Sei sulla pagina 1di 8

Superior Tribunal de Justiça

AgRg no AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 1.194.331 - PR (2009/0094169-1)

RELATOR : MINISTRO LUIZ FUX


AGRAVANTE : MARLY MARTIN SILVA
ADVOGADO : WANDERLEI RODRIGUES SILVA E OUTRO(S)
AGRAVADO : AEDC - ASSOCIAÇÃO DE ESTUDOS E DE DEFESA DO
CONTRIBUINTE
ADVOGADO : ELI PEREIRA DINIZ
EMENTA
ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL. AÇÃO
CAUTELAR. INSCRIÇÃO DO NOME DO MUNICÍPIO EM
CADASTRO RESTRITIVO POR NÃO-APLICAÇÃO DO
MÍNIMO EXIGIDO DA RECEITA MUNICIPAL NA
MANUTENÇÃO E NO DESENVOLVIMENTO DO ENSINO.
SUSPENSÃO DE TRANSFERÊNCIA DE RECURSOS
FEDERAIS INDEVIDA. INSCRIÇÃO DO GESTOR
RESPONSÁVEL. ACÓRDÃO RECORRIDO QUE DECIDIU A
CONTROVÉRSIA À LUZ DE INTERPRETAÇÃO
CONSTITUCIONAL E INFRACONSTITUCIONAL.
AUSÊNCIA. INTERPOSIÇÃO DO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. APLICAÇÃO. SÚMULA Nº 126/STJ.
1. A competência do Superior Tribunal de Justiça cinge-se à
uniformização da legislação infraconstitucional federal, escapando-lhe
a apreciação de matéria constitucional.
2. "É inadmissível recurso especial, quando o acórdão recorrido
assenta em fundamento constitucional e infraconstitucional, qualquer
deles suficiente, por si só, para mantê-lo, e a parte vencida não
manifesta recurso extraordinário " (Súmula n.º 126, do STJ).
3. In casu, a ementa do aresto a quo impugnado restou exarada nos
seguintes termos:
"APELAÇÕES CÍVEIS E REEXAME NECESSÁRIO. AÇÃO CIVIL
PÚBLICA DECLARATÓRIA DE NULIDADE E
INCONSTITUCIONALIDADE DE ATOS CUMULADA COM
REPETIÇÃO DE INDÉBITO. PRELIMINARES AFASTADAS.
POSSIBILIDADE DE CONTROLE DIFUSO DE
CONSTITUCIONALIDADE. RESOLUÇÕES MUNICIPAIS NºS
459/2001 E 460/2001. CRIAÇÃO DE QUADRO DE
ASSESSORAMENTO E DE VERBA DE MANUTENÇÃO DE
GABINETE. VIOLAÇÃO AOS PRINCÍPIOS NORTEADORES DA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (LEGALIDADE, SUPREMACIA DO
INTERESSE PÚBLICO E MORALIDADE). APELAÇÃO 1
CONHECIDA E PROVIDA PARCIALMENTE. APELAÇÕES 2 E 3
CONHECIDAS E DESPROVIDAS. SENTENÇA REFORMADA
PARCIALMENTE EM REEXAME NECESSÁRIO.
É cabível a ação civil pública objetivando a repetição de indébito,
tendo como fundamento (causa de pedir) a inconstitucionalidade ou
ilegalidade das resoluções que criaram verbas de gabinete e quadro
Documento: 1001197 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 23/09/2010 Página 1 de 8
Superior Tribunal de Justiça
de assessoramento.
É devida a repetição de indébito pelos vereadores, vez que Câmara
Municipal não poderia, por meio de resolução, ter criado cargos e ter
fixado a remuneração dos seus servidores, vez que tal matéria deve
ser regulamentada por lei específica, sendo que a Resolução nº
459/2001 afronta a Constituição, por violar os arts. 51, inciso IV e
52, inciso XIII, ambos da Constituição Federal.
Restou evidenciado que a Resolução nº 460/2001 ao autorizar o
ressarcimento de despesas de manutenção de gabinete, realizadas de
maneira discricionária, visou burlar o disposto no art. 39, § 4º, da
Constituição Federal , o qual determina que não é possível
acréscimos nos subsídios dos agentes políticos, violando, assim, o
princípio da moralidade administrativa, devendo os edis devolverem
ao erário público os valores recebidos a tal título."
4. Agravo regimental desprovido.

ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, os Ministros da PRIMEIRA TURMA
do Superior Tribunal de Justiça acordam, na conformidade dos votos e das notas taquigráficas
a seguir, por unanimidade, negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Sr.
Ministro Relator. Os Srs. Ministros Teori Albino Zavascki, Arnaldo Esteves Lima, Benedito
Gonçalves (Presidente) e Hamilton Carvalhido votaram com o Sr. Ministro Relator.

Brasília (DF), 02 de setembro de 2010(Data do Julgamento)

MINISTRO LUIZ FUX


Relator

Documento: 1001197 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 23/09/2010 Página 2 de 8
Superior Tribunal de Justiça
AgRg no AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 1.194.331 - PR (2009/0094169-1)

RELATÓRIO

O EXMO. SR. MINISTRO LUIZ FUX(Relator): Trata-se de agravo


regimental interposto por MARLY MARTIN SILVA contra decisão de minha lavra que
restou assim ementado:

"AÇÃO CIVIL PÚBLICA DECLARATÓRIA DE NULIDADE E


INCONSTITUCIONALIDADE DE ATOS CUMULADA COM
REPETIÇÃO DE INDÉBITO. RESOLUÇÕES MUNICIPAIS NºS
459/2001 E 460/2001. CRIAÇÃO DE QUADRO DE
ASSESSORAMENTO E DE VERBA DE MANUTENÇÃO DE
GABINETE. ACÓRDÃO RECORRIDO QUE DECIDIU A
CONTROVÉRSIA À LUZ DE INTERPRETAÇÃO
CONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA. INTERPOSIÇÃO DO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. APLICAÇÃO. SÚMULA Nº 126/STJ.
1. A competência do Superior Tribunal de Justiça cinge-se à
uniformização da legislação infraconstitucional federal,
escapando-lhe a apreciação de matéria constitucional.
2. "É inadmissível recurso especial, quando o acórdão recorrido
assenta em fundamento constitucional e infraconstitucional, qualquer
deles suficiente, por si só, para mantê-lo, e a parte vencida não
manifesta recurso extraordinário" (Súmula n.º 126, do STJ).
3. Agravo de instrumento desprovido. "

Sustenta que a parte de declaração de inconstitucionalidade das normas é


questão subsidiária, que o que pretende de fato, é analise da questão da improbidade
administrativa.
É o relatório.

Documento: 1001197 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 23/09/2010 Página 3 de 8
Superior Tribunal de Justiça
AgRg no AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 1.194.331 - PR (2009/0094169-1)

