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1º ano - Relações Internacionais – Teoria do Comércio Internacional

Homework 2

Modelo de David Ricardo e Modelo de Hecksher-Ohlin-Samuelson

Trabalho elaborado por:


Nome: Bárbara Morim
Nº de aluno: A83540
Email: a83540@alunos.uminho.pt
Data: 08/04/2018
1. Se os EUA são abundantes em trabalho especializado relativamente a não especializado, então o teorema
de Stolper-Samuelson sugere que quando aumentam o seu comércio com a China, a desigualdade salarial
nos EUA aumenta. Discuta, indicando ainda qual será o comportamento esperado para a China.

O teorema de Stolper-Samuelson advém do teorema de Hecksher-Ohlin que dita que uma economia exportará os bens que
são intensivos nos seus fatores produtivos mais abundantes. Deste modo, o teorema de Stolper-Samuelson complementa o
anterior, afirmando que o preço relativo do bem X aumenta, originando um aumento na remuneração do fator produtivo
utilizado no bem X, enquanto que a remuneração real do bem Y diminui.

Considerando o caso dos EUA e a China apresentado, supõe-se que em vez de trabalho (L) e capital (K), ( dois fatores de
produção do modelo HO), consideramos o trabalho especializado com salários elevados e trabalho não especializado com
salários reduzidos.

Portanto, quando aumenta o comércio com a China, se os EUA são abundantes em trabalho especializado, irão exportar mais
esse género de L ( pois direciona a sua economia nesse sentido), aumentando ainda mais o salário real do trabalho
especializado, e por conseguinte diminuindo o salário de trabalho não especializado, aumentado a desigualdade salarial
entre os dois.

Já a China, quando aumenta o comércio com EUA, se a China é abundante em trabalho não especializado, irá exportar bens
desse trabalho, aumentando o salário que por si é reduzido do não especializado, havendo aproximação ao salário elevado
do trabalho especializado , logo a diferença entre os dois trabalhos irá diminuir.
2. Explique graficamente os teoremas de Stolper-Samuelson e Rybczynski.
Teorema Rybczynski: a preços constantes, o aumento de oferta de um fator de produção provoca o aumento da
produção do bem que advém desse fator abundante. Consequentemente, vai diminuir a quantidade do bem
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que utiliza o outro fator. Exemplo: aumento no preço do bem X com o aumento do capital (𝐾 𝑎𝐾𝑥 passou para
𝐾2
𝑎𝐾𝑥 ), sendo este último o fator abundante desse bem, o que originou um aumento de Qx e diminuição de Qy.

