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1 - Um dos elementos religiosos que acabam por reforçar as rotas africanas de comérico foi:
a) aSharik que criou organização política em todas as regiões
b) a peregrinação a Meca, que criou entrepostos e trocas culturais
c) Dhimi que fortaleceu numerários dos governos
d) a Jihad pois a guerra santa aia novos reinos
e) as Mesquitas que criaram espaços singulares de troca aos nómades
4 - O rei tinha uma função de destaque social no reino (..) As insígnias e os objetos presentes no
relato acima demonstram que a realeza do Kongo detinha riqueza e prestígio. A figura do rei
representava, além do poder político, uma relação com as questões míticas, que explicavam a
origem e organização da sociedade bantu. Suas vestimentas e os adornos eram uma constante
representação de sua cosmovisão". Como pontuado pelo viajante português, Luca Caregnato, o
rei do Congo era uma figura central para o funcionamento da sociedade. Assinale a alternativa que
melhor explique essa importância.
a) Todas as alternativas anteriores.
b) O rei do Congo representava a figura do herói presente no mito fundador do reino.
c) O rei do Congo era detentor da cariapemba.
d) O rei do Congo tinha atributos divinizados e era conhecedor da técnica de metalurgia.
e) O rei do Congo era escolhidodentro uma das canda. simbolizando o rodízio de poder entre a nobreza do reino.
5 - O rio São Francisco, no Brasil, e o Nilo, na África, apesar de suas diferenças de extensão,
traçado e paisagenspercorridas, oferecem algumas sugestivas analogias geográficas. Isto ocorre
porque apresentam:
a) cursos típicos de planaltos com climas tropicais de estações alternadas, só atingindo cotas abaixo de200m em trechos
bem próximos da foz.
b) longos cursos permanentes de direção Sul-Norte, cortando zonas de climas quentes muito
contratantes,inclusive secos, alimentados por cabeceiras situadas em áreas úmidas.
c) trechos terminais fertilíssimos, em forma de grandes deltas intensivamente cultivados, situados emoceanos abertos.
d) médios e baixos cursos em zonas desérticas que se beneficiam com a regularidade de suas cheias,obtidas graças aos
grandes represamentos realizados nos altos cursos.
e) trechos terminais em forma de estuários, situados em regiões intertropicais secas, e nascentes em áreasequatoriais
úmidas.
8 - Napata foi uma cidade, na margem oeste do rio Nilo, cerca de 400 km ao norte de Cartum,
capital do atualSudão. Sobre a civilização Núbia, marque a resposta INCORRETA:
a) Em 1075 a.C, o Sumo Sacerdote de Amon em Tebas, capital do antigo Egito, tornou-se poderoso osuficiente para limitar o
poder do faraó somente sobre o Alto Egito. Este foi o início do Terceiro PeríodoIntermediário (1075 a.C-664 a.C). A
fragmentação do poder no Egito permitiu que os núbiosrecuperassem a autonomia. Eles fundaramum novo reino, Kush,
centrado em Napata;
b) Napata começou atingindo seu auge após Tantamani ter voltado da guerra contra os assírios. Suaeconomia era
essencialmente baseada no ouro. O Egito era um aliado econômico importante. Em 660aC, os Nubios começaram a
explorar ouro, inaugurando o a Idade do Ferro Africana;
c) Os núbios nunca se relacionaram com a civilização egípcia, preferindo negociar com os
hebreus eassírios.
d) Desde época das dinastias, os egípcios tinham sido interessados na Núbia, uma região muito rica emouro. Os egípcios
logo controlaram o comércio, de modo que o Egito se tornou uma potência imperialistana Núbia;
e) Em 750 a.C, Napata foi uma cidade desenvolvida, enquanto o Egito ainda estava sofrendo deinstabilidade política. O Rei
Kashta atacou o Alto Egito. Sua política foi seguida por seus suces-soresPiyeeShabaka (721-707 aC), que finalmente
trouxe todo o Vale do Nilo para o controle cushita no segundoano do seu reinado. Shabaka também lançou uma política
de construção de monumentos, no Egito eNúbia. Em geral, os reis de Kush governaram o Alto Egito durante cerca de um
século e todo o Egito porcerca de 57 anos;
11 - O deserto do Saara atua como barreira natural do continente africano, o que é possível
distinguir duas "Áfricas",ao mesmo tempo, distintas e interligadas. Sobre a existência dessas
duas Áfricas marque a alternativa correta:
a) Uma é conhecida como África Branca ou Saariana, por abranger o deserto do Saara e povoado porpessoas de pele
branca; a outra é conhecida como África Negra ou Subsaariana, por abranger toda aregião abaixo do Saara e povoado
por pessoas de pele negra.
b) Não devemos dividir a África desta forma sob o risco de criar um modelo ilusório de duas
divisõesdiversas, separadas, criando modelos que só enfraquecem o entendimento de África
sem traçar umacentralidade, mas entendendo as especificidades.
c) Uma é conhecida como África Oriental, por abranger a costa leste do continente; a outra é conhecidacomo África
Ocidental, por estar a oeste.
d) Uma é conhecida como África Mediterrânea, por seu litoral ser banhado por esse mar; a outra éconhecida como África
Setentrional, por compor a região norte.
e) Uma é conhecida como África Muçulmana, pela predominância da religião islâmica; a outra é conhecidacomo África
Cristã, pela importância da religião cristã.
12 - " Os barcos iam e voltavam de acordo com as monções: de dezembro a fins de fevereiro, no
inverno, elassopravam em direção norte-nordeste; e de abril a setembro, deslocam-se no rumo
inverso, partindo do sul-sudoeste. Mais para baixo, as viagens ao Extremo Oriente e a África eram
ajudadas pela corrente sul-equatorial, que percorre uma grande elipse no centro do Índico."
COSTA e SILVA, A. A Enxada e a Lança, p.307. Sobre a economia desenvolvida pelas cidades do
litoral Índico até meados do século XVI, é corretoafirmar que:
a) Embora estrategicamente localizadas, a principal atividade econômica dessas cidades era a agriculturade subsistência.
b) Tais cidades eram verdadeiros entrepostos na venda de africanos escravizados para o mundo Asiático.
c) Tais cidades eram verdadeiros entrepostos comerciais do comércio realizado no Oceano
Índico.
d) Tais cidades eram a porta de entrada do Império Monomotapa para o comércio feito com o OceanoÍndico.
e) Tais cidades eram dependentes do comércio feito entre o lado ocidental do continente a outra regiõesbanhadas pelo
Oceano Índico.
