
262, esquina com a avenida Minas Gerais, Qd. 104, Centro. Minaçu/Goiás. CEP.
76.450-000.

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