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21 Motivos Por Que O Tratamento Com Autoligado Que Está Fazendo Em Seus Pacientes

Não Está Funcionando Como Deveria - Versão 1.0


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Beto Mendes

21 Motivos Por Que O Tratamento Com Autoligado


Que Está Fazendo Em Seus Pacientes Não Está
Funcionando Como Deveria

Um Guia Prático Para Tratar Pacientes


Utiliznando O Sistema Autoligado

Versão 1.0

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Índice

Índice 4

Dedicatória 12

Agradecimentos 13

Sobre o autor 14

Introdução 16

O Que Vai Aprender Neste Livro 18

PARTE I: Análise Da Função E Apoio Externo 21

Capítulo 1: A Análise Funcional 21

1.1 E O Que Devo Olhar Numa Análise Funcional? 23

1.1.1 E Que Espaço É Esse? 23

1.2 E Quando Que Ocorre Cada Um Destes Movimentos? 28

Capítulo 2: Avaliação De Um Profissional De Fonoaudiologia 35

2.1 Forma Ou Função? 35

2.2 E Por Que Isso É Importante? 39

2.3 Resultantes Distais E Norma Para O Equilíbrio Orbicular/Língua 40

Capítulo 3: Avalizção De Um Fisioterapeuta 43

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3.1 Vantagens De Se Ter Um Fisioterapêuta Em Sua Equipe 44

Capítulo 4: Avaliação De Um Otorrinolaringologista 46

4.1 Relação Entre Transtorno De Déficit De Atenção/Hiperatividade


(TDAH) E Respiração Oral. 46

4.2 E Como Posso Relacionar Tudo Isso Com Aparelho Autoligado? 47

PARTE II: Diagnóstico E Planejamento 50

Capítulo 5: Diagnóstico Adequado 50

5.1 E Por Que Faremos Desta Forma? 52

5.2 Análise Cefalométrica De McNamara (Antero/Posterior) 57

5.2.1 Pontos, Linhas E Planos Para McNamara 57

5.2.2 Em Que Devo Prestar Atenção Na Análise De McNamara? 63

5.2.3 A Posição Antero-Posterior Da Maxila(N-Perp ao Ponto A) 63

5.2.4 A Posição Antero-Posterior Da Mandíbula(N-Perp ao Pogônio)


65

5.2.5 O Tamanho : A Importância De Se Medir O Comprimento Efetivo


Da Maxila E Comprimento Efetivo Da Mandíbula. 70

5.2.6 A Altura : Altura Facial Ântero Inferior De McNamar(Ena-M). 74


5.2.7 Qual Relação Existe Entre Altura Facial Inferior, Tamanho E
Posição Da Mandíbula? 76

5.2.8- Um Bônus Desta Análise - A Análise Das Vias Aéreas Para


Encaminhar Ao Otorrinolaringologia 78

5.3 Análise Cefalométrica de Ricketts (Dentes) 81

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5.3.1 Pontos, Linhas E Planos Para Ricketts 81

5.3.2 Avaliação Do Padrão De Crescimento Facial 88

5.3.3 CLASSIFICAÇÃO DO 1˚ MOLAR - Campo Dental De Ricketts -


Relação Molar 92

5.3.4 MORDIDA PROFUNDA - Posição Do Incisivo Inferior Com O


Plano Oclusal 94

5.3.5 Como Diagnosticar e Planejar Mordida Aberta E Sorriso


Gengivoso Usando Análise De Ricketts 131

5.3.6 SORRISO GENGIVOSO 132

5.3.7 MORDIDA ABERTA 140

5.4 Análise Cefalométrica Padrão USP (Vertical) 148

5.4.1 Base do Crânio – Plano Mandibular SN.GoMe = 32° 152

5.4.2 Base do Crânio – Plano Oclusal(Crescimento Da Maxila) SN.Plo =


14° 154

Capítulo 6: Avaliação Do Selamento Labial 158

6.1 Autocinese Anterior E Posterior 159

Capítulo 7: Posição Transversal Dos Segundos Molares 176

7.1 E Como Se Faz Esta Análise? 178

Capítulo 8: Análise Dos Terceiros Molares 184

8.1 Distância Maior Que idade + 3: 186

8.2 Distância Igual A Idade + 3: 187

8.3 Distância Menor Que A Idade + 3: 188

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Capítulo 9: Entendendo Os Fios Para Uso Com Autoligado 190

9.1 PASSAR FORÇAS LEVES E DECRESCENTES 191

9.2 TER BOA MEMÓRIA 192

9.3 SER FLEXÍVEL 193

PARTE III Execução 195

Capítulo 10: Sequência Personalizada De Fios Com O Esqueleto:


0,014(CuNiTi) – 14x25(CuNiTi) – 17x25(Aço) 195

10.1 Protocolo: 196

10.1.1 Iniciar Com Fio Termo Ativado 0,014 196

10.1.2 Definir O Arco Com Fio Termo Ativado 14x25 197

10.1.3 Usar Fios De Aço 17x25 Para Formatar, Deslizar E Finalizar 197

Capítulo 11: Confecção E Uso Correto De Levantes De Mordida 198

11.1 Primeiro Problema: Fazer Os Levantes Nos Dentes Superiores Ou


Inferiores? 199

11.2 Segundo Problema: Qual O Melhor Material Para Se Fazer O


Levante? 200

11.3 Terceiro Problema: Atenção Ao Posicionamento Do Côndilo Ao


Fazer Um Levante! 201

11.3.1 Côndilo Está CENTRALIZADO 202

11.3.2 Côndilo Está ANTERIORIZADO 204

11.3.3 Côndilo Está POSTERIORIZADO 204

11.4 Quarto Problema: Levante Posterior Ou Levante Anterior? 205

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11.5 Quinto E Último Problema: Não Invada O Espaço Funcional Livre


De Seu Paciente! 207

Capítulo 12: Uso Dos Stops Como Direcionadores Do Movimento Desejado


209

12.1 Expansão Uni Ou Bilateral Dos Molares, Pré Molares E Em Menor


Quantidade Dos Caninos 214

12.2 Correção De Linha Média 218

12.3 Projetar Os Dentes Anteriores 223

12.3.1 Projeção Anterior Inferior(Casos De Classe II) 223

12.3.2 Projeção Anterior Superior (Casos De Classe III) 228

12.4 Fechar Um Diastema Específico 233

12.5 Usar O Fio Como Se Fosse Uma Mola Aberta 234

12.6 Mesializar Ou Distalizar Um Dente Segmentando Uma Parte Do Fio


240

12.7 Manter O Fio Parado No Lugar Para Não “Correr” Para As


Extremidades E Machucar O Paciente – Ou Seja, Como Um Stop Mesmo
244

12.8 Travar Ou Liberar Uma Giroversão 245

12.8.1 Travar Giroversão 245

12.8.2 Liberar Giroversão Apenas De Um Lado 246

12.9 Manter Dentes Movimentados Em Sua Nova Posição Como Se


Estivesse Conjugando Estes Elementos 248

12.10 Manter Espaços Abertos Para Reabilitações 258

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12.11 Segmentar Um Bloco Específico Para Movimentação Do Mesmo


Em Casos De Mecânicas De Deslize 259

Capítulo 13: Instalação Da Parte Inferior Após Expansão Ou Pelo Menos


Início Dessa Expansão Do Arco Superior 262

Capítulo 14: Uso De Elásticos Noturnos Desde O Início Do Tratamento – O


Uso Correto De Elásticos 265

14.1 Casos Onde O Potencial De Expansão(Verificado Pela Posição Dos


Segundos Molares) É Pequeno Ou Nulo 266

14.2 Casos De Correção De Classe II E Classe III 268

14.3 Casos de Incompetência Labial 271

14.4 Casos De Desvio De Linha Média 273

Capítulo 15: Conhecimento Profundo De Biomecânica 278

15.1 Uso De Elásticos Em Corrente 282

Capítulo 16: Uso Do Fio De Aço 17x25 Para Diagramação (Usando Slot 18”)
286

16.1 Posição Do Segundo Molar 287

16.2 Posição Intercanina 287

16.3 Técnica 288

Capítulo 17: Uso Do Fio De Aço Para Mecânicas De Deslize E Obtenção De


Torques Necessários 293

17.1 Para Mecânicas De Perda De Ancoragem 293

17.1.1 - Usar Molas Para Mesializar Os Caninos 293

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17.1.2 – Usar APM Para Concluir A Mesialização Da Bateria Posterior


294

17.2 Para Mecânicas De Distalização 294

17.2.1 – Usar Cursores Ou Jigs De Distalização. 294

17.3 Para Dar Torques Na Finalização 295

17.3.1 Usar Alicates 222 Para Torque Individual 295

17.3.2 Usar Alicates 442 Para Torque Progressivo 296

17.3.3 – Usar Alicates 442 Para Torque Contínuo 297

Capítulo 18: Uso De Potencializadores De Velocidade De Tratamento 299

18.1 Desgastes Interproximais 299

18.2 Uso De Mini Implantes 303

18.3 Uso de APM (Aparelho Propulsor Mandibular) 311

Capítulo 19: Análise Da Mesa Oclusal Após A Obtenção Da Classe I 315

19.1 Finalização 315

19.2 Protocolo para Finalização 317

Capítulo 20: Uso De Elástico Triangular, De Intercuspidação, Dobras De


1˚,2˚,3˚ Ordem E Ajuste Oclusal 327
20.1 Uso de Elástico Triangular 328

20.2 Uso de Elástico de Intercuspidação 329

20.3 Dobras De Primeira, Segunda E Terceira Ordem 330

20.4 Ajuste Oclusal 333

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Capítulo 21: Avaliação Adequada Das Guias Em Ordem De Prioridade E


Manutenção Do Free Way Space 334

21.1 Guia Incisal 335

21.2 Guia Lateral 336

21.3 Classe I De Canino 336

21.4 Classe I De Molar 337

Capítulo 22: Aprenda A Apagar Uma Vela Com Um Soco 338

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Dedicatória

Dedico este livro a todos os amantes da ortodontia que conduzem seus


trabalhos com profundo amor e respeito pelo ser humano que a vida leva de
encontro aos seus consultórios.

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Agradecimentos

Agradeço a Deus em primeiro lugar, por todas as experiências vividas até


este momento, como pelas pessoas que Ele colocou em meu caminho até
hoje. Agradeço a minha amada esposa Leandra Mutão pelo apoio
incondicional para que este ebook fosse criado. Também ao amor de meus
filhos por quem luto e faço, todos os dias, o grande motivo de minhas ações.
Ao meu amado pai Heirberto Mendes pelo seu exemplo de pessoa correta,
digna, justa e trabalhadora, além de seu ótimo senso de humor que alegra e
cativa todos ao seu redor e a minha amada mãe Thelma Reis, que honro e
tenho eterna gratidão por seus esforços que me trouxeram até aqui, por seu
amor confiante, seu apoio nos piores e melhores momentos que já vivi e por
sempre acreditar que sou capaz de tudo que desejar nessa vida . Aos meus
grandes mestres da ortodontia, em especial ao meu mentor Mustaphá Amad
Neto, cujo exemplo de vida tem norteado meus pensamentos e minha busca
pela excelência. Ao meu querido mentor de Marketing Digital Conrado
Adolpho, o qual vem transformando a vida de milhares de pessoas com suas
atitudes impactantes de despertar o empreendedorismo em cada um de nós e
sem o qual este projeto digital nunca teria saído do papel. Ao meu fiel
escudeiro e amigo Yohan Piretti, que teve um papel decisivo nas confecções
das figuras e no designer gráfico deste ebook. Aos meus queridos pacientes
que me possibilitam, todos os dias, a chance de exercer o meu melhor como
ortodontista. E a todos aqueles que de forma direta ou indireta contribuíram
para a realização deste projeto.

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Sobre o autor

Beto Mendes é odontólogo formado pela Universidade Federal de


Uberlândia. Estuda e trabalha exclusivamente com ortodontia desde
o ano 2000. Iniciou seus estudos de ortodontia com curso de
aperfeiçoamente no Instituto Mineiro de Estudos Odontológicos em
Uberaba, onde posteriormente, iniciou seu curso de especialização
pela UNINGÁ. Fez aperfeiçoamento no Sistema Autoligado pela Self
Ligating University. Atuou como professor de especialização na Unip
– GO de 2012 a 2015, participou do 3˚ Meeting de Ortodontia no
Sistema Autoligado em Orlando – USA. É professor convidado em
cursos de Especialização em Ortodontia nos estados de Goiás, São
Paulo e Minas Gerais, como em cursos de Mecânicas Avançadas para
Especialistas. Idealizou e criou o primeiro Congresso Online de
Excelência em Ortodontia – CONEXOR em dezembro de 2014, o qual
teve participação de mais de 27 mil ortodontistas e estudantes de
ortodontia do Brasil, Chile, Espanha, Equador, Venezuela, Estados
Unidos entre outros. Proprietário do Blog Mordida Cruzada – Dicas
para ortodontistas, onde posta instruções e várias dicas para
ortodontistas do mundo inteiro. Criador da fanpage Dicas para
Ortodontistas, que atualmente tem 7869 fans compostos de
ortodontistas e estudantes de ortodontia, com vídeos que chegam a
ter mais de 25 mil visualizações. Em sua atuação como profissional da
ortodontia já concluiu mais de 6800 casos, sendo que mais de 1500
foram com pacientes que usaram o Sistema Autoligado. Atualmente,
é professor de Especialização e Mecânicas Avançadas para
Especialistas na EAP – Goiás e em Uberlândia. Em suas horas vagas
está tentando aprender mágica e a andar de skate para se divertir
com seus filhos.

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Introdução

Imagine a seguinte situação:

Entra um paciente em seu consultório querendo saber se você trabalha com


aparelho Autoligado porque um amigo deste paciente acabou de colocar este
tipo de aparelho e disse que é maravilhoso!!! Que não tem nada mais
moderno que isto no momento!...

Soa familiar para você? Se sua resposta foi sim, bem vindo ao clube! Cada dia
mais e mais pacientes entram em nossos consultórios sabendo o que querem.
A grande responsável por isso tem um nome: INTERNET.

A intenção deste E-book é trazer para você, colega que faz ortodontia, minha
experiência de mais de 17 anos trabalhando única e exclusivamente com
ortodontia. Meu ponto de vista em relação ao Autoligado (na altura em que
escrevo este e-book já finalizei mais de 1736 pacientes que foram tratados
unicamente com esta tecnologia).

Uso exclusivamente Autoligados em meu consultório como opção de


tratamento desde 2009. Tive muitos sucessos, como vários insucessos
obviamente. Estes últimos foram onde mais aprendi. E de ser convidado por
colegas, professores de Ortodontia, a ministrar cursos em Escolas de
Especialização que formam ortodontistas e principalmente para Mecânicas
Avançadas para Ortodontistas.

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Em Dezembro de 2014 realizei o primeiro CONEXOR – Congresso Online de


Excelência em Ortodontia. Fui idealizador e realizador deste primeiro evento
Online Brasileiro que teve o objetivo de conectar os nomes de Excelência da
Ortodontia Nacional com colegas em várias partes do Mundo. O evento
aconteceu do dia 8 de dezembro ao dia 14 de dezembro de 2014 e reuniu, em
média, 27 mil ortodontistas, dentistas que fazem ortodontia e alunos que
estudam ortodontia no Brasil, Chile, Estados Unidos, Uruguai, Portugal,
Espanha entre outros como audiência.

Os ” 21 Motivos Por Que O Tratamento Com Autoligado Que Está Fazendo


Em Seus Pacientes Não Está Funcionando Como Deveria ” mostra meu ponto
de vista particular em relação aos erros e mitos que observei em minha
jornada como profissional atuante da ortodontia. Não tenho intenção de ser
dono da verdade e esta obra não é uma obra de caráter científico. Nasceu de
vários pedidos de ex alunos e colegas que solicitam diariamente ajuda no meu
blog

www.MordidaCruzada.com.br.

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Curta, comente, compartilhe... sua interação me inspira a ajudar mais.

Quero ensiná-lo a se tornar um profissional que realmente resolverá a queixa


de seu paciente usando o Sistema Autoligado, de forma segura e responsável.

Por isso, periodicamente, reúno os leitores do livro “21 Motivos Por Que O
Tratamento Com Autoligado Que Está Fazendo Em Seus Pacientes Não Está
Funcionando Como Deveria” nos Webnários 21, que são seminários online
gratuitos para os leitores deste livro. Nestes Webnários ouço suas dúvidas e
idéias e posso aconselhá-los com a união das mentes presentes no evento. As
turmas são limitadas e a duração é em torno de 1 a 2 horas. Se você não
cadastrou seu email para receber esse livro, clique no link Quero Participar
Dos Webinários 21 Gratuitos e cadastre-se para receber as programações dos
próximos webnários.

O Que Vai Aprender Neste Livro

A primeira parte do livro vai mostrar a importância dos apoiadores externos


ao seu tratamento. Mas antes de pedir o apoio a profissionais
complementares a qualquer tratamento ortodôntico, você deve dominar a
arte de analisar corretamente a função de seu paciente. E para isto teremos,
no Capítulo 1, um apanhado sobre conceitos de uma análise tão negligenciada
por tantos colegas, a Análise Funcional. Somente assim será capaz de
entender o real motivo do apoio dos profissionais externos a este tratamento.

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Tão importante quanto pedir esta opinião, é saber como pedir e ainda sim
saber analisar a atuação destes profissionais. Sem esta ajuda, provavelmente
suas chances de sucesso ficam bastantes prejudicadas.
Ao aprender um protocolo que gera resultados reais, você se torna uma
referencia para seus pacientes e outros colegas. E neste momento estará
pronto para o próximo nível. O reconhecimento profissional e financeiro
baterá em sua porta, basta estudar, aplicar e persistir.

Ensinarei a usar as ferramentas que tenho utilizado nos últimos 7 anos para
tratar um paciente com o Sistema Autoligado. Você aprenderá exatamente os
21 passos que deve dar para tratar todos os pacientes de seu consultório ao
usar este Sistema. Lembrando que ao deixar algum destes passos de fora,
você correrá o risco de fracassar em seu tratamento. E quer saber como sei
isso? Foi exatamente negligenciando alguns destes passos que muitos casos
meus não deram certo.

Vai aprender a força de três pilares da ortodontia: Diagnóstico, Planejamento


e Execução. Pilares que vão construir a sua estratégia de tratamento para
gerar resultados para seu paciente, para você e invariavelmente renda para
seu consultório. Você trabalhará com mais confiança, seus pacientes ficarão
mais encantdos e sua satisfação crescerá gradualmente na profissão.

A segunda parte envolverá o Diagnóstico correto e o Planejamento para se


usar o Sistema Autoligado. Muitas vezes temos, à nossa disposição, um prego
e um martelo e a vida nos pede que penduremos um grande quadro numa
parede de tijolo vazado. Não sei o quanto conhece sobre pendurar quadros
grandes, mas se tiver um mínimo de senso crítico, irá desconfiar que um
prego e um martelo são ferramentas inadequadas para este trabalho. O
mesmo acontece com o Sistema Autoligado. Ele não vai resolver todos os seus
problemas de má oclusão. Alguns casos precisaremos de ortopedia, outros de

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cirurgia, e em outros ainda precisaremos de um sistema com bastante atrito.


Por isso acredite, em determinados casos, mesmo com um martelo e um
prego, você não conseguirá colocar este quadro grande, de forma adequada
nesta parede. Precisará de uma furadeira, uma broca para concreto, buchas
para tijolo vazado e um parafuo com chave de fenda no lugar de um prego e
um martelo. O intuito desta segunda parte é fornecer dados suficientes para
que diagnostique e planeje, da melhor forma, um tratamento usando o
Sistema Autoligado.

E por último, na terceira parte, quero apresentar as estratégias de execução


do tratamento usando o Sistema Autoligado. Nesta parte, cheia de detalhes
sobre como executar o que planejou, quero mostrar formas de se fazer as
correções usando ferramentas que ajudarão a chegar no resultado ideal de
uma oclusão bonita e funcional para seu paciente.

Ao seguir estas orientações muitas dúvidas surgirão, e é por isso que se você
ainda não fez o seu cadastro pelo link Quero Participar Dos Webinários 21
Gratuitos faça-o agora mesmo, gratuitamente, para poder baixar as novas
versões deste livro, os materiais de apoio, planilhas, Checklist, ter acesso a
vídeo aulas exclusivas que surgem com as novidades e principalmente
participar dos Webinários 21, que são formas criadas para que tenha pleno
entendimento do conteúdo deste livro para transformar a sua ortodontia e o
levar para o próximo nível de sua profissão.
Vamos ao aprendizado, então.

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PARTE I: Análise Da Função E Apoio Externo

Capítulo 1: A Análise Funcional

A princípio, todo e qualquer planejamento odontológico, e não apenas


ortodôntico, deveria partir da análise da Função do sistema mastigatório de
um paciente.

Independente de qual tipo de reabilitação que este paciente necessite, saber


analisar corretamente o equilíbrio ou desequilíbrio das estruturas envolvidas
no que podemos chamar de uma oclusão funcional ideal, deveria fazer parte
da rotina de diagnóstico de todo profissional da odontologia.

Esta Análise Funcional é o que permite, ao profissional da ortodontia,


identificar se a má oclusão do paciente, independente de qual seja, é uma má
oclusão que agride as estruturas de todo um sistema que envolve não apenas
dentes, mas também, músculos, ligamentos, estruturas ósseas e tecidos
moles, ou se esta má oclusão é apenas uma classificação e que pode, muitas
vezes, estar em equilíbrio funcional, apesar de ser classificada como má
oclusão.

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É fato, que a maioria dos pacientes que buscam tratamento ortodôntico, num
primeiro momento, estão primariamente preocupados em corrigir o que
avaliam ser um defeito estético. E saber identificar esta “dor”, ganhar a
confiança deste paciente e prometer um tratamento que irá solucionar esta
demanda é o que leva à maioria das contratações de seu serviço profissional.

Contudo, de nada adianta resolver a questão estética de uma má oclusão se


ao final deste tratamento, o paciente apresentar sinais de disfunção articular,
retrações gengivais, fadigas e dores musculares ou mesmo posições
visivelmente instáveis de dentes que serão forçados, por uma contenção
ortodôntica, a permanecerem nesta posição que se tornará extremamente
prejudicial a saúde destas estruturas biológicas.

Como um agente profissional de saúde, é dever de todo dentista, devolver o


bem estar físico, mental e social de um paciente e não apenas se preocupar de
forma muito rasa, somente com a estética dos dentes deste indivíduo.

Independente de qual tipo de técnica você elegeu para tratar a má oclusão de


seu paciente, se vai usar bráquetes com ligaduras elásticas ou bráquetes com
tecnologia autoligante, é fundamental que tenha o conhecimento desta
Análise Funcional em seu arsenal de conteúdo para dar o mínimo de
segurança para esta pessoa que estará depositando toda sua confiança em
suas mãos.

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1.1 E O Que Devo Olhar Numa Análise Funcional?

Em primeiro lugar, na Análise Funcional, você deverá observar e anotar, com


muita atenção, qual é o Espaço Funcional Livre(EFL) de seu paciente.

1.1.1 E Que Espaço É Esse?

Um indivíduo deve apresentar, na sua posição de repouso, uma distância


mínima de 1mm entre os dentes da Arcada Superior e os dentes da Arcada
Inferior. E em regra, esta distância, quanto maior, melhor(Fig 1). Continue
lendo que entenderá em breve este meu ponto de vista.

Fig 1- No repouso, as arcadas devem apresentar uma distância mínima de


1mm entre elas.

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Quando em repouso, o paciente sempre deve apresentar os lábios selados ou


levemente separados(Fig 2a,b), porém, não incompetentes(Fig 2c). Mas os
arcos superior com o inferior, sempre devem estar separados.

Fig 2 – Lábios Selados(a) ou levemente separados(b). Observe os dentes


desocluídos em 2c

Além de ter uma distância mínima de 1mm entre as arcadas em repouso, o


paciente deve se encontrar em Relação Centrica. Diferente de algum tempo
atrás, onde se preconizava que a Relação Centrica era a posição mais
posterior e superior da Cabeça da Mandíbula em relação à Cavidade Glenóide
ou Cavidade Articular, o que devemos considerar hoje como Relação
Centrica, é a Relação mais CENTRALIZADA do Côndilo, ou Cabeça da
Mandíbula dentro desta Cavidade Articular.(Fig 3).

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Fig 3 – Relação Centrica é a relação mais centralizada da Cabeça da


Mandíbula dentro da Cavidade Articular

Uma outra definição importante a saber é a definição de Máxima


Intercuspidação Habitual(MIH). Esta Máxima Intercuspidação Habitual é
quando todos ou o maior número possível de dentes da arcada inferior se
encontram encaixados com todos ou o maior número possível de dentes da
arcada superior(Fig 4)

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Fig 4 – Máxima Intercuspidação Habitual (MIH)

No momento da Máxima Intercuspidação Habitual, o Côndilo ou Cabeça da


Mandíbula, deve estar na mesma posição centralizada na Cavidade Articular,
tendo sofrido apenas um movimento de rotação ao longo de seu eixo
transversal(Fig 5). O Côndilo neste momento não deve anteriorizar, nem
posteriorizar, nem se mover lateralmente ou fazer a combinação destes
movimentos.

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Fig 5 – Na Máxima Intercuspidação Habitual (MIH) o Côndilo deve estar


centralizado na Cavidade Articular

No Côndilo, ou Cabeça da Mandíbula, ocorrem dois tipos de movimento: Um


de Rotação Pura no seu longo eixo transversal; E outro de Translação com
Rotação simultânea(Fig 6).

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Fig 6 – Translação com Rotação simultânea

1.2 E Quando Que Ocorre Cada Um Destes Movimentos?

A Rotação Pura no eixo transversal, deve ocorrer no momento em que a


mandíbula sai da posição de repouso para a de Máxima Intercuspidação
Habitual e vice versa(Fig 7).

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Fig 7 – Côndilo sofre apenas Rotação Pura em seu eixo transversal, mantendo-
se em posição centralizada na Cavidade Articular

E o de Translação com Rotação Simultânea começa acontecer quando a


mandíbula sai da posição de repouso até a Abertura máxima da boca(Fig 8).

Fig 8 – Translação com Rotação Simultânea

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Entendido estes aspectos da movimentação de fechamento (MIH – Máxima


Intercuspidação Habitual), repouso(EFL – Espaço Funcional Livre), e abertura
da boca até a máxima abertura(momento em que sai do repouso para a
abertura máxima da boca e sofre Translação além da Rotação), agora
voltaremos à Análise Funcional.

Como foi dito anteriormente, na Análise Funcional você deve anotar qual é o
Espaço Funcional Livre de seu paciente, ou seja, qual a distância entre os
dentes da arcada superior com os dentes da arcada inferior de seu paciente,
quando este se encontra em repouso.

Lembre-se que deve ser no mínimo de 1mm e que quanto maior, melhor.

Este Espaço Funcional Livre será de suma importância ao final do tratamento.


O ideal é que se consiga manter este espaço ou no mínimo, não deixa-lo
menor que 1mm ao final do tratamento. E ter este espaço anotado no
prontuário de seu paciente e em sua mente durante todo o período de
tratamento, servirá como um guia de seus limites terapêuticos. Explico
melhor.

Imagine que um paciente tenha um Espaço Funcional Livre de 1mm, e que


durante seu planejamento foi definido que deve ser feito extrusão de molares
para correção de uma Mordida Profunda deste paciente. Então se não foi
feito a Análise Funcional previamente e detectado que este era apenas de
1mm, o perigo seria extruir estes molares, invadindo este espaço e causando
um problema articular para este paciente, simplesmente por causar uma
tensão permanente nos músculos de abertura (Pterigoideo Lateral por

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exemplo). Pois a mensagem que o cérebro enviaria o tempo todo para este
paciente seria: “abra mais esta boca, os molares estão tocando no repouso” e
os Pterigoideos permaneceriam em constante contração para fazer esta
abertura. É o caso daquele paciente que diz que sempre está com os músculos
da face cansados, que dorme e não consegue descansar.

