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X V I SI M P Ó S I O N A C I O N A L D E EN S I N O D E F Í S I C A 1

A UTILIZAÇÃO DE SOFTWARE EDUCATIVO APLICADO AO ENSINO DE


FÍSICA COM O USO DA MODELAGEM

Francisco Herbert Lima Vasconcelosa - herbert@multimeios.ufc.br


Renné de Oliveira Carvalhob – renneoliveira2003@yahoo.com.br
Mairton Cavalcante Romeuc- mairton@fisica.ufc.br
José Rogério Santana d- rogerio@multimeios.ufc.br
Hermínio Borges Netoe - herminio@multimeios.ufc.br
a
Universidade Federal do Ceará - Departamento de Física.
b
Universidade Federal do Ceará - Departamento de Física.
c
Universidade Federal do Ceará - Departamento de Física.
d
Universidade Federal do Ceará e Universidade Estadual do Ceará.
e
Universidade Federal do Ceará - Faculdade de Educação.

RESUMO

Segundo os alunos, os conteúdos de Física no ensino médio são considerados em sua


maioria de difícil compreensão. Parte desta dificuldade se deve principalmente pelo fato
destes alunos não apresentar requisitos necessários no domínio da ferramenta
matemática utilizada. Para minimizar os danos desta lacuna faz-se necessário a
utilização, por parte do professor, de novas ferramentas que possam colaborar na
resolução desta limitação. Assim, o objetivo desta pesquisa foi analisar a contribuição
do uso do computador através da modelagem matemática e da simulação computacional
no estudo do Movimento Harmônico Simples, utilizando funções trigonométricas com o
uso do software Modellus e suas contribuições para o processo de aprendizagem.
Utilizamos como metodologia de pesquisa a Engenharia Didática, para o
desenvolvimento de atividades didáticas e no planejamento da pesquisa e a Seqüência
Fedathi, como postura metodológica do professor em sala de aula. O experimento foi
realizado durante a aplicação de um curso de Matemática assistido por computador com
alunos recém ingressos nos cursos de graduação em Matemática, Estatística, Agronomia
e das Engenharias Mecânica e de Alimentos da Universidade Federal do Ceará. Através
desta pesquisa constatou-se que o uso de software educacional de simulação e
modelagem pode ser utilizado como um recurso que apresenta grande viabilidade no
processo de ensino aprendizagem, permitindo que os alunos analisem fenômenos físicos
a partir de equações e desenvolvam atividades de simulação. Desta forma, através de
um ambiente computacional de manipulação e modelização de equações o aluno pode
construir um conhecimento partindo da idéia de que o modelo matemático utilizado não
se apresenta apenas como uma fórmula estática e sem aplicação, e sim como algo
inserido em fenômenos do seu cotidiano.
Palavras-Chaves: software, modelagem, Sequência Fedathi.

1. INTRODUÇÃO

Um dos grandes problemas enfrentados pelos alunos do Ensino Médio no Brasil consiste em
compreender conteúdos que envolvam física e matemática. Parte desta dificuldade se deve
principalmente ao fato destes alunos não ter trabalhado no Ensino Fundamental o processo de
modelagem matemática enquanto resolução de problemas. Por outro lado, a matemática é um dos
requisitos necessários ao domínio da modelagem no ensino de física, logo se existem problemas no
ensino de matemática estes acarretam dificuldades na formação dos estudantes. Na atualidade um
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dos recursos utilizados para tornar o ensino de física a partir da modelagem matemática algo mais
atrativo tem sido o uso de recursos computacionais que envolvem manipulação simbólica com base
nos fundamentos da informática educativa.A utilização da informática educativa vem a cada dia se
intensificando, de modo a criar condições para que o professor possa utilizar esta ferramenta
tecnológica no contexto da sala de aula. Assim como em outras disciplinas, na física não é
diferente. A utilização de uma ferramenta computacional faz surgir condições para que o aluno
possa gerar um conhecimento, antes não proporcionado pelas limitações da tecnologia do lápis e
papel. Através do uso de modelos matemáticos inseridos em um ambiente computacional é possível
permitir ao aluno resolver uma situação e refletir sobre o significado do problema proposto,
diminuindo a grande quantidade de tempo demandada com os cálculos, para que se direcione a
atenção na parte mais importante da atividade que é a análise de suas representações. A partir do
uso destes modelos computacionais são necessários estudos mais aprofundados, que gerem ao aluno
reflexões na qual irão proporcionar uma aprendizagem mais solidificada diante do fenômeno
abordado. O Modellus permite a construção e simulação de modelos de fenômenos físicos a partir
das equações matemáticas que representam esses fenômenos. Deste modo, quando o aluno descreve
o modelo matemático que traduz um determinado fenômeno, o Modellus permite umas simulações
computacionais de tal fenômeno, possibilitando ao aluno uma analise diferenciada da situação física
(Teodoro, 1997). A modelagem matemática é de fundamental importância para proporcionar a
construção e manipulação de modelos dinâmicos quantitativos matematicamente de modo que estes
possam ser analisados de forma mais clara e concisa. Muitos experimentos científicos baseados em
modelos matemáticos são complexos devido a dificuldades existentes nos cálculos. O Modellus
permite a solução destes cálculos, encarregando-se de resolver suas complexidades e oferece ao
aluno a possibilidade de refletir e analisar os modelos. No entanto, a utilização da modelagem
computacional no contexto educacional, demanda o delineamento de uma investigação que inclua
tanto o desenvolvimento de atividades de modelagem, quanto a sua efetiva utilização em sala de
aula para que se possa concluir sobre as reais possibilidades de sua integração no cotidiano de sala
de aula (Ferracioli, 1997b).

