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Brasília-DF.
Elaboração
Produção
APRESENTAÇÃO.................................................................................................................................. 4
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 7
UNIDADE I
INTRODUÇÃO........................................................................................................................................ 9
CAPÍTULO 1
DIREITO ADUANEIRO E PRINCIPAIS ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS QUE REGEM O
COMÉRCIO INTERNACIONAL.................................................................................................... 9
CAPÍTULO 2
PRINCIPAIS TRATADOS INTERNACIONAIS................................................................................... 14
UNIDADE II
SISTEMÁTICA DE IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO.................................................................................... 31
CAPÍTULO 1
ATIVIDADES DE IMPORTAÇÃO E DE EXPORTAÇÃO E DESPACHO ADUANEIRO
DE MERCADORIAS.................................................................................................................. 31
UNIDADE III
INTRODUÇÃO ÀS POLÍTICAS DE COMÉRCIO EXTERIOR.......................................................................... 40
CAPÍTULO 1
INCOTERMS............................................................................................................................ 40
CAPÍTULO 2
DEFESA COMERCIAL............................................................................................................... 46
UNIDADE IV
LEGISLAÇÃO ADUANEIRA E TRIBUTÁRIA.................................................................................................. 53
CAPÍTULO 1
TRATAMENTO TRIBUTÁRIO DAS EXPORTAÇÕES E IMPORTAÇÕES ............................................... 53
CAPÍTULO 2
REGIMES ADUANEIROS ESPECIAIS............................................................................................ 57
REFERÊNCIAS................................................................................................................................... 83
Apresentação
Caro aluno
Conselho Editorial
4
Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
A seguir, uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos Cadernos de
Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Praticando
5
Atenção
Saiba mais
Sintetizando
6
Introdução
A globalização da economia exigiu, e ainda exige, das empresas melhorias contínuas
em seus produtos e processos. Além disso, a globalização propiciou maior abertura dos
mercados e maior dinâmica e competitividade nas negociações internacionais entre
países e empresas sediadas em seus territórios.
Nesse contexto, o presente trabalho tem como objetivo apresentar ao aluno as etapas
que envolvem os processos de Comércio Exterior. Pretende-se destacar informações
sobre as organizações internacionais que regulam o Comércio Internacional, bem como
os principais tratados e acordos.
Objetivos
»» Apresentar aos alunos as etapas que envolvem os processos de comércio
exterior.
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INTRODUÇÃO UNIDADE I
CAPÍTULO 1
Direito aduaneiro e principais
organizações internacionais que regem
o comércio internacional
GATT é a sigla para General Agreement on Tariffs and Trade (significado em português:
“Acordo Geral de Tarifas e Comércio”), e corresponde a uma série de acordos de
comércio internacional destinados a promover a redução de obstáculos nas negociações
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UNIDADE I │ INTRODUÇÃO
O GATT configura, de fato, como o resultado da falta de êxito nas negociações entre os
países para formar a Organização Internacional de Comércio (a futura OMC). Essa falta de
êxito deve-se, em grande parte, aos Estados Unidos, cujos líderes não tinham interesse em
criar uma organização que inibisse o enorme e importante fluxo comercial internacional
que ajudava a economia norte-americana a obter resultados positivos constantes. A
Organização Internacional de Comércio deveria ser o terceiro pilar da administração da
economia e comércio mundiais, funcionando em conjunto com o FMI e o Banco Mundial.
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Nesse âmbito, a OMC surgiu com as atribuições de gerenciar os acordos multilaterais
e plurilaterais de comércio sobre serviços, bens e direitos de propriedade intelectual
comercial, além de servir de fórum para a resolução das diferenças comerciais e
para as negociações sobre novas questões. Ficou estabelecido, também, que a OMC
supervisionaria as políticas comerciais dos países e trabalharia junto ao Banco Mundial
e ao FMI (Fundo Monetário Internacional) na adoção de políticas econômicas em
nível mundial.
Fonte: <http://veja.abril.com.br/170310/imagens/economia5.jpg>.
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UNIDADE I │ INTRODUÇÃO
O Órgão de Revisão de Política Comercial foi criado, tendo-se como intuito a verificação
periódica das políticas de cada membro da OMC. Nesse âmbito, esse órgão tem como objetivo
confrontar a legislação e a prática comercial dos membros da OMC, considerando-se as
regras estabelecidas nos acordos. Além disso, ela fornece a seus membros uma visão global
acerca da política seguida por cada país, baseando-se no princípio da transparência.
O Conselho Geral constitui o corpo diretor da OMC. Ele é composto por representantes
de todos os seus membros, os quais devem se reunir quando apropriado.
Além dos órgãos já destacados, as atividades da OMC são desenvolvidas com o apoio de
30 comitês ou grupos de trabalho, os quais são subordinados aos conselhos. A figura 2
mostra um organograma simplificado da OMC.
Conferência
Ministerial
12
INTRODUÇÃO │ UNIDADE I
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CAPÍTULO 2
Principais tratados internacionais
Nesse âmbito, o objetivo dos Estados Unidos é instituir um bloco do qual todos os países,
salvo Cuba, seriam integrantes. Com a implantação desse bloco, seria possível o fluxo de
mercadorias entre seus integrantes, com baixas tarifas alfandegárias, que seriam extintas
posteriormente, facilitando o comércio e a movimentação de bens e capitais.
Os Estados Unidos focam apenas nas relações comerciais e financeiras entre os países
membros. Outros aspectos como a agenda de imigração entre esses países fogem do
escopo da ALCA.
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INTRODUÇÃO │ UNIDADE I
Nas negociações da Alca, têm ocorrido posições divergentes defendidas pelo Brasil e
pelos EUA. Os EUA defendem a implementação de um cronograma de liberalização
comercial mais abrangente e realizado de forma mais rápida. Para o Brasil e demais
países da América Latina a integração do comércio nas Américas deve ser mais lenta,
de forma a permitir ajustamentos nesses países frente à maior potência comercial do
mundo, os EUA. Como discutido por Abreu (1995), para o Brasil, a liberação de comércio
pela eliminação de tarifas poderia deixar a economia muito exposta à concorrência
internacional, enquanto os ganhos que o país poderia obter estariam relacionados com
o acesso a determinados mercados, como o de suco de laranja, os quais não sofreriam
redução satisfatória de barreiras por parte dos EUA no curto prazo.
Diante dessas questões, a negociação de uma área de tarifa zero estava programada
para começar em 2005. Para isso, muitos países já estão procurando fazer ajustes
nesta direção, reduzindo taxa de juros, impostos e tarifas, procurando melhorar a
competitividade de suas indústrias. A análise dos possíveis impactos advindos da Alca
auxilia no entendimento e na elaboração de recomendações quanto à este processo.
A teoria tarifária prevê que, para os países de pequenas economias, qualquer nível
tarifário tende a reduzir o bem-estar doméstico. Por outro lado, os países de grandes
economias podem ser melhorados com aplicações de tarifas, que gerariam aumentos
no bem-estar, quando a receita tarifária fosse maior do que as perdas sociais (tarifa
ótima) (HELPMAN; KRUGMAN, 1989).