Qx Legenda:
𝐿 L = 𝑎𝐿𝑥 ∗ 𝑄𝑥 + 𝑎𝐿𝑦 ∗ 𝑄𝑦
𝑎𝐿𝑥 L: trabalho
K: capital
K = 𝑎𝑘𝑥 ∗ 𝑄𝑥 + 𝑎𝐾𝑦 ∗ 𝑄𝑦
aLx: trabalho utilizado para a
𝐾2
𝑎𝐾𝑥 produção do bem X
ΔQx>ΔQy aLy: trabalho utilizado para a
Q2 x
𝐾1 produção do bem Y
𝑎𝐾𝑥 aKx: capital utilizado para a
produção do bem X
Q1x aKy: capital utilizado para a
produção Y
Qx: quantidade do bem X
Qy: quantidade do bem Y
Q2 y Q1 y
𝐾1 𝐾2 Qy
𝐿 𝑎𝐿𝑦 𝑎𝐿𝑦
𝑎𝐿𝑦
2. Explique graficamente os teoremas de Stolper-Samuelson e Rybczynski.
Teorema Stolfer-Samuelson: para aumentar a produção de um bem que subiu de preço, os produtores terão de
utilizar mais o fator abundante desse bem, oferecendo um valor de remuneração mais que proporcional,
diminuindo a remuneração do outro fator. Assim, quanto mais intensivamente for um fator utilizado de um
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bem, maior será o seu preço (remuneração aumenta de 𝑃 𝑥 𝑎𝐿𝑥 para 𝑃 𝑥 𝑎𝐿𝑥) relativamente ao outro fator. A
subida de preços corresponde a um bem intensivo em trabalho (L), portanto o w irá aumentar de w1 para w2
(Δw= w2-w1 ), sendo este valor maior que a diferença de preços do bem X (Δ𝑃𝑥 𝑎𝐿𝑥), decrescendo o valor de r
(Δr= r2-r1 <0).
r Legenda:
𝑃2 𝑥 𝑎𝐾𝑥
𝑃𝑥 = 𝑎𝐿𝑥 ∗ 𝑤 + 𝑎𝐾𝑥 ∗ 𝑟 Px: preço do bem X
𝑃1𝑥 Py: preço do bem Y
𝑎𝐾𝑥 𝑃𝑦 = 𝑎𝐿𝑦 ∗ 𝑤 + 𝑎𝐾𝑦 ∗ 𝑟 aLx: trabalho utilizado para a
produção do bem X
𝑃𝑦 𝑎𝐿𝑥 𝑎𝐿𝑦 aLy: trabalho utilizado para a
𝑎𝐾𝑦r1 > produção do bem Y
𝑎𝐾𝑥 𝑎𝐾𝑦
aKx: capital utilizado para a
r2
Δw>Δ𝑃𝑥 produção do bem X
𝑎𝐿𝑥
aKy: capital utilizado para a
produção Y
Δw Δ𝑃𝑥 𝑎𝐿𝑥 r: juros
w: salário
𝑃2𝑥 𝑃𝑦
𝑎𝐿𝑦 w
w1 𝑃1𝑥
𝑎𝐿𝑥 𝑎𝐿𝑥
3. Considere dois países, A e B, com as seguintes dotações, e dois bens S e T :
LA = 45 KA = 15
LB = 20 KB = 10
Considere ainda que o bem S é capital intensivo. Que país exportará o bem T?
Porquê?
𝑎𝐾𝑆 𝑎𝐾𝑇
O bem S é capital intensivo, logo >
𝑎𝐿𝑆 𝑎𝐿𝑇

𝒂𝑲
País 𝒂𝑳 𝑎
Assim, como o rácio, entre o capital (K) e trabalho (L) ( 𝐾𝑆 )
𝑎𝐿𝑆
no País B, é maior que o rácio de capital e trabalho no país
A 15 1
= País A, então o país B produz o bem S e o país A produz o
45 3 bem T, sendo o bem T trabalho intensivo.
B 10 1
=
20 2
4. Considere duas economias, H e F, descritas a seguir. Cada uma tem uma dotação fixa
de trabalho, e pode produzir dois bens A e B, usando os requisitos unitários de trabalho
abaixo indicados.
Dotação em L A B
L = 𝑎𝐿𝐴 ∗ 𝑄𝐴 + 𝑎𝐿𝐵 ∗ 𝑄𝐵
H 100 10 30 Para o País H:
100= 10 * QA + 0 → QA= 10
F 200 30 50 100= 30 * QB + 0 → QB= 3,3

a) Desenhe a curva de possibilidades de produção para os dois países. Para o País F:


200= 30 * QA + 0 → QA= 6,67
QA QA 200= 50 * QB + 0 → QB= 4
10

6,67
FPP do País H FPP do País F

3,3 QB 4 QB
4.b) Calcule os preços relativos autárcicos dos dois bens.

Os preços relativos em autarcia para o país são iguais aos custos de oportunidade (C ) que o bem tem por não produzir o
outro:

Para o País H: 𝑃𝐴 10
𝐶𝐴 , 𝐵 → = 3,03 Preço relativo do bem A
= 𝑃
𝐵 3,3

𝑃𝐵 3,3
𝐶𝐵 , 𝐴 → = 0,33 Preço relativo do bem B
= 𝑃
𝐴 10

𝑃𝐴 6.67
Para o país F: 𝐶𝐴 , 𝐵 = 𝑃
→ = 1,67 Preço relativo do bem A
𝐵 4

𝑃𝐵 4
𝐶𝐵 , 𝐴 → = 0,60 Preço relativo do bem B
= 𝑃 6,67
𝐴
4.c) Que país tem vantagens absolutas no bem A? E no bem B? e que país tem vantagem comparativa no
bem A? E no bem B? Porquê?
O país H tem vantagens absolutas tanto de produzir o bem A como o bem B, uma vez que para produzir uma
unidade de bem A, utiliza somente 10 unidades de trabalho, enquanto o país F usa 30 unidades de trabalho. Pelo
que, para o bem B, o país H utiliza 30 unidades de trabalho, enquanto que o país F usa 50 unidades. Portanto o
país H tem mais vantagem absoluta em produzir os dois bens relativamente ao país F pois utiliza menos unidades
de trabalho em geral.
A nível de vantagens comparativas, o país H tem vantagens comparativas em produzir o bem A, uma vez que o
1 5
custo de oportunidade é menor ( 3 ), pelo que compensa importar o bem B do país F, cujo o preço é de 3 ,
(inferior ao seu custo de produção que é de 3). Enquanto que o país F, tem vantagens comparativas em produzir
5
o bem B, visto que o seu custo de oportunidade é de 3, compensando importar o bem A visto que o seu custo de
3 1
produção( 5 ) é maior do que no país H ( 2 ). Logo o país H especializa-se na produção de A, e o país F especializa-
se no bem B, entrando no mercado internacional.
Custos de oportunidade
𝒂𝑳𝑨 𝒂𝑳𝑩
País aLA aLB
𝒂𝑳𝑩 𝒂𝑳𝑨
1
H 10 30 3
3
3 5
F 30 50
5 3
4.d) Quais são os salários autárcicos dos trabalhados no país H, em unidades do bem A por unidade de
trabalho? E em unidades do bem B? e no país F? Na sua opinião, em que país os trabalhadores estão
melhor, em autarcia?

Os salários relativos autárcicos, em unidades de bem X, são recíprocos ao requisito de trabalho unitário na
𝟏
produção desse bem . Assim, o salário relativo é igual à produtividade = :
𝒂𝑳𝒙

Salários relativos em autarcia


Em unidades de bem A Em unidades de bem B
País H 1 1 1 1
= = 0,1 = = 0,033
𝑎𝐿𝐴 10 𝑎𝐿𝐵 30
País F 1 1 1 1
= = 0,033 = =0,02
𝑎𝐿𝐴 30 𝑎𝐿𝐵 50

Os trabalhadores estão melhor no país H, visto que os salários relativos em autarcia no país H, quer
para bem A, quer para o bem B são mais elevados do que os salários no país F para ambos os bens.
5. Explique o paradoxo de Leontief, e indique duas explicações possíveis.
O paradoxo de Leontief derivou do teste empírico realizado por Leontief sobre o modelo de HO, mais especificamente
sobre o teorema que dita que os países irão exportar os bens cuja produção requer mais dos fatores abundantes nesse
país, e importar os bens cuja produção depende mais dos fatores mais escassos nesse país ( Teorema de Heckscher-
Ohlin).
Deste modo, Leontief pressupôs que os EUA eram um país de capital abundante ( escasso em fator trabalho)
relativamente ao estrangeiro. Por isso, os dados retirados deveriam provar que o rácio de K/L nas empresas norte-
americanas seria maior que nas indústrias de substituição das importações. Porém, os resultados do teste empírico
mostraram que os EUA estavam a exportar bens de trabalho intensivo para o estrangeiro, em troca de importações de
bens de capital intensivo. A esta discrepância apelidou-se de Paradoxo de Leontief, pelo que outros estudos
confirmaram este paradoxo para a economia dos EUA entre a segunda guerra mundial (1939-1945) e 1970.
Uma das explicações para este fenómeno poderia ser o enviesamento do mercado ou seja uma alteração nos padrões
de consumo ( procura). Assim, se o consumo nos EUA for essencialmente de bens de capital intensivos e se o
estrangeiro tiverem maior preferência por bens de trabalho intensivo, então os EUA irão direcionar a sua produção
para bens de trabalho intensivo, logo a remuneração do trabalho será menor nos EUA, pelo que exportariam bens com
fator L abundante.
Outra explicação poderia ser a eficiência do trabalho nos EUA, ou seja o nível de qualificação do trabalho da mão de
obra norte americana, que em regra geral é mais especializada. Assim, uma melhor eficiência de gestão de trabalho e
condições industriais favoráveis, proporcionava que o trabalhador/ano nos EUA equivalessem a mais de um
trabalhadores/ano no estrangeiro. Levaria a um aumento de bens de trabalho intensivo, visto que as exportações de
mão de obra especializada e qualificada iria aumentar.

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