Sei sulla pagina 1di 13

ÍNDICE

1 - Introdução………………………………………………………………………………………2

2 - A SADC: Sua História………………………………………………………………………….2

3 - Estados-Membros da SADC…………………………………………………………………….4

4 - Instituições da SADC……………………………………………………………………………6

4.1 - Cimeira…………………………………………………………………………………………6

4.2 - Órgão de Cooperação nas Áreas de Política, Defesa e Segurança…….......................................6

4.3 - Conselho de Ministros…………………………………………………………………………..7

4.4 - Comité Permanente de Altos Funcionários……………………………………………………..7

4.5 - Regional Indicative Strategic Development Plan (RISDP)……………………………………..8

4.6 - Strategic Indicative Plan For The Organ (SIPO)……………………………………………….8

4.7 - Letra do Hino Da SADC………………………………………………………………………..9

5 - Principais Metas e Objectivos……………………………………………………………….......10

5.1 - Principais Metas………………………………………………………………………………10

5.2 - Principais Objectivos………………………………………………………………………….10


6 - Principais Parceiros Económicos………………………………………………………………..12
7 - Conclusão: o futuro da SADC…………………………………………………………………..12
8 - Bibliografia……………………………………………………………………………………...13

1
1 - INTRODUÇÃO

Existem a nível de um espaço geográfico várias organizações económicas regionais, cujo


objectivo é o de impulsionar o desenvolvimento económico regional para que a zona geográfica a
que as mesmas pertencem possa depender dos seus próprios meios e recursos, sem estar ligada a
outro grupo económico tanto nacional como regional.

Alguns exemplos dessas organizações são: a Comunidade Económica dos Estados da África
Ocidental (CEDEAO, fundada em 1975), a South Asian Association for Regional
Cooperation (SAARC [Associação para a Cooperação Regional Sul-asiática], fundada em 1985), a
Comunidade Económica Europeia (CEE, fundada em 1958 e transformada em União Europeia
[UE] em 1993), o North American Free Trade Agreement (NAFTA [Acordo de Livre Comércio
Sul-americano], fundado em 1994), o Pacto Andino (PAN, surgido em 1969 e transformado em
1996 em Comunidad Andina [CAN]), o Pacific Islands Forum (PIF, fundado em 1971), etc.

E também temos a SADC, que é uma organização económica regional, que foi criada para
supervisionar o desenvolvimento económico da região austral africana. Neste ano em que se
assinala mais um aniversário desta organização, o vigésimo segundo, devemos atribuir uma maior
importância, e assimilar mais conhecimento acerca do organismo económico regional do qual faz
parte a nossa nação.

2 - A SADC: SUA HISTÓRIA

O prelúdio histórico da SADC tem início basicamente em 1969-70, quando três líderes de
países independentes da África Austral fronteiriços com o colonialismo e com os regimes racistas
(Julius Kambarage Nyerere [1964-85] da República Unida da Tanzânia, Kenneth David Kaunda
[1964-91] da República da Zâmbia e Sir Seretse Khama [1966-80] da República do Botswana), e os
movimentos de libertação nacional, iniciaram entre si, um processo de frequentes consultas
informais, sobre as estratégias e tácticas para enfrentarem os inimigos de África, coordenando os
seus esforços políticos, diplomáticos e militares para dar um fim ao governo colonial e de minoria
branca na África Austral (na República da África do Sul e na então República da Rodésia). Vieram
a ser conhecidos como Frontline States (FLS) ou Estados da Linha da Frente (ELF), o precursor
imediato da cooperação política e do suporte de segurança da então SADC.

Presididos por Nyerere, os ELF fizeram conjuntamente esforços para a libertação de países
que ainda se encontravam sob o jugo colonial e sob o apartheid. Em 1975 a eles se juntaram
Samora Moisés Machel (1975-86) e António Agostinho Neto (1975-79), respectivamente, os
presidentes de das então República Popular de Moçambique e República Popular de Angola, que
acabavam de conquistar a sua independência.