13 - Um dos elementos religiosos que acabam por reforçar as rotas africanas de comérico foi:
a) oDhimi que fortaleceu numerários dos governos
b) a Sharia, que criou organização política em todas as regiões
c) a peregrinação a Meca, que criou entrepostos e trocas culturais
d) a Jihad pois a guerra santa cria novos reinos
e) as Mesquitas que criaram espaços singulares de troca aos nômades
14 - Alberto da Costa e Silva ao discutir a expansão dos bantos, sinaliza que um dos grandes
motivos de sua vitória foi o desenvolvimento tecnológico. As duas leituras principais neste
sentido falam na:
a) A enxada, principal forma de agricultura e a picareta que permitiu grandes extrações de ouro.
b) as armas de fogo, desenvolvidas primeiro na África e o uso de fogo como arma desenvolvido no sul da África
c) o desenvolvimento da metalurgia e da alvenaria, construindo reinos sólidos.
d) força da organização das armas alcançado pelos bantos e as ferramentas destes grupos que
permitiu o desenvolvimento agrícola.
e) força das armas e o desenvolvimento da escrita em tabletes de argila.
17 - Audaghost
A conquista da cidade de Audaghost representa o máximo esplendor do Reino de Gana. Observe a
descrição dessa importante cidade africana, situada num oásis e importante entroncamento de rotas
comerciais pelo Deserto do Saara: "O rei de Audaghost é o soberano dos berberes do Saara Ocidental e
de vinte e três reis negros que lhe pagam tributo; seu império se estende sobre o equivalente a dois
meses de viagem de norte a sul e de leste a oeste. Conta com um exército de cem mil guerreiros
montados sobre camelos de raça. Possui muita importância como centro islâmico, pois é dotada de uma
mesquita-catedral e de numerosas mesquitas menores. O bem estar desta povoação, a formigar de
transações, rodeada de hortas, em que abundam os pepinos, as palmeiras e também uma grande
quantidade de figueiras, estabelece uma cortina de proteção contra o calor do deserto A criação de
carneiros e de bois é aí particularmente próspera. Por um simples mitkal (ouro em pó) podem-se comprar
pelo menos dez carneiros. Encontra se muito mel que vem do país dos negros. As gentes vivem
desafogadamente e possuem muitos bens. O seu mercado é sempre muito animado. A multidão é tão
densa, o calor tão forte, que mal se ouve o que o vizinho diz. As compras são pagas em ouro em pó, pois
não existe moeda de prata. Encontram-se belas construções e casas muito elegantes. A população é na
maioria berbere. A comida preparada pelas mulheres é deliciosa, e as moças da terra têm uma beleza
proverbial. " O reino africano de Gana era conhecido na língua soninque, povo dominante do país, como
Uagadu, que significa "O País dos Rebanhos." Marque a alternativa abaixo, retirada do texto acima, que
justifica o nome Uagadu:
a) Conta com um exército de cem mil guerreiros montados sobre camelos de raça.
b) Nenhuma das frases justifica claramente o nome do reino, uma vez que o conteúdo é político não econômico.
c) O rei de Audaghost é o soberano dos berberes do Saara Ocidental e de vinte e três reis negros que lhe pagam tributo.
d) A criação de carneiros e de bois é aí particularmente próspera. Por um simples mitkal (ouro em
pó) podem-se comprar pelo menos dez carneiros.
e) A comida preparada pelas mulheres é deliciosa, e as moças da terra têm uma beleza proverbial.
19 - A lei que obriga o início de África nas escolas é ainda parcial pois os professores não tem a
necessária formação caindo em generalidades como:
a) dão noções gerais, geográficas e curiosidades sem aprofundamento.
b) na verdade as escolas não dão África para não correr o risco de se confundir.
c) Ensinar sobre a linguística dos grupos africanos
d) discutir elementos genéricos, que falam de como o Europeu falou sobre a África
e) reduzir conteúdos a mostrar que existia escravidão na África, logo eles foram os culpados da sua mazela.
20 - Desde o tempo das Cruzadas, no século XII, circulavam histórias na Europa sobre um reino
fabuloso, para além do Egito, cujo monarca era cristão. Por meio de uma carta dirigida ao
imperador de Bizâncio, Manuel I, e depois ao imperador Frederico, o Barba Ruiva, Preste João
descrevia seu maravilhoso reino. Mel e leite fluíam por paragens lindíssimas, o rei concedia
proteção aos cristãos; a comunidade era rica, aberta e generosa, as refeições palacianas eram
servidas por reis, duques, condes e marqueses, que reuniam e divertiam diariamente 30 mil
comensais. A descrição começa enumerando a diversidade de pedras preciosas e medicinais que
cativavam a imaginação do europeu: esmeraldas, carbúnculo, safiras, topázios, crisólitos, ônix ¿
riquezas a disposição de um rei dadivoso. Não existiria império mais justo sob o céu, mais perfeito
e organizado, com mais ouro, prata e ametistas. Até os utensílios onde se consumiam as iguarias
eram de ouro. A autoridade do ei expressava-se por toda parte: na beleza beatifica da natureza; na
capacidade de o soberano proteger ou castigar; na posse de riquezas sem igual; na harmonia da
comunidade; na estabilidade da hierarquia. Prestes João era como a vitória do cristianismo sobre
o paganismo. Ainda segundo a lenda, Preste João dominava 72 reis, vestia-se com a pele de um
réptil que vivia no fogo e guerreava precedido por treze cruzes de ouro. É que o seu intuito era
atacar Jerusalém e eliminar os infiéis. Para os portugueses, a procura do rei cristão tornou-se,
juntamente com a ideia missionária e o ideal das Cruzadas, a justificativa religiosa para as viagens
dos descobrimentos. Ainda que não haja prova sobre Preste João, existiram reis importantes na
África, que inclusive resistiram ao domínio islâmico como:
a) Zimbábue
b) Magreb
c) Etiópia
d) Gana
e) Kongo
21 - A conversão do reino do Gana ao islamismo teve impactos importantes na organização do comércio
islâmico:
a) já que o ouro do Gana transforma os valores e a monetarização do mundo islâmico
b) já que como eram comunidades primitivas, cresceram e se organizaram pela civilização árabe
c) já que o litoral atlâncito passa a fazer parte importante deste espaço
d) já que o Gana ao se converter cria um novo formato de islamismo
e) já que se tornou o grande centro da religião islâmica na África.