Num caso como este, existe um fator limitante do tratamento. É um caso


onde se explica para o paciente que o menos pior para ele é deixa-lo com a
mordida profunda, por exemplo. Logicamente se a opção de intrusão ou
vestibularização dos incisivos não estiver indicada também para correção
desta mordida profunda.

Por este motivo, explico agora, porque prefiro pacientes que têm o Espaço
Funcional Livre maior que 1mm. São, sem dúvida, melhores para serem
tratados. Porém, cada caso sempre será um caso.

Outro ponto importante na Análise Funcional é avaliar o trajeto que a


Mandíbula percorre do Repouso para a Máxima Intercuspidação Habitual.

Este movimento deve ocorrer sem nenhuma interferência com toques de


dentes prematuramente antes de se conseguir a MIH. Caso ocorra uma
interferência neste trajeto, o Côndilo sairá da posição central da cavidade ao
final do fechamento da boca. E isto implica em contrações musculares
acontecendo mais de um lado da face que de outro(lado direito em relação ao
lado esquerdo da face) nos casos que haja um contato prematuro que desvie
a mandíbula lateralmente(Este movimento é muito comum em pacientes com
caninos decíduos).

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Esta contração muscular que deslocará toda a mandíbula mais para um lado
que para outro, causará um desvio de linha média, que dependendo da idade,
se for um paciente na fase de crescimento (uma criança de 9 anos por
exemplo), pode mostrar uma mordida cruzada falsa. E se for num paciente já
finalizado o crescimento, pode ter estimulado tanto este osso (crescimento
endocondral da cabeça da mandíbula) que ocorrerá um desvio de linha média
com mordida cruzada verdadeira, pois um lado da mandíbula estará maior
que o outro lado.

E como se sabe, tratar uma mordida cruzada verdadeira é totalmente


diferente de como se trata uma mordida cruzada postural.

Um outro fator a ser observado, é se existe um desvio antero posterior na


zona final de fechamento (Máxima Intercuspidação Habitual).

São aqueles casos que o paciente, ao fechar a boca, tem um toque prematuro
e este toque faz a mandíbula escorregar para frente encaixando a oclusão em
uma falsa Classe I, por exemplo.

Então ao olhar as fotos do paciente na documentação, tem-se a falsa


impressão que é um caso simples de Classe I, mas basta tirar os contatos
prematuros que o paciente voltará para uma posição mais posterior de
mandíbula, revelando uma Classe II.

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Estes casos são aqueles que, ao iniciar o tratamento de um paciente Classe I,


apenas alinhando e nivelando seus dentes, em poucos meses o paciente se
“transformou” em um Classe II. Então todo o planejamento deve ser mudado
e muitas vezes o profissional fica sem entender porque aquilo aconteceu.
Provavelmente este paciente era um falso Classe I.

Outros exemplos também são comuns, como pacientes que, em oclusão,


apresentam uma Classe II por terem contatos prematuros que desviam
posteriormente esta mandíbula. Estes são os casos mais esperados, pois com
um simples alinhamento e nivelamento, ou no caso dos Autoligados, com a
expansão transversal do arco superior, ou um simples uso de levante de
mordida, estes contatos prematuros podem desaparecer e a mandíbula
desloca para frente corrigindo rapidamente a falsa Classe II.

Para não correr riscos como estes, a melhor atitude, sem sombra de dúvidas,
é aprender a fazer uma boa Análise Funcional de seu paciente. E ao detectar
qualquer interferência nesta Zona Final de Fechamento Mandibular, que vai
do Repouso até a Máxima Intercuspidação, antes mesmo de pedir uma
documentação para tratar ortodonticamente, com objetivos claros e possíveis
de serem alcançados, o profissional deve fazer um Pré Tratamento
Ortodôntico com foco em tirar TODAS as interferências oclusais. E só então,
depois de eliminar estas interferências, pedir uma documentação para
realmente fazer um planejamento adequado para seu paciente. Independente
se este tratamento será com Aparelhos Convencionais que usam ligaduras
elásticas ou fio de amarrio, ou Aparelhos com Tecnologia Autoligável.

De qualquer forma, não fazer uma Análise Funcional adequada é o primeiro


motivo por que o tratamento com Autoligado que está fazendo em seus
pacientes não está funcionando como deveria.

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A Análise Funcional deve ser muito mais detalhada do que foi visto neste
capítulo. A intenção aqui é realmente mostrar os benefícios que seu
diagnóstico ganha ao conhecer e aplicar esta análise em sua rotina de
consultas. Bem como alertar que a não execução de uma Análise Funcional
adequada, pode gerar grandes complicações no decorrer do tratamento
executado por você.

Sugiro fortemente que busque este conhecimento o quanto antes. Na minha


experiência como professor, percebo uma enorme dificuldade que a grande
maioria dos colegas têm quando o assunto é Análise Funcional.

Realmente não sei se este é o seu caso. Mas se você pertence ao enorme
número de colegas que trabalham com ortodontia, que não têm o domínio
adequado desta Análise, recomendo o curso online Análise Funcional Na
Prática.

Este curso online foi desenvolvido, a meu pedido, pelo meu Grande Mentor, o
Dr. Mustaphá Amad Neto. Ele ensina esta análise com muita maestria, a mais
de 30 anos, para os colegas que tiveram o privilégio de serem seus alunos em
cursos presenciais de ortodontia, tanto no Brasil como no exterior por onde
ministra seus cursos altamente concorridos. Para ter acesso ao curso Online
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Capítulo 2: Avaliação De Um Profissional De


Fonoaudiologia

O que nasceu primeiro, o ovo ou a galinha? Esta é uma antiga questão que,
inclusive, me lembro ter caído na prova de biologia no vestibular da Unicamp
em Mil Novecentos e alguma coisa, quando prestava vestibular .

Diferente desta pergunta, cuja resposta certa é o ovo, pois na evolução das
espécies o réptil nasceu primeiro que as aves(e os répteis botam ovos), ainda
temos grandes contradições quando perguntamos aos estudiosos da
ortodontia: Quem nasceu primeiro, a forma ou a função?

2.1 Forma Ou Função?

Sabemos que a função molda a forma, da mesma maneira que a forma define
a função. E não é nosso objetivo, aqui, criar este questionamento quase
filosófico sobre forma e função.

Contudo, é senso comum que uma musculatura desequilibrada leva a uma


forma que buscará equilíbrio nesta desarmonia da função. Como por
exemplo, uma deglutição atípica, onde existe a projeção inadequada da
língua, acaba provocando o surgimento de uma mordida aberta anterior.

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Já fui questionado várias vezes de qual é o melhor momento para indicar um


paciente para fonoterapia. E também, devo confessar que já questionei tanto
professores, quanto fonoaudiólogos e outros colegas ortodontistas.

Como pode imaginar, as respostas e suas justificativas foram basicamente


três:

1 - Deve ser antes de iniciar o tratamento, pois colocando o paciente


em equilíbrio antes de iniciar esta terapia, os resultados serão muito mais
rápidos.

2 – Deve ser durante o tratamento, principalmente em pacientes em


crescimento, pois se for esperar corrigir a musculatura primeiro, para depois
começar a tratar, muitas vezes se perde o tempo de crescimento que se
precisava para estimular um avanço de mandíbula ou maxila, por exemplo, e
então os resultados ortodônticos e ou ortopédicos deverão ser compensados
com inclinações de dentes ou até com cirurgia ortognática.

3 – Deve ser no final do tratamento –O único comentário que esta


resposta merece é: antes tarde do que nunca.

Levando em consideração que já ouvi estas três respostas várias vezes, as


elegi para compor este e-book.

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Na minha experiência inicial, encaminhava os pacientes apenas que eram


muito óbvios, como aqueles que projetavam a língua para falar ou mesmo os
que tinham deglutição atípica muito destacada.

Com o tempo percebi que nós, dentistas, não fomos preparados


adequadamente para avaliar, com precisão, uma desordem muscular como o
fazem os fonoaudiólogos.

Então resolvi enviar meus pacientes para terapia com Fono assim que iniciava
o tratamento. Como pode imaginar, também foi um fiasco. Os pacientes
sempre chegavam na próxima consulta declarando ter esquecido de ir ao
fonoterapêuta naquele mês.

Até que cheguei onde estou hoje. Quando vou iniciar uma consulta, faço, logo
após o questionário de anamnese, uma Análise Funcional. E nesta hora,
consigo perceber, na grande maioria das vezes, problemas de desordem
musculares, que não percebia antes.

Um exemplo típico que a Análise Funcional ajuda a identificar uma desordem


da musculatura perioral, é quando numa palpação da região submandibular,
verifica-se presença de calcificação da glândula submandibular. A formação de
cálculo nesta região, irá atrapalhar a mobilidade da base da língua. Por sua
vez , esta movimentação inadequada da língua, pode forçar os ligamentos da
ATM causando uma tendinite e dor na articulação.

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Neste momento peço um laudo de avaliação com uma fonoaudióloga


especializada em Oro motricidade de minha confiança.

E este é um grande pulo do gato, pois na avaliação inicial estou pedindo um


apoio de uma profissional que vai me dizer se existe, ou não, um desequilíbrio
importante, digno de um tratamento, antes de iniciar a terapia ortodôntica.

Este pedido, sempre sai junto com o pedido da documentação. E quando peço
para secretaria ligar para o paciente para remarcar, também peço para que se
confirme se o paciente já tem em mãos o laudo que foi pedido da Fono, assim
como a Documentação Ortodôntica. Ou seja, este laudo é pré-requisito para
iniciar um tratamento ortodôntico.

Com este laudo em mãos, posso iniciar, tranquilamente um tratamento com


Autoligado, ou mesmo com aparelhos convencionais que usam ligaduras
elásticas, se minha parceira fonoaudióloga diagnosticou equilíbrio nas funções
musculares que precisamos.

Caso exista desequilíbrio, sempre exijo um tratamento com a fonoterapêuta


nos primeiros 3 meses iniciais, junto com o tratamento ortodôntico. Depois
damos uma alta de 6 meses da fonoterapia, e ao final deste período, peço
mais uma avaliação para verificarmos a estabilidade desta musculatura.

Sendo assim, paralelo com a mecanoterapia ortodôntica, tenho o


acompanhamento, quase que no primeiro ano todo, de uma profissional de
Fono.

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2.2 E Por Que Isso É Importante?

Segundo princípios da Autocinese Anteroposterior, o papel do Orbicular dos


Lábios é fundamental para contrapor a força da língua sobre as coroas dos
incisivos superiores e inferiores. As forças geradas por estes músculos, que
são constantes, e em sentidos opostos, determinam o equilíbrio vestíbulo-
lingual destes dentes(Fig 9).

Fig 9 – Orbicular dos Lábios em equilíbrio com Língua mantém a posição


vestíbulo-lingual dos incisivos superiores e inferiores.

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Com isso, também determinam o quão severo pode ser o tipo de má oclusão
de um paciente. Saber quais são estas forças e, principalmente, se estão
equilibradas, nos dá mais segurança para termos sucesso ou insucesso em
tratamentos ortodônticos, independendo se este tratamento é com aparelho
convencional ou com Autoligado.

2.3 Resultantes Distais E Norma Para O Equilíbrio


Orbicular/Língua

Estudos do autor Martim Epstein mostraram que pacientes portadores de


caninos em infravestibuloversão, quando submetidos a exodontia de
primeiros pré-molares(Fig 10), sem uso de aparelhos fixos, com
aproximadamente dois a três meses, as forças geradas pela musculatura
perioral é suficiente para posicionar mais adequadamente (disto-oclusal) estes
caninos(Fig 10a).

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Figura 10 e Figura 10a

Também deve-se prestar especial atenção ao músculo Orbicular dos lábios.


Este músculo tem potencia suficiente para neutralizar tanto as forças
exercidas pelo movimento mandibular de protrusão, como aqueles exercidos
pela potente Língua. Segundo Proffit, as normas para força gerada para Língua
é de 50g/cm² enquanto a força dos lábios é de 20g/cm². Em repouso cai para
20g/cm² e 10g/cm² respectivamente.

Conclui-se então que se foi observado que há uma resultante disto oclusal na
região de caninos, gerada pela musculatura perioral e existe uma norma para

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o equilíbrio das forças geradas pelo orbicular do Lábio contrapondo a Língua


definidos por Proffit, então independente do paciente que você vai tratar,
este paciente precisa estar “Calibrado” para gerar uma força com Resultante
Distal, antes de se planejar a instalação do aparelho Autoligado do mesmo.

Conhecer e decompor as forças que entram no cálculo para termos uma


resultante posterior e não anterior de força, no caso dos Autoligados, faz
toda diferença na hora do planejamento.

No entanto, a Resistência Muscular é apenas uma perna de um tripé que se


deve observar para entender a Resultante Posterior no Autoligado.

Mais adiante, no Capítulo 6, falaremos mais sobre as outras duas pernas, que
são: a resistência óssea e o atrito entre fio e bráquete.

Portanto, a não observação e correção deste fator, ignorando a avaliação de


um fonoterapêuta, pode ser o segundo motivo por que o tratamento com
Autoligado que está fazendo em seus pacientes não está funcionando como
deveria.

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Capítulo 3: Avalizção De Um Fisioterapeuta

É muito comum ter um paciente com DTM (Disfunção Têmporo Mandibular)


procurando o consultório de ortodontia com a esperança de solucionar, de
uma vez por todas, os problemas de dor que este indivíduo vem passando.

Da mesma forma, também é comum encontrarmos estes pacientes com


Tendinites, Fascites, Miosítes e outras “ites” mais graves, como arteríte (por
calcificação da artéria), ou mesmo uma artrite intra articular.

O que se deve atentar, é que 60% dos casos de DTM têm uma origem oclusal,
e é aqui que podemos atuar com maestria. Porém, em 25% dos pacientes
portadores de DTM, esta desordem se origina de problemas extra articulares
que não têm relação com dentes. E essa origem deve ser tratada por um
Fisioterapeuta especializado em ATM. E ainda 15% tem sua causa intra
articular, que geralmente é caso de cirurgia.

Ter o respaldo de um profissional da fisioterapia especialista em DTM, em


casos que o problema é muscular (25% dos casos), é algo fantástico em vários
sentidos.

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3.1 Vantagens De Se Ter Um Fisioterapêuta Em Sua


Equipe

Em primeiro lugar, na maioria das vezes, numa única sessão com um


fisioterapeuta que entenda de DTM, o paciente já tem uma redução da dor de
aproximadamente 70%. É lógico que cada caso é um caso. Porém, um apoio
desta natureza, já traz conforto e elimina grande parte da ansiedade do
paciente. Ansiedade que geralmente provoca crises de bruxismo noturno, que
invariavelmente, pode atrapalhar bastante o tratamento ortodôntico no
quesito quebra de peças do aparelho.

Um outro fator importante a ser observado, é que pacientes portadores de


um contato prematuro, ou pacientes que executam movimentos verticais
durante o movimento de lateralidade, ou que possuem encurtamento da
musculatura do pescoço, ou têm uma postura incorreta da cabeça, podem
gerar uma inflamação no tendão inferior da cápsula, ou seja, uma tendinite. E
tendinite deve ser tratada por um fisioterapeuta e não por um ortodontista.

Independente do tipo de tratamento que está oferecendo para seu paciente,


resguardá-lo oferecendo um acompanhamento de um profissional da
fisioterapia, não só divide as responsabilidades, como também socorre seu
paciente e você, de dores de cabeça num momento de crise.

Imagine receber uma ligação de um paciente que você trata com terapia
autoligante, dizendo que o médico dele afirmou que o ouvido deste paciente

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está saudável, e que a dor que está sentindo é por causa do aparelho
ortodôntico. Eu mesmo já recebi este tipo de acusação. Num caso como este,
se tem um parceiro da fisioterapia que acompanha o caso, o procedimento a
ser conduzido é muito mais fácil que você pensa. Encaminhe este paciente
para o fisioterapeuta e peça um atendimento de emergência para alívio da
dor. Divida a responsabilidade ( de forma consciente, sempre!) e transforme
este paciente em mais um fã de seu trabalho.

Caso não dê assistência a este paciente, você pode estar criando uma situação
para seu castelo ruir.

Por isso, não ter um Fisioterapeuta junto a sua equipe, ou pelo menos a quem
possa indicar, pode ser o terceiro motivo por que o tratamento com
Autoligado que está fazendo em seus pacientes não está funcionando como
deveria.

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Capítulo 4: Avaliação De Um
Otorrinolaringologista

Era uma manhã de sábado, estava no meu penúltimo atendimento do início


do fim de semana. Uma paciente de 11 anos na minha cadeira começou a
falar de seu irmãozinho de 4 anos. “... a mamãe não sabe mais o que faz com
ele, a professora da escolinha disse que ele não presta atenção em nada e que
ele é imperativo!”. Confesso que fiquei com muita vontade de rir também. A
confusão entre hiperativo com imperativo foi o melhor da história, mas por
traz disso tinha uma dor muito comum nessa família que realmente podemos
ajudar.

4.1 Relação Entre Transtorno De Déficit De


Atenção/Hiperatividade (TDAH) E Respiração Oral.

Existe uma íntima relação com o Transtorno de Déficit de


Atenção/Hiperatividade (TDAH) e portadores de Respiração Oral. As duas
síndromes têm causas diferentes, contudo configuram sintomas idênticos tais
como: dificuldade na aprendizagem, problemas para se concentrarem,
irritam-se facilmente, são muito ansiosos e impulsivos, têm baixa autoestima
e não se sociabilizam bem.

É muito comum pais acharem que um filho tem problemas de hiperatividade,


mas na verdade o problema é uma consequência de uma respiração
inadequada. O Respirador Bucal apresenta a hipoxemia(baixa concentração
de oxigênio no sangue arterial responsável pela baixa oxigenação cerebral), o

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que leva a um cansaço mental e consequente problemas na aprendizagem


escolar. Também está diretamente relacionada com a apneia do sono, que
causa sonolência diurna, baixa capacidade de concentração e rendimento
escolar comprometido.

4.2 E Como Posso Relacionar Tudo Isso Com Aparelho


Autoligado?

O Respirador Oral, por algum problema de obstrução nasal, que será


diagnosticado pelo Otorrinolaringologista, posiciona a mandíbula mais para
baixo para liberar a passagem de ar que está obstruída na região nasal e passa
a ter a respiração bucal. Com isso a língua também desce. Pronto, o problema
começou. A partir de agora, não se tem mais a força da língua para contrapor
a força do bucinador contra os dentes superiores, que no momento em que a
mandíbula desce, este bucinador passa a pressionar os dentes por vestibular.
Imediatamente se instala uma resultante que palatinizará estes dentes. Uma
pressão interna no palato duro se torna maior na parte inferior(cavidade
bucal) que superior(cavidade nasal) deste palato, pelo fato do ar estar mais
presente nessa região bucal e mais ausente na nasal. O crescimento dos ossos
direito e esquerdo da maxila (antes do embricamento da rafe palatina) sofrerá
uma pressão de baixo para cima aprofundando este palato, o que faz um
fechamento, ou diminuição das distancias inter molares e inter pré molares
cruzando a mordida do paciente.

Temos agora uma má oclusão instalada! E com nosso aparelho Autoligado


vamos tentar corrigi-la.

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A primeira pergunta que devemos fazer é: Será que neste caso ocorrerá uma
expansão dessa maxila? Resposta: Depende da posição do Segundo Molar, se
este já estiver presente e mais expandido que o primeiro molar, ocorrerá sim.
Mas a dúvida principal é: E isso ficará estável? E categoricamente afirmo que
não!

E se o segundo molar ainda não erupcionou? Então esquece, você não vai
conseguir expansão neste paciente com auto ligado.

A segunda pergunta que devemos fazer é: Será que apenas uma expansão é
suficiente para este caso? Porque não tentar uma disjunção? Afinal, uma
disjunção melhora o espaço aéreo nasal, facilitando o fluxo de ar nesta região.

Lembre-se que estamos falando de um paciente com músculos e ossos em


desequilíbrio, trata-se de um respirador bucal. Da mesma forma que é
importante encaminhar este paciente para fonoterapia, o
otorrinolaringologista é a pessoa mais capacitada para identificar e tratar as
possíveis causas que obstruem a respiração nasal e transformam esta
respiração em oro nasal ou puramente oral.

Problemas de adenoide, desvio de septo, corneto hipertrofiado, presença de


carne esponjosa, alergias e principalmente as rinites são as principais causas
do respirador oral.

Em determinadas regiões do país, onde a umidade do ar é mais baixa, ou


mesmo épocas do ano que isso ocorre, ou grandes centros onde a presença

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de poluentes que estimulam as alergias é uma constante, é bastante comum


pacientes apresentarem problemas de respiração bucal. E a presença dessa
desarmonia compromete completamente o seu tratamento ortodôntico.

Além disso, a associação entre doenças respiratórias e amigdalas


hipertrofiadas é muito íntima. E estas amigdalas infartadas e/ou
hipertrofiadas posicionam a língua anteriormente projetando a mandíbula
podendo causar um prognatismo ou no mínimo uma desordem dento
muscular importante.

A regra é simples: peça sempre um laudo com avaliação de um


otorrinolaringologista. Crie parceria com este profissional. Tenha em mente
que as desarmonias são esqueléticas, musculares e dentais. Nunca apenas
dentais.

Por isso, não pedir uma Avaliação de um otorrinolaringologista pode ser o


quarto motivo por que o tratamento com Autoligado que está fazendo em
seus pacientes não está funcionando como deveria.

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PARTE II: Diagnóstico E Planejamento

Capítulo 5: Diagnóstico Adequado

Avaliar o tamanho das Bases Ósseas e seus limites – Autoligado movimenta


osso alveolar! Tratar casos ortopédicos como ortopédicos, cirúrgicos como
cirúrgicos! Autoligado não faz milagres (Padrão Facial e Casos com Extrações)

Após a investigação das estruturas musculares, esqueléticas e dentais que foi


feita na Análise Funcional, encaminhamento para Fono, Fisio e Otorrino,
chega a hora de quase finalizar o diagnóstico e planejar o tratamento
avaliando as Análises Cefalométricas que pediu para seu paciente.

Este capítulo é o maior deste livro e o mais denso. Mas tem como objetivo
responder a perguntas que seu paciente não respondeu nos exames clínicos
que foram feitos. Como por exemplo: Se o paciente tem uma Protrusão
Maxilar ou uma Retrusão Mandibular, quantos milímetros vou protruir ou
retruir estas estruturas? Além de obter medidas exatas, ou bem próximas,
você será capaz de avaliar se o tratamento que deve ser feito deverá usar
ortopedia, cirurgia ou simplesmente o Autoligado resolverá esta demanda.

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O ortodontista tem que saber falar ONDE está o problema, porém, é a


Radiografia com suas Análises que fala QUANTO que é este problema.

Toda esta forma estratégica de raciocinar que será descrita neste capítulo
sobre diagnóstico, me foi ensinado pelo meu grande mentor Dr. Mustaphá
Amad Neto. Como forma de honrar este conhecimento, que vem
funcionando em minhas atividades clínicas diárias há mais de 17 anos, vou
descrever, detalhadamente, como faço meus planejamentos hoje em dia e
ajudar a disseminar este conteúdo tão valioso proposto pelo meu mentor.

Usaremos medidas de 3 Análises específicas:

- Análise Cefalométrica de McNamara

- Análise Cefalométrica de Ricketts

- Análise Cefalométrica Padrão USP

Em todas elas temos uma parte que verifica a relação esquelética antero-
posterior, outra parte para verificar a relação esquelética vertical e por fim,
uma parte para examinar posição de dentes.

Porém, para verificarmos a relação esquelética antero-posterior, usaremos


McNamara.

Para verificarmos posição de dentes usaremos Ricketts.

E para relação esquelética vertical, usaremos Padrão USP.

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5.1 E Por Que Faremos Desta Forma?

A melhor forma de explicar isso é através de exemplos. Então vamos a eles.

Imagine na Análise Padrão USP, uma das medidas mais conhecidas entre os
ortodontistas para a análise antero-posterior da Maxila é o SNA – (ângulo
formado entre as linhas SN – Sela Násio e NA – Násio Ponto A), cujo valor da
norma é de 82°(Fig 11).

Fig 11 – Intersecção das linhas SN e NA: SNA=82˚ de norma

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Se este SNA for de 90° (um número maior que 82˚), significa que tenho uma
protrusão maxilar(Fig 12).

Fig 12 – SNA maior que 82˚ indicando uma protrusão maxilar

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Porém, se a linha SN estiver com um inclinação para baixo, posso ter um


paciente com SNA de 90° e com retrusão maxilar(Fig 13).

Fig 13 – Exemplo de SNA=90˚ por inclinação de SN para baixo e não por


protrusão maxilar

Portanto, esta medida não é confiável!

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E como olho isso então? McNamara achou uma boa solução para este
problema usando Frankfurt(Fig 14).

Fig 14 – Plano de Frankfurt ou Plano Pório-Orbital

Ao usar Frankfurt, que sempre será paralelo ao solo ( se a cabeça estiver na


posição correta durante a tomada radiográfica ), McNamara traçou uma reta
perpendicular a Frankfurt que passa no ponto Násio e mediu a distância, em

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milímetros, da Maxila e da Mandíbula a esta vertical. Conhecida como Vertical


de McNamara ou simplesmente Nperp(Fig 15).

Fig 15 – Vertical de McNamara ou N-PERP: linha vertical que se inicia no


ponto Násio e cruza Frankfurt perpendicularmente.

Com isso, criou uma medida que pode ser mensurada na prática, pois temos
agora uma referência em milímetros de quanto posso ou preciso, protruir ou
retruir uma estrutura. Quando a medida é em Graus, fica difícil mensurar isso
durante uma mecânica. Faz sentido para você?

Agora, quando vamos medir a tendência de crescimento de uma face, ou


definir qual é o tipo de face (Dólico, Meso ou Braqui), a melhor maneira de
observar é através da divergência de Linhas e Planos. E uma análise que faz

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isso de forma bastante confiável é a do Padrão USP. Por isso, para relação
esquelética vertical foram escolhidas as medidas do Padrão USP.

Mas como medir isso? Afinal estas medidas estão em Graus. Acontece que
mudar a maioria destas medidas, só é possível com Ortopedia ou Cirurgia
Ortognática, ou intrusão e extrusão de dentes. E para qualquer uma das
opções, é necessário fazer sobreposição de radiografias após determinado
tempo de terapia. Nestes casos, não tem como ser exato, mesmo porque
estamos tentando mudar padrões genéticos. Então a melhor saída é avaliar
por ângulos mesmo.

E a Análise mais detalhada para posição de dentes, é sem sombra de dúvidas,


a Análise de Ricketts, extremamente rica em detalhes e checagens como
veremos mais adiante.

Vamos às análises iniciando por McNamara, depois Ricketts e finalizaremos


com Padrão USP.

5.2 Análise Cefalométrica De McNamara


(Antero/Posterior)
5.2.1 Pontos, Linhas E Planos Para McNamara
Principais Pontos Que Tenho Que Saber Para Esta Análise Em Particular:

 N (Násio): ponto localizado na conjunção do osso frontal com osso


nasal;
 Or (Orbital): ponto localizado mais inferiormente no assoalho da
órbita. Em imagens duplas da órbita, escolher a média dos dois pontos
encontrados;
 Po (Pório): Anatômico – ponto mais superior do meato ou conduto
auditivo externo;

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 A (Ponto A): ponto localizado na parte mais profunda da concavidade


alveolar da maxila, no sentido antero-posterior;
 Ena (Espinha Nasal Anterior): ponto mais anterior do assoalho das
fossas nasais;
 P (Pogônio): ponto mais saliente do mento ósseo. É determinado por
uma tangente que sai do Násio;
 M (Mentoniano): ponto mais inferior da sínfise Mentoniana;
 Co (Condílio): ponto mais posterior e superior do Côndilo;
 Gn (Gnátio): ponto mais inferior e anterior do contorno do mento.
Determinado pela bissetriz do ângulo formado pelo Plano Mandibular
(Go-M) e linha Násio-Pogônio;
 Go (Gônio): ponto mais posterior e inferior da mandíbula no sentido
ântero-posterior. Bissetriz do ângulo formado pela tangente à borda
inferior do corpo da mandíbula e pela tangente à borda posterior do
ramo da mandíbula.
(Fig 16)

Fig 16 – Principais Pontos Cefalométricos para Análise de McNamara


neste e-book.

