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23/04/2012

◦ SHIGLEY, J. E., MISCHKE, C. R., BUDYNAS, R. G.; Projeto de Engenharia


Mecânica; 7. ed. Porto Alegre: Bookman 2005.

◦ HIBBELER, R. C. Resistência dos materiais. 3. ed. Rio de Janeiro: LTC,


2004.

◦ NORTON, ROBERT L. Projeto de Máquinas: uma abordagem integrada.


2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2004.

◦ CALLISTER, W. D. Ciência e Engenharia de Materiais: uma introdução.


5.ed. Rio de Janeiro: LTC, 2002. 589 p.

◦ CETLIN, P. R.; SILVA, P. S. P. da; PENNA, J. A.; Análise de fraturas; São


Paulo: Associação Brasileira de Metais, [19--]. 229 p.

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 Projeto tolerante ao dano:


◦ Existem trincas nas peças antes mesmo de aplicar
tensões;
◦ Essas trincas podem crescer durante o
carregamento;
◦ Quando o tamanho da trinca for crítico, retira-se de
operação a peça;
◦ Ferramenta de análise: Mecânica da Fratura Linear
Elástica (LEFM);
◦ Vidas humanas = Inspeções periódicas!!!!!!!

Ruptura de tanque de ferro fundido


de um destilaria em Boston (1919):
9E6 lts de melaço viajando a 35
km/h por duas quadras. Ao todo,
150 pessoas feridas e 21 mortos.

Ruptura de um tanque de gás


natural liquefeito em Cleveland
(1944): uma gigantesca bola de fogo
destruiu aproximadamente uma
milha quadrada. Ao todo 79 casas, 2
fábricas e 217 carros destruídos.
131 pessoas mortas, 300 feridas.

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Navios Liberty Ship (1942 – 1952): Os


Liberty ships eram navios de carga,
usados na II guerra mundial. Tornaram-se
lendários por terem sido projetados para
fabricação em série, de modo a agilizar o
tempo construtivo (2700 foram construidos,
sendo que no final da guerra o tempo médio
de construção era 5 dias) e também por
terem sido pioneiros no uso da solda
substituindo rebites. No início 30% deles
afundaram com ruptura catastrófica (no final
da guerra a taxa caiu para 5%). As causas
das rupturas foram a inexistência de
barreiras a propagação das trincas, como o
fim das chapas, existentes no caso de cascos
rebitados; falta de experiência dos
soldadares (não havia tempo hábil para
treiná-los em função da guerra) e uso de
metais de baixa tenacidade.

Navio-tanque de óleo
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Navio atracado durante a II Guerra Mundial.


(1943)

Motor de foguete da NASA.

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 Fratura:
◦ Consiste na separação de um corpo em dois ou
mais pedaços em resposta a uma tensão de
natureza estática;

◦ Temperaturas consideradas baixas em comparação


a temperatura de fusão do material;

◦ As tensões aplicadas podem ser de tração,


compressão, cisalhamento ou torcional.

 Em engenharia:
◦ Fraturas do tipo:
 Dúctil:
 Deformação plástica
considerável e grande
absorção de energia
antes da fratura.
 Frágil:
 Pouca ou nenhuma defor-
mação plástica antes da
fratura.

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 Em engenharia:
◦ Fraturas do tipo:
 Dúctil:
 Deformação plástica
considerável e grande
absorção de energia
antes da fratura.
 Frágil:
 Pouca ou nenhuma defor-
mação plástica antes da
fratura.

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 Em engenharia:
◦ Fraturas do tipo:
 Dúctil:
 Deformação plástica
considerável e grande
absorção de energia
antes da fratura.
 Frágil:
 Pouca ou nenhuma defor-
mação plástica antes da
fratura.

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 Processo de fratura envolve duas etapas:

◦ Formação da trinca;

◦ Propagação da trinca.

 O tipo da fratura depende do mecanismo de


propagação da trinca;

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 Fratura Dúctil:
◦ Caracterizada por extensa deformação plástica na
vizinhança da trinca que está avançando;
◦ Processo relativamente lento conforme a trinca se
estende (estável);

◦ Preferível em projetos, pois:


 A deformação plástica indica que a fratura está por vir;

 Maior energia é necessária para induzir uma fratura


dúctil, visto que os materiais dúcteis são mais tenazes.