Sobre as dinâmicas econômicas do Império do Mali, aponte quais alternativas estão corretas:
a) I e II
b) Apenas a III
c) Apenas a I
d) I e III
e) Apenas a IV
24 - O rio São Francisco, no Brasil, e o Nilo, na África, apesar de suas diferenças de extensão,
traçado e paisagens percorridas, oferecem algumas sugestivas analogias geográficas. Isto ocorre
porque apresentam:
a) trechos terminais em forma de estuários, situados em regiões intertropicais secas, e nascentes em áreasequatoriais
úmidas.
b) médios e baixos cursos em zonas desérticas que se beneficiam com a regularidade de suas cheias, obtidas graças aos
grandes represamentos realizados nos altos cursos.
c) trechos terminais fertilíssimos, em forma de grandes deltas intensivamente cultivados, situados em oceanos abertos.
d) cursos típicos de planaltos com climas tropicais de estações alternadas, só atingindo cotas abaixo de 200m em trechos
bem próximos da foz.
e) longos cursos permanentes de direção Sul-Norte, cortando zonas de climas quentes muito
contratantes, inclusive secos, alimentados por cabeceiras situadas em áreas úmidas.
25 - Desde o tempo das Cruzadas, no século XII, circulavam histórias na Europa sobre um reino fabuloso,
para além do Egito, cujo monarca era cristão. Por meio de uma carta dirigida ao imperador de Bizâncio,
Manuel I, e depois ao imperador Frederico, o Barba Ruiva, Preste João descrevia seu maravilhoso reino.
Mel e leite fluíam por paragens lindíssimas, o rei concedia proteção aos cristãos; a comunidade era rica,
aberta e generosa, as refeições palacianas eram servidas por reis, duques, condes e marqueses, que
reuniam e divertiam diariamente 30 mil comensais. A descrição começa enumerando a diversidade de
pedraspreciosasemedicinaisquecativavamaimaginação europeu: esmeraldas, carbúnculo, safiras,
topázios, crisólitos, ônix ¿ riquezas a disposição de um rei dadivoso. Não
existiriaimpériomaisjustosobocéu,maisperfeitoeorganizado,commaisouro,prataeametistas.Atéos utensílios
onde se consumiam as iguarias eram de ouro. A autoridade do ei expressava-se por toda parte: na beleza
beatificadanatureza;nacapacidadedeosoberanoprotegeroucastigar;napossederiquezassemigual;na
harmonia da comunidade; na estabilidade da hierarquia. Prestes João era como a vitória do cristianismo
sobre o paganismo. Ainda segundo a lenda, Preste João dominava 72 reis, vestia-se com a pele de um
réptil que vivia no fogo e guerreava precedido por treze cruzes de ouro. É que o seu intuito era atacar
Jerusalém e eliminar os infiéis.
Para os portugueses, a procura do rei cristão tornou-se, juntamente com a ideia missionária e o ideal das
Cruzadas, a justificativa religiosa para as viagens dos descobrimentos. Ainda que não haja prova sobre
Preste João, existiram reis importantes na África, que inclusive resistiram ao domínio islâmico como:
a) Etiópia
b) Gana
c) Kongo
d) Zimbábue
e) Magreb
26 - "Na África, antes da chegada dos Europeus], o escravo já existia como elemento de troca. Mas
o escravo doméstico africano
nãotinhanadaavercomoqueoqueeraexportadoparaoAtlântico.Nasaldeiasafricanasnãose
vendiamospróprioscidadãos,membrosdacomunidade.NoCongo,porexemplo,atéoséculoXVII,todoso
s escravos que saíam eram de outras regiões. Existia, portanto, um processo de escravidão
doméstica, em que na
segunda,terceirageração,oescravoeraassimiladoàfamília.Quandoveioomercadomundialeademanda
negreira, o processo se degradou de tal forma que se vendiam até os próprios filhos."
(Entrevista com Luiz Felipe de Alencastro, Revista Teoria e Debate, nº 32, julho, agosto e setembro
de 1996)
A leitura do texto permite compreender que:
a) a escravidão sempre era feita dentro das próprias sociedades, com pessoas escravizando membros daprópria família
como forma de enriquecimento.
b) a prática da escravidão foi iniciada somente com a chegada dos europeus no continente africano, que utilizavam os
africanos como mão-de-obra barata.
c) A escravidão nunca foi um fator socioeconômico preponderante nas sociedades africanas, que praticamente não
utilizavam esse sistema de trabalho.
d) embora a escravidão já existisse, a chegada dos europeus fez com que aumentasse o número
de escravosna África, principalmente com a expansão do tráfico negreiro para as colônias
europeias na América.
e) com a chegada dos europeus ao continente africano, a demanda por escravos decresceu devido aos argumentos
religiosos utilizados pelos invasores contra a escravidão.
27 - Alberto da Costa e Silva ao discutir a expansão dos bantos, sinaliza que um dos grandes
motivos de sua vitória foi o desenvolvimento tecnológico. As duas leituras principais neste sentido falam
na:
a) A enxada, principal forma de agricultura e a picareta que permitiu grandes extrações de ouro.
b) força das armas e o desenvolvimento da escrita em tabletes de argila.
c) as armas de fogo, desenvolvidas primeiro na África e o uso de fogo como arma desenvolvido no sul da África
d) o desenvolvimento da metalurgia e da alvenaria, construindo reinos sólidos.
e) força da organização das armas alcançado pelos bantos e as ferramentas destes grupos que
permitiu o desenvolvimento agrícola.
28 - Um dos elementos religiosos que acabam por reforçar as rotas africanas de comérico foi:
a) as Mesquitas que criaram espaços singulares de troca aos nômades
b) a Jihad pois a guerra santa cria novos reinos
c) oDhimi que fortaleceu numerários dos governos
d) a peregrinação a Meca, que criou entrepostos e trocas culturais
e) a Sharia, que criou organização política em todas as regiões
29 - Alberto da Costa e Silva ao discutir a expansão dos bantos, sinaliza que um dos grandes
motivos de sua vitória foi o desenvolvimento tecnológico. As duas leituras principais neste
sentido falam na:
a) as armas de fogo, desenvolvidas primeiro na África e o uso de fogo como arma desenvolvido no sul da África
b) força das armas e o desenvolvimento da escrita em tabletes de argila.
c) força da organização das armas alcançado pelos bantos e as ferramentas destes grupos que
permitiu o desenvolvimento agrícola.
d) A enxada, principal forma de agricultura e a picareta que permitiu grandes extrações de ouro.
e) o desenvolvimento da metalurgia e da alvenaria, construindo reinos sólidos.
