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Funções não jurisdicionais do Juízo da Infância e da

Juventude - resquícios do caráter paternalista dos antigos


Juízos de Menores

» Flávio Henrique de Oliveira Abreu

Resumo: o presente estudo tem por finalidade delimitar e compreender as


funções não jurisdicionais do Juízo da Infância e da Juventude, mediante o
estudo histórico-comparativo entre as disposições da Lei 8.069/90 e o antigo
sistema preconizado pelo Código de Menores de 1979, com a indicação dos
avanços e retrocessos do Estatuto da Criança e do Adolescente frente à
legislação o antecedeu.

Palavras-chave: Direito da Criança e do Adolescente – Juízo da Infância e


da Juventude – funções não jurisdicionais – etapa tutelar – doutrina da
proteção integral

Sumário: Introdução. 1. Poderes e das funções estatais - análise


propedêutica das funções atípicas dos Juízos da Infância e da Juventude. 2. O
juiz da infância e da juventude e o poder de polícia administrativa. 2.1
autorização para entrada, permanência e/ou participação de crianças e
adolescentes em eventos. 2.2 A edição de portarias pelo Juiz da Infância e
Juventude. 2.3 Autorização de viagem. 2.4 O atendimento em plantões e os
comissários de menores. 3. O Juízo da Infância e Juventude e a assistência
social. Conclusão. Referências Bibliográficas.
INTRODUÇÃO

O exercício de funções não-jurisdicionais pelo juiz da infância


e da juventude é uma das características mais marcantes da Justiça
especializada infanto-juvenil. Para compreender a natureza jurídica e os
motivos que servem de fulcro ao desempenho dessas funções, mister se faz o
estudo histórico-comparativo entre as disposições da Lei 8.069/90 e o antigo
sistema preconizado pelo Código de Menores de 1979. Tal escolha
metodológica justifica-se em razão de dois aspectos principais: primeiro,
porque em muitos dos dispositivos da Lei 8.069/90 se percebe a nítida
repetição de regras que já eram dispostas no revogado Código de Menores de
1979; por outro lado, constata-se que muitas das atribuições e prerrogativas
constantes no Código revogado continuam a ser exercidas pelos Juízes da
Infância e da Juventude, malgrado o ECA não mais as tenha previsto.

Preliminarmente, malgrado o corte epistemológico deste


trabalho não permita maiores delongas, mister se faz proceder a breves
comentários acerca das funções do Estado com a finalidade de bem
fundamentar o estudo da natureza jurídica das atribuições não-jurisdicionais
que são conferidas ao Juiz da Infância e da Juventude.

1. Poderes e das funções estatais - análise propedêutica das funções


atípicas dos Juízos da Infância e da Juventude.

Às unidades orgânicas - constitucionalmente denominadas de


“Poderes” - são atribuídos deveres, que têm por finalidade o alcance do
interesse público. Por seu turno, a ordem jurídica confere ao respectivo órgão
encarregado os instrumentos e as prerrogativas necessárias para o fiel
desempenho de tais finalidades.
Como é consabido, o ordenamento jurídico brasileiro,
seguindo os padrões ocidentais de repartição de funções públicas, subdividiu-
as entre os três poderes estatais, quais sejam: Executivo, Legislativo e
Judiciário. Entretanto, a identidade entre a natureza jurídica da função pública
e a denominação da unidade orgânica que a exerce apenas se verifica de
maneira predominante; porém, não exclusiva. Desta forma, a distribuição de
tais funções públicas “não se processa de maneira a preservar com rigidez
absoluta a exclusividade de cada órgão no desempenho da função que lhe
confere o nome”[1].

Desta forma, é conferida ao Poder Legislativo prioritariamente


a função de legislar; assim como, aos Poderes Executivo e Judiciário, as
respectivas funções administrativas e jurisdicionais. Quando há identidade
entre a natureza das funções desempenhadas e a denominação do órgão
executor, o seu exercício é conceituado como típico. Será atípico, por outro
lado, quando sua natureza jurídica não corresponder ao que prioritariamente é
conferido ao órgão encarregado pela sua efetivação.

Deveras, constata-se que as atribuições conferidas legalmente


aos juízes menoristas muitas vezes ultrapassavam os confins da mera
prestação jurisdicional. Por isso denominá-las de funções atípicas.

