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A cascata salta de
978 m de altura a partir do topo plano de uma mesa composta por arenitos de 1,7 bilhão
de anos.' [Michael K. Nichols/National Geographic/Getly Images]
"J.Ô~'fíLíxos e os reservatórios 314 s geólogos especializados na éiênçia·da hidrolo-
.c;'7(
gia estudalll osfluxos eascaracteflsticas da água
",A"hidtologia e o clima 316
S'ii .. tanto na superfície comomL§Jibsliperffcie.A água
é essencial para muitosprocessosgeológicQs. Os rios e o
A hidrolb~i~' do escoamento superficial gelei glacial são os principais ag~ntes de erosão, ajudando
k. . 318
'\',.:.:;
a esculpir a paisagem doscontinentes. A água é essencial,
Aâgua subterrânea 320 também, ao intemperisnio,éoIllo solvente dos minerais
das rochas e do solo Ou como um agente de transporté que
Osrecursos hídricosdt>s principais carrega para longe materiais dissolvidos .e alterados. A
aqüífe~os 328 água que se infiltra nos mát~Jiaissuperficiais forma imen-
sos reservatórios subterrâneos; ela também tem o papel de
A erosâo pela água subterrânea 328
lubrificar os materiais envolvidos em escorregamentos e
A qualidaâe da água 330 outros movimentos de massa. Além disso, a água quente
que circula em corpos ígneos ou nas dorsais mesoceânicas
A água nas profundezas da crosta 333
produz depósitos de minério hidrotermal.
A água é vital para toda a vida do planeta. Os huma-
nos não podem sobreviver mais do que poucos dias sem
ela e, mesmo nos desertos mais secos, as plantas e os animais precisam de um pou-
co desse líquido. Imensas quantidades de água são utilizadas na indústria, na agri-
cultura e em sistemas de abastecimento das cidades. Nos Estados Unidos, um dos
maiores usuários de água no mundo, tem havido um aumento constante do con uma
desse bem desde o século XIX. Num intervalo de apenas 35 anos, entre 1950 e 1985,
o uso da água aproximadamente triplicou, indo de 129 bilhões para cerca_de 3' 1 bi-
lhões de litros por dia. Em 1990, apenas cinco anos depois, esse número quase qua-
druplicou, indo para 1,283 trilhão de litros por dia. Apenas parte do aumento deve-
se ao crescimento populacional. Nesse país, o consumo de água, quando r alcula-
do com base na quantidade consumida por pessoa, na verdade caiu cerca de _0% de
1980 a 1995. Os países desenvolvidos começaram a enfatizar a nece idade de um
uso mais eficiente deste recurso finito que é a água.
A hidrogeologia está se tornando importante para todos nós à medida que há um
aumento da demanda de um estoque de água limitado. Para proteger es es estoques
e, ao mesmo tempo, atendermos nossas necessidades, devemos saber não só onde
encontrar mais água, mas também como seus estoques se rena "amoCom esse conhe-
.~
31 4 Para Entender a Terra
imento, poderemos usar e dispor da água de modo a não os vários reservatórios. Se cobrirmos com esse volume o te~
omprometer o abastecimento futuro. tório dos Estados Unidos, todos os 50 estados ficariam SUbIll~-
Este capítulo fará um levantamento da água contida na sos numa lâmina de água com cerca de 145 quilômetros de p. -
Terra. fundidade. Esse volume é constante, embora o fluxo de um :=-
servatório para o outro possa variar diariamente, ano a ano
até, em períodos de séculos. Durante esses intervalos de terrç
geologicamente CUltos,não há nenhum ganho ou perda de ág
uxos e os reservatórios para fora ou para o interior da Terra, nem qualquer perda
água da atmosfera para o espaço exterior.
Podemos ver a água fluindo nos rios superficiais, e também ob-
servá-Ia em lagos e oceanos. Mas é mais difícil observar as
imensas quantidades de água armazenadas na atmosfera e no
o ciclo hidrológico:
subsolo e os mecanismos pelos quais ela flui para esses locais um componente do sistema Terra
de armazenamento e depois sai deles. Quando a água evapora, A água na superfície terrestre e abaixo dela circula entre o ~-
ela desaparece na atmosfera como vapor. Quando a água da versos reservatórios: dos oceanos, da atmosfera e dos contin~·
chuva infiltra-se no subsolo, toma-se subterrânea - a massa de teso O movimento cíclico da água - do oceano para a atmos:::-
água armazenada sob a superfície terrestre. ra pela evaporação, de volta para a superfície por meio da ~
Cada lugar onde a água é armazenada constitui um reser- va e, então, para os rios e aqüíferos por meio do escoamento
vatório. Os principais reservatórios naturais da Terra são os perficial, retomando aos oceanos - é o ciclo hidrológico. A
oceanos, as geleiras e o gelo polar, os aqüíferos, os lagos e os gora 13.2 é uma ilustração simplificada da incessante circ
rios, a atmosfera e a biosfera. A Figura 13.1 mostra a distri- ção da água e das quantidades movimentadas. O ciclo hidm
buição da água nesses reservatórios. Os oceanos são, de lon- gico é um componente do sistema Terra e, assim, interage
ge, os maiores repositórios de água do planeta. Embora a os componentes da atmosfera, do oceano e da paisagem.
quantidade total de água nos rios e lagos seja relativamente uma abordagem pormenorizada, ver Capítulo 23.)
pequena, esses reservatórios são importantes para a população Dentro dos limites de temperatura encontrados na supe;::;
humana porque contêm água doce. A quantidade de água no cie terrestre, a água muda entre os três estados da matéria:
subsolo é cem vezes maior que aquela dos rios e lagos, mas a quido (água), gasoso (vapor d'água) e sólido (gelo). E
maior parte dela não é utilizável porque contém grandes quan- transformações impulsionam parte dos principais fluxos de
tidades de material dissolvido. reservatório para outro no ciclo hidrológico. O mecanismc
Os reservatórios ganham água pelos influxos, como o plu- calor externo da Terra, movido pelo Sol, controla o ciclo me:-
vial e o fluvial, e a perdem pelos defluxos, como a evaporação lógico, principalmente pela evaporação da água do ocean~
e o defluxo fluvial. Se o influxo é igual ao defluxo, o tamanho transportando-a como vapor d'água na atmosfera. Sob ce~
do reservatório permanece constante, mesmo quando a água es- condições de temperatura e umidade, o vapor d' água conde
tá continuamente entrando e saindo. Esses fluxos implicam a se em minúsculas gotas que formam as nuvens e, então, pre
permanência, no reservatório, de uma dada quantidade de água pita-se como chuva ou neve sobre os oceanos e continen:=
durante um certo tempo médio, chamado de tempo de residên- Parte da água que se precipita nos continentes encharca o
cia. Abordaremos os reservatórios e os tempos de residência solo pela infiltração, o processo pelo qual a água penetra na
mais profundamente no Capítulo 24. cha ou no solo pelos espaços das juntas ou dos pequenos
entre as partículas. Parte dessa água do subsolo evapora am :::
do solo superficial. Outra parte é absorvida pelas raÍze 2-
Qual a quantidade plantas, transportada para as folhas e retomada à atmosfera -;
de água existente na Terra? meio da transpiração - a liberação de vapor d'água pelas p1
A quantidade total de água disponível no mundo é imensa - tas. Outra parte da água subterrânea pode, ainda, retomar à __
cerca de 1,46 bilhão de quilômetros cúbicos distribuídos entre perfície pelas nascentes que jorram para os rios e lagos.
