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Transferência de Calor
TRANSFERÊNCIA DE CALOR
Sempre que existir uma diferença de temperatura em um meio ou entre meios diferentes,
haverá, necessariamente, transferência de calor. A transferência de calor é o trânsito de
energia provocado por uma diferença de temperatura, no sentido da temperatura mais alta
para a mais baixa. O ramo da ciência que trata da relação entre calor e outras formas de
energia é a termodinâmica. Seus princípios são baseados em observações e foram
generalizados em leis julgadas verdadeiras para todos os processos que ocorrem na natureza:
1a Lei da Termodinâmica: A energia não pode ser criada ou destruída, mas apenas
transformada de uma forma para outra.
2a Lei da Termodinâmica: É impossível existir um processo cujo único resultado seja a
transferência de calor de uma região de baixa temperatura para outra de temperatura mais alta.
Todos os processos de transferência de calor envolvem a transferência e a conversão de
energia. Dessa forma, eles devem obedecer à primeira e à segunda leis da termodinâmica. A
literatura reconhece três modos distintos de transferência de calor: condução, convecção e
radiação.
Condução
Transferência de calor que ocorre em um meio estacionário, que pode ser um sólido ou um
fluido.
A condução pode ser vista como a transferência de energia de partículas mais energéticas para
partículas de menor energia, devido às interações que ocorrem entre elas. Temperaturas mais
altas estão associadas a energias moleculares mais altas. Quando moléculas vizinhas colidem
entre si, há transferência de energia das moléculas de maior energia para as moléculas de
menor energia. Na presença de um gradiente de temperatura, a transferência de energia por
condução ocorre, portanto, no sentido da diminuição de temperatura. Em sólidos, as
moléculas apresentam menor espaçamento. As interações moleculares são, portanto, mais
fortes e mais freqüentes que nos fluidos. A transferência de calor por condução é, portanto,
maior em materiais sólidos do que em materiais fluidos, em condições semelhantes.
Convecção
Transferência de calor que ocorre entre uma superfície e um fluido em movimento, quando
estiverem em temperaturas diferentes.
A convecção abrange dois mecanismos distintos. Além da transferência de energia devido ao
movimento molecular aleatório (condução), a energia também é transferida através do
movimento global ou macroscópico do fluido (advecção). Este movimento, na presença de
um gradiente de temperatura, contribui para a transferência de calor.
A transferência de calor por convecção pode ser classificada de acordo com a natureza do
escoamento do fluido. Ela é dita convecção forçada (Fig. 1a) quando o escoamento é causado
por meios externos (como um ventilador ou uma bomba) ou quando o escoamento é de ventos
atmosféricos. Na convecção natural ou livre (Fig. 1b), o escoamento dos fluidos é induzido
por forças de empuxo, originadas a partir de variações de densidade causadas por diferenças
de temperatura no fluido. Na prática, podem ocorrer situações nas quais ambas as formas de
convecção ocorrem simultaneamente. Diz-se, neste caso, que há convecção mista.
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Fenômenos de Transporte – 02/2011 Cristiana Brasil Maia
Transferência de Calor
Figura 1 – Transferência de calor por convecção. (a) Convecção forçada. (b) Convecção natural
Radiação
Energia emitida na forma de ondas eletromagnéticas por uma superfície a uma temperatura
não nula.
A radiação térmica é a energia eletromagnética propagada na velocidade da luz, emitida pelos
corpos em virtude de sua temperatura. Os átomos, moléculas ou elétrons são excitados e
retornam espontaneamente para os estados de menor energia. Neste processo, emitem energia
na forma de radiação eletromagnética. Uma vez que a emissão resulta de variações nos
estados eletrônico, rotacional e vibracional dos átomos e moléculas, a radiação emitida é
usualmente distribuída sobre uma faixa de comprimentos de onda. Estas faixas e os
comprimentos de onda representando os limites aproximados são mostrados na Fig. 2.
O processo de transferência de calor por radiação ocorre de um corpo a alta temperatura para
um corpo a baixa temperatura, quando estes corpos estão separados no espaço, ainda que
exista vácuo entre eles.
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Transferência de Calor
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Fenômenos de Transporte – 02/2011 Cristiana Brasil Maia
Transferência de Calor
são minimizadas. As superfícies das paredes são revestidas por materiais aluminizados (baixa
emissividade), fazendo com que elas se tornem espelhadas, provocando a reflexão da radiação para o
interior do recipiente, evitando a transmissão de calor para o exterior. A tampa que fecha a garrafa
geralmente é oca e feita de borracha ou plástico (materiais isolantes), minimizando a perda de calor
para o exterior.
EQUAÇÕES DE TAXA
Todos os processos de transferência de calor podem ser quantificados através da equação de
taxa apropriada. A equação de taxa pode ser usada para se calcular a quantidade de energia
transferida por unidade de tempo.
A taxa de energia é denotada por q, e tem unidade de W (Watt) no SI. Outra maneira de se
quantificar a transferência de energia é através do fluxo de calor, q " , que é a taxa de energia
por unidade de área (perpendicular à direção da troca de calor). No SI, a unidade do fluxo é
W/m2.
Condução
Lei de Fourier
dT
q "cond k
dx
onde q "cond : Fluxo de calor por condução na direção x (W/m2)
k: Condutividade térmica do material da parede (W/mK)
dT
: Gradiente de temperatura na direção do fluxo de calor
dx
A taxa de calor pode ser obtida multiplicando-se o fluxo de calor pela área perpendicular à
direção da transferência de calor,
dT
q cond kA
dx
O sinal negativo aparece porque o calor está sendo transferido na direção da temperatura
decrescente. A Lei de Fourier se aplica a todos os estados da matéria (sólidos, líquidos e
gases), desde que estejam em repouso.
Convecção
Lei de Resfriamento de Newton
131
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q conv q "convA ou
Radiação
Lei de Stefan-Boltzmann
A radiação com comprimento de onda de aproximadamente 0,2m a 1000m é chamada
radiação térmica e é emitida por todas as substâncias em virtude de sua temperatura. A
máxima energia térmica emitida por uma superfície é
q"max Ts4
onde q”max: Energia emitida por unidade de área da superfície (W/m2)
: Constante de Stefan-Boltzmann (5,67x10-8 W/m2K4)
Ts: Temperatura absoluta da superfície (K)
Se a energia emitida for uniforme ao longo da superfície, a taxa máxima de calor emitida pode
ser dada por:
q max Ts4 A
onde A: área da superfície
Uma superfície capaz de emitir esta quantidade de energia é chamada um radiador ideal ou
um corpo negro. Um corpo negro pode ser definido também como um perfeito absorvedor de
radiação. Toda a radiação incidente sobre um corpo negro (independentemente do
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Transferência de Calor
comprimento de onda ou da direção) será absorvida. Embora um corpo negro não exista na
natureza, alguns materiais se aproximam de um. Por exemplo, uma camada fina de carbono
preto pode absorver aproximadamente 99% da radiação térmica incidente.
O fluxo de calor emitido por uma superfície real é menor do que aquele emitido por um corpo
negro à mesma temperatura e é dado por
q"real Ts4
133
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Transferência de Calor
superfície a uma temperatura TS e uma superfície isotérmica bem maior que a primeira, que a
envolve completamente (Fig. 5).
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Transferência de Calor
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Transferência de Calor
como A dL
q conv dLh Ts T
q 0,86.5,67 x10 8
m .K
W
2 4
.0,02 m.1 m. 313,15K 4 288,15K 4
q 8,34 W ◄
Percebe-se que a taxa de calor perdida por radiação representa apenas 5% da taxa total de calor,
podendo ser desprezada em cálculos de engenharia. Isto pode ser explicado pelo alto valor do
coeficiente convectivo e pelos valores próximos de temperatura ambiente e da superfície do cilindro.
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Transferência de Calor
INTRODUÇÃO À CONDUÇÃO
A Lei de Fourier é uma lei fenomenológica, ou seja, desenvolvida a partir de fenômenos
observados, e não deduzida a partir de princípios fundamentais.
dT
Para a condução unidimensional, q cond,x k
"
dx
O fluxo de calor é uma grandeza vetorial, dado por q" kT
onde é o operador gradiente. A Tabela 3 apresenta, para os três sistemas de coordenadas, a
lei de Fourier.
Tabela 3 – Lei de Fourier
Sistema de
Lei de Fourier Forma compacta
coordenadas
T ˆ T ˆ T
Cartesianas q" k i j kˆ q" q"x iˆ q" y j q"z kˆ
x y z
T ˆ 1 T ˆ T ˆ
q" k i j k q" q"r iˆ q" ˆj q"z kˆ
z
Cilíndricas
r r
T ˆ 1 T ˆ 1 T ˆ
q" k i j k q" q"r iˆ q" ˆj q" kˆ
r sen
Esféricas
r r
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Transferência de Calor
k
c p
E e E s E g E a
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Transferência de Calor
q x q y q T
dx dy z dz q dxdydz c p dxdydz
x y z t
x y
q x dx q y dy q z dz q dxdydz c p T dxdydz
z t
As taxas q x , q y e q z podem ser determinadas utilizando-se a Lei de Fourier
T T T
q x k dydz q y k dxdz q z k dxdy
x y z
T T T T
k dydzdx k dxdz dy k dxdy dz q dxdydz c p dxdydz
x x y y z z t
T T T T
k dxdydz k dxdydz k dxdydz q dxdydz c p dxdydz
x x y y z z t
Dividindo-se todos os termos pelo volume infinitesimal dxdydz,
T T T T
k k k q c p
x x y y z z t
Muitas vezes, no entanto, é possível operar com versões simplificadas desta equação,
adotando-se algumas hipóteses:
Condutividade térmica constante (k constante):
2T 2T 2T q c p T
x 2 y 2 z 2 k k t
Sabendo que a difusividade térmica é
k
c p
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Transferência de Calor
2T 2T 2T q 1 T
x 2 y 2 z 2 k t
Regime Permanente T t
0 :
T T T
k k k q 0
x x y y z z
Condução unidimensional de calor em regime permanente, sem geração interna de calor
d dT
k 0
dx dx
d
q"X 0
dx
ou seja
q"X constante
Em condições de transferência de calor unidimensional em regime permanente, sem geração
interna de energia, o fluxo de calor é constante.
d dT d 1 dT
k 2 0
dx dx dx ax bx c dx
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Transferência de Calor
1 dT
2 C1 (1)
ax bx c dx
ou
dT
dx
C1 ax 2 bx c
Integrando-se a equação uma segunda vez,
ax 3 bx 2
T C1 cx C 2 (2)
3 2
ou
1,2965x 3 0,246x 2
T C1 0,06711x C 2
3 2
Para a determinação das constantes de integração, é necessário aplicar as condições de contorno.
Tx 0 300 K (3)
C1 4399 W / m 2
Substituindo-se os valores encontrados para as constantes,
Como k dT C1 (Equação 1)
dx
q" C1
q" 4399 W / m 2 ◄
Coordenadas Cilíndricas
Efetuando-se uma análise similar à realizada para coordenadas cartesianas, pode-se escrever a
equação da difusão de calor em coordenadas cilíndricas e esféricas.