Percebe-se, entretanto, que o sistema político estabelecido no


ordenamento jurídico brasileiro, quando atribui a uns – malgrado de maneira
residual – funções que em tese caberiam a outro, revela o firme propósito de
estabelecer freios e contrapesos entre Poderes Estatais. A compreensão
histórica das atribuições atípicas conferidas ao Juiz da Infância e da
Juventude, entretanto, revela que a concessão destas ao Poder Judiciário se
distancia de tal finalidade.
A etapa tutelar do direito da criança e do adolescente (Código
de Mello Mattos de 1927 e Código de Menores de 1979), como já destacado
neste trabalho, tinha como característica a concessão de amplos poderes ao
juiz de menores, a quem se voltavam todas as atenções na decisão sobre quais
as melhores medidas para o menor. A discricionariedade era uma
característica intrínseca à atividade estatal relativa aos menores. Por isso, já
nesta época, as atribuições não jurisdicionais dos juízes de menores não
tinham como finalidade estabelecer um sistema de freios e contrapesos;
consistia, pelo contrário, na opção política de centralizar as funções estatais
que versavam sobre menores na figura do juiz.

Ver-se-á que a entrada em vigor do Estatuto da Criança e do


Adolescente, malgrado a festejada doutrina que o acompanhou (a da proteção
integral), não teve o condão de extirpar completamente da Justiça da Infância
e da Juventude todos aqueles instrumentos que outrora subsidiavam a criticada
função centralizadora e paternalista do juiz de menores.

Inicialmente, constata-se que algumas das prerrogativas não


convencionais que eram conferidas aos antigos juízes de menores foram
reafirmadas pelo ECA apenas com alguns temperamentos, verbi gratia, a
possibilidade de editar “portarias” para disciplinar, de modo geral e abstrato, a
entrada, permanência e/ou participação de crianças e adolescentes em eventos.

Por outro lado, o ECA foi omisso quanto a um importante


instrumento que era detalhadamente disposto no Código de Menores de 1979,
a saber: a possibilidade de cadastramento de comissários voluntários
(comissários de menores). Apesar da omissão, verifica-se que as Varas da
Infância e da Juventude, mesmo sem permissão legal, continuam sendo
dotadas de comissários de menores voluntários, o que, sem dúvida, acarreta
preocupante insegurança jurídica quanto à legitimidade de sua atuação. Além
disso, frente à imprecisão da Lei 8.069/90, não muito raro se percebe a
utilização de “malabarismos” interpretativos com a finalidade de, alargando
demasiadamente os conceitos jurídicos - sob o pseudo-argumento de se estar
protegendo de maneira integral -, possibilitar a extensão das atribuições do
juiz a áreas não abrangidas expressamente pela lei. Por isso é que atualmente
ainda é comum, nas Varas da Infância e Juventude, a instauração de
procedimentos verificatórios[2].

Outrossim, deve-se destacar que, enquanto a regra é conferir


atribuições atípicas aos juízes apenas com a finalidade de regulamentar os
aspectos administrativos internos da Vara, ao juiz da infância e da juventude
foram dadas atribuições atípicas que influem diretamente na esfera jurídica de
terceiros.

Logo, frente às peculiaridades legais e pragmáticas que


caracterizam as atribuições atípicas do Juízo da Infância e da Juventude,
torna-se imprescindível a delimitação cautelosa de seus elementos e
prerrogativas, com a finalidade de que, pelo menos no campo doutrinário, se
contribua para a efetivação do valor segurança jurídica.

2. O juiz da infância e da juventude e o poder de polícia


administrativa

Todo agente público, no exercício de suas funções, deve se


guiar pela finalidade precípua do Estado, qual seja: a realização do interesse
público. Para tanto, a ordem jurídica lhe confere um conjunto de prerrogativas
voltadas à consecução de tal finalidade. Nesse diapasão, um dos principais
instrumentos que servem como fulcro à atuação estatal é o princípio da
supremacia do interesse público. Trata-se, nas palavras de Celso Antônio
Bandeira de Mello, de um “pressuposto lógico do convívio social”[3].

Desta forma, à administração pública são conferidos poderes


ou prerrogativas especiais intrinsecamente atreladas à efetivação do interesse
público. Nesse âmbito se inclui o poder de polícia, conceituado por Marcelo
Caetano[4] como

ade administrativa que consiste em intervir no exercício das atividades individuais suscetíveis
s, tendo por objeto evitar que se produzam, ampliem ou generalizem os danos sociais que a lei

Nas palavras do reconhecido doutrinador José dos Santos


Carvalho Filho[5], o poder de polícia pode ser conceituado como “a
prerrogativa de direito público que, calcada na lei, autoriza a Administração
Pública a restringir o uso e o gozo da liberdade e da propriedade em favor do
interesse da coletividade”.