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Fratura Dúctil:

Fratura altamente dúctil: Fratura moderadamente dúctil:


• Redução na área de ≈ 100%; • Mais comum entre os metais.
• Ex: ouro, chumbo.

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“microvazios”

Fratura Dúctil:

45º

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Fratura Dúctil:

Fractografia eletrônica da região central taça e


cone: numerosas microcavidades esféricas
(metade de um microvazio) .

Fratura tipo taça e


cone

Fractografia eletrônica da região da borda de cisalhamento


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taça e cone: numerosas microcavidades parabólicas.

 Fratura Frágil:
◦ Ocorre sem qualquer deformação apreciável e
através de uma rápida propagação da trinca;
◦ Direção do movimento da trinca está muito próxima
de ser perpendicular à direção da tensão de tração
aplicada;

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 Fratura Frágil:
◦ De preferência evitável em projetos, pois ocorre
repentinamente e catastroficamente;

◦ Superfícies de fratura de materiais que falharam de


modo frágil terão padrões próprios de distinção;

◦ Qualquer sinal de deformação plástica generalizada


estará ausente.

◦ Com freqüência, esses padrões são vistos a olho


nu.

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 Fratura Frágil:
◦ Para metais muito duros ou com granulação fina,
não existirão padrões distinguíveis;

◦ Materiais como o vidro, quando da fratura,


apresentam superfície relativamente brilhante e
lisa.

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Fratura Frágil:

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Fratura Frágil:

Origem da trinca

Origem da trinca
“Marcas de sargento” – “V”

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Fratura Frágil:

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Fratura Frágil:

Origem da trinca

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 Fratura Frágil:
◦ Na maioria dos materiais cristalinos frágeis:
 Propagação da trinca corresponde à quebra sucessiva
de ligações atômicas ao longo dos planos
cristalográficos;

 Processo conhecido como clivagem;

 Como a fratura passa através dos grãos, têm-se


fratura transgranular;

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Fratura Frágil:

Fractografia eletrônica – fratura transgranular

Facetas de clivagem, com “rios”


indicando sentido da propagação da fratura

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 Fratura Frágil:
◦ Em algumas ligas:
 A propagaçao das trincas se dá ao longo dos
contornos de grão;
 Assim, têm-se fratura intergranular;

Fractografia eletrônica – fratura intergranular

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Fratura Frágil:

Fratura intergranular no MEV.


Separação intergranular.

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 Princípios da Mecânica da Fratura:


◦ Materiais dúcteis → materiais frágeis;
◦ Compreensão dos mecanismos de fratura;
◦ Quantifica a relação entre:
 Propriedades do material,
 Nível tensão,
 Defeitos geradores de trincas;
 Meios de propagação de trincas.

◦ Engenheiros mais equipados!!!!

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 Princípios da Mecânica da Fratura:


◦ Concentração de tensão:
 A resistência à fratura de um
material sólido é função das
forças de coesão que existem
entre os átomos:

 Estimou-se que esta resistência


coesiva teórica em E/10;
 Entretanto, experimentalmente
as resistências a fratura apresen-
tavam valores entre 10 e 1000 vezes menores.

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 Princípios da Mecânica da Fratura:


◦ Concentração de tensão:
 Em 1920, Alan Griffith propôs que essa discrepância
entre os resultados é devido a presença de defeitos na
superfície ou no interior dos materiais;

 Têm-se assim um concentrador de


tensão que deteriora a resistência à
fratura.

Alan A. Griffith

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 Princípios da Mecânica da Fratura:

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 Princípios da Mecânica da Fratura:


◦ Concentração de tensão:
◦ Assim, a tensão máxima aplicada:

◦ onde:
 σm representa a tensão máxima;
 σ0 representa a tensão nominal aplicada;
 ρe representa o raio de curvatura da extremidade da trinca;
 a representa o comprimento de uma trinca superficial ou
metade do comprimento de uma trinca interna.

