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Neuropatias tóxicas:
Neuropatias carenciais:
Classificação das NP:
Cobre: mielopatia ou mieloneuropatia. Apresentam
1. Velocidade de instalação: aguda, subaguda e
com dificuldade à marcha e parestesias em membros
crônica.
inferiores, e o exame revela ataxia sensitiva com
2. Tipo de fibra nervosa envolvida: motora, sensitiva, alteração da sensibilidade vibratória e proprioceptiva.
autonômica ou mista. Sinais de acometimento de neurônio motor superior e
disfunção esfincteriana podem ocorrer
3. Diâmetro da fibra nervosa envolvida: mielinizadas
associadamente. Entre as causas de sua deficiência,
grossa ou fina ou amielínica.
estão cirurgia gástrica prévia (mais comum), ingestão
4. Distribuição do déficit: proximal, distal ou difusa. excessiva de zinco (suplementos alimentares, cremes
dentifrícios), consumo excessivo de ferro e síndromes
5. Padrão de acometimento nervoso: de má absorção.
mononeuropatia (lesão focal), mononeuropatia
múltipla (lesão multifocal) ou polineuropatia Deficiência de vit. B1 (tiamina): beribéri, falência
(alteração simétrica, distal e bilateral). cardíaca + NP (distal, axonal, sintomas sensitivos, com
a progressão déficit motor).
6. Tipo de lesão da fibra nervosa: degeneração
axonal (degeneração Walleriana: interrupção focal do Deficiência de vit. B6 (piridoxina): uso de hidralazina,
axônio e/ou corpo celular; degeneração axonal penicilamina ou isoniai.ida. Outras causas são
centrípetra -dying back: lesão metabólica do hemodiálise, desnutrição e estados hipermetabólicos.
neurônio. Ocorre em ambas degeneração secundária Em contrapartida, a ingestão excessiva de B6 é uma
da mielina), desmielinização segmentar (degeneração causa de neuropatia tóxica.
focal da bainha de mielina com preservação do
Deficiência de vit. B12 (cobalamina): degeneração
axônio) ou mista.
combinada subaguda da medula, NP, disfunções
Etiologia: neuropsiquiátricas e neuropatia óptica, que podem
ocorrer independente· mente das manifestações
Neuropatias decorrentes de distúrbios metabólicos hematológ:icas. A NP se expressa por polineuropatia
Neuropatia diabética predominantemente sensitiva.
Deficiência de vit. E: as causas mais comuns dessa motor progressivo, de instalação aguda em até 4
deficiência são as síndromes de má absorção semanas, relativamente simétrica, ascendente,
intestinal ou deficiências hereditárias de transporte acompanhada de hiporreflexia ou arreflexia, com ou
(abetalipoproteinemia). As manifestações sem alteração sensitiva objetiva. Doença infecciosa
neurológicas decorrem do acometimento de fibras antecedendo em 1 a 4 semanas as manifestações
grossas com ataxia de marcha e de membros, neurológicas é relatada cm cerca de dois terços dos
diminuição da sensibilidade vibratória e anartrestesia, casos de SGB.
além de hiporreflexia, aos quais podem se associar
Polineuropatias desmielinizantes inflamatórias
outros sinais de degeneração cerebelar, fraqueza
crônicas adquiridas (PIDC): quatro fenótipos clínicos:
muscular proximal em membros, retinopatia, entre
outros. A suplementação vitamínica pode cessar a • Fraqueza muscular proximal e distal, simétrica.
progressão ou reverter os déficits neurológicos
• Perda sensitiva e motora distal e simétrica.
Neuropatias Infecciosas:
• Fraqueza muscular assimétrica.
HIV: A apresentação clinica mais comum é de
polineuropatia predominantemente sensitiva e distal, • Perda sensitiva e motora assimétrica.
cujo principal sintoma é a dor neuropática. Esse tipo Neuropatias Hereditárias: Dividido em dois
de NP pode decorrer da própria infecção virai ou da subgrupos. No primeiro, a neuropatia é um dos
toxicidade das medicações antirretrovirais, entre as achados clínicos de doença multissistêmica ou de
quais os inibidores da transcriptase reversa são os doença neurológica generalizada. No segundo grupo,
mais neurotóxicos. o nervo periférico é o tecido primariamente envolvido
Hep C.: Apresenta-se de duas formas clínicas: na doença.