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Transferência de Calor
1 T 1 T T T
kr 2 k k q c p
r r r r z z t
Coordenadas Esféricas
1 2 T 1 T 1 T T
2 r
kr 2 2 k 2 ksen q c p
r r r sen r sen t
Condições de Contorno e Condição Inicial
A solução das equações que governam um problema depende ainda das condições físicas que
existem nas fronteiras do meio (condições de contorno) e, quando a situação for dependente
do tempo, também das condições que existem em um certo instante inicial (condição inicial).
Como a equação da condução de calor é uma equação de segunda ordem nas coordenadas
espaciais, são necessárias 2 condições de contorno para cada coordenada espacial que
descreve o sistema. Como a equação é de primeira ordem no tempo, basta apenas uma
condição inicial. As figuras a seguir mostram as 3 espécies de condições de contorno
comumente encontradas na transferência de calor. Elas ilustram a situação para um sistema
unidimensional, especificando a condição de contorno na superfície em x = 0, com a
transferência de calor ocorrendo no sentido positivo do eixo x.
1) Temperatura da Superfície Prescrita
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Transferência de Calor
T (0, t ) Ts
T
k q S"
x x 0
T
0
x x 0
T
k hT T 0, t
x x 0
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Transferência de Calor
C1 ◄
q" k
r2
A taxa de calor pode ser obtida multiplicando-se o fluxo de calor pela área superficial da esfera,
A 4r 2
C1 C1
q q" A kA 2
k.4r 2
r r2
q 4kC1 ◄
Condução unidimensional T T 0
y z
Sem geração interna q 0
Regime permanente T t
0
A equação se reduz, então, a
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Transferência de Calor
d dT
k 0
dx dx
Considerando-se a condutividade térmica do material constante,
d 2T d 2T
k 0 ou 0
dx 2 dx 2
Integrando-se 2 vezes em x,
dT
C1 T C1x C 2
dx
Para se determinar as constantes de integração C1 e C2, aplicam-se as condições de contorno:
T0 TS,1 TL TS,2
Assim,
TS, 2 TS,1
C1 C 2 TS,1
L
TS, 2 TS,1
Tx x TS,1
L
Na condução unidimensional em regime permanente numa parede plana sem geração de
calor e com condutividade térmica constante, a temperatura é uma função linear de x.
A taxa de calor por condução no interior da parede é dada pela lei de Fourier
dT
q x kA
dx
Derivando-se a equação encontrada para o perfil de temperaturas na direção x,
qx
kA
TS,1 TS,2
L
O fluxo de calor é dado por
TS,1 TS,2
qx k
q "x
A L
Percebe-se, portanto, que, no interior da parede, a taxa e o fluxo de calor são constantes.
Resistência Térmica
Da mesma maneira que uma resistência elétrica se opõe à passagem de corrente em um
circuito, uma resistência térmica se opõe à passagem de calor. Definindo-se a resistência
como sendo a razão entre o potencial motriz e a correspondente taxa de transferência, a
resistência térmica assume a forma
T
Rt
q
Assim, para a condução unidimensional através de uma parede plana
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Transferência de Calor
L
R t ,cond
kA
Para a convecção
1
R t , conv
hA
Para a radiação
R t ,rad
1
hrA
onde
h r TS T TS2 T2
Deve-se ressaltar que as resistências térmicas à convecção e à radiação assumem a mesma
forma para qualquer sistema de coordenadas, variando-se apenas a expressão utilizada para a
área. No entanto, a resistência à condução assume diferentes expressões para os diferentes
sistemas de coordenadas.
No exemplo da parede plana, toda a energia transferida do fluido quente para a superfície é
conduzida através da parede e, por sua vez, para o fluido frio, ou seja, a taxa de calor é
constante.
q x q conv1 q cond q conv2
ou
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Transferência de Calor
Parede Composta
Seja a condução de calor unidimensional, em regime permanente, através de uma parede
composta, constituída por materiais de espessuras e condutividades térmicas diferentes (Fig.
11).
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Transferência de Calor
T,1 TS,1 TS,1 TS,2 TS,2 TS,3 TS,3 TS,4 TS,4 T,4 T,1 T,4
qx
1 LA LB LC 1 R tot
h 1A kAA k BA kCA h 4A
1 L L L 1
onde R tot R t A B C
h 1A k A A k B A k C A h 2 A
No exemplo anterior, desprezaram-se as trocas de calor por radiação entre as superfícies da
parede e os fluidos. Ao se considerar estas trocas, a taxa total de calor entre a superfície e o
fluido seria dada como a soma das taxas de calor por convecção e radiação. A resistência
térmica à radiação seria inserida no circuito térmico associada em paralelo à resistência à
convecção, já que o potencial (T) entre a superfície e o fluido seria o mesmo. O circuito
térmico, se forem consideradas as trocas de calor por radiação, é dado por
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Transferência de Calor
Deve ser observado que, uma vez que não foram fornecidos dados a respeito de quaisquer fluidos que
possam estar em contato com a superfície C, o circuito termina na superfície externa do material C.
Como a temperatura da superfície interna TS1 é alta, os efeitos de radiação são importantes e devem ser
considerados nos cálculos.
Sabe-se que a taxa de transferência de calor é constante através da parede.
T TS4 T TS1 TS1 TS4
q (1)
R eq R eq1 R eq 2
onde
R eq R eq1 R eq 2
1 1 1
R eq 2 R cond1 R cond2 R cond3
R eq1 R conv R rad
1
R rad
hrA
onde
h r T TS1 T2 TS21 0,7.5,67 x10 8
W
2
m K 4
600 K 800 K 600 2 800 2 K 2 55,566 W
m2K
1
R rad 0,018 K / W
55,566 W / m 2 .K.1m 2
Assim,
R eq 0,01417 K / W
LA 0,30 m
R cond1 0,012 K / W
k A A 25 W / m.K.1m 2
LB 0,15 m 0,15
R cond2 2
k B A k B .1m kB
LA 0,15 m
R cond3 0,003 K / W
k A A 50 W / m.K.1m 2
0,15
R eq 2 0,012 K / W 0,003 K / W
kB
Substituindo-se os valores e expressões das resistências térmicas na equação (1), tem-se
T TS1 TS1 TS4 800 K 600 K 600 K 293,15 K
R eq1 R eq 2 0,01417 K / W 0,015 K / W 0,15 / k B
k B 22,25 W / m.K ◄
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Transferência de Calor
Resistência de Contato
Em sistemas compostos, a queda de temperatura nas interfaces pode ser considerável. Esta
mudança de temperatura é atribuída a uma resistência térmica de contato. A existência de uma
resistência de contato se deve principalmente aos efeitos da rugosidade da superfície (Figura
13). Assim, existem regiões vazias na interface que são, na maioria dos casos, preenchidas
com ar. A transferência de calor é, portanto, devida à condução de calor através da área de
contato real e à condução e/ou radiação através das falhas.
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Fenômenos de Transporte – 02/2011 Cristiana Brasil Maia
Transferência de Calor
Embora várias técnicas tenham sido desenvolvidas para estimar a resistência de contato, os
valores mais confiáveis são aqueles obtidos experimentalmente. A Tabela 4 apresenta valores
para a resistência de contato entre sólidos diferentes, com vários materiais intersticiais. A
Tabela 5 apresenta valores para a resistência de contato em uma interface de alumínio, para
diferentes fluidos interfaciais.
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Transferência de Calor
1 T 1 T T T
kr 2 k k q c p
r r r r z z t
Se forem adotadas as hipóteses de
Condução unidimensional T T 0
z
Sem geração interna q 0
Regime permanente T t 0
a equação pode ser reduzida a
1 d dT
kr 0
r dr dr
d dT d qr
kr 0 0
d
q r 0
dr dr dr 2L dr
ou
q r constante
A taxa de calor é, portanto, constante no interior da parede do cilindro.
Considerando-se a condutividade térmica k constante,
k d dT
r 0
r dr dr
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Transferência de Calor
d dT
r 0
dr dr
Integrando-se uma vez em r,
dT
r C1 ou
dr
dT C1
dr r
Integrando-se outra vez em r,
Tr C1 ln r C 2
Aplicando-se as condições de contorno
Tr r1 Ts1
Tr r2 Ts 2 ,
podem-se obter as constantes de integração C1 e C2
Ts1 Ts 2 Ts1 Ts 2
C1 C 2 Ts 2 ln r2
ln r1 / r2 ln r1 / r2
Assim,
Ts1 Ts 2 r
T ln Ts 2
ln r1 / r2 r2
A taxa de transferência de calor é dada por
dT dT
q r kA k 2rL
dr dr
Deve ser ressaltado que a área a ser usada é aquela perpendicular à direção da transferência de
calor, ou seja, a área lateral do cilindro.
dT 1 Ts1 Ts 2
Como
dr r ln r1 / r2
Ts1 Ts 2
q r 2Lk
ln r2 / r1
O fluxo de calor é dado por
dT
q"r k
dr
k Ts1 Ts 2
q r "
r ln r2 / r1
A taxa de calor, portanto, é constante para qualquer posição radial (não depende do raio r), o
que não acontece com o fluxo de calor, que é função da coordenada radial r.
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Transferência de Calor
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Transferência de Calor
onde
1 1 1
R eq 2 R conv2 R rad 2
É importante ressaltar que a convecção externa deve ser calculada baseando-se na área superficial
externa do cilindro, A 2 2r3L , onde r3 é o raio externo do cilindro de aço, somado à espessura do
isolamento de fibra de vidro,
r3 r2 t 0,12 m 0,0025 m 0,1225 m
1 1
R rad 2
h r 2 A 2 h r 2 .2r3 L
onde
h r 2 T TS1 T2 TS21 0,85.5,67 x10 8
W
2
m K 4
353,15 K 288,15 K 353,152 288,152 K 2
W
h r 2 6,42
m2K
1
R rad 2 0,1012 K / W
6,42 W / m .K.2.0,1225m.2 m
2
Assim,
R eq2 0,246K / W
q
80 15 K
0,0246 K / W
q 2644 W ◄
Para se calcular a temperatura do fluido quente, T1, é necessário calcular as resistências térmicas Req1,
Rcond1 e Rcond2.
A primeira resistência é dada por
155
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Transferência de Calor
1 1 1
R eq1 0,03183 K / W
h1A1 h1.2r1L 25 W / m .K.2.0,1m.2 m
2
ln r3 / r3
R cond2
2Lk 2
Da Tabela A.6, k2 = 0,038 W/m.K
ln 0,1225 m / 0,12 m
R cond1 0,04318 K / W
2.2 m. 0,038 W / m.K
Sabendo que
T1 TS3
q
R eq R cond1 R cond2
T1 80 o C
2644
0,03183 0,000974 0,04318
156
Fenômenos de Transporte – 02/2011 Cristiana Brasil Maia
Transferência de Calor
comportamento inverso, deve existir uma espessura capaz de minimizar a resistência térmica
equivalente, maximizando a perda térmica (Fig. 19).