13.2 O ciclo hidrológico. A água vai para a atmosfera pela evaporação dos oceanos e continentes e deixa-a pela precipitação
chuva e neve. A água perdida pela evaporação dos oceanos é contrabalançada pela água ganha do escoamento superficial dos
" entes e pela chuva sobre os próprios oceanos. As quantidades do fluxo da água são da ordem de milhares de quilômetros
:os por ano. [Fonte: Berner, E. K., and Berner, R. A. Global Environment. Upper Saddle River, N. j.: Prentice Hall, 1996, p. 3]
.• água da chuva que não se infiltra no solo escoa superfi- observar na Figura 13.2, a quantidade de água que evapora dos
-ente, sendo gradualmente coletada pelos rios e lagos. A oceanos é superior à que se precipita neles como chuva. Essa
"dade total de água da chuva que flui sobre a superfície, perda é compensada pela água que retoma como escoamento
. do a fração que pode temporariamente infiltrar-se nas superficial dos continentes. Assim, o tamanho de cada reserv~
- ções próximas à superfície e em seguida retomar para tório permanece constante.
~ chamada de escoamento superficial.2 Parte do escoa-
superficial pode, posteriormente, infiltrar-se no solo ou
Quanta água está disponível
'"7 rar dos rios e lagos, mas a maior quantidade move-se
_ os oceanos. para o uso?
.-~neve pode ser convertida em gelo nas geleiras, o qual re- À medida que a ameaça da escassez de água se avulta, o uso
'" aos oceanos como água pelo degelo e pelo escoamento da mesma entra para a arena do debate das políticas públicas
-eUicial e para a atmosfera pela sublimação, a transformação (ver Figura 13.1). O ciclo hidrológico global é o que definiti-
sólido (gelo) diretamente em gás (vapor d'água). A vamente controla a oferta de água. Quase toda a água que uti-
parte da água que evapora dos oceanos retoma para eles lizamos é doce. A dessalinização (remoção do sal) da água do
chuva e neve, comumente referidas juntas como precipi- mar produz um pequeno mas constante aumento da quantida-
- ,3 O restante precipita-se sobre os continentes e, então, ou de de água doce em áreas como o árido Oriente Médio.4 o
--::o()ra ou retoma para os oceanos. mundo natural, entretanto, a água doce é fomecida somente
_.:.,Figura 13.2 mostra o balanço do fluxo total entre os re- pela chuva, pelos rios e lagos e, em parte, pelas águas subter-
órios no ciclo hidrológico. A superfície continental, por râneas e pelo degelo das neves ou geleiras continentais. Todas
10, ganha água pela precipitação e perde a mesma quan- essas águas provêm originariamente da precipitação. Portan-
-~ pela evaporação e pelo escoamento superficial. O ocea- to, a quantidade máxima de água doce natural que podemos
?Jlba água pelo escoamento superficial e pela precipitação pensar em usar é aquela constantemente fomecida aos conti-
e a mesma quantidade pela evaporação. Como você pode nentes pela precipitação.
31 61 Para Entender a Terra
)., )
Onde quer que se viva, o clima e a geologia da região -
.4drologia e o clima fluenciam fortemente a quantidade de água que circula de
reservatório para outro. Os geólogos estão especialmente ÍG::
Em muitos aspectos práticos, a hidrologia local (que é a quanti- ressados em saber como as mudanças na precipitação e na e-~
dade de água existente numa região e a forma como ela flui de poração afetam o abastecimento de água devido à alteração
um reservatório para outro) é mais importante que a hidrologia quantidade infiltrada e escoada superficialmente, o que, por '"":....
global. O fator que exerce a mais forte influência na hidrologia vez, determina os níveis da água subterrânea. Se o nível do IG.....
local é o clima, que inclui a temperatura e a precipitação. Em re- subir como resultado de um aquecimento global, a água sub~
giões quentes, onde as chuvas são freqüentes durante todo o ano, rânea nas terras baixas das regiões costeiras poderá tornar-
o estoque de água superficial e subterrânea é abundante. Em re- salgada, à medida que a água do mar for invadindo os aqüÍD _
giões áridas ou semi-áridas quentes, raramente chove, e a água é que eram inicialmente de água doce.
um recurso inestimável. As pessoas que vivem em climas frios
contam com a água do degelo da neve e das geleiras. Em algu-
mas partes do mundo, estações de chuvas intensas, chamadas Umidade, chuva e paisagem
monções, alternam-se com longas estações secas, nas quais a Muitas diferenças no clima estão relacionadas com a tempG_
oferta de água cai, os solos secam e a vegetação murcha. tura do ar e com a quantidade de vapor d'água que ele conté;:;:
CAPíTULO 13 • O Ciclo Hidrológico e a Água Subterrânea 131 7
'dade relativa é a quantidade de vapor d'água no ar, ex- va. Há uma zona de sombra pluvial no lado leste das Montanhas
>a como uma percentagem da quantidade total de água que Cascade, em Oregon (EUA). A maior parte do vento que sopra
-:;x:>deriasuportar numa dada temperatura, se estivesse satu- do Oceano Pacífico choca-se com a vertente oeste das monta-
_Quando a umidade relativa do ar é de 50% e a temperatu- nhas, causando pesadas chuvas.5 A vertente leste, no outro lado
= ~ "OC,por exemplo, a quantidade de umidade no ar é a me- da cordilheira, na zona de sombra pluvial, é seca e árida.
= da quantidade máxima que o ar poderia carregar a 15°C. Diferentemente dos climas tropicais, os climas polares ten-
-' ar quente pode carregar muito mais vapor d' água do que dem a ser muito secos. Os oceanos polares e o ar sobre eles são
~o. Quando o ar quente não-saturado, com uma determi- frios, de modo que a evaporação da superfície marinha é mini-
- . umidade relativa esfria o suficiente, ele se torna supersa- mizada e o ar pode carregar pouca umidade. Entre os extremos
..; e parte do vapor se condensa como gotas d'água. As go- tropical e polar estão os climas temperados, onde as chuvas e as
::= água condensada formam as nuvens. Podemos observar temperaturas são moderadas.
·-ens porque elas são constituídas de gotas de água visí-
_enquanto o vapor d'água é invisível. Quando se condensa As secas
- ~ente umidade nas nuvens, as gotas aumentam e podem fi-
~sadas demais. Então, caem como chuva, por não conse- As secas - períodos de meses ou anos em que a precipitação é
-=ill permanecer suspensas nas correntes de ar. muito mais baixa que o normal - podem ocorrer em todos os
_-:.maioria das chuvas precipita-se em regiões úmidas e climas. As regiões áridas são especialmente vulneráveis pela
- s próximas ao equador, onde o ar e as águas superficiais diminuição do seu estoque de água durante as secas prolonga-
xeanos são quentes. Sob essas condições, uma grande por- das. Como a reposição da água a partir da precipitação não
ia água do oceano evapora, resultando numa umidade alta. ocorre, os rios podem diminuir e secar, os reservatórios podem
-!:1do a água carregada pelos ventos a partir dessas regiões evaporar e o solo pode ressecar e fender-se enquanto a vegeta-
.:::!.;:ricas
ascende próxima aos continentes, o ar esfria e torna- ção morre. À medida que a população cresce, a demanda por
"'- rsaturado. O resultado é uma chuva pesada sobre o con- reservatórios também aumenta, e a ocorrência de seca pode re-
- , mesmo a grandes distâncias da costa. duzir o já precário abastecimento de água.
