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E
ste capítulo trata de algumas das principais relações de caráter tecnológico
do país com o exterior, tal como elas aparecem em termos de fluxos de
compras e vendas, pagamentos e recebimentos. Resumidamente, o texto
reúne e analisa os elementos de um Balanço de Pagamentos Tecnológico amplo,
para o Brasil e para o estado de São Paulo, além de tratar também de um tema
correlato: patentes e direitos assemelhados.
Em que consiste um Balanço de Pagamentos Tecnológico? Essa é a primeira
pergunta que se procura enfrentar, encaminhando uma resposta analítica e empírica
sem, no entanto, dispor de uma adequação perfeita das informações aos conceitos.
Como outras definições, que se apresentam de uma forma meramente
contábil e aparentemente simples, a de Balanço de Pagamentos Tecnológico já
foi objeto de diferentes abordagens. No espaço exíguo deste trabalho, evita-se a
reconstituição minuciosa e exaustiva das diversas alternativas, indicando-se apenas
uma definição e caminhando diretamente para uma operacionalização adequada
aos propósitos deste estudo.
Para explicitar a opção escolhida e os seus motivos procura-se,
preliminarmente, definir os contornos de um Balanço de Pagamentos Tecnológico,
voltando ao conceito básico. Um Balanço de Pagamentos apresenta um quadro
sintético das relações de uma economia com o exterior. Trata-se normalmente de
um país, mas pode ser eventualmente uma região subnacional (estado ou província)
ou formada por um conjunto de países (União Européia, por exemplo). O Balanço
de Pagamentos é composto por fluxos comerciais, de serviços e de capitais.
Analogamente, o Balanço de Pagamentos Tecnológico deve apresentar um quadro
– sintético, mas abrangente – dos aspectos tecnológicos envolvidos nas relações de
uma economia com o exterior em todas essas dimensões.
O critério adotado procura contemplar a realidade dos fenômenos
tecnológicos do Brasil e de São Paulo, incluindo-se no Balanço os fluxos comerciais e de
serviços com conteúdo tecnológico conhecido ou inferido. Esse procedimento parece o mais
adequado para um país como o Brasil, onde o nível de industrialização é
intermediário, há forte presença de empresas de capital estrangeiro, as empresas
locais são modestamente internacionalizadas e uma fração muito relevante das
relações tecnológicas está embutida em ou vinculada a produtos.
Evidentemente, a compra ou venda de um conhecimento, de uma marca ou de
uma franquia, assim como de seus direitos de utilização, possui características muito
distintas de uma compra (ou venda) de um equipamento ou de um insumo, por mais
elevada que seja a sua intensidade tecnológica. Essa diferença justificou a escolha,
pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), de
um critério muito restrito para a construção daquilo que se convencionou chamar
Balanço de Pagamentos Tecnológico. Por tal critério, apenas as transações de compra
e venda de elementos imateriais (intangíveis) devem constar do Balanço.
Entretanto, parece indiscutível que as relações comerciais possuem também
um conteúdo tecnológico importante e, na fase atual, crescente. A tendência ao
reforço da economia digital e a importância cada vez maior dos programas de
informática têm favorecido a incorporação de elementos imateriais (serviços) aos
produtos de consumo e sobretudo aos equipamentos. Por essa razão, existem
vínculos cada vez mais estreitos entre produtos e serviços, os primeiros tornando-
se suporte físico destes últimos, a fonte do valor desmaterializando-se e o conteúdo
de produtos assumindo características imateriais.
Neste trabalho, a escolha recaiu sobre a abordagem mais abrangente, ao
considerar as diversas relações externas envolvendo tecnologia como merecedoras
7-4 Capítulo 7 - Balanço de Pagamentos Tecnológico e Propriedade Intelectual
de constar no respectivo quadro sintético – o Balanço pagamentos e ingressos contém algumas imperfeições
de Pagamentos de Produtos e Serviços com Conteúdo e lacunas, mas permite uma abordagem estratificada
Tecnológico (BP-Tec). Opção análoga, como se verá por unidade da federação. Permite, igualmente, uma
adiante, é apresentada em trabalhos de instituições segmentação dos pagamentos em categorias de
de países industrializados muito avançados, como a serviços tecnológicos – desde aqueles que são
National Science Foundation (NSF), dos Estados indiscutivelmente tecnológicos, como o uso de
Unidos, cujos estudos, ademais, inspiraram a patentes, até aqueles que possuem uma ênfase
organização deste volume. comercial. Na realidade, a abrangência das categorias
Após a apresentação preliminar dos argumentos englobadas dentro dos serviços tecnológicos revela
a favor dessa opção e dos procedimentos corres- que eles têm, para além de suas enormes diferenças,
pondentes (itens 1 e 2), o tópico seguinte deste capítulo uma importante semelhança: direitos de propriedade
trata dos fluxos comerciais com conteúdo tecnológico exclusivos que ensejam, por isso, pagamentos
(item 3). Essa seção desdobra-se em duas abordagens, correspondentes.
de caráter complementar. Na primeira, busca-se Finalmente, a quinta parte deste capítulo
quantificar e analisar os fluxos comerciais a partir de examina o sistema de patentes brasileiro, abrangendo
estratificações que permitem examinar os diferentes as empresas atuantes no Brasil e as empresas (e
tipos de produtos. Para isso, o trabalho lança mão de instituições) brasileiras no exterior. A fonte principal
metodologia internacional desenvolvida ante- das informações utilizadas é o Instituto Nacional da
riormente, aplicando-a ao caso brasileiro. Na segunda Propriedade Industrial (INPI), do Ministério do
abordagem, os fluxos comerciais são estratificados por Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
três faixas mais amplas, segundo o nível tecnológico. (MDIC), complementada por fontes internacionais
O valor médio (quociente entre o valor e o disponíveis na Internet. Essa seção procura examinar
peso) dos produtos pode ser utilizado, em grande alguns indicadores tradicionais, como o índice de
número de casos, como uma boa aproximação da inovatividade, revelando aspectos alarmantes sobre o
intensidade industrial e tecnológica dos produtos padrão brasileiro de produção tecnológica.
comercializados. Adiantando informações que serão
desenvolvidas mais adiante, pode-se dizer que as 1. Conceito de Balanço de
exportações brasileiras obtiveram um valor médio, Pagamentos Tecnológico
por quilograma, de US$ 0,21(em 1999), enquanto as
importações alcançaram um valor médio de US$ Existem diversas questões conceituais, meto-
0,58, mas ambas apresentaram elevadas dispersões dológicas e operacionais envolvidas na elaboração de um
(ver seção 2). As diferenças entre o valor médio das Balanço de Pagamentos Tecnológico, das quais destacam-
vendas e das compras externas são ainda mais se duas. A primeira refere-se à inclusão ou exclusão dos
importantes numa perspectiva de longo prazo: entre fluxos comerciais, quer dizer, à definição do que é
o início dos anos 70 e o final dos anos 90, o valor comércio internacional de produtos com conteúdo
médio das compras foi multiplicado pelo fator 6, tecnológico. A segunda questão diz respeito à delimitação
enquanto o valor médio das vendas foi multiplicado clara dos pagamentos por serviços tecnológicos, o que envolve
pelo fator 3. O crescimento da economia brasileira, dois aspectos. O primeiro compreende a delimitação dos
nos anos 70, e as transformações da década de 90 pagamentos que correspondem, efetivamente, a serviços
não evitaram o agravamento das assimetrias. tecnológicos. O segundo decorre da necessidade de
Se os itens 3 e 4 deste capítulo apresentam os diferenciar os serviços que envolvem transferência efetiva
dois aspectos operacionalizáveis de um balanço de tecnologia (com apropriação local e possibilidades de
tecnológico (comércio de produtos com conteúdo desenvolvimento subseqüentes) daqueles que cor-
tecnológico e serviços tecnológicos), as seções 4 e 5 estão respondem a seu uso parcial e restrito. Dito de outra
articuladas entre si por um outro vínculo: uma trata dos forma, existem mecanismos contratuais (formais) e
serviços tecnológicos, a outra das patentes; aquela traduz, concretos (tácitos) que dificultam a plena transferência
em fluxos financeiros, o que esta mostra em fluxos de de conhecimentos e tecnologias.
direitos de propriedade industrial e congêneres. Seria possível sustentar que os pagamentos
A origem das informações do item serviços é tecnológicos referem-se exclusivamente aos paga-
o Banco Central do Brasil. Essa fonte de registro de mentos e recebimentos a título de serviços tecnológicos.
Indicadores de Ciência, Tecnologia e Inovação em São Paulo - 2001 7-5
É isso o que faz a OCDE, uma instituição internacional matrizes estadunidenses e suas filiais implantadas em
importante e representativa da orientação do bloco dos outros países (NSF, 1998), entre as quais as relações
países mais ricos do mundo.1 . intrafirma desenvolvem-se em ritmo mais acelerado
No entanto, há uma importante razão para a do que as demais.
inclusão dos fluxos comerciais em um Balanço de Economias como a brasileira estão longe desse
Pagamentos Tecnológico. No Brasil, diferentemente de patamar e devem ser consideradas de acordo com sua
um bom número de países avançados, a maior parte dos realidade. A balança comercial foi, portanto, tratada
fluxos tecnológicos está incorporada em produtos (bens neste texto de uma forma que permite identificar o
físicos, materiais, mesmo que de conteúdo e valor conteúdo tecnológico dos produtos. Como se verá, a
adicionado crescentemente imateriais). O Brasil é importância desses fluxos comerciais com (elevado)
exportador modesto de tecnologia na forma de serviços, conteúdo tecnológico é bastante superior à dos fluxos
mas a pauta comercial inclui uma proporção crescente de pagamentos vinculados aos serviços tecnológicos
de produtos classificados nas categorias de elevado e afins. Ignorar tal evidência significaria traçar um
conteúdo tecnológico. Este BP-Tec contempla essa quadro muito parcial das relações externas com
dimensão, convergente com as tendências internacionais. conteúdo tecnológico.
A produção e o comércio internacional de
produtos com conteúdo tecnológico crescem a taxas 1.1. Componentes do BP-Tec
muito superiores às da produção e do comércio total. O Balanço de Pagamentos procura contemplar
Enquanto a produção industrial mundial cresceu, entre o conjunto das transações econômicas de um país com
1980 e 1995, à taxa anual de 2,4%, a fração com os demais. Essas transações envolvem produtos
elevado conteúdo tecnológico elevou-se a um ritmo (balança comercial), serviços (balança de serviços) e
de 6% ao ano (em valores reais), aumentando o seu movimentos de capitais (investimentos diretos e de
peso de 7,6% para 12% (NSF, 1998). Essa diferença natureza financeira).
acentuou-se nos anos recentes. Por analogia, um Balanço de Pagamentos
Em países como os Estados Unidos, o déficit Tecnológico inclui os fluxos de produtos e serviços
crônico da balança comercial é parcialmente com conteúdo tecnológico. Essa discriminação,
compensado pelos serviços (incluindo os tecno- porém, está longe de ser trivial. Neste trabalho, optou-
lógicos) e pelas rendas do capital, em grande medida se por caracterizar os fluxos com conteúdo tecno-
relacionados às posições de liderança que as empresas lógico relacionados às transações comerciais e de
dos EUA detêm em diversos setores de muitos países. serviços, excluindo-se os fluxos financeiros, que
Entre os serviços, o peso daqueles relacionados à apresentam grande dificuldade para a caracterização
tecnologia e à exploração de marcas é crescente e – ou não – de seu vínculo tecnológico.
expressa uma parcela relevante das transações externas Os equilíbrios de longo prazo do Balanço de
daquele país envolvendo tecnologia e conhecimentos Pagamentos do Brasil apresentaram três alterações
proprietários (protegidos). Assim, nos anos recentes, dignas de registro, para os propósitos do BP-Tec. Em
os EUA apresentaram sucessivos saldos negativos em meados dos anos 70, a súbita elevação dos preços do
sua balança comercial, de US$ 200 bilhões ou mais, petróleo e as respostas dos países industrializados mais
ao mesmo tempo em que obtiveram saldos positivos avançados ocasionaram uma elevação dos preços das
superiores a US$ 25 bilhões em produtos de elevado importações, com efeitos no saldo comercial. Na
conteúdo tecnológico. Os saldos desse país na conta entrada dos anos 80, o superávit atingiu proporções
de serviços tecnológicos e propriedade industrial (que bastante elevadas, resultando num acumulado de mais
inclui direitos assemelhados) situaram-se na faixa de de uma centena de bilhões de dólares até o ano de
US$ 20 bilhões, com receitas totalizando montantes 1994. Desde esse ano, porém, o ponteiro da balança
quatro a cinco vezes maiores que os das despesas. Mais inverteu-se e o Brasil acumulou sucessivos déficits.
importante ainda – quando se tem em mente as Os saldos positivos da balança comercial
relações externas da economia brasileira – é que brasileira, como regra, vêem-se diluídos ou intei-
aproximadamente 75% das transações envolveram as ramente anulados pelas contas de serviços, que
apresentam resultados negativos sistemáticos. Isso vale
1
O documento básico de referência do Balanço de Pagamentos Tecnológico
da OCDE está publicado sob o título Technology Balance of Payments, com
também, com forte razão e grande intensidade, para
data de 1990. os itens referentes a tecnologia. Os saldos negativos
7-6 Capítulo 7 - Balanço de Pagamentos Tecnológico e Propriedade Intelectual
agregados dessas operações comerciais e dos serviços investimentos diretos estrangeiros aquelas cujas
produtivos foram sempre financiados por entradas de despesas tecnológicas são maiores. Impedidas ou
capitais – investimentos diretos estrangeiros, dificultadas de explorar comercialmente naqueles
empréstimos e, nos últimos anos, por investimentos mercados as suas inovações e os seus conhe-
financeiros (ditos “em carteira”). Desde 1994, quando cimentos tecnológicos patenteados, as grandes
a balança comercial teve o seu sinal invertido, foram empresas dos EUA são levadas a explorar esses
precisamente esses fluxos de capital que compensaram ativos por outros meios. O licenciamento tecno-
e pagaram os novos déficits comerciais que se lógico, que origina um fluxo de pagamentos
somaram aos antigos encargos financeiros. correspondente, configura-se como prioridade das
empresas e autoridades de países como a Coréia e
1.2. Relações entre os componentes o Japão e aparece como uma opção residual (second
A importância crescente da tecnologia em todas best) das empresas detentoras originais das patentes.
as dimensões econômicas prescinde de demonstração. Existem, portanto, vínculos diversos – explícitos,
No caso do Brasil (e de São Paulo), essa importância ocultos, camuflados – entre as contas comercial,
está patente nas relações externas, tanto no âmbito de capital (investimento direto) e de serviços
comercial quanto no de serviços, o que será (remessas de lucros), de um lado, e a conta de
cabalmente explicitado ao longo deste capítulo. serviços tecnológicos, de outro. Quanto maiores
Os resultados obtidos por este estudo mostram forem as facilidades para operar “livremente” em
que o BP-Tec do país apresenta-se estruturalmente todos os mercados, maiores serão as possibilidades
deficitário e é marcado por três características de diluir os direitos de propriedade de caráter
principais: é permanente, envolve cada um dos componentes tecnológico e os seus fluxos respectivos num
do balanço e possui tendência crescente. O estudo conjunto mais amplo de operações: comerciais
permite, ademais, estratificar os nossos principais (exportação de produtos acabados, importação de
parceiros internacionais, de acordo com sua posição insumos), produtivas (investimentos diretos,
relativamente ao Brasil e a São Paulo e segundo a seguidos de importações de bens de capital e
densidade industrial e tecnológica relativa. insumos) e financeiras (remessas de lucros).
As relações entre os diferentes componentes de
um Balanço de Pagamentos Tecnológico – no seu mais 1.3. Elementos históricos e evolução
amplo sentido – ficam patentes no exame da experiência recente
internacional. Segundo o último relatório anual da Pode-se afirmar que as transações explícitas
National Science Foundation, os Estados Unidos detêm com tecnologia ganharam força, no Brasil, no período
a posição de exportadores líquidos de know-how do Plano de Metas (1956-1961), que transformou a
tecnológico, vendido como propriedade industrial. Em estrutura industrial do país. No entanto, o aumento
1997, o saldo desse item alcançou US$ 3,3 bilhões, um das inversões das empresas estrangeiras implicou a
valor que resulta de receitas três vezes maiores das necessidade de criação de controles legais capazes de
empresas norte-americanas em relação às suas despesas. regular essas relações.
