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Junção das palavras gregas oikos (casa) e logos (conhecimento, estudo), Epistemologicamente,
Ecologia significa o estudo do lugar onde se vive e das relações entre os organismos e o seu
ambiente.
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Em 1859, Charles Darwin publica "A Origem das Espécies" (do original, em inglês, On the Origin of
Species by Means of Natural Selection, or The Preservation of Favoured Races in the Struggle for
Life)
Pela palavra ecologia, queremos designar o conjunto de conhecimentos
relacionados com a economia da natureza - a investigação de todas as
relações entre o animal e seu ambiente orgânico e inorgânico, incluindo
suas relações, amistosas ou não, com as plantas e animais que tenham
com ele contato direto ou indireto, - numa palavra, ecologia é o estudo das
complexas inter-relações, chamadas por Darwin de condições da luta pela
vida. (HAECKEL, 1870)
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Pesquisadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais da UNICAMP e Professora
credenciada junto à Pós-Graduação em Ecologia da UNICAMP e da UFRJ. PhD em Ecologia pela
University of California, Davis, EUA (1989), Mestre em Biologia (Ecologia) pela UNICAMP (1984) e
Bacharel em Biologia (Ecologia) pela UFRJ (1981)
No ocidente, também LEFF (2001) fomenta a idéia que existe um saber ainda
não percebido na sua plenitude, que existe um saber da ordem ambiental, um saber
ecológico que se funde a consciência de seu meio, sobre suas propriedades,
manejos sustentáveis, formações simbólicas e sentidos de práticas sociais onde se
integrariam de forma a realizar um intercâmbio de saberes sobre o ambiente. E que
também é gerado por um processo de conscientização, de produção teórica e de
pesquisa científica.
Ainda ele, diz que a crise ambiental se tornou evidente no s anos 60,
refletindo-se na irracionalidade ecológica, padrões desregrados de consumo e taxas
irreais de crescimentos econômicos. Na reunião da ONU/Estocolmo4, em 1972,
foram levantados temas como limites da racionalidade econômica, desafios da
degradação ambiental e até uma proposta de projeto civilizatório da modernidade. E
20 anos depois, surgiu o discurso do desenvolvimento sustentável, na reunião da
ONU/ECO-925, no Rio de Janeiro.
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A Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, reunida em Estocolmo de 5 a
16 de junho de 1972, e, atenta à necessidade de um critério e de princípios comuns que ofereçam
aos povos do mundo inspiração e guia para preservar e melhorar o meio ambiente humano
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Os objetivos desta Convenção, a serem cumpridos de acordo com as disposições pertinentes, são a
conservação da diversidade biológica, a utilização sustentável de seus componentes e a repartição
justa e eqüitativa dos benefícios derivados da utilização dos recursos genéticos, mediante, inclusive,
o acesso adequado aos recursos genéticos e a transferência adequada de tecnologias pertinentes,
levando em conta todos os direitos sobre tais recursos e tecnologias, e mediante financiamento
adequado.
e potenciais da natureza e do social, saberes subjulgados e negados pela
racionalidade, simplificadora e unidimensional da modernidade até então.
LOVELOCK (2010) em seu livro Gaia: Alerta Final, no capítulo1, ele fala da
importância de termos ícones em nossas vidas. A cruz de Jesus Cristo e a
cimitarra6 por exemplo,e o maior deles todos é aquela imagem azul e branca da
Terra vista pela primeira vez no espaço pelos astronautas. E que tal ícone está
sofrendo uma mudança sutil, mas preocupante. E faz um alerta:
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é uma espada de lâmina curva mais larga na extremidade livre, com gume no lado convexo,
utilizada por certos povos orientais, tais como árabes, turcos e persas, especialmente pelos
guerreiros muçulmanos.
“Não se deixe enganar por calmarias na mudança climática quando a
temperatura global se mantém constante por alguns anos ou até quando, no
momento em que escrevo aqui do Reino Unido, em 2008, ela parece cair.
[...] Mas por mais improvável que às vezes pareça a mudança da Terra está
acontecendo e a Terra fica mais quente ano após ano.” (LOVELOCK, 2010,
p.17)
Até mesmo os cientistas diferem uns dos outros nas suas concepções do
que é Terra,embora atualmente, no ano 2000, seja maior o número de
cientistas que vêem a Terra como um todo. Entretanto, muitos deles só
concordam da boca pra fora a respeito de Gaia ou da coevolução, pois
ainda agem como se a Terra fosse uma bola de rocha branca, quente e
parcialmente fundida, com apenas uma pequena costa fria, umidecida pelos
oceanos. (LOVELOCK, 2006, P.178)
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O ideograma chinês Tao, que literalmente traduzido significa caminho, exprime o conceito filosófico
de Absoluto., internet, http://www.taoismo.org.br/stb/modules/dokuwiki/doku.php?id=start,acessado
em 20 de setembro de 2010.