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Fenômenos de Transporte – 02/2011 Cristiana Brasil Maia
Transferência de Calor
1 1
2L(TS1 T ) 2
kr2 hr
dq r
2
0
dr2 2
ln( r2 / r1 ) 1
k r2 h
Esta condição é satisfeita quando
k
r2 rc
h
rc = Raio crítico
Como a derivada segunda de qr em relação a r2 é negativa, qr tem o seu valor máximo em r =
rc. O comportamento da resistência total é inverso, como mostrado na Fig. 19.
A energia gerada por efeito Joule é transferida por condução através do cilindro e do isolante e perdida
para o ambiente. Assim, pode-se dizer que
q Ri 2 Vi 30 V.2,4 A 72 W
A taxa de transferência de calor é dada por
TS2 T
q
R cond2 R conv
onde a resistência à condução no isolante é dada por
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Transferência de Calor
ln r3 / r3
R cond2
2Lk 2
onde r2 e r3 representam, respectivamente, o raio interno e o raio externo do isolante térmico. O raio
externo pode ser obtido somando-se o raio interno à espessura do isolamento
d2 0,0508
r3 r2 t t m 0,0254 m 0,0508 m
2 2
É importante ressaltar que as unidades foram convertidas do sistema britânico (in) para unidades do
Sistema Internacional (m). Assim,
ln 0,0508 m / 0,0254 m
R cond2 2,357 W / m
2.0,78 m.0,06 W / m.K
O objetivo é determinar o coeficiente convectivo h. Para isso, deve-se determinar a resistência à
convecção externa.
Como
TS2 T
q ,
R cond2 R conv
TS2 T
R cond2 R conv
q
ou
TS2 T
R cond2 R conv
q
480 C 20 C
R cond2 2,357 K / W 4,032 K / W
72 W
Mas
1 1
R conv
hA h.2r3 L
Assim,
1
4,032 K / W
h.2.0,0508 m.0,78 m
h 0,996 W / m 2 .K ◄
b) O raio crítico é dado por
k
rc
h
0,06 W / m.K
rc
0,996 W / m 2 .K
rc 0,060 m ◄
Para a espessura de isolante utilizada, o raio externo é menor que o raio crítico. Como a taxa de calor
perdida para o ambiente aumenta até ser atingido o raio crítico, se o raio externo fosse igual ao raio
crítico, a temperatura do isolamento seria menor.
159
Fenômenos de Transporte – 02/2011 Cristiana Brasil Maia
Transferência de Calor
R cond
Ts1 Ts2
qr
a resistência condutiva é dada por
1 1 1
R cond
4k r1 r2
160
Fenômenos de Transporte – 02/2011 Cristiana Brasil Maia
Transferência de Calor
Quando não é possível aumentar a taxa de calor por um destes modos, aumenta-se a área de
troca de calor, através da utilização de aletas (Fig. 22), que são elementos sólidos que
transferem energia por condução dentro de suas fronteiras e por convecção (e/ou radiação)
entre suas fronteiras e o ambiente. Elas são utilizadas para aumentar a taxa de transferência de
calor entre um corpo sólido e um fluido adjacente. Exemplos práticos de aplicações de aletas
podem ser vistos nos sistemas para resfriamento dos cilindros dos pistões de motocicletas e
nos tubos aletados utilizados para promover a troca de calor entre o ar e o fluido de operação
em um aparelho de ar condicionado.
161
Fenômenos de Transporte – 02/2011 Cristiana Brasil Maia
Transferência de Calor
162
Fenômenos de Transporte – 02/2011 Cristiana Brasil Maia
Transferência de Calor
dT d dT
q x dx kA c k Ac dx
dx dx dx
A taxa de calor por convecção transmitida do elemento infinitesimal para o fluido é dada por
dq conv hdA s T T
onde dAs é a área superficial infinitesimal do elemento.
Substituindo-se as equações de taxa na equação do balanço de energia,
d dT
dx hdA s T T
dT dT
kA c kA c k Ac
dx dx dx dx
d dT
dx dA s T T 0
h
Ac
dx dx k
Como a área da seção reta Ac pode variar com x,
dT dA c d 2 T h dA s
Ac 2 T T 0
dx dx dx k dx
d 2T 1 dA c dT 1 h dA s
T T 0
dx 2 A c dx dx A c k dx
Forma geral da equação da energia, em condições unidimensionais, em uma aleta.
Aletas com área da seção transversal constante
Quando a área da seção transversal da aleta é uniforme (Fig. 25), a equação anterior pode ser
simplificada.
163
Fenômenos de Transporte – 02/2011 Cristiana Brasil Maia
Transferência de Calor
d 2T
2
hP
T T 0
dx kA c
Definindo-se a variável (Excesso de Temperatura) como a diferença entre a temperatura da
superfície em uma posição x e a temperatura do fluido de resfriamento,
(x) T(x) T
d dT d 2 d 2T
dx dx dx 2 dx 2
d 2 hP
0
dx 2 kA c
Definindo-se
hP
m2
kA c
d 2
2
m 2 0
dx
Esta é uma equação diferencial de segunda ordem, homogênea, com coeficientes constantes,
cuja solução geral tem a forma
( x) C1e mx C 2 e mx
Para resolver esta equação, é necessário ainda definir as condições de contorno apropriadas.
Uma condição pode ser especificada em termos da temperatura na base da aleta (x = 0)
Tx 0 Tb ou x 0 Tb T b
A segunda condição de contorno deve ser definida na ponta da aleta (x = L). Podem ser
especificadas quatro condições, cada uma correspondendo a uma situação física e levando a
uma solução diferente.
A. Transferência convectiva de calor na ponta da aleta
A taxa de calor que chega à extremidade da aleta por condução é dissipada por convecção
dT
kA c hA c (T(L) T )
dx x L
d
k h(L)
dx x L
164
Fenômenos de Transporte – 02/2011 Cristiana Brasil Maia
Transferência de Calor
ou
d
0
dx x L
Neste caso,
( x ) coshm(L x )
b cosh(mL)
q f M.tgh (mL)
C. Temperatura da ponta da aleta fixa e igual a TL
Tx L TL
ou
x L L
( x ) ( L / b )senh(mx ) senhm(L x )
b senh(mL)
cosh(mL) (L / b )
q f M
senh (mL)
D. Aleta muito longa
Neste caso, quando L , TL T ou L 0
( x )
e mx
b
qf M
A figura 26 apresenta a distribuição de temperatura em uma aleta retangular, utilizando-se a
condição de contorno de aleta muito longa. Observa-se que, a partir de uma dada posição, a
165
Fenômenos de Transporte – 02/2011 Cristiana Brasil Maia
Transferência de Calor
temperatura da aleta não se altera. Isto acontece porque a aleta já alcançou a temperatura
ambiente. A partir deste ponto, como não há diferença entre as temperaturas da aleta e
ambiente, não há mais troca de calor por convecção. Percebe-se, portanto, que não haveria
necessidade de se utilizar um comprimento maior que Lmax.
( x ) T( x ) T b Tb T L TL T ,
hP
m M b hPkA c
kA c
166
Fenômenos de Transporte – 02/2011 Cristiana Brasil Maia
Transferência de Calor
Exemplo 9 – Aletas
Uma aleta retangular de alumínio, com 4 mm de espessura, 10 mm de largura e 12 cm de
comprimento, está acoplada a uma chapa plana cuja temperatura superficial é 85oC. O sistema
é exposto ao ar ambiente a 15oC. O coeficiente convectivo associado é 17W/m2.K. Determine
a taxa de calor dissipada pela aleta se a sua ponta for mantida a uma temperatura fixa de 20oC
e a temperatura na posição x = 5 cm.
O primeiro passo é calcular algumas grandezas que serão necessárias futuramente.
P 2 w t 2 0,010 m 0,004 m 0,028 m
hP 17 W / m 2 .K.0,028 m
m 7,09 m 1
kA c 237 W / m.K.4x10 5 m 2
b Tb T 85o C 15o C 70 o C 70 K
L TL T 20o C 15o C 5o C 5 K
W W
M b hPkA c 70K 17 2
.0,028 m.237 .4x10 5 m 2 4,70 W
m .K m.K
A taxa total de transferência de calor pela aleta é dada por
qf M
cosh(mL) (L / b )
4,70 W.
cosh 7,09 m 1.0,12 m 5 K / 70 K
senh(mL)
senh 7,09 m 1.0,12 m
q f 6,45 W ◄
A temperatura adimensional em uma posição x da aleta é dada por
( x ) (L / b )senh (mx ) senhm(L x )
b senh (mL)
ou
T( x ) T ( L / b )senh(mx ) senhm(L x )
Tb T senh(mL)
Na posição x = 5 cm,
T 15 (5 K / 70 K)senh(7,09 m 1.0,05 m) senh 7,09 m 1 (0,12 m 0,05 m)
85 15 senh(7,09 m 1.0,12 m)
T 54,7 C ◄
Desempenho da Aleta
As aletas são utilizadas para se aumentar a taxa de transferência de calor de uma superfície
devido ao aumento da área. No entanto, a aleta impõe uma resistência térmica à condução na
superfície original. Deve ser feita uma análise sobre o desempenho da aleta.
167
Fenômenos de Transporte – 02/2011 Cristiana Brasil Maia
Transferência de Calor
A Efetividade de uma aleta é definida como sendo a razão entre a taxa de transferência de
calor pela aleta e a taxa de transferência de calor que existiria sem a sua presença. A
utilização de aletas somente se justifica se f 2.
qf
εf
hA c b
onde Ac é a área da seção reta da aleta.
A Eficiência de uma aleta é definida como a razão entre a taxa de transferência de calor pela
aleta e a taxa máxima de transferência de calor que existiria pela aleta. Esta taxa máxima é
obtida quando toda a aleta se encontra à temperatura da base.
qf qf
ηf
q max hA s b
onde As = área superficial da aleta
Nas expressões anteriores, a taxa de calor qf é calculada de acordo com a condição de
contorno utilizada para a ponta da aleta.
d 2 0,05 m2
Ac 1,963x10 3 m 2
4 4
AS PL 0,157 m.L
hP 25W / m 2 .K.0,157 m
m 3 2
2,673 m 1
kA c 280 W / m.K.1,963x10 m
W W
M b hPkA c 105 K. 25 2
.0,157 m.280 .1,963x10 3 m 2 154,3 W
m .K m.K
A taxa total de transferência de calor pela aleta é dada por
q f M 154,3 W
A eficiência da aleta pode ser calculada por
qf qf
ηf
q max hA s b
154,3
0,80 2
25W / m .K.0,157.L.105 K
L 0,467 m ◄
168
Fenômenos de Transporte – 02/2011 Cristiana Brasil Maia
Transferência de Calor
Em geral, não são encontrados sistemas com uma única aleta. São colocadas diversas aletas
em uma superfície, com o objetivo de se retirar uma quantidade maior de calor. A taxa total
de calor perdida pelo conjunto superfície + aletas é dada pela soma das taxas de calor
individuais. Considerando-se que todas as aletas do conjunto são iguais e que a presença de
uma aleta não interfere na taxa de calor dissipada por outra aleta, a taxa total de calor é dada
por
q t Nqf hA b b
onde
N = número total de aletas
qf = taxa de calor perdida por uma aleta
Ab = área da superfície exposta – área da base das aletas
A eficiência da aleta f caracteriza o desempenho de uma única aleta. A eficiência global da
superfície o caracteriza o desempenho de um conjunto de aletas e da superfície da base sobre
a qual este conjunto está montado. Ela é definida como a razão entre a taxa de calor perdida
pelo conjunto e a taxa máxima de calor que poderia ser perdida pelo conjunto,
qt qt
ηo
q max hA t b
onde
At = área total exposta
A t A b NAs
A eficiência do conjunto pode ser dada também em função da eficiência de uma única aleta.