Por seu turno, a Lei 8.069/90, mantendo a marcante tradição


que caracteriza o Direito da Criança e do Adolescente, conferiu ao Juiz da
Infância e da Juventude atribuições atípicas de natureza administrativa, como
conceder autorização para a entrada, permanência ou participação de crianças
e adolescentes em eventos (art. 149), atender a crianças e adolescentes que
estejam em situação de risco em regime de plantões (art. 145) e conceder
autorização para viajar (arts. 83 a 85).

Tais atribuições caracterizam verdadeiro poder de polícia,


pois, nos exatos termos do conceito supracitado, o juiz da infância e juventude
(autoridade pública) tem a prerrogativa de, calcado na lei, restringir o uso e o
gozo da liberdade em favor da proteção dos direitos infanto-juvenis (interesse
da coletividade).

2.1 autorização para entrada, permanência e/ou participação de


crianças e adolescentes em eventos.

A regulamentação da entrada e permanência de crianças ou


adolescentes em eventos não decorre diretamente da lei. Em verdade, a Lei
federal 8.069/90 - assim como as codificações menoristas que a antecederam –
delegou ao juiz da infância e da juventude a atribuição de, verificando as
peculiaridades de cada caso, autorizar ou não a entrada e permanência do
público infanto-juvenil em determinados eventos. Nesses casos, a autorização
apenas é necessária se a criança ou adolescente estiver desacompanhado dos
pais ou responsável.

Além disso, caberá ao Juiz da Infância e da Juventude


autorizar a participação de crianças ou adolescentes em espetáculos públicos e
seus ensaios, assim como em certames de beleza, neste caso estando ou não
acompanhados dos pais ou responsável.

Nas duas hipóteses, se for conveniente e oportuno, o Juiz da


Infância e da Juventude poderá disciplinar a matéria de maneira geral e
abstrata por intermédio de Portaria.

Essa é a disciplina que emana do artigo 149 da Lei 8.069/90,


in verbis:

dade judiciária disciplinar, através de portaria, ou autorizar, mediante alvará:

ia de crianças ou adolescentes, desacompanhados dos pais ou responsável, em:

po desportivo;

çantes;

ialmente diversões eletrônicas;

s, de teatro, rádio e televisão.

nças e adolescentes em:


ensaios;

neste artigo, a autoridade judiciária levará em conta, dentre outros fatores:

dequadas;

ao local;

eventual participação ou freqüência de crianças e adolescentes;

a conformidade deste artigo deverão ser fundamentadas, caso a caso, vedadas as determinações

Trata-se de dispositivo que, pela matéria que disciplina e


finalidade preventiva que lhe é evidente, teria seu lugar mais adequado no
Título III do Estatuto (Da Prevenção).

A regulamentação da entrada, permanência e participação de


crianças e adolescentes nos eventos acima enumerados pode ser realizada por
intermédio de portaria ou mediante alvará, conforme a literalidade do
dispositivo citado. Trata-se, pois, de duas molduras – formas – previstas para
que se exteriorize a manifestação do Estado (Juiz) acerca da matéria em
comento. O ato administrativo, entretanto, além da forma, que constitui um de
seus elementos, pressupõe um conteúdo, que é aquilo sobre o que o ato dispõe
e o efeito jurídico que por ele será produzido.
Em tese, alvará[6] (forma) pode ter como conteúdo uma
licença[7] ou uma autorização. A autorização se diferencia da licença, pois,
enquanto aquela possui como característica a discricionariedade, esta tem
caráter vinculado. Segundo Celso Antônio Bandeira de Mello[8], a
autorização é o ato unilateral pelo qual a Administração, discricionariamente,
faculta o exercício da atividade material, tendo, como regra, caráter
precário.

No caso em tela, não se pode negar que o ato do magistrado de


permitir a entrada, a permanência e/ou participação de crianças ou
adolescentes em eventos é praticado no exercício de competência
discricionária. Não se trata de ato vinculado, pois a lei não estabelece um
único e possível comportamento do juiz em face duma situação previamente
estabelecida. É discricionário, pois, dentro dos limites e critérios estabelecidos
legalmente[9], a atuação do juiz goza de certa margem de liberdade na
decisão, pois deverá perquirir se naquele específico evento é conveniente e
oportuno para o interesse público o deferimento do alvará conforme
solicitado.

Percebe-se, portanto, a perfeita adequação do ato


administrativo em comento no conceito de autorização, uma vez que, além de
ser ato unilateral[10] pelo qual o juiz (administração) faculta o exercício de
uma atividade material (a possibilidade de entrada, participação e/ou
permanência de crianças ou adolescentes em eventos), é também caracterizado
pela precariedade. É precário visto que, após sua concessão, verificando-se
que os fatores que subsidiaram positivamente a expedição do ato não foram
obedecidos, a conveniência e a oportunidade para o interesse público
(proteção dos direitos infanto-juvenis) serão reapreciadas e a revogação da
autorização poderá ser decretada.
Ressalte-se, por fim, que a autorização para a entrada,
permanência ou participação de crianças e adolescentes em eventos deverá ser
ato concreto, dispondo apenas para um único e específico caso, conforme
disposição do §2º supracitado.

