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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ


Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes
Departamento de História

Tópicos Especiais em História Contemporânea (HH 073)


Créditos: 04
Carga horária semestral: 60 h/aula Carga horária semanal: 04 h/aula
Professor: Clóvis Gruner

Ementa: Tópicos especiais sobre história cultural do crime e da criminalidade.

I - Objetivos
O objetivo da disciplina é discutir algumas possibilidades de uma leitura cultural do
crime e da criminalidade, em uma abordagem que privilegia três itinerários: i-) um
debate historiográfico, com ênfase nas discussões sobre o tema na produção
brasileira e latino americana; ii-) identificar objetos, problemas, conceitos e fontes
que norteiam a historiografia do crime no Brasil e na América Latina; iii-)
problematizar, como recorte temático, o surgimento de um pensamento e de um
discurso penal e penitenciário como parte do processo de formação e consolidação
dos Estados nacionais latino americanos ao longo, principalmente, da segunda
metade do século XIX e primeiras décadas do XX.

II – Conteúdos
1-) Uma história cultural do crime: historiografia, conceitos e fontes
a-) Crime, criminalidade: alguns usos e conceitos
b-) De uma história social à história cultural do crime

2-) Uma breve genealogia do “outro” criminoso


a-) O pensamento criminológico: antecedentes e formação
b-) A recepção da criminologia europeia na América Latina
c-) “Tratar desigualmente os desiguais”: a criminologia no Brasil