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Principais Linhas Que Tenho Que Saber Para Esta Análise Em Particular:

 N-PERP - vermelho
 Comprimento Efetivo da Maxila (Co-A) - amarelo
 Comprimento Efetivo da Mandíbula (Co-Gn) - verde
 Altura Facial Ântero Inferior (Ena-M) - azul
(Fig 17)

Fig 17 – Linhas para Análise de McNamara neste e-book

Principal Plano Que Tenho Que Saber Para Esta Análise Em Particular:

 Plano Horizontal de Frankfurt (Po-Or)


(Fig 18)

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Fig 18 – Plano Horizontal de Frankfurt

Obs1: Na Análise do Padrão USP, a Base do Crânio é dada pela Linha SN, já as
Análises de McNamara e Ricketts, que são análises mais modernas, a Base do
Crânio é dada pela Linha BaN. (Fig 19)

Fig 19 – Base do Crânio de McNamara Ba-N

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Obs2: O Plano Oclusal no Padrão USP é dado pela união dos pontos molar e
incisivo, e é chamado de Plano Oclusal Anatômico, já em McNamara e
Ricketts (mais modernas) é chamado de Plano Oclusal Funcional e se dá pela
reta que tangencia as faces oclusais dos dentes molar e pré molar ou molar e
molar decíduo inferiores. (Fig 20)

Fig 20 – Plano Oclusal Funcional

Obs3: Checar se os pontos do desenho cefalométrico coincidem com os


pontos da radiografia. Muitas vezes é um técnico com um template que faz o
desenho e simplesmente não coincide com os pontos. Isso dará resultados
diferentes. Se coincidiu, confie nas medidas, pois as mensurações(não os
pontos) são feitas pelo computador que sempre será mais preciso que você
com um lápis.

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Obs4: Verificar se Frankfurt (Po-Or) está paralelo ao solo. Caso não esteja,
essa radiografia deve ser repetida, pois um erro nesta medida coloca toda a
análise que faremos como inválida para o diagnóstico correto.

Obs5: Ensine ao centro radiológico que pede suas documentações a traçar o


Plano Natural da Cabeça (PNC). Nos EUA, usamos o PNC ou Plano Natural da
Cabeça, caso o paciente tenha uma variação anatômica importante, por
acidente ou mesmo genética. Um caso de exemplo que podemos citar é da
face do Sr. Nestor Cerveró, executivo da Petrobrás que em 2015 ficou
conhecido por estar envolvido com o escândalo da compra da refinaria de
Pasadena nos Estados Unidos, e ficou conhecido como “ Escândalo do
Petrolão” (Fig 21). Colocamos o paciente olhando para frente e passamos
uma linha paralela ao solo (passando onde quiser) pois não tem uma
referência vertical. Pode passar pelo Orbital, por exemplo, desde que esteja
paralelo ao solo.

Fig 21 – Imagem retirada do banco de imagens do Google – Sr. Nestor Cerveró

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5.2.2 Em Que Devo Prestar Atenção Na Análise De McNamara?

Para definir e diagnosticar realmente o problema do seu paciente e trata-lo


corretamente, no sentido Antero-Posterior, usando McNamara, temos que
observar uma tríade importante:

1. A Posição da Maxila e da Mandíbula


2. O Tamanho da Maxila e da Mandíbula
3. A Altura Facial Inferior deste paciente

Sempre relacione Posição, Tamanho e Altura!!!

5.2.3 A Posição Antero-Posterior Da Maxila(N-Perp ao Ponto A)


- Figura 22 -

Fig 22 – Ponto A (atrás – em cima – à frente) da N-Perp

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- Verificar se Frankfurt está paralelo ao solo


- Traçar Vertical de McNamara (N-Perp)
- Verificar distância entre N-Perp e Ponto A

Aos 9 anos(Dentadura Mista), esta Vertical (N-Perp) deve passar em cima do


Ponto A. Caso Ponto A passe atrás da N-Perp, temos Maxila retruída, caso
passe à frente, temos Maxila protruída. E consegue-se medir QUANTOS
milímetros é essa retrusão ou protrusão. Tem–se uma medida confiável.

No paciente adulto (18 anos), o Ponto A está 1mm à frente da N-Perp. E o que
isso significa? Que dos 9 anos aos 18 anos, o crescimento da Maxila é de
apenas 1mm. Ou seja, cresce muitíssimo pouco: 1 mm em 9 anos!

A Maxila vai para frente por causa do crescimento da Base do Crânio, porém o
crescimento real da Maxila é só de 1mm! Esta Maxila pára de crescer
realmente entre 9 e 11 anos de idade. Depois disso, ela só desloca com a Base
do Crânio.

Com isso, se preciso fazer Protrusão ou Contenção da Maxila, devo fazer, de


preferência, antes dos 9 anos. Entre 6, 7 e 8 anos é o momento em que tem
maior crescimento Maxilar. Esta é a fase que posso estimular este
crescimento com melhores resultados. Depois disso, entre 9, 10 e 11 anos,
teremos um crescimento mínimo (que será no máximo 1 mm). Nesta hora
posso apenas Deslocar essa Maxila para frente, porém não tenho crescimento
do osso em si.

Quando só desloco, pode acontecer duas coisas:

- Primeiro: Se a Maxila deslocou para frente, ela pode recidivar e voltar


para trás.
- Segundo: A anatomia da Maxila não será perfeita para receber a
Mandíbula lá na frente. Pois não cresceu em tamanho, apenas se
posicionou lá na frente.

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Com isso o tratamento não fica bom!

5.2.4 A Posição Antero-Posterior Da Mandíbula(N-Perp ao


Pogônio)
- Figura 23 -

Fig 23 – Pogônio (atrás – em cima – à frente) da N-Perp

- Verificar se Frankfurt está paralelo ao solo


- Traçar Vertical de McNamara (N-Perp)
- Verificar distância entre N-Perp e Pogônio

Aos 9 anos(Dentadura Mista), o Pogônio deve estar de 6 a 8 mm atrás da N-


Perp.

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No paciente adulto (18 anos), a Mandíbula deve estar alinhada com a Maxila.
E o que isso significa? Que dos 9 aos 18 anos, a Mandíbula cresce 1mm por
ano!

Então um paciente com 12 anos deve ter uma mandíbula posicionada a


quantos milímetros da N-Perp?

9 anos = 8 mm atrás da N-Perp

9 anos – 12 anos = 3 anos

Cresce 1 mm por ano

Então deve estar posicionada 5 mm atrás da N-Perp aos 12 anos.

Esta conta é o ideal, ou seja, paciente com Padrão I de crescimento. Mas esta
será a referência!

A Diferença Entre Mandíbula E Maxila

Mas o mais importante é a relação entre a Mandíbula e a Maxila que deve ser
de 8mm aos 9 anos e vai decrescendo com a idade conforme a tabela abaixo:

10 anos – 7 mm de diferença entre Maxila e Mandíbula

11 anos – 7 mm de diferença entre Maxila e Mandíbula(pois a Maxila cresceu


1mm e mantém a diferença)

12 anos – 6 mm de diferença entre Maxila e Mandíbula(agora Maxila não


cresce mais e Mandíbula continua crescendo)

13 anos – 5 mm de diferença entre Maxila e Mandíbula

14 anos - 4mm de diferença entre Maxila e Mandíbula

15 anos – 3mm de diferença entre Maxila e Mandíbula

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16 anos – 2mm de diferença entre Maxila e Mandíbula

17e18 anos – 1mm a zero = coincide uma com a outra.

A média de uma mulher adulta (18 anos) deve ser de 0 a -4mm

A média de um homem adulto (18 anos) deve ser de -2 a +2mm

Obs: Isto é uma média! Deve-se fazer a correção conforme o padrão Dólico,
Meso e Braqui de acordo com a tabela abaixo:

Dólico = média de 8 mm de diferença aos 9 anos

Meso = média de 7 mm de diferença aos 9 anos

Braqui = média de 6 mm de diferença aos 9 anos

Vamos considerar que o paciente será um dólico nos exemplos abaixo.

Portanto, se a Maxila está 2 mm à frente da N-Perp, a Mandíbula deve estar 6


mm atrás da N-Perp aos 9 anos (diferença de 8mm).

Vamos dar um Exemplo:

- O paciente está com a Maxila no tamanho ideal, ou seja, 1 mm a


frente da N-Perp com 12 anos

Exemplo 1: paciente de 12 anos, se a Maxila está 1 mm a frente da N-Perp, e a


Mandíbula está a 11 mm atrás da N-Perp, mas calculamos que deveria estar a
5mm atrás da N-Perp( no exemplo do cálculo), o que fazemos? Avançamos
apenas 6 mm para chegar na posição correta para esta idade que é 5 mm
atrás do N-Perp e 6 mm de diferença entre Maxila e Mandíbula.

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- O paciente está com a Maxila protruída em relação a N-Perp com 14


anos. Ao invés de estar com 1 mm a frente, está a 3mm a frente da N-
Perp.

Exemplo 2: paciente de 14 anos, se a Maxila está a 3 mm a frente da N-Perp, e


a Mandíbula está a 11 mm atrás da N-Perp. O que devemos fazer? Resposta –
com 9 anos a Mandíbula deveria estar 8 mm da N-Perp e crescer 1 mm ao
ano. Sendo assim, 14 anos menos 9 anos é igual a 5 anos, ou seja, crescendo 1
mm por ano deveria estar a 3 mm atrás da N-Perp. Porém, o mais importante
é sempre a diferença entre Mandíbula e Maxila, que conforme a tabela da
idade acima, com 14 anos a diferença entre Maxila e Mandíbula deve ser de
4mm entre elas. Se a Maxila está com 3mm a frente da N-Perp, a Mandíbula
para estar com uma diferença de 4mm da Maxila, deveria estar 1mm atrás da
N-Perp. Porém está 11mm atrás. Portanto esta Mandíbula deveria ser
avançada 10mm para ficar 1mm atrás da N-Perp para ficar a 4mm de
diferença da Maxila. Observe que neste caso, 10mm é um avanço muito
grande para se conseguir aos 14 anos apenas com ortopedia. Por isso, neste
momento, você conclui que este caso tem grandes chances de ser cirúrgico.
Um avanço máximo para ortopedia deve girar em torno de 7mm. Mas sempre
deve-se tentar avançar esta Mandíbula e talvez fazer a compensação usando
um Aparelho Autoligado em conjunto com um Protrator Mandibular
(Veremos isso mais adiante).

Esta conta deve guiar a quantidade de avanço que você poderá e deverá fazer
em seu paciente. Independente de ser ortopédico ou cirúrgico. Por isso deve
entender que o Autoligado não trabalhará com osso basal. O Autoligado não
consegue corrigir estas discrepâncias esqueléticas! Isso só é possível com
cirurgia ou ortopedia. Caso o paciente não opte por nenhuma das duas
opções de tratamento (ortopedia ou cirurgia), então você, de forma
consciente conduzirá um tratamento compensatório sabendo que os avanços
serão limitados ao deslocamento “em gaveta” do osso alveolar. E neste
momento, o Autoligado é, na minha opinião, uma excelente escolha! Porém,
sempre limitado!

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Como não vou conseguir mexer muito com a Maxila, vou acabar sempre
compensando com a Mandíbula! Essa proporção é o mais importante.

Uma outra situação:

- Imagine um paciente com 9 anos e com uma Maxila com 3mm a frente
da N-Perp.

Quando digo que a Maxila está 3mm a frente da N-Perp, estou dizendo que o
Ponto A está a esta distância da N-Perp. Mas deveria estar em cima da N-Perp
conforme McNamara nos ensinou. Como devo agir?

Resposta: Não tem como diminuir o tamanho da Maxila. Nesta idade deveria
estar entre zero e menor que 1mm. Isso significa que ainda vai crescer mais
1mm. Se não fizer nada com essa Maxila ou fizer ( que seria colocar um
Aparelho Extra Bucal com força ortopédica para tentar impedir este
crescimento), esta Maxila vai aumentar, no máximo, 1mm até os 11, 12 anos e
ficará com no máximo 4mm a frente da N-Perp. Este 1mm a mais não alterará
em nada a oclusão deste paciente. Então neste caso, deve-se avançar a
mandíbula para chegar na posição ideal ( de acordo com a tabela da idade).
Isso pode deixar o paciente levemente Biprotruso futuramente, que é melhor
que deixa-lo com o perfil convexo do Padrão II. E não pense em fazer
exodontia de pré superior e retrair a bateria anterior, pois retração não
diminui base óssea! Você corre o risco de estragar o perfil do paciente,
principalmente se na genética dele tem nariz grande.

Sempre que puder optar por ortopedia (meninos em média param de crescer
aos 12 anos e meninas aos 14 anos) para corrigir bases ósseas, opte por isto!
Esteticamente e funcionalmente a biprotrusão é melhor que a Classe II
esquelética.

Num paciente adulto, você pode fazer extração de pré superior para correção
dental, porém sempre existe o risco de comprometer a face deste paciente.
Então tente sempre avançar a Mandíbula nestes casos. Se não tiver sucesso,

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paciência! Você tentou fazer a coisa certa! Não conseguiu? Planeje cirurgia
ortognática ou faça compensação (que sempre será a pior escolha para a
função e para a estética).

Acabamos de analisar a POSIÇÃO, lembre-se da tríade:

• Posição - Tamanho - Altura

Vamos agora falar de TAMANHO.

5.2.5 O Tamanho : A Importância De Se Medir O Comprimento


Efetivo Da Maxila E Comprimento Efetivo Da Mandíbula.

Por que devo saber isso?

Imagine que aos 7 anos, na Maxila, o Ponto A está 3mm atrás do N-


Perp. A pergunta sempre será: a Maxila está retruída (Posição) ou ela é
pequena(Tamanho)?

Se você instala uma Máscara Facial neste paciente e leva esta maxila para
frente e a deixa lá, você acha que tratou o problema?

Depois que levou esta Maxila para frente você sempre deve se perguntar: esta
Maxila era pequena ou só estava retruída? Se ela é pequena e você só a levou
para frente, esta Maxila continuará pequena lá na frente. Em pouco
tempo(uns 2 anos) o paciente estará com a mordida cruzada novamente!

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Quando a Maxila já é grande, basta protruí-la e não precisa fazer mais nada,
pois o tamanho já é adequado.

Portanto, olhar sempre o TAMANHO da Maxila quando você decidiu que o


problema é maxilar! Caso VOCÊ percebe que o problema é uma Mandíbula
pequena, NÃO OLHE PARA ESTA MEDIDA DA MAXILA! Avalie o tamanho da
Mandíbula e o quanto deve ser avançada. SÓ OLHE PARA A MAXILA PARA VER
SEU TAMANHO QUANDO A MAXILA FOR O PROBLEMA!!!

Outra vez: você olha para o paciente e vê que na face dele a Maxila está boa.
Então olho essa medida na Análise de McNamara e deu uma medida de -4mm
num paciente de 14 anos. Deveria ser +1mm. Isso significa que esta Maxila
está pequena? O que vai dizer é a face do paciente no PERFIL! Então aprenda
esta regra: Sempre olhe para FACE primeiro.

Lembre-se, você é quem define ONDE está o problema! A Análise apenas diz o
QUANTO é este problema!

*IMPORTANTE*: A CLÍNICA SEMPRE DEVE SER O QUE MANDA, DEVE SER


SOBERANA SOBRE A ANÁLISE CEFALOMÉTRICA!

Posto isto...

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Comprimento Efetivo da Maxila: É A Distância Em Milímetros Do Condílio(Co)


ao Ponto A – (Co-A) (Fig 24)

Fig 24 – Comprimento Efetivo da Maxila

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Comprimento Efetivo da Mandíbula: É A Distância Em Milímetros Do


Condílio(Co) ao Gnátio(Gn) – (Co-Gn) (Fig 25)

Fig 25 – Comprimento Efetivo da Mandíbula

O que interessa aqui é a proporção entre estes comprimentos. O que tenho


que saber é o diferencial entre elas (Maxila e Mandíbula: Diferença Mx-Md).

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Diferença Mx-Md

Aos 9 anos essa diferença entre Maxila e Mandíbula tem que ser de 20mm
com a Mandíbula sendo 20mm maior que a Maxila.

Diferença Mx-Md = 20mm

Na mulher adulta(18 anos): 26mm com Mandíbula maior que a Maxila –


individuo Mediano.

Diferença Mx-Md = 26mm

No homem adulto(18 anos): 30 mm com Mandíbula maior que a Maxila –


indivíduo Grande.

Diferença Mx-Md = 30mm

9 anos – 20mm

mulher adulta – 26mm

homem adulto – 30 mm

Agora vamos falar de ALTURA, o último ponto da tríade: Posição – Tamanho –


Altura.

5.2.6 A Altura : Altura Facial Ântero Inferior De McNamar(Ena-M).


(Figura 26)

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Fig 26 – Altura Facial Ântero Inferior de McNamara

Aqui temos um problema, mas apresentarei a solução.

Dependendo do Comprimento Efetivo da Mandíbula o ponto M estará mais


anterior (se o comprimento for maior) ou mais posterior (se o comprimento
for menor). E isto, invariavelmente, mudará a medida da Altura Facial Ântero
Inferior do paciente.

O meu mentor, o Dr. Professor Mustaphá Amad Neto, genialmente propôs,


em uma de suas teses, uma mudança nesta mensuração.

Propôs traçar uma reta Perpendicular a Frankfurt e projetar os pontos Ena e


M nesta Perpendicular. Assim, independente do Comprimento Efetivo da
Mandíbula, mede-se a Altura Facial Ântero Inferior na distância das projeções.
E isso não dará variação da medida. (Fig 27)

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Fig 27 – Projeção da Altura Facial Ântero Inferior

Para esta mudança você pode seguir a seguinte tabela:

Aos 9 anos : 60mm

Mulher adulta : 66mm

Homem adulto: 70mm

5.2.7 Qual Relação Existe Entre Altura Facial Inferior, Tamanho E


Posição Da Mandíbula?

Vamos explicar com um exemplo:

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 Paciente de 9 anos
 Com Mandíbula 10mm atrás da Maxila (POSIÇÃO)
 Altura Facial Ântero Inferior aumentada com 64mm – olhar
tabela acima (ALTURA)

Neste caso, se a Mandíbula rodar no sentido anti-horário, ela já vai para


frente melhorando a POSIÇÃO e diminuindo a ALTURA. E talvez não precise
mexer no TAMANHO.

Assim, não estimulo o CRESCIMENTO da Mandíbula (TAMANHO) - que poderia


fazer com um aparelho que estimulasse a lateralidade ( como um Bimler, por
exemplo). Devo apenas mudar a DIREÇÃO DE CRESCIMENTO – com um
Bionator que trava a oclusão, não estimulando lateralidade, porém muda a
DIREÇÃO DO CRESCIMENTO fazendo a Mandíbula rodar no sentido anti-
horário.

*DICA*: QUANDO SE FALA EM ROTAÇÃO DE MANDÍBULA, É BOM SABER QUE


A CADA 1mm QUE DIMINUIR NA ALTURA FACIAL, PROJETA-SE O MESMO 1mm
PARA FRENTE.

Portanto, diminuir 3mm de Altura, projeta 3mm para frente. Assim, mudando
a POSIÇÃO, não preciso, às vezes, mudar o TAMANHO.

*DICA DE OURO*: QUANDO O PACIENTE TEM UMA MANDÍBULA GRANDE,


NÃO CONSEGUIMOS DIMINUIR ESTE TAMANHO. PORÉM, PODE-SE COLOCAR
UMA MENTONEIRA. ESTA MENTONEIRA NÃO DIMINUIRÁ O TAMANHO
EFETIVO DA MANDÍBULA, MAS AO CRESCER, POR ESTAR SENDO “SEGURADA”

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PELA MENTONEIRA, A ÚNICA OPÇÃO DA MANDÍBULA SERÁ ABRIR O ÂNGULO


GONÍACO DURANTE O CRESCIMENTO E A MANDÍBULA RODA PARA TRÁS
AUMENTANDO A ALTURA FACIAL INFERIOR. A CADA 1mm QUE AUMENTA A
ALTURA, A MANDÍBULA RETRUI 1mm. ISSO MASCARA O PROGNATISMO.
ENTÃO ESCOLHA O QUE FOR MENOS PIOR: MASCARAR O PROGANTISMO
(CLASSE III) E AUMENTAR A ALTURA FACIAL INFERIOR (DOLICO) – ISSO SE
CONSEGUE USANDO UMA MENTONEIRA - OU DEIXA A ALTURA FACIAL
INFERIOR MENOR, MAS PIORA O PROGNATISMO – NESTE CASO É SÓ NÃO
USAR A MENTONEIRA. A ESCOLHA DEVE SER SUA JUNTO COM O
PACIENTE/FAMÍLIA.

5.2.8- Um Bônus Desta Análise - A Análise Das Vias Aéreas Para


Encaminhar Ao Otorrinolaringologista

Alguns pacientes são Respiradores Bucais por causa da presença de Adenoide


Grande que obstrui a passagem de ar.

Medida Do Espaço Aéreo Faringe Superior: Nasofaringe (Adenóide)

Mede-se na Nasofaringe a distância da parede posterior do palato mole até a


parede posterior da Faringe: Nfa-Nfp (Fig 28).

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Fig 28 - Nasofaringe

Em análises de livros, dizem que tem que ser 12mm para dentição mista e
17mm para dentição permanente. Mas converse com seu parceiro
otorrinolaringologista. O normal é de 5mm ou mais. Menor que 5mm é
problema, encaminhe para o Otorrino.

Medida Do Espaço Aéreo Faringe Inferior: Orofaringe (Amigdala)

Mede-se na Orofaringe a largura da Faringe: onde a borda posterior da língua


cruza com a borda inferior da Mandíbula até a parede posterior da Faringe:
Bfa-Bfp (Fig 29)

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Fig 29 - Orofaringe

A norma será de 10 a 12mm em qualquer idade. Se o tamanho do espaço


estiver menor, isso será irrelevante. Devemos nos preocupar com valores
maiores que vão indicar posicionamento anterior da língua, que pode ser
postural ( daí é importante ter a avaliação da Fono – Capítulo 2) ou pode ser
presença de amigdala infartada ou hipertrofiada ( nos dois casos o paciente
projeta a língua para frente e precisa da avalição do Otorrino – Capítulo 4).

Isto pode causar: prognatismo mandibular, mordida cruzada posterior ou


biprotrusão.

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5.3 Análise Cefalométrica de Ricketts (Dentes)


5.3.1 Pontos, Linhas E Planos Para Ricketts
Principais Pontos Que Tenho Que Saber Para Esta Análise Em Particular:

 N (Násio): ponto localizado na conjunção do osso frontal com osso


nasal;
 Or (Orbital): ponto localizado mais inferiormente no assoalho da
órbita. Em imagens duplas da órbita, escolher a média dos dois pontos
encontrados;
 Po (Pório): Anatômico – ponto mais superior do meato ou conduto
auditivo externo;
 A (Ponto A): ponto localizado na parte mais profunda da concavidade
alveolar da maxila, no sentido antero-posterior;
 Ena (Espinha Nasal Anterior): ponto mais anterior do assoalho das
fossas nasais;
 Enp (Espinha Nasal Posterior): ponto mais posterior do palato ósseo;
 Pt (Pterigóideo): ponto mais posterior e superior da parede posterior
da fissura pterigo maxilar;
 Pm (Protuberância Mentoniana): Ponto Localizado entre os pontos
“B” e Pogônio, onde a curvatura do bordo anterior da sínfise se
transforma de côncavo para convexo. Por não sofrer alteração no
crescimento, é considerado o ponto mais importante da mandíbula;
 Ba (Básio): ponto mais inferior do osso occipital. Localiza-se na
margem anterior do forame Magnum. Também é muito estável por se
movimentar muito pouco durante o crescimento;
 Xi (Centro Geométrico do Ramo da Mandíbula): forma a referência
póstero-inferior dos eixos internos na mandíbula. Sua localização é
feita geometricamente ao plano de Frankfurt e a Vertical Pterigóidea;

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 R1 (R1 Mandibular): ponto mais profundo da curvatura da borda


anterior do ramo ascendente da mandíbula;
 R2 (R2 Mandibular): projeção do R1 localizado no bordo posterior do
Ramo da mandíbula, esta projeção deve ser paralela ao Plano de
Frankfurt;
 R3 (R3 Mandibular): ponto mais profundo da curvatura da
Chanfradura Sigmóide do Ramo da Mandíbula;
 R4 (R4 Mandibular): projeção do R3 no bordo inferior da mandíbula.
Esta projeção deve ser paralela a Vertical Pterigóidea;
 DC (Centro do Côndilo): representa o centro do pescoço da cabeça da
mandíbula. É o ponto central do plano BaN que atravessa a cabeça da
mandíbula e tem as bordas posterior e anterior deste côndilo como
referência de tamanho para achar sua metade;
 CF (Centro da Face): ponto de encontro entre o Plano de Frankfurt e a
Vertical Pterigóidea;
 CL (Comissura Labial): ponto localizado na intersecção entre os lábios
superior e inferior. Em casos de incompetência labial, deve-se marcar
o ponto médio entre eles;
 Pg (Pogônio): ponto mais saliente do mento ósseo. É determinado por
uma tangente que sai do Násio;
 Me (Mentoniano): ponto mais inferior da sínfise Mentoniana;
 Gn (Gnátio): ponto mais inferior e anterior do contorno do mento.
Determinado pela bissetriz do ângulo formado pelo Plano Mandibular
(Go-Me) e linha Násio-Pogônio;
 Go (Gônio): ponto mais posterior e inferior da mandíbula no sentido
ântero-posterior. Bissetriz do ângulo formado pela tangente à borda
inferior do corpo da mandíbula e pela tangente à borda posterior do
ramo da mandíbula.
(Fig 30)

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Fig 30 - Principais Pontos Cefalométricos para Análise de Ricketts neste e-


book.

Principais Linhas Que Tenho Que Saber Para Esta Análise Em Particular:

 Comprimento Labial Superior (Ena-CL) Morango


 Vertical Pterigóidea (PtV) Turquesa
 (N-CF) Melão
 (CF-A) Aqua
 Longo Eixo Incisivo Superior Ameixa
 Longo Eixo Incisivo Inferior Limão
 (Ena-Xi) Lima

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 (DC-Xi) Oceano

(Fig 31)

Fig 31 – Principais Linhas Cefalométricas para Análise de Ricketts neste e-


book

Principais Planos Que Tenho Que Saber Para Esta Análise Em Particular:

 Plano Oclusal Funcional (superfície oclusal dos dentes posteriores)


Marasquino

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 Plano Xi-Pm (Xi-Pm) Azulado


 Base do Crânio (Ba-N) Banana
 Plano Palatal (Ena-Enp) Magenta
 Plano de Frankfurt (Po-Or) Verde Acinzentado
 Plano Facial Inferior (A-Pg) Turquesa
 Plano Vertical Pterigóide (PtV) Caiena
(Fig 32)

Fig 32 - Principais Planos Cefalométricas para Análise de Ricketts neste e-


book

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Obs1: Na Análise de Ricketts, a Base do Crânio é dada pela Linha BaN. (Fig 33)

Fig 33 – Base do Crânio

Obs2: O Plano Oclusal na Análise de Ricketts é dado pela união dos pontos
molar e pré molar ou molar e molar decíduo(Fig 34) e é chamado de Plano
Oclusal Funcional.