.:,.paisagem pode alterar os padrões de precipitação. Por Há poucas décadas, secas extremamente severas afetaram
.:;::uplo,as cordilheiras de montanhas formam uma zona de regiões próximas ao bordo sul do deserto do Saara, onde deze-
ra pluvial, que consiste em uma área de baixa precipita- nas de milhares de vidas foram perdidas pelo flagelo da fome.
encostas de sotavento (declive no sentido do vento). O Essa longa seca fez com que o deserto se expandisse e efetiva-
~egado de umidade que ascende nas altas montanhas res- mente destruiu fazendas e pastagens da região.
- ,-se e a chuva precipita-se na encosta frontal ao vento. Com Outra seca prolongada, mas menos trágica, afetou grande
o ar perde grande parte da sua umidade antes de alcançar a parte da Califórnia de 1987 até fevereiro de 1993, quando ocor- J
SUl de sotavento (Figura 13.3). O ar aquece-se novamente reram chuvas torrenciais. Durante esse período, os níveis da
- o desce até as elevações inferiores do outro lado da cordi- água subterrânea e dos reservatórios caíram para os menores
de montanhas. A umidade relativa declina porque o ar valores em 15 anos. Algumas medidas de controle foram insti-
;..e::;.e pode suportar mais umidade antes de ficar saturado. ls- tuídas, mas um movimento para diminuir o uso extensivo dos
;ur sua vez, diminui a umidade do ar disponível para a chu- estoques de água em irrigação encontrou fortes resistências po-
::s ventos predominantes Quando o ar úmido encontra o resultado é um chuva Quando a massa de ar passa sobre as
-:=.nsportam o ar quente as encostas das montanhas, na encosta frontal ao montanhas, o ar frio - agora com a
-bre os oceanos, onde ele ele ascende, esfria e condensa-se, vento. umidade reduzida - mergulha e se
::= ha umidade na forma de precipitando chuva ou neve. aquece. Sua umidade relativa diminui ...
'=;l0r d'água.
13.3 Zonas de sombra pluvial são áreas de baixa precipitação nas encostas de sotavento (declive no sentido vento) de uma
::;meira de montanhas.
31 8 Para Entender a Terra
,0
Havaí
(a precipitação varia
-- ----
de 40 a 1.000 em)
<5 5 12 20 30 40 50 60 70 >100
Precipitação (em)
O 2.5
Escoamento
---
5 50
superficial
100
(em)
>100
Figura 13.4 (a) Precipitação média anual nos Estados Unidos. [Dados do Departamento de Comércio dos
Estados Unidos, Ciímatíc Atlas af the Uníted States, 1968] (b) Escoamento superficial médio anual nos
Estados Unidos. [Dados do U. S. Geological Survey, Professíanal Paper 1240-A, 1979]
\,!
líticas dos fazendeiros e da agroindústria (ver Reportagem em
destaque 13.1).
edrologia do escoamento
O Meio-Oeste dos Estados Unidos e parte do Canadá ex- perficial
perimentaram uma forte seca, mas de curta duração, em 1988,
quando o estoque de água superficial diminuiu e o Rio Mis- Um exemplo impressionante de como a precipitação afeta o =
sissipi esteve com seus níveis muito baixos e fechado para o coamento dos rios pode ser observado quando as previsões -
tráfego hidroviário. Em 1989, a precipitação na região voltou máticas anunciam inundações rápidas depois de chuvas to~
ao normal. ciais. Quando os níveis de precipitação e escoamento supe:::::
CAPíTULO 13 • O Ciclo Hidrológico e a Água Subterrânea 131 9
são medidos numa vasta área (tal como toda a região dre-
por um grande rio) e durante um longo período de tempo
Q'uadro 13.1 Vazão de alguns dos maiores rios
- ano, digamos), a conexão é menos evidente, mas ainda
~mada. Os mapas de precipitação e escoamento superficial,
175.000
17.500
Vazão
79.300
21.800
39.600
18.700
19.800
(m3/s)
_ ados na Figura 13.4, ilustram essa relação. Quando com-
Rio
os, observamos Mississipi,
que emÁfrica
Ganges,
Congo,
Yangtze, áreas
La Plata,6
Ásia
Brahmaputra,
Ásia de baixa
América
Ásia precipitação - co-
Sul
do Norte
Amazonas,
;]0 Sul da Califórnia, América
no Arizona e nodoNovo
Sul México - so-
--Ie uma pequena fração da água da chuva acaba como es-
ento superficial. Em regiões secas, boa parte da precipita-
é perdida pela evaporação e infiltração. Em áreas úmidas,
~ no Sudeste dos Estados Unidos, uma proporção muito
r da precipitação escoa superficialmente para os rios. Um
~ e rio pode carregar uma enorme quantidade de água de
área chuvosa para uma com pouca precipitação. O rio Co-
o, por exemplo, nasce numa área de chuva moderada no
rado e, então, carrega sua água através de áreas áridas do
__~ do Arizona e do Sul da Califórnia.
J principais rios transportam grande parte do escoamento
::erficial do mundo. Os milhões de pequenos e médios rios
->portam cerca de metade do escoamento total do planeta, e
de 70 grandes rios carregam a outra metade. Desta última O escoamento superficial é coletado e armazenado em la-
-~ (ou seja, quase um quarto do total), o rio Amazonas, na gos naturais e em reservatórios artificiais criados pelo represa-
-~ca do Sul, carrega quase a metade. O Amazonas trans- mento dos rios. As terras úmidas, como pântanos e banhados,
~ cerca de 10 vezes mais água que o Mississipi, que é o também atuam como depósitos de armazenagem do escoamen-
r rio da América do Norte (Quadro 13.1). to superficial (Figura 13.5). Se esses reservatórios são sufi-
13.5 Como num lago natural ou num reservatório artificial de uma barragem, uma terra úmida (como um pântano ou
--:ado) armazena água durante o período de rápido escoamento para lançá-Ia lentamente durante os períodos de escoamento baixo.
320 I Para Entender a Terra
cientemente grandes, eles podem absorver influxos de curta du- poucos. Porém, grandes quantidades de espaços poroso:
ração das principais chuvas, retendo parte da água que, de ou- mais freqüentes em arenitos e calcários. Podemos lembm:.
tro modo, extravasaria das margens dos rios. Durante as esta- Capítulo 8, que a quantidade de espaço poroso nas rochas.
ções menos úmidas ou secas prolongadas, os reservatórios lan- solos ou em sedimentos é a poros idade - a percentagem di:!