Se f é a eficiência de uma aleta, a taxa total de calor pode ser dada por
q t Nf hAs b hA b b
ou
NAs
q t hNf A s (A t NAs ) b hA t 1 1 f b
At
Assim,
NAs
o 1 (1 f )
At
169
Fenômenos de Transporte – 02/2011 Cristiana Brasil Maia
Transferência de Calor
a) Para o cálculo da taxa dissipada por uma aleta, devem ser calculados os parâmetros
P d 0,02 m 0,0628 m
d 2 0,02 m2
Ac 3,142x10 4 m 2
4 4
Da Tabela A.6, k = 401 W/m.K
h 2P 10W / m 2 .K.0,0628 m
m 2,233 m 1
kA c 401 W / m.K.3,142x10 4 m 2
W W
M b h 2 PkA c 80 K. 10 2
.0,0628 m.401 .3,142x10 4 m 2 22,50W
m .K m.K
A taxa total de transferência de calor pela aleta é dada por
q t 16.8,157 W 10
W
2
m .K
0,0575 m 2 100 C 20 C
q t 176,5 W ◄
170
Fenômenos de Transporte – 02/2011 Cristiana Brasil Maia
Transferência de Calor
c) Considerando que toda a taxa de calor fornecida pelo fluido quente é dissipada pelo conjunto
superfície + aletas, pode-se dizer que
q t h1A t T1 Tb
q t h1l 2 T1 Tb
176,5 W 500,25 m2 T1 100 C
T1 156,5 C ◄
FUNDAMENTOS DA CONVECÇÃO
Considere um fluido qualquer, escoando com velocidade u e temperatura T sobre uma
superfície de forma arbitrária e área superficial A, como mostrado na Fig. 27.
171
Fenômenos de Transporte – 02/2011 Cristiana Brasil Maia
Transferência de Calor
172
Fenômenos de Transporte – 02/2011 Cristiana Brasil Maia
Transferência de Calor
q TS T hdAS
Pode-se definir um coeficiente médio de transferência de calor por convecção h para toda a
superfície, de maneira a representar toda a transferência de calor
173
Fenômenos de Transporte – 02/2011 Cristiana Brasil Maia
Transferência de Calor
q hA S TS T
Igualando-se as expressões para a taxa de calor, os coeficientes local e médio podem ser
relacionados por
1
h
AS hdA S
AS
1
bL A
h hbdx
S
L
1
h hdx
L0
174
Fenômenos de Transporte – 02/2011 Cristiana Brasil Maia
Transferência de Calor
A transferência de uma espécie química também pode ser expressa em termos da massa,
através do fluxo mássico n”A (kg/s.m2) ou da taxa de transferência de massa nA (kg/s).
Multiplicando-se a equação para o fluxo molar pela massa molecular de A,
n"A h m A,S A,
n A h m AS A,S A,
onde A,S: densidade mássica (concentração) de A na superfície (kg/m3)
A,∞: densidade mássica (concentração) de A no fluido (kg/m3)
Parâmetros Adimensionais
Os problemas de convecção consistem, basicamente, na determinação dos coeficientes de
convecção. Com eles, pode-se então determinar as taxas de transferência de calor. Em geral,
são obtidas equações empíricas em função de parâmetros adimensionais e, através de sua
definição, calculam-se os coeficientes convectivos. Estas correlações dependem da geometria
do escoamento (escoamento interno ou externo, sobre placa plana, no interior de um tubo,
etc.), do regime do escoamento (laminar ou turbulento), se a convecção é natural ou forçada,
etc. Os parâmetros adimensionais mais importantes na análise da convecção são listados a
seguir. Deve-se observar que alguns parâmetros são definidos em função de um comprimento
característico x. Para o escoamento sobre uma placa plana, o comprimento característico é a
distância x a partir da origem.
Número de Reynolds
ux
Re x
Número de Nusselt
hx
Nu x
k
Número de Prandtl
C p
Pr
k
175
Fenômenos de Transporte – 02/2011 Cristiana Brasil Maia
Transferência de Calor
Número de Sherwood
hmx
Sh x
D AB
Número de Schmidt
Sc
D AB
onde DAB é a difusividade de massa (m2/s)
Os valores das propriedades da água e do ar, necessárias para se determinar os adimensionais
anteriores, encontram-se nas Tabelas A.2 e A.3, para diferentes temperaturas. A difusividade
de massa é dada na Tabela A.7.
A transição para a turbulência, no interior de tubos, ocorre para números de Reynolds de
aproximadamente 2300. Para o escoamento sobre uma placa plana, esta transição ocorre para
Re = 5x105, ou seja, o número do Reynolds crítico (ou de transição) é dado por
u x c
Re x ,c 5x105
onde u é a velocidade da corrente livre.
Para escoamento laminar (Rex < 5x105), a espessura da camada limite fluidodinâmica, na
forma adimensional, é
lam 5
x Re x
A espessura da camada limite térmica é dada por
Pr1 / 3
t
A espessura da camada limite de concentração é dada por
Sc 1 / 3
c
O número de Nusselt local é dado por
hxx
Nu x 0,332 Re1x/ 2 Pr1/ 3 , válida para Pr 0,6
k
O número de Sherwood local é dado por
h mx x
Sh x 0,332 Re1x/ 2 Sc 1 / 3 , válida para Sc 0,6
D AB
Para escoamento turbulento (Rex > 5x105) , a espessura da camada limite fluidodinâmica, na
forma adimensional, é
176
Fenômenos de Transporte – 02/2011 Cristiana Brasil Maia
Transferência de Calor
1 / 5
turb u
0,37 Re x1 / 5 0,37 x 1 / 5
x
Quando as camadas limite laminar e turbulenta são comparadas, percebe-se que a turbulenta
cresce muito mais rápido, já que sua espessura varia com x4/5, enquanto no escoamento
laminar, a espessura varia com x1/2.
Para escoamentos turbulentos, todas as camadas limite apresentam aproximadamente a
mesma espessura.
t c
O número de Nusselt local é dado por
Como se deseja calcular o coeficiente convectivo global sobre a placa, é necessário saber o número de
Reynolds na posição x = L = 2 m. Assim,
Re x 2 m 52135.2 1,04x105
177
Fenômenos de Transporte – 02/2011 Cristiana Brasil Maia
Transferência de Calor
onde h é o coeficiente local de transferência de calor por convecção, obtido através do adimensional de
Nusselt para escoamento laminar,
hxx
Nu x 0,332 Re1x/ 2 Pr1 / 3
k
1 / 3 0,0287 W / m.K
0,33252135x 0,703
k 1,934
h 0,332 Re 1x/ 2 Pr1 / 3 1/ 2
1/ 2
x x x
Assim,
2 2
1 1 x1/ 2
h
2 0
1,934 x 1 / 2 dx 1,934
2 1/ 2 0
W
h 2,736 ◄
m 2 .K
b) A espessura da camada limite fluidodinâmica, para escoamento laminar, é dada por
5x
Re x
0,0219m ◄
A espessura da camada limite térmica é dada por
Pr1 / 3
t
ou
0,0219m
t
Pr1/ 3
0,7031 / 3
0,0246m ◄
178
Fenômenos de Transporte – 02/2011 Cristiana Brasil Maia
Transferência de Calor
As propriedades da água, a 55C, podem ser interpolados a partir dos valores encontrados na Tabela
A.2.
O número de Reynolds para uma posição x qualquer é dado por
u x 985,5 kg / m 3 .1 m / s. x
Re x 1,955x106 . x
5,04x10 4 kg / m.s
Como Re > 5x105, o escoamento é turbulento no final da placa. Considerando-se que a transição de
escoamento laminar para turbulento ocorre para Re = 5x105, a posição da placa em que o escoamento
se torna turbulento pode ser calculado por
u x c
Re x ,c 5x105 1,955x106 x c x c 0,256m
O coeficiente global de transferência de calor por convecção é dado por
L
1
L 0
h hdx
onde h é o coeficiente local de transferência de calor por convecção. No entanto, como no início da
placa o escoamento é laminar, o cálculo do coeficiente global deve ser feito através da seguinte
expressão
1 c
x L
L 0
h h lam dx h turbdx
xc
onde
h lam
Nu lam k
x
k
0,332 Re 1x/ 2 Pr1 / 3 0,332 1,955x106 x
x
1/ 2
Pr1 / 3
k
x
h lam 0,332 1,955x106 x 1/ 2
3,221 / 3 0,648W / m.K 444,23 x 1 / 2
x
h turb
Nu turb k
x
k
0,0296Re 4x / 5 Pr1 / 3 0,02961,955x106 x
x
4/5
3,221 / 3 0,648W / m.K 3055,86x 1 / 5
x
Assim,
1
0, 256 4
h
4 444,23x 1 / 2 dx 3055,86 x 1 / 5 dx
0 0, 256
W
h 2686,44 ◄
m 2 .K
A taxa total de calor é dada por
q hATs T 2686,44
W
.4 m.0,2 m. 100 C 10 C
m 2 .K
q 193,4 kW ◄
Deve-se ressaltar que, se o coeficiente global fosse obtido pela integração do coeficiente local turbulento ao
longo de toda a placa, o erro na taxa de calor seria de aproximadamente 8%.
179
Fenômenos de Transporte – 02/2011 Cristiana Brasil Maia
Transferência de Calor
1)
a) Identifique os processos de transferência de calor que determinam a temperatura de
um pavimento de asfalto em um dia de verão.
b) Uma tela para lareiras com lâmina dupla de vidro é colocada entre uma lareira a lenha
e o interior de uma sala. A tela consiste em duas lâminas verticais de vidro que estão
separadas por um espaço através do qual o ar ambiente pode fluir (o espaço está aberto
no topo e no fundo). Identifique os processos de transferência de calor associados a
esta tela de lareira.
2) Uma parede de concreto, com área superficial de 20 m2 e espessura de 0,25 m, separa uma
sala com ar condicionado do ar ambiente. A superfície interna da parede é mantida a 25oC
e a condutividade térmica do concreto é 1 W/mK. Determine a taxa de calor perdida
através da parede para as temperaturas da superfície externa de -15oC e 38oC, que
correspondem aos extremos atingidos no inverno e no verão. Comente os resultados.
Exercício 2
3) A parede de um forno industrial é construída em tijolo refratário com espessura de 0,15 m
e condutividade térmica de 1,7 W/(m.K). Medições efetuadas durante a operação em
regime permanente revelaram temperaturas de 1400 K e 1150 K nas superfícies interna e
externa da parede do forno, respectivamente. Qual a taxa de calor perdida através de uma
parede com dimensões 0,5 m x 3,0 m?