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Fig 34 – Plano Oclusal Funcional

Obs3: Checar se os pontos do desenho cefalométrico coincidem com os


pontos da radiografia. Muitas vezes é um técnico com um template que faz o
desenho e simplesmente não coincide com os pontos. Isso dará resultados
diferentes. Se coincidiu, confie nas medidas, pois as mensurações(não os
pontos) são feitas pelo computador que sempre será mais preciso que você
com um lápis.

Obs4: Verificar se Frankfurt (Po-Or) está paralelo ao solo. Caso não esteja,
essa radiografia deve ser repetida, pois um erro nesta medida coloca toda a
análise que faremos como inválida para o diagnóstico correto.

Esta é uma análise bastante longa com 36 Fatores a serem avaliados. Porém,
não iremos falar de todos. Focaremos, profundamente, nos que nos

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mostrarão as melhores medidas para analisarmos, estrategicamente, quais


condutas devem ser tomadas para o aumento do acerto em movimentações
dentais.

Normalmente os livros que falam destas medidas não interpretam as mesmas.


Apenas ensinam sua localização e dizem o que significa. Aqui iremos um
pouco mais.

Uma característica de Ricketts é que normalmente suas medidas têm uma


dupla checagem. É uma forma de verificarmos se a medida está no lugar
correto ou não, para que isto possa ser relevante para o planejamento do
paciente em questão.

Uma Crítica A Análise De Ricketts

Esta análise foi feita com uma população de indivíduos de oclusão normal
aos 9 anos de idade, que dois anos mais tarde foram novamente
radiografados para verificar como era o padrão de crescimento destes
indivíduos. Deve-se observar que este sistema foi criado com o objetivo de
prever qual seria a posição ideal futuramente, ou seja, um sistema que
tenta prever onde os dentes deverão estar ao final do crescimento. Isso foi
chamado de VTO (Visualização dos Objetivos de Tratamento). O caso é que
foi feito com pacientes com boa oclusão e bom padrão de crescimento
( que podemos chamar hoje de pacientes com Padrão I ). Mas sabe-se que
pacientes com Padrão II ou III crescem diferentes daqueles de Padrão I. E
mais, que cada Padrão, além de crescer, também envelhecem de formas
distintas uns dos outros.

5.3.2 Avaliação Do Padrão De Crescimento Facial

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ATENÇÃO – vamos fazer algumas considerações neste fator que é vertical.


Mas a preferência é analisar o fator vertical no Padrão USP.

Ao olhar para uma Tele Radiografia, devemos treinar o olho para ver a
Base do Crânio (linha BaN), o Plano de Frankfurt (Po-Or) o Plano Palatal
(Ena-Enp), o Plano Oclusal Funcional (molares e prés ou molares e
molares decíduos) e Plano Mandibular (Go-M), conforme Figura 35.

Fig 35 - Divergência dos Planos

Deve-se olhar nesta sequência que foi escrito e identificar a divergência


desta Linha (Base do Crânio) e Planos (todos os outros). Assim, olhando a
divergência destas retas, teremos a noção para identificarmos o Padrão de
Crescimento Facial (vertical) deste indivíduo:

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Dolicocefálico – muito divergentes

Mesocefálico – menos divergentes

Braquicefálico – mais paralelos

Em pacientes jovens, que quero moldar o crescimento da face, devo


lembrar que a face cresce contra a Base do Crânio. Então a inclinação
desta Base do Crânio vai interferir na direção de crescimento.

Quando sei esta inclinação, avalio se só estimulo o Crescimento ou se


precisarei mudar a Direção de Crescimento desta face.

Por exemplo, uma Base do Crânio muito inclinada para cima em um


paciente com Plano Mandibular inclinado para baixo. Neste caso tenho um
paciente que, não fazendo nada, será dólico. Se quero controlar este
crescimento vertical, devo usar um aparelho que me ajude no controle
vertical, como um Bionator, por exemplo, pois mudará a Direção de
Crescimento.

Se tiro um aparelho deste, antes do final do crescimento do meu paciente,


e coloco um Autoligado pensando em corrigir dentes, essa Base do Crânio
vai continuar empurrando o crescimento para baixo e perco meu objetivo
de fazer o controle do crescimento vertical.

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É importante saber que não consigo atuar na inclinação da Base do Crânio,


mas conhecendo essa Base, sabendo que ela está muito inclinada, bem
divergente com o Plano Mandibular, tenho a chance de colocar a
Mandíbula no lugar certo, ou pelo menos mais apropriado. Depois
continuo segurando esta Mandíbula no melhor lugar com aparelho
ortopédico até o final do crescimento. Só depois disso vou propor um
tratamento que posicionará dentes e alvéolo, com um Sistema Autoligado.
Em outras palavras, conhecendo esta inclinação, avalio o melhor momento
para iniciar o tratamento com Autoligado.

Agora, quando o paciente já é adulto, parou de crescer, então não me


interessa mais a inclinação da Base do Crânio. Afinal, não mudará mais! A
partir deste momento, o que me interessa é olhar apenas o paralelismo
e/ou divergência dos Planos: Palatal – Oclusal Funcional – Mandibular.

Que mecânicas vou usar para pacientes mais divergentes? Que mecânicas
vou usar para pacientes mais paralelos? Estas são perguntas importantes
para se responder.

Exemplo: Posso usar uma distalização de molar em Classe II num paciente


divergente da mesma forma que uso num paciente paralelo?

Resposta: É claro que não!

No paciente divergente tenho que distalizar este molar intruindo o mesmo,


pois senão pioro a divergência. No paciente paralelo talvez posso distalizar
sem intruir, pois às vezes quero aumentar a altura facial.

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Há várias mecânicas de distalização. Cada uma com um efeito colateral


diferente. Então escolho qual o efeito é melhor para cada caso, pois cada
face precisa de um tratamento diferente.

E para relacionar isto com o tratamento com o Sistema Autoligado, deve-se


associar esta distalização com recursos que ajudam na intrusão ou não.
Por exemplo, em pacientes Dólicos ou divergentes, devo associar ao
aparelho Autoligado, um AEB ou mesmo mini implantes para distalizar e
intruir. Já em pacientes Braqui ou paralelos, apenas o Autoligado, sem
controle de intrusão, resolveria o caso.

5.3.3 CLASSIFICAÇÃO DO 1˚ MOLAR - Campo Dental De Ricketts -


Relação Molar

Ricketts preconiza que na Classe I, o 1° Molar Superior deve ter sua face
distal, 3mm mais posterior da face distal do 1° Molar Inferior conforme a
Figura 36

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Fig 36 – Relação Molar

Na prática é só distalizar o 1°Molar Superior até chegar em Classe I. Porém,


com este dado, saberemos quantos milímetros iremos precisar distalizar o
Molar independente de onde ele esteja: se será 3mm, 4mm, 5mm ... E com
isso fica fácil observar se esta distalização será impedida pelo 3°Molar
(assunto de um capítulo só para ele), ou mesmo se implicará em impactação
do 2°Molar que ainda não erupcionou em pacientes jovens. Além de poder
escolher qual melhor mecânica (com mais ou menos controle de inclinação de
molares) para cada caso.

Por exemplo: Se preciso distalizar 2mm ou 3mm, posso apenas colocar uma
mola aberta entre 1°Molar e 2°Pré. Mas se tenho que distalizar 5mm ou 6mm
ou mais, posso ter que usar um mini implante com jig de distalização e AEB
para dormir (mesmo usando Autoligado).

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*DICA*: O melhor lugar para se medir essa distância é no modelo de gesso,


pois a radiografia pode dar sobreposição de imagem.

5.3.4 MORDIDA PROFUNDA - Posição Do Incisivo Inferior Com O


Plano Oclusal

Em uma oclusão normal, devemos ter a posição do incisivo inferior 1mm


acima do Plano Oclusal (Desde que o Plano Oclusal esteja no Lugar Certo)
como demonstrado na Figura 37

Fig 37 – Distância do Incisivo Inferior em relação ao Plano Oclusal

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Na mordida profunda, a distância da incisal do incisivo inferior até o Plano


Oclusal bem posicionado, será maior que 1mm.

Quando temos uma mordida profunda, podemos atuar, basicamente de 9


maneiras:

1. Intrusão de incisivo superior


2. Intrusão de incisivo inferior
3. Vestibularização de incisivo superior
4. Vestibularização de incisivo inferior
5. Extrusão de molares
6. Verticalização de molares inclinados mesialmente
7. Distalização de molares
8. Extrusão de pré molares
9. A combinação de 2 ou mais destas 8 maneiras

E é o Plano Oclusal que vai me dizer o que tenho que fazer (exceto nos casos
de vestibularização dos incisivos, que será definido pela posição dos mesmos
com suas respectivas bases apicais – será visto mais adiante, continue sua
leitura...)

O Plano Oclusal (molar – pré molar) deve passar em cima do Ponto Xi (Centro
Geométrico do Ramo da Mandíbula), ou seja:

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Plano Oclusal – Xi = 0 (zero)


(Fig 38)

Fig 38 – Plano Oclusal – Xi = 0 (Zero)

Como Encontrar O Ponto Xi Em 9 Passos


Desenho do Ponto Xi na Figura 39

Fig 39 – Ponto Xi ou Centro Geométrico do Ramo da Mandíbula

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Para definir o Xi ou Centro Geométrico do Ramo da Mandíbula, deve-se criar


um retângulo. Este retângulo será formado por linhas que passam pelos
pontos R1, R2, R3 e R4.

Usaremos 9 Passos para encontrar este Ponto Xi:

O primeiro passo é determinar o Ponto R1. Este Ponto é determinado


marcando-se o ponto mais côncavo ou profundo, da borda anterior do Ramo
da Mandíbula (Fig 40).

Fig 40 – Ponto R1

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O segundo passo é determinar o Ponto R2. Para isso deve-se projetar o Ponto
R1 até a borda posterior do Ramo da Mandíbula, esta projeção deve ser
paralela ao Plano de Frankfurt. (Fig 41).

Fig 41 – Projeção do R1, paralela a Frankfurt, até a borda posterior do Ramo


da Mandíbula

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Determina-se então, o Ponto R2, através desta projeção do R1 (Fig 42).

Fig 42 – Ponto R2

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O terceiro passo é encontrar o Ponto R3. Para isso, marca-se o ponto mais
profundo da Chanfradura Sigmóide do Ramo da Mandíbula (Fig 43).

Fig 43 – Ponto R3

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O quarto passo é encontrar o Ponto R4. Para isso deve-se projetar o Ponto R3
até a borda inferior do Ramo da Mandíbula, perpendicularmente ao Plano de
Frankfurt ou paralelamente a Vertical Pterigóide(Fig 44).

Fig 44 – Projeção do R3 paralela a Vertical Pterigóide ou perpendicular a


Frankfurt

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Tem-se então o Ponto R4, através desta projeção do R3(Fig 45).

Fig 45 – Ponto R4

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Temos agora os pontos R1,R2,R3 e R4 criados (Fig 46).

Fig 46 – Pontos R1, R2, R3 e R4.

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O quinto passo é criar o lado do retângulo que passa paralelo a Vertical


Pterigóide e em cima do Ponto R1 (Fig 47).

Fig 47 – Lado do retângulo que passa no Ponto R1. Deve ser paralelo à
Vertical Pterigóide

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O sexto passo é projetar esta reta, paralela a Vertical Pterigóide, para formar
o lado do retângulo que passa em cima de R2 (Fig 48).

Fig 48 – Projeção da reta para formar o lado do retângulo que passa no


Ponto R2

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Tem-se então, o lado do retângulo que passa em cima do Ponto R2(Fig 49).

Fig 49 – Lado do retângulo que passa em R2

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O sétimo passo é criar o lado do retângulo que passa em R3 e é paralelo ao


Plano de Frankfurt(Fig 50).

Fig 50 – Lado do retângulo que passa no Ponto R3

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O oitavo passo é projetar esta reta, paralela a Frankfurt, para formar o lado
do retângulo que passa em cima do Ponto R4 (Fig 51).

Fig 51 – Projeção da reta para formar o lado do retângulo que passa em R4

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Tem-se então, o lado do retângulo que passa em cima do Ponto R4 e o


retângulo está formado (Fig 52).

Fig 52 – Lado do retângulo que passe em R4 e o retângulo pronto

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O nono passo é determinar o centro do retângulo criando duas retas


diagonais. O encontro destas diagonais determinará o Ponto Xi (Fig 53).

Fig 53 – Determinação do Ponto Xi

Agora que já sabe achar o Ponto Xi ou Centro Geométrico do Ramo da


Mandíbula, voltemos à medida Plano Oclusal – Xi = 0 (zero) que estava vendo
na página 96.

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Como já foi dito, o Plano Oclusal deve passar exatamente em cima do Ponto
Xi. Mas às vezes isso não acontece. E quando não acontecer, como devemos
interpretar?

Existe uma referência visual que pode ajudar a dar o diagnóstico da inclinação
do Plano Oclusal. Esta medida é o Plano de Camper.

O Plano de Camper é um Plano que sai da asa do nariz e vai até o tragus da
orelha (Fig 54).

Fig 54 – Plano de Camper

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E o Plano Oclusal Funcional deve ser paralelo ao Plano de Camper(Fig 55).

Fig 55 – Plano Oclusal Funcional paralelo ao Plano de Camper

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O Plano de Camper tem aproximadamente 10° em relação ao Plano de


Frankfourt (Fig 56).

Fig 56 – Relação entre os Planos: Frankfurt – Camper – Oclusal

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Então ele é ligeiramente rodado no sentido horário, com uma suave


inclinação para baixo. E o Plano Oclusal Funcional, acompanha esta inclinação,
pois é paralelo a Camper.

Quando se tem a medida do Plano Oclusal negativa, significa que o Plano


Oclusal está abaixo do Xi. Isso causa a sobremordida verdadeira. Neste caso,
deve-se corrigir esta sobremordida extruindo os molares(Fig 57).

Fig 57 – Plano Oclusal abaixo do Xi – Sobremordida Verdadeira

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Se o Plano Oclusal está muito inclinado para baixo, para levantar este Plano,
deve-se extruir os pré molares (Fig 58).

Fig 58 – Extruir Pré Molar para levantar Plano Oclusal Inclinado

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Ricketts pegou o Plano Xi-Pm (Centro Geométrico do Ramo – Protuberância


Mentoniana) (Fig 59) que é uma linha imutável, pois

Fig 59 – Plano Xi-Pm

faz fronteira entre osso basal (que não muda) e osso alveolar (que podemos
mexer) e fez um ângulo com o Plano Oclusal (Fig 60) para medir a Inclinação
do Plano Oclusal. Este ângulo deve ser de 22°.

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Fig 60 – Inclinação do Plano Oclusal = 22˚

Inclinação do Plano Oclusal

Plano Oclusal-Xi-Pm = 22˚

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Sendo assim, teremos as seguintes situações com as seguintes correções:

1. Plano Oclusal Passando Abaixo Do Xi (Fig 61):

Fig 61 – Mordida Profunda Verdadeira

 O que temos: Mordida Profunda Verdadeira


 O que fazer: Extruir Molares

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2. Plano Oclusal Passando Sobre O Xi E Com O Ângulo De Inclinação Do


Plano Oclusal-Xi-Pm Menor Que 22° (Fig 62):

Fig 62 – Inclinação do Plano Oclusal < 22˚

 O que temos: Um Plano Oclusal inclinado para baixo e com isso


ainda não posso usar o Plano Oclusal como referência.
 O que fazer: Extruir os pré molares e corrigir esta inclinação do
Plano.

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3. Plano Oclusal Passando Sobre O Xi E Com O Ângulo De Inclinação Do


Plano Oclusal-Xi-Pm Igual A 22° (Fig 63):

Fig 63 – Inclinação do Plano Oclusal = 22˚

 O que temos: O Plano Oclusal com a inclinação correta. Agora


posso usa-lo para medir o incisivo inferior
 O que fazer: Só agora verifico se o incisivo inferior está a 1mm
do Plano Oclusal. Se estiver maior, intruir incisivo inferior até
atingir 1mm de distância do Plano Oclusal. Se estiver com
1mm e ainda assim apresenta mordida profunda, intruir ou
vestibularizar o incisivo superior.

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Estas são as situações para avaliar a mordida profunda. Ainda temos situações
que não estão relacionadas com mordida profunda, mas sim com mordida
aberta relacionada à mandíbula. E estão relacionadas com Plano Oclusal e sua
inclinação correta

4. Plano Oclusal Passando Acima Do Xi E Com O Ângulo De Inclinação


Do Plano Oclusal-Xi-Pm Igual A 22° (Fig 64):

Fig 64 – Intruir a mesma quantidade de Molares e Pré Molares

 O que temos: O Plano Oclusal com a inclinação correta. Porém


com extrusão de molar e 2˚pré molar.
 O que fazer: Intruir o molar e o 2˚pré molar. Como a inclinação
do Plano Oclusal está correta, esta intrusão deve ser feita,
conjugando com um fio rígido, o molar e o 2˚pré molar. A
melhor opção é fazer isso com auxílio de mini implantes. E esta
intrusão deve ser da quantidade, em milímetros, da distância

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do Plano Oclusal ao Xi. Só depois desta correção que verifico se


o incisivo inferior está a 1mm do Plano Oclusal.

5. Plano Oclusal Passando Acima Do Xi E Com O Ângulo De Inclinação


Do Plano Oclusal-Xi-Pm Menor Que 22° (Fig 65):

Fig 65 – Intruir muito Molar e pouco Pré Molar

 O que temos: Um Plano Oclusal inclinado para baixo com


extrusão mais do 1˚ Molar e em menos quantidade, porém
também extruído, do 2˚ Pré Molar. Sendo assim, ainda não
posso usar o Plano Oclusal como referência.
 O que fazer: Intruir mais este Molar e em menor quantidade o
2˚ Pré Molar. Isto deverá ser feito intruindo primeiro o 1˚ Molar
até ficar com a oclusal nivelada com a do 2˚ Pré Molar, então
conjuga os dois dentes com fio rígido e resina. E daí por diante
continua a corrigir esta inclinação do Plano intruindo
simultaneamente os dois dentes até atingir a posição desejada.

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Caso não respeitar a referencia do Plano Oclusal (sua Posição e Inclinação) e


tentar corrigir a mordida profunda aleatoriamente, você pode causar um
problema articular importante em seu paciente.

Ângulo Interincisivo De Ricketts

Está aí uma medida super importante! O ângulo formado entre o longo eixo
dos incisivos superior e inferior, conhecido como Ângulo Interincisivo deve
ser de 130° (Fig 66).

Fig 66 – Ângulo Interincisivo = 130˚

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Estudos mostram que, independente do padrão do paciente, mesmo quando


compensados, se o ângulo Interincisivo for de 130°, ou próximo a isso,
chances são que a dissipação da força mastigatória vai sair no longo eixo
destes dentes e não lateralmente.

Por isso é de suma importância pedir radiografias de controle ( Teleradiografia


e Panorâmica) não apenas para verificar reabsorções, mas também
paralelismos, ver se os dentes estão dentro das bases adequadas, não estão
fora do Pogônio e verificar o Ângulo Interincisivo. Principalmente nos casos de
compensação dental.

Altura Facial Inferior De Ricketts

Esta medida, na Análise de Ricketts, encontra-se no Campo Esqueletal.


Contudo os pontos medidos são:

Ena-Xi-Pm

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Ou melhor, ângulo formado entre Espinha Nasal Anterior – Ponto Xi – Ponto


Pm. E este ângulo deve ser de 47°(Fig 67).

Fig 67 – Altura Facial Inferior = 47˚

O que se observa aqui é que alguns pacientes ( com 9 anos) apresentam essa
Altura Facial Inferior de 47° e quando medimos o mesmo paciente com Altura
Facial Anterior Inferior de McNamara, onde a norma seria 60mm (Ena-M),
apresenta 65mm de Altura Facial Inferior. Por que isso acontece? Qual altura
é a mais confiável?

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A reta que liga o Ponto Pm ao Xi (Fig 68), forma uma linha que separa osso
basal de osso alveolar. Portanto esta medida de Ricketts, para Altura Facial
Inferior, só mede a Altura da Dentição do Paciente.

Fig 68 – Plano Xi-Pm

Hoje, modernamente, podemos chamar esta Altura Facial Inferior de Ricketts


de ”Altura da Dentição”, pois para termos a real Altura Facial Inferior,
devemos incluir o mento do paciente, que varia de indivíduo para indivíduo.

Portanto, a resposta para questão de qual Altura Facial Anterior Inferior


confiar, é melhor confiar na Altura proposta por McNamara.

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Dentes Em Relação Às Suas Bases Apicais (Campo III – Dentadura Em Relação


Ao Esqueleto)

 Posição do 6 ou Posição Molar Superior: PtV – molar. Vai ser a


idade do paciente + 3mm (Fig 69).

Fig 69 – Posição Molar Superior

Então a distância da face distal do 1°Molar Superior até a Vertical Pterigoide


(PtV) deve ser a idade do paciente acrescida de 3mm (até os 24 anos, daí para
frente mantém 24 + 3 = 27mm).

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Essa medida é o espaço necessário para erupção dos 2° e 3° Molares. Serve


para decidir se tem espaço para Distalizar o Molar, juntamente com a medida
Relação Molar (pág. 93).

Fazendo esta conta consegue-se decidir se distaliza 1°Molar superior ou se


mesializa 1°Molar inferior.

Quando se tem risco de impactar o 3°Molar com distalização, pode-se até


correr este risco e encaminhar o paciente para exodontia de 3°Molar. Porém
quando o risco é de impactar o 2°Molar, talvez seja melhor mesializar o
1°Molar inferior.

Sempre, na correção da Classe II dental (não esqueletal), pode-se ou distalizar


o 1°Molar superior ou mesializar o 1°Molar inferior.

Quando escolher mesializar o 1°Molar inferior, pode ser que acabe tendo que
vestibularizar os incisivos inferiores. Numa situação que precise fazer isto,
deve analisar os incisivos com suas bases apicais. E é isso que veremos agora.

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___
 Posição do 1 : A borda incisal do incisivo inferior deve ficar 1mm à
frente do Plano Facial Inferior (Ponto A – Pogônio) (Fig 70).

Fig 70 – Posição do Incisivo Inferior

Esta medida é muito interessante, pois analisa a posição do incisivo inferior


em relação à sua base óssea, que é a Mandíbula. Diferente do Padrão USP
que mede em relação à Base do Crânio. Então se tenho uma Mandíbula
protruída ou retruída, vou ver a posição do incisivo em relação a esta
Mandíbula, portanto, esta medida é muito mais inteligente.

Aqui usa-se bom senso nos casos de compensação. Será que posso protruir
ou vestibularizar 3mm à frente um incisivo? Vai depender de quanto Pogônio
este paciente tem. O perigo do Autoligado em passar um fio termoativado

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sem observar se este paciente pode ou não sofrer algum tipo de


vestibularização está nesta situação do paciente ter ou não Pogônio. Com esta
medida esta mecânica fica mais segura.

E quando precisar vestibularizar ou protrair o incisivo superior, temos a


medida abaixo:

 Posição do 1 : A borda incisal do incisivo superior deve ficar 3,5mm à


frente do Plano Facial Inferior (Ponto A – Pogônio) (Fig 71).

Fig 71 – Posição do Incisivo Superior

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Deve-se usar o mesmo raciocínio que foi usado no incisivo inferior , porém
para Maxila podemos protruir ou vestibularizar os incisivos no máximo 3,5mm
à frente do Plano Facial Inferior(Ponto A – Pogônio).

5.3.5 Como Diagnosticar e Planejar Mordida Aberta E Sorriso


Gengivoso Usando Análise De Ricketts

Teremos que observar e avaliar 3 Medidas Principais:

1 . Comprimento Labial Superior


2 . Altura Maxilar
3 . Plano Palatal
(Fig 72)

Fig 72 – 1 Comprimento Labial Superior; 2 Altura Maxilar; 3 Plano Palatal

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5.3.6 SORRISO GENGIVOSO

Se o paciente tem um Sorriso Gengivoso, pode ser por 5 motivos:

 Rotação horária da Maxila


 Crescimento alveolar anterior da Maxila
 Lábio Curto
 Hiperfunção do Músculo Levantador do Lábio Superior
 Uma combinação destes fatores
Com estes 5 motivos em mente, iniciaremos medindo o Comprimento Labial
Superior: (Ena – Comissura Labial)

Deve ser de 24mm (Fig 73)

Fig 73 – Comprimento Labial Superior = 24mm

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Se a medida do Comprimento Labial Superior for 24mm:

Quando o Comprimento Labial Superior for 24mm, a Espinha Nasal Anterior


está na altura certa, no repouso não apresenta exposição de gengiva e
quando sorri apresenta Sorriso Gengivoso, a causa é uma hiperfunção dos
Músculos Elevadores do Lábio Superior.

Como identificar isso?

Em repouso o paciente não apresenta exposição de gengiva mas ao sorrir tem


Sorriso Gengivoso. A norma para exposição de gengiva, ao sorrir, é de 1mm a
3mm(Fig 74).

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Fig 74

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Mais de 3mm caracteriza o Sorriso Gengivoso(Fig 75).

Fig 75

No repouso o paciente não apresenta Sorriso Gengivoso. Porém, quando o


paciente sorrir e apresentar mais de 3mm de exposição gengival, deve-se
medir a elevação apical do lábio superior. O normal é elevar-se de 6mm a

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8mm. Mais do que isso caracterizará a presença do Sorriso Gengivoso por


hiperfunção dos Músculos Elevadores do Lábio Superior. E o que fazer?
Encaminhar para Periodontia para cirurgia de Reposicionamento Labial(Fig
76).

Fig 76

136

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E quando o paciente apresenta exposição de gengiva mesmo no repouso?


(Fig 77)

Fig 77

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Então é provável que o Comprimento Labial Superior esteja menor que


24mm.

Se a medida do Comprimento Labial Superior for menor que 24mm:

Se a medida do Comprimento Labial Superior(Ena-Comissura Labial) é menor


que 24mm, pode ser que o Lábio é curto ou a Espinha Nasal Anterior desceu
(rodou no sentido horário)(Fig 78).

Fig 78 – Comprimento Labial Superior Menor que 24mm

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Se a Espinha Nasal Anterior está na altura certa, mas a medida do


Comprimento Labial Superior ainda é menor que 24mm, significa que o Lábio
é curto. E o que fazer quando identifico que o Lábio é curto? Encaminho para
Fono ou Cirurgia Plástica.

Mas como identificar se a Espinha Nasal Anterior desceu? Através de outra


Medida Importante: Altura Maxilar.

Altura Maxilar: ( Ângulo N-CF-Ponto A) deve ser 53°


(Fig 79)

Fig 79 – Altura Maxilar = 53˚

139

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Se o paciente tem a Altura Maxilar aumentada, significa que a Espinha Nasal


Anterior desceu. E isso é a causa do Sorriso Gengivoso.

Como corrigir?

Com ortopedia (aparelho de Thurow) para subir a Espinha Nasal Anterior


( paciente deve estar entre 6 meses antes a 6 meses depois do seu pico de
crescimento – Link). Ou fazer cirurgia em paciente que já parou de crescer.

5.3.7 MORDIDA ABERTA

Mas o paciente pode apresentar uma Mordia Aberta. E quando isto


acontecer, devemos lembrar que esta Mordida Aberta pode ser Dental ou
Esquelética.

Para diagnosticar uma Mordida Aberta, devemos olhar a inclinação do Plano


Palatal.

140

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Plano Palatal: (Ena – Enp)

O Plano Palatal deve ter uma suave rotação para cima no sentido anti-horário
e formar um ângulo de 1° com Frankfurt, ou seja, quase paralelos (Fig 80).

Fig 80 – Plano Palatal quase paralelo (1˚) a Frankfurt

141

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Numa Mordida Aberta Dental, este Plano Palatal estará com uma boa
inclinação, quase paralelo com Frankfurt. Nestes casos, o tratamento com
Sistema Autoligado terá um prognóstico excelente.

