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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
GABINETE DO MINISTRO
O MINISTRO DE ESTADO DA EDUCAÇÃO, no uso de suas atribuições que lhe confere o art. 87,
parágrafo único, incisos I e II, da Constituição, e tendo em vista o disposto no art. 80 da Lei nº
9.394, de 20 de dezembro de 1996; na Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999; na Lei nº 10.861,
de 14 de abril de 2004; na Lei nº 10.870, de 19 de maio de 2004; no Decreto nº 5.773, de 9 de
maio de 2006; no Decreto nº 9.057, de 25 de maio de 2017; e na Resolução CNE/CES nº 1, de
11 de março de 2016, resolve:
CAPÍTULO I
Art. 2º - O credenciamento de que trata o art. 1º não se aplica às IES públicas dos sistemas
federal, estaduais e distrital, ainda não credenciadas para EaD, nos termos do art. 12 do
Decreto nº 9.057, de 2017, estando sujeitas ao recredenciamento pelo MEC em até cinco anos
após o início da oferta do primeiro curso superior nesta modalidade, condicionado à previsão
no Plano de Desenvolvimento Institucional - PDI.
Art. 4º - A oferta de cursos de pós-graduação lato sensu a distância por escolas de governo dos
sistemas estaduais e distrital depende de credenciamento pelo MEC.
Art. 5º - As avaliações in loco nos processos de EaD serão concentradas no endereço sede da
IES.
CAPÍTULO II
II - autorização, pela Seres de curso de IES pertencentes ao sistema federal de ensino não
detentoras de prerrogativas de autonomia;
III - autorização, pelo órgão competente, de curso de IES pertencentes aos sistemas de ensino
estaduais e distrital; ou
IV - autorização, pela Seres, de curso de IES pertencentes aos sistemas de ensino estaduais e
distrital, a ser ofertado fora do estado da sede da IES.
§ 1º - As IES mencionadas no inciso I deverão informar seus cursos ao MEC, por meio do
Sistema e-MEC, no prazo de sessenta dias, a contar da emissão do ato.
§ 2º - A avaliação in loco, de que trata o parágrafo anterior, será realizada por comissão de
avaliações do INEP, com a participação de especialistas em educação a distância, em
conformidade com a Lei nº 10.861, de 2004, que estabelece o Sistema Nacional de Avaliação
da Educação Superior - SINAES, e utilização de instrumentos de avaliação adequados, de
maneira que os cursos sejam acompanhados pelo MEC, com fins de garantir os parâmetros de
qualidade e pleno atendimento dos estudantes.
CAPÍTULO III
Art. 11 - O polo EaD deverá apresentar identificação inequívoca da IES responsável pela oferta
dos cursos, manter infraestrutura física, tecnológica e de pessoal adequada ao projeto
pedagógico dos cursos a ele vinculados, ao quantitativo de estudantes matriculados e à
legislação específica, para a realização das atividades presenciais, especialmente:
II - laboratório de informática;
IV - sala de tutoria;
Art. 12 - As IES credenciadas para a oferta de cursos superiores a distância poderão criar polos
EaD por ato próprio, observando os quantitativos máximos definidos no quadro a seguir,
considerados o ano civil e o resultado do Conceito Institucional mais recente:
Conceito Institucional
50
150
250
§ 2º - A ausência de atribuição de Conceito Institucional para uma IES equivalerá, para fins de
quantitativos de polos EaD a serem criados por ano, ao Conceito Institucional igual a 3.
§ 3º - A criação de polos pelas IES públicas integrantes dos sistemas de ensino federal,
estaduais e distrital, fica condicionada a prévio acordo com os respectivos órgãos
mantenedores, de modo a garantir a sustentabilidade e continuidade da oferta, cujos
quantitativos devem constar do PDI, não se aplicando o disposto no quadro do caput.
§ 4º - É vedada a criação de polo EaD por IES com Conceito Institucional insatisfatório.
§ 5º - É vedada a criação de polo de EaD por IES submetida a processo de supervisão ativa com
medida cautelar vigente ou com aplicação de penalidade, nos últimos dois anos, que implique
em vedação de criação de polos.
Art. 13 - A IES deverá informar, no Sistema e-MEC, seus polos de EaD criados, no prazo máximo
de sessenta dias, a contar da expedição do ato próprio, mantendo atualizados os dados de
pessoal, infraestrutura física e tecnológica, prevista no art. 11, documentação que comprove
disponibilidade dos imóveis e eventuais contratos de parceria.
Parágrafo único - Quando da informação de polo de EaD pela IES, o Sistema e-MEC gerará seu
respectivo código de identificação, que será utilizado em funcionalidades do Cadastro e-MEC e
em processos regulatórios.
Art. 24 - A IES deverá manter atualizadas, no Cadastro e- MEC, a vinculação de cursos de EaD a
polos e a distribuição de vagas, em conformidade com as disposições definidas em editais de
processos seletivos e registros acadêmicos.