4) Um aquecedor elétrico encontra-se no interior de um cilindro longo de diâmetro igual a 30
mm. Quando água, a uma temperatura de 25oC e velocidade de 1 m/s, escoa
perpendicularmente ao cilindro, a potência por unidade de comprimento necessária para
manter a superfície do cilindro a uma temperatura uniforme de 90oC é de 28 kW/m.
Quando ar, também a 25oC, mas a uma velocidade de 10 m/s está escoando, a potência
necessária para manter a mesma temperatura superficial é de 400 W/m. Calcule e compare
os coeficientes de transferência de calor por convecção para os escoamentos da água e do
ar.
5) Uma superfície com área de 0,5 m2, emissividade igual a 0,8 e temperatura de 150oC é
colocada no interior de uma grande câmara de vácuo cujas paredes são mantidas a 25oC.
Qual a taxa de emissão de radiação pela superfície? Qual a taxa radiante líquida trocada
entre a superfície e as paredes da câmara?
6) Uma tubulação de vapor sem isolamento térmico passa através de uma sala onde o ar e as
paredes se encontram a 25ºC. Considere que o coeficiente associado à transferência de
calor por convecção é de 15 W/m².K. O diâmetro externo do tubo é de 70 mm, a
temperatura de sua superfície é de 200ºC e a sua emissividade é 0,8. Para um
comprimento de tubo de 5 m, determine a taxa de emissão de radiação pela superfície e a
taxa total de calor perdida pela superfície.
7) Um circuito integrado quadrado com lado w = 5 mm opera em condições isotérmicas. O
chip está alojado no interior de um substrato de modo que suas superfícies laterais e
inferior estão bem isoladas termicamente, enquanto sua superfície superior encontra-se
180
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Transferência de Calor
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Fenômenos de Transporte – 02/2011 Cristiana Brasil Maia
Transferência de Calor
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Transferência de Calor
c
com k , onde c = 40, a = 1, b = 1 e x é dado em m. A superfície interna da parede
a bx
(x = 0) está em contato com um fluido aquecido, que mantém sua temperatura constante
em 80˚C. A superfície externa (x = L) é mantida em 20˚C.
a) Obtenha uma expressão para o perfil de temperaturas no interior da parede.
b) Determine o fluxo de calor em x = L. Neste ponto, a parede está ganhando ou
perdendo calor? Justifique.
24) Uma parede plana, de espessura L = 0,15 m, tem suas superfícies mantidas em
temperaturas constantes T (x = 0) = 300 K e T (x = L) = 400 K. Há uma geração uniforme
de calor de 20.000 W/m3 no interior da parede. Devido à grande variação de temperatura
entre as superfícies, a condutividade térmica do material varia de acordo com a equação
1
k , onde a e b são constantes (a = 3,33x10-4 K/W e b = 2,49x10-3 m.K/W).
ax b
Obtenha uma expressão para a distribuição de temperaturas no interior da parede.
25) A superfície interna (x = 0) de uma parede plana tem sua temperatura mantida constante
em 300 K e a superfície externa (x = L), em 450 K. A condutividade térmica do material
c
da parede varia de acordo com k , onde a = 12, b = -10 e c = -120. x é dado em m
ax b
e k, em W/m.K. Considere B = 20 cm, H = 80 cm e L = 50 cm (veja figura).
a) Determine a distribuição de temperaturas na parede
b) Determine a taxa de calor em x = L/2.
Exercício 25
26) Um cilindro oco, de raio interno r1 = 0.8 m e raio externo r2 = 1.0 m, tem as suas paredes a
temperaturas constantes Ts1 = 40oC e Ts2 = 85oC, respectivamente. Há uma geração
interna de energia entre as paredes do cilindro, dada por q = 2000r, onde r é o raio do
cilindro em uma posição arbitrária. Considerando condução unidimensional em regime
permanente e a condutividade térmica do material constante e igual a k = 10 W/mK,
determine a distribuição de temperatura na parede do cilindro e o fluxo de calor nas
posições r = 0,8 m e r = 1,0 m.
27) Um cilindro oco de ferro, de raio interno r1 = 0,5 m e raio externo r2 = 1,0 m, tem as suas
paredes mantidas a temperaturas constantes T(r1) = 450 K e T(r2) = 300K. Há uma
q 2000 / r
geração interna de calor entre as paredes do cilindro, dada por , onde r é o
raio do cilindro em uma posição arbitrária. Para condições de regime permanente,
determine a temperatura e a taxa de calor por unidade de comprimento na posição r = 0,75
m.
28) Um cilindro oco de ferro, de 80 cm de raio interno (r1) e 1 m de raio externo (r2), tem
suas paredes mantidas a temperaturas constantes T(r1) = 350K e T(r2) = 450 K. No
interior das paredes do cilindro, há uma geração uniforme q 10 kW / m3 .
183
Fenômenos de Transporte – 02/2011 Cristiana Brasil Maia
Transferência de Calor
184
Fenômenos de Transporte – 02/2011 Cristiana Brasil Maia
Transferência de Calor
Exercício 37
38) Um chip de silício é encapsulado de tal modo que, sob condições de regime permanente,
toda a potência por ele dissipada é transferida por convecção para uma corrente de fluido,
com coeficiente convectivo de 10000 W/m2.K e temperatura de 25C. O chip está
separado do fluido por uma placa de alumínio com 4 mm de espessura. Se a área da
superfície do chip é de 100 mm2 e sua temperatura máxima permissível é de 85C, qual é
a máxima potência que pode ser dissipada pelo chip?
39) As paredes de um refrigerador são normalmente construídas encaixando-se uma camada
de isolante entre painéis metálicos. Considere uma parede construída com isolante de fibra
de vidro com condutividade térmica 0,046 W/m.K e espessura de 50 mm e com painéis de
aço, com condutividade de 60 W/m.K e 3 mm de espessura. Se a parede separa o ar
refrigerado a 4C do ar ambiente a 25C, qual é o fluxo de calor transferido? Os
coeficientes associados à convecção natural nas superfícies interna e externa podem ser
aproximados por hi = ho = 5 W/m2.K.
40) Uma casa tem uma parede composta de madeira, isolamento de fibra de vidro e gesso,
conforme a figura. Num dia frio de inverno, o coeficiente de transferência convectiva de
calor é hi = 60 W/m2K no interior e ho = 30 W/m2K no exterior. A área superficial total da
parede é 350 m2. Se a temperatura no interior da parede é T i = 20oC, a temperatura
ambiente externa é T o = -15oC,as espessuras das camadas de gesso, fibra e madeira são,
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Fenômenos de Transporte – 02/2011 Cristiana Brasil Maia
Transferência de Calor
Exercício 40
41) A face esquerda de uma placa plana de área transversal igual a 1,0 m2 e espessura igual a
0,25 m, de aço inox 304 (emissividade 0,4), está exposta a um ambiente determinado por
uma temperatura de 850C e coeficiente convectivo igual a 10 W/m2.K. A temperatura na
face esquerda é igual a 630C. Determine a taxa de calor trocada e a temperatura na face
direita da placa.
42) Uma parede composta é constituída por uma placa de ferro de espessura L1 = 3 cm, por
uma camada de compensado de madeira de espessura L2 = 0,5 cm e por um isolamento de
espessura L3 = 4 cm e condutividade térmica k = 0,05 W/mK. a) Calcule o fluxo de calor
através desta parede composta, com uma diferença de temperatura de 400oC entre as
superfícies interna (ferro) e externa (isolamento). b)Se a diferença de temperatura entre a
superfície externa e o ar for de 25oC, calcule o coeficiente convectivo de calor entre a
parede externa e o ar.
43) Uma parede plana de área 10 m2 separa dois ambientes. A superfície externa é mantida a
80°C pela passagem de um fluido a 30°C, com coeficiente convectivo de 5 W/m2K. A
parede é constituída por 3 materiais distintos: na superfície interna, aço (k = 15 W/mK e
espessura de 15 cm), em seguida uma parede de vidro de 10 cm de espessura (k = 1,4
W/mK) e um isolamento de fibra de vidro (k = 0,04 W/mK, emissividade 0,7 e 2 cm de
espessura) na superfície externa Determine a temperatura na superfície interna.
44) Um vidro duplo de janela é constituído por duas placas de vidro de 7 mm de espessura,
com um espaço cheio de ar entre elas, com a espessura de 7 mm. A janela separa o ar
ambiente interno, a 20oC, do ar do ambiente externo, a -10oC. O coeficiente convectivo
associado à face interna (ambiente interno) é 10 W/m2K e o associado ao lado externo
(ambiente externo) é 80 W/m2K. Pode-se admitir que o ar entre os vidros esteja parado.
Considere kvidro = 1,4W/mK e kar = 0,0263W/mK. a) Qual é a perda de calor através da
janela, com 0,8m de comprimento e 0,5m de largura? b) Calcule qual seria a taxa de calor
se a janela fosse constituída por apenas uma folha de vidro com 7 mm de espessura.
Comente o resultado.
45) O vidro traseiro de um automóvel é desembaçado pela fixação de um aquecedor em
película, fino e transparente, sobre sua superfície interna. O seu funcionamento fornece
um fluxo de calor uniforme na superfície interna do vidro. Para um vidro com 6 mm de
espessura e 2 m2 de área, determine:
a) a potência elétrica necessária para manter a temperatura na superfície interna em
15C, quando a temperatura do ar no interior do carro e o respectivo coeficiente
convectivo são de 25C e 12 W/m2.K e a temperatura e o coeficiente no lado externo
do carro são de -10C e 56 W/m2.K;
b) a condutividade térmica do vidro do carro, desprezando a espessura do aquecedor.
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Fenômenos de Transporte – 02/2011 Cristiana Brasil Maia
Transferência de Calor
46) Deve ser construída uma parede com 5 cm de espessura para separar dois ambientes. A
temperatura do ambiente interno é igual a 100oC e o coeficiente de transferência de calor
associado é igual a 25 W/m2K. No ambiente externo, passa um fluido a uma temperatura
de 0oC, com um coeficiente convectivo de 60 W/m2K. Qual deve ser a condutividade
térmica do material da parede para garantir que a parede, com 3,5 m2 de área, dissipe uma
taxa de calor de 5 kW?
47) Uma parede composta, de 2 m2 de área, é utilizada para separar dois ambientes. O
ambiente interno é mantido a 25oC e o ambiente externo, a -15oC. Os materiais A e B
possuem condutividades térmicas de, respectivamente, 0,17 W/m.K e 0,1 W/m.K. A
espessura do material A é de 10 mm. Os coeficientes convectivos interno e externo são
iguais a 50 W/m2.K e 25 W/m2.K e a temperatura da superfície interna é mantida em
20oC. Desprezando efeitos de radiação, determine:
a) A taxa de calor trocada e
b) A espessura do material B
Exercício 47
48) Um aparelho de ar condicionado é programado para manter a temperatura no interior de
um recinto fixa em 20oC. Se a temperatura do ambiente externo é de –5oC, calcule a taxa
de calor transferida do ambiente interno para o externo nas situações a seguir: a) A parede
é constituída apenas por uma camada de tijolo comum com 10cm de espessura. b) A
parede é constituída por uma camada de tijolo comum com 10 cm de espessura e por uma
camada de gesso (k = 0,25 W/m.K) com 10 cm de espessura. Para ambos os casos,
considere o coeficiente convectivo interno h1 = 15 W/m2.K e o coeficiente convectivo
externo h2 = 20 W/m2.K. A área da parede é de 10m2.