Dois países adquirem mais da metade (56%) do total O principal marco legal do período está
dos serviços tecnológicos vendidos pelas empresas dos representado pela Lei Nº 4.131, de 1962. Ela buscou
EUA – Coréia e Japão2 . Ora, é difícil conceber que estabelecer regras de comportamento para o capital
esses dois países perfaçam, só eles, uma proporção tão estrangeiro e o capital nacional associado, no que
elevada dos fluxos vinculados a tecnologia, enquanto respeita às condições de “internalização” de recursos
países como o Reino Unido, a França e a Alemanha, para inversões, de remessa de lucros gerados ou de
tradicionais parceiros econômicos dos EUA, res- realização de remessas a título de transferência de
pondem por proporções modestas – uma evidência e tecnologia. Foi a partir de 1964 que o volume de
um contraponto que suscitam indagações. remessas passou a representar uma quantia mais
A interpretação desse dado não pode ignorar significativa, alcançando algumas dezenas e depois
o fato de serem precisamente as duas economias centenas de milhões de dólares3 , como atesta a
avançadas mais fechadas (Coréia e Japão) aos trajetória expressa no gráfico 7.1.
2 3
NSF (2000). Áurea e Galvão (1998).
Indicadores de Ciência, Tecnologia e Inovação em São Paulo - 2001 7-7
400.000
Código da Propriedade
300.000
Industrial) e nas legislações
subseqüentes.
200.000
Dessa forma, os anos
100.000
90 inauguraram uma nova
0
fase nas relações do país no
1956
1958
1960
1962
1964
1966
1968
1970
1972
1974
1976
1978
1980
1982
1984
1986
1988
1990
1992
1994
1996
tocante aos pagamentos de
Nota: Os contratos originais, em várias moedas, foram convertidos para dólares no câmbio da data da operação.
tecnologia. Os volumes de
Fonte: Firce/Bacen, em Áurea e Galvão (1998, p. 7). recursos remetidos ao ex-
Indicadores de CT&I em São Paulo - 2001, FAPESP terior para pagamentos de
contratos de transferência
O princípio da década de 70 representa outro voltaram a crescer expressivamente, porém, em grande
marco significativo da história do sistema. Foram medida, em resposta ao afrouxamento dos controles
então reformados os instrumentos institucionais e antes existentes.
legais para controle das relações de propriedade Além do conjunto de fatores de ordem interna,
industrial. Surgiu o INPI, em 1970, e editou-se uma essa nova fase agrega também determinantes
nova legislação específica para o setor, o Código da internacionais igualmente relevantes. Desde os anos
Propriedade Industrial ou a Lei de Patentes, de 1971. 80, a natureza do padrão tecnológico e os mecanismos
O espírito dos novos instrumentos era buscar auferir de propriedade industrial sofreram profundas
maiores vantagens nessas relações, almejando transformações. O período de expansão econômica
sobretudo as contrapartidas nacionais. Conjugadas anterior esteve vinculado à difusão de um padrão
com uma fase de intenso crescimento econômico, tecnológico de certa forma estável, cujos contornos,
essas mudanças ajudaram a conformar a natureza relativamente definidos, evoluíram segundo trajetórias
das remessas no período. A crise dos anos 80, no delimitadas e propiciaram o movimento de homo-
entanto, determinou um refluxo desse quadro, como geneização crescente das economias industriais
pode ser visto no gráfico 7.1. As remessas retroce- avançadas e a convergência das economias em
deram ao longo dessa década, alcançando seu nível desenvolvimento, como o Brasil. Em muitos casos,
mínimo no biênio 1991-1992. as próprias empresas detentoras de direitos de
Em 1991, começou uma reformulação subs- propriedade tornaram-se ativas promotoras da
tantiva do quadro regulatório do setor, com a edição transferência, por meio de contratos cuja principal
da Lei Nº 8.383, que liberou as remessas para motivação era a obtenção de rendimentos tecnológicos
contratação de tecnologia entre subsidiárias locais e cujo valor estava sendo rapidamente erodido, tanto
suas matrizes no exterior – vedadas desde a Lei pela multiplicação de ofertantes quanto pelos avanços
Nº 4.131, de 1962. Na prática, o INPI já deixara de que estavam sendo produzidos pelas principais
analisar a “similaridade” com relação aos produtos empresas de cada setor industrial (Stobaugh, 1984;
de fabricação nacional e vinha simplificando seus Oman, 1984; Oman, 1989).
procedimentos para o controle das relações comerciais Esse quadro sofreu transformações muito
envolvendo tecnologia4 . Essas mudanças, aliadas ao significativas, a partir da década de 80. A busca de
processo de abertura comercial acelerada e à maior eficiência na exploração de informações e
desregulamentação da economia em âmbito mais conhecimentos, nas economias mais avançadas,
geral, promoveriam uma alteração marcante nas conduziu à criação de mecanismos de cooperação
entre detentores de tecnologias e ativos comple-
4
Cavalcante e Cassiolato (1997). mentares (como uma marca ou uma equipe de vendas,
7-8 Capítulo 7 - Balanço de Pagamentos Tecnológico e Propriedade Intelectual
%
reforço dos seus segredos e direitos de 40
propriedade, com conseqüências enormes para Produtos básicos
os países em desenvolvimento. 20
Semimanufaturados
A evolução da dimensão serviços do
Balanço de Pagamentos Tecnológico mostra
0
um paralelo com a de bens ou produtos. 1970 1975 1980 1985 1990 1995
Durante a substituição de importações, as fases
de forte expansão econômica elevavam a taxa Fonte: Secex
1 Categorias de Produtos
Tecnológicos
0,1
Gráfico 7.5
Padrão Comercial, segundo as categorias de produtos do Commodity Trade Pattern (CTP) - Estado de São
Paulo, Brasil e Brasil excluindo estado de São Paulo, 1989 e 1999 (em US$ milhões)
IIT IA IIT IA
IIT IIT IA
IA
IIRE IIORA
IIRE IIORA
IIRM IIRM
BR sem SP São Paulo Brasil
Gráfico 7.6
Padrão Comercial, segundo as categorias de produtos do Commodity Trade Pattern (CTP), por ano - Estado de
São Paulo e Brasil, 1989 e 1999 (em US$ milhões)
3.000 3.000
IIT IA IIT IA
2.000 2.000
IIT IA IIT IA
Fonte: Secex
Veja tabela anexa 7.2
Indicadores de CT&I em São Paulo - 2001, FAPESP
participação paulista, sobretudo para os produtos intensivos é a observação da forte concentração de suas importações
em P&D. São Paulo sobressai-se na especialização relativa que confirma a insuficiência no abastecimento do próprio
das exportações nessas categorias de produtos, bem mercado interno6 . No entanto, essa categoria de produto
como na dos produtos das indústrias intensivas em escala. reduziu sobremaneira sua inserção na pauta importadora
As três categorias (intensivos em P&D, fornecedores brasileira em 1999, inclusive em valor absoluto. Perfez
especializados e intensivos em escala) totalizaram, apenas 6,64% das importações, contra 22,7%, em 1989
aproximadamente, 58% das exportações do estado. As (tabela anexa 7.2). Ganharam importância significativa
vendas externas dos produtos primários agrícolas e os produtos importados de maior conteúdo tecnológico,
minerais, em 1999, deveram-se também (como ocorreu bem como os intensivos em escala, padrão já anunciado
em 1989), principalmente, aos demais estados brasileiros. de forma mais tímida no início da década.
Nota-se que, nos dois anos selecionados, foi quase O estado de São Paulo, que revelou desem-
nula a participação, na pauta exportadora brasileira, dos penho positivo nas exportações de produtos intensivos
produtos primários energéticos, aliados aos intensivos em tecnologia (cerca de 33% do total)7 , importou mais
em recursos energéticos. Em 1989, a ausência de 6
Tradicional fornecedor, o Oriente Médio representou quase 73% das
exportações de primários energéticos denota a importações brasileiras.
7
Soma das categorias “Fornecedores especializados” e “Industriais
indisponibilidade de recursos excedentes deste tipo, mas intensivos em P&D”, na tabela anexa 7.2.
Indicadores de Ciência, Tecnologia e Inovação em São Paulo - 2001 7 - 13
da metade de sua pauta em produtos deste gênero. dos produtos da indústria intensiva em recursos
Nessa categoria, o déficit paulista superou o déficit agrícolas (IA e IIORA).
estadual para o conjunto de todas as outras. A marcante diferença entre os padrões de
Os demais estados também participaram de importação de 1989 e de 1999, assim como a
forma ativa nas importações dos produtos intensivos semelhança dos padrões exportadores para os dois
em tecnologia, acentuando o déficit brasileiro anos, ocorre tanto no estado de São Paulo como
respectivo. As regiões de origem dessas importações, nos demais estados brasileiros. Ressalte-se o
por toda a década foram, naturalmente, as mais extraordinário crescimento das importações
desenvolvidas: União Européia e Alcan (Nafta), com paulistas (em 1999, foram aproximadamente três
participação bem mais modesta do Japão. vezes maiores do que em 1989), sobretudo para os
A evolução dos fluxos, em termos de magni- produtos de alta tecnologia (gráfico 7.6c). Esses
tudes e de padrões de concentração relativa, fica mais produtos constituem também o elemento de maior
clara nos gráficos 7.5c e 7.5d. As importações brasileiras mudança dos padrões exportadores do estado
mais que dobraram ao longo dos últimos dez anos e (gráfico 7.6d). No transcorrer de dez anos, os
cresceu a importância dos ingressos de produtos produtos intensivos em P&D dobraram sua partici-
tecnologicamente mais avançados – fornecedores pação na pauta e triplicaram seu valor.
especializados (FE) e industriais intensivos em P&D Considerando-se a demanda de importações
(IIP&D) –, seguidos dos produtos industriais intensivos dos demais estados brasileiros (Brasil menos São
em trabalho (IIT) e em escala (IIE) (gráfico 7.6a). Paulo), houve em 1999 um importante crescimento
No entanto, diferentemente das importações, da participação dos produtos de tecnologia mais
o crescimento das exportações não foi maior que 40% elevada (gráfico 7.7a).Porém, sua expressão foi inferior
(gráfico 7.6b). É possível verificar uma acentuada à paulista, sobretudo para a categoria de produtos
similitude entre os anos selecionados, no tocante aos intensivos em tecnologia.
produtos mais representativos da pauta de expor- Quanto às exportações dessa área, houve uma
tações. As principais modificações ficaram por conta variação muito sutil no padrão comercial, entre 1989
dos industriais intensivos em P&D (IIP&D), ao lado e 1999. Em ambos os anos, mais de 50% das
Gráfico 7.7
Padrão Comercial, segundo as categorias de produtos do Commodity Trade Pattern (CTP), por ano - Brasil
excluindo estado de São Paulo, 1989 e 1999 (em US$ milhões)
a) Importações b) Exportações
NC NC
8.000 8.000
IIP&D PPA IIP&D PPA
6.000 6.000
2.000 2.000
IIT IA IIT IA
Fonte: Secex
Veja tabela anexa 7.2
Indicadores de CT&I em São Paulo - 2001, FAPESP
7 - 14 Capítulo 7 - Balanço de Pagamentos Tecnológico e Propriedade Intelectual
Gráfico 7.8
Padrão Comercial, segundo as categorias de produtos do Commodity Trade Pattern (CTP), por transação -
Estado de São Paulo e Brasil, 1989 e 1999 (em US$ milhões)
9.000
6.000
FE PPM FE PPM
6.000
4.000
2.000 3.000
IIE 0 PPE
IIE 0 PPE
IIT IA IIT IA
1.000 2.000
IIT IA IIT IA
IIRE IIORA
IIRE IIORA
IIRM IIRM
Importações Exportações
2.000
0
tos primários energé-
ticos apresentou défi-
-2.000
cit mais pronunciado
-4.000
(g ráfico 7.9a), em
-6.000
1999 sobressaíram-se
-8.000 os déficits para os
produtos de elevado
PPA PPM PPE IA IIORA IIRM IIRE IIT IIE FE IIP&D NC
conteúdo tecnológico
b) 1999 (gráfico 7.9b).
8.000 Pode-se veri-
6.000 ficar assim a forte
4.000 importância de São
Paulo no comércio
US$ milhões
2.000
internacional brasi-
0
leiro e seu acentuado
-2.000
dinamismo no que
-4.000
concerne aos produ-
-6.000 tos que incorporam
-8.000 mais tecnologia. A
PPA PPM PPE IA IIORA IIRM IIRE IIT IIE FE IIP&D NC
despeito do cresci-
mento favorável das
Brasil São Paulo BR sem SP
exportações desses
produtos, seria ne-
Categorias de produtos do CTP:
PPA - Produtos Primários Agrícolas IIORA - Ind. Intensivos em Outros Recursos Agrícolas IIE - Industriais Intensivos em Escala
cessário um desem-
PPM - Produtos Primários Minerais IIRM - Industriais Intensivos em Recursos Minerais FE - Fornecedores Especializados penho ainda mais vi-
goroso para reduzir o
PPE - Produtos Primários Energéticos IIRE - Industriais Intensivos em Recursos Energéticos IIP&D - Industriais Intensivos em P&D
IA - Industriais Agroalimentares IIT - Industriais Intensivos em Trabalho NC - não classificado
Fonte: Secex impacto do déficit no
Veja tabela anexa 7.2 período pós-abertura
Indicadores de CT&I em São Paulo - 2001, FAPESP
e pós-estabilização.
Em 1999, o saldo brasileiro dos produtos 3.1.1. Balança comercial de produtos com
primários energéticos permaneceu negativo (embora conteúdo tecnológico
em menor magnitude), enquanto cresceram os Com o intuito de condensar as informações
déficits dos produtos de maior tecnologia incor- precedentes sem, no entanto, negligenciar os com-
porada (FE e IIP&D) e surgiram déficits para os ponentes cruciais da abordagem aqui proposta, elaborou-
produtos intensivos em recursos minerais (como se uma nova classificação, a partir da qual é possível extrair
cobre e chapas de alumínio) e intensivos em recursos observações bastante relevantes. A análise seguinte enfoca
energéticos (derivados, incluindo gasolina, óleo os níveis tecnológicos dos produtos comercializados –
combustível e nafta) (gráfico 7.8b). O estado de São agora hierarquizados em apenas três níveis gerais de
Paulo foi superavitário apenas nas categorias de incorporação tecnológica. Logo após, realizou-se o
7 - 16 Capítulo 7 - Balanço de Pagamentos Tecnológico e Propriedade Intelectual
US$ milhões
15.000
para 0,49, pois enquanto o valor das expor-
tações quase dobrou (aumentando 75%), o das
10.000
importações quadruplicou. Para o Brasil, a
mudança foi de 0,59 para 0,39 (o valor das 5.000
exportações cresceu 90% e o das importações
quase quadruplicou, ou seja, foi 3,9 vezes 0 1999
maior) (gráficos 7.11 e 7.10, e tabela anexa 7.3). Export. Import. Export. Import. Export. Import. 1989
déficit da categoria alta tecnologia. Indicadores de CT&I em São Paulo - 2001, FAPESP
20.000
15.000
cimento das exportações para a Argentina (um
10.000
resultado associado à consolidação do
comércio no âmbito dos acordos do Mercosul),
5.000
1999 especialmente de veículos e autopeças. Os
0
PD PED PD PED PD PED PD PED 1989 produtos de média tecnologia distribuíram-se
Alta
Tecnologia
Média
Tecnologia
Baixa
Tecnologia
Total quase igualmente entre PD e PED. Porém, é
nas importações que se verificam as dis-
crepâncias nas relações do Brasil com ambos
b) São Paulo
os tipos de países.
12.000
6.000
e PED (respectivamente 56% e 44%) em
4.000 1989. Entretanto, deve-se notar que os PD
2.000
responderam pelo fornecimento de quase
1999 90% dos produtos de elevado conteúdo
0
PD PED PD PED PD PED PD PED 1989 tecnológico, ao passo que 84%, um porcen-
Alta Média Baixa Total tual igualmente notável, referente aos
Tecnologia Tecnologia Tecnologia
produtos de baixa tecnologia, vieram dos
Países desenvolvidos (PD) PED. Os produtos de tecnologia interme-
Países em desenvolvimento (PED)
diária perfizeram 42,3% do total importado,
Fonte: Secex tendo os PD predominado, como forne-
Veja tabela anexa 7.3 cedores, por uma pequena diferença (gráfico
Indicadores de CT&I em São Paulo - 2001, FAPESP
7.14a e tabela anexa 7.3).