Desse modo, a Linha da Frente - criada em Abril de 1977, por iniciativa dos
presidentes Agostinho Neto, Samora Machel, Seretse Khama, Julius Nyerere e Kenneth Kaunda -,
foi a primeira forma de coordenação e integração regional formalmente reconhecida dos países da
África Austral e visava a mobilização e cooperação de esforços para fortalecer os movimentos de

2
libertação nacional que lutavam contra a opressão colonial na região. Os países da Linha da Frente,
uniram esforços no sentido de travar as acções de desestabilização militar, desencadeadas pelo
regime do apartheid da África do Sul contra os países independentes da região. A Linha da Frente,
tinha por objectivo a libertação total dos povos e territórios oprimidos e sob dominação política,
económica e social na África Austral. A independência do Zimbabwe em 1980, foi sem dúvidas
uma vitória do movimento da Linha da Frente.

Os ELF estavam conscientes de que a independência política não era por si só suficiente, e a
experiência positiva adquirida no trabalho conjunto foi aproveitada e transformada numa
cooperação mais ampla com vista ao desenvolvimento económico e social. Com a contínua
solidificação da organização, os estados independentes da região sentiram a necessidade de se
engajarem no seu desenvolvimento socio-económico, com vista à irradicação da pobreza dos países
e povos da região.

É assim que entre 1977 e 1979, os representantes dos ELF realizaram consultas entre si
sobre a melhor forma de fortalecer a sua cooperação. As consultas culminaram com um encontro
em Arusha, em Julho de 1979, que conduziu à criação da Southern African Development
Coordination Conference (SADCC [Conferência de Coordenação para o Desenvolvimento da
África Austral]) a 1 de Abril de 1980, na Cimeira de Lusaka, após a adopção da declaração com o
mesmo nome, intitulada Southern Africa: Towards Economic Liberation (África Austral: Rumo à
Libertação Económica) e à criação do seu secretariado em Gaberone, a convite de Khama. O
objectivo principal do novo órgão era o da coordenação de projectos de desenvolvimento como
forma de tornar a região mais forte economicamente e livre da dependência económica que alguns
países tinham da África do Sul.

Presidindo à cimeira inaugural da SADCC, Khama apelou para região integrada e para o
melhoramento das estruturas dos transportes. O objectivo, afirmou Khama, era o de “criar alicerces
para o desenvolvimento de uma nova ordem económica na África Austral e forjar uma comunidade
unida”. Mas Khama alertou: “a luta pela libertação económica será um confronto tão amargo como
foi a luta pela libertação política.”

Para além de ter aprovado a Declaração de Lusaka, a cimeira recomendou a criação de um


Programa de Acção para as áreas de transportes, telecomunicações, alimentação, agricultura,
indústria, energia e desenvolvimento da mão-de-obra.

Quando tornaram-se independentes, os Estados-Membros haviam herdado estados


degradados de extrema pobreza, atraso económico, com estrutura económica débil, falta de técnicos
qualificados, forte dependência em relação a África do sul, falta de capacidade de auto-
financiamento. Realmente, depois da proclamação das independências, maior parte dos países da
África Austral continuou sendo vítima de sucessivas agressões e de estratégias de resfriamento ao
desenvolvimento perpetrado pelos regimes racistas sul-africano e rodesiano. Estas acções, visavam,
barrar o desenvolvimento económico dos restantes países da região, para a partir dai, aumentar a
sua dependência em relação aqueles regimes racistas, especialmente a da África do Sul. Dadas
circunstâncias, a necessidade de trabalhar juntos torna-se imperativo e ainda mais urgente, sendo
vista como um instrumento de sobrevivência política, desenvolvimento económico e avanço social.

É importante observar que, enquanto a SADCC como um todo procurava reduzir a


dependência sul-africana e do mundo exterior, tal redução na realidade nunca ocorreu, visto que, na

3
verdade a dependência aumentou, já que a materialização dos projectos dependiam grandemente do
auxílio dos doadores.