2.2 A edição de portarias pelo Juiz da Infância e Juventude

A possibilidade de expedição de portarias pelo Juiz da


Infância e da Juventude, por seu turno, pelos fatores históricos que a
caracteriza, deve ser analisada com mais cautela.

Assim como o alvará, a portaria representa uma das formas de


exteriorização da vontade estatal. Historicamente, o poder de regulamentar
por intermédio de portarias sempre foi um dos instrumentos que mais
fortemente subsidiaram a atuação paternalista dos antigos juízes de menores.
Tais faculdades, pelos extensos limites que marcavam a esfera de
discricionariedade do magistrado menorista, foram duramente criticadas pelo
movimento que acarretou a edição do Estatuto da Criança e do Adolescente.

O artigo 8º do Código de Menores de 1979 dispunha da


seguinte maneira:

ária, além das medidas especiais previstas nesta Lei, poderá, através de portaria ou provimento,
eral, que, ao seu prudente arbítrio, se demonstrarem necessárias à assistência, proteção e
do por abuso ou desvio de poder. (grifos acrescidos)

Os limites que norteavam a atividade discricionária do juiz


eram tão amplos que o próprio dispositivo faz referência à expressão
“prudente arbítrio” como único critério condicionante da validade do ato.

O Estatuto da Criança e do Adolescente, malgrado tenha


surgido como uma resposta, dentre outras, às críticas doutrinárias ao amplo
poder discricionário do juiz de menores e à sua atuação paternalista, não
extirpou da Justiça da Infância da Juventude a figura das portarias. Previu a
sua possibilidade, apesar de ter limitado a matéria acerca das quais poderão
versar, a saber: a entrada, permanência e participação de crianças e
adolescentes em eventos.

Em verdade, a portaria, no âmbito da Justiça da Infância e


Juventude, poderá ser expedida em três situações. Em primeiro lugar, na
qualidade de administrador do juízo ao qual se encontra vinculado, o
magistrado possui a prerrogativa de expedir portaria que verse sobre aspetos
meramente administrativos da Vara, como a possibilidade de delegar aos seus
servidores a prática de atos de administração ou de mero expediente sem
caráter decisório, conforme artigo 93, XIV, da Constituição Federal. Nessa
hipótese, malgrado a atribuição seja atípica – pois não-jurisdicional -, não há
qualquer poder de polícia do estado, pois os efeitos de tal ato se exaurem nos
confins do próprio juízo, sem restringir a liberdade de terceiros. Trata-se tão-
só de ato administrativo interno e ordinatório.

Em segundo lugar, prevê o artigo 191 da Lei 8.069/90 a


expedição de portaria, por iniciativa do Juiz da Infância e Juventude, com a
finalidade de instaurar procedimento de apuração de irregularidade em
entidade de atendimento. Posto se denomine de portaria, tal instrumento tem
apenas o condão de camuflar a permissão legal – porém absurda – de se
instaurar um processo judicial contencioso ex officio. Neste caso, a portaria
não tem natureza de ato administrativo, pois faz as vezes de uma mera petição
inicial.

Por fim, há a possibilidade de expedição de portaria com a


finalidade de disciplinar a entrada, permanência e participação de crianças e
adolescentes em eventos, nos termos do já citado artigo 149 da Lei 8.069/90.
Neste caso, o campo material de abrangência da portaria ultrapassa a simples
regulação de aspectos administrativos das Varas da Infância e Juventude; vai
além, pois regulamenta aspectos da vida de particulares, representando, em
verdade, restrição à esfera jurídica de terceiros.

Nessa última hipótese, verifica-se a atuação estatal nos moldes


de seu poder de polícia (polícia administrativa) por intermédio da edição de
um ato normativo (portaria), que tem como característica essencial o seu
conteúdo genérico, abstrato e impessoal.

Após se constatar qual a matéria que pode ser objeto de


portaria, na hipótese do artigo 149, percebe-se que, além de constituir
atribuição atípica do juiz da infância e da juventude, ela serve para disciplinar
aspectos da vida que fogem à simples execução ou regulamentação de uma lei
preexistente.

A Vara da Infância e Juventude de Salvador, por exemplo, nas


semanas que antecedem os festejos carnavalescos, costuma publicar portaria
especificando as faixas etárias de crianças e adolescentes que podem
participar de blocos, conforme os horários e as atrações que são oferecidas.
Tal disciplina modifica de forma direta, geral e abstrata a esfera jurídica de
terceiros. Desta forma, percebe-se que, malgrado seja formalmente
denominado de portaria, materialmente tal ato constitui verdadeira lei, pois
inova inicialmente a ordem jurídica.