49) Um ambiente a 100C deve ser separado do ambiente externo a 20C por meio de uma
parede composta formada por dois materiais. O material A tem 10 cm de espessura e
condutividade térmica de 2,5 W/m.K. Sabendo que a espessura do material B é de 10 cm,
determine a sua condutividade térmica, necessária para garantir que a temperatura da
superfície externa (Ts3) seja de 50C. Os coeficientes convectivos associados aos
escoamentos interno e externo são, respectivamente, 25 W/(m2.K) e 5 W/(m2.K).
Despreze efeitos de radiação.
Exercício 49
50) Uma casa está exposta a um fluxo de calor uniforme devido à radiação solar de 100W/m 2.
Deseja-se manter a temperatura no interior da casa em um valor o mais baixo possível.
Em uma dada face, tem-se a opção de utilizar uma parede de tijolo (k = 0,7 W/m.K) de 10
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Transferência de Calor
Exercício 52
53) Em um processo de fabricação, uma fonte de energia radiante é utilizada para fornecer um
fluxo de calor que é completamente absorvido pela superfície composta mostrada na
figura, de área transversal de 2 m2. Os materiais que compõem a superfície possuem
propriedades termofísicas k1 60 W / m.K, k 2 3 W / m.K, 1 0,8 e 2 0,37 e
espessuras L1 = 25 cm e L2 = 2 cm. A superfície externa do material 2 é mantida a uma
temperatura constante TS3 = 200C, através da passagem de uma corrente de fluido de
resfriamento com temperatura igual a 80oC e coeficiente convectivo de 50 W/m2.K.
a) Desenhe o circuito térmico que representa a transferência de calor em regime
permanente, indicando o sentido da transferência de calor e nomeando as temperaturas
e resistências térmicas.
b) Determine o fluxo radiante necessário para manter o sistema na condição especificada.
c) Determine a temperatura da superfície interna TS1.
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Transferência de Calor
Exercício 53
2
54) Uma parede plana de área A = 1,5m é composta por 2 materiais diferentes, A e B, com k A
= 100 W/m.K e kB = 50 W/m.K As espessuras são LA = 0,2 m e LB = 0,5 m. A superfície
em x = L está exposta a um ambiente a 450 K, com h = 80 W/m2.K. Se a temperatura em
x = L é TS3 = 400 K, calcule a temperatura da parede entre os 2 materiais. A emissividade
do material B é B = 0,7.
55) Um ambiente a 200C deve ser separado do ambiente externo. Para isto, deverá ser
utilizada uma parede composta por dois materiais. O material A, em contato com o
ambiente interno, possui 25 cm de espessura, condutividade térmica de 20 W/m.K e
emissividade de 0,5. O material B, em contato com o ambiente externo, possui 5 cm de
espessura e condutividade térmica de 1 W/m.K. A temperatura da superfície em contato
com o ambiente interno é de 150C e o coeficiente convectivo associado à transferência
de calor interna é de 20 W/m2.K.
a) Determine a temperatura da superfície externa do material B.
b) O coeficiente convectivo associado ao escoamento externo é dado por h 5,8 3V ,
onde V é a velocidade do ar. Determine a velocidade do ar requerida para garantir que
a temperatura do ambiente externo seja de 25C. Despreze a radiação externa.
56) Uma parede composta separa as paredes de um ambiente a alta temperatura do ambiente
externo. A parede é composta por dois materiais (A e B). A condutividade térmica e a
emissividade do material A são, respectivamente, kA = 15 W/m.K e εA = 0,2. A
condutividade térmica do material B é kB = 2 W/m.K. O ambiente interno é mantido a
uma temperatura de 250C, proporcionando um coeficiente convectivo de 15 W/m2.K. A
superfície interna de A tem temperatura TS1 = 190C.
a) Determine o fluxo de calor perdido para o ambiente externo;
b) Se os coeficientes convectivo e radiativo associados ao escoamento externo são,
respectivamente, 16 W/m2.K e 2 W/m2.K, determine a temperatura do ambiente
externo.
Exercício 56
57) A parede composta de um forno é constituída de três materiais diferentes, sendo dois com
condutividades térmicas conhecidas, kA = 400 W/(m.K) e KB = 237 W/(m.K), com
espessuras LA = LB = LC = 0,25 m e área A = 1,5 m2. A superfície externa está exposta ao
ar ambiente, com T2 = 20oC e coeficiente convectivo h2 = 400 W/(m2.K). O ar no interior
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Transferência de Calor
Exercício 57
58) Uma parede plana de 10 m2 de área separa as paredes de um forno a alta temperatura do
ambiente externo. O material da parede tem condutividade térmica k = 50 W/m.K. O
coeficiente convectivo associado à transferência de calor do interior do forno para a
parede a TS1 = 1000 K é h1 = 200 W/m2.K e o coeficiente convectivo associado à
transferência de calor da parede para o ambiente externo é h2 = 100 W/m2.K. A
emissividade do material da parede é 0,92. Se a taxa de calor por radiação do forno para a
parede interna é 175 kW, calcule as temperaturas TS2 e T2. Despreze a radiação externa.
A espessura da parede é L = 0,32 m.
59) Uma parede plana de 2,5 m2 de área possui condutividade térmica k = 50 W/m.K e
emissividade = 0,8. A sua face interna (x = 0) está a uma temperatura TS1 = 337oC e está
em contato com um fluido a 527oC, com coeficiente convectivo h1 = 50 W/m2K A sua
face externa (x = L = 0,5 m) está em contato com um fluido frio, com coeficiente
convectivo h2 = 200 W/m2K. Desprezando a radiação na face externa, calcule as
temperaturas da face externa TS2 e do fluido frio T2.
60) A parede composta de um forno é construída encaixando-se um material isolante de
condutividade térmica k = 0,5 W/(m.K) entre duas chapas metálicas de 2,5 cm de
espessura cada e condutividade térmica k = 150 W/(m.K). O ar no interior do forno se
encontra a uma temperatura de 400C, com um coeficiente convectivo associado de 30
W/m2.K, fazendo com que a temperatura da superfície interna do forno (de emissividade
0,85) seja igual a 200C. Determine a espessura do material isolante necessária para
manter a superfície externa do forno a uma temperatura segura ao toque de 40C.
61) Um fabricante de eletrodomésticos propôs o projeto de um forno auto limpante que
envolve a utilização de um visor de compósito para separar o interior do forno do ar
ambiente, como mostrado na figura. O compósito consiste em dois plásticos resistentes a
altas temperaturas (A e B), de espessuras LA = 2 LB e condutividades térmicas kA = 0,15
W/m.K e kB = 0,08 W/m.K. Durante o processo de auto limpeza, a temperatura da
superfície interna do visor é TS1 = 385C. A temperatura do ar ambiente é T = 25C e o
coeficiente convectivo é 25 W/m2.K. Qual a espessura mínima do visor, LA + LB,
necessária para garantir uma temperatura igual ou inferior a 50C na superfície externa do
visor? Despreze as trocas de calor por radiação.
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Transferência de Calor
Exercício 61
62) Uma parede plana é composta por dois materiais diferentes, A e B, com condutividades
térmicas kA = 20 W/m.K e kB = 5 W/m.K, emissividades A = B = 0,75 e espessuras LA =
LB = 0,15 m. A superfície interna (material A) está exposta a um ambiente com
coeficiente convectivo de 50 W/m2.K. A superfície externa (material B), a 320C, está
exposta a um ambiente a 400C e coeficiente convectivo igual a 17 W/m2.K. Determine o
fluxo de calor trocado e a temperatura da superfície interna do material A (em contato
com o fluido no ambiente interno).
63) Um fio elétrico, com raio r1 = 5 mm e resistência por unidade de comprimento 10-4 /m,
está revestido por um isolamento plástico de 1 mm de espessura e condutividade térmica k
= 0,20 W/mK. O isolamento está exposto ao ar ambiente cuja temperatura é 300 K e o
coeficiente de convecção é h = 10 W/m2K. Se a temperatura máxima admissível no fio for
450K, qual é a corrente máxima possível que pode passar pelo fio?
64) Uma corrente elétrica de 100 A passa em um cabo de cobre com diâmetro de 10 mm e
resistência elétrica por unidade de comprimento de 5x10-4 Ω/m. O cabo se encontra em
um ambiente a 20C, com um coeficiente convectivo de 20 W/m2.K. Para reduzir o valor
da temperatura superficial do cabo, ele foi revestido com uma camada de material isolante
de 3 mm de espessura (k = 0,15 W/m.K). Determine a temperatura superficial do cabo.
Considerando que a temperatura máxima admissível no cabo é de 100C, avalie se este
isolamento seria suficiente e justifique.
65) Uma corrente elétrica de 500 A passa em um cabo de cobre com diâmetro de 5 mm e
resistência elétrica por unidade de comprimento de 6x10-4 /m. O cabo se encontra em
um ambiente a 30C, com um coeficiente de troca de calor de aproximadamente 25
W/m2.K.
a) Se o cabo estiver desencapado, qual será a temperatura em sua superfície?
b) Há preocupação em relação à capacidade do isolamento em suportar temperaturas
elevadas. Qual a espessura do isolamento (k = 0,5 W/m.K) que produzirá o menor
valor para a temperatura máxima na camada de isolamento? Qual será o valor da
temperatura máxima quando esta espessura de isolamento for utilizada?
66) Um tubo de aço inoxidável AISI 304 é utilizado para transportar resíduos de um processo.
O fluido escoa no interior do tubo com uma temperatura de 50C, com um coeficiente
convectivo associado de 10 W/m2.K. O tubo tem 50 cm de diâmetro interno e 3 cm de
espessura. O conjunto é exposto ao ar atmosférico a 20C, com um coeficiente convectivo
de 6 W/m2.K. Para um trecho de 10 m de comprimento, determine:
a) A taxa de calor perdida para o ambiente;
b) A taxa de calor perdida, se o tubo for recoberto por uma camada de 2 cm de espessura
de um material isolante (k = 0,5 W/m.K).
67) Uma tubulação de cobre tem um diâmetro interno de 10 cm e um diâmetro externo de 12
cm. Vapor saturado a 110C com coeficiente convectivo de 10.000 W/m2.K flui através da
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Transferência de Calor
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Transferência de Calor
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Transferência de Calor
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Transferência de Calor
tubo revelou um valor de 250C. A tubulação foi revestida com um isolante térmico de 2
cm de espessura e condutividade térmica de 0,5 W/m.K. O conjunto é exposto ao ar
ambiente a 30C. O coeficiente convectivo associado ao escoamento externo é de 10
W/m2.K.
a) Calcule a taxa de calor por unidade de comprimento perdida para o ambiente externo.