2. ANTECEDENTES DA EXPERIÊNCIA

Diante da problemática que envolve o ensino de Física e Matemática e do uso do


computador inserido na educação foi criado, em agosto de 2002, o Grupo de Implementação e
Avaliação de Software Educativo – GIASE da Faculdade de Educação da Universidade Federal do
Ceará com o intuito de discutir e elaborar, em encontros semanais, uma proposta de trabalho para
ajudar o professor de Física, Matemática e Ciências na sua ação docente e na inserção do uso do
computador como ferramenta de suporte ao professor em sala de aula. Das nossas discussões e
reflexões elaboramos o projeto de pesquisa “O ensino de Física assistido por computador com uma
abordagem trigonométrica”, implantado e desenvolvido junto aos alunos da turma do curso de
Recém – Ingresso, curso este, promovido pela Pró-Reitoria de Extensão da Universidade Federal do
Ceará - UFC. O curso de Recém – Ingresso realizado pela UFC, consiste em uma oportunidade
concedida aos alunos que entram em cursos de graduação e que somente estarão em sala de aula no
segundo semestre do ano de ingresso, para que estes possam estarem envolvidos em uma atividade
vinculada a universidade durante o semestre inicial do ano.

3. OBJETIVOS

Como objetivo geral, temos: Analisar a contribuição do uso do computador através da


modelagem matemática e da simulação computacional no estudo do Movimento Harmônico
Simples, utilizando funções trigonométricas a fim de contribuir para o processo de aprendizagem.
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Como objetivos específicos, temos que:verificar a viabilidade do uso do computador aplicado ao


ensino de física e matemática e diagnosticar as crenças e percepções dos alunos de ensino médio
sobre o estudo de funções trigonométricas e sua aplicação no ensino de Física;

4. A EXPERIÊNCIA DA MODELAGEM NO ENSINO DE FÍSICA

No início das nossas atividades, mais precisamente nas quatro primeiras horas de curso,
foram estudados textos referente modelagem matemática aplicada ao ensino de física, em que os
alunos iam relatando suas experiências e dificuldades na aprendizagem de Física e Matemática
durante o ensino médio. Nessas reflexões sentimos a necessidade de realizar uma atividade que se
apresenta um conteúdo de requisitos matemáticos simples e que permitisse ao grupo de
pesquisadores analisar o uso das tecnologias propostas na situação em questão. Desse modo a partir
do que havia sido planejado como proposta de curso o grupo delimito as atividades a serem
realizadas durante o curso, tomando como base o estudo do Movimento Harmônico. Na vida
cotidiana, os movimentos harmônicos são bastante freqüentes. São exemplos disso os movimentos
de uma mola, de um pêndulo e de uma corda de violão. Cada um desses movimentos oscilatórios
realiza movimentos de vaivém em torno de uma posição de equilíbrio, e são caracterizados por um
período e por uma freqüência. O período é o tempo que o objeto gasta para realizar uma oscilação
completa (ou seja, um movimento completo de ida e volta) e a freqüência é o número de oscilações
na unidade de tempo. O estudo desse movimento costuma ser feito a partir do movimento circular e
uniforme. Para isso consideremos uma partícula em movimento circular e uniforme numa
circunferência. Façamos a projeção do movimento circular sobre um eixo. Observamos que
enquanto a partícula desloca-se na circunferência a projeção desloca-se entre os extremos da
oscilação. O movimento da projeção é um movimento harmônico simples. Na oscilação de uma
mola, a velocidade anula-se nas posições extremas e é máxima ao passar pela posição central. É um
movimento variado, mas não uniformemente variado, pois a aceleração não é constante, variando de
ponto a ponto na trajetória da mola. O movimento harmônico simples pode ser visto como a
projeção ortogonal do movimento circular uniforme (MCU) sobre qualquer reta. Por exemplo, se
uma partícula descreve um MCU num plano vertical, a sombra da partícula descreve um MHS
sobre uma linha vertical. A distância x, que vai do ponto fixo ao redor do qual a partícula oscila,
ponto esse tomado como origem do eixo X, até a posição da partícula, é chamada, no MHS, de
elongação. Elongações no mesmo sentido do eixo X são consideradas positivas e elongações no
sentido contrário, negativas. A distância A, que vai da origem do eixo X até o ponto de retorno
associado à elongação máxima da partícula, é chamada de amplitude. Observe que a amplitude do
MHS é igual ao raio da trajetória da partícula no MCU correspondente. Assim, podemos formalizar
matematicamente esta idéia do movimento harmônico simples como a projeção ortogonal de um
movimento circular uniforme sobre qualquer reta. Se os pontos P e Q (figura abaixo) coincidem em
t = 0, o ângulo do segmento OQ com o eixo X no instante posterior t é q = wt, onde w representa o
módulo da velocidade angular do MCU. Então, cos wt = x/A ou: x(t) = A cos (w.t), onde x é a
elongação, w, a freqüência angular e A, a amplitude (elongação máxima) da partícula em MHS.