A derrota do regime apartheidista na famosa Batalha de Cuito Cuanavale, ocorrida entre 15


de Novembro de 1987 a 23 de Março de 1988 e as grandes transformações verificadas no período
89-91, que culminaram no fim da União Soviética, no colapso do bloco socialista, no fim da Guerra
Fria, na independência da Namíbia em 1990 e na adopção da economia capitalista pela maioria das
nações, levaram a SADCC a redefinir a base de cooperação entre os estados-membros, de uma
associação voluntária, para uma instituição juridicamente vinculativa para promover maior
cooperação e integração económica, uma necessidade premente para os governos dos Estados
Membros de transformar e reestruturar as suas economias, surgiu a necessidade de reforço da
cooperação regional em matéria de desenvolvimento económico.

Dados os novos desafios regionais e globais, a SADCC transforma-se em Southern African


Development Community (SADC [Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral]), a 17
de Agosto de 1992, na cimeira realizada em Windhoek, na Zâmbia, fornecendo para os membros a
promoção da cooperação socioeconómica e integração, bem como a cooperação política e de
segurança. Ao criarem a SADC, os líderes da SADCC decidiram instaurar um estatuto legal e mais
formal, e passaram o enfoque da coordenação de projectos de desenvolvimento para tarefas mais
complexas de integração das suas economias numa comunidade regional. Um objectivo-chave da
SADC, é “o fortalecimento e a consolidação duradoura das afinidades históricas, sociais e culturais
e dos laços entre os povos da região”. A SADC complementa o papel da União Africana (UA).

No plano regional, foi o fim do apartheid na África do Sul, que era visto como o eixo da
actuação da organização e, no plano internacional, com o fim da Guerra Fria, verifica-se a
liberalização económica, por isso ela foi transformada de uma livre fraternidade de nações de uma
região em uma comunidade económica. Com o fim do apartheid, os países da Linha da Frente
reorientaram a sua acção com vista a criar novas relações socioeconómicas e políticas da região.

O ELF dissolve-se em 1994, após as primeiras eleições democráticas na região (por vezes os
estados-membros da Linha e da SADC diferiam). Esforços subsequentes para colocar a política e a
cooperação de segurança no equilíbrio institucional sob o guarda-chuva da SADC falharam.

A 14 de Agosto de 2001, o Tratado da SADC de 1992 foi alterado. A alteração anunciava a


reforma das estruturas, políticas e procedimentos da SADC, um processo que está em curso. Uma
das mudanças é que a política e a cooperação de segurança são institucionalizadas no Órgão De
Política, Defesa e Segurança (OPDS). Um dos principais corpos da SADC, está sujeito a supervisão
do órgão supremo da organização, a cimeira, que reúne os chefes de estado ou de governo.

A organização mantém o seu próprio evento de multi-desporto na forma de Jogos da SADC,


cuja primeira edição teve lugar em 2004 em Maputo. Originalmente planejado em uma data anterior
no Malawi e no Lesoto, as questões de organização levaram ao abandono do plano e a SADC emitiu
uma multa de US$ 100 contra o Malawi. O primeiro evento em 2004 resultou em mais de 1000
juventude abaixo dos 20 e provenientes de 10 países tomarem parte em um programa de desportos
inclusive jogos desportivos, futebol, netball, boxe e basquetebol.