A teoria de comércio internacional sugere que a formação de uma área de livre comércio
melhora o bem-estar da população do país se o volume total de comércio crescer em
todos os países do bloco, isto é, se a criação de comércio exceder o desvio de comércio
para países não membros. Haverá criação de comércio se o aumento do volume total
deste, dentro do bloco econômico, for maior que a redução do comércio com países não
membros. Vale ressaltar que não necessariamente o comércio entre os países do bloco
e fora dele deverá apresentar redução; caso ocorra aumento no fluxo comercial entre
eles, maior será o grau de criação de comércio.
Fonte: <http://www.lainsignia.org/imag2002/alca15.jpg>
BRICS
Em economia, BRICS é um acrônimo que se refere aos países membros fundadores
(Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), que juntos formam um grupo político
de cooperação. Em 14 de abril de 2011, segundo o Almanaque Abril (2001), o “S” foi
oficialmente adicionado à sigla BRIC para formar o BRICS, após a admissão da África
do Sul (em inglês: South Africa) ao grupo. Os membros fundadores e a África do Sul são
considerados em um estágio similar de mercado emergente, comumente denominado de
países emergentes, devido ao seu desenvolvimento econômico. É geralmente traduzido
como “os BRICS” ou “países BRICS”.
Apesar de o grupo ainda não ser um bloco econômico ou uma associação de comércio
formal, como no caso do Mercosul ou União Europeia, existem fortes indicadores de que
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INTRODUÇÃO │ UNIDADE I
os quatro países do BRIC têm procurado formar um “clube político” ou uma “aliança”, e
assim converter “seu crescente poder econômico em uma maior influência geopolítica.”
(FALCONBRIDGE, 2008) Desde 2009, os líderes do grupo realizam cúpulas anuais.
A sigla (originalmente “BRIC”) foi cunhada por Jim O’Neill em um estudo de 2001
intitulado “Building Better Global Economic BRICs”. Desde então, a sigla passou a
ser amplamente usada como um símbolo da mudança no poder econômico global,
distanciando-se das economias desenvolvidas do G7 (Grupo dos Setes Países Ricos) em
relação ao mundo em desenvolvimento.
De acordo com Lopes e Junior (2013), o México e a Coreia do Sul seriam os únicos outros
países comparáveis aos BRICS, mas suas economias foram inicialmente excluídas por
serem consideradas mais desenvolvidas, uma vez que já eram membros da Organização
para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico. As relações bilaterais entre os
países dos BRICS têm sido conduzidas principalmente com base nos princípios de não
interferência, igualdade e benefício mútuo
Para entender mais sobre o papel do BRICS recomendo a leitura do seguinte site:
<https://www.brasil247.com/pt/colunistas/marcelozero/188672/BRICS-a-
Geoestrat%C3%A9gia-por-tr%C3%A1s-da-Nova-Geoeconomia.htm>. Acesso em
13/07/2015
China
Segundo Baumann (2010), a política de abertura comercial da China foi realizada a
partir da gestação de dois distintos regimes de comércio. O primeiro deles, conhecido
como regime ordinário, concentrou-se somente nas empresas estatais autorizadas,
responsáveis por realizar o comércio exterior (Tradings Companies – TC) de um volume
pré-estabelecido de certos bens. A partir das reformas econômicas, lançadas pelo país
em 1978, o governo expandiu o número dessas companhias estatais autorizadas a
efetuar o comércio exterior, ao mesmo tempo em que descentralizou a criação dessas
empresas por outros órgãos públicos que não o governo central. Contudo, esse regime de
comércio continuou exclusivamente concentrado nas estatais que, em última instância,
estavam plenamente submetidas ao planejamento central imposto pelo Estado chinês.
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UNIDADE I │ INTRODUÇÃO
Apesar do avanço no sentido da descentralização ter ocorrido nos dois regimes, as políticas
de comércio impostas a cada um deles esteve longe de ser a mesma, fazendo com que
o comércio internacional chinês pudesse ser entendido sob duas perspectivas. Segundo
Baumman (2010), o regime de promoção de exportações foi estabelecido com as ZEE,
que baseia-se no processamento de importações com empresas locais contratadas por
empresas estrangeiras ou com empresas com participação estrangeira com autonomia de
exportação; as empresas que não se encontram sob o regime das ZEE, subordinam-se à
política chinesa de comércio exterior, fortemente protecionista, dirigida simultaneamente
para as exportações e para o desenvolvimento do mercado interno.
Assim, no caso desse último regime, ao lado da liberalização quase completa das
importações, já em meados da década de 1980 foram estipulados incentivos fiscais para
promover a participação das FIE no setor exportador chinês, principalmente naqueles
mais intensivos em tecnologia. Uma corporação estrangeira que se estabelecesse no
mercado chinês no setor de tecnologia poderia conseguir isenção do imposto de renda
em até dois anos. Adicionalmente, em 1986 passou a vigorar lei que protegia os lucros
das empresas estrangeiras, mesmo quando elas ingressavam no mercado chinês sem
nenhuma associação com empresas locais. Por sua vez, o governo chinês também podia
fornecer apoio financeiro para as FIE (Foreign Investiment Exchang – Investimento
Direto Estrangeiro), para o que foi criada uma nova regulamentação possibilitando a
essas empresas, no caso de reinvestirem seu lucro na China, terem acesso a uma linha
específica de crédito a taxas de juros mais baixas (BAUMANN, 2010).
Além disso, nesse mesmo período, os investidores estrangeiros receberam subsídios fiscais
e financeiros para formar aquelas parcerias com cooperativas locais (principalmente as
recém-criadas como TVE – Township & Village Enterprises). A associação com esse
tipo de companhia era extremamente conveniente para as FIE, em especial de países
vizinhos à China, uma vez que lhes permitia contar com vantagens tributárias regionais
e o acesso a um mercado de trabalho mais flexível e com salários mais baixos e, com isso,
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INTRODUÇÃO │ UNIDADE I
Num segundo momento, esse sistema de licenciamentos foi sendo substituído de modo
progressivo por um quadro de restrições baseado num conjunto de listas, tanto negativas,
abarcando itens cuja negociação somente poderia ser levada a cabo por empresas
determinadas, como positivas, nas quais grupos de produtos – não especificados nas
listas negativas – também só teriam a permissão de serem negociados por certas firmas.
As restrições ao comércio, nesse regime, se manifestaram não somente na introdução
de tais listas, mas também nas elevadas tarifas de importação e, principalmente, na
imposição de maiores barreiras não tarifárias ao comércio internacional, que se
mantiveram num nível muito elevado até a década de 1990. Entre 1980 e 1992, por
exemplo, a média ponderada das tarifas de importação para bens manufaturados
cresceu de 36,6% para 46,5%.