Essa distribuição revela forte assimetria
alta tecnologia aumentaram seu peso, em relação ao em favor dos países desenvolvidos no fornecimento de
início do período, nos dois grupos de países. Ainda produtos mais dinâmicos (AT) no início do processo de
assim, corresponderam a somente 17,4% das exportações abertura. Poder-se-ia esperar que, após dez anos, a
de 1999. As categorias MT e BT, de modo geral, importação de produtos de alta tecnologia pudesse dotar
reduziram sua participação, embora nelas os PED o Brasil de uma capacidade competitiva suficientemente
obtivessem maior participação do que em 1989 (tabela avançada para colocá-lo em condições equiparáveis às
anexa 001). Em valores monetários, somente as dos países mais desenvolvidos, uma afirmação que já foi
exportações de produtos de baixa tecnologia para os PD bastante difundida.
foram menores que no início do período, possivelmente Se houvesse ocorrido tal processo, a pauta de
em decorrência da evolução dos preços cadentes. importações do Brasil apresentaria um padrão distinto,
Quanto às exportações originárias do estado mais equilibrado do que se pode observar em 1999.
de São Paulo, aproximadamente 70% destinaram-se Nesse ano, os produtos de alta tecnologia passaram a
aos países desenvolvidos, no final da década de 80 liderar a pauta importadora, com 43,5% do total,
(gráfico 7.13b). Em 1999, este porcentual caiu para enquanto suas exportações, embora com uma
Indicadores de Ciência, Tecnologia e Inovação em São Paulo - 2001 7 - 19
20.000
incorporam mais tecnologia remete à constatação
15.000
da incapacidade de uma reação natural ou
10.000
automática de desenvolvimento e aprimoramento
5.000
1999
tecnológico e, assim, depõe a favor da necessidade
0
PD PED PD PED PD PED PD PED 1989
de adoção de medidas destinadas a atenuar tal
Alta Média Baixa Total desproporção.
Tecnologia Tecnologia Tecnologia
Para o estado de São Paulo, a estrutura
das importações não foge ao perfil desenhado
b) São Paulo
pelo comportamento do Brasil (gráfico 7.14b).
20.000
Comparativamente a 1989, ganha realce o fato
de que, após dez anos, o total importado foi
15.000
mais de três vezes maior. Ainda mais impres-
sionante, porém, é constatar que as impor-
US$ milhões
10.000
tações de produtos de alta tecnologia qua-
druplicaram no mesmo período.
5.000
As importações de produtos de média
1999
tecnologia não sofreram mudança considerável
0
PD PED PD PED PD PED PD PED 1989 nas proporções distribuídas entre os PD e os
Alta Média Baixa Total PED, embora tenham crescido 265% em valor,
somando-se os dois grupos de países. Quanto à
Tecnologia Tecnologia Tecnologia
5.000
2.000
3.000
0
balança comercial registrou um déficit de
US$ 5.770 milhões em 1999 nesse estado.
-3.000
A compra de produtos dos países desen-
-6.000
volvidos excedeu consideravelmente as vendas
-9.000
brasileiras para eles no final dos anos 90, resultando
-12.000
Alta Média Baixa Alta Média Baixa em saldos negativos para todas as categorias de
Tecnologia Tecnologia intensidade tecnológica. Em 1989, havia um déficit
1989 1999
com os PD apenas para os produtos de alta
Países desenvolvidos (PD) tecnologia, o que era insuficiente para comprometer
Países em desenvolvimento (PED) o saldo superavitário do conjunto.
Em 1999, o déficit de São Paulo relativo aos
Fonte: Secex produtos de elevada intensidade tecnológica foi nada
Veja tabela anexa 7.3 menos que 66 vezes maior do que o de 1989. Aliado
Indicadores de CT&I em São Paulo - 2001, FAPESP
aos déficits das demais categorias (produtos de
Indicadores de Ciência, Tecnologia e Inovação em São Paulo - 2001 7 - 21
média e baixa intensidade tecnológica), o saldo com os volvimento em 1989, passando para 8,67 vezes em
países desenvolvidos ficou negativo em US$ 7.996 1999. Esse índice, para os produtos importados das
milhões, muito além do que o superávit com os PED categorias MT e BT, passou, respectivamente, de 1,8
podia neutralizar (US$ 2.226 milhões) (gráfico 7.15b). para 2,2 e de 0,17 para 0,2.
Nota-se que os demais estados puderam reduzir o déficit O desempenho das exportações paulistas de
brasileiro global até US$ 1.199 milhões, graças ao saldo produtos de alta tecnologia para os países desen-
das categorias média e baixa tecnologias (gráfico 7.15a). volvidos foi três vezes maior do que para os PED
A razão entre o valor importado dos PD e PED, em 1989; e, em 1999, a exportação para os PD foi
em 1989, sofreu alterações significativas em 1999, para apenas 1,61 vezes maior do que as dirigidas aos países
o Brasil e para São Paulo. Elas teriam sido maiores, em desenvolvimento. As exportações de produtos
no entanto, se não houvesse ocorrido uma ampliação de tecnologia intermediária direcionaram-se mais aos
substantiva do comércio com os PED. No Brasil, para PD, em 1989, do que após dez anos: respectivamente
cada dólar remetido, em 1989, a um país do grupo 2,05 contra 1,07. Novamente, a categoria baixa
PED em pagamento de importações, foram enviados tecnologia favoreceu a participação dos PED, tendo
1,25 para um país do grupo PD; essa razão passou variado de 3,24 para 0,56. Esse foi o efeito somado
para 2, em 1999. Quanto a São Paulo, a mudança foi do acréscimo das exportações para os PED com a
de 1,85 para 3,07. No último decênio aumentou, redução da demanda dos PD por produtos de baixa
portanto, a fatia dos PD no fornecimento de produtos tecnologia do país.
ao Brasil e mais ainda para São Paulo, em que pesem O saldo brasileiro e de São Paulo, por grupo de
eventuais oscilações conjunturais decorrentes de países parceiros, em 1989 e 1999, revela o elevado
modificações no valor relativo das moedas nacionais crescimento da participação dos produtos intensivos
(real x peso; real x dólar; real x euro; real x yen). em tecnologia no déficit da balança comercial
Quanto às exportações, a razão revela a brasileira, após dez anos do início da abertura,
proporção de divisas, entre PD e PED, que o Brasil concomitantemente à redução do saldo positivo dos
recebeu em troca das vendas externas. Em 1989, a razão produtos de tecnologia intermediária (gráfico 7.16).
era 2,48, alterando-se para 1,64 em 1999, no caso É no déficit da categoria de produtos de alta
brasileiro; no estado de São Paulo, passou de 2,3 para tecnologia, e não nas demais, que São Paulo se insere
1,2. Tal redução indica maior equilíbrio entre as origens de forma mais significativa, tendo contribuído, em
dos produtos adquiridos internacionalmente, no que 1999, com mais de 45%. Verifica-se também que o
se refere a seus graus de desenvolvimento. Sendo assim, fornecimento de produtos de alta tecnologia
os PED cresceram em participação relativa como dependeu fortemente dos PD, sobretudo em 1999,
mercados demandantes dos produtos do Brasil8 . quando São Paulo apresentou déficits com este grupo
A construção dessa razão por nível tecnológico, de países em todas as categorias, mas mais
porém, é que desvenda a profunda assimetria entre expressivamente em AT. A elevada razão entre PD e
PD e PED no fornecimento dos produtos importados. PED referida às importações desse gênero, para o
Em 1989, essa relação, para as importações brasileiras Brasil e com mais intensidade ainda para São Paulo,
de alta tecnologia, era de 8,04, e, em 1999, reduziu-se, foi apenas ligeiramente menor em 1999. Isso revela
muito timidamente, para 7,98. Ao mesmo tempo, a a passagem de um decênio isento de profundas
categoria baixa tecnologia variou de 0,19 para 0,26, alterações na configuração estrutural qualitativa do
enquanto a média tecnologia passou de 1,4 para 1,5. comércio internacional brasileiro de produtos de
Para São Paulo, as importações de alta tecnologia mais avançada, mais exatamente no
tecnologia dos países desenvolvidos foram 9,24 vezes padrão assimétrico entre PD e PED nos fluxos
maiores que as oriundas dos países em desen- relacionados a tais produtos.
O déficit em AT, incrementado pela abertura
8
A relação comercial entre Brasil e Argentina sempre dependeu comercial que se iniciou em 1989, não somente
fundamentalmente da política monetária e cambial de cada um dos países. deixou de ser compensado pelo aumento do
Esse quadro só foi interrompido por um tempo com o Plano Cavalo e com o
Plano Real, que deram alguma estabilidade a essas moedas – e à relação superávit da categoria média tecnologia – na qual o
entre elas –, ao mesmo tempo em que o Mercosul ampliava o volume do país apresentava vantagens comerciais em relação às
comércio entre esses países. Quebrada a paridade dessas moedas, a flutuação
volta a ocorrer, só que agora afetando muito mais profundamente cada uma
demais, em 1989 – como se fez acompanhar por um
dessas economias. saldo 22,3% menor em MT. Nota-se, ainda, que o
7 - 22 Capítulo 7 - Balanço de Pagamentos Tecnológico e Propriedade Intelectual
saldo de 1999 nos produtos dessa categoria foi refere ao grau de incorporação de tecnologia.
pressionado por um déficit do estado de São Paulo O exame dos produtos que compõem a pauta
relativo aos países desenvolvidos. comercial brasileira revela uma elevadíssima con-
centração em torno de alguns grupos (quatro dígitos
3.3. Exame dos fluxos de produtos da NCM – Nomenclatura Comum do Mercosul –
intensivos em P&D quadro 7.2 e tabela anexa 7.4).
Este item visa aprofundar a análise da categoria
AT, com base na investigação dos produtos transa- • Pouco mais de uma dezena de grupos de produtos,
cionados entre o Brasil e o exterior, similarmente às de um total de 211, concentram dois terços da
metodologias adotadas pelo US Bureau of Census corrente de comércio de produtos com conteúdo
(Estados Unidos) e pelo Fraunhofer Institute for System tecnológico (16 em 1989, 12 em 1999).
and Innovation Research (Alemanha), que se concentram • Em 1989, oito grupos de produtos totalizaram
na classificação dentro da área tecnológica (quadro anexo metade dos fluxos comerciais (soma de exportações
7.1). O foco está nos produtos intensivos em P&D, e importações) de conteúdo tecnológico: 8802, 8542,
representantes de maior peso da categoria AT, no que se 8803, 3206, 8522, 8540, 3703 e 3824 (quadro 7.3).
Quadro 7.2
Principais grupos de produtos com conteúdo tecnológico na pauta comercial brasileira
Cód. Descrição
3002 Sangue humano; sangue animal preparado para usos terapêuticos, profiláticos ou de diagnóstico; anti-soros, outras frações do sangue, produtos
imunológicos modificados, mesmo obtidos por via biotecnológica; vacinas, toxinas, culturas de microorganismos (exceto leveduras) e produtos
semelhantes
3004 Medicamentos (exceto os prod. das posições 3002, 3005 ou 3006) constituídos por prod. misturados ou não misturados, preparados para fins
terapêuticos ou profiláticos, apresentados em doses ou acondicionados para venda a granel
3204 Materiais orgânicos corantes
3206 Outros materiais corantes; preparações indicadas na nota 3 do presente capítulo, à base de lacas corantes
3301 Óleos essenciais(desterpenados ou não), incluídos os chamados “concretos” ou “absolutos”; resinóides; oleorresinas de extração; soluções
concentradas de óleos essenciais em gorduras, em óleos fixos, em ceras ou em materiais análogos, obtidos por tratamento de flores através de
substâncias gordas ou por maceração; subprodutos terpênicos residuais da desterpenação dos óleos essenciais; águas destiladas aromáticas e
soluções aquosas de óleos essenciais
3702 Filmes fotográficos sensibilizados, não impressionados, em rolos, de materiais diferentes do papel, do cartão ou dos têxteis; filmes fotográficos de
revelação e copiagem instantâneas, em rolos, sensibilizados, não impressionados
3703 Papéis, cartões e têxteis, fotográficos, sensibilizados, não impressionados
3824 Aglutinantes preparados para moldes ou para núcleos de fundição; produtos químicos e preparações das indústrias químicas ou das indústrias
conexas (incluídos os constituídos por misturas de produtos naturais), não especificados nem compreendidos em outras posições; produtos
residuais das indústrias químicas ou das indústrias conexas, não especificados nem compreendidos em outras posições
8517 Aparelhos elétricos para telefonia ou telegrafia, por fio, incluídos os aparelhos telefônicos por fio conjugados com um aparelho telefônico portátil
sem fio e os aparelhos de telecomunicação por corrente portadora ou de telecomunicação digital; videofones
8522 Partes e acessórios reconhecíveis como sendo exclusiva ou principalmente destinados aos aparelhos de posições 8519 a 8521
8525 Aparelhos transmissores (emissores) para radiotelefonia, radiotelegrafia, radiodifusão ou televisão, mesmo incorporando um aparelho de recepção
ou um aparelho de gravação ou de reprodução de som; câmeras de televisão; câmeras de vídeo de imagens fixas e outras câmeras de vídeo
(“camcorders”)
8529 Partes reconhecíveis como exclusiva ou principalmente destinadas aos aparelhos das posições 8525 a 8528
8540 Lâmpadas, tubos e válvulas, eletrônicos, de cátodo quente, cátodo frio ou fotocátodo (ex: lâmpadas, tubos e válvulas, de vácuo, de vapor ou de
gás, ampolas, retificadoras de vapor de mercúrio, tubos catódicos, tubos e válvulas para câmaras de televisão), exceto os da posição 8539
8541 Diodos, transistores e dispositivos semelhantes semicondutores; dispositivos fotossensíveis semicondutores; incluídas as células fotovoltaicas,
mesmo montadas em módulos ou em painéis; diodos emissores de luz; cristais piezoelétricos montados
8542 Circuitos integrados e microconjuntos, eletrônicos
8802 Outros veículos aéreos (ex: helicópteros, aviões); veículos espaciais (incluídos satélites) e seus veículos de lançamento e veículos suborbitais
8803 Partes dos veículos e aparelhos das posições 8801 e 8802
9006 Aparelhos fotográficos; aparelhos e dispositivos, incluídos as lâmpadas e tubos, de luz-relâmpago (“flash”), para fotografia, exceto as lâmpadas e
tubos de descarga da posição 8539
9018 Instrumentos e aparelhos para medicina, cirurgia, odontologia e veterinária, incluídos os aparelhos para cintilografia e outros aparelhos eletromédicos,
bem como os aparelhos para testes visuais
9032 Instrumentos e aparelhos para regulação ou controle, automáticos
Veja tabela anexa 7.4
Fonte: Secex
Indicadores de CT&I em São Paulo - 2001, FAPESP
Indicadores de Ciência, Tecnologia e Inovação em São Paulo - 2001 7 - 23
• A maioria dos oito grupos de produtos apresentou lógicos e assemelhados é abrangente e compreende
fluxos pronunciadamente assimétricos, seis deles desde o comércio de técnicas até a prestação de
com déficits e dois com superávits. O grupo 8540 serviços especializados ou qualificados. A presença
apresentou um déficit reduzido em relação aos de alguns itens não diretamente relacionados a
fluxos comerciais totais. Em 37 grupos, a diferença tecnologia, como marcas e designs, por exemplo,
entre importações e exportações (portanto deve-se ao fato de que normalmente envolvem,
gerando déficits) foi superior a 80% do fluxo total; como elementos de propriedade industrial, algum
em mais 20 grupos a diferença foi superior a 50%. conteúdo tecnológico. Mais importante do que esse
Os casos simétricos, em que a diferença positiva conteúdo – variável, discutível e sobretudo não
entre exportações e importações foi superior a mensurável – é assinalar que esses conhecimentos,
80% dos fluxos totais, totalizaram dois; e aqueles tecnologias e assemelhados são sempre passíveis de
em que a diferença foi superior a 50% somaram proteção legal por direitos de propriedade. Podem,
15. O item mais volumoso do comércio exterior por isso, gerar transferência de direitos (total ou
brasileiro de produtos com conteúdo tecnológico parcial; definitiva ou temporária), ocasionando
englobou os aviões. Esse item respondeu, sozinho, fluxos financeiros correspondentes.
por quase um quinto do comércio total e
compensou, só ele, a metade do déficit comercial 4.1. Estatísticas dos pagamentos
de produtos tecnológicos em 1989. internacionais
• Em 1999, seis grupos de produtos concentraram Basicamente, são dois os registros desses fluxos
metade da corrente de comércio de produtos com existentes no Brasil. O primeiro é o do INPI, que se
conteúdo tecnológico (8802, 3004, 8542, 8517, 8525 responsabiliza pelo controle dos contratos de trans-
e 8529). Nesses seis grupos, apenas um apresentou ferência de tecnologia e registro de marcas e patentes,
superávit comercial e elevada proporção de averbando as estimativas plurianuais de fluxos de
exportações na corrente de comércio; os demais remessas conforme expressas nos atos contratuais. O
exibiram saldos negativos e desproporções muito segundo refere-se ao Banco Central do Brasil, que atua
elevadas entre os fluxos de entrada e saída. no registro de todos os fatos cambiais que compõem o
• Também em 1999, 37 gr upos de produtos Balanço de Pagamentos, contabilizando os ingressos e
apresentaram desproporções superiores a 80% entre remessas associados aos atos de fechamento do câmbio
importações e exportações, enquanto a despro- dos contratos de transferência de tecnologia, além de
porção superior a 50% ocorreu em 30 grupos de cuidar de outras tarefas, como o registro do capital
produtos. Os casos simétricos, favoráveis às estrangeiro, que mantêm correlação com esses contratos.
exportações, foram em número de oito e cinco, O Banco Central registra os fluxos declarados
respectivamente. (legais), enquanto o INPI, ao averbar previamente
os contratos, prevê também os parâmetros das
4. Fluxo de Pagamentos por futuras transferências. Apenas uma parte (a fixa)
Serviços Tecnológicos e desses parâmetros pode ser mensurada quando da
Assemelhados averbação, mas os contratos incluem, com fre-
qüência, cláusulas referentes a pag amentos
O Balanço de Pagamentos Tecnológico elaborado variáveis, por exemplo, aqueles proporcionais ao
para este estudo contabiliza, além dos fluxos comerciais faturamento. Por isso, o montante previsto no
de produtos com conteúdo tecnológico, (analisado contrato averbado pode diferir substancialmente
anteriormente), os fluxos de ingressos e saídas de recursos das remessas efetuadas posteriormente. No caso
relativos aos contratos que envolvem operações de em que essas últimas sejam inferiores àquele
transferência de tecnologia (e direitos assemelhados) entre montante, a diferença aparecerá nos fluxos do
o país e o exterior. Essas remessas e ingressos são parte Banco Central; mas se o contrário ocorrer, a
dos registros tradicionais necessários ao cálculo do diferença poderá ser remetida por outros meios,
Balanço de Pagamentos, compreendendo itens que incluindo neles os fluxos comerciais com preços
integram o capítulo “Serviços Diversos”. de transferência.