3 - ESTADOS-MEMBROS DA SADC

A SADC é composta por quinze estados-membros que são:


4
Posição Estado-membro Filiação

1 África do Sul (República da) Desde 30 de Agosto de 1994,


após o fim do apartheid e a
realização das 1as eleições
livres a 27 de Abril do mesmo
ano

2 Angola (República de); (na Membro-fundador da SADCC


altura República Popular de) e da sua sucessora (MF)

3 Botswana (República do) MF

4 Lesoto (Reino do) MF


Juntou-se à SADC em Agosto
5 Madagáscar (República de)
2005. Suspenso a 20 de Março
de 2009, quando o país entrou
numa convulsão política.
Readmitido a 30 de Janeiro de
2014
6 Malawi (República do) MF

7 Maurícia (República da) Desde 28 de Agosto de 1995

8 Moçambique (República de); MF


(na altura República Popular
de)
Juntou-se à SADCC em
9 Namíbia (República da)
Janeiro de 1990, tornando a
integração efectiva a 31 de
Março de 1990, dez dias após a
sua independência; é membro-
fundador da sua sucessora
10 República Democrática do Desde 8 de Setembro de 1997,
Congo (RDC) desde a queda do mobutismo a
16 de Maio do mesmo ano

11 Seychelles (República das) De 8 de Setembro de 1997 a 1


de Julho de 2003, efectivado
apenas um ano depois;
retornou em 2008

12 Suazilândia (Reino da) MF

14 Zâmbia (República da) MF

15 Zimbabwe (República do) MF

5
A sede da SADC encontra-se em Gaberone, no Botswana. As línguas oficiais da
Comunidade são: o inglês, o francês e o português. É um organismo plurilateral, possui uma
cobertura de mercadorias e serviços, e o seu Web Site é: http://www.sadc.int/.
Os países membros somam uma população de aproximadamente 258 milhões de pessoas
(cerca de 4% da população mundial) e um Produto Interno Bruto (PIB) de aproximadamente
US$ 700 biliões, valor importante, especialmente levando-se em conta as economias dos países
vizinhos.

4 - INSTITUIÇÕES DA SADC

 Cimeira dos Chefes de Estado ou de Governo;


 Órgão de Cooperação nas Áreas de Política, Defesa e Segurança;
 Conselho de Ministros;
 Comité Sectorial de Ministros;
 Comité Permanente de Altos Funcionários;
 Secretariado www.sadc.int/;
 Tribunal;
 Comissões Nacionais da SADC;

4.1 - CIMEIRA

 Constituída pelos Chefes de Estado ou de todos os Estados Membros;


 Instituição suprema de formulação de políticas da SADC;
 Responsável pela orientação política global e pelo controlo das funções da SADC.

A Presidência da Cimeira é de carácter rotativo.

4. 2 - ÓRGÃO DE COOPERAÇÃO NAS ÁREAS DE POLÍTICA, DEFESA E SEGURANÇA

A Cimeira elege um Presidente e um Vice-Presidente do Órgão, numa base rotativa, entre os


membros da Cimeira. O mandato do Presidente da Cimeira não deverá ser exercido em simultâneo
com o cargo de Presidente do Órgão.

É constituído um Grupo Ministerial do Órgão, composto pelos Ministros responsáveis por:


a) Negócios Estrangeiros; b) Defesa; c) Segurança Pública; ou d) Segurança do Estado, de cada
Estado-Membro, que será responsável pela coordenação do trabalho do Órgão e das suas estruturas.

A Presidência do Órgão é de carácter rotativo.

6
4.3 - CONSELHO DE MINISTROS

Constituído por um Ministro de cada Estado-Membro, de preferência, por um Ministro


responsável pelos negócios estrangeiros ou pelas relações exteriores.

Competências:

 Superintende o funcionamento e desenvolvimento da SADC;


 Superintende a implementação das políticas da SADC e a execução dos seus programas;
aconselha a Cimeira sobre questões de política global e sobre o funcionamento e desenvolvimento
da SADC em moldes crescentes e harmoniosos;
 Aprova políticas, estratégias e programas de trabalho da SADC;
 Dirige, coordena e supervisiona as operações das instituições a ele subordinadas;
 Recomenda à Cimeira, para aprovação, o estabelecimento das direcções, comités, outras
instituições e órgãos;
 Desenvolve e implementa a Agenda Comum da SADC e as prioridades estratégicas da
SADC.