çam água para os rios ou para os sistemas de água construídos lume total que é ocupada pelos poros. A porosidade depen .~
para o uso humano. Esses reservatórios suavizam os efeitos das tamanho e da forma dos grãos e de como eles estão con'
variações sazonais ou anuais do escoamento superficial e regu- mente empacotados. Quanto mais aberto o empacotamemc
larizam a vazão da água rio abaixo, ajudando a controlar as partículas, maior o espaço dos poros entre os grãos. Em m
inundações. Por essa razão, alguns geólogos lutam para deter a arenitos, a porosidade é tão alta que chega a 30% (fig
drenagem artificial das terras úmidas causada pela ocupação 13.7). Os minerais que cimentam os grãos reduzem a poros
imobiliária. A destruição das terras úmidas também ameaça a de. Quanto menores as partículas e mais variadas as suas .=
diversidade biológica, pois nesses lugares ocorre a procriação mas, mais firmemente elas se ajustam. A porosidade é mais
de muitas espécies de pássaros e invertebrados.7 ta em sedimentos e rochas sedimentares (l 0-40%) do que
O desaparecimento das terras úmidas está ocorrendo rapi- rochas ígneas e metamórficas (até 1-2%). O espaço poro
damente, como conseqüência da ocupação do solo. Nos Esta-
dos Unidos, mais da metade das tenas úmidas originais desapa-
receu. Na Califórnia e em Ohio restaram apenas 10% das tenas
úmidas originais. O movimento de proteção das terras úmidas
gerou acalorado debate. A definição legal de terra úmida vem
sendo debatida há anos e tomou-se motivo de um acinado con-
fronto político. Em 1995, os estudos científicos da questão fei-
tos pela Academia Nacional de Ciências foram atacados como
sendo "políticos" pelos oponentes à regulamentação. Certos
políticos, que se contrapõem à regulamentação dos projetos de
proteção dessas terras, pediram para que a extensão das tenas
úmidas federais reguladas fosse reduzida em 50%.
.. ua subterrânea
MAIS POROSO <: VS. :> MENOS POROSO raso A maior poros idade - mais de 40% do volume - é encon-
·-nito não-cimentado Arenito cimentado trada em solos e camadas de areia e cascalho soltos.
Embora a porosidade nos diga quanta água uma rocha pode
[Grão de areia ~ '\
reter se todos os seus poros estiverem preenchidos, ela não nos
fornece nenhuma informação sobre a rapidez com que a água
pode fluir através desses poros. A água desloca-se no material
poroso com uma trajetória sinuosa entre os grãos e através das
fissuras. Quanto menores os espaços porosos e mais tortuo o o
caminho, mais lentamente a água o percorre. A permeabilida-
Arenito mal selecionado de é a capacidade que um sólido tem de deixar que um fluido
7 atravesse seus poros. Geralmente, a permeabilidade aumenta
com o aumento da porosidade. A perrneabilidade também de-
pende da forma dos poros, do quão bem conectados estão e do
quão tortuoso é o caminho que a água deve percorrer para pas-
sar através do material.
Tanto a porosidade como a permeabilidade são fatores im-
portantes quando se está procurando um reservatório de água
Folhelho não-fraturado
subterrânea. Em geral, um bom reservatório de água subterrâ-
nea é um corpo de rocha, sedimento ou solo com alta porosida-
de (de modo que possa reter grande quantidade de água) e alta
permeabilidade (de sorte que a água possa ser bombeada dele
mais facilmente). Uma rocha com alta porosidade, mas baixa
permeabilidade, pode conter uma boa quantidade de água, mas
como esta flui muito lentamente, toma-se difícil bombeá-Ia da
"; a Pequena quan- Grãos Argila rocha. O Quadro 13.2 resume a porosidade e a perrneabilidade
-:::>ermeável tidade de espa- de silte Quantidade muito peque- de vários tipos de rocha.
ço poroso nas na de espaço poroso entre
fissuras
grãos de argila e silte
A superfície freática
=::ra 13.7 Os poros das rochas são, em geral, parcial ou Quanto maior a profundidade alcançada pelos poços perfura-
-::-amentepreenchidos com água. (Os poros de arenitos e dos no solo e na rocha, mais úmidas as amostras trazidas para
.:irias portadores de petróleo ou gás são preenchidos com a superfície. Em profundidades pequenas, o material não é sa-
-= fluidos.) turado - parte dos poros contém ar e não é completamente
preenchida com água. Esse intervalo é chamado de zona não-
saturada (freqüentemente denominada também de zona va-
dosa). Abaixo dela está a zona saturada, o intervalo no qual
, .os varia, dependendo de quantos poros foram criados por os poros do solo ou da rocha estão completamente preenchi-
lução pela água subterrânea ou durante o intemperismo. dos com água. As zonas saturada e não-saturada podem estar
.;naioria dos folhelhos fraturados, a porosidade é bem menor em material inconsolidado ou no substrato rochoso (Figura
: 10%. As rochas fraturadas podem conter apreciável espaço 13.8). O limite entre essas duas zonas é a superfície freáti-
w -o - na ordem de 10% do volume - em suas diversas fissu-
ca,8 geralmente chamada apenas de "nível d'água" (abrevi-
A Zona não-saturada
D Durante os períodos
úmidos, a superfície
freática sobe.
fi em
A água de um poço artesiano flui espontaneamente
resposta a uma diferença natural na pressão entre
a altura do nível freático na área de recarga e do
fundo do poço.
Figura 13.10 Um aqüífero passa a ser confinado quando está situado entre dois aqüicludes (camadas de baixa permeabilidade).
mesmo tempo, acima do nível freático de um aqüífero profun- mida da superfície freática. Se o cone de depressão rebaixar ~
do (Figura 13.11). O nível freático do aqüífero raso é chamado ra além do fundo do poço, então o poço ficará seco. eon -
de nível freático suspenso, pois se situa acima do nível freáti- se o fundo do poço estiver acima da base do aqüífero, pode- -
co principal do aqüífero inferior. Muitos lençóis freáticos sus- perfurar mais e aumentar a sua profundidade dentro do aq" '.
pensos são pequenos, com somente alguns metros de espessura ro, o que poderá permitir que mais água seja extraída, me~
e numa área restrita, mas alguns estendem-se por centenas de com uma taxa de bombeamento alta e contínua. Entretanto.
quilômetros quadrados. a taxa de bombeamento é mantida e a profundidade do POÇ'(" =
aumentada até atingir toda a espessura do aqüífero, o cone
depressão poderá alcançar a base do aqüífero e exauri-lo. _
Balanço de recarga e descarga aqüífero recuperar-se-á somente se a taxa de bombeamento ~
Quando a recarga e a descarga estão equilibradas, o reservatório reduzida o suficiente para que haja tempo de recarga.
de água subterrânea e a superfície freática permanecem constan- A extração excessiva de água não apenas reduz o aqüífe-
tes, mesmo quando a água está continuamente percolando atra- mas também pode causar outros efeitos ambientais inde =:_
vés do aqüífero. Para que a recarga se equilibre com a descarga, veis. Quando a pressão da água no espaço poroso cai, a sup=;
a chuva deve ser freqüente o suficiente para igualar-se à soma do fície do solo sobre o aqüífero pode afundar, criando depr;:-
escoamento para os rios e para as nascentes e poços. sões semelhantes a crateras de abatimento ou dolinas (Fi~
Mas a recarga e a descarga nem sempre serão iguais, pois a 13.13). Quando a água em alguns sedimentos é removida.
chuva varia de estação para estação. Tipicamente, a superfície sedimentos se compactam e a perda de volume é manifesra:...