mononeuropatia múltipla aguda ou subaguda (mais Doença de Charrot-Marie-Tooth (CMT): Clinicamente,
frequente) e polineuropatia predominantemente é heterogênea, pois varia na idade de inicio, na
sensitiva velocidade de progressão dos déficits e nas alterações
Hanseníase: O Mycobacterium leprae é um eletrofisiológicas; e, ainda, a gravidade clinica varia
microrganismo intracelular obrigatório, com tropismo dentro de uma mesma familia. O fenótipo clássico
pelas estruturas nervosas da pele e dos troncos inclui dificuldade à marcha, pés cavos ou outras
nervosos periféricos, causando infecção deformidades osteoarticulares ou de coluna, perda da
granulomatosa crônica. Classicamente, a lesão inicial sensibilidade em bota ou luva, atrofia principalmente
é uma pápula ou mácula cutânea, geralmente de musculatura fibular (pernas em garrafa de
hipopigmentada, com diminuição de sensibilidade champanhe invertida), reflexos profundos geralmente
dolorosa e térmica, que é a mais precocemente hipoativos ou abolidos. A perda da sensibilidade
afetada. A reação granulomatosa nos nervos causa proprioceptiva, marcha atáxica, tremores. A dor
espessamento nervoso, que geralmente é doloroso à neuropática pode ocorrer.
palpação. A magnitude do acometimento cutâneo e
dos troncos nervosos é determinada pela resposta
imune do hospedeiro.
NP de longa duração:
Pés cavos;
Artropatia de Charcot;
Úlceras plantares;
Dedos em martelo;
Neuropatia Diabética Formação de PFGAs, ativação da PKC e distúrbios das
vias dos polióis acarretando estresse oxidativo e
Revisão DM:
dificuldade de regeneração.
Resistência insulínica: Redução no transporte e
1. Formação de produtos finais de glicação avançada
metabolismo da glicose estimulada pela insulina nos
(PFGA/AGEs — advanced glycation end products). Os
adipócitos e músculo esquelético e por um
PFGAs são formados como resultado de reações não
comprometimento da glicólise e da oxidação dos
enzimáticas entre precursores intracelulares
ácidos graxos no fígado, e incapacidade de suprimir a
derivados da glicose (glioxal, metilglioxal e 3-
gliconeogênese hepática.
desoxiglicosona) com os grupos amino de proteínas,
Diabetes Melito é um grupo de distúrbios tanto intra quanto extracelulares. A taxa natural de
metabólicos que compartilham em comum formação dos PFGAs é grandemente acelerada na
hiperglicemia. A hiperglicemia resulta de defeitos na presença de hiperglicemia. Os PFGAs se ligam a
secreção de insulina, na ação da insulina ou, mais receptores específicos (RAGE), que é expressado em
comumente, de ambos. células inflamatórias (macrófagos e células T) e no
endotélio e na musculatura lisa vascular. Os efeitos
O diabetes do tipo 1 (DT1) se caracteriza pela prejudiciais do eixo de sinalização PFGA-RAGE no
deficiência absoluta de secreção de insulina interior do compartimento vascular incluem:
provocada pela destruição das células beta
pancreáticas, geralmente resultante de ataque • Liberação de citocinas e fatores de crescimento pró-
autoimune (autotolerância linfócitos T). inflamatórios pelos macrófagos da íntima
O diabetes do tipo 2 (DT2) é provocado por uma • Geração de espécies reativas do oxigênio nas células
combinação de resistência periférica à ação da endoteliais
insulina (resposta tecidual inadequada) com a
• Aumento da atividade pró-coagulante nas células
resposta compensatória inadequada de secreção de
endoteliais e macrófagos
insulina pelas células beta pancreáticas (deficiência
insulínica relativa) secreção inadequada de insulina • Aumento da proliferação das células musculares
em face da resistência insulínica e da hiperglicemia. lisas e da síntese de matriz extracelular
A principal função metabólica da insulina é o aumento Além dos efeitos mediados pelo receptor, os PFGAs
da taxa de transporte da glicose para o interior de podem diretamente estabelecer uma ligação cruzada
determinados tipos celulares corporais os efeitos com as proteínas da matriz extracelular, o que reduz a
metabólicos da insulina podem ser resumidos como remoção de proteínas enquanto intensifica a
anabólicos, com aumento da síntese e redução da deposição proteica. As proteínas em ligação cruzada
degradação do glicogênio, lipídios e proteínas. com os PFGAs podem aprisionar outras proteínas
plasmáticas ou intersticiais; por exemplo, a
Definição: Neuropatia diabética é o distúrbio
lipoproteína de baixa densidade (LDL) fica aprisionada
neurológico demonstrável clinicamente ou por
no interior das paredes modificadas dos grandes
métodos laboratoriais em pacientes diabéticos,
vasos, acelerando a aterosclerose, enquanto a
excluindo-se outras causas de neuropatia.