Entre 1996 e 2001, o ritmo das minorações tarifárias foi bem lento, fazendo com que
o padrão de tarifas aplicado aos bens importados se mantivesse relativamente alto
em comparação a grande parte dos outros países. A diminuição das tarifas de bens
manufaturados, por exemplo, foi da ordem de sete pontos percentuais chegando ao valor de
16,2% em 2001. No entanto, desde então, essa diminuição se acelerou significativamente,
tanto para bens agrícolas quanto para bens manufaturados, permitindo que, em 2007, o
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INTRODUÇÃO │ UNIDADE I
nível geral de tarifas se situasse em 6,8%. Além disso, também se observou a queda do
valor da tarifa máxima permitida. Assim, entre 2001 e 2002 o pico tarifário para todos os
bens caiu de 121,6% para 71%.
Brasil
Antes mesmo da inauguração do Plano Real, entre 1991 e 1993, as políticas de
liberalização do comércio internacional levadas a cabo no Brasil faziam com que já se
pudesse observar um rápido movimento de eliminação da estrutura de proteção da
indústria por meio da redução de barreiras tarifárias e não tarifárias de importação.
1994, valores máximos de 40%. Nesse processo, o governo brasileiro não estabeleceu
nenhuma regra ou critério de diferenciação entre os setores industriais (exceto alguns
setores de alta tecnologia enquadrados no Programa de Competitividade Industrial)
afetados pela abertura, ou seja, a política de minoração das tarifas foi horizontal, sem
priorizar ou proteger setores específicos da indústria.
Embora esse adiantamento tivesse permitido que, no caso daquelas reduções mais
acentuadas, como automóveis, eletroeletrônicos de consumo e química fina, fosse
estabelecida uma Lista de Exceção Nacional do Mercosul, o governo brasileiro somente
veio a utilizar esse mecanismo em 1995. Foi ainda instaurado “um regime de tributação
simplificada para as remessas postais dos bens para uso próprio”, que se traduziu
em proteção negativa para os produtos nacionais, pois os níveis tarifários praticados
internamente se tornaram superiores àqueles praticados externamente.
A política tarifária, apoiada pela âncora cambial que mantinha o Real extremamente
apreciado, traduziu-se na forte expansão das importações que alimentou um crescente
déficit comercial e conduziu à rápida deterioração das contas externas. Com a crise
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INTRODUÇÃO │ UNIDADE I
do México do final de 1994 e a consequente fuga de capitais, cuja entrada vinha até
então sendo responsável por manter o precário equilíbrio do balanço de pagamentos, o
governo iniciou uma política de reversão parcial do regime de tarifas.
Se, por um lado, procurou introduzir medidas para reduzir a expansão das importações,
pelo outro, a partir de 1996, o governo brasileiro também começou a dispor de instrumentos
capazes de impulsionar as exportações (BAUMANN, 2010). Nesse sentido, os benefícios
do regime drawback foram estendidos à exportação via terceiros, a Lei no 87/1996, que
determinava a isenção do ICMS sobre produtos primários e semimanufaturados, foi
aprovada e fez-se com que os regimes de Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC) e
de Adiantamento de Cambiais Entregues (ACE) se tornassem mais rentáveis.
A despeito das tímidas medidas para impedir o avanço das importações e para fomentar
as exportações, em linhas gerais, a política comercial do Brasil caminhou no sentido de
corroborar a estratégia de abertura no setor externo. As taxas de câmbio mantiveram-
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UNIDADE I │ INTRODUÇÃO
Todavia, devido à crise do balanço de pagamentos de 1999, que evidenciou o alto grau de
vulnerabilidade externa da economia brasileira, resultante dessa estratégia de abertura,
as políticas foram parcialmente modificadas. A partir de então, ainda que as políticas
de liberalização tivessem se mantido, principalmente no que se refere às importações,
o governo procurou realizar uma abertura mais prudente, viabilizando, também, o
desenvolvimento do setor exportador.
Em 2003, ocorreu o reajuste de todas as alíquotas, fazendo com que alguns produtos
tivessem suas tarifas ampliadas. Gasolina e álcool etílico para combustível, por exemplo,
desde esse ano, passaram a ter alíquotas de R$ 860,00 por m3 e R$ 37,20 por m3,
respectivamente, valores substancialmente maiores que os do período anterior.
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INTRODUÇÃO │ UNIDADE I
Índia
A estratégia de inserção externa indiana, formulada no início das reformas de 1991,
foi extremamente pragmática, caracterizada por mudanças graduais em setores
específicos (BAUMMAN, 2010). Nesse sentido, as políticas de abertura do comércio na
Índia combinaram incentivos à modernização e à proteção da estrutura produtiva local
mediante a atração de investimentos estrangeiros em tecnologia e a colocação de altas
barreiras para importar, com o fortalecimento do setor exportador.
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UNIDADE I │ INTRODUÇÃO
Todas essas ações do governo indiano fizeram com que ao longo dos anos de 1990,
as importações efetivamente se expandissem num ritmo controlado e inferior ao total
exportado. Contudo, o baixo crescimento e a pequena diversificação das exportações de
bens – mantendo a participação do país no comércio mundial estagnada – motivaram
o governo indiano a reestruturar sua política comercial por meio da liberalização das
importações e de novos instrumentos de fomento às exportações.
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INTRODUÇÃO │ UNIDADE I
A estratégia após 2002 era a de permitir o aumento das importações como forma de suportar
o crescimento do consumo interno. Além disso, essas importações poderiam acelerar a
expansão da competitividade da indústria local e apoiar o crescimento das exportações.
Nesse sentido, o governo formulou novo programa de comércio internacional, o New
Foreign Trade Policy (2004-2009), que seguiu o esquema de planejamento quinquenal,
cujo alvo principal era dobrar a participação do país nos fluxos globais de comércio de
bens até 2009, com crescimento médio de 20% a.a. nas exportações.
Dentre esses instrumentos, destacaram-se a redução mais rápida das barreiras tarifárias
e a eliminação das barreiras não tarifárias. Em relação a essas últimas, o governo
eliminou as licenças de importação para quase todos os setores.
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UNIDADE I │ INTRODUÇÃO
Para o setor de leite e laticínios, por exemplo, as tarifas médias no biênio 2001/2002,
que eram de 38%, caíram para 35% em 2005. Ou seja, ao contrário do período anterior,
quando as tarifas agrícolas foram mantidas e até aumentadas, nesse segundo momento
da abertura elas iniciaram pequena trajetória de queda.
No entanto, para a indústria, o nível de redução foi superior e mais acentuado. Em termos
gerais, os valores médios das tarifas desse setor passaram de 31,1% em 2001/2002 para
15,8% em 2005. Nesse período, as tarifas aplicadas em quase todos os subsetores industriais
apresentaram quedas vertiginosas, como o de máquinas e de equipamentos elétricos: em
2001/2002 a tarifa média, que era de 26,8%, caiu para menos da metade em 2005, 12,3%.
Não somente as tarifas médias da indústria como também as máximas, de modo geral,
apresentaram grande queda no período de 2001/2002 a 2005, e, possivelmente, atuaram
como um dos fatores responsáveis pela diminuição das tarifas médias.