freática desce em estações secas e sobe durante períodos úmi- pelo abatimento da superfície. A subsidência causada por -
dos. Uma diminuição na recarga, tal como em secas prolonga- cesso de bombeamento ocorreu na cidade do México e em =
das, será seguida por um intervalo longo de desequillbrio e um neza, na Itália, bem como em muitas outras regiões em _
nível freático baixo. essa prática é intensa, como no Vale de San Joaquin, na CL-
Um aumento na descarga, geralmente a partir do aumento fórnia (EUA). Nesses lugares, a taxa de subsidência da su
do bombeamento no poço, pode produzir o mesmo desequilí- fície atingiu quase 1 m a cada três anos. Embora alguns exp:
brio. Poços rasos podem terminar secando, tornando-se uma rimentos tenham tentado reverter a subsidência pela injeçi
zona não-saturada. Quando o bombeamento de água de um po- de água no sistema de água subterrânea, eles não tiveram ~
ço é mais rápido que a sua recarga, o nível d'água do aqüífero é to sucesso. Isso se deu porque a maior parte do material c --
rebaixado sob a forma de um cone que se localiza numa área no pactado não se expandiu facilmente para seu estado anteG
entorno do poço, chamada de cone de depressão (Figura A melhor medida para interromper a subsidência é a restri,:
13.12). O nível d'água no poço é rebaixado até a posição depri- do bombeamento.
CAPíTULO 13 • O Ciclo Hidrológico e a Água Subterrânea 1325
: ra 13.11 Um nível freático suspenso forma-se em situações geologicamente complexas - no caso aqui ilustrado,
'"' xorre no aqüiclude de folhelho situado acima da superfície freática principal do aqüífero de arenito. A dinâmica de
=-= a e descarga do nível freático suspenso pode ser diferente daquela do nível principal. Neste exemplo, o nível
=-::ico principal pode ser recarregado somente em sua região aflorante na encosta inferior.
--~I
nível do mar percorrida pelo fluxo (o
de água........ h
gradiente hidráulico, ~ e por
/A(K x T~ K, uma constante
I Secção transversal Distância percorrida pelo fluxo proporcional à
do fluxo
permeabilidade do aqüífero.
Permeabilidade O símbolo A representa a
(condutividade área da secção transversal
hidráulica) onde se dá o fluxo da água.
328 Para Entender a Terra
As velocidades calculadas pela lei de Darcy foram confir- longe poderia preenchê-los, de modo que as reservas estão -
madas experimentalmente ao medir-se quanto tempo um pig- do reduzidas (ver Figura 13.2).
mento não-prejudicial introduzido num poço levou para alcan- Os esforços para reduzir a descarga excessiva têm sido
çar um outro. Na maioria dos aqüíferos, a água subterrânea mo- plementados pela tentativa de aumentar artificialmente a
ve-se numa taxa de poucos centímetros por dia. Em camadas de ga dos aqüíferos de algumas áreas. Em Long Island, em _-
cascalho muito permeáveis próximas à superfície, a água sub- York (EUA), por exemplo, o órgão de abastecimento de '.:
terrânea pode percorrer até 15 cm/dia. (Essa velocidade ainda é perfurou um grande sistema de poços de recarga para i.n~~
muito baixa quando comparada com a dos rios, cujo fluxo tem água da superfície no aqüífero. Esses poços bombearam _
uma velocidade típica de 20 a 50 cm/s.) usada para o solo, tendo sido previamente tratada e purifi ,;;
O órgão de abastecimento de água também construiu c--
des bacias rasas sobre as áreas de recarga natural para a
tar a infiltração das águas superficiais, pela coleta e des"i
z
'ecursos hídricos escoamento superficial, incluindo a drenagem pluvial e á§
utilizadas pela indústria. Os funcionários públicos respon -
OS principais aqüíferos pelo programa sabiam que o desenvolvimento urbano po ~
minuir a recarga ao interferir na infiltração da água superfi~
Grande parte da América do Norte conta com água subterrânea
À medida que a urbanização progride, os materiais impe
para todas as necessidades da população. A demanda por recur- veis utilizados para pavimentar grandes áreas de ruas, cal>
sos de água subterrânea tem crescido com o aumento da popula-
e estacionamentos impedem a infiltração da água no solo. ~
ção e com a expansão dos usos, como para a irrigação (Figura contrapartida, a água do escoamento superficial aumenta e _
13.16). Muitas áreas da região das Planícies Centrais e outras do
minuição da infiltração natural para o solo pode plivar os .
Meio-Oeste situam-se em formações areníticas, a maiOlia das
feros de grande parte de sua recarga. Uma solução é coleL
quais são aqüíferos confinados, como aquele mostrado na Figu-
utilizar o escoamento pluvial num programa sistemático d~-=
ra 13.10. Milhares de poços têm sido perfurados nessas forma-
carga artificial, como foi feito pelo órgão de abastecimentu
ções, na maioria das quais a água é transportada por centenas de
água em Long Island. Os múltiplos esforços das autoridad =
quilômetros, constituindo-se numa grande fonte desse recurso.
abastecimento de água ajudaram a restabelecer o aqüífe
Os aqüíferos são recarregados em suas áreas aflorantes nos pla-
Long Island, embora sem atingir os níveis originais.
naltos do oeste, alguns dos quais muito próximos ao sopé das
Montanhas Rochosas. A partir de lá, a água subterrânea desloca-
se para as altitudes inferiores do leste.
A lei de Darcy nos diz que, num aqüífero, a água flui com ~~ - pe I"a agua su bt erranea
fOSaO A
i
~tados Unidos (ver mapa). A populaçâo da regiâo aumen- I Nebraska "-_
:ou de poucos milhares no final do século XIX para cerca ,- -·_c_ c.
Colorado I ---'-----l...
..1e 1 milhão nos dias atuais. O aqüífero Ogallala continua /
~ ~---
;nento de 30 m ou mais. /
Novo I
A recarga natural do aqüífero Ogallala nas planícies me- México I
I
Texas
:ida. Nas taxas atuais de recarga, se todo o bombeamento - - -_i
:osse interrompido, seriam necessários milhares de anos pa-
CI que a superfície freática recuperasse seu nível original e a
'Jressão dos poços fosse restaurada. Alguns cientistas fize-
Clm tentativas de recarregar o aqüífero artificialmente pela
- jeção de água a partir de lagos rasos que se formam na es-
:ação úmida no planalto. Esses experimentos têm aumenta- Grande parte da região sudoeste situa-se sobre o aqüífero
o a recarga, mas o aqüífero ainda continuará em situação Ogallala, representado no mapa pela área em azul. A principal
e perigo por um longo tempo. região de recarga do aqüífero está localizada ao longo de sua
Estima-se que a água remanescente no Ogallala seja margem oeste. lU. s. Geological Survey]
:uficiente apenas para os primeiros anos do presente sé-
culo. Quando esse inestimável reservatório de água sub- Outros aqüíferos nas planícies setentrionais e outros
:errânea estiver exaurido, cerca de 20,6 mil km2 de área ir- lugares da América do Norte estão numa situação similar.
igada no oeste do Texas e no leste do Novo México es- Em três importantes áreas dos Estados Unidos - no Ari-
:arão secos - comprometendo, com isso, 12% da produ- zona, nos planaltos e na Califórnia - o abastecimento de
ção norte-americana de algodão, milho, sorgo e trigo e água subterrânea está reduzido. À medida que o uso da
ma significativa porção dos campos de engorda dos reba- água aumenta, devemos adotar práticas de conservação
hos de gado do país. sensatas.