O espectro de fatos geradores que implicam A base de dados fornecida pelo Banco Central
fluxos de recursos relacionados a serviços tecno- para este trabalho contempla os registros, entre 1993 e
7 - 24 Capítulo 7 - Balanço de Pagamentos Tecnológico e Propriedade Intelectual
2.500 200
0
2.000
BR -200
-400
US$ milhões
US$ milhões
1.500
-600
1.000 SP -800
BR
-1.000
500 SP
-1.200
-1.400
0 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999
1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999
Gráfico 7.18
80 80
60 60
% %
40 40
20 20
0 0
1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999
100 100
80 80
60 60
% %
40 40
20 20
0 0
1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999
Fonte: Bacen/Decec
Veja tabelas anexas 7.6, 7.7, 7.8 e 7.9
Indicadores de CT&I em São Paulo - 2001, FAPESP
O resultado final consolidado dos fluxos pode contribuem para reforçar a capacidade competitiva da
ser visto no avanço do déficit nas transações (gráfico indústria instalada, viabilizando o acesso a tecnologias
7.17), que evoluiu de cifras anuais irrisórias, em 1993 supostamente não disponíveis no território nacional.
e 1994, para quase US$ 1 bilhão, aproximadamente, No entanto, a validade dessa afirmação pode estar
em 1998, dos quais mais de US$ 400 milhões oriundos atenuada pela maior liberalidade presente hoje nesses
de São Paulo. Se antes essas transações não oneravam mercados, uma vez que a opção de “compra” no
o Balanço de Pagamentos de forma expressiva, hoje exterior de uma dada tecnologia apresenta outras
já não se pode mais afirmar o mesmo 12 . Cabe condicionantes que não se restringem necessariamente
considerar que, ao menos em tese, as remessas a sua indisponibilidade no mercado nacional.
12
Estima-se que os saldos calculados envolvem uma subestimação dos Os dados disponíveis para 1999 (tabela anexa 7.5)
déficits, especialmente nos anos mais recentes da série, na medida em que parecem corroborar a idéia de que a brusca desvalorização
serviços profissionais não passíveis de enquadramento nos dispêndios
relacionados à tecnologia afetam mais os ingressos do que as remessas. cambial de janeiro daquele ano significou uma
Pode estar havendo superestimação dos ingressos por inclusão errônea de interrupção na tendência ascendente do período, mas
serviços profissionais não relacionados a transferência de tecnologia. Nos
três últimos anos da série, os “Serviços profissionais” responderam por
não resultou, a princípio, numa redução acentuada dos
mais de 85% dos ingressos. montantes consignados de ingressos e remessas no país.
Indicadores de Ciência, Tecnologia e Inovação em São Paulo - 2001 7 - 27
e franquias passaram a apresentar valores positivos, registrados no país), a América Latina e o Mercosul.
embora ainda limitados quando comparados com os Com os valores ampliados para uma escala dez vezes
de outras categorias. Predominaram nas remessas, de maior em 1999, o Brasil apenas logrou obter saldos
forma coerente com as tendências de desenvolvimento positivos nas relações com a América Latina –
do país, recursos enquadrados na categoria de invertendo posição anterior – e alguns blocos de menor
Assistência Técnica. expressão, além de registrar certo equilíbrio no balanço
com o Mercosul.
4.2.3. A origem dos ingressos e o destino das O esforço paulista contribuiu para esses
remessas resultados favoráveis, pois o estado alcançou
Um traço significativo do período, além da superávits nas relações tanto com a América Latina
expansão dos montantes de remessas e ingressos, como com o Mercosul. Se, no caso das remessas,
foi a concentração crescente desses fluxos nos países registrou-se uma retração relativa na parcela do
da Alcan, da União Européia e do restante da Europa. Mercosul, no que respeita aos ingressos houve mesmo
Esse quadro geral permite divisar um paralelo uma expansão da fatia correspondente a esse bloco
coerente entre a dimensão dos serviços tecnológicos nas relações com o estado de São Paulo. O superávit
(tratada neste tópico), a do comércio de produtos (vista de São Paulo com o Mercosul em 1999 superou
na seção 3) e a da propriedade industrial e patentes bastante o registrado em relação à América Latina,
(seção 5, a seguir). quando em 1993 havia sido menor que esse último.
No caso das remessas, se em 1993 os fluxos Fica evidente na análise que, se esses mercados
para esses países já representavam juntos cerca de 75% vizinhos não apresentam expressão semelhante à dos
dos pagamentos efetuados ao exterior a título de países do mundo desenvolvido, possuem ainda assim
transferência de tecnologia, em 1999 compreendiam um valor estratégico para o Brasil, na medida em que
cerca de 90% do total (gráfico 7.19 e tabela anexa são potenciais receptores de tecnologias, capacidades
7.11). Outros blocos comerciais perderam espaço e conhecimentos apropriados e desenvolvidos no país.
relativo na década, como foi especialmente o caso do São Paulo, por razões óbvias, tem peso expressivo
Japão, que respondia por 12% das remessas em 1993 nessas relações.
e passou para apenas 3% em 1999. As situações que se observam para alguns países,
Com relação aos ingressos, ocorreu algo no tocante à composição das remessas e dos ingressos,
semelhante: ampliou-se a fração dos recursos são bastante elucidativas de transformações processadas
provenientes dos países da Alcan, da União nesse período da década no Brasil (gráfico 7.21).
Européia e do restante da Europa – no conjunto No que respeita ao volume das remessas,
passaram de 71%, em 1993, para 83%, em 1999 – e quinze países respondiam por cerca de 88,7% do total
regrediu a parcela originária do Japão. De maneira em 1993 e 94,4% em 1999, evidenciando a
promissora, sobressaíam-se, em 1993, os ingressos concentração em um menor número deles (tabela
da Argentina, refletindo o momento favorável da anexa 7.10). A Espanha apresentou a evolução mais
relação da formação do Mercosul. Em 1999, porém, significativa no período – 158,9% de crescimento
os fluxos deste bloco haviam regredido para metade médio anual entre 1993 e 1999 –, acompanhando
de sua expressão relativa. sua entrada no mercado dos serviços de telefonia
Cotejando-se conjuntamente as informações do país. Também a Finlândia apresentou um
dos valores de ingressos e remessas em 1993 e 1999 crescimento semelhante ao espanhol, evoluindo à
para o Brasil e para São Paulo (gráfico 7.20 e tabela taxa pouco menor de 122,5% ao ano; porém, sua
anexa 7.11), percebe-se que as relações com a maioria participação no conjunto das remessas era ainda, em
dos blocos comerciais de menor expressão econômica 1999, de menos de 1% do total. Esses resultados
e tecnológica perderam espaço relativo entre esses indicam que as privatizações efetuadas no setor de
anos. Foi o caso, em particular, da América Latina, do telecomunicações geraram impactos expressivos
próprio Mercosul e dos demais blocos restantes. sobre as remessas do país, suscitando fluxos e
Em 1993, o país registrava superávits nas relações influxos de pagamentos de contratos de transferência
com o Mercosul e a África. São Paulo, porém, obteve de tecnologia.
saldos positivos com a Alcan (respondeu, nesse ano, Dos sete países com registro de maiores remessas
por cerca de 80% dos ingressos originários desse bloco em 1999, apenas a França apresentou crescimento
Indicadores de Ciência, Tecnologia e Inovação em São Paulo - 2001 7 - 29
Participação porcentual dos blocos comerciais Participação dos blocos comerciais nas remessas e
nos fluxos de pagamentos de transferência de nos ingressos de recursos de transferência de
tecnologia - Brasil, 1993 e 1999 tecnologia - Brasil e estado de São Paulo, 1993 e 1999
a) Brasil - 1993
a) Remessas - 1993 80
África 70
Japão Outros*
Am. Latina 1% 60
12%
US$ milhões
1%
Mercosul 10% 50
1% 40
30
Restante Europa
20
4%
10
Alcan Remessas
0
ul s* Ingressos
União Européia 40% ca
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31% Eu Am M t e O
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Japão África
40
Am. Latina 2% 2% Outros*
US$ milhões
Mercosul 10%
3% 30
12%
Restante Europa
20
1%
10
Alcan Remessas
União Européia 0
43% n ia a ul o a pa s* Ingressos
27% ca pé tin os pã ric ro ro
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7%
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União Européia Outros*
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Alcan Remessas
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Un R es
* Inclui Oriente Médio, Restante da Ásia, Tigres Asiáticos e demais países. * Inclui Oriente Médio, Tigres Asiáticos e demais países.
Fonte: Bacen/Decec Fonte: Bacen/Decec
Veja tabela anexa 7.11 Veja tabela anexa 7.11
Indicadores de CT&I em São Paulo - 2001, FAPESP Indicadores de CT&I em São Paulo - 2001, FAPESP
7 - 30 Capítulo 7 - Balanço de Pagamentos Tecnológico e Propriedade Intelectual
70 700
positiva, mas aquém da observada para outros
países. Apesar de sua perda de participação
US$ milhões (1993)
1993 1999
de
EUA e a Alemanha, os dois mais significativos,
ampliaram sua participação conjunta de pouco
b) Ingressos menos de 40% para 62%, entre 1993 e 1999.
60 600
40 400
ingressos e remessas de recursos de trans-
30 300
ferência de tecnologia segundo o setor de
20 200 atividades, optou-se por trabalhar com os
10 100
principais setores da Classificação Nacional
de Atividades Econômicas (CNAE) do
0
A ha a ç a do lia a s
0
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
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s pa (IBGE) (com uma agregação das divisões a
Re m
1993 1999
de dois dígitos), a fim de compor um mosaico
setorial completo dos fluxos. O subconjunto
Fonte: Bacen/Decec sob análise destacou alguns conjuntos de
Veja tabela anexa 7.10 Divisões CNAE (apresentados no quadro 7.4).
Indicadores de C&T&I em São Paulo - 2001, FAPESP
No Brasil, a composição setorial dos
ingressos de recursos de transferência de
tecnologia mostrou-se distinta da composição
Quadro 7.4
equivalente das remessas no acumulado do
Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE)
período entre 1993 e 1999. No caso dos
Divisões CNAE
ingressos, somados os setores correspondentes
a serviços (discriminados na tabela 7.1),
1. Agricultura, Pecuária e Extrativa Vegetal (Divisões 01, 02 e 05 da CNAE);
2. Extrativa Mineral (Divisões 10 a 14); observou-se um maior peso dessa atividade
3. Indústria de Transformação (Divisões 15 a 37); sobre a atividade industrial na década, com os
3.1. Complexo Metal-mecânico (Divisões 27 a 35);
3.2. Complexo Químico (Divisões 21 e 23 a 25);
setores de Agricultura, Pecuária e Extrativa
3.3. Outros Setores da Indústria de Transformação (Div. 15 a 20, 22, 26, 36 e 37); Vegetal e de Indústria Extrativa apresentando
4. Construção Civil e Serviços Industriais (Divisões 40, 41 e 45);
uma participação insignificante que, no
5. Comércio (Divisões 50 a 55);
6. Transportes e Comunicações (Divisões 60 a 64); conjunto, alcançou apenas 1% do total.
6.1. Telecomunicações (Subatividade 64.203); No caso das remessas, o predomínio
6.2. Demais (Divisões 60 a 64, excluída a Subatividade 64.203)
7. Serviços Financeiros (Divisões 65 a 67); e
dos fluxos originados no setor da Indústria
8. Outros Serviços (Divisões 70 a 75, 80, 85, 90 a 95 e 99) de Transformação foi inquestionável ao longo
Fonte: IBGE dos anos considerados: foram remetidos ao
Indicadores de CT&I em São Paulo - 2001, FAPESP
exterior mais de US$ 4 bilhões, dos quais mais
Indicadores de Ciência, Tecnologia e Inovação em São Paulo - 2001 7 - 31
Tabela 7.2
Composição setorial das remessas e ingressos de recursos de tranferência de tecnologia - Brasil e estado de
São Paulo, 1993 e 1999
em US$ milhões
Brasil São Paulo
Setor Remessas Ingressos Remessas Ingressos
US$ % US$ % US$ % US$ %
1993
Indústria de transformação 125,8 67,6 73,8 62,2 63,4 78,9 56,1 75,5
Outros serviços* 21,9 11,8 12,9 10,9 4,1 5,1 5,2 7,0
Produção e distribuição de eletricidade, gás,
água e construção 14,9 8,0 8,1 6,8 3,9 4,8 0,7 1,0
Transportes, armazenagem e comunicações 8,3 4,5 17,2 14,5 0,6 0,8 8,4 11,2
Indústria extrativa 5,7 3,1 1,1 0,9 0,7 0,9 0,0 0,0
Comércio, reparação de veículos, objetos pessoais e
alojamento/alimentação 5,1 2,7 5,1 4,3 4,0 5,0 3,6 4,9
Intermediação financeira 4,4 2,3 0,3 0,2 3,7 4,6 0,2 0,3
Agricultura, pecuária, silvicultura, exploração
florestal e pesca 0,1 0,0 0,2 0,2 0,0 0,0 0,1 0,1
Total 186,2 100 118,7 100 80,4 100 74,4 100
1999
Indústria de transformação 1.059,6 56,8 394,5 41,5 592,9 59,9 220,4 39,7
Outros serviços* 301,0 16,1 311,4 32,8 149,0 15,1 185,5 33,4
Transportes, armazenagem e comunicações 240,3 12,9 89,4 9,4 126,6 12,8 70,2 12,7
Comércio, reparação de veículos, objetos pessoais
e alojamento/alimentação 136,2 7,3 85,4 9,0 73,5 7,4 50,0 9,0
Produção e distribuição de eletricidade, gás,
água e construção 69,1 3,7 38,8 4,1 15,0 1,5 11,2 2,0
Intermediação financeira 43,6 2,3 28,8 3,0 30,1 3,0 17,5 3,1
Indústria extrativa 13,7 0,7 0,3 0,0 1,2 0,1 0,0 0,0
Agricultura, pecuária, silvicultura, exploração
florestal e pesca 1,5 0,1 1,4 0,1 1,5 0,2 0,0 0,0
Total 1.865,1 100 949,9 100 989,8 100 554,8 100
* Inclui atividades imobiliárias, aluguéis e serviços prestados a empresas; administração pública, defesa e seguridade social; educação; saúde e serviços sociais; outros serviços
coletivos, sociais e pessoais; serviços domésticos; organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais.