4.4 - COMITÉ PERMANENTE DE ALTOS FUNCIONÁRIOS

O Comité Permanente é um comité técnico consultivo do Conselho. O Comité Permanente


processa toda a documentação a ser apresentada pelo Integrado de Ministros ao Conselho.
Subordina-se e presta contas ao Conselho. É composto por um secretário permanente ou por um
funcionário de estatuto equiparado, oriundo de cada Estado Membro, do Ministério que é o Ponto
de Contacto Nacional da SADC.

O Secretariado (Secretário Executivo: Dr. Tomaz Augusto Salomão, Moçambicano, desde


2005) é:
 O Principal instituição executiva da SADC;
 O Responsável (dentre outros assuntos) pela:
 Planificação estratégica e gestão dos programas da SADC;
 Implementação das decisões da Cimeira, da Troika da Cimeira, do Órgão, da Troika do
Órgão, do Conselho, da Troika do Conselho, do Comité Integrado de Ministros e da Troika do
Comité Integrado de Ministros;
 Organização e administração das reuniões da SADC;
 Administração financeira e geral;
 Representação e promoção da SADC;
 Coordenação e harmonização das políticas e estratégias dos Estados Membros.

O Tribunal (actualmente suspenso desde Março de 2011):

 Garante a observância e interpretação adequadas das disposições do Tratado da SADC e de


outros instrumentos subsidiários e para deliberar sobre litígios a ele submetidos;
 Dá pareceres jurídicos sobre as matérias que lhe sejam remetidas pela Cimeira ou Conselho;
 As decisões do Tribunal são finais e vinculativas.

7
Comissões Nacionais: cada Comissão Nacional da SADC é constituída pelas principais partes
interessadas, nomeadamente:
 Governo;
 Sector Privado;
 Sociedade civil;
 Organizações não governamentais;
 Organizações de trabalhadores e empregadores.

Áreas de Cooperação e Protocolos:

 Segurança alimentar, terras e agricultura;


 Infra-estruturas e serviços;
 Indústria, Comércio, investimento e finanças;
 Desenvolvimento de recursos humanos, ciência e tecnologia;
 Recursos naturais e meio ambiente;
 Bem -estar social, informação, cultura e desporto;
 Política, diplomacia, relações internacionais, paz e segurança.

4.5 - REGIONAL INDICATIVE STRATEGIC DEVELOPMENT PLAN (RISDP)

A SADC tem um plano indicativo que visa providenciar a direcção estratégica para a
organização e a operacionalização da Agenda Comum da SADC e é um plano de 15 anos que está a
ser implementado desde 2005 em fases de cinco anos cada.

O RISDP (Plano de Desenvolvimento Estratégico Indicativo Regional) é um indicativo por


natureza e articula as condições necessárias para o alcance das metas de integração e
desenvolvimento regional da SADC com vista a facilitar a monitoria e avaliação do progresso,
fixando balizas e prazos conducentes ao alcance das metas nos vários campos de cooperação.

4.6 - STRATEGIC INDICATIVE PLAN FOR THE ORGAN (SIPO)

 Providencia procedimentos para a implementação do Protocolo da SADC sobre Cooperação


na Área de Política, Defesa e Segurança;
 Identifica actividades específicas, em conformidade com os objectivos do Protocolo,
e as estratégias para a sua realização.

O SIPO (Plano Estratégico Indicativo do Órgão) está dividido em quatro sectores: Política;
Defesa; Segurança de Estado; e Segurança Pública. O SIPO providencia a análise e os desafios dos
quatro sectores, os objectivos do Órgão nos quatro sectores bem como as estratégias e actividades
específicas a serem implementadas para alcançar os objectivos do Órgão.

Desafios:
 Operacionalização dos Comités Nacionais da SADC;

8
 Mobilização de fundos para o funcionamento da Organização e Implementação dos
programas regionais – os Estados-Membros deixam de financiar a Organização em espécie (através
da Coordenação Sectorial);
 Apropriação pelos Estados Membros depois da transferência de coordenação sectorial para
Gaberone.