~ avernas estarem preenchidas com água, a dissolução subterrânea menos solúvel e cada gota de água que cai deixa
~ em todas as superfícies, incluindo os assoalhos, as pa- precipitada uma pequena quantidade de carbonato de cálcio no
-- e os tetos. teto. Esses depósitos acumulam-se, exatamente como cresce
?odemos explorar as cavernas que uma vez estiveram abai- um pingente de gelo, num espigão estreito e alongado, suspen-
~ uperfície freática mas que, hoje, encontram-se na zona so no teto, chamado de estalactite. Quando parte da água cai
-5aturada devido ao rebaixamento do nível da água subter- no chão da caverna, mais dióxido de carbono escapa e outra pe-
- _ essas cavernas, agora preenchidas pelo ar, a água satu- quena quantidade de carbonato de cálcio fica ali precipitada,
~m carbonato de cálcio pode gotejar no teto. Quando ca- bem embaixo da estalactite. Esses depósitos também se acumu-
=xa de água pinga do teto, parte de seu dióxido de carbono lam, formando uma estalagmite. Eventualmente, uma estalac-
.yido evapora, escapando para a atmosfera da caverna. A tite e uma estalagmite podem crescer juntas e formar uma colu-
_ ação torna o carbonato de cálcio em solução na água na (Figura 13.17).
330 I Para Entender a Terra
Figura 13.17 Teatro Chinês, na Caverna Carlsbad, no Novo Figura 13.18 Uma enorme dolina formou-se pelo colapso c=
México (EUA). As estalactites do teto e as estalagmites do uma caverna subterrânea rasa. Tais colapsos podem ocorrer - =
assoalho uniram-se para formar uma coluna. [David Muench) repentinamente que carros movendo-se numa rodovia podem -=
soterrados. Parque Winter, na Flórida (EUA). [Leif Skoogfors/
Woodfin Camp)
."
- _:.Jra 13.19 Algumas das principais feições do relevo cárstico são as cavernas, as dolinas e os rios que desaparecem.
- 5 de plástico duráveis pode reduzir a contaminação. Até Outros contaminantes químicos Como estamos vendo, as
;;;.smo o ato de deixar a água correr por poucos minutos, para atividades humanas podem contaminar a água subterrânea
~ os canos, pode ajudar. (Figura 13.20). A disposição de sol ventes clorados - como o
tricloroetileno (TCE),17 muito utilizado como solvente em
'duos radioativos Não há uma solução fácil para o proble- processos industriais - traz um terrível problema. Esses sol-
:ti contaminação com resíduos radioativos. Quando o resíduo ventes persistem no meio ambiente porque são difíceis de ser
ootivo é enterrado no subsolo, ele pode ser lixiviado pela removidos das águas contaminadas. Os tanques subterrâneos
-:-_ ubterrânea e encontrar um modo de alcançar aqüíferos que de armazenagem de gasolina podem vazar. 18 O sal espalhado
~ ~ em água. Os tanques e os depósitos subterrâneos de fábri- nas estradas e ruasl9 inevitavelmente infiltra-se no solo até al-
de armas nucleares em Oak Ridge, no Tennessee (EUA), e cançar, por fim, um aqüífero. A água da chuva pode lavar do
Hanford,Washington (EUA), já tiveram vazamento de resí- solo os pesticidas, herbicidas e fertilizantes agrícolas. A par·
= radioativos em águas subterrâneas rasas (ver Figura 22.1). tir do solo, eles percolam até os aqüíferos. Em algumas área
agrícolas onde os fertilizantes de nitrato são intensamente uti-
rganismos na água subterrânea Aprendemos nas últimas
lizados, a água subterrânea pode conter altas quantidades de -
s que, ao contrário de todas as expectativas, as bactérias po- se contaminante. Um estudo recente mostrou que 21 % das
e vivem em enormes profundidades (até vários milhares de
amostras de poços rasos, que forneciam água potável, exce-
_ s) nas águas subterrâneas, constituindo uma imensa biomas-
diam a quantidade máxima de nitrato (10 ppm) permitida no
_~maioria dessas bactérias é sustentada por nutrientes de maté-
Estados Unidos. Esse nível elevado de nitrato traz o perigo da
~ânica soterrada com o sedimento original, mas os geólogos síndrome do "bebê azul" (a inabilidade de manter nívei au·
::obriram, recentemente, uma bactéria que retira energia do hi-
dáveis de oxigênio), que atinge crianças com até sei meses
~nio das rochas. O hidrogênio é gerado pelas reações quími- de idade).
entre a água subterrânea e as rochas, como o basalto. Essas
~"Ões, além de servirem como fonte de energia para as bactérias, Revertendo a contaminação Podemos reverter a contamina-
- uam o processo de intemperismo no subsolo. ção da água potável? A resposta é, enfaticamente, sim, mas o
.-\5 fossas sépticas, amplamente utilizadas em algumas áreas processo apresenta custos elevadíssimos e é muito lento. Quan·
~vidas de redes de coleta de esgoto, são tanques subterrâ- to mais rápida for a recarga de um aqüífero, mais fácil será o
= instalados em profundidades rasas, nos quais os resíduos processo de descontaminação. Se a recarga é rápida, uma vez
..:Cosdo esgoto doméstico são decompostos por bactérias. Pa- que cessam as fontes de contaminação, a água doce move-se
7""'venir a contaminação da água potável, os tanques sépticos para o aqüífero e, num curto período de tempo, a qualidade da
::TIl ser instalados a uma distância adequada dos poços de água é restaurada.2o Mesmo uma rápida recuperação, entretan-
._ de aqüíferos rasos. to, pode levar alguns anos.
3321 Para Entender a Terra
Figura 13.20 As atividades humanas podem contaminar a água subterrânea. Os contaminantes de fontes superficiais, tais como
aterros sanitários, e subsupernciais, como tanques sépticos, entram no aqüífero através do fluxo normal da água subterrânea. Os
contaminantes podem ser introduzidos no abastecimento de água durante o bombeamento de poços. Os poços para disposiçâo dE
resíduos sâo destinados a bombear contaminantes em aqüíferos salinos profundos, mas podem ter vazamentos acidentais nos
aqüíferos de água doce mais superficiais. [Modificado da Agência de Proteçâo Ambiental dos Estados Unidos)
A contaminação de reservatórios com recarga lenta é mais de da água, a partir de estudos médicos. Esses estudos
difícil de ser revertida. A taxa de fluxo da água subterrânea po- centraram-se nos efeitos da ingestão de quantidades m'
de ser tão lenta que a contaminação a partir de uma fonte distan- de água contendo várias quantidades de elementos e comp<_
te pode levar muito tempo para ser identificada. Quando ocorre tos contaminantes. Por exemplo, a Agência de Proteção _--
a identificação, já é muito tarde para uma recuperação rápida. biental dos Estados Unidos21 estabeleceu que a concentr ,-
Mesmo com recargas para limpeza, certos reservatórios conta- máxima permitida de arsênico, um veneno cuja naturez.:.
minados, que são profundos e distam centenas de quilômetros bem conhecida, é de 0,05 ppm.