Fonte: Bacen/Decec
Indicadores de CT&I em São Paulo - 2001, FAPESP
Em grandes linhas, as tendências assinaladas fatias dos setores Outros 14 – de 10,9% para
no parágrafo anterior foram realçadas no caso expressivos 32,8% do total em 1999 – e Inter-
paulista. A Indústria de transformação passou a mediação Financeira – que praticamente inexistia
representar 59,9% das remessas totais de 1999, em 1993 e respondeu por 3%, em 1999. Outros
quando já tinha respondido por cerca de 78,9% do setores, como Transpor tes, ar mazenagem e
total das remessas estaduais, em 1993. Analo- comunicações e Produção e Distribuição de eletri-
gamente, as remessas do setor Transportes, cidade, gás e água e construção civil perderam
armazenagem e comunicações deram um salto posição relativa quando considerado o conjunto do
expressivo dos originais 0,8% do total, em 1993, país. No caso dos ingressos em São Paulo, cabe
para 12,8%, em 1999; uma trajetória que reflete, destacar justamente a expansão das fatias desses
naturalmente, as transformações associadas ao dois últimos setores, que apresentaram acréscimos
processo de privatizações no setor (tabela 7.2). pequenos entre 1993 e 1999. Além disso, a redução
O quadro dos ingressos apresenta algumas da participação relativa da Indústria de trans-
nuances que o diferenciam do das remessas. formação foi ainda mais acentuada: de 75,5%, em
Registrou-se, no período, uma redução semelhante 1993, para 39,7%, em 1999.
na fração identificada para a Indústria de trans-
formação no país como um todo; neste caso, ela 14
O setor Outros inclui atividades imobiliárias, aluguéis e serviços prestados
perdeu 20 pontos porcentuais de participação. a empresas; administração pública, defesa e seguridade social; educação;
saúde e serviços sociais; outros serviços coletivos, sociais e pessoais; serviços
Correspondeu a essa queda uma ampliação das domésticos; organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais.
Indicadores de Ciência, Tecnologia e Inovação em São Paulo - 2001 7 - 33
Gráfico 7.22
Alguns problemas relativos aos
Distribuição porcentual dos depósitos de patentes,
indicadores de patentes enquanto
por região - Brasil, 1997
indicadores de inovação
Centro-Oeste
2% Norte
a) nem todo conhecimento economicamente útil Nordeste
9%
1%
Sul
é codificável, sobretudo o conhecimento tácito; 21%
conselhável comparar essas taxas de efetividade Indicadores de CT&I em São Paulo - 2001, FAPESP
19
Nesta seção, o termo patentes é usado em sentido amplo, referindo-se a três
17
Por indústria entende-se o gênero industrial específico, e não uma empresa classes de propriedade industrial: patentes de invenção (PI), modelo de utilidade
industrial, como se poderia pensar. (MU) e desenho industrial (DI). Quando se referir a patentes de maior conteúdo
18
Ver Albuquerque (2000). tecnológico, será feita a menção a “PI”, ou patentes de invenção.
Indicadores de Ciência, Tecnologia e Inovação em São Paulo - 2001 7 - 35
de 1998, o quadro aponta para uma certa recuperação o número máximo de aproximadamente 3.000
da atividade inventiva nacional. patentes, obtido em 1989.
No que se refere aos inventores estrangeiros, Entre os principais países com patentes no
a concessão de patentes também declinou, na Brasil, os EUA destacaram-se, respondendo, em
primeira metade dos anos 90. Houve inversão da média, por 40% das concessões a estrangeiros.
tendência, a partir de 1998, no tocante às patentes Seguiram-se Alemanha (17%), França (8%), Japão
de invenção; mas, em 1999, ainda não se retomara (7%), Reino Unido (6%) e Itália (5%), totalizando mais
de 80% das patentes de não-residentes (gráfico 7.24 e
Gráfico 7.23 tabela anexa 7.17).
A solicitação de patentes por não-residentes
Patentes de invenção domésticas concedidas, por
residência do inventor - 1987-1999
reflete, geralmente, a necessidade de reconhecer no
território nacional os direitos de propriedade indus-
3.200
trial de empresas transnacionais, interessadas na
2.800
exploração industrial e comercial dos seus produtos
Nº patentes de invenção (PI)
1.400
1.200
Nº patentes de invenção (PI)
Fonte: INPI
400 Indicadores de CT&I em São Paulo - 2001, FAPESP
200
20
A FAPESP está implantando o Núcleo de Patenteamento e Licenciamento de
0
1987 1988 1989 1990 1991 1992 1994 1995 1996
Tecnologia (Nuplitec), para a proteção da propriedade intelectual dos inventos
resultantes de projetos por ela financiados e, sobretudo, para o seu respectivo
Estados Unidos Alemanha França licenciamento. O Nuplitec vai conferir ao patenteamento o caráter de um negócio,
Japão Reino Unido Itália buscando ativamente o mercado para o invento. Além da cultura de proteção a
inventos, espera-se que o Núcleo estimule o desenvolvimento de competências
* Dados de 1993 não disponíveis na área de propriedade intelectual, gerando, por exemplo, cursos de pós-
Fonte: INPI e Industrial Property Statistics/WIPO.
graduação de Direito nesta área. Além de projetos desenvolvidos por universidades
e instituições de pesquisa, deverão contar com o apoio do Núcleo os projetos de
Veja tabela anexa 7.17
inovação tecnológica de pequenas empresas e os elaborados em parceria entre
Indicadores de CT&I em São Paulo - 2001, FAPESP
empresas, universidades e institutos de pesquisa.
7 - 36 Capítulo 7 - Balanço de Pagamentos Tecnológico e Propriedade Intelectual
GOODYEAR
tem-se os vários campos
PETROBRAS
tecnológicos enfatizados
DOW CHEMICAL
por inventores de São
0 50 100 150 200 250 300 350 Paulo, do Brasil como
Nº patentes (PI) um todo e por inventores
* Os dados representam uma amostra de 24.650 patentes de invenção publicadas entre 1992 e 1998.
não-residentes.
Fonte: INPI
21
Veja tabela anexa 7.18 Nos EUA, em 1995, 3,3% das
Indicadores de CT&I em São Paulo - 2001, FAPESP
patentes concedidas pertenciam a
universidades (NSF, 1998).
Indicadores de Ciência, Tecnologia e Inovação em São Paulo - 2001 7 - 37
Quadro 7.5
Principais classes de patentes enfatizadas por inventores do estado de São Paulo, do Brasil e não-residentes -
anos 90
O quadro 7.5 indica a concentração da atividade Uma estimativa da inventividade pode ser obtida
inventiva – tanto em São Paulo quanto no Brasil – em pelo indicador que relaciona as patentes ao número de
setores de baixo conteúdo tecnológico, tipicamente habitantes (gráfico 7.28), comparando os resultados
bens de consumo tradicionais das famílias. para São Paulo e para o Brasil, em 1989 e 1997, com os
Nota-se, porém, algum destaque para setores indicadores de alguns países em desenvolvimento.
mais intensivos em conhecimento como compo- O padrão de patenteamento apresenta im-
nentes elétricos (iluminação) e audiovisual (apre- portantes discrepâncias entre os países mais avan-
sentação visual), tanto em São Paulo como no Brasil, çados22 . Entre eles destaca-se o Japão, pelo nível a-
e para transportes, no país como um todo (tabelas bsoluto de inventividade (patenteamento em relação à
anexas 7.19 e 7.20). Em contraste, para os não- população), e os EUA, pelo crescimento do indicador
residentes identifica-se interesse pela atividade no período (34%) (tabela anexa 7.25). Os “Tigres
patentária no Brasil em setores ligados à química fina Asiáticos” apresentaram os melhores desempenhos,
e química de base, bem como à indústria aeroespacial
(tabela anexa 7.21). 22
Para uma apreciação, ver Mello (1995).
7 - 38 Capítulo 7 - Balanço de Pagamentos Tecnológico e Propriedade Intelectual
Gráfico 7.28
Densidade (produtividade) tecnológica - Estado de São Paulo, Brasil e países selecionados, 1989 e 1997
a) Densidade maior que 10 patentes/100.000 hab. b) Densidade menor que 10 patentes/100.000 hab.
300 6
250 5
Patentes*/100.000 hab.
Patentes*/100.000 hab.
200 4
150 3
100 2
50 1
0 0
ão * ha do ça ha o il ** l
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1989 1997
*número de patentes (PI) domésticas depositadas, via escritório nacional, por residentes.
** os dados para 1997 são de 1996.
Fonte: Industrial Property Statistics/WIPO; World Development Report/BIRD.
Veja tabela anexa 7.25
Indicadores de CT&I em São Paulo - 2001, FAPESP
MERCEDES-BENS DO BR (SP)
exterior
JOÃO A BIRKAIN (RS)
Examina-se a seguir os
EMBRAP/CERNAGEN (DF)
padrões de especialização
ALBRECHT EQUIPAMENTOS (SC)
tecnológica para o estado de
0 20 40 60 80 100 São Paulo e para o Brasil,
Nº patentes (PI) identificados através da aná-
Fonte: Cálculos próprios a partir da base de dados do USPTO. lise do patenteamento nos
Veja tabela anexa 7.22 EUA. O exame de depósitos
Indicadores de CT&I em São Paulo - 2001, FAPESP
de patentes no exterior for-
Indicadores de Ciência, Tecnologia e Inovação em São Paulo - 2001 7 - 39
Gráfico 7.31
Índice de patenteamento nos EUA - Estado de São Paulo e países selecionados, 1989-1998
1
Índice de especialização
-1
-2
-3
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31
Domínios Tecnológicos:
1 Componentes Elétricos 11 Farmacêuticos-Cosméticos 21 Máquinas-Ferramentas
2 Audiovisual 12 Biotecnologia 22 Motores-Bombas-Turbinas
3 Telecomunicações 13 Produtos Agrícolas e Alimentares 23 Componentes Mecânicos
4 Informática 14 Procedimentos Técnicos 24 Manutenção-Gráfica
5 Semicondutores 15 Tratamento de Superfícies 25 Aparelhos Agrícolas e Alimentares
6 Óptica 16 Trabalho com Materiais 26 Transportes
7 Análise-Mensuração-Controle 17 Materiais-Metalurgia 27 Técnicas Nucleares
8 Engenharia Médica 18 Procedimentos Térmicos 28 Espacial-Armamentos
9 Química Orgânica 19 Química de Base 29 Consumo das Famílias
10 Química Macromolecular 20 Meio Ambiente-Poluição 30 Construção Civil
Nota: O índice de especialização refere-se à porcentagem de patentes em uma classe que são depositadas por inventores de uma região, dividido pela porcentagem de todas as
patentes de inventores desta região no período.
Fonte: Cálculos próprios a partir da base de dados do USPTO.
Indicadores de CT&I em São Paulo - 2001, FAPESP
Indicadores de Ciência, Tecnologia e Inovação em São Paulo - 2001 7 - 41
Gráfico 7.32
Índice de atividade de patenteamento do estado de São Paulo nos EUA - 1989-1993 e 1994-1998
1,5
0,5
Índice de especialização
-0,5
-1
-1,5
-2
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31
1989-1993 1994-1998
Domínios Tecnológicos:
1 Componentes Elétricos 11 Farmacêuticos-Cosméticos 21 Máquinas-Ferramentas
2 Audiovisual 12 Biotecnologia 22 Motores-Bombas-Turbinas
3 Telecomunicações 13 Produtos Agrícolas e Alimentares 23 Componentes Mecânicos
4 Informática 14 Procedimentos Técnicos 24 Manutenção-Gráfica
5 Semicondutores 15 Tratamento de Superfícies 25 Aparelhos Agrícolas e Alimentares
6 Óptica 16 Trabalho com Materiais 26 Transportes
7 Análise-Mensuração-Controle 17 Materiais-Metalurgia 27 Técnicas Nucleares
8 Engenharia Médica 18 Procedimentos Térmicos 28 Espacial-Armamentos
9 Química Orgânica 19 Química de Base 29 Consumo das Famílias
10 Química Macromolecular 20 Meio Ambiente-Poluição 30 Construção Civil
Nota: O índice de especialização refere-se à porcentagem de patentes em uma classe que são depositadas por inventores de uma região, dividido pela porcentagem de todas as
patentes de inventores desta região no período.
Fonte: Cálculos próprios a partir da base de dados do USPTO.
Indicadores de CT&I em São Paulo - 2001, FAPESP
7 - 42 Capítulo 7 - Balanço de Pagamentos Tecnológico e Propriedade Intelectual
Gráfico 7.33
Crescimento médio do número de patentes do estado de São Paulo nos EUA - 1989-1998
Construção Civil
Espacial-Armamentos
Técnicas Nucleares
Transportes
Manutenção-Gráfica
Componentes Mecânicos
Motores-Bombas-Turbinas
Máquinas-Ferramentas
Meio Ambiente-Poluição
Química de Base
Procedimentos Térmicos
Materiais-Metalurgia
Tratamento de Superfícies
Procedimentos Técnicos
Biotecnologia
Farmacêuticos-Comésticos
Química-Macromolecular
Química Orgânica
Engenharia Médica
Análise-Mensuração-Controle
Óptica
Semicondutores
Informática
Telecomunicações
Audiovisual
Componentes Elétricos
positiva da competitividade inventiva no exterior, ressalta- Nos domínios em que São Paulo apresentou
se a atividade nos subdomínios de procedimentos evoluções mais expressivas, a taxa geral de crescimento
térmicos, de componentes mecânicos e de transportes. médio dos depósitos nos EUA foi da ordem de 7,5%. O
Deve-se frisar que nenhum desses campos apresentou crescimento médio do total de depósitos no USPTO foi
grande dinamismo no decorrer dos anos 90. de 26%, entre 1989 e 1998 (gráfico 7.33)
Se uma conclusão geral é possível, essa se primeiros. Pari passu à elevação da importância dos
refere à complexidade e à gravidade da situação fluxos tecnológicos – comerciais e de serviços –,
revelada pelo Balanço de Pagamentos Tecnológico. verifica-se um notável aumento dos desequilíbrios
A importância crescente dos fluxos associados à externos, uma tendência cuja explicação encontra
tecnologia está patente tanto nos indicadores de raízes nos demais capítulos desta publicação e que
serviços quanto nos de produtos, embora os merecerá, por certo, novos estudos e desenvolvi-
montantes desses últimos superem muito os mentos nos âmbitos paulista e brasileiro.
7 - 46 Capítulo 7 - Balanço de Pagamentos Tecnológico e Propriedade Intelectual
Referências Bibliográficas
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1998. VICENTIM, R. A Legislação de propriedade intelectual. Um
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– Patent Manual 1994. Paris: OCDE, 1994. Científica apresentado à FAPESP, 1999.
