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Em 2016 publicação do JAMA (SEPSIS 3) sugeriu mudança na definição da sepse. Como ainda não é bem estabelecido
aderirmos a essas mudanças, devemos conhecer os 2 conceitos e aplica-los com bom senso
→ Hoje conceitua-se SEPSE como a presença de disfunção orgânica ameaçadora à vida secundária à resposta
desregulada do organismo à infecção. Sendo que o diagnóstico clínico de disfunção orgânica se baseia na variação de
dois ou mais pontos no escore Sequential Organ Failure Assessment (SOFA). Sugere-se também o uso de um escore
SOFA simplificado, denominado “quick SOFA” (qSOFA).
→ O qSOFA Trata-se de uma ferramenta a ser utilizada a beira do leito para identificar rapidamente pacientes adultos
com maior probabilidade de ter desfechos clínicos desfavoráveis, se eles apresentarem infecção. Assim, trata-se de
uma ferramenta apenas para triagem, que procura identificar pacientes graves, e que não deve ser utilizada para
definição de sepse. O qSOFA fornece um alarme que significa “não perca tempo, se você ainda não fez nada, por
favor aja agora com rapidez”. O qSOFA é positivo quando o paciente apresenta pelo menos dois dos critérios clínicos
a seguir:
frequência respiratória > 22/incursões por minuto.
alteração do nível de consciência (escore segundo a Escala de Coma de Glasgow inferior a 15).
pressão arterial sistólica de < 100mmHg
OBS1: A presença dos critérios da síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SRIS) não é mais necessária para a
definição.
OBS2: Uma das mensagens principais é a de que todos os casos de sepse devem ser considerados como doença
grave, de forma que a expressão “sepse grave” deve ser abolida.
OBS3: Define-se choque séptico como “um subgrupo dos pacientes com sepse que apresentam acentuadas
anormalidades circulatórias, celulares e metabólicas e associadas com maior risco de morte do que a sepse
isoladamente”. Os critérios diagnósticos de choque séptico são a “necessidade de vasopressor para manter uma
pressão arterial média acima de 65mmHg após a infusão adequada de fluidos, associada a nível sérico de lactato
acima de 2mmol/L.
Aqui no Brasil em muitos lugares ainda mantemos os critérios de SIRS para triagem e avaliação
dos pacientes com suspeita de sepse na sala de urgência, visto serem mais sensíveis que os novos
critérios propostos.
Recomenda-se considerar diagnóstico de sepse em pacientes com suspeita de infecção e dois (2)
critérios de Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica (SIRS):
1. Temperatura > 38,3°C ou < 36 °C;
2. Frequência cardíaca > 90 bpm;
3. Frequência respiratória > 20 irpm;
4. Leucócitos > 12000/mm³ ou < 4000/mm³ ou mais que 10% de formas jovens;
5. Proteína C reativa acima de 2 x o valor normal.
③ Recomenda-se a utilização de antibioticoterapia intravenosa empírica em 1 hora, com consulta do guia da CCIH
local para a escolha do antimicrobiano para a infecção diagnosticada ou suspeita.
④ Recomenda-se reposição volêmica agressiva para pacientes hipotensos ou com lactato sérico >2 X o valor
normal, com cristalóides na dose de pelo menos 20- 40 ml/kg nas primeiras 3 horas. A utilização sequencial de
fluidos deve ser guiada por avaliação frequente do estado hemodinâmico.
⑤ Em pacientes que permaneçam com hipotensão ou pressão arterial média < 65 mmHg - PAM= PAD + (PAS-PAD) /
3, deve ser iniciado vasopressor. O vasopressor de escolha é a noradrenalina.
⑥ Em pacientes que permaneçam com hipotensão apesar da reposição volêmica e vasopressores, indica-se
hidrocortisona EV na dose d 200 mg/dia.
Dentro de 6 horas recomenda-se reavaliação da volemia e perfusão tecidual, uso de vasopressores para
manter PA média acima de 65 mmHg quando necessário, reavaliação do nível de lactato em pacientes com
hiperlactemia inicial.