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 Princípios da Mecânica da Fratura:


◦ Concentração de tensão:
◦ Para microtincas em que ρe é pequeno, (a/ρe)1/2 é
muito maior que a unidade:

◦ Têm-se ainda:

 onde Ke é o fator de concentração de tensões;

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 Princípios da Mecânica da Fratura:


◦ Concentração de tensão:
 Uma outra abordagem:

• Tensão máxima em (±a, 0);


• Quando a=b, têm-se um círculo, o
concentrador de tensão é igual a 3;
• Para uma trinca fina, b/a → 0, (σy)m → ∞
(fisicamente impossível!!!). Porém, quando
deformação plástica ocorre, a tensão será
finita na ponta da trinca.

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 Princípios da Mecânica da Fratura:


◦ Concentração de tensão:
 Esse efeito não ocorre apenas microscopicamente;
 Entalhes, arestas, furos, etc. também influenciam;

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 Princípios da Mecânica da Fratura:

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 Princípios da Mecânica da Fratura:

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 Princípios da Mecânica da Fratura:

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 Princípios da Mecânica da Fratura:


◦ Concentração de tensão:
 Materiais frágeis são mais sensíveis a concentradores
de tensão do que materiais dúcteis;
 Em materiais dúcteis, a deformação plástica faz com
que ocorra uma distribuição mais uniforme de tensão.
Assim, esse fator de concentração de tensão apresenta
valores máximos menores que os teóricos.
 Em materiais frágeis, não ocorre redistribuição de
tensões, prevalecendo os valores teóricos.

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 Princípios da Mecânica da Fratura:


◦ Concentração de tensão:
 Griffith também propôs que todos os materiais frágeis
contêm uma população de pequenos defeitos e trincas
com variedade de tamanhos, geometrias e orientações;
 A fratura ocorrerá quando, com aplicação de tensão de
tração, a resistência à tração teórica do material é
excedida na extremidade desses defeitos;
 Dessa forma a trinca se propaga rapidamente;
 Se nenhum defeito estivesse presente, a resistência à
fratura seria igual à resistência de tração do material.

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 Princípios da Mecânica da Fratura:


◦ Teoria de Griffith da Fratura Frágil:
 Durante a propagação de uma trinca ocorre:

 Liberação de energia elástica = energia armazenada pelo


material à medida que ele é elasticamente deformado;

 Novas superfícies livres que aumentam a energia de


superfície do sistema.

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 Princípios da Mecânica da Fratura:


◦ Teoria de Griffith da Fratura Frágil:
 Girffith desenvolveu um critério para estimar, em uma
trinca elíptica, a tensão crítica σc exigida para
propagação de uma trinca em um material frágil:

 onde
 E representa o módulo de elasticidade;
 γs representa a energia de superfície específica;
 a representa o comprimento de uma trinca superficial ou
metade do comprimento de uma trinca interna.

Aplicável somente para materiais exclusivamente frágeis, sem


nenhuma deformação plástica!!!!!!!!

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 Princípios da Mecânica da Fratura:


◦ Teoria de Griffith da Fratura Frágil:
 Na maioria dos metais e muitos polímeros, existe uma
pequena percela de deformação plásica durante a
fratura;

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 Princípios da Mecânica da Fratura:


◦ Teoria de Griffith da Fratura Frágil:
 Nesse caso, o termo γs da equação anterior deve ser
arranjado como γs = γs + γp;
 γp representa a energia de deformação plástica;
 Assim:

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 Princípios da Mecânica da Fratura:


◦ Teoria de Griffith da Fratura Frágil:
 Para materiais altamente dúcteis, γp >> γs, de tal forma que:

 Na década de 1950, G. R. Irwin incorporou γp e γs em um único


termo:

 onde c é conhecido por taxa crítica de liberação de energia de


deformação.

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 Princípios da Mecânica da Fratura:


◦ Teoria de Griffith da Fratura Frágil:
 Arranjando adequadamente, tem-se que:

 Dessa forma, e extensão da trinca ocorre quando


πσ2a/E excede o valor de c para o material específico
sendo considerado.