EMENTA

ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL. AÇÃO


CAUTELAR. INSCRIÇÃO DO NOME DO MUNICÍPIO EM
CADASTRO RESTRITIVO POR NÃO-APLICAÇÃO DO
MÍNIMO EXIGIDO DA RECEITA MUNICIPAL NA
MANUTENÇÃO E NO DESENVOLVIMENTO DO ENSINO.
SUSPENSÃO DE TRANSFERÊNCIA DE RECURSOS
FEDERAIS INDEVIDA. INSCRIÇÃO DO GESTOR
RESPONSÁVEL. ACÓRDÃO RECORRIDO QUE DECIDIU A
CONTROVÉRSIA À LUZ DE INTERPRETAÇÃO
CONSTITUCIONAL E INFRACONSTITUCIONAL.
AUSÊNCIA. INTERPOSIÇÃO DO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. APLICAÇÃO. SÚMULA Nº 126/STJ.
1. A competência do Superior Tribunal de Justiça cinge-se à
uniformização da legislação infraconstitucional federal, escapando-lhe
a apreciação de matéria constitucional.
2. "É inadmissível recurso especial, quando o acórdão recorrido
assenta em fundamento constitucional e infraconstitucional, qualquer
deles suficiente, por si só, para mantê-lo, e a parte vencida não
manifesta recurso extraordinário " (Súmula n.º 126, do STJ).
3. In casu, a ementa do aresto a quo impugnado restou exarada nos
seguintes termos:
"APELAÇÕES CÍVEIS E REEXAME NECESSÁRIO. AÇÃO CIVIL
PÚBLICA DECLARATÓRIA DE NULIDADE E
INCONSTITUCIONALIDADE DE ATOS CUMULADA COM
REPETIÇÃO DE INDÉBITO. PRELIMINARES AFASTADAS.
POSSIBILIDADE DE CONTROLE DIFUSO DE
CONSTITUCIONALIDADE. RESOLUÇÕES MUNICIPAIS NºS
459/2001 E 460/2001. CRIAÇÃO DE QUADRO DE
ASSESSORAMENTO E DE VERBA DE MANUTENÇÃO DE
GABINETE. VIOLAÇÃO AOS PRINCÍPIOS NORTEADORES DA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (LEGALIDADE, SUPREMACIA DO
INTERESSE PÚBLICO E MORALIDADE). APELAÇÃO 1
CONHECIDA E PROVIDA PARCIALMENTE. APELAÇÕES 2 E 3
CONHECIDAS E DESPROVIDAS. SENTENÇA REFORMADA
PARCIALMENTE EM REEXAME NECESSÁRIO.
É cabível a ação civil pública objetivando a repetição de indébito,
tendo como fundamento (causa de pedir) a inconstitucionalidade ou
ilegalidade das resoluções que criaram verbas de gabinete e quadro
de assessoramento.
É devida a repetição de indébito pelos vereadores, vez que Câmara
Municipal não poderia, por meio de resolução, ter criado cargos e ter
fixado a remuneração dos seus servidores, vez que tal matéria deve
ser regulamentada por lei específica, sendo que a Resolução nº
459/2001 afronta a Constituição, por violar os arts. 51, inciso IV e
Documento: 1001197 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 23/09/2010 Página 4 de 8
Superior Tribunal de Justiça
52, inciso XIII, ambos da Constituição Federal.
Restou evidenciado que a Resolução nº 460/2001 ao autorizar o
ressarcimento de despesas de manutenção de gabinete, realizadas de
maneira discricionária, visou burlar o disposto no art. 39, § 4º, da
Constituição Federal , o qual determina que não é possível
acréscimos nos subsídios dos agentes políticos, violando, assim, o
princípio da moralidade administrativa, devendo os edis devolverem
ao erário público os valores recebidos a tal título."
4. Agravo regimental desprovido.

Documento: 1001197 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 23/09/2010 Página 5 de 8
Superior Tribunal de Justiça

VOTO

O EXMO. SR. MINISTRO LUIZ FUX(Relator):

Não merece reparos a decisão impugnada.

A decisão agravada foi firmada no sentido de que restando o aresto do tribunal


de origem assentado em fundamentos constitucionais e infraconstitucionais é necessária a
interposição do recurso extraordinário, para o conhecimento do recurso especial, conforme o
preceituado na Súmula 126/STJ, in verbis :

"É inadmissível recurso especial, quando o acórdão


recorrido assenta em fundamento constitucional e
infraconstitucional, qualquer deles suficiente, por si só, para
mantê-lo, e a parte vencida não manifesta recurso extraordinário.

Com efeito, o aresto recorrido restou assim ementado:


"APELAÇÕES CÍVEIS E REEXAME NECESSÁRIO. AÇÃO CIVIL
PÚBLICA DECLARATÓRIA DE NULIDADE E
INCONSTITUCIONALIDADE DE ATOS CUMULADA COM
REPETIÇÃO DE INDÉBITO. PRELIMINARES AFASTADAS.
POSSIBILIDADE DE CONTROLE DIFUSO DE
CONSTITUCIONALIDADE. RESOLUÇÕES MUNICIPAIS NºS
459/2001 E 460/2001. CRIAÇÃO DE QUADRO DE
ASSESSORAMENTO E DE VERBA DE MANUTENÇÃO DE
GABINETE. VIOLAÇÃO AOS PRINCÍPIOS NORTEADORES DA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (LEGALIDADE, SUPREMACIA DO
INTERESSE PÚBLICO E MORALIDADE). APELAÇÃO 1
CONHECIDA E PROVIDA PARCIALMENTE. APELAÇÕES 2 E 3
CONHECIDAS E DESPROVIDAS. SENTENÇA REFORMADA
PARCIALMENTE EM REEXAME NECESSÁRIO.
É cabível a ação civil pública objetivando a repetição de indébito,
tendo como fundamento (causa de pedir) a inconstitucionalidade ou
ilegalidade das resoluções que criaram verbas de gabinete e quadro
de assessoramento.
É devida a repetição de indébito pelos vereadores, vez que Câmara
Municipal não poderia, por meio de resolução, ter criado cargos e ter
fixado a remuneração dos seus servidores, vez que tal matéria deve
ser regulamentada por lei específica, sendo que a Resolução nº
459/2001 afronta a Constituição, por violar os arts. 51, inciso IV e
52, inciso XIII, ambos da Constituição Federal.
Restou evidenciado que a Resolução nº 460/2001 ao autorizar o
ressarcimento de despesas de manutenção de gabinete, realizadas de
maneira discricionária, visou burlar o disposto no art. 39, § 4º, da
Constituição Federal, o qual determina que não é possível acréscimos
nos subsídios dos agentes políticos, violando, assim, o princípio da
Documento: 1001197 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 23/09/2010 Página 6 de 8
Superior Tribunal de Justiça
moralidade administrativa, devendo os edis devolverem ao erário
público os valores recebidos a tal título."

Desta feita, ainda que se pretenda somente a análise da parte que diz respeito a
matéria infraconstitucional do acórdão, é inviável sua análise em razão do teor do enunciado
retro citado.
Assim sendo, mantenho a decisão agravada por seus fundamentos.
Ex positis , NEGO PROVIMENTO AO AGRAVO REGIMENTAL.
É o voto.

Documento: 1001197 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 23/09/2010 Página 7 de 8
Superior Tribunal de Justiça

CERTIDÃO DE JULGAMENTO
PRIMEIRA TURMA

AgRg no
Número Registro: 2009/0094169-1 Ag 1.194.331 / PR

Números Origem: 3238100 323810001 323810002 323810004


EM MESA JULGADO: 02/09/2010

Relator
Exmo. Sr. Ministro LUIZ FUX
Presidente da Sessão
Exmo. Sr. Ministro BENEDITO GONÇALVES
Subprocurador-Geral da República
Exmo. Sr. Dr. AURÉLIO VIRGÍLIO VEIGA RIOS
Secretária
Bela. BÁRBARA AMORIM SOUSA CAMUÑA
AUTUAÇÃO
AGRAVANTE : MARLY MARTIN SILVA
ADVOGADO : WANDERLEI RODRIGUES SILVA E OUTRO(S)
AGRAVADO : AEDC - ASSOCIAÇÃO DE ESTUDOS E DE DEFESA DO CONTRIBUINTE
ADVOGADO : ELI PEREIRA DINIZ
ASSUNTO: DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO - Atos
Administrativos - Improbidade Administrativa

AGRAVO REGIMENTAL
AGRAVANTE : MARLY MARTIN SILVA
ADVOGADO : WANDERLEI RODRIGUES SILVA E OUTRO(S)
AGRAVADO : AEDC - ASSOCIAÇÃO DE ESTUDOS E DE DEFESA DO CONTRIBUINTE
ADVOGADO : ELI PEREIRA DINIZ

CERTIDÃO
Certifico que a egrégia PRIMEIRA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão
realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto
do Sr. Ministro Relator.
Os Srs. Ministros Teori Albino Zavascki, Arnaldo Esteves Lima, Benedito Gonçalves
(Presidente) e Hamilton Carvalhido votaram com o Sr. Ministro Relator.
Brasília, 02 de setembro de 2010

BÁRBARA AMORIM SOUSA CAMUÑA


Secretária

Documento: 1001197 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 23/09/2010 Página 8 de 8

Potrebbero piacerti anche