Despreze a radiação externa.
b) Calcule a máxima temperatura do isolante térmico. Sabendo que a temperatura de
fusão do isolante é 300C, avalie se este isolante poderia ser utilizado. Justifique.
87) Uma esfera oca de alumínio, com um aquecedor elétrico em seu centro, é usada em
ensaios para determinar a condutividade térmica de materiais isolantes. O raio interno da
esfera é 0,15m e o externo, 0,18 m. O ensaio é realizado em condições de regime
permanente, com a superfície interna do alumínio mantida a 260C. Num certo ensaio, a
superfície externa da esfera é revestida por uma casca esférica de isolante, com uma
espessura de 0,12 m. O sistema é mantido em um ambiente com a temperatura do ar de
20C, com um coeficiente convectivo externo medido de 30 W/m2.K. Qual é a
condutividade térmica do isolamento quando a dissipação do aquecedor, em regime
permanente, for de 80 W? Despreze as trocas de calor por radiação.
88) Um fluxo de calor uniforme é fornecido para a superfície interna de uma casca esférica de
raio interno igual a 10cm. A casca é constituída por dois materiais, sendo o material
interno o alumínio, com 5 cm de espessura e o material externo, uma manta isolante (com
condutividade térmica igual a 2 W/m.K), com 2 cm de espessura. O conjunto é mantido
em um ambiente com temperatura T2 = 20oC e coeficiente convectivo h = 10 W/m2.K. Se
a temperatura no raio interno da casca é igual a 80oC, determine o valor do fluxo de calor
transferido para a superfície interna da casca.
89) Uma casca esférica composta tem raio interno r1 = 0,25 m e é constituída por uma casca
de chumbo (k = 35 W/mK) com raio externo r2 = 0,30 m e por uma outra casca de aço
inoxidável (k = 18 W/mK) com o raio externo r3 = 0,31 m. A cavidade está cheia de
rejeitos radiativos que geram calor à taxa q = 30.000 W. O vaso esférico está submerso em
águas oceânicas, cuja temperatura é uniforme T = 10oC, proporcionando um coeficiente
de transferência convectiva de calor uniforme de h = 500 W/m2K, na superfície externa.
Qual a temperatura na casca inferior da esfera?
90) Um recipiente esférico metálico (k = 50 W/m.K) é usado para armazenar nitrogênio
líquido. A sua superfície interna é mantida fixa em 77K. Os diâmetros interno e externo
do recipiente são, respectivamente, 0,48 m e 0,50 m. Ele é coberto por uma camada de
isolamento térmico refletivo (k = 0,0017 W/m.K), com 25 mm de espessura. A sua
superfície externa está exposta ao ar ambiente a 300 K, com coeficiente de transferência
de calor por convecção no ar de 20 W/m2.K. Calcule a taxa de transferência de calor para
o nitrogênio líquido e a temperatura externa do isolamento.
91) Uma indústria possui 2 reatores esféricos, ambos com diâmetro interno d1 = 1,0 m. O
primeiro reator, denominado R1, possui espessura de parede t = 0,1 m e é feito de aço
inoxidável AISI 304 (Temperatura de fusão Tf = 1670 K). O segundo, chamado de R2,
possui espessura de parede t = 0.01 m e é feito de alumínio (Tf = 933K). Para uma
determinada aplicação, deverá ocorrer uma reação interna que fornece um fluxo de calor
uniforme q”= 2x105 W/m2 para a superfície interna do reator. Ele será mantido em um
banho líquido a uma temperatura T = 350 K, no qual o coeficiente convectivo é de 500
W/m2K. Determine qual modelo de reator (R1 ou R2) deverá ser adotado e justifique a sua
resposta.
92) Uma indústria possui 2 modelos de reatores: um esférico e um cilíndrico, ambos de aço
inoxidável AISI 304, com diâmetro interno d1 = 1,0 m e espessura de parede t = 0,1 m,
sendo o comprimento do reator cilíndrico de 0,8 m. Para uma determinada aplicação,
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Fenômenos de Transporte – 02/2011 Cristiana Brasil Maia
Transferência de Calor
deverá ocorrer uma reação que fornece um fluxo de calor uniforme q”= 2x105 W/m2 para
a superfície interna do reator. Ele será mantido em um banho líquido a uma temperatura
T = 250 K, no qual o coeficiente convectivo é de 500 W/m2K. Sabendo que a
temperatura de fusão do aço inoxidável é Tf = 1670 K, determine qual o modelo de reator
mais adequado e justifique a sua resposta. Considere condução unidimensional de calor
nos dois casos.
93) Uma haste de seção circular deve ser projetada para ser utilizada no carregamento de
peças recém-fundidas. Considere que a ponta da haste em contato com a peça quente
esteja a 250C. A outra ponta pode ser considerada isolada. O diâmetro e o comprimento
da haste são 5 cm e 1,5 m, respectivamente. Sabe-se que a temperatura ambiente é de
30C e que a temperatura da face isolada não pode ultrapassar 60C. Se o coeficiente
convectivo local for 15 W/m2.K, determine o material que poderá ser utilizado na haste:
cobre (k = 401 W/m.K) ou alumínio (k = 237 W/m.K). Justifique sua resposta através de
cálculos.
94) Deseja-se resfriar um componente eletrônico através da colocação de aletas. A máxima
temperatura que pode ser atingida pelo componente é de 90C. O sistema é mantido em
um ambiente com temperatura controlada de 15C, sendo o coeficiente convectivo global
de 20 W/m2.K. Deve-se analisar a possibilidade de se acoplar aletas retangulares de
alumínio de 2,5 cm de largura, 0,5 cm de espessura e 5 cm de comprimento. Considerando
que as pontas das aletas são isoladas termicamente, determine:
a) A eficiência de cada aleta;
a) A temperatura em x = L/2
95) Deseja-se retirar calor de uma superfície mantida a 200C, exposta a um ambiente a 25C,
com um coeficiente convectivo de 17 W/m2.K. Para isto, são colocadas aletas cilíndricas
de cobre, de 3 cm de diâmetro e 15 cm de comprimento. Determine a taxa de calor
retirada por cada aleta, considerando troca convectiva de calor na ponta da aleta.
Determine a temperatura na ponta das aletas.
96) Uma barra de ferro (k = 80 W/mK) de seção reta quadrada (de lado a = 5 mm) está fixada
a uma base mantida a 100oC. Esta barra está exposta a uma ambiente a T = 15oC e
coeficiente convectivo h = 20 W/m2K. Se o comprimento da barra é de 0,15 m, determine
a taxa de calor transferida pela barra, considerando condições de:
a) Aleta muito longa
b) Condição convectiva na ponta.
97) Considere uma aleta retangular de alumínio, com 5 cm de largura, 1 cm de espessura e 20
cm de comprimento. A aleta é fixada a uma base mantida em 120C. O conjunto é exposto
ao ar atmosférico, com temperatura de 20C e coeficiente convectivo de 25 W/m2.K.
Considerando condição convectiva de troca de calor na ponta da aleta, determine a taxa de
calor perdida pela aleta. Avalie se a aproximação de aleta infinita poderia ser utilizada.
Justifique.
98) Deseja-se aumentar a dissipação de calor de motores elétricos de elevadores. Para tanto,
pretende-se usar aletas de aço carbono (k = 15 W/mK), a serem soldadas na superfície
primária. As aletas têm diâmetro d = 3 cm e comprimento L = 40 cm. A superfície do
motor está a uma temperatura de 80°C e o conjunto está exposto a um ambiente a 30°C,
com coeficiente convectivo de 20 W/m2K. Considere que a ponta das aletas é isolada
termicamente.
a) Determine a taxa de calor perdida por uma aleta;
b) Por algum motivo, a perda de calor de (a) é insuficiente. Você tem outras duas opções.
Usar aletas de mesmo diâmetro e comprimento 2L ou usar aletas de mesmo
comprimento e diâmetro 2d. Calcule a taxa de calor retirada com as novas
configurações e apresente a melhor solução. Justifique sua resposta.
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Transferência de Calor
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108) Considere uma aleta de seção reta circular com 2 cm de diâmetro e 85% de eficiência.
Se a base onde ela for fixa estiver a uma temperatura igual a 180oC e a sua superfície
estiver exposta a um ambiente a 20oC e coeficiente convectivo h = 22 W/m2K, calcule o
comprimento da aleta, considerando a ponta da aleta adiabática (k = 37 W/mK).
109) Uma aleta retangular de alumínio, com 600 mm de comprimento, 15 cm de largura e
10 mm de espessura é utilizada para ligar duas superfícies iguais, mantidas a 100C. O
sistema é exposto ao ar ambiente a 15C , com um coeficiente convectivo de 25
W/(m2.K).
a) Determine a taxa de calor trocada entre a aleta e o ambiente.
b) Em que ponto da aleta a temperatura é mínima? Por quê? Determine o valor da
temperatura mínima da aleta
110) Uma aleta retangular, com 2 cm de espessura, 3 cm de largura e 12 cm de
comprimento, é presa a duas superfícies mantidas em temperaturas diferentes. A base da
aleta é fixada a uma superfície mantida em 85ºC, enquanto a sua ponta é fixada a uma
superfície mantida em 35ºC. O conjunto é exposto a um ambiente a 15ºC, com coeficiente
convectivo de 20 W/m2.K. A aleta é feita em alumínio. Determine:
a) a taxa de calor perdida pela aleta;
b) a temperatura em x = 8 cm, medidos a partir da base da aleta.
111) Deseja-se resfriar um componente eletrônico através da colocação de aletas
retangulares de cobre de 2 cm de largura, 5 mm de espessura e 10 cm de comprimento. A
temperatura superficial do componente é mantida em 85C. O sistema é exposto a ar
ambiente a 15C, com coeficiente convectivo de 17 W/(m2.K). Considere condição de
troca convectiva de calor na ponta das aletas.
a) Determine a temperatura na ponta da aleta;
b) Suponha que as aletas sejam substituídas por aletas de mesmas dimensões, porém de
aço inoxidável (k = 50 W/m.K). Determine a temperatura na ponta de cada aleta. A
temperatura é maior, menor ou igual à temperatura encontrada no item (a)? Justifique.
112) Um dispositivo eletrônico com 50 mm de largura e 50 mm de altura dissipa uma
potência de 4 W. Ar a 25C escoa sobre o dispositivo, com um coeficiente convectivo de
15 W/m2.K. A temperatura superficial do dispositivo não pode, no entanto, ultrapassar
75C. Determine o número mínimo de aletas de cobre, de 1 mm de largura, 1 mm de
espessura e 25 mm de comprimento que deve ser soldado ao dispositivo para dissipar pelo
menos 4 W de potência, mantendo a temperatura superficial fixa em 75C. Para este
número mínimo de aletas, determine a eficiência do conjunto base + aletas. Considere
condição convectiva de calor na ponta das aletas.