da área de recarga, podem não responder por muitas décadas. A água subterrânea é quase sempre isenta de partículas :
Quando as fontes de água do abastecimento público estão lidas quando verte para um poço a partir de aqüíferos em
poluídas, podemos bombear a água e, então, tratá-Ia quimica- ou arenitos. Os tortuosos corredores dos poros da rocha Ol! _
mente para torná-Ia potável, mas esse é um procedimento de areia atuam como um filtro fino, removendo pequenas partí _
custo elevado. Alternativamente, podemos tentar tratar a água Ias de argila e de outros sólidos e, mesmo, removendo bacté-
enquanto ela ainda está no subsolo. Num procedimento experi- e vírus de grande tamanho. Os aqüíferos em calcários po ~
mental de sucesso moderado, a água contaminada foi escoada ter poros grandes e, assim, não podem filtrar eficientemente=:
para um grande tanque cheio de raspas de ferro que desconta- água. Qualquer contaminação bacteriana encontrada no f'u::2,
minaram a água pelas reações com os contaminantes. Essas de um poço é, quase sempre, introduzida a partir da superfí~-
reações produziram um novo composto, atóxico, que se fixou seja pelo equipamento de bombeamento, seja pela proxirni
por si mesmo nas raspas de ferro. da disposição subterrânea de esgotos, freqüentemente, quan:..
os tanques sépticos estão nas adjacências da extração da ágc:..
Certas águas subterrâneas, embora saudáveis para be _
Pode-se beber a água subterrânea? têm um sabor desagradáveL Algumas têm um sabor ruim =-
A água que tem um sabor agradável e não causa danos à saúde "ferro" ou são levemente azedas. A água subterrânea, qUan:l
é chamada de água potáveL As quantidades de substâncias dis- passa através do calcário, dissolve os minerais carbonáticos
solvidas na água potável são muito pequenas, geralmente medi- carrega Íons de cálcio, magnésio e bicarbonato, tornandc
das como pesos em partes por milhão (ppm). As águas subter- água "dura". A água dura pode ter um bom sabor, mas não ~
râneas potáveis e de boa qualidade contêm tipicamente algo em pu ma facilmente quando usada com sabão. A água que p -
torno de 150 ppm de sólidos totais dissolvidos. Mesmo a mais através de florestas alagadas ou solos pantanosos pode COL::::
pura água natural contém alguma substância dissolvida deriva- compostos orgânicos dissolvidos e sulfeto de hidrogênio.
da do intemperismo. Somente a água destilada contém menos Como essas diferenças no sabor e na qualidade resultam
de 1 ppm de substâncias dissolvidas. ma água potável saudável? Algumas fontes de água com a
A grande quantidade de casos de contaminação da água lhor qualidade e sabor para o abastecimento público provêm ....::
subterrânea levou ao estabelecimento de padrões de qualida- lagos e reservatórios artificiais de superfície, muitos dos q
CAPíTULO 13 • O Ciclo Hidrológico e a Água Subterrânea 1333
-- illnplesmente locais de coleta da água da chuva. Algumas dissolver até mesmo os minerais muito insolúveis das rochas
_ - subterrâneas têm um sabor no limite da agradabilidade e pelas quais percola.23 Assim, essas águas enriquecem-se em
~ -entemente são águas que passaram através de rochas pou- materiais dissolvidos mais que a dos aqüíferos superficiais,
_teradas. Já os arenitos, por exemplo, são constituídos pre- tomando-se impróprias para o consumo. Por exemplo, as
. antemente por quartzo, que contribui pouco com subs- águas subterrâneas que perco Iam camadas de sal, as quais se
::ias dissolvidas, e, assim, as águas que passam por eles têm dissolvem rapidamente, tendem a conter grandes concentra-
= bor agradável. ções de cloreto de sódio.
Como vimos, a contaminação das águas subterrâneas em Em profundidades maiores que 12 a 15 km, nas zonas pro-
---eros relativamente rasos é um problema e a recuperação é fundas do embasamento de rochas ígneas e metamórficas, que
-::i1. Mas, existem águas subterrâneas mais profundas, que está sotoposto às formações sedimentares situadas na parte su-
-criam ser utilizadas? perior da crosta, a porosidade e a permeabilidade são muito bai-
xas. Os únicos espaços porosos dessas rochas do embasamento
estão distribuídos ao longo de pequenas fissuras e bordas entre
A maior parte da
água encontra-se
na superfície ou
em rochas sedi-
mentares soter-
radas em pouca
profundidade.
A porosidade e a
quantidade de
Embasamento água geralmente
diminuem com o
~
Rochas com porosidade ' aumento da pro-
extremamente baixa; fundidade e da
intensidade da
quantidade
água de
muito baixa ~ ).....J deformação estru-
tural.
'Cl 13.21 Distribuição da água numa secção típica da crosta continental. A maioF-parte da água encontra-se na superfície ou em
ci sedimentares soterradas em profundidades rasas. A poros idade e a quantidade de água geralmente diminuem com o aumento
ndidade e com a deformação estrutural mais intensa.
3341 Para Entender a Terra
:opo e então esfriem. As águas do fundo são aqueci das pelo duzem fluxos artesianos e espontaneamente fluem em poços ar-
to com a rocha quente. Quando elas alcançam o ponto de tesianos. A lei de Darcy descreve a taxa do fluxo da água subter-
';:0, o vapor inicia a ascensão e aquece as águas mais rasas, rânea em relação ao desnível da superfície freática e à permeabi-
-entando a pressão e disparando uma erupção. Depois que a lidade do aqüífero.
--ão é aliviada, o gêiser toma-se inativo, enquanto as fratu-
Quais fatores governam o uso dos recursos de água subterrâ-
~~Dtae irregularmente são preenchidas com água.
nea? Com o crescimento populacional, a demanda por água
~ 1997, geólogos noticiaram os resultados de uma nova
subterrânea aumenta muito, em particular onde a irrigação é in-
'ea para entender os gêiseres. Eles introduziram uma mi-
tensamente usada. Muitos aqüíferos, como aqueles das planícies
a de câmara de vídeo a cerca de 7 m abaixo da superfí-
do Oeste da América do Norte, têm taxas de recarga tão lentas
- ie um gêiser e descobriram que o duto deste era estreitado que o bombeamento continuado verificado no último século re-
_ ele ponto. Mais abaixo, o duto abria-se para uma enorme
duziu a pressão dos poços artesianos. Como a descarga do bom-
a contendo uma turbulenta mistura em ebulição de va-
beamento continua a exceder a recarga, tais aqüíferos estão en-
- água e de algo que pareciam ser bolhas de dióxido de car-
do reduzidos e, por muitos anos, não haverá perspectiva de reno-
. Essas observações diretas confirmaram, de forma im-
vação. A recarga artificial pode ajudar a renovar certos aqüíferos.
-sionante, a teoria previamente formulada de como os gêi-
_- funcionam. mas a conservação é necessária para preservar todos os outro . A
contaminação da água subterrânea por esgotamento doméstico.
