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  • FragmentosOrficos Trad - Gazzinelli UFMG

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    Fragmentos órficos. Trad. Gazzinelli

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    di 56
    2 pie Gabriele Guimardes Gazzinellt 4 : (Organizacéo e traducao} Eragmentos Onficos Uniertidoge Federal de Minos Gas TG: NEHIOKG es Nei Bn Sei Elina UES Bolo Horizonte Editora UFMG 2007 Ms eLas Dine Sa Na | | { i ——————————~_~ . -* Sumario nvoducio: ilogos ent 0 orn Hosaka anion ‘prosentagao do Pair de DE nee 35 / Papiro de Dever a7 ‘norezentagho do Papito de Guroh e- Papirode Carob sr | ayresentago das Laminas de Ouro anal | Laminas de Ouro. a E q -presentago das Pacas de O16 os 3 ° \ Piacas de Olbia. t | Notas. .seosseeson | afk anneal \ (nérodsigao Diilogos entre o orf ea flsnfa ening 1, Umma tradigo eserita screver sobre 05 6rficos ¢ orfismo & sempre uma qUesH20 delcada, ja que centezas 880 frages,fontes primaries, sass © etemualos, confRantes. Matas vezes ones 2 6 FDS pita: aéricos, biquicos e eleusinos se confunden! ‘Alem de se tratar de fenameno remota no tempo (acredltase ue rset centie oe séculos Vie il a.C., como religio de mister, 5645 rituals € vevelagbeseram ocuttados com muito elo «apens eR de una irivacao se podera ter asso a ees. Temes anda outs ditfculdade mn agura as fonkes: por wota dos séculos Ve 1M aC, alas iddias ai uate fica paras contr autondadeeartigiiade, Cor” «use asim uma protfca proucao de poss pseudo-epigricos venutdos 2 Orfeu,estendendo-se pelo ice da era crt entre oF neoplaronivos, Contudo, & pesquisa do orfisroe tem am trun: tala Se cde uma tradigao predominantemente esc, cujo Cobo ceanrico tcompreenderia poemnas leogonicas . Piscursos sagrads em vinte e qualzo rapsédias que conhecemos @ ela por autores neoplatOnicos, que os deifam de mancia & coer le com aeus proprins models cosmogtricgs. Reforcando ‘atese de que esses autores podem ter feito interpetagoes alegoricas, Jomethantes as Orficas, Brisson recolheu ei Pulao quato ine tretagbes ferenies do mito oro do desrbramento de Dono * Primeiramente, segundo uma iterpretacc estéka naturals, co mite de Dioniso Zagreu representaria 0 cultivo da vinha ¢ 2 fabucagio de vinho. © seu despedacamento aia a colts das, verre enquanto o seu cozimento, a prtiay corte de se feet 9 as des de mit-to 2 gua. J2.0 episod reconstibaedo de Dioniso a partir de seus restos apontans & capacidade regenerativa Jas winhas, que daar. novos frutos ePols de um ano (Diadoro 1 62,67). plutarco atribui aos estoicos também ume explicagao cosmo- Jogica do mesmo ito, Dianso, de nalore®® eterna, foi submetidoa ‘oma transformacao, reduzindo-se 8 wine mmirfade de pattes/formas feamo vento, Agua, tera, astros, Pants animais) que, reunidas, omporiam o cosmo Erm outras palava%: desmembramento dé Dioniso seria a diferenciagao do Universo enquanto 0 seu renasc: vento indicara © retorno do universo 2 UTE uunidade primordial pstarco propbe ainda outras duas exeeSe5) 0S metafisica outta moral, A metafisica, inspired 7 Timeu, compreende © “camembramento como a constituiede ¢3 ‘alma do mundo a partir de uma substancia indivsvel, de outs divisive e outra intermediaria, crn mistra das anteriores. Dessa Forney Dioniso despedacado vepresentaria a arma do mundo em tod partes do universo, Por Tee pintarco interpretou o ito moraimente, ilustrando 0 destino d& ima humana, que seta castigada © sues ‘tansmigracto, devido ‘0 sactilegio dos Titas rm outro campo fos0tico, Burkert aponks 8 cosmogoria fia come pano de fundo para a teora MIEN dos pitagoricns, iasinalando que a definigdo para 0 MUTED irs, “0 nsmero 401000, ‘o principio, meio ein”, retoma tyarammente urn verso orfica: "Z6U5 opeca, Zeus meio, de Zeus tudo & fet” (Papiro de Derveni col evi v. 12, Leis 7158) 228 Wogan Div cami Enire os neoplatoicos, a teria utiizadasno deciframento das cosmogonias consapradas amber semeter ao onismo. Em se nterpretagoes eles aplcam slg operadores presentes mas smogonias orficas: © movimento gerador do uno ao miliplo {quando Protogono nasce do OVO emicoy; a oposgao entre etados (aGierenciados (Abismo, reo, Note te Tartaro) ediferenciados (com ‘ mascimento de Er05, ov Fans © “atroducso 43 huz no cosmo: @ passage mitice d2 “qultincidade a unidade (quando 20%, engole Pretogono eiicorpora novarente@ omidad do cosmo); aidentficagao de divindades com o elemento que nelas prevalece (com Zeus com 0 ar, Papiro de Derver! Col vx, a representacao de fases Coomogoricas dfecentes través 08 ‘sucessdo teogonica (em que 2 Copa divindade recebe names diferentes ‘em momentos cistntos, Tomo Réia, Demeter, PerséFone) ‘Canntudo, estes conceitos SMples Seo desdobiados em intricados Sisto rmetafisicos. em que cada SFuindade se maniesta em pianos QNent (inteligivel, inteligivel- ‘nyelectivo, ntelectivel, WpercOsT”/CO, ripercosmico-encosmicd» meio), capostas em eas 10405, wrerades que extrapolam fem muito as identidades mals sirnples sugeridas pelos 6ricos portanto, interpretaoes alegerieas (0° TE proposto pelo aristagogo do Papiro ae Dervent) = siastraram pela wadigo fosonca, multas vezes revornande contextos orficas. A luz 2 mrmente descoberta do Papizo de erin © uso dessas técmieas Fe imterpretacao para se analisarem SSS ‘yersos articos parece se ear uma cantnuidade entre 0 orb ¢ a tradligao flosofica subsequente" meicos 27 V. Conclusao Talvez, o didlogo intenso entre o orfisma e a filosofia ant seja fruto de uma época ein que nao existiam fronteiras tao demas.

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