4.7 - LETRA DO HINO DA SADC

SADC, SADC, Aurora da nossa certeza,


SADC, SADC, Aurora dum futuro melhor
E d’esp’rança para integração
Regional e universal,
Para unidade e harmonia dos nossos povos.

Berço da humanidade,
Berço dos (nossos) antepassados,
Exaltemos com alegria a realização
Da noss’esp’rança
E erguer a bandeira da solidariedade.

SADC, SADC, SADC, SADC, Aurora da nossa certeza

Observações importantes:
 A letra do Hino da SADC é da autoria de Manuel Gomes dos Santos (Ministro Conselheiro,
Angolano [falecido a 30 de Maio de 2014]);
 A letra do Hino da SADC foi aprovada pelo Conselho de Ministros da SADC, no dia 15 de
Fevereiro de 2002, em Zanzibar, República Unida da Tanzânia;
 A melodia do Hino da SADC (com base na letra em inglês) foi preparada e gravada em
Joanesburgo, África do Sul, num workshop (reunião de trabalho) realizado na SABC (South African
Broadcasting Corporation [Corporação de Rádiodifusão Sul-africana]), de 20 a 23 de Julho de 2004,
com a participação de compositores da África do Sul, de Angola, Botswana, Lesoto, Malawi,
Maurício, Moçambique, Namíbia, Suazilândia, Tanzânia, Zâmbia e Zimbabwe;
 A melodia do Hino da SADC (produzida com base na letra em inglês) foi aprovada pela
Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo da SADC, na sessão de 16 e 17 de Agosto de 2004, em
Grand Baie, Maurício. A Cimeira instruiu que o Hino seja entoado em todos os actos públicos e
oficiais da SADC e nas escolas primárias e secundárias no dia da SADC (17 de Agosto) e no Dia do
Criador/Artista da SADC (14 de Outubro);
 O Hino da SADC (com a letra em Português adequada à melodia oficial do Hino da SADC)
foi gravado na Rádio Moçambique, em Maputo, no dia 4 de Novembro de 2005, com a participação
de elementos da Associação dos Músicos Moçambicanos e da Escola Nacional de Música, sob a
orientação do Maestro Amândio Didi Munguambe, de Moçambique.

9
5 - PRINCIPAIS METAS E OBJECTIVOS

5.1 - PRINCIPAIS METAS

A região enfrenta uma série de problemas, desde dificuldades naturais como secas prolongadas,
a grande prevalência da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA) e a pobreza. A
erradicação destes problemas está as principais metas do grupo, que são:

 Promover o crescimento e desenvolvimento económico, aliviar a pobreza, aumentar a qualidade


de vida do povo, e prover auxílio aos mais desfavorecidos;
 Desenvolver valores políticos, sistemas e instituições comuns;
 Promover a paz e a segurança;
 Promover o desenvolvimento sustentável por meio da interdependência colectiva dos estados
membros e da autoconfiança;
 Atingir a complementaridade entre as estratégias e programas nacionais e regionais;
 Promover e maximizar a utilização efectiva de recursos da região;
 Atingir a utilização sustentável dos recursos naturais e a protecção do meio ambiente;
 Reforçar e consolidar as afinidades culturais, históricas e sociais de longa data da região.

O financiamento dos projectos é obtido através de duas maneiras principais: a primeira e mais
importante é a contribuição de cada um dos membros, com o valor baseado no PIB de cada um, a
segunda é através da colaboração de parceiros económicos internacionais, como a UE e alguns
países desenvolvidos, que dependem dos projectos a serem desenvolvidos.

5.2 - PRINCIPAIS OBJECTIVOS

Para atingir-se o desenvolvimento económico é essencial que se promova a indústria local.