Dentre os fatores que auxiliaram o crescimento das exportações, vale destacar, segundo
Baumman (2010), ainda no âmbito da New Foreign Trade Policy, a criação de três
novos programas de apoio ao setor exportador. O primeiro deles foi o Assistance to
States for Infrastructure Development of Exports (ASIDE) que, como sugere o próprio
nome, visou apoiar o desenvolvimento de infraestrutura para produção de bens cujo
destino era o mercado externo, mediante a construção de portos e rodovias, melhora
da oferta de energia e criação de novos parques industriais exclusivos para exportação.
O último foi o Towns of Export Excellence (TEE) que definiu regiões especializadas
na produção de bens mais complexos e na realização de testes de qualidade para as
exportações.
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INTRODUÇÃO │ UNIDADE I
Num segundo momento, depois de 2002, a despeito da alta proteção ainda existente
no comércio internacional indiano, houve nítido e progressivo movimento de abertura
comercial, liderado pelas importações. Desse modo, diferentemente do período anterior,
os instrumentos de política comercial dirigiram-se fortemente para apoiar a entrada
de bens importados, que passou a ser entendida como um caminho fundamental para
aumentar as exportações e a participação do país no comércio global.
Mercosul
Nos anos de 1990, houve o avanço da integração econômica, comercial e social entre
países envolvendo decisões que fogem do âmbito nacional, essas decisões eram tratadas
pelos líderes das nações integrantes a nível de blocos econômicos ou mercados comuns.
A União Europeia é um exemplo desse avanço.
Nesse novo cenário, em 1991, alguns países da América do Sul criaram o Mercosul como o
principal bloco econômico da América Latina, composto por Brasil, Argentina, Uruguai
e Paraguai e posteriormente por Venezuela que está em processo de adesão. Outros
países como Chile, Bolívia, Peru, Colômbia e Equador ingressaram como associados.
29
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO
das mercadorias importadas entre os países membros do bloco tiveram suas tarifas
eliminadas aumentando a circulação de bens entre os países. O comércio que em 1990
girava em torno de 4 bilhões de dólares e passou para 20 bilhões de dólares em 1998.
Dentro do bloco, havia tensões entre Brasil e Argentina, a qual esta última implantou
medidas protecionistas que afetou o Mercosul gerando uma incerteza quanto à sua
existência.
Porém, há a intenção de realizar uma nova etapa ou uma integração completa no bloco,
na qual todos os países membros deverão realizar uma abertura para a livre circulação
de bens, capitais e pessoas. Existe uma grande dificuldade para a realização dessa
medida que é a diferença econômica entre os países. Para solucionar tal dificuldade,
segundo Wagner Ferreira e Francisco (2015), devem ser criadas uma série de medidas
que garantam a equivalência entre os países.
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SISTEMÁTICA DE
IMPORTAÇÃO E UNIDADE II
EXPORTAÇÃO
CAPÍTULO 1
Atividades de importação e de
exportação e despacho aduaneiro
de mercadorias
A habilitação deve ser requerida pelo responsável legal da empresa por meio de
requerimento a ser preenchido e apresentado em qualquer unidade da RFB. As
especificações relativas às modalidades do procedimento de habilitação, bem como à
documentação necessária estão destacadas na Instrução Normativa RFB no 1.288, de
31 de agosto de 2012.
31
UNIDADE II │ SISTEMÁTICA DE IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO
Existem dois tipos de despacho: normal e antecipado. No que diz respeito ao despacho
normal, o registro da DI é efetuado após a chegada da mercadoria no recinto alfandegado
(zona primária ou secundária). No despacho antecipado, a DI poderá ser registrada
antes da descarga da mercadoria no recinto alfandegado (de modo de que conferência
documental possa ser agilizada), quando tratar-se de:
A Declaração de Importação deverá ser formulada pelo importador (ou por seu
representante legal) no Siscomex. No preenchimento, deverão ser fornecidas
informações gerais (referentes à operação de importação) e dados específicos sobre as
mercadorias nas adições (de cunho comercial, fiscal e cambial).
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SISTEMÁTICA DE IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO │ UNIDADE II
»» Importados por empresas, com ou sem cobertura cambial, com valor que
não ultrapasse USD 3.000,00 (ou valor equivalente em outra moeda).
DESPACHO DE EXPORTAÇÃO
VALIDAÇÃO: V
REGISTRO DE EXPORTAÇÃO - RE REGISTRO DE CRÉDITO - RC
• AUTOMÁTICA
• SECEX
• ÓRGÃOES
ANUENTES
SOLICITAÇÃO DE DESPACHO NO
DECLARAÇÃO DE EXPORTAÇÃO
ESTABELECIMENTO DO EXPORTADOS
SELEÇÃO PARAMETRIZADA
REDI REDI
CANAL LARANJA CANAL VERMELHO CANAL VERDE
RECEPÇÃO DE DOCUMENTOS
DISTRIBUIÇÃO DE DESPACHO
CONFERÊNCIA ADUANEIRA
INÍCIO DE TRÂNSITO
CONCLUSÃO DE TRANSITO
Fonte: <http://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/LegisAssunto/ComExt.htm>.
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SISTEMÁTICA DE IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO │ UNIDADE II
Transportador/Operador Portuário/
Controle Informatizado da Carga – Siscomex Carga/ Mantra
Depositário
Registro da DI Importador
Parametrização Sistema
Fiscal
(Bloqueia/ Distribuição Supervisor
Libera)
Conferência Aduaneira AFRB
Modalidades de Pagamento
Ao decidir por exportar ou importar um produto, deve-se, primeiramente, definir a forma
de pagamento para a negociação. A seguir, serão expostas as modalidades utilizadas nas
transações internacionais.
35
UNIDADE II │ SISTEMÁTICA DE IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO
É importante destacar que, no Brasil, o exportador deve sempre ficar atento aos prazos
para antecipação dos recursos e para o embarque da mercadoria, conforme estabelecido
pela legislação cambial.
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SISTEMÁTICA DE IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO │ UNIDADE II
Deve-se destacar que, normalmente, o prazo fornecido pelo fornecedor começa a ser
computado a partir da data de emissão da Commercial Invoice ou da data de emissão
do Conhecimento de Transporte (B/L), no caso de realização de embarque marítimo.
Com a realização do pagamento (no caso da cobrança à vista) ou aceite para posterior
pagamento (no caso da cobrança a prazo), o banco procede com a liberação dos documentos
originais e os disponibiliza ao importador. Deve-se lembrar, nesse caso, do fato de que o
importador necessitará dos documentos originais para o desembaraço das mercadorias.