2.3 Autorização de viagem

Conforme preceitua a artigo 70 da Lei 8.069/90, “é dever de


todos prevenir a ocorrência de ameaça ou violação dos direitos da criança e
do adolescente”. No que se refere à regulamentação da locomoção de crianças
e adolescentes no território nacional, assim como a sua saída para território
internacional, a Lei 8.069/90 parece ter atribuído de forma preponderante ao
Estado o dever de disciplinar a matéria.
Preliminarmente, deve-se identificar, de maneira clara e
precisa, a natureza jurídica de cada forma de atuação estatal quanto à
regulação da matéria em comento.

A Lei 8.069/90 disciplina a autorização de viagem em seus


artigos 83 a 85, in verbis:

poderá viajar para fora da comarca onde reside, desacompanhada dos pais ou responsável, sem

exigida quando:

ntígua à da residência da criança, se na mesma unidade da Federação, ou incluída na mesma

nhada:

al maior, até o terceiro grau, comprovado documentalmente o parentesco;

amente autorizada pelo pai, mãe ou responsável.

poderá, a pedido dos pais ou responsável, conceder autorização válida por dois anos.

e viagem ao exterior, a autorização é dispensável, se a criança ou adolescente:

ambos os pais ou responsável;

de um dos pais, autorizado expressamente pelo outro através de documento com firma

pressa autorização judicial, nenhuma criança ou adolescente nascido em território nacional


hia de estrangeiro residente ou domiciliado no exterior.

As normas que emanam dos dispositivos supra dirigem aos


administrados restrições à liberdade com a finalidade de resguardar o interesse
público, ou seja, a proteção integral à criança e ao adolescente. Trata-se, pois,
do poder de polícia em sua espécie originária, pois as restrições decorrem
diretamente da lei.

No que se refere à locomoção em território nacional, a regra


geral é a de que toda criança poderá viajar para fora da comarca onde reside
quando acompanhada dos pais ou responsável. O sentido da palavra
responsável abarca não só o tutor, como também o guardião. Malgrado alguns
posicionamentos em sentido contrário, acredita-se que não se inclui no
conceito de responsável o guardião de fato, pois tal situação não guarda
harmonia com a lei, sendo, em verdade, caracterizada pela irregularidade.

Mesmo sem os pais ou responsável, a criança poderá transitar


entre comarcas contíguas à sua residência, se na mesma unidade da federação.
Além disso, mesmo que não seja contígua, a criança poderá transitar entre
comarcas que componham uma mesma região metropolitana.

Outrossim, independentemente da comarca, a criança poderá


viajar dentro de todo o território nacional, mesmo sem os pais ou responsável,
quando estiver acompanhada de ascendente maior, de colateral maior até o
terceiro grau (v.g., o tio) ou de pessoa maior expressamente autorizada pelo
pai, mãe ou responsável.

A restrição à liberdade de locomoção no território nacional,


entretanto, não alcança os adolescentes, que podem viajam livremente, sem
qualquer impedimento. Tal aspecto deve ser, no mínimo, alvo de críticas. Em
verdade, malgrado o Estatuto da Criança e do Adolescente tenha entrado em
vigor sob a égide da festejada doutrina da proteção integral, foi omisso quanto
à locomoção de adolescentes no território nacional. Desta forma, um
adolescente de 13 anos, por exemplo, sem a anuência dos pais ou responsável,
pode, sozinho, viajar para qualquer lugar do país, não havendo quanto a esta
ação qualquer impedimento legal. Nesse aspecto, mais uma vez, o Código de
Menores de 1979 foi mais garantista e protecionista do que o novel estatuto,
pois, em seu artigo 62, estendia as restrições à locomoção em território
nacional aos menores, ou seja, tanto às crianças quanto aos adolescentes[11].

No que se refere à saída para território internacional, a


restrição legal abarca crianças e adolescentes. A regra geral é a de que o
menor de dezoito anos poderá viajar para outro país quando acompanhado de
ambos os pais ou responsável. Será permitido, ademais, pela letra da lei, viajar
na companhia de um dos pais, autorizado expressamente pelo outro por
intermédio de documento com firma reconhecida. A prática forense revela
que, além desses casos, tem-se admitido a viagem para o exterior de crianças e
adolescentes sem os pais, porém autorizados expressamente por ambos.