30 - Em meados do século XVIII a região do Golfo da Guiné, na África Ocidental, estava sendo sacudida
pelo intenso movimento expansionista do Reino do Daomé. As cidades costeiras, como 'Jidá, e do
interior, como Abeokuta, caíam uma após a outra nas mãos dos governantes daomeanos. Motivados pelo
aumento do comércio negreiro com o Atlântico e pelo enfraquecimento de outros reinos da região, como
Oyo, a expansão militar-comercial do Daomé mudaria a configuração étnica do tráfico e, de certa forma,
permitiria, conjugada a outros elementos, a redefinição dos critérios identitários de alguns grupos da
própria região. De acordo com parte da historografia especializada1 na história da região seria neste
momento que apareceriam os primeiros indícios da construch de uma identidade em comum entre os
iorubás. Ë evidente que muitas das características comuns às populações da área florestal do Golfo da
Guiné, que se estende da margem leste do rio Ogum até a margem oeste do rio Níger, como as práticas
materiais ligadas à agricultura e ao comércio, às formas de organização política, social e lingüística, à
legitimação de dinastias, às tradições históricas ou cosmológicas, eram compartilhadas há muito tempo
por vários grupos ou reinos da área. Porém, o ato de se reconhecer e serem reconhecidos como iorubás,
passou a ser uma ação percebida somente a partir do final do século XVIII. Ao longo do século XIX, a
presença britânica - comercial, missionária e política - na região acabou por potencializar tal referência.
Para outros historiadores (Matory, 1994a e Verger, 1997a e b) a relação com as sociedades islamizadas
da região das savanas como os haússas ou as de Kanem-Bornur poderia também ter reforçado tal
diferenciação indenitária. (A invenção dos Iorubás - Anderson Oliva)
Podemos afirmar que:
a) As identidades africanas foram transformadas pela presença dos europeus, em que grupos diversos buscavam em sua
tradição ancestral formas de se integrar aos novos colonizadores, buscando melhores posições sociais.
b) As identidades africanas foram transformadas pela presença dos europeus, em que grupos diversos
buscavam em sua tradição ancestral formas de resistir a senhores aliados a europeus e aos
mercadores da costa.
c) As identidades africanas foram transformadas pela presença dos árabes, em que grupos diversos buscavam em sua
tradição ancestral formas de resistir a senhores aliados aos califas do norte e seu sistema escravista.
d) As identidades africanas foram pouco afetadas pela presença dos europeus, em que grupos diversos buscavam em sua
tradição ancestral formas de resistir a senhores aliados a europeus e aos mercadores da costa.
e) As identidades africanas ficaram inalteradas pela presença dos europeus, em que grupos diversos e espalhados em suas
tribos eram pouco impactados pela presença europeia.
31 - De acordo com o mito de origem, a cidade-estado de Ifé era sagrada para os povos iorubás
porque:
a) Aquela localização demarcava uma área muito irrigada por diversos rios, o que facilitaria a vida humana,
b) Aquela localização havia sido escolhida por Ododua para o início do mundo.
c) Aquela localização marcava a vitória dos iorubás sobre os povos circunvizinhos.
d) Aquela localização havia sido o local de nascimento do mais importante rei iorubá.
e) Aquela localização demarcava o local inicial da islamização dos iorubás.
33 - Em relação ao momento em que homens e mulheres se colocaram como seres históricos no mundo,
é correto afirmar:
a) as pesquisas arqueológicas vêm apontando que a história humana teve início há um milhão de anos, em várias regiões do
globo terrestre, simultaneamente.
b) o elemento preponderante no reconhecimento dos homens e mulheres como seres históricos é invenção da linguagem, há
cerca de 2 milhões de anos, no continente europeu.
c) a invenção da escrita, da roda e do fogo é o que caracteriza os povos considerados com história, que se estabeleceram às
margens do Nilo, há milhares de anos.
d) entre 4 e 6 milhões de anos atrás, surgiram na África os primeiros antepassados do ser
humano com os quais teve início a história da humanidade
e) a história da humanidade teve início há um milhão de anos na região conhecida na Antiguidade como Mesopotâmia,
quando se inventou a escrita
34 - O diálogo da História com outras disciplinas, especialmente ao longo do século XX, foi fundamental
para ampliar o conhecimento sobre a história e a cultura do continente africano. Sobre esse aspecto,
podemos considerar:
I. As relações entre a História e a Antropologia são de grande valia para a interpretação das
diferentes culturas africanas;
II. O uso dos métodos arqueológicos é importante para análise da cultura material das diferentes
sociedades;
III. O diálogo da História com a Sociologia se mostra eficaz na identificação dos grupos sociais que se encontram
num nível de desenvolvimento mais avançado e aqueles que ainda estão em estágio mais primitivo.
a) Apenas a afirmativa II está correta.
b) Apenas as afirmativas I e II estão corretas
c) Apenas a afirmativa III está correta
d) Apenas as afirmativas I e III estão corretas
e) Apenas a afirmativa I está correta.
35 - Por que sabemos tão pouco sobre a história da África? Segundo o antropólogo KabengeleMunanga,
as razões são:
a) Falta efetiva de história e cultura no continente africano
b) Ausência de interesse por parte dos africanos em divulgar sua história
c) Falta de fontes para se estudar a história da África
d) Inexistência de historiadores na África interessados em produzir e divulgar a história africana
e) Preconceitos, ignorância e uma questão ideológica ligada ao interesse colonizador.
36 - O filme "Tarzan", baseado no livro de mesmo nome escrito por Edgar Rice Burroughs, em 1912,
contribui para a construção e difusão de uma imagem sobre o continente africano. Qual?
a) A África Negra
b) A África Selvagem
c) A África decadente
d) A África das guerras
e) A África dos contrastes sociais.