Um Plano Palatal rodado para cima, pode ser por dois motivos: ou a Ena
subiu ou a Enp que desceu. E estes são pacientes com Mordida Aberta
Esquelética.

Um paciente com Mordida Aberta Esquelética pode ser :

 Maxilar
 Mandibular

Se For Maxilar: Tenho que jogar a Espinha Nasal Anterior para baixo (Fig 81),
isso é possível com ortopedia em fase de crescimento (aparelho klammt), ou
com cirurgia em pacientes que já não crescem mais.

Fig 81 – Plano Palatal rodado no sentido anti-horário (Ena para cima)

142

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Ou a jogar a Espinha Nasal Posterior para cima (Fig 82)

Fig 82 – Plano Palatal rodado no sentido anti-horário(Enp para baixo)

Se for Mandibular: Tenho que levar Mandíbula para cima fechando o Ângulo
Goníaco.

143

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Numa Mordida Aberta Esquelética Maxilar, posso ter Altura Maxilar


diminuída com Ena(Espinha Nasal Anterior) para cima , mas também posso ter
o Plano Palatal inclinado para cima, com Enp(Espinha Nasal Posterior) muito
para baixo.

A Enp muito para baixo, faz a Mandíbula rodar no sentido horário, o que faz
abrir a mordida anteriormente (Fig 83).

Fig 83 – Enp desce e faz Mandíbula rodar no sentido horário

144

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Então quando olho para um Plano Palatal muito inclinado, como 10°, por
exemplo, como sei se foi a Espinha Nasal Anterior que subiu ou se foi a
Espinha Nasal Posterior que desceu? Verificando a Altura Maxilar. Se Altura
Maxilar está correta, significa que Espinha Nasal Posterior que desceu.

E o que fazer quando identificar que Enp desceu?

 Intruir com força ortopédica (AEB puxada alta);


 cirurgia em casos que já parou de crescer;
 compensação com intrusão de dentes posteriores usando Mini
Implantes Ortodônticos (pode ser a pior das opções, pois não
subirá a Enp, apenas intruirá dentes. E esta intrusão de dentes
é muito difícil de se obter e em muitos casos não acontecerá).

Outra questão é observar como ficou o Ângulo Goníaco da Mandíbula. Pois


quando a Espinha Nasal Posterior desce, ela joga a Mandíbula para baixo e
para trás. Isso cria um aspecto de que a Mandíbula está com problema. Mas
na verdade a Mandíbula está boa, está apenas rodada no sentido horário.

A não ser em casos que o Ângulo Goníaco da Mandíbula abriu muito. Então
nestes casos, não adianta apenas subir a Espinha Nasal Posterior. Também
tem que fechar o Ângulo Goníaco, caso contrário será muito difícil e na
maioria dos casos impossível fechar esta Mordida Aberta Anterior. São
aqueles casos que se faz de tudo: usa elástico, intrusão de dente posterior,
extrusão dos anteriores, extração, Autoligado e tudo mais que se tem de
mecânicas ortodônticas e a mordida não fecha.

E o que fazer? Ou fecha o Ângulo Goníaco com ortopedia (Bionator em


pacientes em crescimento) ou cirurgia ortognática em pacientes adultos.

145

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E como saber se este Ângulo Goníaco está aberto ou fechado ou em boa


angulação? Através da medida do Arco Mandibular que veremos agora.

Arco Mandibular

Aos 9 anos é o Ângulo Complementar formado do prolongamento da reta Xi-


Pm com Xi-DC. Deve ser de 26° (Fig 84).

Fig 84 – Arco Mandibular = 26˚

 Quando tem este ângulo menor que 26°, temos um Ângulo


Goníaco mais aberto.

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 Quando tem este ângulo maior que 26°, temos um Ângulo


Goníaco mais fechado.

Mede-se o Crescimento Intrínseco da Mandíbula.

Assim podemos ver se a Mandíbula está apenas rodada para baixo e para trás
ou se realmente está mais aberta.

Obs: Como o crescimento da Mandíbula é um Arco de Crescimento, quanto


mais o Ramo da Mandíbula cresce, mais a Mandíbula vai para frente e para
cima. Quanto menor o Ramo, mais para baixo esta Mandíbula vai. Por isso
paciente Braqui tem Ramo grande e Dólico tem Ramo pequeno.

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5.4 Análise Cefalométrica Padrão USP (Vertical)

Aqui vamos olhar a avaliação do Padrão de Crescimento Facial.

São as análises mais antigas.

O que muda?

 Base do Crânio: aqui é SN(Fig 85).

Fig 85 – Base do Crânio no Padrão USP - SN

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 Plano Oclusal Anatômico: aqui é Molar-Incisivo Inferior(Fig 86).

Fig 86 – Plano Oclusal Anatômico

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 Plano Mandibular: Pode ser:


o Go-Gn
o Go-Me
o Ou simplesmente uma tangente que
passe na borda inferior do corpo da
Mandíbula(Fig 87a,b,c).
O importante é escolher uma dessas medidas para ser o Plano
Mandibular e usar sempre a mesma para toda a análise! Mas
pode ser qualquer uma das três.

Fig 87 – Plano Mandibular: Go-Gn(a); Go-Me(b); Tangente (c)

Na época que o pessoal da USP definiu a Análise Cefalométrica Padrão USP,


não se fazia ortodontia em crianças. Por isso é muito comum, ouvir de colegas
mais antigos, que se espera erupcionar todos os dentes permanentes
primeiro, para depois tratar ortodonticamente.

150

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Todas as medidas desta análise, portanto, são para pacientes que já não
crescem mais.

Um dos problemas do Padrão USP, é que se usa pontos alveolares para avaliar
posição antero-posterior de Maxila (Ponto A) e Mandíbula (Ponto B). E estes
pontos se alteram com a mecânica. Porém, uma boa medida para relacionar a
PROPORÇÃO entre Maxila e Mandíbula é a medida ANB (Fig 88). Apesar de ser
medida em Graus ( com norma de 2°) é uma boa opção para ver se estão bem
relacionadas. Só não pode esquecer que é uma relação para ser usada em
pacientes adultos, que já não crescem mais.

Fig 88 – ANB = 2˚

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Vamos ao ponto forte da análise: Medidas para avaliar o Padrão de


Crescimento.

5.4.1 Base do Crânio – Plano Mandibular SN.GoMe = 32°


(Fig 89)

Fig 89 – Base do Crânio – Base Mandibular = 32˚

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 SN.GoMe for igual a 32° - temos paciente MESOFACIAL


 SN.GoMe for menor que 32° - temos paciente BRAQUIFACIAL
 SN.GoMe for maior que 32° - temos paciente DOLICOFACIAL

Num paciente com SN.GoMe maior que 32°, temos os planos DIVERGENTES.
O que devemos perguntar é: Quem está sendo o responsável por este
crescimento vertical? Será que foi a Maxila que cresceu muito e jogou a
Mandíbula para baixo ou foi a Mandíbula que cresceu muito para baixo? Ou
as duas coisas?

Para responder vamos a próxima medida.

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5.4.2 Base do Crânio – Plano Oclusal(Crescimento Da Maxila)


SN.Plo = 14°
(Fig 90)

Fig 90 – Base do Crânio – Plano Oclusal = 14˚

 SN.Plo igual a 14° - paciente MESOFACIAL


 SN.Plo menor que 14° - paciente BRAQUIFACIAL
 SN.Plo maior que 14° - paciente DOLICOFACIAL

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Quando olho para SN.Plo, estou olhando para o crescimento da Maxila. Então
respondendo a pergunta anterior: Se SN.Plo é de 14° e SN.GoMe está
aumentado, o problema é Mandíbula que cresceu para baixo.

E qual a importância de saber se um paciente é DOLICO, MESO ou BRAQUI


FACIAL?

O paciente DÓLICO tem uma tendência de ter o Plano Oclusal rodado para
baixo. Neste paciente, que é divergente, não posso descuidar da extrusão dos
dentes posteriores. Se proponho uma mecânica que vai extruir dentes, vou
agravar este quadro do DÓLICO. Ao distalizar um molar, devo ter uma
mecânica que distaliza com intrusão. Preferencialmente, todas as mecânicas
devem ser intrusivas nos DÓLICOS.

O paciente BRAQUI, ao mesializar molares, rodamos a Mandíbula no sentido


anti-horário. Isto agrava o quadro do BRAQUI, pois aprofunda a mordida.
Também me indica que devo fazer uma ancoragem mais robusta nos casos de
extração de prés.

Entender a Análise Funcional (Capítulo I) será fundamental! Se você mediu o


Free Way Space, ou Espaço Funcional Livre, você vai saber se pode ou não,
aprofundar uma mordida. Ou mesmo abrir esta mordida respeitando este
espaço de seu paciente.

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Vou explicar melhor:

Lá na Análise de Ricketts, quando o Plano Oclusal passa abaixo do Ponto Xi,


você se lembra o que era recomendado? Caso não se lembre, dê uma olhada
na página 114 e volte para cá.

Então, se você já leu, ou aprendeu, provavelmente irá dizer que deve extruir
os molares para chegar no Ponto Xi e corrigir a mordida profunda, certo?
Mas... você olhou antes, na Análise Funcional, o Espaço Funcional Livre deste
paciente?

Se olhou e este Espaço Funcional Livre está diminuído (com menos de 1mm),
o que você faz? NÃO EXTRUI! Pois se extruir vai arrebentar com a articulação
de seu paciente! Vai causar uma tensão permanente nos Pterigoideos Laterais
e seu paciente vai sair do tratamento pior que entrou. Então neste caso não
faz nada! Deixa seu paciente com mordida profunda e explica o porquê disso.

Considerações Finais

Aqui conclui-se que todas as medidas Cefalométricas servem para me


orientar no tratamento, mas a Análise Cefalométrica faz parte do EXAME
COMPLEMENTAR.

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Saiba olhar e fazer um bom exame clínico, principalmente uma boa Análise
Funcional. E só depois procure as respostas que o exame clínico e funcional
não te responderam, nas Análises Cefalométricas sugeridas.

Atuar desta maneira dará mais segurança para você e seu paciente. E não
simplesmente instalar um aparelho Autoligado e deixá-lo agir por si só.

Portanto, não fazer o diagnóstico correto e planejamento mecânico do que


deve ou não ser executado em seu paciente, pode ser o quinto motivo por
que o tratamento com Autoligado que está fazendo em seus pacientes não
está funcionando como deveria.

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Capítulo 6: Avaliação Do Selamento Labial

Em 2013 e 2014, quando fazia parte da equipe de professores da


Especialização em Ortodontia da Unip – GO, tive a oportunidade de
acompanhar dois casos clínicos que mostraram muito bem a importância de
se avaliar o Selamento Labial de um paciente tratado com Sistema Autoligado.

Eram dois irmãos, um do gênero masculino, com biprotrusão, 17 anos, terços


faciais equilibrados, apinhamentos superiores e inferiores causando
discrepância negativa de modelo, Classe I de Molares, com
infravestibuloversão de caninos superiores direito e esquerdo e ...
Incompetência Labial no repouso.

Já a irmã, também biprotrusa, 15 anos, terços equilibrados, apinhamentos


superiores e inferiores causando discrepância negativa de modelo, Classe I de
Molares, com infravestibuloversão de caninos superiores direito e esquerdo,
porém com Selamento Labial no repouso.

Note que a única diferença era a presença e ausência de selamento labial


nestes dois irmãos com má oclusão bem semelhante.

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Nos dois casos foram usados protocolos iniciais semelhantes de tratamento


com Sistema Autoligado, sem extração de pré molares. Porém, no paciente de
gênero feminino, que possuía selamento labial, o caso foi concluído com 1
ano e 8 meses de tratamento.

Já o masculino, com 2 anos de tratamento apresentava piora do caso com


presença de uma mordida aberta anterior, que não existia no início do
tratamento. Foram feitas mudanças no protocolo de tratamento e encerrou o
caso com extração de 4 prés, dois superiores e dois inferiores, mesmo usando
o Sistema Autoligado.

Estes casos têm muito a ensinar sobre a importância da avaliação do


selamento labial para se tratar um paciente com Sistema Autoligado.

Para entender a importância da avaliação do Selamento Labial em um


paciente que será tratado com Sistema Autoligado, aprofundaremos no
conhecimento do efeito da Autocinese Anterior e Posterior.

6.1 Autocinese Anterior E Posterior

Para um dente estar onde está, ele depende da presença de fatores, ao seu
redor, que estejam equilibrados. Como estrutura biológica, o dente depende
da qualidade da saúde periodontal para se manter firme e em harmonia com

159

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o osso, ligamentos, tecidos musculares, líquidos fisiológicos, variados tecidos


moles e outros dentes.

Sabemos que este equilíbrio é dinâmico, ou seja, está sempre em movimento.


E é exatamente isto que nos permite causar um “desequilíbrio” temporário,
enquanto corrigimos uma má oclusão.

Normalmente avaliamos este equilíbrio em 3 sentidos:

 Sentido Mesio-Distal: que é dado pelo contato proximal dos dentes


vizinhos.

 Sentido Vertical: que é adquirido, não apenas, mas principalmente


pelo contato com dentes antagonistas.

 Sentido Vestíbulo-Lingual: que é mantido, em sua maior parte, por


interações musculares que se contrapõem.

E entender como se dá o equilíbrio dos dentes anteriores, no Sentido


Vestíbulo-Lingual, conhecendo estas interações musculares, é fundamental
para se compreender os efeitos da Autocinese Antero-Posterior.

Para um melhor entendimento, vamos acrescentar, gradualmente, elementos


a uma estrutura simples, até finalizarmos a montagem da ideia geral do
conceito.

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A princípio, imagine um osso maxilar sem os dentes (Fig 91)

Fig 91

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Agora, coloque dentes nesta maxila com um canino em


infravestibuloversão(Fig 92)

Fig 92

Se não fizer nada, o que acha que pode acontecer nesta situação?
Absolutamente NADA! Pois só temos dentes e osso. E neste caso estão em
equilíbrio!

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Mas agora, considere colar bráquetes nestes dentes(Fig 93).

Fig 93

Ainda assim, nada acontece, pois só temos um aparelho colado.

163

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Então, um novo elemento entra no esquema:

Um fio ortodôntico cuja liga metálica tem uma ótima

memória(Fig 94).

Fig 94

164

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Isto significa que quando é deformado, liberará energia e retornará a sua


forma inicial(Fig 95).

Fig 95

165

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Vamos colocar o fio nos bráquetes sem prendê-los com elastômeros(Fig 96)

Fig 96

166

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Neste momento, quando o fio liberar energia para voltar a sua forma original,
ele gerará uma força para posterior e outra para anterior, com mesma
intensidade, porém em sentidos opostos(Fig 97).

Fig 97

167

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Imagine então, que este fio está colado nos bráquetes. Aqui, ele começaria a
encontrar as primeiras barreiras de resistência. Na imagem abaixo, observe a
grande quantidade de osso que se encontra por posterior dos últimos molares
e a mínima quantidade por vestibular dos incisivos(Fig 98).

Fig 98

O que temos?

- POSTERIOR: uma barreira de resistência óssea grande


- ANTERIOR: uma barreira de resistência óssea pequena

Isso já criaria uma RESISTÊNCIA ao movimento no sentido posterior maior que


no sentido anterior.

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Agora considere não colar, mas apenas colocar elásticos em cada bráquete(Fig
99).

Fig 99

Observe que cada liga de elástico criará uma resistência impedindo que o fio
deslize para trás. Este atrito é como se o fio estivesse “colado” nos bráquetes
como na Fig 98. Porém, o fio consegure romper este atrito em algum
momento.

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Mas até que isso ocorra, o fio vai voltar a sua forma original levando os dentes
para frente(Fig 100), pois é onde existe menor RESISTÊNCIA ÓSSEA.

Fig
100

Portanto teríamos um pequeno movimento posterior e um GRANDE


movimento ANTERIOR.

Aqui se explica porque todo tratamento com ligaduras elásticas vestibulariza


os dentes. Pois temos uma GRANDE resistência óssea posterior, PEQUENA

170

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resistência óssea anterior e ainda temos o atrito das ligaduras elásticas que
“travam” o deslizamento do fio. Como o fio que usaremos tem excelente
memória de forma, ele tenderá a voltar para sua forma original
vestibularizando os dentes anteriores, pois é a região que vai apresentar
menor resistência.

Mas... existe um outro componente tão poderoso que não pode ser
desprezado: O potente Orbicular dos Lábios! (Fig 101)

Fig 101

171

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Este músculo potente, formado por fibras musculares, extremamente fortes,


unidas em feixes e ainda envolvidos por fáscias também fibrosas, gera uma
força tão importante que além de colocar em equilíbrio a posição dos dentes,
também é responsável por causar vários tipos de má oclusão quando está em
“desequilíbrio”. E se temos um aparelho com baixo atrito, como é o caso do
Autoligado, essa força é capaz de criar uma RESISTÊNCIA ANTERIOR maior que
a RESISTÊNCIA POSTERIOR. Sendo assim, um novo jogador entra em campo –
a Resistência Muscular! (Fig 102)

Fig 102

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Quanto maior for o desalinhamento e desnivelamento de seu paciente, mais


energizado o fio, de excelente memória, vai ficar. Um fio muito energizado,
vai liberar muita energia. Esta energia vai resultar num movimento sempre na
direção de onde existe menor resistência.

Sendo assim, um aparelho ortodôntico, pelas situações apresentadas


anteriormente, já criaria uma resultante de movimento anterior pelos motivos
ALTA RESISTÊNCIA ÓSSEA POSTERIOR e baixa resistência óssea anterior.
Porém, a RESISTÊNCIA MUSCULAR DO Orbicular dos Lábios é capaz de SOMAR
forças a esta Resistência Anterior pequena do Osso Alveolar Anterior e vencer
a RESISTÊNCIA ÓSSEA POSTERIOR.

O que cria uma vantagem para vestibularização é, sem dúvida, a presença do


atrito das ligaduras elásticas no fio, que acabem VENCENDO ATÉ A
RESISTÊNCIA MUSCULAR DO ORBICULAR DOS LÁBIOS.

Contudo a Resistência Muscular, dependendo do apinhamento do seu


paciente, é forte o bastante e cria uma RESISTÊNCIA ANTERIOR capaz de gerar
uma RESULTANTE POSTERIOR. Mas isso só é válido em pacientes que
apresentam SELAMENTO LABIAL NO REPOUSO E USAM UM APARELHO LIVRE
DE ATRITO como é o caso do Sistema Autoligado.

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E a PROVA disso, é a quantidade de fio que vai sobrando na distal do último


molar conforme o alinhamento do fio vai acontecendo (Fig 103).

Fig
103

Este resultado não acontece no aparelho convencional, que usa ligas de


elastômero para prender o fio ao bráquete. E a conclusão que se chega é que
a Resistência do Atrito entre a “borrachinha”e o fio que cada bráquete
recebe, acaba superando a força da resistência muscular do Orbicular dos
Lábios. E isto gera uma resultante de força vestibular, situação muito
conhecida de qualquer ortodontista, onde neste tipo de nivelamento e
alinhamento, ocorre a vestibularização dos dentes anteriores quando não se
faz controle com dobras distais ou amarrações com ômegas nos últimos
molares.

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Porém, esta mesma resultante ANTERIOR, também é observada em pacientes


cujo SELAMENTO LABIAL não está presente. Pacientes com incompetência
labial no repouso, acabam apresentando vestibularização dos dentes
anteriores, mesmo quando usam autoligado. E isto se explica pela falta da
ação do componente muscular anterior, como foi visto na explicação anterior.
Antes de ter o componente muscular na montagem gradual dos elementos do
exemplo, a resultante era anterior. O que fez a resultante ser posterior foi a
presença do Orbicular dos Lábios em posição adequada.

DICA: Em pacientes com incompetência labial, devemos usar elásticos de


fechamento de mordida, desde o início do tratamento, além de encaminhar
para fonoterapia. Enquanto o lábio não funcionar devidamente como deve, os
elásticos farão o papel que este lábio deveria fazer. Isto será explicado mais
detalhadamente no capítulo sobre uso de elásticos.

Portanto, não fazer a avaliação do selamento labial em seu paciente, pode ser
o sexto motivo por que o tratamento com Autoligado que está fazendo em
seus pacientes não está funcionando como deveria.

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Capítulo 7: Posição Transversal Dos Segundos


Molares

O primeiro plano que se deve corrigir num tratamento ortodôntico, sempre


será o Transversal. Esta conduta de expandir um arco, quando necessário,
ajuda:

 A conquistar mais espaço para a acomodação adequada dos dentes de


seu paciente;
 Pode destravar o crescimento Mandibular;
 Em alguns casos pode aumentar o fluxo de ar na cavidade nasal;
 Faz a correção estética de corredores bucais;
 Corrigi mordidas cruzadas posteriores.

E a posição do Segundo Molar de seu paciente é um fator importantíssimo


para determinar o quanto você pode expandir o arco deste indivíduo, ao usar
o Sistema Autoligado.

Lembrando que na conquista de espaço para alinhar e nivelar um arco


dentário, podemos expandir o arco transversalmente, distalizar os molares,
vestibularizar os incisivos, fazer desgastes interproximais e por fim, realizar
extrações terapêuticas. E quando se trata de mecânicas com autoligados, a
posição do Segundo Molar pode dizer muito sobre o prognóstico da expansão
deste tratamento.

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Isso se deve, principalmente, ao seguinte fato: a má oclusão nunca é


construída da noite para o dia! Isto leva anos, com postura e função muscular
inadequadas, hábitos nocivos, irrupções de dentes desviadas do local correto,
perdas dentais precoces, doenças respiratórias, má formações genéticas,
dentre tantos outros fatores. O caso é que quando os Segundos Molares
erupcionam, a maioria das má oclusões, já estão definidas. E isto permite que
este dente se posicione numa posição mais livre das influências dos fatores
que causam uma má oclusão. Portanto, estes dentes erupcionam numa
posição e época em que os coloca distantes da maioria das forças que têm
influencia na formação das má oclusões. E sendo assim, a sua posição pode
nos dizer qual seria o arco ideal do paciente, caso ele não sofresse influências
de fatores causadores das má oclusões.

Uma má oclusão sempre revela um desequilíbrio de algum conjunto


estrutural, como uma desarmonia entre língua, bochecha e lábios.
Desarmonia que está relacionada com a aplicação de força que estas
estruturas causam nos dentes e os posicionam no que classificamos como
uma oclusão “errada”. Investigar e tratar, com ajuda de um profissional da
Fonoaudiologia, é fundamental.

Porém, como já foi falado, estes desequilíbrios, têm muito pouca influência
em posicionar os segundos molares (claro que existe exceção). E é aqui que
aproveitamos esta falta de interferências que desequilibram esta oclusão,
para incluir os Segundos Molares como guias da expansão ideal do paciente
em questão.

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7.1 E Como Se Faz Esta Análise?

Realmente é bastante simples:

Basta traçar um degrau entre a superfície vestibular do Segundo Molar


com a superfície vestibular do Primeiro Molar. (Fig 104)

Fig 104

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Quanto maior for este degrau, mais expansão dos elementos primeiro molar e
pré-molares este caso terá. (Fig 105)

Fig 105

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Quanto menor for este degrau, menos expansão dos elementos primeiro
molar e pré-molares este caso terá. (Fig 106)

Fig 106

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Existirão casos onde a posição mais vestibular está apenas de um lado. Isto
significa que o prognóstico para expansão, usando o Sistema Autoligado, vai
ser pobre, expandindo apenas do lado que tem o Segundo Molar mais
vestibularizado. (Fig 107)

Fig 107

Ainda pode ter casos com os dois lados pouco ou nada vestibularizados em
relação aos Primeiros Molares. Então, nestes casos específicos, não
conseguirá nenhum resultado de expansão, mesmo usando Autoligados.

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Porém, aqui entra uma nova perspectiva para a análise de um dente que
normalmente desprezamos. Os Terceiros Molares.

Não saia pedindo a extração destes dentes, indiscriminadamente, antes de


avaliar sua posição no arco de seu paciente.

Assim como os Segundos Molares, estes Terceiros Molares sofrem menos


influência ainda dos fatores causadores das Má Oclusões. Portanto, se
estiverem erupcionados, posicionados mais vestibulares que os Segundos
Molares, use estes Terceiros para ajudar na correção Transversal do seu
paciente. Falaremos mais a respeito no próximo capítulo.

Agora, CUIDADO! Existe uma orientação de uso de elástico transversal ( da


vestibular do dente inferior para palatina do dente superior – no caso palatina
do Segundo Molar Superior ) quando o Segundo Molar não tem esta
vestibularização mais destacada que o Primeiro Molar, com o intuito de
“causar” esta vestibularização para depois colar os bráquetes do sistema
autoligado e conseguir a correção transversal.

Isto só vai funcionar adequadamente se o Segundo Molar estiver com uma


palatinização de coroa e vestibularização de raiz. Ou seja, já tem uma base
óssea mais expandida, e o que você vai fazer, é uma expansão deste
elemento.

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Em casos onde a coroa deste Segundo Molar já está vestibularizada e a raiz


está palatinizada, este conselho do uso do elástico transversal não vai
funcionar. Assista o vídeo onde explico sobre quando fazer Expansão e
quando fazer Disjunção clicando neste LINK: Vídeo de Expansão e Disjunção

Lembre-se, casos que pedem disjunção, DEVEM ser disjuntados! Seja com
ortopedia ou cirurgicamente. Por isso, não negligencie esta informação no seu
diagnóstico!

Sendo assim, não fazer a avaliação da posição transversal dos Segundos


Molares de seu paciente, pode ser o sétimo motivo por que o tratamento com
Autoligado que está fazendo em seus pacientes não está funcionando como
deveria.

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Capítulo 8: Análise Dos Terceiros Molares

Este capítulo foi colocado nesta posição de forma proposital. Espero poder
falar de terceiro molar com o conhecimento sobre o segundo molar ainda
fresco em sua memória.

Na análise transversal do segundo molar, você aprendeu que podemos usar os


terceiros molares para fazer a expansão do arco de seu paciente, quando este
terceiro se encontra mais vestibularizado, certo?

Porém, devemos nos lembrar que a força resultante no Sistema Autoligado,


idealmente deverá ser para posterior, quando o paciente apresenta o
selamento labial . A pergunta que se deve fazer é: O que queremos? Uma
expansão no sentido transversal ou uma distalização dos dentes posteriores?

Por isso, quando no Capítulo 5 (Diagnóstico Adequado), falamos da Análise


Cefalométrica de Ricketts, no Campo Dentes Em Relação Às Suas Bases
Apicais, você aprendeu sobre a posição ideal do primeiro molar superior em
relação a sua base óssea. E é aqui que você vai aprofundar esta análise.

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Para relembrar, medimos a distância da face distal do Primeiro Molar Superior


até a Vertical Pterigoide (PtV). Esta distância tem que ser a idade do paciente
acrescida de 3mm. (Fig 108).

Fig 108 – Posição Molar Superior = idade + 3mm

Lembrando que esta idade vai até 24 anos, então a distância máxima seria 24
+ 3 = 27mm. Esta seria a distância necessária para a erupção tanto do
Segundo Molar quanto do Terceiro Molar.

Então podemos ter 3 situações:

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1. A distância está maior que a idade + 3:


2. A distância está igual a idade + 3:
3. A distância está menor que a idade + 3:

8.1 Distância Maior Que idade + 3:


(Significa que sobra espaço para erupção dos Segundos e Terceiros Molares)

 Com Terceiro Molar Erupcionado:

Nestes casos, devemos observar se o paciente vai precisar de mais expansão.


Caso precise e o Terceiro Molar está mais expandido que o Segundo Molar,
podemos colar um tubo neste 3˚molar para otimizar a expansão e ainda
ficamos tranquilos pois com a resultante posterior, acontece uma distalização
deste elemento. Mas fique de olho no controle dessa resistência que este
3˚molar causa no conjunto. Pode acontecer uma reação indesejada de
vestibularização dos incisivos caso o dente atinja seu limite de distalização
(que no caso é um pouco mais que a idade + 3mm).