A Carta de Crédito é a modalidade de pagamento que oferece maiores garantias tanto para
o vendedor quanto para o comprador. Trata-se de um crédito documentário emitido por
um banco (denominado de emitente) a pedido de um cliente importador (denominado
37
UNIDADE II │ SISTEMÁTICA DE IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO
38
SISTEMÁTICA DE IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO │ UNIDADE II
39
INTRODUÇÃO ÀS
POLÍTICAS DE COMÉRCIO UNIDADE III
EXTERIOR
CAPÍTULO 1
Incoterms
A primeira edição dos Incoterms foi elaborada e publicada em 1936, pela ICC
(International Chamber Of Commerce). Desde então, já foram realizadas sete revisões:
1953, 1967, 1976, 1980, 1990, 2000 e 2010. Essa última versão entrou em vigor no
dia 1o de janeiro de 2011. É importante ressaltar que a nova versão não revoga as
versões anteriores. Ela traz atualizações que se fizeram necessárias em decorrência das
evoluções tecnológicas e das melhorias ocorridas na infraestrutura mundial, as quais
tiveram e ainda têm um grande impacto nas operações de comércio exterior.
Desse modo, é primordial que conste, nos contratos de compra e venda, além do
Incoterm acordado, o ano da revisão que será utilizada para apuração dos custos e
riscos das operações.
41
UNIDADE III │ INTRODUÇÃO ÀS POLÍTICAS DE COMÉRCIO EXTERIOR
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INTRODUÇÃO ÀS POLÍTICAS DE COMÉRCIO EXTERIOR │ UNIDADE III
Desse modo, o vendedor deverá contratar e pagar o frete até o terminal de destino. O
vendedor também deverá contratar o seguro.
43
UNIDADE III │ INTRODUÇÃO ÀS POLÍTICAS DE COMÉRCIO EXTERIOR
Um bom domínio dos Incoterms é essencial para que o negociador possa incluir todos os
seus gastos nas transações em comércio exterior. É importante evidenciar que as regras
definidas pelos Incoterms são válidas somente entre os exportadores e importadores.
44
INTRODUÇÃO ÀS POLÍTICAS DE COMÉRCIO EXTERIOR │ UNIDADE III
Desse modo, elas não têm efeitos sobre as demais partes envolvidas no processo, tais
como: despachantes, seguradoras e transportadores.
FORMALIDADES ADUANEIRAS
FORMALIDADES ADUANEIRAS
RECEPÇÃO E DESCARGA
TRANSPORTE INTERNO
TRANSPORTE PRINCIPAL
TABELA DO CUSTO / RISCO DE ACORDO
TRANSPORTE INTERNO
COM O "INCOTERM" ACORDADO
IMPORTAÇÃO
EXPORTAÇÃO
SEGURO
destinatário)
CARGA
INCOTERMS 2010
Legenda:
Fonte: <http://www.alpiportugal.com/fich/userfiles/image/incoterms.jpg>.
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CAPÍTULO 2
Defesa comercial
A prática de dumping é verificada quando uma empresa exporta seus produtos com preço
inferior ao praticado por ela na venda de produtos similares em seu mercado interno.
»» não acionáveis.
46
INTRODUÇÃO ÀS POLÍTICAS DE COMÉRCIO EXTERIOR │ UNIDADE III
Fonte: <http://economia.terra.com.br/operacoes-cambiais/operacoes-empresariais/brasil-lidera-
a-lista-mundial-de-processos-contra-o-dumping,7014026dccb7f310VgnVCM20000099cceb0aRC
RD.html>.
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UNIDADE III │ INTRODUÇÃO ÀS POLÍTICAS DE COMÉRCIO EXTERIOR
Estrutura da CAMEX
»» Ministro da Fazenda.
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INTRODUÇÃO ÀS POLÍTICAS DE COMÉRCIO EXTERIOR │ UNIDADE III
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UNIDADE III │ INTRODUÇÃO ÀS POLÍTICAS DE COMÉRCIO EXTERIOR
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INTRODUÇÃO ÀS POLÍTICAS DE COMÉRCIO EXTERIOR │ UNIDADE III
»» Julga controvérsias.
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LEGISLAÇÃO ADUANEIRA UNIDADE IV
E TRIBUTÁRIA
CAPÍTULO 1
Tratamento tributário das exportações
e importações
Nas importações
Em janeiro de 1995, o Brasil adotou a Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), com
base no Sistema Harmonizado de Designação e Codificação de Mercadorias (SH).
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UNIDADE IV │ LEGISLAÇÃO ADUANEIRA E TRIBUTÁRIA
A NCM foi adotada em janeiro de 1995 pela Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai
e tem como base o SH (Sistema Harmonizado de Designação e Codificação de
Mercadorias). Por esse motivo existe a sigla NCM/SH.
Dos oito dígitos que compõem a NCM, os seis primeiros são classificações do
SH. Os dois últimos dígitos fazem parte das especificações próprias do Mercosul.
Fonte: <http://www.significados.com.br/ncm/>.
Uma pesquisa pelo código NCM 0102.10.10 permite determinar que se trata de:
»» 01 - Animais vivos.
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LEGISLAÇÃO ADUANEIRA E TRIBUTÁRIA │ UNIDADE IV
Em uma importação de produtos, devem ser pagos pelo importador os seguintes impostos:
»» II (Imposto de importação);
Os impostos em questão são calculados tomando-se como base o Valor Aduaneiro (VA)
da mercadoria. O Valor Aduaneiro é obtido a partir do seguinte cálculo:
É necessário ressaltar que, desde janeiro de 2013, vigora uma alíquota única de 4%,
em todos os estados brasileiros, na operação interestadual subsequente à respectiva
importação. Essa alíquota única incide sobre a primeira saída da mercadoria do
estabelecimento importador para outro estado da Federação, desde que a mercadoria
não tenha sido submetida a processo de industrialização ou, apesar de submetida à
industrialização, o conteúdo de importação seja superior a 40%.
Para melhor entendimento, segue nas tabelas 2 e 3 uma exemplificação do cálculo dos
impostos incidentes em um processo de importação.
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UNIDADE IV │ LEGISLAÇÃO ADUANEIRA E TRIBUTÁRIA
Em USD Em R$
Valor Mercadoria 70.680,00 204.972,00
Frete Internacional 2.000,00 5.800,00
Seguro 150,00 435,00
Capatazia 0,00 600,00
»» AFRMM: R$ 1.600,00
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CAPÍTULO 2
Regimes aduaneiros especiais
Admissão temporária
O regime em questão permite a entrada no país de mercadorias, sem cobertura cambial,
com finalidade específica e por um prazo determinado. Nesse caso, há suspensão
parcial ou total dos tributos aduaneiros que incidem no processo de importação, com o
compromisso da realização da reexportação. A análise e concessão desse regime são de
alçada da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) e da Receita Federal do Brasil (RFB).
As regulamentações desse regime estão destacadas na IN SRF no 285/2003.
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UNIDADE IV │ LEGISLAÇÃO ADUANEIRA E TRIBUTÁRIA
Drawback
Esse regime constitui um incentivo à exportação. Nesse caso, pode-se obter a suspensão,
isenção ou restituição dos tributos incidentes na importação de insumos a serem
utilizados em produtos destinados à exportação.