37 - A imagem difundida da África é a de uma região homogênea, de florestas densas, habitada por
animais selvagens e tribos formadas por homens e mulheres negros que viviam muito distantes do
denominado ¿mundo civilizado¿. Uma das maneiras de começarmos a desconstruir essa imagem é
conhecendo a geografia do continente, sua diversidade climática e vegetativa. Assim, entre, os tipos de
vegetação que NÃO se encontra na África é possível destacar:
a) Tundra
b) Oásis
c) Savanas
d) Desértica
e) Mediterrânea
38 - Napata foi uma cidade, na margem oeste do rio Nilo, cerca de 400 km ao norte de Cartum, capital do
atual Sudão. Sobre a civilização Núbia, marque a resposta INCORRETA:
a) Em 1075 a.C, o Sumo Sacerdote de Amon em Tebas, capital do antigo Egito, tornou-se pode-roso o suficiente para limitar
o poder do faraó somente sobre o Alto Egito. Este foi o início do Terceiro Período Intermediário (1075 a.C-664 a.C). A
fragmentação do poder no Egito permitiu que os núbios recuperassem a autonomia. Eles fundaramum novo reino, Kush,
centrado em Napata;
b) Desde época das dinastias, os egípcios tinham sido interessados na Núbia, uma região muito rica em ouro. Os egípcios
logo controlaram o comércio, de modo que o Egito se tornou uma potência imperialista na Núbia;
c) Em 750 a.C, Napata foi uma cidade desenvolvida, enquanto o Egito ainda estava sofrendo de instabilidade política. O Rei
Kashta atacou o Alto Egito. Sua política foi seguida por seus suces-soresPiye e Shabaka (721-707 aC), que finalmente
trouxe todo o Vale do Nilo para o controle cushita no segundo ano do seu reinado. Shabaka também lançou uma política
de construção de monumentos, no Egito e Núbia. Em geral, os reis de Kush governaram o Alto Egito durante cerca de um
século e todo o Egito por cerca de 57 anos;
d) Napata começou atingindo seu auge após Tantamani ter voltado da guerra contra os assí-rios. Sua economia era
essencialmente baseada no ouro. O Egito era um aliado econômico importante. Em 660 aC, os Nubios começaram a
explorar ouro, inaugurando o a Idade do Ferro Africana;
e) Os núbios nunca se relacionaram com a civilização egípcia, preferindo negociar com os he-
breus e assírios.
39 - O Reino de Kush foi um dos mais promissores da África Antiga, tendo dominado o Egito em períodos
importantes além de ser uma saída estratégica para o Oceano índico, ainda que com grandes disputas.
Estamos nos referindo aos:
a) Songai
b) Núbios
c) Nagôs
d) Ganeses
e) Zimbábue
44 - A dificuldade do entendimento da expansão banta está relacionado em primeiro lugar aos motivos
que geraram seu movimentos. Entre as principais linhas são:
a) Os grupos bantos partiram do norte em direção ao sul em uma violênta expansão militar.
b) Grupos que saem do saara durante o período de seca e partem para as savanas para ocupar a região.
c) Não pode se afirmar que exista uma expansão banta, é um termo inventado pela historiografia para grupos que a
linguística identifica como próximos, em especial pela linha religiosa hebraica.
d) É difícil definir quem são os grupos bantos, mas são claramente ceramistas e tem a origem na África do sul.
e) É complexo definir o grupo formador e sua origem, no entanto, eram grupos de caçadores e
coletores que conseguem uma expansão graças ao desenvolvimentos tecnológicos do grupo.
47 - "A fala é considerada como a materialização ou exteriorização das vibrações das forças... Lá
onde não existe a escrita ..., o homem está ligado à palavra que profere. Está comprometido por
ela. Ele é a palavra, e a palavra encerra um testamento daquilo que ele é. A própria coesão da
sociedade repousa no valor e no respeito pela palavra."
(In: Hampaté Ba, A. História Geral da África, vol. I, capítulo 8)
Em sociedades tradicionais africanas:
a) O ancestral é uma referência grupal isolada e a tradição perde-se no tempo a cada nova geração.
b) A palavra atribuída ao ancestral comum, ao mais velho, é sempre desconsiderada e sem valor nas relações sociais.
c) O conhecimento é a própria palavra, é ela que transmite os conhecimentos de uma geração
para outra.
d) Os mais novos detêm a liderança comunitária, onde as novas tecnologias exercem um papel preponderante.
e) A palavra só tem algum significado quando atrelada a relações sociais contratuais.
48 - Alberto da Costa e Silva ao discutir a expansão dos bantos, sinaliza que um dos grandes
motivos de sua vitória foi o desenvolvimento tecnológico. As duas leituras principais neste
sentido falam na:
a) o desenvolvimento da metalurgia e da alvenaria, construindo reinos sólidos.
b) força das armas e o desenvolvimento da escrita em tabletes de argila.
c) A enxada, principal forma de agricultura e a picareta que permitiu grandes extrações de ouro.
d) força da organização das armas alcançado pelos bantos e as ferramentas destes grupos que
permitiu o desenvolvimento agrícola.
e) as armas de fogo, desenvolvidas primeiro na África e o uso de fogo como arma desenvolvido no sul da África
49 - "As caravanas do Sudão ou do Níger trazem regularmente a Marrocos, a Túnis, sobretudo aos
Montes da Barca ou ao Cairo, milhares de escravos negros arrancados aos países da África
tropical ; os mercadores negros organizam terríveis razias, que despovoaram regiões inteiras do
interior. Este tráfico muçulmano dos negros de África, prosseguindo durante séculos e, em certos
casos até os mais recentes, desempenhou sem dúvida um papel primordial no despovoamento
antigo da África."
(In: HEERS, Jacques. O trabalho na Idade Média.)
O texto descreve um episódio da história do Islã na Idade Média, quando:
a) a expansão árabe foi propiciada pelos lucros do comércio de escravos, que visava abastecer com mão-de-obra árabe as
regiões da península Ibérica
b) os árabes ultrapassaram os Pirineus e mantiveram o domínio sobre o reino Franco, até o final da Idade Média ocidental.