Indicadores de Ciência, Tecnologia e Inovação em São Paulo - 2001 T - 49
1. Biotecnologia
2. Ciências da Vida
3. Optoeletrônica
4. Informática e Telecomunicações
5. Eletrônica
6. Manufatura de Computação Integrada
7. Desenho de Materiais
8. Aeroespacial
9. Armamentos
10. Nuclear
• Classificação dos produtos de alta tecnologia
(Hariolf Grupp - Fraunhofer Institute for System and Innovation Research)
1. Químicos e Medicamentos
2. Mecânicos
3. Unidades e Máquinas Automáticas de Processamento de Dados, Equipamentos de Telecomunicações,
Dispositivos Semicondutores, Microcircuitos Eletrônicos
4. Instrumentos Científicos e Profissionais
5. Aeroespaciais
• Classificação por setores industriais
(OST – Observatoire des Sciences et des Techniques)
1. Primários Agrícolas
2. Primários Minerais
3. Primários Energéticos
4. Manufaturados Agroalimentares
5. Manufaturados Intensivos em Outros Recursos Agrícolas
6. Manufaturados Intensivos em Recursos Minerais
7. Manufaturados Intensivos em Recursos Energéticos
8. Manufaturados Intensivos em Trabalho
9. Manufaturados Intensivos em Escala
10. Manufaturados Produzidos por Fornecedores Especializados
11. Manufaturados Intensivos em P&D
12. Não Classificados
Indicadores de CT&I em São Paulo - 2001, FAPESP
T - 50 Tabelas Anexas
US$ milhões
Exportações Importações Saldo
Categorias de produtos 1989 1999 1989 1999 1989 1999
US$ % US$ % US$ % US$ % US$ US$
Brasil
Produtos Primários Agrícolas 4.480,8 13,0 7.139,7 14,9 1.384,8 7,6 2.391,5 4,9 3.096,0 4.748,2
Produtos Primários Minerais 2.653,8 7,7 3.365,8 7,0 649,3 3,6 486,3 1,0 2.004,5 2.879,5
Produtos Primários Energéticos 4,7 0,0 133,0 0,3 4.146,7 22,7 3.266,7 6,6 -4.142,0 -3.133,7
Industriais Agroalimentares 5.123,1 14,9 6.149,9 12,8 827,6 4,5 1.924,5 3,9 4.295,5 4.225,4
Ind. Intensivos em Outros Recursos Agríc. 1.751,5 5,1 4.078,1 8,5 408,3 2,2 905,0 1,8 1.343,2 3.173,1
Ind. Intensivos em Recursos Minerais 2.579,7 7,5 3.318,9 6,9 2.308,9 12,6 4.524,5 9,2 270,8 -1.205,6
Ind. Intensivos em Recursos Energéticos 848,3 2,5 403,8 0,8 297,2 1,6 2.205,0 4,5 551,1 -1.801,2
Industriais Intensivos em Trabalho 3.264,3 9,5 4.225,9 8,8 835,1 4,6 3.857,7 7,8 2.429,2 368,2
Industriais Intensivos em Escala 8.809,8 25,6 9.870,7 20,6 1.961,7 10,7 7.107,8 14,4 6.848,1 2.762,9
Fornecedores Especializados 3.047,1 8,9 4.576,6 9,5 3.105,0 17,0 11.614,4 23,6 -57,9 -7.037,8
Industriais Intensivos em P&D 1.371,4 4,0 3.784,2 7,9 2.307,0 12,6 9.774,8 19,9 -935,6 -5.990,6
Não Classificados 448,2 1,3 964,9 2,0 31,8 0,2 1.152,3 2,3 416,4 -187,4
Total 34.382,7 100 48.011,5 100 18.263,4 100 49.210,5 100 16.119,3 -1.199,0
São Paulo
Produtos Primários Agrícolas 396,6 3,3 967,8 5,5 438,0 5,5 737,0 3,2 -41,4 230,8
Produtos Primários Minerais 14,1 0,1 5,4 0,0 123,8 1,5 87,5 0,4 -109,7 -82,1
Produtos Primários Energéticos 0,1 0,0 0,0 0,0 1.252,8 15,7 879,9 3,8 -1.252,7 -879,9
Industriais Agroalimentares 1.979,3 16,4 2.148,4 12,2 334,8 4,2 740,4 3,2 1.644,5 1.408,0
Ind. Intensivos em Outros Recursos Agríc. 463,5 3,8 1.913,8 10,9 206,9 2,6 571,9 2,5 256,6 1.341,9
Ind. Intensivos em Recursos Minerais 823,5 6,8 850,6 4,8 1.415,9 17,7 2.820,4 12,1 -592,4 -1.969,8
Ind. Intensivos em Recursos Energéticos 365,6 3,0 157,7 0,9 14,2 0,2 537,6 2,3 351,4 -379,9
Industriais Intensivos em Trabalho 958,2 8,0 1.026,3 5,9 277,3 3,5 2.143,8 9,2 680,9 -1.117,5
Industriais Intensivos em Escala 3.654,5 30,4 4.389,3 25,0 1.044,5 13,1 2.853,7 12,2 2.610,0 1.535,6
Fornecedores Especializados 2.354,8 19,6 2.808,3 16,0 1.626,3 20,3 5.812,2 24,9 728,5 -3.003,9
Industriais Intensivos em P&D 966,4 8,0 2.975,1 17,0 1.252,0 15,7 5.905,2 25,3 -285,6 -2.930,1
Não Classificados 64,1 0,5 299,4 1,7 11,0 0,1 222,2 1,0 53,1 77,2
Total 12.040,7 100 17.542,1 100 7.997,5 100 23.311,8 100 4.043,2 -5.769,7
US$ milhões
Desenvol. país parceiro/ Exportações Importações Saldo
Intensidade tecnol. 1989 1999 1989 1999 1989 1999
dos produtos US$ % US$ % US$ % US$% US$ US$
Brasil
Alta Tecnologia 3.256,3 13,3 5.142,3 17,3 4.813,2 47,4 19.006,2 57,7 -1.556,9 -13.863,9
PD Média Tecnologia 18.404,6 75,1 21.845,4 73,3 4.501,2 44,4 12.443,5 37,8 13.903,4 9.401,9
Baixa Tecnologia 2.851,7 11,6 2.809,4 9,4 833,8 8,2 1.477,6 4,5 2.017,9 1.331,8
Total 24.512,6 100 29.797,2 100 10.148,2 100 32.927,4 100 14.364,4 -3.130,2
Alta Tecnologia 1.162,2 11,8 3.218,4 17,7 598,8 7,4 2.382,9 14,6 563,4 835,5
PED Média Tecnologia 7.604,5 77,0 12.937,8 71,0 3.225,2 39,7 8.267,4 50,8 4.379,3 4.670,4
Baixa Tecnologia 1.103,3 11,2 2.058,0 11,3 4.291,2 52,9 5.632,6 34,6 -3.187,9 -3.574,6
Total 9.870,0 100 18.214,2 100 8.115,2 100 16.282,9 100 1.754,8 1.931,3
Alta Tecnologia 4.418,5 12,9 8.360,7 17,4 5.412,0 29,6 21.389,1 43,5 -993,5 -13.028,4
Total Média Tecnologia 26.009,1 75,6 34.783,2 72,4 7.726,4 42,3 20.710,9 42,1 18.282,7 14.072,3
Baixa Tecnologia 3.955,0 11,5 4.867,4 10,1 5.125,0 28,1 7.110,2 14,4 -1.170,0 -2.242,8
Total 34.382,6 100 48.011,3 100 18.263,4 100 49.210,2 100 16.119,2 -1.198,9
São Paulo
Alta Tecnologia 2.491,8 29,7 3.566,7 37,2 2.597,3 50,0 10.505,1 59,8 -105,5 -6.938,4
PD Média Tecnologia 5.564,6 66,3 5.847,2 61,0 2.389,4 46,0 6.779,5 38,6 3.175,2 -932,3
Baixa Tecnologia 339,2 4,0 165,1 1,7 205,6 4,0 290,6 1,7 133,6 -125,5
Total 8.395,6 100 9.579,0 100 5.192,3 100 17.575,2 100 3.203,3 -7.996,2
Alta Tecnologia 829,4 22,8 2.216,7 27,8 281,1 10,0 1.212,3 21,1 548,3 1.004,4
PED Média Tecnologia 2.711,0 74,4 5.448,9 68,4 1.328,0 47,3 3.087,9 53,8 1.383,0 2.361,0
Baixa Tecnologia 104,6 2,9 297,3 3,7 1.196,2 42,6 1.436,6 25,0 -1.091,6 -1.139,3
Total 3.645,1 100 7.962,9 100 2.805,3 100 5.736,7 100 839,8 2.226,2
Alta Tecnologia 3.321,2 27,6 5.783,4 33,0 2.878,4 36,0 11.717,4 50,3 442,8 -5.934,0
Total Média Tecnologia 8.275,6 68,7 11.296,1 64,4 3.717,4 46,5 9.867,4 42,3 4.558,2 1.428,7
Baixa Tecnologia 443,8 3,7 462,4 2,6 1.401,8 17,5 1.727,2 7,4 -958,0 -1.264,8
Total 12.040,6 100 17.541,9 100 7.997,6 100 23.312,0 100 4.043,0 -5.770,1
Alta Tecnologia 332,8 5,3 1.001,7 9,8 317,7 6,0 1.170,6 11,1 15,1 -168,9
PED Média Tecnologia 4.893,5 78,6 7.488,9 73,1 1.897,2 35,7 5.179,5 49,1 2.996,3 2.309,4
Baixa Tecnologia 998,7 16,0 1.760,7 17,2 3.095,0 58,3 4.196,0 39,8 -2.096,3 -2.435,3
Total 6.224,9 100 10.251,3 100 5.309,9 100 10.546,2 100 915,0 -294,9
Alta Tecnologia 1.097,3 4,9 2.577,3 8,5 2.533,6 24,7 9.671,7 37,3 -1.436,3 -7.094,4
Total Média Tecnologia 17.733,5 79,4 23.487,1 77,1 4.009,0 39,1 10.843,5 41,9 13.724,5 12.643,6
Baixa Tecnologia 3.511,2 15,7 4.405,0 14,5 3.723,2 36,3 5.383,0 20,8 -212,0 -978,0
Total 22.342,0 100 30.469,4 100 10.265,8 100 25.898,2 100 12.076,2 4.571,2
PD: países desenvolvidos - PED: países em desenvolvimento
Fonte: Secex
Indicadores de CT&I em São Paulo - 2001, FAPESP
Indicadores de Ciência, Tecnologia e Inovação em São Paulo - 2001 T - 53
em US$ 1.000
1989
8802 567.405 83,1 115.699 16,9 451.706 683.103 18,6 18,6
8542 26.039 7,8 306.039 92,2 -280.000 332.078 9,0 27,6
8803 88.284 33,0 179.410 67,0 -91.126 267.694 7,3 34,9
3206 13.502 11,1 108.456 88,9 -94.954 121.958 3,3 38,2
8522 274 0,2 112.562 99,8 -112.288 112.837 3,1 41,3
8540 45.638 41,5 64.395 58,5 -18.757 110.033 3,0 44,3
3703 85.259 86,6 13.193 13,4 72.067 98.452 2,7 46,9
3824 37.903 38,6 60.266 61,4 -22.363 98.169 2,7 49,6
8529 33.746 37,9 55.202 62,1 -21.456 88.949 2,4 52,0
3702 7.284 8,6 77.822 91,4 -70.538 85.105 2,3 54,3
8517 41.213 49,3 42.411 50,7 -1.198 83.624 2,3 56,6
9018 10.430 12,6 72.377 87,4 -61.947 82.807 2,3 58,9
3204 10.713 13,2 70.480 86,8 -59.767 81.194 2,2 61,1
8541 6.822 8,6 72.929 91,4 -66.106 79.751 2,2 63,2
9006 58.234 77,1 17.267 22,9 40.967 75.501 2,1 65,3
3301 34.690 55,6 27.704 44,4 6.986 62.393 1,7 67,0
Total 1.371.421 37,3 2.306.987 62,7 -935.566 3.678.409 100
1999
8802 1.784.802 81,7 399.289 18,3 1.385.513 2.184.091 16,1 16,1
3004 160.887 13,6 1.025.579 86,4 -864.692 1.186.466 8,8 24,9
8542 6.073 0,6 1.059.365 99,4 -1.053.292 1.065.439 7,9 32,7
8517 84.364 8,9 864.445 91,1 -780.082 948.809 7,0 39,7
8525 280.483 33,3 560.687 66,7 -280.204 841.171 6,2 45,9
8529 30.932 3,7 798.256 96,3 -767.324 829.188 6,1 52,0
8803 113.844 17,9 520.955 82,1 -407.110 634.799 4,7 56,7
8540 134.563 32,0 286.256 68,0 -151.693 420.819 3,1 59,8
3002 5.869 1,9 304.794 98,1 -298.925 310.663 2,3 62,1
9032 100.082 36,2 176.432 63,8 -76.351 276.514 2,0 64,1
9018 30.732 11,7 232.155 88,3 -201.423 262.886 1,9 66,1
8541 7.640 2,9 254.313 97,1 -246.673 261.953 1,9 68,0
Total 3.784.175 27,9 9.774.777 72,1 -5.990.601 13.558.952 100
* Nomenclatura Comum do Mercosul.
Veja Quadro 7.3
Fonte: Secex
Indicadores de CT&I em São Paulo - 2001, FAPESP
T - 54 Tabelas Anexas
1993 892 74,4 1.765 118,7 50,5 62,6 1.503 80,4 2.776 186,2 54,1 43,2 -6,0 -67,5
1994 1.139 142,3 2.639 207,5 43,2 68,6 1.892 84,4 3.504 296,4 54,0 28,5 57,9 -89,0
1995 1.553 167,3 3.127 270,7 49,7 61,8 1.820 239,8 3.762 599,8 48,4 40,0 -72,5 -329,1
1996 2.437 246,7 4.372 410,4 55,7 60,1 2.584 444,8 5.225 886,5 49,5 50,2 -198,1 -476,1
1997 3.411 395,1 5.794 687,8 58,9 57,4 4.094 719,0 7.617 1.255,3 53,7 57,3 -323,9 -567,5
1998 4.316 615,5 7.393 1.022,3 58,4 60,2 5.787 1.051,6 10.513 1.985,4 55,0 53,0 -436,1 -963,1
1999 4.621 554,9 8.009 949,9 57,7 58,4 6.507 989,8 11.469 1.865,4 56,7 53,1 -435,0 -915,5
Total 18.369 2.196,1 33.099 3.667,2 55,5 59,9 24.185 3.609,8 44.864 7.074,6 53,9 51,0 -1.413,7 -3.407,7
Fonte: Bacen/Decec
Indicadores de CT&I em São Paulo - 2001, FAPESP
Indicadores de Ciência, Tecnologia e Inovação em São Paulo - 2001 T - 55
Total
1993 65 0,4 162 0,7 40,1 67,0 66 1,0 131 16,5 50,4 5,9 -0,5 -15,9
1994 56 0,6 183 1,3 30,6 47,9 224 2,2 454 67,3 49,3 3,3 -1,6 -65,9
1995 71 2,0 135 2,3 52,6 84,6 188 15,6 528 120,4 35,6 13,0 -13,6 -118,1
1996 140 1,6 169 2,2 82,8 73,3 124 25,1 450 177,2 27,6 14,2 -23,5 -174,9
1997 65 9,6 78 9,7 83,3 99,0 204 54,4 606 161,1 33,7 33,8 -44,8 -151,4
1998 55 4,2 69 6,0 79,7 70,3 138 65,5 366 212,4 37,7 30,8 -61,3 -206,5
1999 22 1,3 48 3,8 45,8 33,2 192 71,8 294 130,0 65,3 55,2 -70,6 -126,2
Total 474 19,7 844 26,0 56,2 75,9 1.136 235,6 2.829 884,9 40,2 26,6 -215,9 -859,0
Franquias
1993 0 0,0 0 0,0 ... ... 0 0,0 0 0,0 ... ... 0,0 0,0
1994 0 0,0 0 0,0 ... ... 0 0,0 0 0,0 ... ... 0,0 0,0
1995 0 0,0 0 0,0 ... ... 0 0,0 0 0,0 ... ... 0,0 0,0
1996 0 0,0 0 0,0 ... ... 0 0,0 0 0,0 ... ... 0,0 0,0
1997 0 0,0 0 0,0 ... ... 0 0,0 0 0,0 ... ... 0,0 0,0
1998 0 0,0 0 0,0 ... ... 21 1,1 35 3,0 60,0 36,7 -1,1 -3,0
1999 0 0,0 2 0,0 0,0 0,0 41 2,1 84 3,9 48,8 55,2 -2,1 -3,8
Total 0 0,0 2 0,0 0,0 0,0 62 3,2 119 6,9 52,1 47,1 -3,2 -6,9
Fonte: Bacen/Decec
Indicadores de CT&I em São Paulo - 2001, FAPESP
T - 56 Tabelas Anexas
Total
1993 59 3,8 117 6,4 50,4 59,2 427 41,7 596 51,8 71,6 80,5 -37,9 -45,3
1994 59 5,5 167 8,9 35,3 60,9 435 37,7 653 78,5 66,6 48,1 -32,3 -69,5
1995 84 5,3 183 9,9 45,9 53,1 622 166,3 900 237,4 69,1 70,1 -161,0 -227,5
1996 111 5,8 174 7,2 63,8 80,7 780 280,4 1.086 414,2 71,8 67,7 -274,5 -407,0
1997 97 9,4 157 13,9 61,8 67,7 752 432,3 1.076 575,4 69,9 75,1 -422,9 -561,4
1998 123 5,1 205 25,7 60,0 19,7 1.047 592,1 1.712 978,9 61,2 60,5 -587,1 -953,2
1999 95 6,2 153 11,8 62,1 52,7 1.236 490,7 2.268 942,3 54,5 52,1 -484,5 -930,5
Total 628 41,0 1.156 83,9 54,3 48,9 5.299 2.041,2 8.291 3.278,3 63,9 62,3 -2.000,2 -3.194,4
Fornecimento de tecnologia
1993 23 1,2 48 2,3 47,9 52,2 284 32,9 405 40,9 70,1 80,4 -31,7 -38,6
1994 25 2,0 63 3,4 39,7 57,7 334 28,9 488 42,4 68,4 68,3 -26,9 -38,9
1995 39 3,8 60 6,3 65,0 59,9 481 152,8 697 216,1 69,0 70,7 -149,0 -209,9
1996 49 2,7 71 3,1 69,0 88,0 591 255,0 823 371,6 71,8 68,6 -252,3 -368,5
1997 44 6,4 65 9,8 67,7 64,7 601 394,1 859 513,9 70,0 76,7 -387,8 -504,0
1998 48 1,9 73 19,8 65,8 9,7 721 435,0 1.009 579,8 71,5 75,0 -433,0 -560,0
1999 38 2,5 53 6,4 71,7 39,5 745 330,5 1.049 479,9 71,0 68,9 -327,9 -473,5
Total 266 20,5 433 51,2 61,4 40,1 3.757 1.629,2 5.330 2.244,6 70,5 72,6 -1.608,7 -2.193,5
Total
1993 20 0,2 31 1,0 64,5 21,2 7 1,0 10 1,3 70,0 77,9 -0,8 -0,3
1994 27 34,0 55 36,0 49,1 94,6 6 0,6 24 6,1 25,0 9,1 33,5 29,9
1995 31 4,8 70 8,5 44,3 57,0 8 0,3 22 2,6 36,4 11,8 4,5 5,9
1996 22 5,3 56 9,7 39,3 54,2 5 0,3 16 5,9 31,3 4,4 5,0 3,8
1997 31 11,0 42 12,2 73,8 89,6 5 1,3 20 6,3 25,0 19,9 9,7 5,9
1998 44 20,9 56 51,8 78,6 40,4 11 0,5 30 7,6 36,7 6,3 20,5 44,3
1999 38 8,6 55 15,2 69,1 56,3 12 0,2 13 0,8 92,3 29,0 8,3 14,4
Total 213 84,8 365 134,4 58,4 63,1 54 4,1 135 30,6 40,0 13,3 80,7 103,9
Total
1993 748 69,9 1.455 110,6 51,4 63,2 1.003 36,7 2.039 116,6 49,2 31,5 33,2 -6,0
1994 997 102,2 2.234 161,2 44,6 63,4 1.227 43,9 2.373 144,6 51,7 30,4 58,2 16,6
1995 1.367 155,3 2.739 250,0 49,9 62,1 1.002 57,6 2.312 239,4 43,3 24,1 97,6 10,6
1996 2.164 234,0 3.973 391,3 54,5 59,8 1.675 139,1 3.673 289,2 45,6 48,1 94,9 102,1
1997 3.218 365,2 5.517 652,0 58,3 56,0 3.133 231,1 5.915 512,6 53,0 45,1 134,1 139,4
1998 4.094 585,3 7.063 938,8 58,0 62,3 4.591 393,5 8.405 786,5 54,6 50,0 191,8 152,3
1999 4.466 538,8 7.753 919,1 57,6 58,6 5.067 427,0 8.894 792,3 57,0 53,9 111,8 126,8
Total 17.054 2.050,6 30.734 3.422,9 55,5 59,9 17.698 1.329,0 33.611 2.881,1 52,7 46,1 721,6 541,8
Montagem de equipamentos
1993 68 12,5 110 19,3 61,8 64,9 44 3,0 260 19,4 16,9 15,7 9,5 -0,1
1994 75 4,0 203 15,3 36,9 25,8 39 0,7 216 12,1 18,1 5,9 3,2 3,2