»» Regulamento Aduaneiro;
»» Decretos de Lei;
»» Instruções Normativas;
»» Portarias; e
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LEGISLAÇÃO ADUANEIRA E TRIBUTÁRIA │ UNIDADE IV
O Ato Concessório não pode ter falhas, por isso o beneficiário se organiza em suas áreas
operacionais como compras, produção e comércio exterior, porém na organização há
também muitas vantagens, sendo elas:
»» ganhos financeiros;
»» aumento da lucratividade;
»» organização de processos.
Drawback verde-amarelo
A partir de 1o de outubro de 2008, com base na Portaria Conjunta (Secretaria da Receita
Federal do Brasil – RFB e Secretaria de Comércio Exterior – SECEX), o beneficiário do
regime aduaneiro especial de drawback modalidade Suspensão obteve a ampliação na
aplicação desse incentivo fiscal à exportação, que passou a permitir que seu beneficiário,
além de importar com suspensão de tributos, passasse a adquirir insumos nacionais
no mercado interno, também com suspensão de tributos. Ou seja, estava normatizado
então, o “novo” drawback verde-amarelo.
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UNIDADE IV │ LEGISLAÇÃO ADUANEIRA E TRIBUTÁRIA
Fonte: <http://jornalcontabil.com.br/portal/?p=2323>.
Entreposto Aduaneiro
Na importação, o regime em questão propicia a armazenagem de mercadorias importadas,
com ou sem cobertura cambial, anteriormente ao processo de desembaraço aduaneiro,
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LEGISLAÇÃO ADUANEIRA E TRIBUTÁRIA │ UNIDADE IV
Seguem abaixo especificações sobre os bens que podem ser admitidos em entreposto:
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UNIDADE IV │ LEGISLAÇÃO ADUANEIRA E TRIBUTÁRIA
Trânsito Aduaneiro
O regime de Trânsito Aduaneiro constitui um benefício concedido a importadores
e exportadores. Esse regime permite o transporte de mercadorias de um recinto
alfandegado a outro para o desembaraço da carga, por meio dos modais aéreo
ou rodoviário. Normalmente ele é utilizado por importadores que optam por
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LEGISLAÇÃO ADUANEIRA E TRIBUTÁRIA │ UNIDADE IV
Para poder realizar essa operação, o importador/exportador precisa ser credenciado pela
Receita Federal para operar suas mercadorias sob o regime de trânsito, e a opção para o
regime Trânsito deve ser definida antes da chegada da carga na zona de desembaraço,
para que a operacionalização seja feita em tempo adequado e custos mínimos para
isso. O trânsito aduaneiro pode ser aplicado de acordo com o interesse e a necessidade
do beneficiário.
O valor da garantia deverá ser de 100% dos tributos médios suspensos e ser
suficiente, também, para cobrir as despesas ocorridas dentro de sua vigência,
mesmo que a sua execução seja efetuada após esse período. Aqui, é importante
informar que o percentual de garantia para cada transportador poderá ser
reduzido automaticamente pelo sistema, considerando os seguintes fatores:
tempo de estabelecimento da empresa, tempo de atuação como transportador
de trânsito aduaneiro, quantidade de trânsitos realizados nos últimos seis meses,
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LEGISLAÇÃO ADUANEIRA E TRIBUTÁRIA │ UNIDADE IV
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UNIDADE IV │ LEGISLAÇÃO ADUANEIRA E TRIBUTÁRIA
RECOF
Trata-se de um regime de entreposto industrial sob controle aduaneiro informatizado.
Nesse caso, permite-se que as empresas importem mercadorias, com ou sem cobertura
cambial, com suspensão dos tributos, sob controle aduaneiro informatizado.
RECOM
Trata-se de regime especial de importação de insumos destinados à industrialização
por encomenda de produtos classificados nas posições 8701 a 8705 da Nomenclatura
do Mercosul, com suspensão do IPI, do PIS e do Cofins.
Exportação Temporária
O regime em pauta permite a saída do país, com suspensão do imposto de exportação,
de mercadorias nacionais ou nacionalizadas, condicionadas à reexportação em prazo
determinado, no mesmo estado que foi exportada. O prazo de concessão é de um ano,
prorrogável por igual período.
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LEGISLAÇÃO ADUANEIRA E TRIBUTÁRIA │ UNIDADE IV
Esse regime permite a exportação de mercadoria nacional ou nacionalizada para que ela
seja submetida a processo de transformação, elaboração, beneficiamento ou montagem
no exterior. A análise e a concessão desse regime são de alçada do Ministério da Fazenda.
O prazo de concessão será definido, considerando-se o objetivo da exportação temporária.
Repetro
O Repetro é um regime aduaneiro especial possibilita a importação de bens destinados
às atividades de pesquisa e lavra de jazidas de gás natural e de petróleo com utilização
econômica. É gerado um ato da Secretaria da Receita Federal com a suspensão dos
impostos no caso de admissão temporária. Permite, ainda, a exportação de bens sem a
saída do território nacional.
Habilitação
O Repetro poderá ser utilizado por uma pessoa jurídica em regime de concessão ou
autorização. São quatro os tipos de contratos que podem ser estabelecidos com a detentora
da concessão:
1. afretamento;
2. aluguel;
3. arrendamento operacional;
4. empréstimo;
Vantagens:
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UNIDADE IV │ LEGISLAÇÃO ADUANEIRA E TRIBUTÁRIA
O Sistema Repetro
Para o beneficiário ser credenciado no regime é necessário que ele tenha o seu sistema
contábil de transações de dados para o monitoramento do regime a qual foram admitidos
determinados bens para autorização.
REPEX
Esse regime permite a importação de petróleo bruto e de seus derivados, com suspensão
dos tributos, visando à exportação no mesmo estado em que foram importados. A análise
e concessão de tal regime é da alçada da Secretaria da Receita Federal do Brasil. O prazo
é de noventa dias, prorrogável por igual período. Nesse caso, há controle aduaneiro de
entradas e de saídas, mediante processo informatizado.
Reporto
Loja Franca
Depósito Especial
Depósito Franco
Depósito Afiançado
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UNIDADE IV │ LEGISLAÇÃO ADUANEIRA E TRIBUTÁRIA
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LEGISLAÇÃO ADUANEIRA E TRIBUTÁRIA │ UNIDADE IV
»» Quarta fase: transcorre dos anos de 1991 a 1996. Nesse quinquênio, entrou
em vigor a nova política industrial de comércio exterior, já marcada pela
abertura da economia brasileira. O país todo passou a receber produtos
importados, com baixo preço por meio da redução do Imposto de
Importação, algo do qual só Manaus desfrutava. Era o Brasil que entrava
na era da globalização.
O prazo de vigência da ZFM foi prorrogado de 2013 para 2023, por meio
da Emenda Constitucional no 42, assinada pelo presidente Luiz Inácio
Lula da Silva, em dezembro de 2003.