JS geólogos têm se voltado para as águas hidrotermais em
efluentes industriais e resíduos radioativos reduz a potabilidade
de fontes de energia limpa. O norte da Califórnia, a Islân- de certas águas e limita nossos recursos.
a Itália e a Nova Zelândia já vêm utilizando o vapor produ-
pela atividade hidrotermal em fontes quentes e gêiseres Que processos geológicos são afetados pela água subterrâ-
_ movimentar turbinas geradoras de eletricidade. As águas nea? A erosão pela água subterrânea em terrenos de calcário
- termais poderão, em breve, ser extensivamente utilizadas úmidos produz o relevo de carste, com cavernas, dolinas e rios
_ produzir energia, como será abordado no Capítulo 22. que desaparecem. O aquecimento das águas meteóricas que per-
~bora as águas hidrotermais sejam importantes para a ge- colam em zonas profundas, causado por corpos magmáticos,
- de energia e depósitos de minérios, elas não contribuem origina a circulação que conduz as águas hidrotermais para a su-
~ o abastecimento de água superficial, principalmente por perfície como gêiseres e fontes quentes. A grandes profundida-
~rem material dissolvido em demasia. des da crosta (até mais de 15 km), as rochas contêm quantidades
extremamente pequenas de água, porque suas porosidades são
significativamente reduzidas. Essa extrema redução da porosi-
dade resulta do imenso peso das rochas sobrejacentes.
UMO
sa rocha, disse que tem aberto poços com muita água. Que arg
I Exercícios tos poderiam ser utilizados para que um convencesse o outro?
Este ícone indica que há uma animação disponível no sítio ele- 9. Qual poderia ser a diferença quantitativa entre o ciclo hi~
trônico que pode ajudá-Io na resposta. lógico atual e o ciclo hidrológico de 19 mil anos atrás, no máxiIDíl_
CONECTARWEB
glaciação, quando uma grande parte dos continentes esteve co
1. Quais são os principais reservatórios de água na superfície terrestre de gelo?
ou próximos a ela?
10. Você está explorando uma caverna e observa um pequeno _
2. Como as montanhas formam sombras de chuva? de água fluindo no assoalho da mesma. De onde a água poderia
vindo?
3. O que é um aqüífero?
4. Qual a diferença entre as zonas saturada e não-saturada de água
subterrânea?
9. Quais são as origens da água em fontes quentes? gislativos. Seu trabalho principal é fazer resenhas, para senadores
deputados, de matérias da imprensa que uma autoridade pública =
10. Cite alguns dos contaminantes mais comuns da água subterrânea. saber para votar informada.
11. Defina nível freático. Você e um colega são assistentes legislativos de um senado:;-
Dakota do Sul. Ele foi procurado pelos eleitores da cidade de Pi~
situada na margem leste do Rio Missouri, que corre para o sul, e __
sante da Barragem Oahe. Os habitantes de Pierre têm sofrido prOC-
Questões para pensar mas sistemáticos com as inundações de inverno. O Corpo de E-_
nheiros do Exército diz que as inundações ocorrem porque o Rio ~
Este ícone indica que há uma animação disponível no sítio ele- que atravessa uma área com grande concentração de fazendas a~
trônico que pode ajudá-Io na resposta. Ias e de pecuária, e que deságua no Rio Missouri, recolhe grande
CONECTARWEB
13 As dolinas, conhecidas também como crateras de abatimento, po- Assim, a água ajuda a derreter mais neve do caminho, até elirrr:::;..
dem variar desde algumas dezenas de centímetros até quase mil me- Ia, diminuindo os riscos de acidentes.
tros de diâmetro e desde algumas dezenas de centímetros até próxi- 20 A visão dos autores apresenta-se otimista, ou mesmo esperan>
mo a cem metros de profundidade. Contudo, a descontaminação de solos e águas subterrâneas é um:..
14 A região de terrenos calcários e dolomíticos dos Alpes Dináricos, grandes desafios técnico-científicos. Muitos contaminantes,
que acompanha a faixa litorânea do Mar Adriático, outrora perten- os hidrocarbonetos, têm desdobramentos pouco conhecidos. H2:
cente à antiga Iugoslávia, faz parte, hoje, da Eslovênia, Croácia e Iu- caso notório, embora ocorrido na superfície: o derrame de 41
goslávia. As designações das feições geomorfológicas desses terre- lhões de litros petróleo pelo navio Exxon Valdez, no Alasca.. _
nos derivam dessa região e, comumente, não têm sido traduzidas em 1989. Passados 14 anos do acidente, a revista Science (deze .
português e, também, em outras línguas, como a palavra "carste", 2003) publicou os resultados do investimento para a desconta.nE;:;;..
forma aportuguesada do vocábulo alemão karst, que, por sua vez, ção (em torno de 2 bilhões de dólares) feito nesse período, des
deriva da denominação local dada à paisagem daquela região. Na li- do que: a) as populações de animais perderam sua fertilidade e --
teratura brasileira mais antiga, eventualmente, encontra-se na forma dão sinais de recuperação; b) os hidrocarbonetos se decompu ~"
"karst", como é grafada em inglês. em novos e mais terríveis contaminantes, sendo essa decompo.: >-
15 O rio que perde sua água na rocha calcária é chamado de "rio sumi- pouco conhecida. Na subsuperfície, os problemas tendem a se
do" e o curso que prossegue sob a superfície é denominado de "rio plexificar ainda mais.
subterrâneo" . 21 Em inglês, Environmental Protection Agency.
16 No Brasil, aproximadamente 7% do território é constituído por rele- 22 A maioria dos calcários que existem no Brasil foi metamorfizad:.:::
vo cárstico, com predomínio de calcário e dolomito, sendo mais sig- portanto, apresenta porosidade e permeabilidade baixas. Os aqi!!:;=
nificativas as seguintes regiões de exposição: a) do Grupo Bambuí ros nessas rochas localizam-se, basicamente, em cavernas subo
(Neoproterozóico), no noroeste de Minas Gerais, leste de Goiás, su- neas ou em zonas fraturadas e, portanto, com tendência a terem
deste do Tocantins e oeste da Bahia; b) do Grupo Una (Neoprotero- alto o risco de contaminação.
zóico), na porção central da Bahia. A caverna mais extensa, com 23 Isso pode ocorrer em aqüíferos de rochas fraturadas, em re~'-
cerca de 80 krn, localiza-se em Campo Formoso (BA). Também com pouca chuva e baixa recarga. As águas permanecem isol -
ocorrem terrenos cársticos nos estados de São Paulo, Paraná, Mato nas fraturas e em contato prolongado com a rocha e o solo, enri _ -
Grosso e Mato Grosso do Sul. Neste estado, situam-se as singulares cendo-se em sais até um ponto em que se tomam impróprias p=
cavernas e paisagens do município de Bonito. consumo humano. É o caso de muitas áreas no Nordeste do Bras:..
17 O TCE, com fórmula química C2HC13, também é usado na lavagem 24 Essa rocha é utilizada em edificações na Itália. Também referi<E-
de roupas a seco. literatura como tufo calcário ou sínter calcário.
18 O tempo útil de um tanque de combustível subterrâneo é de 10 a 15 25 A Câmara de Representantes (House of Representatives) equi_ -
anos. Depois disso, a probabilidade de ocorrer vazamento passa a no sistema parlamentar dos Estados Unidos, à Câmara de Dep
ser muito grande. dos, no Brasil.
19 Prática comum nos países em que há fortes nevadas. O sal entra em
solução na água da neve, aumentando seu ponto de congelamento.