Pacientes que não precisam da ajuda dos Terceiros Molares para expansão, a
recomendação é a exodontia deste elemento, antes da instalação do aparelho
Autoligado. Assim diminuímos bastante a resistência que gera força para
anterior e aumentamos a resultante posterior favorável ao tratamento com
Sistema Autoligado.

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 Com Terceiro Molar Incluso:

Deve-se usar bom senso e avaliar, principalmente, a angulação deste Terceiro


Molar. Quanto mais angulado, mais estará recomendado a exodontia do
elemento. Quanto mais vertical, menos risco de impactação pode ocorrer
quando houver distalização dos Segundo e Primeiro Molares causada pela
resultante posterior, o que permite instalar o aparelho sem extrair os
Terceiros Molares.

8.2 Distância Igual A Idade + 3:


(Significa que existe espaço para erupção dos Segundos e Terceiros Molares)

 Com Terceiro Molar Erupcionado:

Este é um caso limítrofe. Porém, a principal indicação é de que se faça a


extração! Você deve observar a quantidade da necessidade de expansão do
arco do paciente, com este elemento fazendo um degrau vestibular. Mas
lembre-se que de todas as formas de se ganhar espaço no arco de um
paciente, a expansão é a forma mais limitada, é a maneira que se consegue
menos ganhos de espaço. E com a exodontia do Terceiro Molar, você poderá
distalizar todos os dentes. O ganho de espaço com distalização pela exodontia
do Terceiro Molar trará mais ganhos de espaço que pela expansão usando
este elemento. Caso não faça a exodontia, lembre-se da resultante posterior!
Ela ganha uma resistência maior pela presença do Terceiro Molar, podendo
afetar na inclinação dos incisivos. Faça sua escolha pensando nisso!

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 Com Terceiro Molar Incluso:

O mesmo raciocínio, porém sem dúvidas quanto ao uso do dente para


expansão, pois o mesmo se encontra incluso. Portanto, extração!

8.3 Distância Menor Que A Idade + 3:


(Significa que não há espaço para erupção dos Segundos e Terceiros Molares)

 O Terceiro Molar Estará Incluso:

Deve-se avaliar a idade do paciente. Caso esteja em processo de crescimento,


como foi exaustivamente falado no Capítulo 5, verificar se o caso não é para
ortopedia com uso de Máscara Facial e Disjuntor.

Caso não seja tratamento ortopédico e o diagnóstico aponta para tratamento


com aparelho fixo, e principalmente com Autoligado, então a exodontia do
Terceiro é bem recomendada neste caso.

ATENÇÃO1: Esta análise deve ser considerada para pacientes com todos os
dentes, sem mutilação e com discrepâncias negativas. Use o bom senso! A
intenção aqui é mostrar uma maneira de raciocinar, não de ser uma condição

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imposta e engessada para tratar seu paciente. Entenda o raciocínio, não


decore e saia fazendo sem pensar.

ATENÇÃO2: Em casos de Classe III, manter o Terceiro Molar Superior pode ser
muito favorável. Raciocine sempre a situação de cada paciente e não seja um
seguidor de receitas em seus planejamentos.

Portanto, não fazer a análise dos Terceiros Molares de seu paciente, pode ser
o oitavo motivo por que o tratamento com Autoligado que está fazendo em
seus pacientes não está funcionando como deveria.

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Capítulo 9: Entendendo Os Fios Para Uso Com


Autoligado

CuNiTi e início com Fio Termo Ativado 0,014

O Sistema Autoligado prega o uso de fios de baixo calibre e superelásticos em


seu protocolo. E a razão disto é a comprovação clínica de um ganho
transversal e lateral com uma movimentação vestibular de molares e pré
molares, mas também, em menor quantidade, dos caninos.

Este resultado é observado clinicamente e encontramos artigos que mostram


esta realidade. Fios de baixo calibre, superelásticos usados em conjunto com
bráquetes passivos, que mais se assemelham a tubos que a bráquetes
propriamente, resultam em forças extremamente leves. Esta força levíssima é
responsável por uma expansão lenta, que em muitos casos, pode substituir
uma expansão rápida, principalmente cirúrgica. Isto é fato!

Uma ressalva: existem limites que esta expansão promovida por este Sistema
Autoligado possui. E é neste ponto que devemos ter o pé no chão. Não
afirme, não imagine, não pense que você vai conseguir ir, indefinidamente,
expandir até onde você quiser.

Posto isto, vamos aos fios!

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O fio eleito para iniciar a maioria dos casos, será o fio termo ativado de NiTi e
calibre 0,014. E tenha em mente que este fio deve possuir 3 características:

1 – Passar para as estruturas de suporte (ligamento – raiz -


osso) forças LEVES e DECRESCENTES;

2 – Ter uma boa MEMÓRIA de forma;

3 – Ser bastante FLEXÍVEL.

E não tem uma característica mais importante que outra. As 3 são essenciais
para que o protocolo no Sistema Autoligado funcione.

9.1 PASSAR FORÇAS LEVES E DECRESCENTES

Uma força leve e decrescente tem que ser leve o suficiente para obliterar
parcialmente os capilares do periodonto, para estimular uma reação capaz de
produzir o início de uma resposta tecidual reparadora. Porém, sabe-se que a
força interna de um capilar é de aproximadamente 20mm Hg. Isso significa
que se a força mecânica do aparelho que está usando, ultrapassar muito este
valor, pode ocorrer uma obliteração total dos capilares. Isto cessaria a
chegada de oxigênio nas células que, imediatamente entram em hibernação
para economizar energia. As células ficam num estado anaeróbico até o
momento que o estímulo mecânico termine. Esta hibernação impede a

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movimentação dentária. Em estudos histológicos apresentam-se áreas


hialinizadas com apoptose celular. E enquanto todo este tecido necrótico não
é removido, o dente não se movimenta.

Um aparelho convencional, por mais leve que sejam os fios, apresenta uma
variação de força entre 50 a 175 cN por centímetro quadrado de raiz, pelo
simples fato de se usar uma ligadura elástica para segurar o fio no aparelho.
Esta força é mais que suficiente para dar início em todo o processo descrito no
parágrafo anterior.

Já o Sistema Autoligado, preconiza, com o fio termo ativado NiTi 0,014,


juntamente com os bráquetes sem atrito, uma força de 20 a 26 cN por
centímetro quadrado de raiz. E conforme esta força decresce, que é a
primeira característica ( leve e decrescente), ela dá início a movimentação
dentária de forma mais rápida que no tratamento convencional.

9.2 TER BOA MEMÓRIA

Para ter um boa memória de forma, é importante que o fio tenha em sua
composição a adição de Cobre. Segundo Rohit Sachdeva(2001) mostrou num
estudo, a adição de 6% de Cobre à liga metálica do fio, aumenta
significativamente a propriedade termo reativa do fio, deixando-o mais
resistente à deformação permanente e exibe menor queda da força de
desativação quando comparados aos outros fios de NiTi. Por um bom tempo a
empresa Ormco deteve a patente destes fios de NiTi com Cobre, porém, assim
que a patente caiu, outras empresas começaram a produzir o mesmo fio. Não
faço propaganda de nenhuma empresa aqui, porém, sempre me perguntam
qual marca de fio eu uso. A minha resposta sempre será a mesma: “Procure
na embalagem do fio se ele é termoativado, de NiTi, e se tem 6% de Cobre em

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sua composição. Mas isto não é tudo! Agora TESTE na boca de seu paciente.
Após um mês de uso, tire o fio e veja se está deformado. Caso esteja, troque
de marca até achar uma que, com estas características, mantém a forma
original após um mês de uso”. Somente assim você terá a segurança de
marcar um paciente a cada 2 meses usando o Sistema Autoligado. Ou seja,
usando material adequado ao protocolo.

9.3 SER FLEXÍVEL

E por fim, ser bastante flexível para buscar dentes nas mais variadas posições.
Tive uma experiência com um paciente que descreve bem esta característica.
Coloquei o aparelho e pedi para o paciente voltar 2 meses mais tarde. Mas
antes, fotografei o paciente. Quando o paciente voltou, como protocolo de
atendimento em minha clínica, fotografei o paciente antes de atende-lo.
Então comparo as fotos para ver onde tivemos resultados para mostrar e
estimular o paciente e reforçar suas convicções de que fez uma boa escolha
em me procurar para o tratamento. Mas para minha surpresa, pela primeira
vez, o arco do paciente estava EXATAMENTE igual ao dia em que instalei.

Fiquei intrigado com aquilo e bastante preocupado, pois não sabia o que ira
falar para o paciente. Como sempre considero que o problema do paciente
também é meu problema, sempre falo a verdade. Então chamei o paciente e
disse que, aparentemente, não tinha acontecido nenhum movimento. Então
continuei dizendo que não iríamos colocar a parte inferior ainda, pois a
expansão da parte superior era um passo importante que ainda não havia
acontecido. Nitidamente frustrado, o paciente concordou e deu este voto de
confiança.

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Esperamos mais dois meses. O paciente voltou, fotografei e comparei as


fotos. Estava tudo igual ainda. Neste momento fiquei um pouco nervoso, pois
não entendi o que estava acontecendo. Então resolvi tirar o fio NiTi temo
ativado 0,014 e colocar um NiTi temo ativado 0,016, contrariando todo o
protocolo do Sistema Autoligado. E então, quando fui abrir o bráquete,
percebi que o fio estava quebrado dentro do bráquete! Ufa! Foi um alívio e
uma ótima lição: Uma regra sempre é uma regra! E aqui estava a regra que
não foi cumprida – devemos passar o fio em TODOS OS DENTES. Como o fio
estava quebrado, eu tinha um caso de fio seccionado, que funciona muito
bem no convencional, mas não no protocolo do Sistema Autoligado. Pelo
menos não numa fase inicial. E para esta regra funcionar corretamente,
devemos ter um fio muito flexível, que consiga buscar todos os dentes, sem
quebrar, como aconteceu com este caso. Então troquei a marca, esperamos
mais dois meses. Após este período tudo começou a funcionar normalmente.

Por isso, não entender sobre os fios para o uso correto no Sistema Autoligado,
pode ser o nono motivo por que o tratamento com Autoligado que está
fazendo em seus pacientes não está funcionando como deveria.

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PARTE III Execução

Capítulo 10: Sequência Personalizada De Fios


Com O Esqueleto:
0,014(CuNiTi) – 14x25(CuNiTi) – 17x25(Aço)

A função de um esqueleto, entre outras, é sustentar um corpo. E


metaforicamente, gosto da ideia de ver o tratamento como um corpo, onde
temos partes importantes, nenhuma mais que outra. Para o tratamento com
o Sistema Autoligado funcionar perfeitamente, devemos entender cada
detalhe, e garantirmos que tudo funcione corretamente para atingirmos o
sucesso desejado.

Ao considerar o tratamento como um corpo, eu diria que a sequência de fios


que será usada, seria o esqueleto deste corpo.

E como na natureza, onde encontramos vários esqueletos diferentes, também


encontramos protocolos diferentes para tratamentos com o Sistema
Autoligado. Agora, mais importante que decorar um protocolo, é entender
este protocolo. A intenção deste capítulo é ter um esclarecimento das funções
de cada fio nesta sequência de tratamento com autoligado. Então vamos ao
protocolo.

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10.1 Protocolo:

Iniciar com fio termo ativado 0,014

Definir o arco com fio termo ativado 14x25

Usar fios de aço 17x25 para formatar, deslizar e finalizar

10.1.1 Iniciar Com Fio Termo Ativado 0,014

Como foi visto no capítulo anterior, o fio que elegemos para iniciar o
tratamento é o fio 0,014 termo ativado. E já descrevemos os motivos para
isto.

Mas a pergunta que fica é: até quando devo deixar este fio de calibre 0,014?

E para sabermos quando devemos mudar este fio, devemos observar dois
pontos muito importantes:

Primeiro – A expansão desejada que será ditada, principalmente pela posição


do 2˚ molar, ou mesmo se já descruzou a mordida que estava planejado para
descruzar, já aconteceu? Caso não tenha conseguido nenhum deste dois
objetivos, é melhor deixar o fio agindo por mais algum tempo.

Segundo - O alinhamento e o nivelamento já foram totalmente finalizados? E


isto é verificado quando temos ausências de rotações e ausência de extrusões
e intrusões indesejadas.

Se estes dois pontos ainda não foram alcançados, não adianta ir para o
próximo fio do esqueleto ( que será o termo ativado 14x25 ) que estes
resultados não serão resolvidos com este fio retangular mais calibroso.

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Como será visto no Cap. 15, as giroversões são melhores corrigidas quando
usamos elásticos em corrente. Por isso devemos lançar mão de conhecimento
de biomecânica para deixar o alinhamento e nivelamento finalizado, porém
sempre usando o fio termo ativado 0,14.

Após atingir a expansão desejada e ter o alinhamento e nivelamento


totalmente finalizados, estamos prontos para passar para próximo fio, o
termo ativado 14x25.

10.1.2 Definir O Arco Com Fio Termo Ativado 14x25

A finalidade de usar o 14x25 termo ativado é melhorar algumas angulações e


torques, definindo desta forma, o arco ideal deste paciente.

Em muitos casos, o uso deste dois fios será o suficiente para partirmos para a
finalização do caso. Porém, existirão casos em que deveremos ir mais um
pouco.

10.1.3 Usar Fios De Aço 17x25 Para Formatar, Deslizar E Finalizar

São os casos onde serão usadas mecânicas de deslize, melhorias nos torques,
criação de degraus de finalização, e até mais expansão para descruzar uma
mordida. Nestas situações, será usado fio de aço 17x25. Nos capítulos 16 e 17
abordaremos melhor o uso dos fios de aço.

Não usar uma sequência personalizada de fios, com um protocolo definido no


Sistema Autoligado, pode ser o décimo motivo por que o tratamento com
Autoligado que está fazendo em seus pacientes não está funcionando como
deveria.

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Capítulo 11: Confecção E Uso Correto De


Levantes De Mordida

Um dos recursos mais interessantes no protocolo de tratamento com Sistema


Autoligado que aprendi, sem sombra de dúvidas, foi o uso de levantes de
mordida.

Até então, sempre tinha sido uma ginástica conseguir acelerar alguns
tratamentos, pelo simples fato de não conseguir colar a parte inferior do
aparelho ortodôntico, ou quando conseguia colar, tinha que colar mais para
cervical alterando os torques ideais. E olha que eu usava recursos como placas
de batente anterior (que os pacientes não usavam quando eram móveis), fio
com curva de spee reversa encaixados em bandas dos molares inferiores e
colados com resina diretamente na superfície vestibular dos incisivos
inferiores (sem ter bráquetes colados) para intruir estes dentes antes da
colagem, TPA com batente anterior para forçar o paciente a usar ( e mesmo
assim alguns conseguiam arrancar tudo ), até que comecei a usar os levantes
com resina e ionômero.

No início achei que tinha descoberto uma maneira mais interessante, e


extremamente simples e barata, de fazer o que precisava quando queria
levantar uma mordida. Mas com o tempo comecei a perceber o quão rápido
os movimentos desejados começavam a acontecer pelo fato da oclusão não
estar mais travada. Como por exemplo, em mecânicas de distalização com
mini implantes, levantar a mordida acelera muito o processo. Ou grandes
movimentos de expansão ou movimentos antero-posteriores com vários
dentes e até mesmo para fazer um simples descruzamento de um único

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dente. Enfim, vários são os motivos para se querer levantar uma mordida de
um paciente.

Mas nem tudo foram flores! Confesso que tive alguns problemas usando esta
técnica. E o objetivo deste capítulo é te ensinar como resolvi cada um destes
problemas. Então vamos a eles e a solução de cada um.

11.1 Primeiro Problema: Fazer Os Levantes Nos Dentes


Superiores Ou Inferiores?

Por uma questão prática, fazer os levantes nos dentes superiores é mais fácil
pelo simples fato de ser uma região mais seca e livre de interferências da
saliva ao colar o seu levante.

Porém, você pode se deparar com casos onde os dentes superiores estão com
bastante material restaurador, desde amálgamas, resinas ou porcelanas e fica
mais fácil ter aderência nos dentes inferiores, caso estejam hígidos, mesmo
sendo mais difíceis de se controlar a presença da saliva.

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O importante é que fiquem bem colados para terem a utilização correta


durante o tratamento.

11.2 Segundo Problema: Qual O Melhor Material Para Se


Fazer O Levante?

No início usava ionômero de vidro, porém, este material é muito “macio” e


acaba se soltando com facilidade, na verdade, se desmanchando é a palavra
mais adequada. O problema é que normalmente não acontece isso
simultaneamente dos dois lados, e isso acaba inclinando o plano oclusal do
paciente e pode causar algum desconforto em alguns deles.

Então descobri os moldes de silicone para confeccionar com resina estes


levantes. Logo deixei de usar os moldes, mas continuei usando a resina como
material eleito. Daí apareceu outro problema, mas agora, no final do
tratamento, quando tinha que remover este levante. No processo da remoção
não sabia onde terminava a resina e onde começava o esmalte. Acabei
desgastando muito esmalte sem querer, pois a resina era da mesma cor, ou
bem parecida com a cor do dente.

Mas, o mercado pediu, alguém trouxe a solução: resinas com cores frias!
Conheci apenas duas, uma azul e outra meio rosada ( não sou muito bom com
cores, rsrs). O problema é que, mesmo em grandes centros como Goiânia, não

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conseguia achar estas resinas com facilidade. Então, conversando com um


grande Mestre da ortodontia, o Dr Jurandir Barbosa, aprendi que podia usar
uma caneta de escrever, estas normais mesmo, e colorir uma resina
restauradora com a cor azul da caneta, por exemplo, e este problema foi
resolvido. Fiz um vídeo na época, que em apenas dois dias, teve mais de 3mil
visualizações no meu canal do YouTube. Para assistir basta clicar no Link:

https://youtu.be/XEs2OkpFOTs?sub_confirmation=1

Então concluí que aquela dor não era só minha. Mas com o passar dos meses,
pude perceber que, a melhor forma, não é usar apenas um material, mas dois:
A resina juntamente com o ionômero!

E no terceiro tópico, logo abaixo, explico melhor como uso os dois materiais.

11.3 Terceiro Problema: Atenção Ao Posicionamento Do


Côndilo Ao Fazer Um Levante!

Saber avaliar a posição do Côndilo de seu paciente antes de fazer um levante


de mordida, não é um detalhe importante, é uma OBRIGAÇÃO PROFISSIONAL!

A melhor forma de se avaliar o Côndilo, ainda é com a Análise Funcional. Ou


melhor, a mais barata e prática. Caso queira pedir um exame complementar, a
Tomografia Computadorizada seria o ideal! Porém o preço ainda é inviável
para a grande maioria dos pacientes. Por isso, insisto em indicar o curso
Análise Funcional Na Prática, onde você vai aprender todos os passos

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importantes e técnicas de palpação para auxiliar no diagnóstico ideal de seu


paciente.

Uma vez definida esta posição, temos 3 possibilidades:

Ou o Côndilo está CENTRALIZADO

Ou o Côndilo está ANTERIORIZADO

Ou o Côndilo está POSTERIORIZADO

11.3.1 Côndilo Está CENTRALIZADO

Neste caso, ao fazer o levante usando os Segundos Molares, o Côndilo irá


sofrer uma anteriorização, pois a mandíbula irá rodar no sentido horário. O
importante aqui é garantir que não haja extrusão dos elementos – Primeiros
Molares e Pré Molares – pois caso ocorra esta extrusão, você causará uma
anteriorização permanente neste Côndilo, tirando-o de sua Relação Centrica,
o que causará uma Disfunção Têmporo Mandibular.

E para que esta extrusão não ocorra, basta fazer o levante em resina nos
Segundos Molares e em Ionômero nos Primeiros Molares e Pré Molares
respeitando esta ordem: Primeiro faça nos Segundos Molares(resina), depois
nos Primeiros Molares(ionômero), depois nos Segundos Pré
Molares(ionômero) e por fim nos Primeiros Pré Molares(ionômero) (Fig 109).

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Fig 109

Após isto, quando chegar a hora de fazer o desgaste deste levante, faça-o de
forma gradual na resina do Segundo Molar até a Desoclusão dos mesmos,
então desgaste com mais cuidado os Primeiros Molares e Prés até acontecer
novo toque nos Segundos. Faça isso em no máximo 3 sessões, sendo de uma a
duas o ideal. Então deverá entrar com o uso dos elásticos de intercuspidação

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para finalizar o caso, mas somente após a remoção total dos levantes. Assim
você garante o retorno do Côndilo para a posição inicial central ao final da
remoção dos levantes de mordida, antes mesmo de iniciar a finalização do
caso.

11.3.2 Côndilo Está ANTERIORIZADO

Nestes casos você NUNCA DEVE FAZER O USO DE LEVANTES DE MORDIDA!!!


Grave bem isto! Faça tudo o que tem que fazer sem usar o levante, pois isso
anteriorizará mais ainda o Côndilo e causará mais problemas de DTM em seu
paciente.

11.3.3 Côndilo Está POSTERIORIZADO

Estes são os casos onde se pode usar o levante apenas nos Segundos Molares,
usar elásticos de intercuspidação antes de remover o levante e até deixar o
levante se achar conveniente. Pois é muito mais fácil ocorrer uma extrusão de
todos os dentes que estão sem o levante que a intrusão propriamente dita do
dente que está com o levante.

A extrusão dos elementos que não estão no levante, permitirá ao Côndilo que
estava posteriorizado antes de se colocar o levante, que se mantenha numa
posição mais anteriorizada após o levante e se instale numa região mais
central da cavidade, o que é mais saudável para a articulação. Porém é
importante checar a articulação com palpações e relatos de alívio de dor pelo

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paciente. Caso tenha dúvidas, peça uma Tomografia antes de finalizar com a
intercuspidação.

11.4 Quarto Problema: Levante Posterior Ou Levante


Anterior?

Normalmente elegemos o uso de levantes em dentes posteriores. Porém, em


alguns casos, você pode precisar usar em dentes anteriores. Vamos aos casos
de uso anterior:

 Pacientes com face curta e com sobremordida verdadeira onde terá


que extruir os molares
 Pacientes mutilados que perderam os molares bi ou unilateralmente
 Pacientes com mordida telescópica ou de Brodie

Se em algum destes casos você queira usar o levante nos dentes anteriores,
normalmente usamos um confeccionador de silicone como molde(Fig 110).

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Fig 110

Este Molde será preenchido com resina restauradora e colado na superfície


palatina dos incisivos superiores, como também pode ser colado na superfície
lingual dos incisivos inferiores em casos de Classe III ou na palatina dos
caninos superiores em casos de Classe II com overjet muito proeminente.

Veja uma sequência de colagem:

1 – Ataque ácido nos dentes eleitos para receberem o levante

2 – Aplicação de adesivo e polimerização

3 – Posicionamento do Molde preenchido com resina

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4 – Polimerização do conjunto

5 – Remoção do Molde

O mesmo raciocínio para o Côndilo deve ser usado aqui.

11.5 Quinto E Último Problema: Não Invada O Espaço


Funcional Livre De Seu Paciente!

Deixei este tópico por último de propósito. Entenda que TODOS os problemas
de anteriorização do Côndilo, ocorrerão se você não respeitar o Espaço
Funcional Livre de seu paciente e o invadir.

No Capítulo 1 foi visto que entre a Máxima Intercuspidação Habitual e o


Repouso ( espaço que constitui o Espaço Funcional Livre), o Côndilo só faz
rotação, e nunca translação. E este dado é fundamental agora. Pois para
anteriorizar o Côndilo ele deve fazer translação com a rotação. E para isso
deve ter invadido o Espaço Funcional Livre.

Os levantes podem ser confeccionados com espessuras bem pequenas, de 1 a


2mm, quando se deseja apenas uma pequena desoclusão com o objetivo de
destravar uma mordida, ou em grandes espessuras 3, 4 ou mesmo 5mm,
quando você pode desejar descruzar um dente ou até um hemi arco.

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O importante aqui é sempre fazer um levante que NUNCA INVADA O ESPAÇO


FUNCIONAL LIVRE de seu paciente.

Pacientes com grandes Espaços Funcionais Livres podem ter seus levantes
mais espessos. Aprender a medir este espaço corretamente e anotar na ficha
de seu paciente é fundamental para a hora que for confeccionar um levante,
seja ele posterior ou anterior.

Sempre que for usar o levante de mordida, teste para ver se não invadiu este
espaço.

Quando invadir o Espaço Funcional Livre, invada de forma consciente e use os


raciocínios citados no Terceiro Problema deste capítulo.

Caso queira aprender como se faz a análise do Espaço Funcional Livre, adquira
o curso Análise Funcional Na Prática.

Por isso, não fazer a confecção e o uso correto de levantes de mordida em seu
paciente, pode ser o décimo primeiro motivo por que o tratamento com
Autoligado que está fazendo em seus pacientes não está funcionando como
deveria.

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Capítulo 12: Uso Dos Stops Como


Direcionadores Do Movimento Desejado

Dedico este Capítulo aos amigos Dr Cláudio Figueiredo e Dr Vicente Pacheco,


autores do “Win Sistem”, cujos ensinamentos me fizeram enxergar um novo
horizonte em relação ao tratamento usando o Sistema Autoligado. Muito do
que vou descrever neste capítulo, foi aprendido por mim em cursos com estes
dois profissionais. Obrigado meus amigos Cláudio e Vicente!

O conceito que governa esta ideia de direcionar o movimento desejado,


usando os dispositivos que chamamos de stops, é baseado no desenho da má
oclusão de seu paciente. Veja a figura 111 abaixo:

Fig 111

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Quando temos uma arcada dental com desalinhamento, o fio faz curvas para
buscar os dentes desalinhados. Como o fio tem propriedades de memória,
isto foi visto no Cap. 9, este irá voltar para a forma inicial, que é a de um arco.
Observe que o comprimento do fio vermelho é maior que o contorno da
arcada do fio azul. (Fig 112)

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Fig 112

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Ao colocar os dentes alinhados em forma de arco, os excessos do fio vermelho


sobrarão nas extremidades (Fig 113)

Fig 113

O que temos que fazer é usar esta sobra do fio(vermelho) para direcionarmos
o movimento que queremos, com a ajuda dos stops.

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Ao colocarmos estes stops em posições estratégicas, podemos direcionar a


mecânica e otimizar os seguintes movimentos:

 Expansão uni ou bilateral dos molares, pré molares e em


menor quantidade dos caninos;
 Correção de Linha Média;
 Projetar os dentes anteriores (em casos de Classe II projetamos
o arco inferior respeitando os limites e em Classe III projetamos
o arco superior);
 Fechar um diastema específico;
 Usar o fio como se fosse uma mola aberta;
 Mesializar ou distalizar um dente segmentando uma parte do
fio;
 Manter o fio parado no lugar para não “correr” para as
extremidades e machucar o paciente – ou seja, como um stop
mesmo;
 Travar ou liberar uma giroversão;
 Manter dentes movimentados em sua nova posição como se
estivesse conjugando estes elementos;
 Manter espaços abertos para reabilitações.
 Segmentar um bloco específico para movimentação do mesmo
em casos de mecânicas de deslize.

E como regra, sempre começaremos usando 2 stops. Mas também


poderemos usar mais de 2 stops como veremos a seguir. A única exceção
desta regra é quando vamos utilizar um único stop na LINHA MÉDIA
INFERIOR.

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12.1 Expansão Uni Ou Bilateral Dos Molares, Pré Molares


E Em Menor Quantidade Dos Caninos

Para expansão posterior, independente de ser uni ou bilateral (esta expansão


só ocorrerá se existir um posicionamento adequado dos Segundos Molares –
Cap. 7), iremos posicionar os stops nas distais dos incisivos centrais (ou
laterais) (Fig 114).

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Fig 114

Mas também podemos eleger um dente incisivo que estiver melhor


posicionado no arco e colocar os stops na mesial e na distal deste dente(Fig
115).