1995 86 4,0 168 9,9 51,2 40,1 29 4,2 189 19,6 15,3 21,6 -0,3 -9,7
1996 103 28,4 201 32,0 51,2 88,9 81 12,1 217 24,9 37,3 48,8 16,3 7,1
1997 72 15,0 139 16,4 51,8 91,5 78 5,3 201 17,1 38,8 31,0 9,7 -0,8
1998 56 18,1 169 21,9 33,1 82,9 65 5,7 143 9,4 45,5 60,5 12,4 12,4
1999 18 0,7 106 9,1 17,0 8,2 30 0,5 86 1,9 34,9 24,5 0,3 7,2
Total 478 82,8 1.096 123,8 43,6 66,8 366 31,6 1.312 104,4 27,9 30,3 51,1 19,4
em US$ milhões
1993 1999 Tx. Cresc. Anual
País US$ % US$ % 1993/1999
Remessas
Estados Unidos 65,59 35,2 796,66 42,7 51,6
Alemanha 15,61 8,4 182,96 9,8 50,7
Espanha 0,48 0,3 143,48 7,7 158,9
Reino Unido 6,54 3,5 95,49 5,1 56,3
Suíça 5,32 2,9 83,03 4,5 58,1
França 9,99 5,4 79,94 4,3 41,4
Itália 3,96 2,1 66,25 3,6 60,0
Países Baixos (Holanda) 2,53 1,4 63,35 3,4 71,0
Japão 22,61 12,1 62,79 3,4 18,6
Argentina 1,30 0,7 60,66 3,3 89,8
Suécia 8,73 4,7 34,33 1,8 25,6
Portugal 0,57 0,3 32,93 1,8 96,6
Canadá 4,90 2,6 26,70 1,4 32,6
Finlândia 0,14 0,1 17,23 0,9 122,5
Panamá 16,88 9,1 14,99 0,8 -2,0
Demais países 21,03 11,3 104,55 5,6 747,3
Total 186 100 1.865,36 100 46,8
Ingressos
Estados Unidos 48,32 33,1 473,13 48,1 46,3
Alemanha 9,30 6,4 138,46 14,1 56,8
Argentina 10,95 7,5 44,31 4,5 26,2
França 9,57 6,6 24,89 2,5 17,3
Reino Unido 5,55 3,8 24,57 2,5 28,1
Itália 0,93 0,6 24,12 2,5 71,9
Espanha 1,26 0,9 16,51 1,7 53,5
Suíça 1,27 0,9 13,97 1,4 49,1
México 3,10 2,1 13,60 1,4 27,9
Países Baixos (Holanda) 0,38 0,3 13,25 1,3 81,2
Ilhas Bahamas 0,03 0,0 13,21 1,3 173,2
Portugal 1,90 1,3 11,75 1,2 35,5
Dinamarca 0,95 0,6 11,52 1,2 51,6
Chile 0,62 0,4 10,86 1,1 61,2
Japão 1,82 1,2 10,83 1,1 34,6
Demais países 42,46 29,1 70,66 7,2 8,9
Total 146 100 984,09 100 37,4
Fonte: Bacen/Decec
Indicadores de CT&I em São Paulo - 2001, FAPESP
T - 60 Tabelas Anexas
1993 1999
Blocos Ingressos Remessas Saldo Ingressos Remessas Saldo
US$ % US$ % US$ % US$ % US$ % US$ %
São Paulo
Alcan 41,81 56,2 32,85 40,9 8,96 -148,8 295,11 53,2 441,60 44,6 -146,49 33,7
União Européia 19,61 26,4 28,31 35,2 -8,70 144,5 177,28 32,0 421,39 42,6 -244,11 56,1
América Latina 5,70 7,7 1,90 2,4 3,79 -63,0 18,06 3,3 5,93 0,6 12,13 -2,8
Mercosul 4,11 5,5 1,39 1,7 2,71 -45,1 36,76 6,6 10,81 1,1 25,95 -6,0
Japão 1,13 1,5 12,07 15,0 -10,94 181,7 8,44 1,5 18,61 1,9 -10,16 2,3
África 0,01 0,0 0,20 0,2 -0,18 3,0 0,24 0,0 0,04 0,0 0,21 0,0
Restante da Europa 0,45 0,6 1,77 2,2 -1,32 22,0 8,86 1,6 81,59 8,2 -72,73 16,7
Oriente Médio 0,27 0,4 0,15 0,2 0,12 -1,9 1,28 0,2 1,47 0,1 -0,19 0,0
Restante da Ásia 0,94 1,3 1,48 1,8 -0,53 8,9 1,48 0,3 5,68 0,6 -4,20 1,0
Tigres Asiáticos 0,03 0,0 0,24 0,3 -0,21 3,5 6,25 1,1 0,53 0,1 5,72 -1,3
Demais países 0,29 0,4 0,01 0,0 0,28 -4,7 1,05 0,2 2,16 0,2 -1,11 0,3
Total 74,35 100 80,37 100 -6,02 100 554,82 100 989,81 100 -434,99 100
Brasil
Alcan 51,71 43,6 74,32 39,9 -22,61 33,5 496,85 52,3 836,90 44,9 -340,05 37,2
União Européia 31,55 26,6 56,79 30,5 -25,24 37,4 274,64 28,9 742,40 39,8 -467,76 51,1
América Latina 12,40 10,4 19,39 10,4 -6,99 10,4 68,80 7,2 46,94 2,5 21,86 -2,4
Mercosul 13,66 11,5 1,59 0,9 12,06 -17,9 56,19 5,9 63,69 3,4 -7,51 0,8
Japão 1,82 1,5 22,61 12,1 -20,80 30,8 10,83 1,1 62,79 3,4 -51,96 5,7
África 2,72 2,3 2,12 1,1 0,60 -0,9 0,46 0,0 1,11 0,1 -0,65 0,1
Restante da Europa 1,48 1,2 7,39 4,0 -5,91 8,8 18,35 1,9 91,83 4,9 -73,48 8,0
Oriente Médio 1,28 1,1 1,56 0,8 -0,28 0,4 4,40 0,5 9,34 0,5 -4,94 0,5
Restante da Ásia 0,42 0,4 0,24 0,1 0,18 -0,3 11,19 1,2 4,02 0,2 7,17 -0,8
Tigres Asiáticos 0,35 0,3 0,16 0,1 0,19 -0,3 1,77 0,2 3,47 0,2 -1,70 0,2
Demais países 1,31 1,1 0,01 0,0 1,30 -1,9 6,39 0,7 2,60 0,1 3,79 -0,4
Total 118,68 100 186,17 100 -67,49 100 949,87 100 1.865,10 100 -915,23 100
Fonte: Bacen/Decec
Indicadores de CT&I em São Paulo - 2001, FAPESP
Modalidade/
Residência do solicitante 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999
Residência do inventor 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999
Total 2.184 3.040 3.510 3.355 2.419 1.822 2.649 2.469 2.659 1.487 1.615 2.808 3.202
São Paulo 153 249 279 271 211 151 212 233 280 90 119 223 n.d.
Brasil 289 487 474 453 341 254 378 419 525 189 232 406 428
Não-residentes 1.895 2.553 3.036 2.902 2.078 1.568 2.271 2.050 2.134 1.298 1.383 2.402 2.774
Estados Unidos 737 1.053 1.250 1.200 786 564 n.d. 846 791 490 n.d. n.d. n.d.
Alemanha 340 412 493 468 429 352 n.d. 256 400 204 n.d. n.d. n.d.
França 178 224 277 274 172 119 n.d. 142 167 96 n.d. n.d. n.d.
Japão 138 165 158 191 146 106 n.d. 135 127 106 n.d. n.d. n.d.
Reino Unido 74 197 305 214 137 65 n.d. 101 102 55 n.d. n.d. n.d.
Itália 81 118 130 128 116 85 n.d. 132 118 56 n.d. n.d. n.d.
Suíça 66 82 87 83 66 55 n.d. 94 101 65 n.d. n.d. n.d.
Holanda 55 60 49 52 36 48 n.d. 100 74 111 n.d. n.d. n.d.
Suécia 46 56 67 66 49 48 n.d. 55 47 30 n.d. n.d. n.d.
Austrália 27 22 30 29 32 28 n.d. 24 28 7 n.d. n.d. n.d.
% Não-residentes/Total 86,8 84,0 86,5 86,5 85,9 86,1 85,7 83,0 80,3 87,3 85,6 85,5 86,6
n.d.: dados não disponíveis
Fonte: INPI e Industrial Property Statistics/WIPO
Indicadores de CT&I em São Paulo - 2001, FAPESP
T - 64 Tabelas Anexas
(conclusão)
Ranking Empresa Patentes Ranking Empresa Patentes
(PI) (PI)
*Os dados representam uma amostra de 24.650 patentes de invenção publicada entre 1992 e 1998.
Fonte: INPI
Indicadores de CT&I em São Paulo - 2001, FAPESP
T - 66 Tabelas Anexas
(conclusão)
Nº de patentes Índice de
Classe Descrição depositadas especia-
CIP Total SP lização
A47 Móveis; artigos ou aparelhos domésticos; moinhos de café; moinhos de especiarias; aspiradores em geral 2.133 1.618 1,858
A41 Artigos de uso pessoal 236 178 1,847
A45 Artigos portáteis ou de viagem 347 246 1,737
F21 Iluminação 160 113 1,730
B42 Encadernação; álbuns; arquivos; material impresso especial 376 263 1,713
G09 Educação; criptografia; apresentação visual; anúncios; selos 635 435 1,678
E06 Portas, janelas, postigos ou persianas de enrolar, em geral; escadas 190 130 1,676
B43 Utensílios para escrever ou desenhar; acessórios para escritórios 167 113 1,657
A63 Esportes; jogos; diversões 1.016 657 1,584
E03 Abastecimento da água; sistema de esgotos 343 219 1,564
E04 Edificação 1.110 685 1,512
B62 Veículos terrestres para trafegar de outra maneira que não sobre trilhos 625 377 1,478
B28 Manipulação de cimento, argila ou pedra 141 85 1,477
F24 Aquecimento; fogões; ventilação 381 227 1,459
F17 Armazenamento ou distribuição de gases ou líquidos 106 63 1,456
A01 Agricultura; silvicultura; pecuária; caça; captura em armadilhas; pesca 1.018 601 1,446
E05 Fechaduras; chaves; guarnições de janelas ou portas; cofres 417 240 1,410
G07 Dispositivo de verificação 298 168 1,381
A21 Cozedura ao forno; massas comestíveis 103 56 1,332
G10 Instrumentos musicais; acústica 91 49 1,319
B65 Transporte; embalagem; armazenamento; manipulação de material delgado ou filamento 2.611 1.398 1,312
B67 Manipulação de líquidos 245 128 1,280
B25 Ferramentas manuais; ferramentas portáteis de acionamento mecânico; dispositivos de bancada; manipuladores 158 82 1,271
B60 Veículos em geral 1.976 1.003 1,243
A44 Artigos de armarinho; bijuteria 178 90 1,238
F03 Máquinas ou motores a líquidos; motores movidos a vento, molas, pesos ou outros; produção de força
100 50 1,225
mecânica ou de empuxo propulsivo por reação, não incluída em outro local
E01 Construção de rodovias, de ferrovias ou de pontes 156 76 1,193
B66 Içamento; levantamento; rebocamento 276 134 1,189
B26 Ferramentas manuais de corte; operações de corte; operações de dividir 217 105 1,185
A62 Salvamento; combate ao fogo 87 42 1,182
G08 Sinalização 293 140 1,170
H05 Técnicas elétricas não incluídas em outro local 367 173 1,155
D06 Tratamento de têxteis ou similares; lavanderia; materiais flexíveis não incluídos em outro local 331 149 1,103
A61 Ciência médica ou veterinária; higiene 1.971 887 1,102
B27 Trabalho ou conservação de madeira ou de materiais similares; máquinas
105 47 1,096
para pregar pregos ou para grampear em geral
F41 Armas 83 37 1,092
F04 Máquinas de deslocamento positivo a líquidos; bombas para líquidos ou fluidos elásticos 265 118 1,091
B63 Navios ou outras embarcações; equipamento correlato 203 90 1,086
A24 Tabaco; charutos; cigarros; artigos para fumantes 117 51 1,068
B24 Esmerilhamento; polimento 168 68 0,991
H01 Elementos elétricos básicos 1.153 460 0,977
H02 Produção, conversão ou distribuição de energia elétrica 570 227 0,975
B05 Pulverização ou atomização em geral; aplicação de líquidos ou de outros
323 127 0,963
materiais fluentes a superfícies em geral
E02 Engenharia hidráulica; fundações; terraplanagem 177 69 0,955
F23 Aparelhos de combustão; processos de combustão 149 58 0,953
F16 Elementos ou unidades de engenharia; medidas gerais para assegurar e
manter o bom funcionamento efetivo de máquinas ou instalações; 1.842 710 0,944
isolamento térmico em geral
B02 Trituração, pulverização ou desintegração; beneficiamento preliminar do grão antes da moagem 100 38 0,931
B41 Impressão; máquinas para imprimir linhas; máquinas de escrever; carimbos 250 95 0,931
G01 Medição; verificação 1.019 383 0,921
Indicadores de Ciência, Tecnologia e Inovação em São Paulo - 2001 T - 69
(conclusão)
Nº de patentes Índice de
Classe Descrição depositadas especia-
CIP Total Brasil lização
B23 Máquinas-ferramentas; usinagem de metal não incluída em outro local 381 142 0,913
G05 Controle; regulagem 129 48 0,911
F25 Refrigeração ou resfriamento; fabricação ou armazenamento de gelo; liquefação ou solidificação dos gases 303 111 0,897
C23 Revestimento de materiais metálicos; tratamento químico de superfícies; tratamento de difusão de materiais
metálicos; revestimento por evaporação a vácuo, por pulverização catódica, por implantação de íons 207 75 0,887
ou por deposição química em fase de vapor, em geral; inibição da corrosão de materiais metálicos
ou incrustação em geral
A46 Escovas 238 85 0,875
G11 Armazenamento de informações 227 81 0,874
A23 Alimentos ou produtos alimentícios; seu beneficiamento não abrangido por outras classes 458 161 0,861
G02 Óptica 208 71 0,836
C02 Tratamento da água, de águas residuais, de esgotos, ou de lamas e lodos 193 64 0,812
F27 Fornalhas; fornos; estufas; retortas 88 29 0,807
G06 Cômputo; cálculo; contagem 578 181 0,767
H04 Técnica de comunicação elétrica 1.056 327 0,758
B21 Trabalho mecânico de metais sem remoção essencial do material; puncionamento de metais 327 97 0,727
F01 Máquinas ou motores em geral; máquinas a vapor 189 56 0,726
F02 Motores de combustão; instalação de motores a gás quente ou de produtos de combustão 466 137 0,720
E21 Perfuração do solo; mineração 293 84 0,702
F28 Troca de calor em geral 127 35 0,675
B61 Ferrovias 80 21 0,643
C21 Metalurgia do ferro 181 47 0,636
B29 Processamento de matérias plásticas; processamento de substâncias em estado plástico em geral 434 106 0,598
H03 Circuitos eletrônicos básicos 135 32 0,581
C04 Cimentos; concreto; pedra artificial; cerâmica; refratários 208 47 0,553
C22 Metalurgia; ligas ferrosas ou não-ferrosas; tratamento de ligas ou de metais não-ferrosos 260 58 0,546
B32 Produtos em camadas 181 40 0,541
A43 Calçados 102 22 0,528
B01 Processos ou aparelhos físicos ou químicos em geral 686 146 0,521
B22 Fundição; metalurgia de pós metálicos 206 43 0,511
C25 Processos eletrodomésticos ou eletroforéticos; aparelhos para este fim 134 27 0,494
G03 Fotografia; cinematografia; técnicas semelhantes utilizando ondas outras que não ondas ópticas;
233 38 0,399
eletrografia; holografia
C10 Indústrias do petróleo, do gás ou do coque; gases tóxicos contendo monóxido 226 41 0,444
de carbono; combustível; lubrificantes; turfa
C01 Química inorgânica 196 30 0,375
D01 Linhas ou fibras naturais ou artificiais; fiação 167 25 0,367
B64 Aeronave; aviação; cosmonáutica 184 24 0,319
C12 Bioquímica; cerveja; álcool; vinho; vinagre; microbiologia; enzimologia;
427 54 0,310
engenharia genética ou de mutação
A61K Preparados para finalidades médicas, odontológicas ou higiênicas 824 80 0,238
C11 Óleos animais ou vegetais, gorduras, substâncias graxas ou ceras; ácidos
360 34 0,231
graxos dos mesmos; detergentes; velas
A01N Conservação de corpos de seres humanos, animais ou plantas, ou partes dos
mesmos; biocidas, por ex., desinfetantes, pesticidas, herbicidas; repelentes ou 298 25 0,205
atrativos de pestes; reguladores do crescimento de plantas
C09 Corantes; tintas; polidores; resinas naturais; adesivos; composições diversas;
536 43 0,197
aplicações diversas de substâncias
D21 Fabricação do papel; produção de celulose 341 26 0,187
D04 Entrançamento; fabricação de renda; armadilha; passamanaria; panos não tecidos 80 6 0,184
C03 Vidro; lã mineral e lã de escórias 153 11 0,176
C08 Compostos macromoleculares orgânicos; sua preparação ou seu processamento químico;
1.323 68 0,126
composições baseadas nos mesmos
C07 Química orgânica 1.573 50 0,078
Total 41.538 16.958 0,0
Nota: O índice de especialização refere-se à porcentagem de patentes em uma classe que são depositadas por inventores de uma região, dividida pela porcentagem de todas as
patentes de inventores desta região no período. A lista foi limitada àquelas classes da CIP que receberam pelo menos 80 depósitos (prioridade de invenção mais modelo de
utilidade), considerando todos os países no período.