c) os reinos árabes floresceram no centro/sul do continente africano, nas regiões de florestas tropicais, berço do monoteísmo
islâmico;
d) Maomé começou a pregar a Guerra Santa no Cairo, como condição para a expansão da reli-gião de Alá, que garantia aos
guerreiros uma vida celestial de pura espiritualidade
e) atuaram no tráfico de escravos negros, dominaram a África do norte, atravessaram de Gi-
braltar e invadiram a península Ibérica;
52 - Audaghost
A conquista da cidade de Audaghost representa o máximo esplendor do Reino de Gana. Observe a
descrição dessa importante cidade africana, situada num oásis e importante entroncamento de
rotas comerciais pelo Deserto do Saara: "O rei de Audaghost é o soberano dos berberes do Saara
Ocidental e de vinte e três reis negros que lhe pagam tributo; seu império se estende sobre o
equivalente a dois meses de viagem de norte a sul e de leste a oeste. Conta com um exército de
cem mil guerreiros montados sobre camelos de raça. Possui muita importância como centro
islâmico, pois é dotada de uma mesquita-catedral e de numerosas mesquitas menores. O bem
estar desta povoação, a formigar de transações, rodeada de hortas, em que abundam os pepinos,
as palmeiras e também uma grande quantidade de figueiras, estabelece uma cortina de proteção
contra o calor do deserto A criação de carneiros e de bois é aí particularmente próspera. Por um
simples mitkal (ouro em pó) podem-se comprar pelo menos dez carneiros. Encontra se muito mel
que vem do país dos negros. As gentes vivem desafogadamente e possuem muitos bens. O seu
mercado é sempre muito animado. A multidão é tão densa, o calor tão forte, que mal se ouve o que
o vizinho diz. As compras são pagas em ouro em pó, pois não existe moeda de prata. Encontram-
se belas construções e casas muito elegantes. A população é na maioria berbere. A comida
preparada pelas mulheres é deliciosa, e as moças da terra têm uma beleza proverbial. " O reino
africano de Gana era conhecido na língua soninque, povo dominante do país, como Uagadu, que
significa "O País dos Rebanhos." Marque a alternativa abaixo, retirada do texto acima, que justifica
o nome Uagadu:
a) Conta com um exército de cem mil guerreiros montados sobre camelos de raça.
b) O rei de Audaghost é o soberano dos berberes do Saara Ocidental e de vinte e três reis negros que lhe pagam tributo.
c) Nenhuma das frases justifica claramente o nome do reino, uma vez que o conteúdo é político não econômico.
d) A criação de carneiros e de bois é aí particularmente próspera. Por um simples mitkal (ouro em
pó) podem-se comprar pelo menos dez carneiros.
e) A comida preparada pelas mulheres é deliciosa, e as moças da terra têm uma beleza proverbial.
54 - Graças à grande quantidade de ouro, Gana, também conhecido como o "país do ouro" chegou
ao conhecimento dos europeus graças aos relatos feitos pelos muçulmanos árabes. Sobre a
estrutura política do reino de Gana é correto afirmar que:
a) Era a nobreza que, junto com os sacerdotes, governavam o reino. O rei só era consultado em momentos de crise.
b) O rei era apenas um fantoche, comandado pelos sacerdotes.
c) O rei era apenas um fantoche, comandado pelas famílias extensas que compunham a nobreza.
d) O rei era a figura central, auxiliado por sacerdotes que lhes garantia o poder sobre a população graças aos poderes
mágicos atribuídos a essas figuras,
e) O rei era a figura central, auxiliado por uma nobreza que o entendia como um ser divinizado.
55 - A dignidade de Mansa Musa impressionou muito. Embora falasse bem o árabe, só comunicava
por intermédio de um intérprete. Mas esta dignidade foi posta a dura prova quando lhe pediram
que se prostasse perante o sultão do cairo. Recusou energicamente: "Como poderia fazer uma
coisa dessas?", exclamou. KI-ZERBO, A História da África Negra, p. 171. Sobre a religiosidade do
Império do Mali à época de Mansa Musa é correto afirmar que:
a) Parte da nobreza converteu-se ao islamismo, mas, a maior parte da população manteve sua crença no cristianismo
ortodóxo.
b) Parte da nobreza converteu-se ao islamismo, mas, a maior parte da população manteve suas
práticas tradicionais.
c) Toda população havia se convertido ao islamismo.
d) Toda a população mantinha-se animista, daí a recusa do Imperador ao encontrar o sultão do Cairo.
e) Somente o Mansa Musa converteu-se ao islamismo após o contato com o sultão do Cairo.
56 - O Império Mali foi um estado da África Ocidental, perto do rio Níger, que dominou esta região
nos séculos XIII e XIV. Sobre tal reino, qual é a alternativa INCORRETA:
a) dominou a região do Maghreb, até serem derrotados pelos cruzados em 756, por Pepino, o
Breve
b) o império alcançou o auge no início do século XIV, durante o governo de Mansa Musa, que se converteu ao Islão. Em sua
peregrinação a Meca, esse soberano fez-se acompanhar de uma comitiva com 15 mil servos, cem camelos e expressiva
quantidade de ouro
c) o Império Mali sucumbiu finalmente ante o assalto combinado das tribos tuaregues do Norte e dos Mossinos, do Sul,
durante os anos de 1400.
d) O império controlava as rotas comerciais transaarianas da costa sul ao norte. Os principais produtos comercializados
eram: ouro, sal, peixe, cobre, escravos, couro de animais, noz de cola e cavalos
e) de três impérios consecutivos, este foi o mais extenso territorialmente, comparado com o de Songhai e do Gana
57 - "O chefe gozava do monopólio das pepitas de ouro. O quadro principal da vida era, com efeito,
a grande família que dispunha de um campo comunitário não longe das ladeias, anunciadas a
distância por imensos embondeiros plantados no dia da fundação." KI-ZERBO. História da África
Negra, pp. 165-166. Sobre a estrutura econômica do Império do Mali é correto afirmar que:
a) A estrutura econômica estava pautada na extração de ouro.
b) A estrutura econômica estava pautada na produção agrícola em larga escala.
c) A estrutura econômica estava pautada no comércio transaariano.
d) A estrutura econômica estava pautada na produção agrícola familiar, ainda que a extração de
ouro tivesse importância.
e) A estrutura econômica estava pautada na produção agrícola familiar, ainda que a criação de gado tivesse importância.
58 - "A coisa mais importante é a família. Após a família é a linhagem ou grande família. Após a
linhagem é o clã ou grande conjunto de linhagens. E só depois vem o Estado, seja a cidade-
estado, seja o Império, seja o Reino. [...] curiosamente, elas também tinham um deus. E o deus
encarnava no chefe." [Alberto da Costa e Silva] Alberto da Costa e Silva oferece uma explicação
sem a qual não é possível compreender a história do continente africano. Na passagem acima se
refere especificamente a:
a) Estruturação econômica das diferentes sociedades africanas, antes da colonização europeia, baseada nas atividades
voltadas para subsistência distribuídas entre os diferentes membros das famílias, a exemplo do Império Songhai.
b) Sistematização cultural das sociedades africana, antes da colonização europeia, fundamentada na transmissão oral dos
saberes e fazeres entre os membros das famílias de geração para geração.
c) Organização social e política das diferentes sociedades africanas, após a chegada dos europeus ao continente, na qual o
poder político tendia a ser mais forte nas estruturas familiares, a exemplo das cidades-estado do Índico.
d) Estruturação sócio-econômica dos diferentes grupos sociais espalhados pelo continente africano, depois da chegada dos
europeus, fundamentada no poder dos líderes políticos que também detinham o poder divino, como o Reino do Congo.
e) Organização social e política, extremamente hierárquica, dos diferentes povos africanos, antes
da colonização europeia, na qual o chefe político também exercia o poder religioso, como o
Império Monomopata.