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Fig 115

Quando existir a necessidade de expandir a parte posterior e ainda alinhar os


dentes anteriores, então nestes casos devemos colocar os stops na distal dos
incisivos (centrais ou laterais), porém devem estar afastados e não tocando os
dentes, conforme a Fig 116 abaixo.

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Fig 116

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12.2 Correção De Linha Média

Podemos ter 3 situações:

1 - A linha média, geralmente estará desviada para um dos lados, por


algum apinhamento do arco deste lado(A) ou mesmo pela falta de um dente
do lado que existe o desvio(B) ou um dente anatomicamente menor deste
mesmo lado(C). (Fig 117)

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Fig 117

2 - Ainda pode ocorrer um desvio devido a presença de um elemento a


mais do lado oposto ao desvio da linha média, ou um dente com tamanho
anatomicamente maior do que deveria do lado oposto ao desvio. (Fig 118)

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Fig 118

3 - E também pelo desvio total do arco, ficando assimétrico quando o


olhamos por uma vista oclusal. Como por exemplo, numa vista oclusal temos
um canino mais anteriorizado de um lado que do outro devido a uma rotação
de o arco para o lado (Fig 119).

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Fig 119

A regra é identificar a causa deste desvio. Se existe uma falta de dente, um


dente menor ou apinhamento do lado desviado (que é a primeira situação),
então podemos usar o stop para correção deste desvio de linha média.

Vamos a técnica:

Elegemos um dente posterior que esteja mais bem posicionado, do lado que
está o desvio. Por exemplo: O desvio é da linha média superior para o lado

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direito. E existe um apinhamento nos dentes deste lado direito. Então


procuramos o dente posterior mais bem posicionado do lado direito e
colocamos um stop na mesial e outro na distal (regra dos dois stops) deste
dente. Ao buscar a sua forma original, o fio correrá para o lado oposto e
corrigirá a linha média, ou pelo menos aproximará esta linha de sua posição
mediana melhorando seu desvio (Fig 120).

Fig 120

IMPORTANTE! - Devemos usar, em sinergia com os stops, os elásticos de linha


média. Mas isto será visto no Cap. 14.

222

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12.3 Projetar Os Dentes Anteriores

12.3.1 Projeção Anterior Inferior(Casos De Classe II)

COM APINHAMENTO:
Em casos de Classe II com apinhamento inferior (início do tratamento),
posicionar os stops na mesial dos primeiros molares inferiores(Fig 121).

Fig 121

Esta ação irá projetar o arco inferior para frente e para os lados enquanto
dissolve o apinhamento. Usar elástico de Classe II.

223

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( 1/4 LEVE - Canino superior até 1˚ Molar inferior – Fig 122)

Fig 122

224

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ou

( 3/16 LEVE – 1˚ pré molar superior até 1˚ molar inferior + canino superior até
2˚ pré molar inferior – Fig 123)

Fig 123

SEM APINHAMENTO:
Caso o arco não possua apinhamento, deve-se clipar o stop 1mm para distal
da entrada do tubo do dente que foi eleito para receber o mesmo ( neste caso
1mm para distal da entrada mesial do tubo que está no primeiro molar
inferior – Fig 124).

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Fig 124

Esta ativação criará leves curvaturas em toda a extensão do fio(Fig 125). E


pode ser uni ou bilateral. Também deve-se associar o uso dos elásticos de
Classe II.

227

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Fig 125

12.3.2 Projeção Anterior Superior (Casos De Classe III)

COM APINHAMENTO:
Em casos de Classe III com apinhamento superior (início do tratamento),
posicionar os stops na mesial dos molares superiores(Fig 126).

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Fig 126

Esta ação irá projetar o arco superior para frente e para os lados enquanto
dissolve o apinhamento. Usar elástico de Classe III.

( 1/4 LEVE - Canino inferior até 1˚ Molar superior – Fig 127)

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Fig 127

ou

( 3/16 LEVE – canino inferior até 2˚ pré molar superior + 1˚pré molar inferior
até 1˚molar superior - Fig 128)

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Fig 128

SEM APINHAMENTO:
Caso o arco não possui apinhamento, deve-se clipar o stop 1mm para distal do
dente que foi eleito para receber o mesmo ( neste caso 1mm para distal da
entrada mesial do tubo que está no primeiro molar superior direito na Fig
129).

231

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Fig 129

Esta ativação criará leves curvaturas em toda a extensão do fio. E pode ser uni
ou bilateral(Fig 130). Também deve-se associar o uso dos elásticos de Classe
III.

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Fig 130

12.4 Fechar Um Diastema Específico

Quando temos um diastema entre os incisivos centrais e estes estão com as


coroas para distal e raízes para mesial, então podemos posicionar os stops
encostados na distal destes incisivos. O efeito será o fechamento do diastema
(Fig 131).

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Fig 131

12.5 Usar O Fio Como Se Fosse Uma Mola Aberta

Quando se quer abrir um espaço entre dois dentes, como por exemplo, entre
um canino e um 2˚ pré molar, para trazer um 1˚ pré molar que erupcionou por
lingual (Fig 132).

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Fig 132

Então clipamos o stop encostado na distal do canino, faz uma pequena


curvatura no fio e clipamos outro stop na mesial do 2˚ pré molar mantendo
esta curvatura no fio termo ativado 0,014 (Fig 133).

235

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Fig 133

O fio vai votar para sua forma original e abrirá um espaço para iniciar a busca
do 1˚ pré molar para seu lugar no arco(Fig 134).

236

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Fig 134

Observe que o Efeito Mola leva o canino e bateria anterior para frente como o
2˚pré molar e bateria posterior para trás. Então se não for favorável algum
destes movimentos, deve-se usar contra-momentos para evita-los. Neste
exemplo específico pode-se usar Elástico de Classe II do canino superior
direito até o 1˚molar inferior direito para evitar que a bateria anterior
desloque para frente. Ou Elástico de Classe III do canino inferior direito até o
1˚molar superior direito para evitar que a bateria posterior desloque para
trás.

Quando for trazer o 1˚pré molar, deve-se mudar a posição dos Stops. O
melhor local para sua instalação será na distal do 1˚molar de cada lado(Fig
135).

237

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Fig 135

Pois o segmento de fio que vai da distal do 1˚molar até a mesial do 2˚molar, é
o que tem maior distância para o fio deslizar antes de ser parado pelo stop(Fig
136).

238

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Fig 136

E lembre-se, sempre devemos colocar stops nos fios quando tratamos com o
Sistema Autoligado(Fig 137).

239

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Fig 137

12.6 Mesializar Ou Distalizar Um Dente Segmentando


Uma Parte Do Fio

Quando se quer mesializar um dente, podemos segmentar uma parte do fio


usando um stop(1) na mesial, outro stop(2) na distal do espaço que se vai
movimentar o dente e outro stop(3) na distal do penúltimo dente posterior
do lado oposto(Fig 138). Assim você garante que o fio não vai rodar.

240

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Fig 138

Então coloca-se uma mola apoiada no stop(2) e no dente que se quer


movimentar (Fig 139). Obs: a mola deve ser colocada no fio, entre os stops 1 e
2, antes de inserir o fio no arco de seu paciente e apertar estes stops.

241

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Fig 139

Assim temos uma mesialização do elemento desejado, numa parte


segmentada do arco(Fig 140).

242

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Fig 140

Obs: para distalizar o elemento, basta colocar a mola entre o stop mesial do
segmento e o dente que deseja distalizar.

243

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12.7 Manter O Fio Parado No Lugar Para Não “Correr”


Para As Extremidades E Machucar O Paciente – Ou Seja,
Como Um Stop Mesmo

Normalmente pode-se colocar um único stop na linha média inferior, pois o


stop é do tamanho da distância inter bráquetes(Fig 141).

Fig 141

244

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Ou quando for no superior, selecione um dente bem posicionado e coloque


dois stops, um por mesial e outro por distal deste dente.

12.8 Travar Ou Liberar Uma Giroversão

12.8.1 Travar Giroversão


Caso queira, por algum motivo, deixar um dente girovertido nesta posição,
pode ser o caso de um canino que está exercendo sua função adequadamente
de guia canina e que não convém girar este dente. Então cole um bráquete
passivo neste elemento. Depois coloque os stops bem rentes na mesial e
distal deste dente(Fig 142).

Fig 142

245

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12.8.2 Liberar Giroversão Apenas De Um Lado


Mas se quer liberar o dente para giroversão em apenas um dos lados, então
coloque um stop bem rente ao lado que quer manter a face de dobradiça e
mais afastado, encostado ao bráquete adjacente do lado que não quer que o
fio movimente o outro Stop(Fig 143).

Fig 143

246

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Assim liberará o movimento apenas no segmento oposto ao segmento que se


encontram os dois Stops.

Obs: Os bráquetes autoligados não são bons em algumas giroversões, por isso
se recomenda a colagem de botões linguais e uso de corrente de elastic para
fazer binômios de força para algumas giroversões.

No exemplo da Figura 144 abaixo mostramos uma situação onde usamos


Efeito Mola + Travar ou Liberar Giroversão + Botão Lingual com Corrente de
Elastic para fazer binômio de força e gerar a giroversão desejada.

247

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Fig 144

12.9 Manter Dentes Movimentados Em Sua Nova Posição


Como Se Estivesse Conjugando Estes Elementos

Pode-se colocar um stop em cada face de onde o dente movimentou para


manter este dente nesta posição impedindo as recidivas deste movimento
(Fig 145a, b, c, d, e, f, g, h, i, j). Isto substitui o amarrilho conjugado. A

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vantagem de se usar os stops no lugar do amarrilho é permitir uma melhor


higienização e manter a região específica mais livre de sujeira e acúmulo de
placas que se acumulariam mais facilmente no conjugado com fio de
amarrilho.

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Fig 145a, b, c, d, e, f, g, h, i, j

12.10 Manter Espaços Abertos Para Reabilitações

A ideia aqui é a manutenção do espaço conquistado para a reabilitação sem


se preocupar com a perda deste espaço durante a movimentação de outros
dentes (Fig 146).

258

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Fig 146

12.11 Segmentar Um Bloco Específico Para


Movimentação Do Mesmo Em Casos De Mecânicas De
Deslize

Stops em formato de ganchos possibilitam mecânicas de deslize sem


desmanchar o segmento anterior e abrir diastemas entre os incisivos (Fig
147a , b).

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Fig 147a, b

Conhecer as aplicabilidades dos stops vai permitir que otimize suas mecânicas
e adiante a entrega dos resultados ao seu paciente.

Por esta razão, não fazer o uso dos stops como direcionadores do movimento
desejado, pode ser o décimo segundo motivo por que o tratamento com
Autoligado que está fazendo em seus pacientes não está funcionando como
deveria.

261

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Capítulo 13: Instalação Da Parte Inferior Após


Expansão Ou Pelo Menos Início Dessa
Expansão Do Arco Superior

Aqui “vamos devagar porque temos pressa”! Vi esta frase pela primeira vez
quando li o livro “Semente da Vitória” do Autor Nuno Cobra. Nada mais nada
menos que o treinador físico pessoal do grande piloto e ícone de Fórmula 1
Ayrton Senna.

E desde que li sobre isso, parei para refletir como realizamos tarefas
apressadamente, com o intuito de sermos mais rápidos, porém, no final,
acabamos demorando muito mais.

E é exatamente isso que acontece quando usamos o Sistema Autoligado e não


respeitamos alguns pontos que são muito importantes. É o caso de quando
montamos o arco inferior sem esperarmos uma correção transversal
adequada do arco superior.

Entenda que o tratamento do problema transversal é sempre a primeira etapa


de qualquer terapia ortodôntica. E como você já aprendeu, em muitos casos,
usando a posição do Segundo Molar, você vai conseguir esta correção com
uma expansão significativa, ou pelo menos uma expansão que poderíamos
chamar de tamanho ideal do arco para aquele paciente específico.

Sendo assim, a remodelação óssea vestibular que acontece quando se usa o


Sistema Autoligado, já tem o poder de começar a corrigir muitos problemas

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da má oclusão de seu paciente, porém, tenha em mente que esta expansão é


limitada. Caso não fosse, poderíamos acabar de uma vez com todos os tipos
de cirurgia ortognática, mas infelizmente isso não é possível.

Posto isto, vamos raciocinar um pouco. Imagine um paciente que tenha uma
Classe II. Independente de você usar uma mecânica que avance a mandíbula
ou retraia a maxila, o importante é que o arco superior sempre deverá estar
mais expandido que o inferior. Por isso se deve iniciar a colagem pelo arco
superior, esperar 2 meses para que a expansão transversal ocorra deixando
este arco do tamanho expandido próximo do ideal. E só então iniciar a
colagem do arco inferior.

Mesmo esperando por 2 meses, cada paciente tem uma resposta fisiológica
diferente. E caso seja observado que o arco inferior poderá cruzar quando o
avanço ou retração (inferior e /ou superior respectivamente) acontecer, então
espere por mais 2 meses para colar a parte inferior.

Nos casos de Classe II, para verificar isso, basta pedir para seu paciente fazer
um avanço mandibular e colocar os caninos em Classe I. Feito isto, observe a
relação transversal nos molares e pré molares.: Eles estão bem relacionados,
estão de topo ou estão cruzados? Então esta simples manobra te mostra o
quanto tem que expandir ainda ou se este arco superior já está expandido o
suficiente para liberar a colagem da parte inferior.

Em casos de Classe III, no início do tratamento você deve fazer esta manobra
também, porém usando os modelos de gesso e colocando os caninos em
Classe I. O que pode acontecer com muita frequência, nos casos de Classe III,

263

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é uma mandíbula mais expandida que a maxila. E quando isto acontecer,


lembre-se de colocar o aparelho superior até os Segundos ou mesmo
Terceiros Molares, enquanto no inferior cole apenas até o Primeiro Molar, ou
mesmo até os Segundos Pré Molares num primeiro momento.

O importante é deixar a expansão superior acontecer primeiro antes de iniciar


a colagem do inferior, mesmo que isto demore 4, 5 ou até 6 meses
dependendo do caso.

Quando se tem uma mandíbula mais expandida, pode-se usar um truque com
elásticos transversais, mas isso explicarei no próximo capítulo.

Para seu tratamento acontecer de forma mais rápida, muitas vezes terá que ir
mais devagar. E instalar a parte inferior antes da expansão ou pelo menos
início dessa expansão do arco superior pode ser o décimo terceiro motivo por
que o tratamento com Autoligado que está fazendo em seus pacientes não
está funcionando como deveria.

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Capítulo 14: Uso De Elásticos Noturnos Desde


O Início Do Tratamento – O Uso Correto De
Elásticos

Este capítulo pode assustar um pouco no início, mas posso garantir que
funciona muito bem!

Aqui é preconizado o uso de elásticos desde o início do tratamento. Mas você


deve estar se perguntando: Como assim? Afinal o primeiro fio que você
sugeriu não foi aquele todo “molengão“ termoativado 0,014? Sim, isso
mesmo! Mas isso vai funcionar? Garanto que sim!

Mas, porém, contudo, todavia, entretanto... não é qualquer elástico e muito


menos o tempo todo!

Vamos lá! Os elásticos que podem ser usados são : 1/8; 3/16; 1/4 e 5/16. E
TODOS devem ser LEVES!

Nada de usar elásticos médios ou pesados, SEMPRE USE OS ELÁSTICOS LEVES!

E seu uso deve ser de apenas por algumas horas. No caso vamos sugerir o uso
NOTURNO, ou enquanto o paciente dorme.

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Em resumo, elásticos LEVES e de POUCO USO!

Este protocolo de uso noturno de forças leves servirá como um direcionador e


otimizador do movimento desejado. E podemos utilizar nas seguintes
situações:

14.1 Casos Onde O Potencial De Expansão(Verificado


Pela Posição Dos Segundos Molares) É Pequeno Ou Nulo

Então podemos ajudar nesta expansão colando botões linguais nos prés e/ou
nos molares superiores e botões na vestibular dos inferiores(Fig 148).

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Fig 148

Sim eu disse botões e não bráquetes. Lembre-se de colar o inferior apenas


depois da expansão superior ter ocorrido! E usando elásticos transversais da
lingual dos superiores até a vestibular dos inferiores durante a noite. Elástico
preconizado: 3/16 Leve ou 1/4 Leve.

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E sempre use ELÁSTICOS LEVES e de uso NOTURNO (pouco uso) para não ter
nenhum problema com isto!

DICA DE OURO: Quando você tem um baixo potencial de expansão (por não
ter Segundo Molar mais vestibularizado), juntamente com um alto
apinhamento anterior, tome CUIDADO!

Nestes casos é muito comum ocorrer uma resultante anterior, que causará,
com toda certeza, uma vestibularização dos incisivos MESMO USANDO
AUTOLIGADOS! Então, recomenda-se o uso de elásticos anteriores associados
com os elásticos transversais do exemplo anterior. E este elástico anterior em
forma de box, indo dos incisivos superiores até botões colados na vestibular
dos incisivos inferiores. Elástico preconizado: 5/16 Leve.

14.2 Casos De Correção De Classe II E Classe III

Em casos de Classe II, pode-se colar ou bandar o Primeiro Molar inferior com
tubo desejado (duplo ou simples) e usar o elástico leve 1/4 de Classe II
noturno, do canino superior até o molar inferior. Ou mesmo colar um botão
no molar inferior (Fig 149).

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Fig 149

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Em casos de Classe III, pode-se colar um botão vestibular nos caninos


inferiores e usar o elástico leve 1/4 de Classe III noturno (com o detalhe de
stop visto no Cap. 12.) do canino inferior até o molar superior(Fig 150).

Fig 150

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Veja o detalhe da posição do botão nos caninos(Fig 151).

Fig 151

14.3 Casos de Incompetência Labial

Como visto no Cap. 6 (Selamento Labial), um fator importantíssimo, para


gerar a Resultante Posterior no Sistema Autoligado, é o peso do Orbicular dos
Lábios. Por isso, quando temos um paciente com incompetência labial,
recomenda-se o uso NOTURNO de elástico LEVE 5/16, em forma de box, dos

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incisivos superiores até os botões vestibulares nos incisivos inferiores


enquanto estamos na fase de expansão superior. E após a colagem do
inferior, continuar usando estes elásticos LEVES, em box, 5/16, durante a
noite (Fig 152). Assim consegue-se ter um melhor controle da inclinação
vestibular dos dentes anteriores.

Fig 152

Este elástico funcionará como um “lábio artificial”. E nestes casos, a ajuda de


uma fonoterapia é fundamental!

272

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14.4 Casos De Desvio De Linha Média

Em casos de Linha Média desviada, temos duas situações muito comuns:

- Ou temos um lado em Classe II e o outro em Classe III


- Ou temos um lado em Classe II ou III (depende se o desvio é superior
ou inferior) e o outro em Classe I.

Devemos usar, em sinergia com os stops (Cap. 12), os elásticos de linha média.
Porém esta é uma situação que devemos esperar a colagem da parte inferior
antes de iniciar o uso dos elásticos.

Assim que a parte inferior for colada, devemos usar os elásticos da seguinte
forma:

Exemplo Para Linha Média Superior Desviada Para Esquerda e/ou Linha
Média Inferior Desviada Para Direita

Molar inferior direito ao Canino superior direito (Classe II) – lateral direito;

Canino inferior direito ao Canino superior esquerdo – frontal;

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Canino inferior esquerdo ao Molar superior esquerdo(Classe III)– lateral


esquerdo; (Fig 153).

Fig 153

Obs1: Os elásticos devem ser invertidos de acordo com o lado em que a linha
média se encontra desviada

Obs2: Estes elásticos são 3/16 LEVE nas laterais (aqui é uma exceção, deve-se
usar 24 horas e não apenas noturno), para quando existir Classe II de um lado
e Classe III do outro) enquanto o de uso frontal deverá ser o 5/16 LEVE (uso
noturno – usar por uma noite e troca por novo elástico na próxima noite).

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Obs3: Quando um dos lados for Classe I, usar o elástico 1/8 LEVE triangular:
Canino superior – Canino inferior – Primeiro pré molar inferior (Fig 154) deste
lado, apenas noturno, para ancorar a Classe I – usar por uma noite e troca. O
outro lado, se for Classe II ou III, usar por 24horas como visto na Obs2.

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Fig 154

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Como pode perceber, o Sistema Autoligado é cheio de detalhes. E talvez isso


tenha sido um dos motivos de tanto fracasso neste tipo de tratamento por
vários colegas, incluindo eu mesmo!

Por isso, não fazer o uso correto de elásticos leves e noturnos desde o
começo do tratamento em seu paciente, pode ser o décimo quarto motivo
por que o tratamento com Autoligado que está fazendo em seus pacientes não
está funcionando como deveria.

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Capítulo 15: Conhecimento Profundo De


Biomecânica

Na minha opinião, o que realmente define um bom ortodontista, é o quanto


este profissional sabe, conhece e se interessa por biomecânica.

Afinal, esta é a ferramenta que nos permite ter liberdade para tratar um
paciente com criatividade. O conhecimento necessário para diagnosticar o
paciente é fundamental, mas o diagnóstico vai até o momento antes de
iniciar o tratamento. Uma vez diagnosticado, os próximos passos que seriam
planejar estrategicamente o que e como será executado o tratamento,
dependerá muito das habilidades do profissional em sinergia com seu
conhecimento de biomecânica.

Em outras palavras, conhecimento em diagnóstico te leva até o nível de


planejar. Conhecimento em biomecânica te leva para o próximo nível, o de
EXECUTAR.

E é esta execução que te levará para o céu, ou para o inferno na hora de


concluir o tratamento de seu paciente.

Não tenho a pretensão de ensinar biomecânica neste e-book (apesar de


escrever um pouco sobre o assunto), mas tenho a obrigação de expor minha
opinião por observar que ela é fundamental em QUALQUER tipo de
tratamento ortodôntico que esteja fazendo. Não interessa se é com

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alinhadores, ortodontia convencional, ortodontia lingual ou ortodontia


autoligante.

Pode-se dividir a Mecânica, fisicamente falando, em: estática, cinética e


resistência dos materiais.

A estática irá descrever os efeitos de forças sobre objetos em repouso ou em


movimento com velocidade constante. A cinética descreve como o corpo que
está em velocidade variável (aceleração ou desaceleração) irá se comportar. E
a resistência dos materiais estuda a relação entre tensão e deformação de
diferentes materiais, o que permite escolher quais materiais são mais
adequados para a liberação de uma força específica.

Estes estudos aplicados a um corpo vivo cria a nossa biomecânica. E saber as


respostas biológicas que estas forças causam neste corpo, é o que
determinará o que podemos fazer e o que devemos evitar. Tanto para fins de
resultados desejados como para proteção e preservação da saúde do paciente
exposto ao tratamento ortodôntico.

Portanto, saber biomecânica é um ato de responsabilidade profissional.

Entre tantos conceitos importantes no estudo da biomecânica, temos dois


conceitos que vejo ser muito confundidos por colegas e alunos de ortodontia.
O Centro de Resistência do dente e o Centro de Rotação.

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O conceito de Centro de Resistência pode ser definido como um ponto de um


corpo (este corpo pode ser o dente, por exemplo) onde uma única força
aplicada, produziria um movimento de translação, ou seja, todos os pontos do
corpo se moveriam em linhas retas e paralelas (Fig 155).

Fig 155

E para achar este Centro de Resistência de um dente, por exemplo, devemos


levar em consideração, todos os obstáculos que, de alguma forma, envolvem
este dente. Dependendo da quantidade de osso alveolar, ligamento
periodontal, tamanho da raiz inserida no alvéolo, tecido gengival, tecido

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conjuntivo, vasos sanguíneos e outros obstáculos que envolvem este dente, o


seu Centro de Resistência pode mudar. Porém, este centro é intrínseco.

Já o conceito de Centro de Rotação é de um ponto ao redor do qual o dente


gira em direção à força aplicada. Este centro pode ser produzido por nós
durante a mecânica. Podemos rodar um dente da maneira que queremos
quando conhecemos estes conceitos.

Devemos lembrar que o dente tem 3 eixos:

1 - O longo eixo do dente, que ao definir o centro de rotação olhando


para este longo eixo, podemos criar rotação de coroa;

2 – O eixo mesiodistal, que ao definir o centro de rotação olhando para


este eixo, podemos criar os movimentos que chamamos de torque;

3 – O eixo vestíbulo lingual, que ao definir o centro de rotação olhando


para este eixo, podemos criar os movimentos de angulação.

Há muito o que se falar sobre biomecânica, porém, para uma aplicação


prática da biomecânica usando o Sistema Autoligado, quero falar sobre o uso
de elásticos em corrente.

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15.1 Uso De Elásticos Em Corrente

O uso de elásticos em corrente pode ser um grande auxiliar em movimentos


desejados quando usamos um aparelho autoligado. Porém devemos estar
atentos a algumas situações.

Primeiro – NUNCA usar elástico em corrente por vestibular quando


estamos no fio termoativado 0,14! Este fio é muito flexível e é difícil controlar
os efeitos colaterais indesejados como giroversões e angulações
desfavoráveis.

Segundo – O melhor momento para correção das giroversões é


quando estamos no fio 0,014. Porém, devemos criar um binário de força
colando botões por lingual e usando as correntes por lingual (Fig 156).

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Fig 156

Terceiro – Apenas usar elásticos em corrente por vestibular quando o


paciente já estiver usando um fio de aço retangular. Pois assim há controle de
giroversão, angulação e torque.

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Quarto – Normalmente usaremos o elástico em corrente por baixo do


fio. Esta situação elimina o atrito entre o sistema fio – bráquete – corrente.
Caso seja interessante criar atrito, então deve-se colocar o elástico em
corrente por cima do fio (Fig 157).

Fig 157

Sobre mecânicas de deslize e retração, fiz um vídeo explicando qual a melhor


forma de se fazer uma retração em relação ao uso do fio adequado com
atenção a biomecânica do movimento. Para assistir clique no link abaixo:

LINK PARA O VÍDEO: Minimizando os Riscos da Retração

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Conhecer biomecânica é um grande diferencial na sua ortodontia. Por isso,


não ter o conhecimento profundo de biomecânica ao tratar seu paciente com
o Sistema Autoligado, pode ser o décimo quinto motivo por que o tratamento
com Autoligado que está fazendo em seus pacientes não está funcionando
como deveria.

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Capítulo 16: Uso Do Fio De Aço 17x25 Para


Diagramação (Usando Slot 18”)

Guiar-se pela posição inicial dos Segundos Molares e avaliar a


Distância Intercanina

Após alinhar e nivelar todos os dentes, ter usado os stops para potencializar
os movimentos desejados e ainda assim encontrar os arcos fora da Classe I
desejada, ou com overjet, será necessário lançar mão de fios de aço para a
correção destes problemas.

Os fios de aço que podem ser usados para estas correções de formatação,
mecânicas de deslize( distalizações ou perda de ancoragem) e finalização,
deverão ser diagramados. E os fios eleitos serão:

1 – Fio de aço 0,018

2 – Fio de aço 17x25

Sempre que for necessário usar um fio de aço, a primeira coisa que se deve
fazer é DIAGRAMAR este arco.

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16.1 Posição Do Segundo Molar


Normalmente, em mecânicas convencionais, a diagramação será feita no
início do tratamento. Porém, para diagramar o arco no Sistema Autoligado,
usaremos o formato que este arco obteve após a expansão que foi
determinada pela posição do Segundo Molar, como foi visto no Cap. 7.

16.2 Posição Intercanina


As recidivas em tratamentos ortodônticos são motivos da perda de sono de
muitos profissionais no mundo inteiro. Temos que ter em mente que existe
uma movimentação natural, que pode ser tanto giroversões, apinhamentos e
ainda diastemas, que faz parte do envelhecimento natural do ser humano.
Como ainda não se pode afirmar que estes movimentos ocorreram por uso
inadequado de uma contenção, ou se foi pelo fato do envelhecimento natural
ter chegado, muitas pesquisas apontam alguns cuidados que temos que ter,
numa tentativa de minimizarmos estes efeitos.