Outrossim, há vedação absoluta à saída do país de crianças ou


adolescentes nascidos no território nacional em companhia de estrangeiro
residente ou domiciliado no exterior. Para tanto, é imprescindível prévia e
expressa autorização judicial, conforme redação do artigo 85 da Lei
8.069/90. Tal vedação se justifica em razão dos históricos casos de tráfico
internacional infanto-juvenil.

De uma forma ou de outra, seja para a locomoção dentro do


território nacional, seja para a saída do país, fora das hipóteses previstas
legalmente, será necessária a autorização judicial. Malgrado seja denominada
de autorização judicial, tal ato mais se assemelha a uma autorização
administrativa. Isso porque, em verdade, as restrições à locomoção de crianças
e adolescentes decorrem do poder de polícia. O juiz, investido de atribuição
administrativa, pode restringir o uso e o gozo da liberdade em favor do
interesse público (proteção integral de crianças e adolescentes). Desta forma,
quando é provocado, ele pode, através de atuação discricionária, consentir que
a criança ou adolescente viaje, mesmo não se verificando qualquer das
hipóteses permissivas que expressamente são previstas na lei. Trata-se, pois,
de ato administrativo, mais especificamente de uma autorização, cuja forma
em que se exterioriza é o alvará.

Por isso, é comum que em rodoviárias e aeroportos existam


postos da Vara da Infância e da Juventude (mais conhecidos popularmente
como “juizados de menores”) com a finalidade de expedir alvarás para
autorizar a viagem de crianças e adolescentes. Em muitos desses postos,
inclusive, não é o próprio juiz que expede tais autorizações, mas sim
servidores aos quais tais prerrogativas foram delegadas pela autoridade
judiciária. Isso denota que, em verdade, tal atuação não é jurisdicional (o que
acarretaria a necessidade de decisão proferida no bojo de um processo
judicial, de maneira fundamentada, conforme imposição do artigo 93, IX, da
CF/88), mas simplesmente administrativa.

Há, entretanto, uma exceção. A atuação do juiz será


jurisdicional – e, portanto, típica – quando o fator que impossibilitar a viagem
da criança ou adolescentes for a discordância paterna ou materna em relação
ao exercício do poder familiar. Há, com freqüência, a negação, principalmente
do pai, em conceder a anuência expressa para que seu filho menor de dezoito
anos saia do território nacional. Em verdade, tal atitude se mostra, o mais das
vezes, como um reflexo das “birras” existentes entre pai e mãe separados.
Desta forma, por exemplo, se uma mãe receber proposta de empresa
estrangeira para trabalho no exterior por período curto e determinado e
pretender levar consigo o seu filho, precisará da anuência paterna para que tal
intento se concretize. Se este se recusar a conceder a sua anuência, a mãe
deverá ingressar com ação judicial pleiteando o suprimento da vontade
paterna pelo magistrado. Neste caso, se a recusa paterna caracterizar abuso de
direito, o Juízo competente para o julgamento da ação será o da Infância e
Juventude, conforme previsão do artigo 148, parágrafo único, alínea d, da Lei
8.069/90.
2.4 O atendimento em plantões e os comissários de menores

O atendimento de crianças e adolescentes em regime de


plantões tem previsão legal no artigo 145 da Lei 8.069/90, in literis:

istrito federal poderão criar varas especializadas da infância e da juventude, cabendo ao Poder
oporcionalidade por número de habitantes, dotá-las de infra-estrutura e dispor sobre o
ões. (grifos acrescidos)

O atendimento em plantões tem se mostrado, frente à ausência


de serviço público desta natureza patrocinado pelo poder executivo, um dos
principais elementos de proteção aos direitos das crianças e dos adolescentes
em situação de risco social.

Para que tal serviço funcione de forma plena, entretanto, é


necessária, além de infra-estrutura adequada, a existência de funcionários
habilitados. O Código de Menores de 1979 previa, de maneira expressa, a
possibilidade de credenciamento de voluntários para o exercício da funções de
proteção e vigilância a menores, conforme dispunha o seu artigo 7º:

iária competirá exercer diretamente, ou por intermédio de servidor efetivo ou de voluntário


o cumprimento das decisões judiciais ou determinações administrativas que houver tomado
ção e vigilância a menores.

ização poderá ser desempenhada por comissários voluntários, nomeados pela autoridade
re pessoas idôneas merecedoras de sua confiança. (grifos acrescidos)

Os voluntários de que trata o dispositivo citado são os


popularmente conhecidos “comissários de menores”. O Estatuto da Criança e
do Adolescente não previu de maneira expressa a possibilidade de existência
de comissários de menores. Apenas os menciona no artigo 194, dando-lhes
deveres (elaborar autos de infração), mesmo sem prever a sua existência.
Todavia, o fato é que os comissários de menores continuam a existir, mesmo
sem previsão legal expressa que permita a sua nomeação.

