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Índice.................................................................................................................................3
Introdução..........................................................................................................................4
Objetivos............................................................................................................................4
Conclusão........................................................................................................................15
Referências Bibliográficas...............................................................................................17
Legislação....................................................................................................................17
Introdução
No presente trabalho
Objetivos
Geral:
Específicos
Metodologia de Pesquisa
Capitulo I - O Objecto do processo penal
1.1 Generalidades
No que concerne ao objecto do processo penal, este tem a ver com a matéria ou factos
concretos criminalmente censuráveis e em princípio devem constar da acusação e da
pronúncia.
Nestes termos, cabe ao Ministério Público a determinação dos factos que constituem
matéria para acusação e pronúncia ou seja do objecto do processo penal para que se dê
oportunidade a quem seja o visado oferecer a conveniente defesa.
Disto resulta que a sentença final, salvo casos excepcionais que a lei expressamente
prevê, só pode condenar por factos constantes do despacho de pronúncia ou equivalente.
É o que dispõe o art. 447 do CPP: “O tribunal poderá condenar por infracção diversa
daquela por que o réu foi acusado, ainda que seja mais grave, desde que os seus
elementos constitutivos sejam factos que constem do despacho de pronúncia ou
equivalente”.
No comentário a este preceito legal, Beleza dos Santos escreve: “Este limite imposto ao
tribunal de julgamento representa uma justa garantia para o réu e tem uma justificação
fácil de ver. O réu não deve ser surpreendido por uma imputação de factos feita na
audiência de julgamento e tomada em consideração na sentença, quando por tais factos
não foi anteriormente pronunciado e não pôde, por isso, organizar e deduzir a sua defesa
a tal respeito, oferecer e produzir a respectiva prova, com os prazos devidos. A lei
ordena a notificação do despacho de pronúncia ou equivalente ao réu, sob pena de
nulidade (…) precisamente para que ele possa ter conhecimento dos factos que lhe são
imputados e com tempo necessário prepare a sua defesa. Por isso, haveria uma flagrante
incoerência e um manifesto contrário senso na lei se ela permitisse que o réu fosse
condenado por factos diversos daqueles que constassem da acusação de que foi
notificado e de que lhe deram cópia, por factos que ele desconhecia e que viriam a ser
imputados na audiência de julgamento e na sentença”.
Pode, pois, concluir-se que o objecto do processo penal é o facto (ou comportamento
humano) concreto, na sua existência real, que importa averiguar e cuja verificação é
pressuposto da aplicação da pena1.
1
- Ou, na definição de José da Costa Pimenta, “… é um conjunto de factos humanos, devidamente
situados no tempo e no espaço, que integram os pressupostos de que depende a aplicação ao seu autor de
uma pena ou medida segurança criminais” (in Introdução ao processo penal, Almedina, Coimbra, 1989,
pág. 22)
2
Sobre a distinção entre juízos de suspeita, de probabilidade e de certeza, a luz do Cavaleiro de Ferreira,
op. cit. págs. 33 e II Volume, pág. 283.
1.2 O Direito Processual Penal como parte do Direito Processual
O Dec. Lei 35007, através do seu art. 1°, acentua o carácter público da acção penal no
sentido de que o Estado é titular exclusivo da acusação penal, que exerce oficiosamente
por intermédio do M°P° (art. 16) ou, em casos particulares, (art 12) de outras entidades
oficiais, como as autoridades administrativas e outros organismos do Estado com
competência para a fiscalização de certa actividade ou da execução de regulamentos
especiais.
3
A LUZ DO art. 12, &1°, do Decreto-lei 35007, de 13 de Outubro de 1945.
De notar, porém, que este princípio da promoção oficiosa não se afirma sem limitações,
que podem ser de ordem legal ou de ordem jurisprudencial. São de ordem legal as
derivadas da existência de crimes semipúblicos e dos crimes particulares. As de ordem
jurisprudencial advêm do facto de se continuar a admitir amplamente a possibilidade de
os particulares assistentes acusarem por crimes públicos, mesmo nos casos em que o
M°P° se tenha abstido de acusar.
São crimes públicos aqueles em que o M°P° promove oficiosamente e por iniciativa
própria o processo penal e decide com plena autonomia – observando, porém,
estritamente o princípio da legalidade - da submissão ou não de uma infracção penal a
julgamento.
Crimes particulares, latu sensu, são aqueles em que a legitimidade do M°P° para por
eles acusar precisa de ser integrada por uma denúncia ou também por uma acusação
particular.