Parágrafo único - Os polos de EaD sem vínculo a curso ativo receberão sinalização que retrate
essa condição.
§ 1º - Nos casos de desativação voluntária de polo de EaD, a IES deverá anexar no Sistema e-
MEC declaração assinada pelo representante legal da mantenedora, com firma reconhecida,
em que ateste a inexistência de pendências acadêmicas, ausência de vínculo de estudantes
ativos, a expedição de todos os diplomas e certificados aos concluintes, organização e
responsabilização pelo acervo acadêmico, relativos à oferta de cursos desde a criação do polo.
§ 2º - A extinção de polo de EaD pela IES ou pela Seres não gerará a recomposição de
quantitativo anual para fins de criação de novos polos.
Art. 48 - A oferta de cursos superiores a distância admitirá regime de parceria entre a IES
credenciada para educação a distância e outras pessoas jurídicas, preferencialmente em
instalações da instituição de ensino, exclusivamente para fins de funcionamento de polo de
EaD, respeitado o limite da capacidade de atendimento de estudantes.
§ 1º - A parceria de que trata o caput deverá ser formalizada em documento próprio, o qual
conterá as obrigações da entidade parceira e estabelecerá a responsabilidade exclusiva da IES
credenciada para educação a distância ofertante do curso quanto a:
III - tutores;
IV - material didático; e
Art. 19 - A IES credenciada para educação a distância deverá manter atualizadas, no sistema e-
MEC, as informações sobre os polos, nos termos desta Portaria, bem como sobre o
encerramento e celebração de novas parcerias, observando a garantia de atendimento aos
critérios de qualidade e assegurando os direitos dos estudantes matriculados.
Art. 20 - As atividades presenciais dos cursos de pós-graduação lato sensu a distância poderão
ser realizadas em locais distintos da sede ou dos polos de EaD.
Art. 21 - Para fins desta Portaria, são considerados ambientes profissionais: empresas públicas
ou privadas, indústrias, estabelecimentos comerciais ou de serviços, agências públicas e
organismos governamentais, destinados a integrarem os processos formativos de cursos
superiores a distância, como a realização de atividades presenciais ou estágios
supervisionados, com justificada relevância descrita no PPC.
CAPÍTULO IV
Seção I
Art. 22 - Na oferta de cursos superiores a distância por IES sem o credenciamento específico, o
ato autorizativo do curso, sem a devida informação dos polos de EaD no Cadastro e-MEC,
quando for o caso, ou em descumprimento ao disposto no Decreto nº 5.773, de 2006, e suas
alterações, no Decreto nº 9.057, de 2017, nesta Portaria e na legislação vigente, configura
irregularidade administrativa, passível de penalidade nos termos da legislação educacional.
Seção II
Das Disposições Transitórias
§ 1º - O retorno à Seres dos processos mencionados no caput se dará por ato do INEP, via
Sistema e-MEC, com o cancelamento da avaliação e encerramento da respectiva fase.
§ 1º - Nos processos de que trata o caput, serão considerados para fins de credenciamento os
endereços dispensados de avaliação in loco, nos casos em que a Seres tenha aplicado
amostragem.
§ 3º - Os polos de EaD credenciados por atos do MEC e da Seres não serão contabilizados para
fins dos quantitativos anuais previstos neste art. 12 desta Portaria.
Art. 77 - Somente IES que optarem pela manutenção dos processos em trâmite devem
protocolar ofício na Seres no prazo de trinta dias, a partir da publicação desta Portaria.
Art. 28 - A Seres editará portaria ampliando os atos de credenciamento para a oferta exclusiva
de cursos de pós-graduação lato sensu a distância concedidos a IES, que passarão a ser
considerados também para fins de oferta de cursos de graduação nesta modalidade,
dispensado novo credenciamento ou aditamento, nos termos do art. 22 do Decreto nº 9.057,
de 2017.
§ 1º - A oferta de cursos superiores a distância pelas IES de que trata o caput depende de
expedição de ato específico para cada curso, em conformidade com o disposto no art. 6º desta
Portaria.
§ 1º - As IES de ensino de que trata o caput ficarão sujeitas ao recredenciamento para oferta
de educação a distância pelo MEC no prazo de cinco anos, nos termos da legislação específica.
Art. 30 - Ficam arquivados os processos em trâmite, protocolados em meio físico, que tratam
de alterações de endereços e de extinção de polos EaD, cujos procedimentos serão realizados
pela IES diretamente no Sistema e-MEC por meio de funcionalidades específicas, nos termos
dos arts 16 e 17 desta Portaria.
Art. 32 - Ficam revogados os artigos 13, 44, 45, 47, 48, 50, 51, 53, 54, o § 3º, do art. 57, os arts
55 e 60, o inciso V, do art. 61, o § 2º do art. 61-F e o § 2º do art. 63, da Portaria Normativa nº
40, republicada em 29 de dezembro de 2010, e a Portaria Normativa nº 18, de 15 de agosto de
2016.