Em verdade, os comissários são agentes públicos de fato, o


que compromete de forma decisiva a averiguação da legitimidade de sua
atuação, uma vez que não estão demarcadas na lei as suas funções, assim
como os modos e os limites de seu exercício[12].

Na prática, observa-se que o trabalho dos comissários


voluntários se revela essencial para o bom funcionamento das Varas da
Infância e da Juventude, assim como para o ideal funcionamento de seus
plantões. Malgrado seja caracterizado pela não onerosidade, pelo menos na
capital soteropolitana, os voluntários são atraídos pela isenção de tarifas de
ônibus e pelo status proporcionado pelo uso do brasão da justiça.

Trata-se, pois, de uma polícia especializada respaldada tão-só


pelos costumes, pela tradição, mas não pela lei.

3. O Juízo da Infância e Juventude e a assistência social

Sobre o exercício de atividades assistenciais pelos


juízes de menores, vale à pena transcrever, pelo seu brilhantismo, o
posicionamento defendido por Alyrio Cavallieri em 1976:

statar a existência de três tipos de juizados de menores, aqui classificados com


e expositiva:

a vara especializada dirige estabelecimento de menores, distribui bolsas de estudos e


e até mesmo tem sob sua direção uma polícia de menores. É o modelo da capital de
do os estabelecimentos que abrigavam menores pertencentes ao juizado foram
o.
ivo – modelo atual de Niterói, por exemplo, em que o juizado dispõe de verba para
ores e até gabinete dentário e um dentista, embora sem o equipamento necessário.
o juizado da cidade do Rio de Janeiro dispunha, também, de verba para contratar

denominação é rebarbativa e pleonástica, reconheçamos; destina-se meramente a


juizado não se imiscui em nenhuma atividade administrativa, não mantém nenhum
ndo-se à área puramente judicial. É o exemplo deste tipo o juizado do Ex-Estado da

, o juizado de menores, quando vara privativa ou, com competência múltipla, como é
estar-se à assistência social direta.

ma impropriedade técnico-doutrinária, além de ser inconveniente na ordem prática. Por mais


ossa ser a realidade, a verdade é que o juiz de menores nada, absolutamente nada deve nem
ncia direta. Ele é o homem dos efeitos e não pode ir às causas.[13]

Posto os comentários transcritos sejam deveras antigos, não


são nem um pouco ultrapassados. A realização de atividades assistenciais pelo
Juízo da Infância e da Juventude ainda é uma realidade, pelo menos na capital
soteropolitana. Uma breve visita à 1ª Vara da Infância e da Juventude de
Salvador demonstra que ela muito se assemelha ao estilo de “juizado” semi-
executivo descrito por Alyrio Cavallieri. É dotada de gabinetes médico e
odontológico, de um abrigo provisório para receber crianças e adolescentes
em situação de risco social. Há, além disso, o fomento a projetos de
assistência social, assim como um sistema de disk-denúncia, dotado de
pessoal diretamente subordinado ao juiz, formado prioritariamente de
comissários voluntários, que acabam por constituir uma verdadeira polícia de
menores.

Em verdade, a existência de um sistema de assistência social a


crianças e adolescente é sempre louvável e se tem mostrado essencial para a
proteção dos direitos das crianças e adolescentes. A concentração de todas
essas atribuições nas mãos dos Juízes da Infância e Juventude é que deve ser
alvo de críticas. O que tem marcado a estrutura estatal de proteção aos direitos
da criança e do adolescente é o continuísmo quanto à centralização da matéria
nos confins das Varas da Infância e da Juventude, que, além da prestação
jurisdicional, ainda se imiscui em atribuições notadamente assistenciais, de
cunho evidentemente executivo, mantendo, na alçada do Juiz da Infância e
Juventude o exercício de atividades que extrapolam as suas funções típicas.

O melhor seria que os laços da tradição centralizadora se


quebrassem, retirando do rol de atribuições dos Juízes da Infância e Juventude
as atividades assistenciais, conferindo-as ao poder executivo.

Conclusão

Nesta senda, conclui-se que o Estatuto da Criança e do


Adolescente conferiu aos Juízes da Infância e da Juventude o desempenho de
atribuições não jurisdicionais, de cunho meramente administrativo. Constata-
se, desta forma, a continuidade da histórica tendência de se centralizar nos
confins do “Juízos de Menores” o modo de atuação estatal voltado a “tutelar”
os direitos da crianças e adolescentes em “situação irregular”. A entrada em
vigor do Estatuto da Criança e do Adolescente, malgrado a festejada doutrina
da proteção integral, não teve o condão de extirpar completamente da Justiça
da Infância e da Juventude todos os instrumentos que outrora subsidiavam a
criticada função centralizadora e paternalista dos “Juízes de menores”.