Para além destas razões, acresce, ainda, o princípio da legalidade, que vincula
estritamente o M°P° a dar acusação por todas as infracções cujos pressupostos considera
verificados.
a) O tribunal a quem cabe o julgamento não pode, por sua iniciativa, começar uma
investigação tendente ao esclarecimento de uma infracção e a determinação dos
seus sujeitos. Tal só pode ter lugar numa fase processual cuja iniciativa e
direcção caiba a uma entidade diferente;
b) A dedução da acusação é pressuposto de toda a actividade jurisdicional de
investigação, conhecimento e decisão. Ela afirma publicamente que sobre
alguém recai uma suspeita tão forte de responsabilidade por uma infracção, que
impõe uma decisão judicial; e, por consequência, a afirmação pública e solene
de que a comunidade jurídica chama um seu membro à responsabilidade;
4
Figueiredo Dias, op. cit. pág. 136 e segs.
c) A acusação define e fixa, perante o tribunal, o objecto do processo. Num
processo de tipo inquisitório puro, a cognição do tribunal poderia dirigir-se
indiscriminadamente a qualquer suspeita de infracção ou de infractor, mesmo
que aquela não tivesse nenhum reflexo no contexto da acusação (se esta
existisse). Segundo o princípio do acusatório, pelo contrário - e esta é, sem
dúvida a sua implicação mais relevante -, a actividade cognitiva e decisória do
tribunal está estritamente limitada pelo objecto da acusação (e da pronúncia). É a
este efeito que alguns autores chamam de vinculação temática do tribunal e é
nele que se consubstanciam os princípios da identidade, da unidade ou da
indivisibilidade e do objecto do processo penal, isto é, os princípios segundo os
quais o objecto do processo deve manter-se o mesmo desde a acusação ao
trânsito em julgado da sentença, deve ser conhecido e julgado na sua totalidade
(unitária e indivisivelmente) e deve considerar-se irrepetivelmente decidido.
Para que o Mistério Público possa cumprir o seu dever de objectividade, é necessário
que esteja assegurada a sua imparcialidade. Daí que os arts. 105 e 113 do CPP tenham
tornado extensivo aos agentes do MP o sistema de impedimentos e suspeições que
anteriormente vimos ser aplicável aos juízes.
Como órgão encarregado de promover a perseguição dos crimes e outras infracções à lei
penal, compete ao Ministério Público, em primeiro lugar, proceder à sua completa
investigação e ao seu possível esclarecimento.
Para lhe permitir a plena realização desta finalidade, a lei atribui-lhe a direcção da
instrução preparatória – art. 14 do Decreto-lei n° 35007. Esta regra geral sofre, no
entanto, algumas restrições constantes dos preceitos seguintes do mesmo diploma legal.
5
- E aparecem reafirmadas na Lei Orgânica da Procuradoria-geral da República – Lei n° 22/2007, de 1
de Agosto, nomeadamente no seu art. 2, n° 2.
1.3.2 Dedução da acusação e a sua representação em julgamento
A função do Ministério Público no que toca à acusação não se esgota, porém, na sua
dedução, mas abrange a sua representação em julgamento.
Esta forma de agir assume particular relevo e importância na fase das alegações orais
(arts. 467, 533, 539 e 559, in fine, do CPP), durante a qual deverá tomar posição, quer
sobre a questão-de facto, quer sobre a questão-de-direito.
6
- O que significa que essas autoridades realizam o acto processual correspondente à acusação – a luz do
Art. 543 e segs. do CPP. Para a forma de processo de transgressões, e art. 556 e segs. Para a forma de
processo sumário.
Conclusão
Segundo o artigo 341, do C.Civil, “as provas têm por função a demonstração da
realidade dos factos”. Demonstrar a veracidade dos factos e alcançar a certeza sobre os
mesmos factos.
A decisão judicial é objectivo a que o processo visa lograr em função de duas partes: a
verificação dos factos que condicionam a aplicação da lei e aplicação da lei. O
conhecimento profundo do campo jurídico é condição fundamental para se lograr uma
boa decisão ou sentença.
Para termos o juízo de certeza é necessário considerar duas realidades distintas: o juízo
lógico e o juízo histórico. Enquanto que o juízo lógico respeita á exactidão de um
raciocínio, de uma operação mental, conduz necessariamente a uma certeza absoluta. O
juízo histórico reporta-se á verificação de um facto e, por essa razão, pode não conduzir
a um resultado seguro. Não acarreta uma certeza absoluta, mas relativa, não uma certeza
7
TRINDADE, João e MONDLANE, Luís, ob.cit., página 18
objectiva, mas uma opinião que não está isenta de falhas. Concluindo-se que, por vezes,
do juízo histórico pode lograr, como resultado, a dúvida.
Enquanto que juízo histórico é um juízo real, tem por objectivo aquelas premissas, não
incide sobre uma relação abstracta, mas sobre uma realidade concreta.
Conclui-se que a prova não conduz à certeza absoluta e objectiva, Efectivamente ela não
está ao alcance dos meios inseguros de que o homem dispõe. A única meta possível é a
certeza subjectiva, a presunção da verdade, ou seja, a verdade relativa.
Referências Bibliográficas
Legislação