59 - O imperador do Mali, Mansa Musa, ficou mundialmente conhecido no século XIV, pois:
a) Foi o primeiro imperador da África Subsaariana a se converter ao islamismo.
b) Foi o primeiro imperador da África Subsaariana a fazer a peregrinação à Meca.
c) Foi o imperador do Mali que fez a peregrinação à Meca de forma humilde, tendo, inclusive, que fazer um impréstimo com
um importante mercador de Alexandria (atual Cairo).
d) Foi o imperador do Mali que fez a peregrinação à Meca de forma faustosa, levando consigo
milhares de escravos e toneladas de ouro.
e) Foi o único imperador do Mali a recusar a islamização.
61 - André Gide, em seu livro Viagem ao Congo, espantava-se com a grosseria com que os
coloniais se dirigiam aos colonizados: ela se explica pela solidariedade de raça e pelo elevado
conceito que eles têm de si mesmos, excluindo manter com o outro qualquer relação que possa
ser igualitária. O problema é que fincavam suas bandeiras em nome dos direitos humanos, da
igualdade, justamente, do habeas corpus e da liberdade, sem enxergar que violavam seus
princípios de ação. Nem todos, porém, eram influenciados por essas ideias. (Marc Ferro. História
das colonizações. Das conquistas às independências.) Segundo o texto, pode-se inferir que
a) os princípios da Revolução Francesa valiam na Europa, mas não se aplicavam na prática aos
povos dominados em outros continentes.
b) os europeus justificaram a ação colonizadora pelos direitos humanos, mantendo relações igualitárias com os colonizados,
pouco alterando sua visão de mundo.
c) o desenvolvimento de teorias racistas no século XIX legitimou a ação colonizadora na África, Ásia e América, difundindo a
crença na superioridade ariana.
d) o eurocentrismo esteve presente nas relações entre europeus e povos subjugados até a Revolução Francesa, quando os
princípios liberais e igualitários triunfaram.
e) a expansão colonial europeia era feita sob a égide dos direitos humanos, garantindo a concretização dos ideais igualitários
nas áreas dominadas.
63 - "Para o povo Nuer, que vive na região centro-oeste da África, (...) o relógio diário é o gado, o
círculo das tarefas pastoris, fundamentalmente a sucessão de tarefas e suas relações mútuas.
Assim, se as atividades dependem dos corpos celestes e das mudanças físicas, estas só são
significativas em relação às atividades sociais. (...) Tudo isso é corroborado pela falta de um termo
ou de uma expressão equivalente ao vocábulo "tempo", encontrado nos idiomas ocidentais. Desse
modo, não há como falar de tempo como algo concreto, que pode ser perdido, economizado e
assim por diante." (EVANS-PRITCHARD, E. E. In: SCHWARCZ, Lília. Falando sobre o Tempo.
Revista Sexta-Feira, nº 5, p. 17. São Paulo: Hedra, 2000)
Sobre as noções de Tempo, é correto afirmar:
a) Culturas diferentes têm noções de temporalidade e de historicidade diferentes
b) A temporalidade é determinada por fatores naturais, daí sua similaridade em diferentes sociedades.
c) As comunidades tribais desconsideram a passagem do Tempo, pois são sociedades sem história.
d) Temporalidade é uma noção a-histórica, sendo, portanto, semelhante em sociedades tradicionalistas.
e) Em sociedades tribais, a exemplo da africana, são desconhecidas noções de sucessão do tempo.
65 - "AL FIL" (O ELEFANTE) Revelada em Meca; 5 versículos. 105ª SURATA Em nome de Deus, o
Clemente, o Misericordioso. 1 Não reparaste no que o teu Senhor fez, com os possuidores dos
elefantes? 2 Acaso, não desbaratou Ele as suas conspirações, 3 Enviando contra eles um bando
de criaturas aladas, 4 Que lhes arrojaram pedras de argila endurecida 5 E os deixou como
plantações devastadas (pelo gado)? O texto acima corresponde a Surata 105 do Alcorão e é
chamada ¿Al Fil¿ (O Elefante) e foi revelada em Meca pelo profeta Maomé. Maomé faz referência a
região da:
a) Magreb
b) Zimbábue
c) Kongo
d) Somália (Eritréia)
e) Gana
67 - Avalia-se que Tombuctu foi um dos importantes centros de poder no reino do Mali. Sendo
considerado um dos últimos grandes reinos pré expansão europeia era um reino:
a) reino sul africano, caracterizado por religião cristã e serem grandes navegadores.
b) do sul africano em que era dividido em tribos menores e viviam de correr e caçar elefantes.
c) um reino saariano em que as rota comerciais eram seu maior legado, apesar de não terem organizações sociais
complexas.
d) considerado sucessor do reino do Gana, foi um importante reino islâmicos ocidental.
e) reino do centro Africano, se notabilizou por manter a política de isolacionismo em relação as demais tribos.
70 - Sobre a estrutura econômica do reino do Congo até meados do século XV, assinale a
alternativa incorreta:
a) Era uma sociedade que detinha importantes mercados nas suas principais cidades.
b) Era uma sociedade dependente da escravização dos povos vizinhos.
c) Era uma sociedade na qual circulava mais de um tipo de moeda.
d) Era uma sociedade cuja parcela significativa da população era composta por agricultores de pequeno porte.
e) Era uma sociedade que produzia artigos manufaturados, principalmente tecidos e artigos feitos com ferro.