Figura 01 – Movimento Harmônico Simples


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No segundo momento da oficina realizamos uma atividade proposta com os alunos.


Utilizando o software Modellus, propomos a construção do gráfico da equação x(t) = A cos (w.t), e
realizamos um estudo sobre o gráfico utilizando as funções trigonométricas seno e coseno. Além do
estudo do gráfico, utilizando o software proposto, realizamos a construção de animações utilizando
o modelo matemático proposto. Outro recurso utilizado foi a tabela. Este recurso do software
permite ao usuário acompanhar a resolução dos modelos matemáticos em um intervalo de tempo
determinado a partir de uma variável.

5. RESULTADOS

Durante a aplicação das atividades, foram observados aspectos referentes a manipulação do


software, a modelagem e a construção das atividades por parte dos alunos que compunham a sala de
aula, assim como a capacidade destes em desenvolver e compreender os conceitos físicos e
matemáticos que estavam por trás de tais atividades realizadas. Manipulação do software
Modellus : Antes de realizar o desenvolvimento das atividades, os alunos fizeram a manipulação
prévia do software Modellus, de tal forma a permitir que eles pudessem utilizá-lo com mais
segurança no momento da aplicação. Entretanto, mesmo sendo gerada esta situação de manipulação
prévia, foi constatado durante a aplicação a dificuldade dos alunos em manipular um software de
computador. Esta dificuldade decorre principalmente devido a pequena carga horária envolvida na
realização desta pesquisa. Construção das atividades de modelagem: Durante a construção das
atividades propostas, observamos que, mesmo diante da dificuldade na manipulação desta
tecnologias, os alunos puderam gerar seus modelos e obtiveram sucesso ao verificarem a
viabilidade deste diante do programa de computador utilizado. No momento da construção do
gráfico destas atividades, foi observado que a maioria dos alunos foram capazes de observar quase
que imediatamente os conceitos matemáticos envolvidos na situação, referentes as funções
trigonométricas. No momento da criação das animações envolvidas pelo modelo matemático
trabalhado, observamos que os alunos puderam visualizar uma aplicação real do modelo
matemático em uma situação física do cotidiano. Compreensão dos conceitos físicos: Através
deste curso, objetivamos apresentar uma proposta que permite os estudantes pensar de forma crítica
sobre conceitos científicos e questioná-los, de modo que, o importante não seja encontrar respostas
corretas pela simples aplicação de fórmulas, mas dar-lhes a oportunidade de tornarem-se aprendizes
ativos, desenvolvendo atividades que levem a construção de suas próprias conclusões a cerca dos
fenômenos naturais. Observa-se que ao longo das atividades os alunos realizaram os fenômenos e
compreenderam o conhecimento sobre aquele conceito. Portanto, utilizando uns ambientes
educacionais, que são ferramentas de modelagem computacional, podemos explorar conteúdos onde
os professores sabem um pouco mais do que os alunos, mas não conhecem todas as repostas.

6. REFERÊNCIAS

ANGOTTI, J. A. P. Fragmentos e totalidades do conhecimento científico e no Ensino de Ciências.


São Paulo, 1991. Tese de doutorado. USP.

BASSANEZI, R. A modelagem matemática. Dynamis, Blumenau/SC, v.1, n.7, p.55-83, abr./jun.


1994.

CAMILETTI, G & FERRACIOLI, L., A Utilização da Modelagem Computacional Quantitativa no


Aprendizado Exploratório em Física, Cadernos do ModeLab, Número 10, 12p, maio/2001

TEODORO, V. D.; VIEIRA, J.P & CLÉRIGO, F.C.(2000) Introdução ao Modellus. Faculdade de
Ciência e Tecnologia, Universidade de Nova Lisboa, Portugal.

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