3-) Construções do cárcere: a prisão como projeto e objeto


a-) O surgimento da “penalogia” e as reformas penitenciárias
b-) As prisões como paradigma da modernidade na América Latina
c-) Sussurros que rompem o silêncio: a experiência dos presos
III - Bibliografia
ALVAREZ, Marcos César. Bacharéis, criminologistas e juristas – saber jurídico e
nova escola penal no Brasil. São Paulo: Método, 2003.
BARRENECHE, Osvaldo; OYHANDY, Angela (comp.). Leyes, justicias e
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BRETAS, Marcos Luiz. Ordem na cidade - o exercício da autoridade policial no
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CAIMARI, Lila. Mientras la ciudad duerme. Pistoleros, policías y periodistas en
Buenos Aires, 1920-1945. Buenos Aires: Siglo Veintiuno Editores, 2012.
CANCELLI, Elizabeth. Carandiru: a prisão, o psiquiatra e o preso. Brasília:
Editora Universidade de Brasília, 2005.
CANCELLI, Elizabeth. A cultura do crime e da lei. Brasília: Editora Universidade
de Brasília, 2001.
CARNEIRO, Deivy Ferreira; BRETAS, Marcos; ROSEMBERG, André (orgs.).
História, violência e criminalidade: reflexões temáticas e narrativas
regionais. Uberlândia: Edufu, 2015.
CARRARA, Sérgio. Crime e loucura - o aparecimento do manicômio judiciário
na passagem do século. Rio de Janeiro/São Paulo: Eduerj/Edusp, 1998.
CARRARA, Sérgio. Singularidade, igualdade e transcendência: um ensaio sobre o
significado social do crime. Revista Brasileira de Ciências Sociais, n. 16,
jun. 1991.
CHALHOUB, Sidney. Trabalho, lar e botequim: o cotidiano dos trabalhadores
no Rio de Janeiro da belle époque. São Paulo: Brasiliense, 1986.
CHRISTIE, Nils. A indústria do controle do crime: a caminho dos GULAGs em
estilo ocidental. Rio de Janeiro: Forense, 1998.
CORRÊA, Mariza. As ilusões da liberdade - a Escola Nina Rodrigues e a
antropologia no Brasil. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2013.
CORBIN, Alain; COURTINE, Jean-Jacques; VIGARELLO, Georges (orgs.).
História do corpo – As mutações do olhar. O século XX (vol. 3).
Petrópolis: Vozes, 2008.
CUNHA, Olívia Maria Gomes da. Intenção e gesto: pessoa, cor e a produção
cotidiana da (in)diferença no Rio de Janeiro, 1927-1942. Rio de Janeiro:
Arquivo Nacional, 2002.
DARMON, Pierre. Médicos e assassinos na Belle Époque. Rio de Janeiro: Paz e
Terra, 1991.
DEL OLMO, Rosa. A América Latina e sua criminologia. Rio de Janeiro: Revan ,
2004.
DI LISCIA, Maria Silvia; BOHOSLAVSKY, Ernesto (edits.). Instituciones y
formas de control social en America Latina 1840-1940: una revisión.
Buenos Aires: Prometeo Libros/Universidad Nacional de General Sarmiento,
2005.
DOUGLAS, Mary. Pureza e perigo: Ensaio sobre as noções de poluição e tabu.
Lisboa: Edições 70, 1991.
ELMIR, Claudio Pereira. A história devorada: no rastro dos crimes da rua do
Arvoredo. Porto Alegre: Escritos, 2004.
FAUSTO, Boris. Crime e cotidiano: a criminalidade em São Paulo (1889-1924).
São Paulo: Edusp, 2001.
FERLA, Luis. Feios, sujos e malvados sob medida: a utopia médica do
biodeterminismo, São Paulo (1920-1945). São Paulo: Alameda, 2009.
FOUCAULT, Michel. A sociedade punitiva. São Paulo: Martins Fontes, 2015.
FOUCAULT, Michel. Os anormais. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
FOUCAULT, Michel. Em defesa da sociedade. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: História da violência nas prisões.
Petrópolis: Vozes, 1987.
FRY, Peter; CARRARA, Sérgio. As vicissitudes do liberalismo no direito penal
brasileiro. Revista Brasileira de Ciências Sociais, vol. 2, n. 1, 1986.
GALEANO, Diego. Escritores, detectives y archivistas: la cultura policial en
Buenos Aires, 1821-1910. Buenos Aires: Teseo, 2009.
GAY, Peter. A experiência burguesa da rainha Vitória a Freud – O cultivo do
ódio (vol. 3). São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
GRILO, Antonio. Tocaia no Fórum: violência e modernidade. São Paulo: Edusc,
2012.
GRUNER, Clóvis. Paixões torpes, ambições sórdidas: transgressão, controle
social, cultura e sensibilidade moderna em Curitiba, fins do século XIX e
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Paraná, Curitiba, 2012.
HARRIS, Ruth. Assassinato e loucura: medicina, leis e sociedade no fin de siècle.
Rio de Janeiro: Rocco, 1993.
HERMAN, Arthur. A idéia de decadência na história Ocidental. Rio de Janeiro:
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HOLLOWAY, Thomas. Polícia no Rio de Janeiro: repressão e resistência numa
cidade do século XIX. Rio de Janeiro: Fundação Getulio Vargas, 1997.
HOOBLER, Dorothy; HOOBLER, Thomas. Os crimes de Paris: o roubo da Mona
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2013.
KALIFA, Dominique. Os lugares do crime: topografia criminal e imaginário social
em Paris no século XIX. Topoi, vol. 15, no 28, Jan./Jun. 2014.
KALIFA, Dominique. História, crime e cultura de massa. Topoi, vol. 13, no 25,
Jul./Dez. 2012.
IGNATIEFF, Michael. Instituições totais e classes trabalhadoras: um balanço
crítico. Revista Brasileira de História: Instituições. São Paulo:
ANPUH/Marco Zero, v. 7, n. 14, mar-ago. 1987.
MAIA, Clarissa; SÁ NETO, Flávio de; COSTA, Marcos; BRETAS, Marcos (orgs.).
História das prisões no Brasil. Rio de Janeiro: Rocco, 2009, 2 v.
MELOSSI, Dario; PAVARINI, Massimo. Cárcere e fábrica: as origens do
sistema penitenciário (séculos XVI-XIX). Rio de Janeiro: Revan/ICC, 2006.
MIRANDA, Marisa; SIERRA, Álvaro Girón (coord.). Cuerpo, biopolítica y
control social: América Latina y Europa en los siglos XIX y XX. Buenos
Aires: Siglo XXI/Editora Iberoamericana, 2009.
PALACIO, Juan Manuel; CANDIOTI, Magdalena (comp.). Justicia, política y
derechos en América Latina. Buenos Aires: Prometeo Libros: 2001.
PALACIOS, Cristián; LEYTON, César (edits.). Industria del delito: historias de
las ciencias criminológicas en Chile. Santiago: Ocho Libros, 2014.
PEDROSO, Célia Regina. Os signos da opressão: história e violência nas prisões
brasileiras. São Paulo: Arquivo do Estado/Imprensa Oficial do Estado, 2002.
PERROT, Michelle. Os excluídos da história: operários, mulheres, prisioneiros.
Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988.
PESAVENTO, Sandra. Visões do cárcere. Porto Alegre: Zouk, 2009.
PESAVENTO, Sandra. Os sete pecados da capital. São Paulo: Hucitec, 2008.
PESAVENTO, Sandra; GAYOL, Sandra (orgs.). Sociabilidades, justiças e
violências: práticas e representações culturais no Cone Sul (séculos XIX
e XX). Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2008.
RAUTER, Cristina. Criminologia e subjetividade no Brasil. Rio de Janeiro:
Revan, 2003.
Revista História: Questões & Debates: dossiê “História cultural do crime”, vol.
64, no 1 (2016).
SALLA, Fernando. As prisões em São Paulo (1822-1940). São Paulo:
Annablume/Fapesp, 1999.
SANT’ANNA, Marilene Antunes. A imaginação do castigo: discursos e práticas
sobre a Casa de Correção do Rio de Janeiro. Tese de doutorado em
História (UFRJ), 2010.
SCHWARCZ, Lilia Moritz. O espetáculo das raças: cientistas, instituições e
questão racial no Brasil, 1870-1930. São Paulo: Companhia das Letras,
1993.
SILVA, Tomaz Tadeu (org.). O Panóptico. Belo Horizonte, Autêntica, 2000.
SYKES, Gresham M. Crime e sociedade. Rio de Janeiro: Edições Bloch, 1969.
THOMPSON, Augusto. A questão penitenciária. Rio de Janeiro: Forense, 1980.
WADI, Yonissa Marmitt. A história de Pierina: subjetividade, crime e loucura.
Uberlândia: Edufu, 2009.