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LEGISLAÇÃO ADUANEIRA E TRIBUTÁRIA │ UNIDADE IV
É uma significativa fonte de tributos para o Brasil. Banca em torno de 54% da arrecadação
da 2a Região Fiscal. Consta na parte histórica, a ZFM é caracterizada pela isenção
de alguns tributos. A União renuncia 75% do (IR) sobre a pessoa jurídica, inclusive
adicionais de empreendimentos classificados como prioritários para o desenvolvimento
regional, calculados com base no Lucro da Exploração; mas cobra a totalidade dos que
não estiverem acobertados com essa finalidade e, 15% restantes. O mesmo acontece
com a redução de até 88% do Imposto de Importação (II) sobre os insumos destinados
à industrialização; o que estiver fora do contexto é cobrado, mais os 12%. Apesar dessa
renúncia fiscal, há outro agente responsável por esse montante de arrecadação de
tributos federais é o principal tributo estadual (ICMS) repassado à União.
Espera-se, mesmo que resumidamente, ter demonstrado o quanto o modelo ZFM tem se
destacado no país. Contudo, na última década, os ganhos econômicos não se refletiram
na mesma medida em ganhos sociais. Manaus é um contrassenso, um dos municípios
que mais cresce, porém coexiste com um quadro de exclusão social agudo. Permanece
marcante a desigualdade.
73
UNIDADE IV │ LEGISLAÇÃO ADUANEIRA E TRIBUTÁRIA
Percebeu-se por meio dos dados disponibilizados pelos órgãos oficiais que as
autoridades públicas, precisamente em Manaus, não se converteram por inteiro ao
teor contido ao Estado Democrático de Direito, onde a pessoa humana é sujeito de
direitos. Os interesses econômicos têm se destacado no Amazonas. É sabido que,
no ano 2023, terminará o prazo de incidência dos incentivos fiscais, instrumento
jurídico mantenedor do atual modelo ZFM. Representantes do povo apresentaram
Proposta de Emenda a Constituição, com objetivo de prorrogar o vencimento desse
prêmio estatal.
Para atrair empresas era necessário conceder benefícios fiscais, como isenções
e desonerações tributárias, até a economia local se tornar competitiva. Mais de
cinco décadas depois, Manaus de fato se tornou um centro de grandes indústrias.
Inicialmente previstos para durar até 1997, eles primeiro foram esticados até
2013. Depois, até 2023. Agora o governo federal enviou ao Congresso uma
proposta de Emenda Constitucional para estender o regime por mais 50 anos,
até 2073.
Por que 50, e não 40 ou 60? O prazo foi anunciado pela presidente Dilma
Rousseff em 2011, numa viagem a Manaus. Procurada para responder à questão,
a assessoria da Presidência repassou a responsabilidade ao Ministério de
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Este, por sua vez, informou não saber o porquê do prazo. Caso a proposta vingue,
a Zona Franca somará, desde a fundação, mais de um século de proteção. Vale
a pena seguir com incentivos que, em troca de desenvolvimento, criaram na
região uma relação de dependência?
74
LEGISLAÇÃO ADUANEIRA E TRIBUTÁRIA │ UNIDADE IV
Ninguém está dizendo que o ideal seria eliminar de uma só vez os benefícios da
Zona Franca. A consequência mais provável seria a saída das indústrias, causando
desemprego num pedaço do país onde não há outra atividade econômica capaz
de absorver mão de obra.
“Sem os benefícios fiscais, não teríamos os empregos que temos hoje”, diz
Arthur Virgílio, prefeito de Manaus. “Antes de morrer de fome, as pessoas fariam
qualquer outra coisa para sobreviver, como derrubar a mata ou trabalhar para
o tráfico.”.
O ponto é outro. Não faz sentido renovar por mais meio século um pacote
de benefícios exatamente igual ao que até agora não criou as bases de uma
economia que se sustente com as próprias pernas.
“As políticas públicas devem ter custos e benefícios avaliados periodicamente”, diz
o economista Cláudio Frischtak, diretor da Inter.B Consultoria. “Só assim é possível
saber se os objetivos estão sendo alcançados ou se é preciso fazer mudanças. É um
absurdo estender os benefícios da Zona Franca sem uma revisão.”.
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UNIDADE IV │ LEGISLAÇÃO ADUANEIRA E TRIBUTÁRIA
Segundo ele, o governo tem de deixar claro que metas pretende alcançar e em
quanto tempo. Políticas públicas são feitas com dinheiro dos cidadãos e devem,
portanto, gerar ganhos para a sociedade.
Razão de existir
Uma das dificuldades para avaliar a Zona Franca é justamente saber para que
ela existe. Na década de 1960, havia pelo menos uma razão clara para incentivar
as empresas no Norte do Brasil. Na época, os militares temiam que os recursos
naturais disponíveis numa Amazônia isolada e despovoada despertassem a
cobiça dos estrangeiros – seu lema para a região era “Integrar para não entregar”.
“A migração foi provocada pelos empregos nas fábricas, cujos salários e benefícios
são geralmente melhores do que os oferecidos por outras atividades fora da
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LEGISLAÇÃO ADUANEIRA E TRIBUTÁRIA │ UNIDADE IV
Hoje, o frete de uma carga da China para Santos sai mais barato do que de
Manaus para o porto paulista. A avaliação racional da região também passa
pela exploração de ativos, como o gás natural da bacia do Solimões. Ali
poderia ser criado um polo gás-químico, com potencial para abastecer várias
empresas, incluindo as da Zona Franca, que importam plástico para fabricar
eletroeletrônicos.
A hora da renovação dos incentivos deveria ser um bom momento para uma
reflexão sobre o que a Zona Franca em particular e a Amazônia como um todo
precisam de fato para dar um salto de competitividade nos próximos anos.
Fonte: <http://exame.abril.com.br/revista-exame/edicoes/1057/noticias/cem-anos-de-
protecao>.
O regime aduaneiro especial das ZPE foi instituído no País pelo Decreto-Lei no 2.452,
de 29 de julho de 1988. Na época, esse instrumento legal autorizou o Poder Executivo a
77
UNIDADE IV │ LEGISLAÇÃO ADUANEIRA E TRIBUTÁRIA
criar ZPE por meio de edição de decreto presidencial. Para traçar a orientação da política
das ZPE, estabelecer requisitos, analisar propostas, dentre outras atividades, o normativo
criou o Conselho Nacional das Zonas de Processamento de Exportação (CZPE).
Em 2007, o referido Decreto-Lei foi revogado pela Lei no 11.508/2007, que manteve a
competência do Conselho para definir as normas, os procedimentos e os parâmetros
do programa, segundo os quais os agentes envolvidos devem balizar suas ações. Para
regulamentar a Lei no 11.508/2007 foram publicados o Decreto no 6.634/2008, que
dispõe sobre o CZPE, e o no 6.814/2009, que dispõe sobre o regime tributário, cambial
e administrativo das ZPE.