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É um estudo sagrado e milenar, que vem encantando sábios e estudiosos de todos os tempos,
revelando os segredos que regem as transformações de tudo o que há no Universo. Internet,
http://www.taoismo.org.br/stb/modules/dokuwiki/doku.php?id=yi_jing, acessado em 20 de setembro
de 2010.
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Consiste no ensinamento de como superar o sofrimento e atingir o nirvana (estado total de paz e
plenitude) por meio da disciplina mental e de uma forma correta de vida. Também creêm na lei do
carma, segundo a qual, as ações de uma pessoa determinam sua condição na vida futura. A doutrina
é baseada nas Quatro Grandes Verdades de Buda. Internet, http://www.sepoangol.org/buda.htm,
acessado, em 20 de setembro de 2010.
um tipo de mundo, e alerta para o fenômeno do descuido, do descaso e do
abandono, numa palavra, da falta de cuidado.
BOFF(2008) segundo o autor, é pelo cuidado que o ser humano mantém suas
polaridades (Trans-cendência e ex-istência) unidas e faz delas material da
construção de sua existência neste planeta, e que o cuidado é cuidado essencial.
A relação entre nós seres humanos e a Terra é mais forte e profunda do que
possamos imaginar, ela toca no mais íntimo e quem sabe, no verdadeiro de nosso
ser. Jung, em seu livro civilização em transição (1993), revela como a psique poderia
ser entendida e diz que a mesma, seria como um sistema de adaptação
determinado pelas condições da terra..
Como nós ocidentais nada sabemos sobre a substância da alma e por isso
também não podemos afirmar se uma parte dela é de natureza mais
celestial e a outra mais terrena, temos que contentar-nos em falar de duas
maneiras diferentes de ver este complexo fenômeno que chamamos alma,
ou de dois aspectos sob os quais ela se apresenta. Ao invés de uma alma
celestial(shen), podemos considerá-la como um princípio criador, sem
causa; e ao invés de postular uma alma terrena(kwei), podemos considerá-
la como produto das causas e feitos. Retomando nossa questão inicial,
alma e terra, a última hipótese parece mais adequada, isto é, a psique seria
entendida como um sistema de adaptação determinado pelas condições
ambientais da terra.(JUNG, 1993, p.33)
Ainda neste livro, Jung levanta a questão a cerca do que é psique e decidi
fazer isso cuidadosamente, pois segundo ele a psique não pode ser considerada
apenas a fenômenos psíquicos exclusivamente ao consciente. E afirma que pode-se
pensar, sentir, lembrar e decidir a agir inconscientemente, e que acontece no
consciente também pode acontecer no inconsciente.
Jung em seu outro livro, Fundamentos de psicologia analítica, diz que não
pode haver elemento consciente sem que haja relação ou ponto de referência, o
ego. E o que não se relacionar com ele, não atingirá a consciência. E a partir destes
dados, ele definiu a consciência como a relação dos fatos psíquicos com o ego.
“Portanto, em minha concepção, o ego é uma espécie de complexo, o mais próximo
e valorizado que conhecemos. É sempre o centro de nossas atenções e de nossos
desejos, sendo o cerne indispensável da consciência.” (JUNG, 2007, p. 7).
Jung, como grande pesquisador, quis explicitar amplamente suas teorias que
para sua época foram revolucionárias e instigantes, e uma de suas preocupações e
objeto de profunda investigação era a condição do homem à Terra.
Jung, é bem enfático ao falar da psicologia arcaica, pois ele a considera mais
favorável, pois falar do homem civilizado seria uma tarefa difícil e ingrata,”[...] pois
quem se propõe a fazê-lo está limitado pelas mesmas hipóteses e é cegado pelos
preconceitos daqueles sobre os quais deveria fazer informações importantes”.(
JUNG, 1993, p. 53). E diz que ao falarmos do homem, falamos não só dos aspectos
físicos e anatômicos, pensamos em seu mundo psíquico-humano, sua consciência e
seu modo de viver neste planeta.