IV – Metodologia de aula
Os encontros serão desenvolvidos por meio de aulas expositivas e apresentação e
discussão dos textos elencados, a serem combinados e distribuídos com os alunos, e
análise de fontes.
V – Avaliação
a-) Deverão ser confeccionados trabalhados de sistematização de leitura das três
unidades da disciplina. Estes trabalhos poderão ser escritos em dupla e entregues em
datas previamente combinadas. Eles deverão ter no máximo seis laudas e recuperar:
ideia e argumentos centrais, fontes utilizadas (se houver), as confluências com
campos distintos de conhecimento e o debate historiográfico.
Objetos de avaliação:
Serão avaliados: redação do texto segundo as normas acadêmicas e gramaticais,
domínio sobre as abordagens estudadas, capacidade de estabelecer relações entre os
autores estudados. Cada relatório valerá no máximo 20 pontos.

b-) Entrega de um plano de aula para o ensino básico, articulando os conteúdos e


textos da disciplina a fontes/documentos e outros recursos didáticos.
Objetos de avaliação:
Serão avaliados: domínio do conteúdo, pertinência didática da proposta e coerência
na articulação entre discussão teórica e historiográfica e a proposta apresentada. Os
planos de aula serão individuais e valerão no máximo 40 pontos.

c-) Avaliação escrita: será realizada uma avaliação ao final do semestre, individual e
sem consulta, a textos previamente selecionados.
Objetos de avaliação:
Serão avaliados: domínio do conteúdo selecionado, idéia central dos textos,
capacidade de estabelecer relações entre os autores estudados e as confluências com
campos distintos de conhecimento. A avaliação valerá no máximo 100 pontos.

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