Fonte: cálculos próprios a partir da base BRASPAT/INPI
Indicadores de CT&I em São Paulo - 2001, FAPESP
T - 70 Tabelas Anexas
A23 Alimentos ou produtos alimentícios; seu beneficiamento não abrangido por outras
458 297 1,096
classes
G11 Armazenamento de informações 227 146 1,087
A46 Escovas 238 153 1,086
C23 Revestimento de materiais metálicos; tratamento químico de superfícies; tratamento
de difusão de materiais metálicos; revestimento por evaporação a vácuo, por
pulverização catódica, por implantação de íons ou por deposição química em fase de 207 132 1,078
vapor, em geral; inibição da corrosão de materiais metálicos ou incrustação em geral
F25 Refrigeração ou resfriamento; fabricação ou armazenamento de gelo; liquefação ou
303 192 1,071
solidificação dos gases
G05 Controle; regulagem 129 81 1,061
B23 Máquinas-ferramentas; usinagem de metal não incluída em outro local 381 239 1,060
G01 Medição; verificação 1.019 636 1,055
B02 Trituração, pulverização ou desintegração; beneficiamento preliminar do grão antes
100 62 1,048
da moagem
B41 Impressão; máquinas para imprimir linhas; máquinas de escrever; carimbos 250 155 1,048
F16 Elementos ou unidades de engenharia; medidas gerais para assegurar e manter o
1.842 1.132 1,039
bom funcionamento efetivo de máquinas ou instalações; isolamento térmico em geral
F23 Aparelhos de combustão; processos de combustão 149 91 1,032
E02 Engenharia hidráulica; fundações; terraplanagem 177 108 1,031
B05 Pulverização ou atomização em geral; aplicação de líquidos ou de outros materiais
323 196 1,025
fluentes a superfícies em geral
H02 Produção, conversão ou distribuição de energia elétrica 570 343 1,017
H01 Elementos elétricos básicos 1.153 693 1,016
B24 Esmerilhamento; polimento 168 100 1,006
A24 Tabaco; charutos; cigarros; artigos para fumantes 117 66 0,953
B63 Navios ou outras embarcações; equipamento correlato 203 113 0,941
F04 Máquinas de deslocamento positivo a líquidos; bombas para líquidos ou
265 147 0,937
fluidos elásticos
F41 Armas 83 46 0,937
B27 Trabalho ou conservação de madeira ou de materiais similares; máquinas para pregar
105 58 0,933
pregos ou para grampear em geral
A61 Ciência médica ou veterinária; higiene 1.971 1.084 0,929
D06 Tratamento de têxteis ou similares; lavanderia; materiais flexíveis não incluídos em
outro local 331 182 0,929
H05 Técnicas elétricas não incluídas em outro local 367 194 0,893
G08 Sinalização 293 153 0,882
A62 Salvamento; combate ao fogo 87 45 0,874
B26 Ferramentas manuais de corte; operações de corte; operações de dividir 217 112 0,872
B66 Içamento; levantamento; rebocamento 276 142 0,869
E01 Construção de rodovias, ferrovias ou de pontes 156 80 0,867
F03 Máquinas ou motores a líquidos; motores movidos a vento, molas, pesos ou outros;
produção de força mecânica ou de empuxo propulsivo por reação, não incluída em 100 50 0,845
outro local
A44 Artigos de armarinho; bijuteria 178 88 0,835
B60 Veículos em geral 1.976 973 0,832
B25 Ferramentas manuais; ferramentas portáteis de acionamento mecânico;
158 76 0,813
dispositivos de bancada; manipuladores
B67 Manipulação de líquidos 245 117 0,807
B65 Transporte; embalagem; armazenamento; manipulação de material delgado ou
2.611 1.213 0,785
filamento
G10 Instrumentos musicais; acústica 91 42 0,780
T - 72 Tabelas Anexas
(conclusão)
Nº de patentes
Índice de
Classe Descrição depositadas
especia-
CIP Total Inventores
lização
Estrang.
1 PETROBRAS RJ 95 23,3 23
2 EMBRACO SC 44 10,8 34
3 METAGAL SP 24 5,9 40
4 METAL LEVE SP 21 5,1 45
5 INDÚSTRIAS ROMI S/A SP 8 2,0 47
6 CIA VALE DO RIO DOCE MG 7 1,7 49
7 TELEBRAS SP 6 1,5 50
8 ELC SEGURANÇA E COM RJ 6 1,5 52
9 FORJAS TAURUS RS 6 1,5 53
10 FUNDAÇÃO ZERBINI SP 6 1,5 55
11 MULTIBRÁS ELETRO SP 6 1,5 56
12 FIOCRUZ RJ 5 1,2 57
13 METALGRÁFICA ROJEK SP 5 1,2 59
14 EMBRAPA/CENARGEN DF 4 1,0 60
15 JOÃO A BIRKAIN RS 4 1,0 61
16 MERCEDES-BENZ DO BR SP 4 1,0 62
17 PHIMAPLAN MAT PLÁSTICOS PR 4 1,0 63
18 RELASTOMER RJ 4 1,0 63
19 TRI TECHNOLOGIES MG 4 1,0 64
20 ALBRECHT EQUIPAMENTOS SC 3 0,7 65
21 BETTANIN INDUSTRIAL RS 3 0,7 66
22 BRASILATA EMBALAGENS SP 3 0,7 67
23 FABER CASTELL SP 3 0,7 67
24 FEZER IND MECÂNICAS SC 3 0,7 68
25 GRUPOUTIL LTDA RS 3 0,7 69
26 INTERMED EQUIP MED HOSPITALAR SP 3 0,7 70
27 JOHNSON & JOHNSON SP 3 0,7 70
28 NEWCOR INDUSTRIAL MG 3 0,7 71
29 WESTAFLEX TUBOS PR 3 0,7 72
30 ALCOA ALUM NORDESTE PE 2 0,5 72
31 AVM AUTOEQUIP SP 2 0,5 73
32 BIOBRAS MG 2 0,5 73
33 BRASFILTER IND E COM SP 2 0,5 74
34 BRASTEMP SP 2 0,5 74
35 CASA BERNARDO SP 2 0,5 75
36 CENTRO ORTOP TRAUMATOLÓGICO RJ 2 0,5 75
37 CESAR RD NAHOUM RJ 2 0,5 76
38 COFAP SP 2 0,5 76
39 CRIS-METAL LTDA SP 2 0,5 77
40 JMV ENGENHARIA SP 2 0,5 77
41 KOLYNOS DO BR SP 2 0,5 78
42 LESON-LAB ENGENH SONICA SP 2 0,5 78
43 MÁQ AGRÍCOLAS JACTO SP 2 0,5 79
44 MAQTEX MAQ TÊXTEIS SP 2 0,5 79
T - 74 Tabelas Anexas
(conclusão)
Depositante UF Patentes % %
acumulado
Depositante 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 Total % Acum.
Unicamp 8 2 9 5 11 8 13 7 5 10 20 98 22,8 23
USP 3 4 7 17 10 8 6 6 3 0 10 74 17,2 40
Embrapa 3 5 3 4 6 3 2 1 7 12 15 61 14,2 54
CPqD -Telebras 3 6 6 2 4 6 5 6 7 5 3 53 12,3 67
IPT 6 12 10 11 11 2 4 4 0 1 0 61 14,2 81
Inpe 1 4 3 1 0 0 0 0 9 0 2 20 4,7 85
FAPESP 0 0 0 1 1 2 4 1 0 0 2 11 2,6 88
Unesp 0 0 0 1 2 3 1 0 2 0 1 10 2,3 90
CTA 0 0 0 2 1 1 1 0 0 3 1 9 2,1 92
Instituto Butantan 0 0 0 0 1 0 0 1 2 2 0 6 1,4 94
Instituto Mauá de Tecnologia 0 0 0 1 0 0 2 1 1 0 1 6 1,4 95
LNLS 0 0 0 0 0 0 3 1 1 0 0 5 1,2 96
Faenquil 0 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0 3 0,7 97
Unifesp 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 2 0,5 97
L.A Falcão Bauer - Centro Tecn. Controle 0 0 0 0 1 0 0 1 0 0 0 2 0,5 98
da Qualidade
UFSCar 5 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 6 1,4 99
IAC 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0,2 100
Instituto de Zootecnia 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0,2 100
Instituto Barretos de Tecnologia 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0,2 100
Total 29 34 38 50 48 33 42 30 37 34 55 430 100 0
Fonte: INPI
Indicadores de CT&I em São Paulo - 2001, FAPESP
Indicadores de Ciência, Tecnologia e Inovação em São Paulo - 2001 T - 77
Nº de patentes Participação
Classe Descrição depositadas Índice de acumulada (%)
CIP Total Univ. e especia- Total Univ. e
centros de lização centros de
pesq. pesq.
C10 Indústrias do petróleo, do gás ou do coque; gases tóxicos contendo monóxido de 233 4 6,727 1 4
carbono; combustível; lubrificantes; turfa
C01 Química inorgânica 196 3 5,998 1 7
F21 Iluminação 160 2 4,898 1 8
C12 Bioquímica; cerveja; álcool; vinho; vinagre; microbiologia; enzimologia; engenharia 427 5 4,589 2 13
genética ou de mutação
F27 Fornalhas; fornos; estufas; retortas 88 1 4,453 3 14
A01 Agricultura; silvicultura; pecuária; caça; captura em armadilhas; pesca 1.018 11 4,234 5 25
G01 Medição; verificação 1.019 10 3,846 8 34
G02 Óptica 208 2 3,768 8 36
B27 Trabalho ou conservação de madeira ou de materiais similares; máquinas para pregar 105 1 3,732 8 37
pregos ou para grampear em geral
G03 Fotografia; cinematografia; técnicas semelhantes utilizando ondas outras que não 226 2 3,468 9 39
ondas ópticas, eletrografia; holografia
A23 Alimentos ou produtos alimentícios; seu beneficiamento não abrangido por outras classes 458 4 3,422 10 42
C22 Metalurgia; ligas ferrosas ou não-ferrosas; tratamento de ligas ou de metais não-ferrosos 260 2 3,014 11 44
C09 Corantes; tintas; polidores; resinas naturais; adesivos; composições diversas; 536 4 2,924 12 48
aplicações diversas de substâncias
F23 Aparelhos de combustão; processos de combustão 149 1 2,630 12 49
A61 Ciência médica ou veterinária; higiene 1.971 13 2,585 17 61
B01 Processos ou aparelhos físicos ou químicos em geral 686 4 2,285 19 65
E03 Abastecimento da água; sistema de esgotos 343 2 2,285 19 67
C21 Metalurgia do ferro 181 1 2,165 20 68
C02 Tratamento da água, de águas residuais, de esgotos, ou de lamas e lodos 193 1 2,030 20 69
A61K Preparados para finalidades médicas, odontológicas ou higiênicas 824 4 1,902 22 73
B22 Fundição; metalurgia de pós metálicos 206 1 1,902 23 74
C23 Revestimento de materiais metálicos; tratamento químico de superfícies; tratamento de 207 1 1,893 23 75
difusão de materiais metálicos; revestimento por evaporação a vácuo, por pulverização
catódica, por implantação de íons ou por deposição química em fase de vapor, em geral;
inibição da corrosão de materiais metálicos ou incrustação em geral
A41 Artigos de uso pessoal 236 1 1,660 24 75
C08 Compostos macromoleculares orgânicos; sua preparação ou seu processamento 1.323 5 1,481 27 80
químico; composições baseadas nos mesmos
H02 Produção, conversão ou distribuição de energia elétrica 570 2 1,375 28 82
C07 Química orgânica 1.573 5 1,246 32 87
G09 Educação; criptografia; apresentação visual; anúncios; selos 635 2 1,234 34 89
H05 Técnicas elétricas não incluídas em outro local 367 1 1,068 35 90
E04 Edificação 1.110 3 1,059 37 92
H01 Elementos elétricos básicos 1.153 3 1,020 40 95
G06 Cômputo; cálculo; contagem 578 1 0,678 42 96
H04 Técnica de comunicação elétrica 1.056 1 0,371 44 97
B65 Transporte; embalagem; armazenamento; manipulação de material 2.611 2 0,300 50 99
delgado ou filamento
F16 Elementos ou unidades de engenharia; medidas gerais para assegurar e manter o bom 1.842 1 0,213 55 100
funcionamento efetivo de máquinas ou instalações; isolamento térmico em geral
Todas as classes 41.538 110 100 100
Nota: O índice de especialização para as universidades e centros de pesquisa é calculado dividindo-se a proporção de patentes de universidades e centros de pesquisa em dada classe
pela proporção de patentes totais naquela classe. Um índice maior que 1 indica domínios tecnológicos mais enfatizados por universidades e centros de pesquisa em relação a outros. Os
dados são apresentados em ordem decrescente de importância.
Fonte: cálculos próprios a partir da base BRASPAT/INPI
Indicadores de CT&I em São Paulo - 2001, FAPESP
T - 78 Tabelas Anexas
patentes*/100.000 hab.
País ou região 1989 1994 1997 Evol. 89-97
(%)