albumina pode ficar aprisionada no interior dos
Epidemiologia: 50% de lesão neuropática. Diagnóstico capilares, sendo responsável em parte pelo
de maior sensibilidade aproxima-se de 100%. espessamento da membrana basal, que é
característico da microangiopatia diabética
DM1 surge > 5 anos após o diagnóstico. DM2 mais
precoce, desde o momento do diagnóstico. 2. Ativação da proteína quinase C: A ativação da
proteína quinase C intracelular (PKC) pelos íons cálcio
Fatores de Risco: avançada, gênero masculino, negros e pelo segundo mensageiro diacilglicerol (DAG)
não hispânicos, maior duração do DM, hemoglobina constitui uma importante via de transdução do sinal
glicosilada (HbA1c) maior que 7%, insulinoterapia e em muitos sistemas celulares. A hiperglicemia
história de hipertensão arterial sistêmica (HAS), DLP e intracelular pode estimular a síntese de novo de DAG
albuminúria. a partir de intermediários glicolíticos e,
Patogênese das complicações a longo prazo: consequentemente, provocar a ativação do PKC. Os
efeitos subsequentes à ativação do PKC são
numerosos e incluem a produção de moléculas pró-
angiogênicas, como o fator de crescimento endotelial Via inflamatória: A Presença de agentes pró-
vascular (VEGF), implicado na neovascularização inflamatórios promove o recrutamento de células
observada na retinopatia diabética, e de moléculas inflamatórias, produção de citocinas e redução do
pró-fibrinogênicas, como o fator b de crescimento fluxo sanguíneo, gerando um estado pró-inflamatório
transformante, levando a aumento da deposição de crônico. Dessa forma aumentam a hipóxia e isquemia
matriz extracelular e de material da membrana basal. do nervo periférico, dificultando sua regeneração.
3. Distúrbios nas vias dos polióis: Em alguns tecidos Memória hiperglicêmica: Tente explicar como
que não exigem insulina para o transporte da glicose ocorrem as lesões após um estado euglicêmico da
(p. ex., nervos, cristalino, rins, vasos sanguíneos), a diabetes; Pacientes com DM com a exposição
hiperglicemia acarreta aumento da glicose intracelular prolongada a maiores concentrações de
que é, então, metabolizada pela enzima aldose hiperglicemia, tornam-se mais suscetíveis à lesão por
redutase em sorbitol e em frutose, em uma reação concentrações mais baixas e subsequentes de
que utiliza NADPH como cofator. O NADPH também é hiperglicemia, em contraste, pacientes em
exigido pela enzima glutationa redutase em uma concentrações menores de hiperglicemia tornam-se
reação que regenera a glutationa reduzida (GSH). A mais resistentes a lesões por concentrações mais
GSH é um dos importantes mecanismos antioxidantes elevadas subsequentes. Três hipóteses:
na célula, e qualquer redução da GSH aumenta a
1. Indução de alterações epigenéticas estáveis
suscetibilidade celular ao estresse oxidativo. O
como a metilação do DNA e acetilação de
acúmulo de sorbitol e frutose intracelular provoca
histonas.
diminuição do transporte ativo de vários metabólitos,
2. Alterações na biologia mitocondrial,
entre eles o mio-inositol. Este processo altera os
diferenças funcionais.
mecanismos regulatórios intracelulares, reduzindo a
3. Alteração da regulação da resposta
atividade da bomba Na/K, com o consequente
antioxidante, através de proteínas das vias
acúmulo de sódio intracelular. Com isso, aumenta-se
ROS (espécie reativa de O2).
a osmolaridade intracelular, levando a alterações do
potencial de repouso da membrana, o que gera Classificação e Quadro Clínico (anexo 1):
estresse oxidativo. Essas anormalidades diminuem a
velocidade de condução nervosa e produzem as
primeiras e reversíveis alterações estruturais nos
nodos de Ranvier.
Acupuntura.