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LEGISLAÇÃO ADUANEIRA E TRIBUTÁRIA │ UNIDADE IV
Paula Salati
Por terem um regime de incentivo fiscal, Zambon acredita que as ZPE podem
atrair, nos próximos anos, mais empresas para essas regiões e fomentar o
comércio exterior brasileiro. Para se estabelecer em uma ZPE, a indústria precisa
destinar 80% de sua produção para o mercado internacional, que fica suspensa
de tributação.
Segundo um estudo feito pelo MDIC, a instalação em uma ZPE chega a reduzir
em 60% os custos de produção. Saboia acrescenta que incentivos fiscais
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UNIDADE IV │ LEGISLAÇÃO ADUANEIRA E TRIBUTÁRIA
Apesar de ser um sistema atrativo, Saboia diz que o setor privado ainda tem
pouco conhecimento sobre essas regiões. Por isso, informa que o governo
tem atuado junto às associações de indústria e de agricultura para divulgar os
benefícios das ZPE. “As ZPE são uma forma das indústrias agregarem valor aos
seus produtos e poder competir com mais igualdade no mercado internacional”,
afirma o secretário.
Outra fonte de economia para a operação nas ZPEs decorre da melhoria logística
que permite a redução de custos e prazos do despacho aduaneiro. No caso
das importações, por exemplo, as mercadorias são transferidas, sob controle
aduaneiro, dos portos e aeroportos brasileiros para o interior da ZPE, onde
são armazenadas em recinto alfandegado e despachadas para consumo das
empresas ali instaladas. Nas exportações, as mercadorias das ZPEs chegam aos
portos, também sob controle aduaneiro, prontas para o embarque, reduzindo
o tempo de espera, desburocratizando as operações de comércio exterior, que
traz mais competitividade ao produto brasileiro.
Fonte: <http://www.abrazpe.org.br/index.php/noticias/1150-em-2016-zona-de-processamento-
de-exportacao-comeca-a-operar-no-pais>.
80
Para (não) finalizar
O texto abaixo destaca de que maneira os países da América Latina podem tirar
proveito da taxa de câmbio em alta para alavancar suas exportações, tornando-se mais
competitivos no mercado internacional.
Os países da região recebem em dólares por suas transações comerciais, e com a taxa de
câmbio mais alta as receitas ficam maiores. Por isso, há margem, inclusive, para baixar
o preço em dólares dos produtos, tornando-os mais competitivos, sem que deixem de
lucrar.
“No nível macroeconômico, convém à América Latina que o dólar continue subindo
porque torna suas exportações mais competitivas. Pode ajudar uma recuperação mais
rápida”, disse à AFP o economista da peruana Universidad del Pacífico, Jorge González
Izquierdo.
“E não só para as exportações, mas também para reduzir as importações, porque trazer
coisas de fora fica mais caro. Assim, se privilegiam produtos locais, favorecendo a
indústria nacional”, explicou André Leite, economista da TAG Investimentos, no Brasil.
Para analistas, o mais favorecido com essa situação pode ser o México, forte nas
exportações industriais em relação a seus vizinhos, que dependem mais da venda de
matérias-primas e cuja demanda é menor devido à desaceleração econômica mundial.
Em meio a um crescimento fraco, os Estados Unidos mantiveram por anos uma política
monetária expansiva, que se traduziu em taxas de juros baixas e mecanismos que
injetavam liquidez no mercado para estimular a economia.
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PARA (NÃO) FINALIZAR
Sua taxa de juros próxima de zero motivou os mercados a buscarem maior rentabilidade
em países com taxas mais altas que os mercados com economias mais sólidas, o que é
oferecido pelas nações latino-americanas. Com a presença de mais dólares no mercado,
seu preço caiu em favor das moedas de mercados emergentes.
No Brasil, o real caiu em março ao seu menor valor em 12 anos, a 3,29 dólares, por
causa de fatores externos e pela incerteza política no país. Embora a moeda tenha se
estabilizado, nos últimos dias, em torno dos 3 dólares, o mercado o vê a 3,20 caso o
Federal Reserve eleve sua taxa de juros.
Apesar de as moedas da América Latina terem se estabilizado nos últimos dias, depois
de uma eufórica reação dos mercados em janeiro e fevereiro, analistas esperam uma
nova depreciação no médio prazo, pressionado ainda mais pelo fraco crescimento na
região, que será de 1% em 2015 e de 2,1%, segundo a Cepal.
“O dólar continuará se valorizando porque todos estão olhando agora para os Estados
Unidos. A Europa vai demorar a elevar suas taxas, o Japão vai demorar a elevar suas
taxas e a América Latina está crescendo menos”, considerou Pedro Tuesta, economista
da consultoria 4CAST, em Washington.
No caso da Colômbia, com uma significativa exportação de petróleo, sua moeda sofreu
uma deterioração de quase 5% nesse ano, a 2.500 dólares. Há espaço para que caia
ainda mais, para 2.550 dólares.
82
Referências
BAUMANN, R. O Brasil e os demais BRICS: Comércio e Política. Disponível em:
<http://repositorio.cepal.org/bitstream/handle/11362/1396/S3821B823D2010_
pt.pdf?sequence=1>.
ROCHA, Paulo César Alves. Logística e Aduana. São Paulo: Ed. Aduaneiras, 2000.
Sites
<http://economia.terra.com.br/operacoes-cambiais/operacoes-empresariais/brasil-
lidera-a-lista-mundial-de-processos-contra-o-dumping,7014026dccb7f310VgnVCM2
0000099cceb0aRCRD.html>
<http://exame.abril.com.br/economia/noticias/america-latina-pode-aproveitar-
desvalorizacao-de-suas-moedas>
83
REFERÊNCIAS
<http://exame.abril.com.br/revista-exame/edicoes/1057/noticias/cem-anos-de-
protecao>
<http://images.slideplayer.com.br/3/387095/slides/slide_20.jpg>
<http://jornalcontabil.com.br/portal/?p=2323>
<http://www.abrazpe.org.br/index.php/noticias/1150-em-2016-zona-de-
processamento-de-exportacao-comeca-a-operar-no-pais>
<http://www.alpiportugal.com/fich/userfiles/image/incoterms.jpg>
<http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php/?n_link=revista_artigos_
leitura&artigo_id=13033&revista_caderno=26>
<http://www.bcb.com.br>
<https://www.brasil247.com/pt/colunistas/marcelozero/188672/BRICS-a-
Geoestrat%C3%A9gia-por-tr%C3%A1s-da-Nova-Geoeconomia.htm>
<http://www.camex.gov.br/conteudo/exibe/area/1/menu/77/CAMEX%20-%20
%C3%81reas%20de%20Atua%C3%A7%C3%A3o>
<http://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/>
<http://www.mercosul.gov.br/>
<http://www.mdic.gov.br>
<http://www.mre.gov.br>
<http://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/LegisAssunto/ComExt.htm>
<http://www.significados.com.br/ncm/>
<http://www.srf.gov.br>
<http://www.suframa.gov.br>
<http://veja.abril.com.br/170310/imagens/economia5.jpg>
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