71 - "Em certo sentido, a especificidade da África Atlântica decorre de seu contato tardio com os
europeus. Tal regionalização originou-se da expansão ultramarina européia, em áreas
compreendidas entre a Alta Guiné - ou mais precisamente, Senegâmbia - e Angola." (Del Priore, M.
e Venâncio, R. P. Ancestrais: uma introdução à História da África Atlântica. R.J.: Elsevier, 2004)
No que se refere à expansão marítima e comercial portuguesa na África podemos afirmar, COM
EXCEÇÃO DE:
a) apesar da busca do ouro não ser a única razão para a expansão portuguesa em África, os portugueses obtiveram
vantagens comerciais ao desviar o comércio transaariano de ouro através das feitorias de Arguim e da região da
Senegâmbia;
b) a exploração do tráfico negreiro no litoral africano pelos portugueses foi viabilizado graças ao envolvimento de chefes
tribais que forneciam os cativos em troca de mercadorias.
c) a expansão da cultura da cana-de-açúcar, sob regime de plantation no interior das terras
africanas, tornou possível o financiamento das expedições marítimas em direção às Índias;
d) as bulas papais Dum diversas (1452), Romanus Pontifex (1455), Inter caetera (1456) apoiaram a exploração marítima
portuguesa no litoral africano e conferiram legitimidade religiosa ao domínio dos povos que viviam fora da cristandade;
e) as frequentes viagens das caravelas pelo litoral e a construção das feitorias viabilizaram o comércio de escravos em
costas africanas, o que tornou esta atividade uma fonte de financiamento da expansão lusa em direção ao sul do
continente.
75 – No dia 9 de janeiro de 2003, foi aprovada a Lei nº 10.639, tornando obrigatório o ensino de
história e cultura afro-brasileiras nos níveis fundamental e médio. Os currículos deverão incluir o
estudo da história da África
Assinale a alternativa que melhor expressa as ideias contidas no texto acima:
a) ao romper com estereótipos sobre a história da África, é fundamental que os historiadores
aprofundem os estudos acerca da diversidade das sociedades africanas e das complexas
relações que, ao longo da história, foram estabelecidas entre elas e os conquistadores
europeus;
b) como o traço definidor das sociedades africanas foi o trabalho escravo, o estudo destas sociedades deve ter como
principal finalidade o exame da rede de relações responsáveis pelo desenvolvimento do tráfico negreiro no continente
africano e fora dele;
c) uma vez que os povos africanos foram formados à feição dos valores e da cultura dos colonizadores europeus, há de se
estabelecer uma constante articulação entre a história da África e a do Ocidente Europeu;
d) ao livrar-se de preconceitos etnocêntricos e de posturas evolucionistas, o pesquisador deve chamar atenção para o alto
nível de desenvolvimento da cultura africana, a qual, à época dos descobrimentos se mostrava bem superior à europeia.
e) compreender os africanos como sujeitos históricos, significa, antes de tudo, denunciar as diversas formas de exploração
que os mesmos foram submetidos pelos conquistadores europeus;
76 - A África possui uma característica natural que faz com que ela seja chamada "continente
espelho". Essa característica é:
a) Além das florestas características da zona equatorial, seus outros cinco tipos de vegetação.
b) A aparência da água de seus rios e mares, muito cristalina.
c) A relação entre as diferentes vegetações com os diferentes climas, que cortam o continente de
forma horizontal, ordenados a partir da linha do Equador.
d) O formato do continente que se espelha ao formato da América do Sul
e) O tipo de solo, especialmente o do Deserto do Saara que reflete a luz solar provocando uma claridade muito grande
durante o dia.
77 - Vossas Altezas devem ficar satisfeitas, pois em breve terão feito deles cristãos e lhes terão
instruído nos bons costumes de seu reino. (Cristóvão Colombo, 1492.) Porém o melhor fruto, que
dela [da terra] se pode tirar, me parece que será salvar esta gente. E esta deve ser a principal
semente que Vossa Alteza nela deve lançar. (Pero Vaz de Caminha, 1500.) Levar a luz e a
civilização aos lugares escuros do mundo. (Um inglês referindo-se à África, 1897.) Analisando-se
os textos, é correto afirmar que
a) enquanto no século XVI a catequese justificava a colonização da América, no XIX, os europeus
usavam a missão civilizadora, levando o ¿progresso¿, mas não integrando os povos
dominados.
b) a ideia de que os europeus tinham o dever de civilizar os povos africanos e asiáticos implicou o abandono da postura
eurocêntrica anteriormente adotada na conquista e colonização da América.
c) a expansão colonial europeia na América, África e Ásia, respectivamente nos séculos XVI e XIX, apoiava-se em teorias
racistas, corroborando o evolucionismo e a inferioridade do outro.
d) o ¿fardo do homem branco¿ serviu para legitimar a partilha da África na Conferência de Berlim, como já servira na
colonização da América no século XVI, desprezando-se os povos autóctones em ambos os casos.
e) o traço fundamental do colonialismo do século XIX assemelhava-se ao ideal de evangelização cristã presente no século
XVI: africanos e indígenas deveriam ser catequizados.
78 - Segundo Luca Caregnato, "O rei tinha uma função de destaque social no reino [...]"
A respeito do manicongo, pode-se afirmar que:
a) Detinha um poder apenas simbólico, uma vez que o poder político era exercido pelas lideranças regionais.
b) Representava o poder divino dos deuses tradicionais africanos, sem ter nenhuma ingerência nos assuntos políticos do
reino.
c) Seu poder foi conquistado através de campanhas militares
d) Exercia forte poder político e religioso sobre o Reino.
e) Seu poder era restrito à riqueza e ao prestígio junto à sociedades
80 - "Nós conquistamos a África pelas armas¿temos direito de nos glorificarmos, pois após ter
destruído a pirataria no Mediterrâneo, cuja existência no século XIX é uma vergonha para a Europa
inteira, agora temos outra missão não menos meritória, de fazer penetrar a civilização num
continente que ficou para trás."
(Da influência civilizadora das ciências aplicadas às artes e às indústrias. Revue Scientifique,
1889)
A partir da citação acima e de seus conhecimentos acerca do tema, examine as afirmativas
abaixo.
I. A ideia de levar a civilização aos povos considerados bárbaros estava presente no discurso dos
que defendiam a política imperialista.
II. Aquela não era a primeira vez que o continente africano era alvo dos interesses europeus.
III. Uma das preocupações dos países, como a França, que participavam da expansão imperialista,
era justificar a ocupação dos territórios apresentando os melhoramentos materiais que
beneficiariam as populações nativas.
IV. Para os editores da Revue Scientifique (Revista Científica), civilizar consistia em retirar o
continente africano da condição de atraso em relação à Europa.
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