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 Princípios da Mecânica da Fratura:


◦ Análise de Tensão de Trincas:
 Existem três modos distintos de propagação de
trincas:

Encontrado com
maior freqüência

Tração Deslizamento Rasgamento


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 Princípios da Mecânica da Fratura:


◦ Análise de Tensão de Trincas:

Usando funções de tensão


complexas, tem-se que o
campo de tensões de um
elemento dx dy na vizinhança
da ponta da trinca é função
da distância radial r e do
ângulo θ:

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 Princípios da Mecânica da Fratura:


◦ Análise de Tensão de Trincas:

Tensão plana = placa


relativamente fina.
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 Princípios da Mecânica da Fratura:


◦ Análise de Tensão de Trincas:

Perto da ponta da trinca:

Tem-se também que:

permanece constante a medida


em que

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 Princípios da Mecânica da Fratura:


◦ Análise de Tensão de Trincas:

É comum ainda definir um fator K,


chamado de fator de intensidade
de tensão:

com unidade de MPa(m)1/2 ou


kpsi(m)1/2.
Como estamos tratando do Modo I

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 Princípios da Mecânica da Fratura:


◦ Análise de Tensão de Trincas:

Para deformação plana:

Tensão plana = placa


relativamente fina.
onde B é a espessura do
material. 53

 Princípios da Mecânica da Fratura:


◦ Análise de Tensão de Trincas:
 O fator de intensidade de tensão é uma função ainda
da geometria, do tamanho e da forma da trinca, e do
tipo de carregamento .
 Assim:

 onde β é o fator de modificação da intensidade de tensão.

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Para deformação
plana:

onde B é a
espessura do
material.

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 Princípios da Mecânica da Fratura:


◦ Tenacidade à fratura:
 Quando a magnitude de KI atinge um valor
crítico, a trinca começa a se propagar;

 Nessa situação temos um fator de intensidade


de tensão crítica KIc;

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 Princípios da Mecânica da Fratura:


◦ Tenacidade à fratura:
 KIc é uma propriedade do material que depende,
além do próprio material, de:
 Modo da trinca;
 Processamento do material;
 Temperatura;
 Razão de carregamento;
 Estado de tensão na região da trinca.

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 Princípios da Mecânica da Fratura:


◦ Tenacidade à fratura:
 KIc também é conhecido como tenacidade a fratura
do material.
 Para metais de engenharia:
20 ≤ KIc ≤ 200 MPa(m)1/2

 Para polímeros de engenharia e cerâmicos:


1 ≤ KIc ≤ 5 MPa(m)1/2

 Para um aço 4340, quando devido a um tratamento


térmico tem σesc de 800 para 1600 MPa, KIc decresce de
190 a 40 MPa(m)1/2.

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 Princípios da Mecânica da Fratura:


 Valores típicos de KIc à temperatura ambiente:
Tensão de
Escoamento

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 Princípios da Mecânica da Fratura:


 Valores típicos de KIc à temperatura ambiente, para
deformação plana:

Para deformação
plana:

onde B é a
espessura do
material.

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 Princípios da Mecânica da Fratura:


◦ Tenacidade à fratura:

 Para aplicações reais, é desejável que o material seja


certificado de acordo com testes padronizados:

 Ex: norma E399 da American Society for Testing and


Materials (ASTM).

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 Princípios da Mecânica da Fratura:


◦ Tenacidade à fratura:
 O projetista deve atentar aos seguintes aspectos:
 Operação a baixa temperatura:
 pode ser um indicativo chave de que fratura frágil é um
possível modo de falha;
 Literatura não fornece muitas informações;
 Ensaio de laboratório pode ser uma saída.
ºC

Ensaio Charpy
com entalhe em
“V” em aço A-36.

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 Princípios da Mecânica da Fratura:


◦ Tenacidade à fratura:
 O projetista deve atentar aos seguintes aspectos:
 Relação σesc/σúltima:
 Uma razão alta indica que existe a possibilidade de fratura
frágil, uma vez que o material tem pouca habilidade para
absorver energia de deformação plástica;

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 Princípios da Mecânica da Fratura:


◦ Tenacidade à fratura:
 O projetista deve atentar aos seguintes aspectos:
 Pode-se utilizar, como fator de segurança:

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