REFERÊNCIAS

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Brasil. Brasília, DF: Senado, 1988.
__________. Lei federal nº 6.697/79, de 10 de outubro de 1979. Institui o
Código de Menores. Diário Oficial da República Federativa do Brasil,
Brasília, DF, 11 out. 1979.

__________. Lei federal nº 8.069/90, de 13 de julho de 1990.


Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras
providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília,
DF, 16 jul. 1990.

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Doutrina e Jurisprudência. 6.ª ed. São Paulo: Atlas, 2005.

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Direito da Criança e do Adolescente, Aspectos Teóricos e Práticos. 3ª
ed. Rios de Janeiro: Lúmen Júris, 2008.

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Salvador: Editora da Universidade Federal da Bahia, 1983.

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SPOSATO, Karyna Batista. O Direito Penal Juvenil. São Paulo:


Revista dos Tribunais, 2006.

Notas:

[1] MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito


Administrativo. São Paulo: Malheiros, 2005. p. 32.

[2] A impossibilidade de instauração de ofício de procedimentos


verificatório já foi alvo de exaustiva análise no item 2.5.1, ao qual
remetemos o leitor.

[3] MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito


Administrativo. 20 ed. São Paulo: Malheiros, 2005. p. 85.

[4] CAETANO, Marcelo. Princípios Fundamentais de Direito


Administrativo. Rio de Janeiro: Forense, 1977, p. 339.

[5] CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito


Administrativo. Rio de Janeiro: Lúmen Júris, 2007, p.68.

[6] Segundo Maria Sylvia Zanella Di Pietro, alvará “é o instrumento


pelo qual a Administração Pública confere licença ou autorização para
a prática de ato ou exercício de atividade sujeitos ao poder de polícia
do Estado”. DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo.
21 ed. São Paulo: Atlas, 2008. p. 222.

[7] Celson Antônio Bandeira de Mello, com habitual clareza, define


licença como “ato vinculado, unilateral, pelo qual a administração
faculta a alguém o exercício de uma atividade, uma vez demonstrado
pelo interessadoo preenchimento dos requisitos legais exigidos”.
MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo.
20 ed. São Paulo: Malheiros, 2005. p. 409.

[8] MELLO, Celso Antônio Bandeira de Mello. Curso de Dierito


Administrativo. 20 ed. São Paulo: Malheiros, 2005, p. 409.

[9] Os limites de tal margem de liberdade estão previstos no


próprio artigo 149, §1º, da Lei 8.069/90, a saber: obedecer aos
princípios preconizados na lei, principalmente o da proteção integral;
verificar as peculiaridades do local, inclusive a existência de
instalações adequadas; verificar o tipo de freqüência habitual ao local
e a adequação do ambiente à presença de crianças ou adolescentes;
e, por fim, a natureza do espetáculo.

[10] Formado pela declaração jurídica de uma só parte, o juiz.

[11] “Art. 62. O menor de dezoito anos dependerá de autorização


da autoridade judiciária para viajar, desacompanhado dos pais ou
responsável, para fora da Comarca onde reside.”

[12] Discorrendo sobre o tema, Galdino Augusto Coelho Bordallo


destaca que “a figura do comissário voluntário é resquício do Código
de Menores, que o previa em seu art. 7º e que não deveria ter sido
mantida, por trazer sérios problemas para o funcionamento dos juízos
da infância e tirar a responsabilidade do Estado de realizar concurso
público para provimento de cargos. Muitos problemas já foram
causados pelos voluntários, que se arvoravam de autoridade e
praticavam atos que configuravam em tese, figuras penalmente
previstas. Os Tribunais de Justiça, infelizmente, continuam a utilizar a
figura dos voluntários, extremamente facilitadora por evitar a
realização de concursos públicos e aumento de despesas, sendo uma
coisa barata que, às vezes, acaba saindo mais cara, pelos problemas
que surgem. Pelo que percebemos, a triagem daqueles que desejam
prestar o serviço voluntário está sendo melhor, mas esta situação, por
certo, não é a ideal”. In: MARCIEL, Kátia Regina Ferreira Lobo
Andrade (Coord.). Curso de Direito da Criança e do Adolescente:
Aspectos Teóricos e Práticos. 3 ed. Rio de Janeiro: Lúmen Júris,
2008. p. 378).

[13] CAVALLIERI, Alyrio. Direito do Menor, Rios de Janeiro:


Freitas Bastos, 1976, p. 17-19.

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