113) Devido ao grande número de componentes nos chips dos PCs atuais, sorvedouros de
calor aletados são utilizados com freqüência para manter os chips a uma temperatura de
operação aceitável. Dois projetos de sorvedouros aletados devem ser analisados, ambos
com a área da base (sem aletas) de dimensões de 53 mm x 57 mm. As aletas possuem
seção reta quadrada e são fabricadas em uma liga de alumínio que possui condutividade
térmica de 175 W/m.K. Ar para o resfriamento pode ser suprido a 25°C. A temperatura
máxima permissível para o chip é de 75°C. Outras características do projeto e das
condições operacionais são apresentadas na tabela a seguir. Através de cálculos, determine
o melhor arranjo de aletas. Justifique sua resposta. Para efeitos de cálculo, considere que a
ponta das aletas é isolada termicamente.
Seção reta w x w Comprimento L Número de aletas Coef. Convectivo
Projeto
(mm2) (mm) na matriz (W/m2K)
A 3x3 30 6x9 125
B 1x1 7 14 x 17 375
198
Fenômenos de Transporte – 02/2011 Cristiana Brasil Maia
Transferência de Calor
Exercício 115
116) Para aumentar a dissipação de calor de um circuito integrado de 30 mm de largura e 40
mm de altura, propôs-se a utilização de 16 aletas piniformes de cobre de 5 mm de
diâmetro e 2 cm de comprimento. O circuito integrado é mantido em um ambiente a 15C,
com um coeficiente convectivo de 12 W/m2.K. A temperatura superficial do chip é de
80C. Considerando-se que as pontas das aletas são isoladas termicamente, determine:
a) A eficiência de uma aleta
b) A eficiência do conjunto base + aletas.
117) Aletas piniformes são amplamente utilizadas em sistemas eletrônicos para promover
resfriamento, bem como para dar sustentação aos componentes. Considere aletas
piniformes de 150 mm de comprimento e 25 mm de diâmetro, feitas de alumínio,
conectando dois dispositivos eletrônicos de seção quadrada (aresta a = 200 mm). Admita
que as superfícies expostas dos componentes se encontram a uma temperatura uniforme
de 80C e que a transferência de calor por convecção ocorra das superfícies expostas para
um fluido adjacente a uma temperatura de 20C, com coeficiente convectivo de 30
W/(m2.K). As superfícies laterais e traseiras dos componentes eletrônicos são
perfeitamente isoladas.
a) Obtenha a taxa de calor perdida por uma aleta;
b) Para um sistema constituído por 4 aletas piniformes ligando os dois dispositivos,
obtenha a taxa total de calor perdida para o ar ambiente.
199
Fenômenos de Transporte – 02/2011 Cristiana Brasil Maia
Transferência de Calor
Exercício 119
120) À medida que se aumenta o número de componentes colocados em um circuito
integrado, a quantidade de calor dissipada também aumenta. Entretanto, este aumento está
200
Fenômenos de Transporte – 02/2011 Cristiana Brasil Maia
Transferência de Calor
Exercício 120
121) A adição de aletas de alumínio foi sugerida para aumentar a taxa de dissipação de
calor de um dispositivo eletrônico com 1 m de largura e 1 m de altura. As aletas devem ter
seção transversal retangular, com 2,5 cm de comprimento e 0,25 cm de espessura, como
mostrado na figura. Devem ser instaladas 100 aletas. O coeficiente de transferência de
calor por convecção é estimado em 35 W/m2.K. Determine a razão entre a taxa de calor
dissipada pelo componente eletrônico (se não forem utilizadas aletas) e a taxa real
dissipada. Considere que as pontas das aletas são isoladas termicamente.
Exercício 121
122) Considere um chip quadrado de silício de 20 mm de largura, resfriado por um líquido
dielétrico a uma temperatura de 15C, com coeficiente convectivo uniforme de 850
W/m2.K. Sabe-se que a temperatura máxima admissível para o chip é de 85C.
a) Determine a potência máxima que o chip pode dissipar.
b) A fim de aumentar a potência máxima que o chip pode dissipar, foram colocadas 16
aletas piniformes de cobre, com 1 mm de diâmetro e 5 mm de comprimento.
201
Fenômenos de Transporte – 02/2011 Cristiana Brasil Maia
Transferência de Calor
Considerando condição convectiva nas pontas das aletas, determine a potência que o
conjunto chip + aletas é capaz de dissipar.
123) Sobre uma placa plana de 0,5 m de largura e 20 m de comprimento, escoa ar a 20oC. A
placa é mantida em uma temperatura uniforme de 100oC. O fluxo de calor da superfície
para o ar varia com a posição da placa, de acordo com a expressão q" ax 2 , onde a = 4W.
Determine: a) o coeficiente convectivo local na posição x = 10 m, b) o coeficiente global
de transferência de calor por convecção na placa e c) a taxa total de calor transferida.
124) Um longo cilindro circular de naftaleno sólido, com 20 mm de diâmetro e fabricado
em é exposto a uma corrente de ar que proporciona um coeficiente de transferência
convectivo de massa de hm 0,05m / s. A concentração molar do vapor de naftaleno na
superfície do cilindro é 5x10-6 kmol/m3 e a sua massa molecular é de 128 kg/kmol.
Calcule a taxa mássica de sublimação por unidade de comprimento do cilindro.
125) Para o escoamento de ar a 20oC e velocidade de 0,5 m/s sobre uma placa plana a uma
temperatura de 60oC, determine as espessuras das camadas limite fluidodinâmica e
térmica para as seguintes posições: a) x = 4 m, b) x = 20 m.
126) Para o escoamento do exercício anterior, determine o fluxo de transferência de calor
por convecção nas posições x = 4 m e x = 20 m.
127) Ar a 20C escoa sobre uma placa plana de comprimento L = 5 m e largura b = 1 m,
com uma velocidade de 2,5 m/s. A placa se encontra a uma temperatura de 180C.
Determine:
a) A espessura da camada limite fluidodinâmica em x = L/2;
b) A taxa total de calor perdida pela placa.
128) Ar a 20oC escoa sobre uma placa plana de 10 m de comprimento e 2 m de largura,
com uma velocidade igual a 2 m/s. A chapa se encontra a uma temperatura igual a 80oC.
Calcule:
a) o fluxo de calor na posição x = 6 m,
b) a taxa total de calor transferida para o ar, considerando escoamento turbulento desde o
início da placa,
c) a taxa real de transferência de calor.
129) Para o escoamento de ar a 25oC e velocidade de 2 m/s sobre uma placa plana de 15 m
de comprimento mantida a 95oC, determine:
a) uma expressão para o coeficiente local de transferência de calor por convecção em
função da posição,
b) o coeficiente global de transferência de calor e
c) a espessura da camada limite fluidodinâmica na posição x = 10m.
130) Água a 20C escoa sobre uma placa plana de 0,5 m de comprimento e 0,25 m de
largura, com velocidade igual a 0,5 m/s. A placa se encontra a uma temperatura igual a
60C. Determine:
a) O fluxo de calor em x = 0,5 m;
b) A taxa total de calor transferida da placa para a água.
131) Ar a 100C escoa sobre uma placa plana de 5 m de comprimento e 0,75 m de largura,
com velocidade V = 3,5 m/s. A placa se encontra a uma temperatura igual a 20C.
Determine:
a) A espessura da camada limite fluidodinâmica no final da placa;
b) O fluxo de calor em x = 2,5 m.
132) Ar a 25C escoa sobre uma placa plana de 3 m de comprimento e 0,9 m de largura,
com uma velocidade de 2,5 m/s. Se a placa se encontra a uma temperatura de 75C,
determine:
202
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Transferência de Calor
Exercício 133
134) Ar a 20C escoa sobre uma placa plana de 6 m de comprimento e 1 m de largura, com
uma velocidade de 1,5 m/s. A chapa se encontra a 100C. Determine a taxa total de calor
transferida para o ar.
135) Água a 20C escoa sobre uma placa plana de 10 m de comprimento e 1,5 m de largura,
com uma velocidade de 2 m/s. A chapa se encontra a 80C. Determine a taxa total de
calor transferida para a água.
136) Deseja-se resfriar uma superfície plana de 2 m de largura e 7 m de comprimento,
mantida em uma temperatura de 100C, através da passagem de uma corrente de ar a
20C.
a) Considerando que o escoamento é laminar ao longo de toda a placa, determine qual
deve ser a velocidade da corrente livre (constante) para garantir que seja retirada a taxa de
calor de 2 kW.
b) Verifique se a condição de escoamento laminar ao longo de toda a placa é aceitável.
137) Ar escoa sobre uma superfície plana aquecida, a uma velocidade de 1 m/s. A
superfície tem 1 m de largura e 50 m de comprimento. Se a superfície é mantida a 100C,
determine qual deve ser a temperatura do ar para garantir que uma taxa de calor de 10 kW
seja retirada da superfície. Assuma as propriedades para o ar:
5
( 1,076kg / m , 1,99x10 kg / m.s, k 0,0288W / m.K e Pr 0,705).
3
138) Ar a 20C e 1 m/s escoa entre duas placas planas paralelas, separadas por 5 cm (ver
figura), mantidas a 60C. As placas têm um comprimento total de 1,4 m e 20 cm de
largura.
a) Determine o comprimento necessário para que as camadas limite fluidodinâmicas se
encontrem;
b) Determine a taxa de transferência de calor trocada entre as placas e o ar, até uma
distância de 0,7 m. Considere que, até as camadas limite fluidodinâmicas se
encontrarem, uma placa não interfere na outra.
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Fenômenos de Transporte – 02/2011 Cristiana Brasil Maia
Transferência de Calor
204
Fenômenos de Transporte – 02/2011 Cristiana Brasil Maia
Transferência de Calor
Exercício 143
144) Água de refrigeração a 15C escoa a 10 m/s sobre uma superfície plana a 45C, em um
transformador elétrico. O comprimento total da superfície é de 0,25 m e a sua largura é de
0,1 m.
a) Determine a posição x na qual o escoamento se torna turbulento;
b) Considerando escoamento turbulento ao longo de toda a placa, determine a taxa total
de calor retirada pela água.
c) Determine a taxa real de calor retirada pela água.
d) A hipótese de escoamento turbulento ao longo de toda a placa poderia ser utilizada?
Justifique.
145) Um trocador de calor para o aquecimento de mercúrio líquido está em
desenvolvimento. Ele pode ser visualizado como uma placa plana de 150 mm de
comprimento e 30 cm de largura. A placa é mantida a 70C e o mercúrio flui
paralelamente ao lado mais curto, a 0,3 m/s e temperatura de 15C. Determine a taxa total
de calor fornecida para o mercúrio. Assuma as seguintes propriedades para o mercúrio:
( 13500 kg / m3 , 14,05x104 kg / m.s, k 9,4 W / m.K e Pr 0,0207 ).
Exercício 145
146) Deseja-se retirar calor de uma superfície mantida a uma temperatura de 100C. Sobre
a placa, escoa ar a 20C, com uma velocidade de 10 m/s. A placa tem 20 m de
comprimento e 0,75 m de largura.
a) Determine a espessura da camada limite fluidodinâmica no final da placa.
b) Determine a taxa total de calor transferida da placa para o ar. Justifique todas as
considerações feitas.
205