Com a industrialização atingir-se-á a independência em relação aos produtos industrializados
estrangeiros e aos produtos da África do Sul, que exerce um claro domínio sobre o mercado dos
seus vizinhos. A estratégia principal consiste na reabilitação e crescimento das capacidades já
existentes.
Os projectos de industrialização seguem as directrizes de produzirem sempre mercadorias de
destaque no mercado regional, mas que possam também ser exportadas, seja ou não para fora do
bloco, e que tenham a maior parte possível da matéria-prima extraída dentro dos países membros.
Tendo isso em mente, a produção tem concentrando-se em produtos manufacturados de necessidade
imediata e produtos de base, além de produtos de apoio às actividades industriais que estiverem
sendo desenvolvidas.
Um dos projectos na área de educação, o treinamento de mão-de-obra qualificada tem sido,
em parte, realizado. Os profissionais a serem formados são os que foram identificados como os
mais importantes ao desenvolvimento imediato, como gestores públicos, técnicos, engenheiros
(especialmente agrícolas) e cientistas com formações aplicáveis à indústria. Devido à falta de
10
capacidade de treinamento local desses cargos, têm sido oferecidas bolsas de estudo em centros de
formação estrangeiros, e tem-se apostado na criação de centros de formação intelectual e técnica na
região.
O combate ao Human Immunodeficiency Virus (HIV [Vírus da Imunodeficiência Humana
(VIH)]) também se encontra entre as prioridades da SADC. As metas fixadas incluem ter em 2011
noventa e cinco por cento da população entre quinze e vinte e quatro anos informada sobre os
conceitos básicos que concernem a doença, ter menos de cinquenta por cento das crianças
infectadas e, em 2015, obter um decréscimo do número de infectados.

Também pretende-se aumentar a participação da mulher em todas as camadas da sociedade.


Espera-se em menos de cinco anos conseguir abolir todas as cláusulas sexualmente discriminatórias
nas constituições de todos os países, instituir leis que garantam direitos iguais a homens e mulheres,
reduzir a violência contra mulheres e crianças e chegar-se a uma participação muito maior da
mulher na sociedade. Em uma década espera aumentar-se a participação feminina em cargos
governamentais e empresas estatais.

Resumindo, os principais objectivos da SADC são:


 - Desenvolver valores políticos comuns, sistemas e instituições;
 - Promover e defender a paz e segurança;
 - Promover o desenvolvimento auto-sustentável na base da auto-suficiência e da
interdependência colectiva entre os Estados-Membros e da auto-fiabilidade;
 - Aliviar a pobreza;
 - Elevar a qualidade de vida dos povos da região;
 - Estimular o comércio de produtos e serviços entre os países membros;
 - Alcançar a complementaridade entre as estratégias e programas nacionais;
 - Promover e maximizar a utilização efectiva dos recursos humanos;
 - Promover o crescimento sustentável dos países do bloco;
 - Conseguir a complementaridade entre as estratégias e os programas nacionais e regionais;
 - Promover e optimizar o emprego produtivo e a utilização dos recursos da Região;
 - Conseguir a utilização sustentável e a maximização do uso dos recursos naturais da região
e a protecção efectiva do meio ambiente;
 - Reforçar e consolidar as afinidades e laços históricos, sociais e culturais desde há muito
existentes entre os povos da Região;
 - Promover o crescimento económico e o desenvolvimento socioeconómico sustentáveis e
equitativos que garantam o alívio da pobreza com o objectivo final da sua erradicação, melhorar o
padrão e a qualidade de vida dos povos da África Austral e apoiar os socialmente desfavorecidos,
através da integração regional;
 - Promover a paz e bons relacionamentos políticos na região, actuando para evitar conflitos
e guerras;
 - Cooperação socioeconómica e política na região;
 - Buscar soluções em comum para os principais desafios da região;
 - Redução e unificação das tarifas alfandegárias e taxas de importação e exportação nas
relações comerciais entre os países membros
 - Desenvolver valores, sistemas políticos e instituições comuns.