E um destes cuidados é observar a quantidade de expansão que ocorre na


distância intercanina do paciente tratado ortodonticamente.

Segundo várias pesquisas, um aumento de até 2mm desta distância, de cada


lado, ainda mantém este arco estável. Porém, com mais de 2mm de expansão,
estes caninos tendem a voltar para a posição inicial e causar instabilidade.

Observar este detalhe, não garante que as recidivas não acontecerão. Mas
com certeza, não respeitar isto, colocará seu tratamento com grande risco de
provocar estas recidivas.

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Sendo assim, além de seguir a posição do Segundo Molar, deve-se medir qual
era o tamanho da distância intercanina no início do tratamento, e diagramar
o arco de aço tendo o cuidado para não ultrapassar os 2mm de expansão de
cada lado.

Posto isto, vamos à técnica:

16.3 Técnica
Após ter conquistado a expansão do arco guiada pela posição do Segundo
Molar, dobre uma placa de cera 7 e tire a mordida de seu paciente (Fig 158).

Fig 158

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Escolha o arco mais expandido na região de molar e avalie em qual deles


houve menor expansão da distância intercanina(no máximo 2mm de cada
lado). Use este arco como a referência, lembrando que o superior deve ser
1mm mais expandido que o inferior(Fig 159).

Fig 159

Coordene os arcos Superior e Inferior de acordo com este registro em cera. Se


for necessário, faça algum tipo de expansão, porém respeite a posição dos
Segundos Molares e a expansão da distância intercanina(Fig 160).

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Fig 160

Uma outra opção, que em alguns casos será mais precisa, porém dará mais
trabalho, é tirar os fios que o paciente se encontra, molde o paciente, e
diagrame os fios de aço diretamente nos modelos de gesso (Fig 161).

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Fig 161

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Após coordenar os arcos de aço, estes estão prontos para o uso em mecânicas
de deslize, finalização e formatação.

Portanto, não respeitar a diagramação observando estes detalhes ao usar os


fios de aço, pode ser o décimo sexto motivo por que o tratamento com
Autoligado que está fazendo em seus pacientes não está funcionando como
deveria.

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Capítulo 17: Uso Do Fio De Aço Para


Mecânicas De Deslize E Obtenção De Torques
Necessários

Agora que você diagramou seus arcos de aço, formatou o coordenou o


superior com o inferior, seguindo as observações do Cap. 16, então pode
iniciar as mecânicas de deslize e fazer os torques necessários para finalização.

17.1 Para Mecânicas De Perda De Ancoragem

Pode-se usar tanto o fio de aço 0,18 como o fio de aço 17x25 (quando usar
Slot 18”) e aço 19x25 (quando usar Slot 22”).

17.1.1 - Usar Molas Para Mesializar Os Caninos


Usar aço 0,18 ou aço 17x25(Fig 162). Colocar Stops fazendo a Segmentação
de Parte do Fio ( Como visto no Cap 12, tópico 12.6).

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Fig 162

17.1.2 – Usar APM Para Concluir A Mesialização Da Bateria


Posterior
Após ter os caninos em Classe I, mudar o fio para aço 19x25, se estiver com
Slot 22 (diagramar este arco com o mesmo formato e tamanho do aço 17x25),
ou manter o aço 17x25 (se usar Slot 18”) e usar um APM para mesializar todo
o bloco restante – mais detalhes de como fazer no Cap. 18.

17.2 Para Mecânicas De Distalização

Pode-se usar tanto fio de aço 0,18 como fio de aço 17x25.

17.2.1 – Usar Cursores Ou Jigs De Distalização.


(Fig 163)

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Fig 163

17.3 Para Dar Torques Na Finalização

Usar fio de aço 17x25( em Slot 18”) ou aço 19x25( em Slot 22”).

17.3.1 Usar Alicates 222 Para Torque Individual


(Fig 164).

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Fig 164

17.3.2 Usar Alicates 442 Para Torque Progressivo


(Fig 165).

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Fig 165

17.3.3 – Usar Alicates 442 Para Torque Contínuo


(Fig 166).

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Fig 166

Saber qual fio usar nestas mecânicas adiantará muito o tempo de tratamento.
Portanto, não entender sobre os fios de aço para o uso correto no Sistema
Autoligado, pode ser o décimo sétimo motivo por que o tratamento com
Autoligado que está fazendo em seus pacientes não está funcionando como
deveria.

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Capítulo 18: Uso De Potencializadores De


Velocidade De Tratamento

Desgastes interproximais no momento certo, Mini implantes E


Propulsores Mandibulares

18.1 Desgastes Interproximais

Uma dúvida que eu tinha quando estava iniciando minha experiência com o
Sistema Autoligado era: será que a expansão proposta por este sistema
conseguirá dissolver qualquer apinhamento? E a resposta é um enorme NÃO!

No tratamento com aparelhos convencionais, quando identificamos uma


discrepância negativa de modelo, uma das alternativas é fazer o desgaste
interproximal. E a regra sobre a quantidade de desgaste se mantém a mesma
aqui no Sistema Autoligado:

 Dentes Anteriores: desgaste de até 0,5mm


 Dentes Posteriores: desgaste de até 0,8mm

E é importante saber que a face distal sempre terá mais esmalte para
desgastar que a face mesial.

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Isto é conhecimento anatômico, mas qual a grande diferença do tratamento


convencional e do Sistema Autoligado?

No convencional, fazemos o desgaste ANTES de iniciar o tratamento. Se


temos um apinhamento e planejamos o desgaste interproximal como
alternativa para resolver este problema de espaço, então calculamos, nas
análises de modelo, o quanto vamos desgastar e desgastamos ANTES de
inserir o primeiro fio, certo?

No autoligado, mesmo tendo esta discrepância negativa, NÃO DESGASTAMOS


NO INÍCIO e colocamos os fios adequados (termo ativado 0,014) e
conseguimos, com este apinhamento, potencializar a expansão desejada.
Porém, em muitos casos, não queremos mais expansão e ainda temos
apinhamentos (Fig 167).

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Fig 167

Nestes casos, devemos observar onde está a linha média do paciente e


programar os desgastes de forma que as linhas médias fiquem alinhadas(Fig
168), mas somente após termos atingido a expansão desejada.

Fig 168

Podemos providenciar a troca de alguns bráquetes autoligados por bráquetes


convencionais na finalização de casos onde necessitamos correção de

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giroversões. Neste caso trocamos os bráquetes dos elementos 32, 31, 41 e 42


(Fig 169).

Fig 169

Ao final tivemos a correção da Linha Média por Desgaste Interproximal, pois


não tinha necessidade da mais expansão(Fig 170).

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Fig 170

Também temos os casos de Classe III, onde podemos querer diminuir o


tamanho dental dos elementos inferiores para ter uma melhor trespasse
horizontal, ou mesmo sair da situação de mordida de topo. Então faremos os
desgastes interproximais na bateria inferior anterior, com muita atenção a
Classe I de caninos.

E para finalizar, podemos querer os desgastes superiores em casos onde o


paciente apresente um overjet nos incisivos e caninos em Classe II e Classe I
nos molares e pré molares. Então poderemos desgastar na face distal dos
caninos para fazer retração ou mesmo entre os incisivos. Nestes casos é
importante que se tenha feito análise de Bolton.

18.2 Uso De Mini Implantes

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Uma das grandes ferramentas que adoro usar em meus pacientes é o mini
implante. Acho extremamente versátil, não depende da colaboração do
paciente ( a não ser com o cuidado com higienização) e não é tão difícil de
usar e vender como parece.

Dependendo da posição de um dente extruído, é possível intruí-lo com o


Sistema Autoligado (Fig 171).

Fig 171

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Porém, usar mini implantes para fazer intrusão é bem mais controlado, pois
podemos intruir e vestibularizar, intruir e palatinizar, intruir verticalmente
sem inclinação. E o melhor de tudo, não precisamos de dentes adjacentes
para apoiar bráquetes como visto na Figura acima.

Exemplo de Intrusão de um molar com Mini implante (Fig 172).

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Fig 172

Paciente fez uma prótese fixa de 3 elementos (45-46-47) adaptada a extrusão


do 16. Porém, este degrau em sua curva de spee causou interferência na
lateralidade acentuando uma DTM. O tratamento consistiu em intruir o
elemento 16 e encaminhar a paciente para nova reabilitação, mas agora, com
a correção da curva e eliminação das interferências na lateralidade.

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A intrusão foi feita com 2 mini implantes, um por vestibular e outro por
palatino (Fig 173), para controle da inclinação.

Fig 173

Além de intrusão de molares, podemos usar os mini implantes para:

 Correção de Plano Oclusal (Fig 174):

Fig 174

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 Intrusão de bateria anterior (Fig 175):

Fig 175

 Distalização de Molares (Fig 176):

Fig 176

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 Mecânicas de Deslize (Fig 177):

Fig 177

 Distalização de Pré Molares (Fig 178):

Fig 178

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 Mesialização de Molares (Fig 179):

Fig 179

 Apoio para mecânicas de Tracionamento de dentes inclusos


(Fig 180):

Fig 180

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 Entre outras...

Sobre como e de quanto deve ser a força ideal para aplicar nos mini
implantes, tenho um vídeo que explico sobre isso no meu canal do YouTube.
Para se inscrever no meu canal, basta clicar aqui.

Para assistir o vídeo da força ideal para mini implantes clique no link:

https://youtu.be/FI1BNM41S70

18.3 Uso de APM (Aparelho Propulsor Mandibular)

O Aparelho Propulsor Mandibular (APM) é uma ótima ferramenta para ser


usado tanto como ortopedia fixa, avanço dento alveolar e para ancoragem de
bateria anterior para mesializar blocos posteriores (Fig 181).

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Fig 181

Tenho três vídeos no meu Blog Mordida Cruzada, onde falo sobre APM. Em
um ensino a melhor idade para se usar quando se quer efeito ortopédico,
como também o uso em adultos que terá o efeito de avançar dente e alvéolo.
Outro ensino o passo a passo de como confeccionar um APM em seu próprio
consultório. E por fim, um vídeo que ensina a instalação do APM em seu

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paciente. Com estas três informações você será capaz de realizar tudo que
precisa.

Porém, como disse no primeiro parágrafo deste capítulo, você também pode
usar um APM para ancorar uma bateria anterior quando quer mesializar a
bateria posterior inferior.

Para isto, basta confeccionar o APM de forma passiva, ou seja, sem avanço.
Peça para o paciente fechar a boca normalmente. Nestes casos o paciente já
deve estar em Classe I de caninos. Então corte o tubo maxilar na altura da
entrada do looping que fez no fio de aço 19x25 ( que é o fio preconizado para
a técnica). Esta ação garantirá que a bateria inferior anterior não retraia
quando você usar um elástico em corrente dos molares até os caninos ou
mesmo até o looping. Você terá apenas uma Mesialização de toda a bateria
posterior.

Para aprender as idades ideais para efeito ortopédico, e para uso em adultos
cujo objetivo é avançar a mandíbula, clique abaixo:

Qual A Melhor Idade Para Usar Um APM?

Para aprender, passo a passo, como confeccionar uma APM em seu


consultório, clique abaixo:

Como Confeccionar Um APM

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Para aprender a instalar um APM em seu paciente, passo a passo, clique


abaixo:

Como Instalar Um APM Em Seu Paciente

Muitos colegas vendem a ideia de que o tratamento ortodôntico usando o


Sistema Autoligado é mais rápido que o tratamento convencional. Tenho
minhas convicções a respeito disso e respeito todas as opiniões. Mas uma
coisa que tenho observado é que alguns artifícios realmente facilitam a nossa
vida e aceleram este tratamento.

Por isso, não usar os potencializadores de velocidade de tratamento com


Sistema Autoligado, pode ser o décimo oitavo motivo por que o tratamento
com Autoligado que está fazendo em seus pacientes não está funcionando
como deveria.

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Capítulo 19: Análise Da Mesa Oclusal Após A


Obtenção Da Classe I

19.1 Finalização

Alguns erros são bastante comuns quando chega a hora de finalizar a terapia
ortodôntica dos pacientes.

Nos próximos três capítulos ( este e mais dois), quero falar sobre estes erros
tão observados por mim e já discutidos com outros professores também.

A primeira preocupação que devemos ter ao finalizar um tratamento, é se


alcançamos os objetivos terapêuticos propostos em nosso planejamento.

Normalmente, estes objetivos são alcançados em fases:

1 - Primeira fase – Alinhar e Nivelar;

2 - Segunda Fase – Atingir a Classe I;

3 - Terceira Fase – Iniciar a Finalização.

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E o que percebo, ao ver colegas tentando finalizar o caso e não conseguindo,


é porque simplesmente ainda não foram alcançados os objetivos tanto da
primeira quanto da segunda fase.

Não sei se já passou por isso, mas posso dizer que EU já passei, e foi por isso
que aprendi que não era assim. Às vezes você tenta finalizar, mas ainda tem
dentes desalinhados, desnivelados, arcos precisando de expansão ou
constricção, grupos de dentes precisando de torques, arcos com diastemas
que não deveriam existir, ou ainda pacientes que não atingiram a Classe I que
você planejou.

E é simples assim: Atinja todas as metas de cada fase antes de ir para a


próxima! Siga este conselho e tudo dará certo, eu garanto!

Quando então tiver chegado na Classe I (final de Segunda Fase), então agora
começa o processo de finalização. Vejo muitos colegas, e eu já me incluí neste
grupo, que no mês que atinge a Classe I desejada (meta da Segunda Fase), já
moldam para tirar o aparelho do paciente. E fazendo isto neste momento,
está se comete um grande erro!

É preciso garantir que a oclusão estará estável. Que os contatos entre os


dentes estejam estáveis. E uma das formas para garantir isto, é conhecer a
Mesa Oclusal de seu paciente(Fig 182).

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Imagem da Mesa Oclusal

Fig 182

19.2 Protocolo para Finalização

O protocolo que indico para esta análise da mesa oclusal, consiste em, assim
que chegar na Classe I do seu paciente, retire os fios e faça uma moldagem
das arcadas do seu paciente.

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Além desta moldagem, peça um Raio X Panorâmico, ou Periapicais de toda a


boca de seu paciente (Pediremos este Rx em três momentos específicos que
veremos daqui a pouco).

O objetivo das moldagens é verificar como está a mesa oclusal deste paciente
e definir metas de correção de torques e extrusão/intrusão de algum dente ou
bloco de dentes.

É importante lembrar que os torques de canino para trás vão ficando mais
negativos, tanto nos superiores quanto nos inferiores. E que nos inferiores
temos um torque negativo progressivo de caninos para trás, enquanto no
superior temos o torque negativo contínuo de caninos para trás também.

Entenda torque, SEMPRE, como raiz para palatino. Se digo que o torque de
incisivo superior é positivo, devo pensar: torque = raiz para palatino, portanto,
torque positivo tenho raiz para mais palatino ainda. E o troque de molar é
negativo, devo pensar: torque = raiz para palatino, portanto, torque negativo
tenho raiz para vestibular.

Além disso, verificar a presença de uma linha vestíbulo-lingual adequada no


modelo de gesso. Esta linha correta, mostrará onde deve ser o “in” e o “out”
adequado para cada dente(Fig 183). E isto vai aumentar as chances de se ter
o melhor encaixe cúspides/sulcos e vice-versa nas relações dos maxilares.

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Fig 183

Para visualizar, de forma fácil, este contorno que respeita as posições de


in/out perfeitas de cada dente, basta traçar uma outra linha unindo pontos
localizados nas pontas das cúspides vestibulares (dos dentes posteriores) até
as incisais dos anteriores. Veja na foto, que esta linha que une os pontos, deve
desenhar um arco perfeito(Fig 184).

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Fig 184

Quando temos uma posição de in/out inadequada, ou mesmo uma


giroversão, a linha das pontas das cúspides não ficará alinhada(Fig 185).

Fig 185

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LEMBRE-SE: Quanto mais correta a linha vestíbulo-lingual se apresenta, maior


é a chance do encontro entre cúspides e sulcos dos dentes antagonistas.

O objetivo do Raio X é verificar como está a angulação destes dentes. Pois


devem estar com o paralelismo ideal. Uma atenção especial deve ser dada
aqui, pois vamos pedir este Rx em três momentos.

1 – No final da Primeira Fase (alinhamento e nivelamento)

2 – No final da Segunda Fase (quando conseguimos a Classe I)

3 – No final da Terceira Fase (para registrar como finalizamos o caso)

O objetivo do Rx no final da Primeira Fase, é verificar o paralelismo das


raízes. Aqui ainda dá tempo de reposicionar bráquetes e continuar no
alinhamento e nivelamento. Pois ainda temos fios leves para fazer isso.

O objetivo do Rx no final da Segunda Fase, é garantir que as raízes realmente


estejam paralelas ou ligeiramente divergentes (Fig 186).

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Fig 186

Para não esquecer a posição ideal, basta comparar os dentes como sendo os
pilares de uma casa. A ponta da raiz seria o alicerce que está no solo e a coroa
seria o telhado(Fig 187).

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Fig 187

Se os pilares estão paralelos ou ligeiramente divergentes, com a base maior


que o telhado, temos um telhado com mais estabilidade (Fig 188).

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Fig 188

Mas se estes pilares estão convergentes, com a base menor que o telhado,
então esta casa fica instável e pode ruir a qualquer momento (Fig 189).

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Fig 189

E o objetivo do Rx no final da Terceira Fase, é registrar como finalizamos o


caso.

Uma mesa oclusal adequada vai te guiar no processo de finalização de seus


casos. Porém, existe a hora certa para fazer isto.

E é por isso, que não fazer a análise da mesa oclusal após a obtenção da
Classe I de seu paciente, quando usar o Sistema Autoligado, pode ser o

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décimo nono motivo por que o tratamento com Autoligado que está fazendo
em seus pacientes não está funcionando como deveria.

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Capítulo 20: Uso De Elástico Triangular, De


Intercuspidação, Dobras De 1˚,2˚,3˚ Ordem E
Ajuste Oclusal

Processo De Finalização Respeitando A Mesa Oclusal

Quando entramos na terceira fase do nosso tratamento, que chamei aqui de


finalização, o objetivo é conseguir os pontos de contato da Mesa Oclusal(Fig
190). Observe que estes pontos estão no arco inferior.

Fig 190

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E para isto, lançaremos mão de quatro recursos.

1 – Uso de Elástico Triangular

2 – Uso de Elástico de Intercuspidação

3 – Dobras de Primeira, Segunda e Terceira Ordem

4 – Ajuste Oclusal

20.1 Uso de Elástico Triangular

O uso de elástico triangular, que irá do canino superior até o canino inferior e
o primeiro pré molar inferior do mesmo lado (Fig 191), só deverá ser usado
quando temos a Classe I conquistada.

Fig 191

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O elástico eleito será o 3/16 leve e deverá ser usado 24 horas por 3 meses.
Isto garantirá o amadurecimento ósseo (a deposição de sais de cálcio na
matriz osteóide).

Fazer esta etapa, garantirá mais estabilidade dos dentes nesta posição. Então
chegue na Classe I e ainda fique mais três meses usando elásticos triangulares
para construir uma oclusão mais estável e bonita para seu paciente. Só depois
deste período molde para fazer a contenção.

20.2 Uso de Elástico de Intercuspidação

O raciocínio será o mesmo que teve no uso de elástico triangular, só use após
ter conquistado a Classe I. Porém aqui, você vai cortar o fio e usar elásticos
1/4 leve conforme a imagem abaixo (Fig 192).

Fig 192

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Neste caso, use apenas por um mês, pois a ausência do fio causa falta de
controle que pode dar torques que são indesejáveis.

20.3 Dobras De Primeira, Segunda E Terceira Ordem

Aqui, devemos fazer as dobras necessárias para finalizar em perfeita oclusão.


Por isso podemos fazer dobras de torque, ângulo e correção de algum giro(Fig
193).

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Fig 193

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Final do caso após ajustar ângulos, torques e giros (Fig 194).

Fig 194

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20.4 Ajuste Oclusal

Este ajuste deve ser feito de forma muito consciente. Por isso ficou como a
última parte. Deve-se lembrar da regra que diz que a cada 1 milímetro que
tira na região dos molares, repercuti em 3mm de sobremordida na região
anterior. É claro que se tirar 1mm de uma cúspide de um único molar, não
terá este efeito na região anterior, por isso, quando acontecer algo assim, é
mais fácil fazer uma dobra no fio para dar torque, ou mesmo inclinar a
cúspide que não está tocando, que conseguir, com desgaste da cúspide que
toca, fazer a outra que não encosta ter este contato.

O importante é, usando a referência da mesa oclusal, ir fazendo, ao mesmo


tempo, os quatro recursos citados aqui. Uma oclusão estável e bonita não é
conseguida apenas colocando seu paciente em Classe I. Deve ser construída,
de forma consciente! E agora você tem o conhecimento necessário para fazer
isto.

Saiba que não entender sobre elásticos triangulares e de intercuspidação, de


dobras de primeira, segunda e terceira ordem e de não fazer ajuste oclusal
respeitando o desenho da mesa oclusal no Sistema Autoligado, pode ser o
vigésimo motivo por que o tratamento com Autoligado que está fazendo em
seus pacientes não está funcionando como deveria.

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Capítulo 21: Avaliação Adequada Das Guias


Em Ordem De Prioridade E Manutenção Do
Free Way Space

Guia Incisal – Lateralidade Canina ou em Grupo – Classe I

Todo trabalho que foi feito até aqui, ao chegar neste ponto, se você não
respeitar o que vai ler agora, todo seu esforço poderá estar perdido.

Avaliar as guias com o intuito de deixa-las adequadas, é um trabalho que deve


ser feito ANTES de iniciar seu tratamento, lá na Análise Funcional. Esta
avalição deverá estar registrada no prontuário de seu paciente, por você, pois
nenhuma documentação consegue este registro. Insisto em indicar o curso de
Análise Funcional Na Prática, do meu grande Mestre Mustaphá Amad, pois lá
temos o passo a passo de como fazer, com o Checklist pronto para ser usado,
de forma fácil e simples.

E agora, ao final do tratamento, devemos conferir se atingimos as guias


adequadas para manter, além da estética, uma função estável e equilibrada
para este paciente.

Em ordem de prioridade de Guias e Classe, o que é mais importante num


tratamento é a Guia Incisal, seguida da Guia Lateral, seguida da Classe I de
Caninos e por último a Classe I de Molar.

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Mas, tudo isso será irrelevante se não respeitar o Espaço Funcional Livre do
seu paciente, que também deve ter sido registrado lá no início do tratamento.
E este Espaço Funcional Livre deve ser preservado, a todo custo, até o final do
tratamento de seu paciente. Apenas em casos que o paciente não
apresentava este Espaço Funcional Livre (Free Way Space) no início do
tratamento – que são pacientes que chegam com problemas de disfunção na
ATM – que podemos mexer, porém CRIANDO este espaço para ele, e nunca
fazendo este espaço desaparecer.

Mas voltando às Guias, vamos descreve-las em ordem de importância:

21.1 Guia Incisal

Ao pedir para o paciente protruir a mandíbula, os únicos dentes que devem


estar em contato, são os anteriores e deve ser:

Incisivos Centrais Superiores com Incisivos Inferiores;

Ou

Incisivos Superiores com Incisivos e Caninos Inferiores

Os posteriores DEVEM estar em desoclusão neste momento.

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21.2 Guia Lateral

Em movimentos laterais da mandíbula, guiadas pelos dentes, devemos ter os


seguintes contatos:

Caninos no lado de trabalho e desoclusão total do lado oposto

Ou

Função em grupo(Canino, 1˚Pré Molar e 2˚Pré Molar superiores com


Canino, 1˚Pré Molar e 2˚Pré Molar inferiores) no lado de trabalho e
desoclusão total do lado oposto.

21.3 Classe I De Canino

Pode até ter uma Classe II 1/4, por exemplo, se a guia está em canino ou em
grupo, pode ficar assim.

Mas pode ser que tenha uma Classe II de Molar e Classe I de Canino, nos casos
de exodontia de prés, então a Classe I de Canino é mais importante que a
Classe que o Molar se encontra.

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21.4 Classe I De Molar

É o ideal! Aqueles pacientes que não são mutilados, que não têm discrepância
de Bolton, que são Padrão I de crescimento facial. Mas mesmo estes
pacientes “perfeitos”, devemos sempre priorizar a adequação das guias e
depois da classe, conforme foi visto neste capítulo.

Por isso, não entender sobre a adequação das guias em ordem de prioridade e
PRINCIPALMENTE manter o Espaço Funcional Livre(Free Way Space) de seu
paciente no Sistema Autoligado, pode ser o vigésimo primeiro motivo por que
o tratamento com Autoligado que está fazendo em seus pacientes não está
funcionando como deveria.

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Capítulo 22: Aprenda A Apagar Uma Vela


Com Um Soco

Rege a lenda que, na China antiga, um jovem discípulo entrou no dojo de seu
mestre e silenciosamente, contemplou seu treino de Kung Fu. O mestre
praticava um Kati especial ( são movimentos que simulam uma luta
imaginária). Conforme o mestre se movimentava, captava energia em seus
movimentos, até que em um determinado momento, para surpresa do
discípulo, o mestre desferiu um soco a uma distância de 8 metros de uma vela
acesa e a chama balançou fortemente.

Aquilo intrigou o jovem discípulo, pois não havia nenhuma porta ou janela
aberta naquele dojo. Mas então o discípulo concluiu que aquilo fora só uma
incrível coincidência.

O mestre continuou seu Kati, mas agora mais concentrado, parecia que uma
aura dourado começava a se formar em volta dele. Então o mestre se afastou
mais ainda da vela e numa sequência de movimentos circulares desferiu um
último soco em direção a vela. Sim a vela se apagou neste momento!

Impressionado com aquilo, numa mistura de euforia e entusiasmo, o discípulo


correu para o seu mestre e ajoelhando a seus pés pediu, com muita
submissão: “Mestre, por favor, me ensine a apagar uma vela com um soco...”.
Então, serenamente o mestre lhe respondeu: “Claro, mas primeiro aprenda a
dar um soco”.

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Gosto muito dessa analogia, pois resume meu ponto de vista em relação a
tratamentos usando o Sistema Autoligado. Muitos jovens discípulos ( outros
nem tão jovens assim ) da ortodontia, quando olham em Congressos, livros,
ou mesmo artigos científicos, um caso tratado com Autoligado, ficam
impressionados com os resultados deste Sistema.

O que deve se ter em mente, é que não existe um Sistema perfeito, ou


mesmo uma técnica que resolverá tudo. O que há realmente, é um
profissional mais bem treinado que outro, mais bem preparado, mais
detentor de conhecimentos necessários para resolver as milhares de
demandas e saídas que um tratamento ortodôntico necessita.

A intenção deste livro foi mostrar meu ponto de vista em relação a este “Kati
especial” da ortodontia, cujo nome é Sistema Autoligado.

Se eu fosse um grande mestre e você, um jovem discípulo me pedindo para


ensinar os segredos do Autoligado, usaria as mesmas palavras da história que
acabei de contar: “Claro, mas primeiro aprenda bem a ortodontia”, pois não
conhecer os princípios da ortodontia pode ser o maior motivo por que o
tratamento com Autoligado que está fazendo em seus pacientes não está
funcionando como deveria.

Mas espere... não precisa acabar aqui! Quero convidar você a fazer uma nova
viagem do conhecimento. Se chegou até aqui, parabéns! Você realmente é
comprometido com seus resultados. Agora que tem em mãos este guia, fique
de olho no seu email, pois já faz parte de um grupo seleto de profissionais e

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receberá, muito em breve, um convite para participar de um Webnário sobre


Análise Funcional. Para isso, entre agora no Link: Quero Participar Dos
Webinários 21 Gratuitos e deixe seu email. Assim poderemos convidar você
para se aprofundar neste estudo e aperfeiçoar cada vez mais sua ortodontia.
Aproveite que é grátis para todos os leitores deste ebook. Um grande abraço.
Nos vemos em breve...

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