11
6 - PRINCIPAIS PARCEIROS ECONÓMICOS

O principal parceiro económico externo da SADC é a UE. O contacto dá-se


maioritariamente pela África do Sul, que com a UE realiza importantes trocas há alguns anos.
Há planos de integração entre o Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) da América do Sul,
e a SADC, mais especificamente entre o Brasil e a África do Sul. Embora ainda não se conheçam
datas definidas para a implementação de acordos bilaterais abrangentes entre esses países, não há
previsão da inclusão de uma vasta gama de produtos com tarifas reduzidas a curto prazo.
A nível interno, a SADC mantém relações comerciais com as demais organizações
económicas do seu continente.

7 - CONCLUSÃO: O FUTURO DA SADC

Na Cimeira Extraordinária de Chefes de Estado e de Governo realizada em Mbabane, na


Suazilândia, a 31 de Março de 2009, o anfitrião, o Rei Nswati III, afirmou que os dirigentes da
região têm o desafio de avaliar e decidir sobre os acontecimentos do presente, mas também têm de
dar importância a uma visão futurista.
“Como líderes da SADC, temos o desafio de avaliar e decidir sobre os acontecimentos
actuais, mas também temos de ter uma visão futura capaz de garantir o sucesso da região e,
principalmente, o bem-estar das populações”, afirmou o soberano, que reconheceu que na dinâmica
moderna nem tudo vai bem, inclusive no cumprimento dos compromissos assimidos pela
organização.
O ministro moçambicano dos Negócios Estrangeiros, Oldemiro Baloi, considerou a 9 de
Março de 2013, em Maputo, o crescimento das infra-estruturas como o principal meio para os
Estados-membros da SADC atingirem o desenvolvimento. O chefe da diplomacia moçambicana fez
estas declarações na abertura da reunião ordinária do Conselho de Ministros da organização
regional, na qualAngola foi representada com uma delegação chefiada pelo então ministro das
Relações Exteriores, Georges Rebelo Chikoti.
Oldemiro Baloi salientou que, no âmbito do Regional de Desenvolvimento de Infra-
estruturas da SADC, aprovado na Cimeira de s Agosto de 2012, estão em curso os preparativos para
a realização da Conferência de Alto Nível sobre Investimento em Infra-estruturas da região, a ter
lugar em Maputo. Durante a conferência, vão ser apresentados os projectos de infra-estruturas
integradas no Director, particularmente os contidos no Short-Term Action Plan (STAP [Plano de
Acção de Curto Prazo]). Na dia 13 de Março de 2013, realizou-se, em Londres, uma reunião para a
divulgação dos projectos prioritários do plano, com vista à mobilização de recursos. A
propósito, Baloi referiu a importância da operacionalização do Fundo de Desenvolvimento Regional
da SADC, cujo objectivo é criar um mecanismo financeiro para mobilizar recursos dos Estados-
membros, sector privado e parceiros internacionais, para apoiar o desenvolvimento e o aprofundar
da integração regional.
De facto, para que o desenvolvimento da organização progrida e esteja assegurada a sua
continuidade em eras futuras, será necessário obedecer-se a uma série de condições:
1 - o fim de todos os conflitos armados que ainda dilaceram a região (como o da RDC) e
criação de uma maior estabilidade à nível político-militar;

12
2 - a criação de uma maior estabilidade económica, o que pode incluir a criação de um banco e
sistema monetários comuns, de modo a fazer frente ao poderio de organizações económicas mais
poderosas (a UE, a NAFTA, a ASEAN, etc);
3 - melhoria do sistema educacional e sanitário, entre outros.

8 - BIBLIOGRAFIA

http://en.wikipedia.org/wiki/Southern_African_Development_Community
http://pt.wikipedia.org/wiki/Comunidade_para_o_Desenvolvimento_da_%C3%81frica_Austral
http://iphone.verdade.co.mz/nacional/1564-cimeira-inicia-com-apelos-para-uma-sadc-com-visao-
futura

13

Potrebbero piacerti anche